Ainda que em menor intensidade quando comparamos com o ano anterior, as pressões inflacionárias continuam presentes na economia brasileira no ano, puxadas por problemas em algumas cadeias produtivas, mas agora, sobretudo, pelos efeitos das mudanças climáticas sobre diversas indústrias ligadas ao setor de soft drinks (da água mineral, à sucos e todas as outras bebidas sem álcool que utilizam frutas em seus processos de fabricação, por exemplo). Assim, o setor de bebidas continua tendo que arcar com a elevação de preços, o que pressiona os custos refletindo nos preços aos consumidores finais, mas, neste ano, em casas de um dígito (diferente de 2023 e 2022). Enquanto o IPP (Índice de Preço ao Produtor) para a fabricação de bebidas nos primeiros nove meses de 2024 evidencia aumento de 5,02% ante o mesmo período de 2023, nos IPCA relacionados ao setor de soft drinks, houve aumento de 5,99% quanto ao IPCA - Refrigerantes e Água Mineral e de 7,34% quanto ao IPCA - Sucos de Frutas, também entre janeiro e setembro de 2024 ante o mesmo período de 2023.