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  • veículos pesados, empresas do setor veículos pesados, empresas do segmento veículos pesados, setor veículos pesados, carroçarias, empresas do setor carroçarias, setor carroçarias, economia, macroeconomia

    De acordo com últimos dados da Anfavea e mediante um início de 2024 mais otimista, a produção de caminhões no Brasil nos primeiros sete meses do ano totalizou 93.164 unidades, crescendo  42,5% comparado ao mesmo período de 2023 (janeiro a julho).  Além de base bastante fraca no comparativo semestral anterior, a Anfavea justifica a o aumento da produção até agora em 2024 como um movimento de possível retomada de melhores números a esse segmento no ano.

    Já destacando as categorias de caminhões produzidas no Brasil, os primeiros sete meses de 2024 evidenciam que duas das cinco continuaram apresentando queda no ano comparado ao mesmo período de 2023 – semileves e médio, ao passo que a categoria de pesados mostrou crescimento mais expressivo; sendo essa, particularmente, a categoria de caminhões mais procurada no mercado nacional – aproximadamente 59,6% da produção total desses veículos no ano; assim como também houve expansão produtiva nas categorias de caminhões leves e semipesados.

    Assim, na comparação de janeiro a julho de 2024 com o mesmo período de 2023, o comportamento dos segmentos de caminhões foi o seguinte:

        Caminhões semileves apresentaram queda expressiva de 36,8% em 2024 ante 2023 – ao totalizar 493 unidades de janeiro a julho deste ano (comparado a 780 no ano anterior);

        Caminhões leves mostraram aumento de 21,5% ante 2023 – totalizando agora 9.790 unidades;

        Caminhões médios mostraram recuo de 13,4% ante 2023 – totalizando 1.603 unidades;

        Caminhões semipesados cresceram 27,50 % ante 2023 – chegando agora a 18.969 unidades;

        Por fim, os caminhões pesados registraram forte expansão de 60,2% em 2024 ante 2023 – chegando a 45.445 unidades produzidas no acumulado do ano até em julho.

     

    Analista Responsável Thais Virga

     


    De acordo com o recém divulgado Anuário 2024 da Associação Brasileira de Administração de Consórcios, a ABAC, o Sistema de Consórcios (SC) passou pela melhor fase de sua história em 2023; mesmo com o ano iniciado com incertezas devido ao novo governo, e, levando em conta, as expectativas de importantes setores e segmentos que utilizam essa modalidade para compras  — como o de veículos em geral — em relação aos ajustes políticos e econômicos que seriam realizados na atual gestão presidencial. Segundo cálculos da assessoria econômica da ABAC, a participação do Sistema de Consórcios na economia brasileira fechou o ano de 2023 em 5,3%.

    Em termos de volumes de recursos disponibilizados, o SC no mercado nacional disponibilizou      R$ 83,9 bilhões em recursos para compra de bens móveis, imóveis e serviços; com tal volume tendo registrado crescimento de  21,4% comparado aos R$ 69,14 bilhões de créditos disponibilizados em 2022. No acumulado dos doze meses do ano passado, 1,62 milhão de consorciados foram contemplados e obtiveram a oportunidade de utilização de seus créditos; um aumento de 6,6% ante 1,52 milhão no mesmo período de 2022. Observando o volume de créditos para a compra de veículos, em 2023, o consórcio de todas as principais categorias de automotores (englobando veículos leves e pesados, e, motocicletas) mostrou expansão em cinco dos seis principais indicadores do SC. Dentre esses, o maior avanço ocorreu nos créditos disponibilizados, ao fecharem o ano passado em R$ 64,02 bilhões, 22% acima do registrado em 2022 (R$ 52,48 bilhões). Com tal volume disponibilizado, o consórcio de veículos automotores, em geral, respondeu por 76,3% dos mais de R$ 80 bilhões concedidos a todos os participantes do Sistema.

    Destacando-se a utilização de créditos voltados, especificamente, à aquisição de veículos pesados (para a ABAC, incluindo caminhões, tratores e implementos rodoviários e agrícolas), no ano houve: 776.179 participantes ativos (7,5% do total de setores consorciados – incluindo veículos leves, motocicletas, eletroeletrônicos, imóveis e serviços); com R$ 12,6 bilhões em créditos (participando de 15% nessa categoria). Quanto às cotas e créditos comercializados relativos ao setor de veículos pesados, esses registraram, respectivamente: 310.370 cotas (7,4% do total de setores consorciados); e, aproximadamente R$ 46,76 bilhões em créditos comercializados.

    Já quanto às contemplações, os seja, quanto à chegada de recursos, em 2023, os veículos pesados totalizaram 80.050 (4,9% desse total e 24,8% acima das comtemplações de 2022 ao setor). Afim de comparação em 2023, ocorreram 636.017 contemplações de veículos leves (39,2% de participação), e, 696.916 contemplações de motocicletas; enquanto imóveis corresponderam a 6,4% do total, sequido de eletroeletrônicos (3,6%) e serviços (2,9% de participação); o que mostra que o consórcio de leves foi um dos principais responsáveis por esse resultado quanto às contemplações. Ainda assim, e, com tíquete  (valor) médio da cota no ano de 2023 chegando a R$ 150,65 mil (9% superior ao de 2022), o volume de créditos disponibilizados (recursos colocados à disposição dos contemplados) ao setor de veículos pesados, ao totalizar R$ 12,6 bilhões, bateru novo recorde no ano passado,  ao ultrapassar, em 15,4%, os R$ 10,92 bilhões de 2021, até então, o maior valor anual já registrado pela ABAC.

    Em um cenário macroeconômico interno ainda marcado por taxa de juros Selic em dois dígitos, ressalta-se que o consórcio de veículos pesados demonstra-se como uma forma eficiente e com custos reduzidos para a aquisição de caminhões e máquinas agrícolas. E isso, pois, como as taxas do consórcio são definidas pelo período de parcelamento[1], essas envolvem a utilização de juros simples; diferentemente dos financiamento, que usam juros compostos, conforme avalia Luís Toscano, vice-presidente de Negócios da Embracon, uma das maiores empresas de consórcios do Brasil.

    Analista Responsável Thais Virga



    Durante evento em Araçariguama, no interior de São Paulo, na última terça-feira - 22 de agosto o presidente em exercício  e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços  (MDIC) Geraldo Alckmin anunciou a prorrogação do programa "Renova Frota" de renovação da frota de veículos pesados (caminhões e ônibus)  - lançada no início de junho - até que o valor liberado de R$ 1 bilhão (soma das categorias ) seja totalmente consumido. E isso, devido à baixa adesão, uma vez que até o presente momento, no mercado de veículos pesados comparativamente ao programa voltados à aquisição de veículos leves, apenas R$ 270 milhões foram consumidos em aquisições de caminhões e ônibus.
    Mediante a concessão de créditos fiscais de até R$ 80 mil para a troca de caminhões e ônibus com mais de 20 anos, o Renova Frota é uma iniciativa temporária, valendo, inicialmente, até o começo de outubro/2023 ou até o R$ 1 bilhão ser atingido pelas duas cetagorias, com foco em: ampliar a qualidade de vida e a rentabilidade a motoristas autônomos; elevar a produtividade do sistema; e, reduzir a emissão de partículas poluentes. Alckmin atentou ao fato de que: 

    "Há que se fazer um esforço para reduzir acidentes rodoviários, e é aí que entra a renovação de frota por veículos novos com mais segurança. Reduz acidente, que é a terceira causa de morte no Brasil, e por outro lado tem um ganho ambiental duplo" (...) . Primeiro o caminhão ou ônibus novo vai poluir muito menos, segundo que, quando há renovação de frota, há reciclagem, emitindo muito menos carbono para fazer o aço", em Araçariguama/SP.

    Em outro evento, agora de lançamento do "Fórum Mauá 2022-2023", na cidade homônima também em São Paulo, Alckmin também informou que o Governo estava estudando o desenvolvimento de uma linha de financiamento também de de R$ 1 bilhão, atrelada à taxa de juros Selic, para aquisição de novos ônibus e caminhões. Sublinhando o recente movimento de redução da taxa referencial de juros e o impacto sobre os contratos: “Hoje ela (Selic) é 13,25%. Amanhã, caiu mais 0,5 ponto percentual, [a taxa do] contrato cai automaticamente. (...) “A pessoa às vezes fica esperando cair [a Selic] para não contrair o empréstimo neste momento. Contraia já. Invista já.", disse o político, segundo reportagem do Valor, no mesmo dia.
    A linha de financiamento valeria para pessoas físicas, assim como para pessoas jurídicas e seria oferecida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) através da linha de financiamento de máquinas e equipamentos (Finame). Em Mauá, Alckmin ainda contou que conversou, na manhã do dia 22/08, com o presidente do Banco Aloizio Mercadante, sobre o assunto. Em matéria da Exame, à noite do mesmo dia, já se aponta que o BNDES decidiu liberar R$ 1 bilhão em crédito para financiamento da compra de novos veículos pesados, em linha ao que Alckmin havia explicado ainda em Araçariguama/SP: "O BNDES não pode financiar bem de consumo, mas bem de capital. O caminhão não é para consumo, é para trabalho, para gerar renda. O financiamento, vai ser, foi decidido hoje, de R$ 1 bilhão inicial, e com Selic. Se eu fizer o financiamento a 13,25%, e a Selic cair, o juro do empréstimo cai junto, automaticamente”.

    Analista Responsável Thais Virga

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    O setor de veículos pesados apresentou seus resultados para o ano de 2022 com ambos os segmentos apresentando expansão na produção com relação ao ano anterior: crescimento de 67,7% no segmento de ônibus e 1,9% no segmento de caminhões.

    Ambos os crescimentos observados podem ser analisados pelas bases de comparação: a produção de caminhões em 2021 foi a maior desde 2013; logo havia uma base forte para expansão. Por outro lado, a produção de ônibus havia sido uma das menores da série histórica; logo havia uma base frágil para expansão.

    Ao se comparar a produção de 2022 com o último ano antes da pandemia, ambos os segmentos encontram-se acima, o que mostra uma recuperação rápida do setor de veículos pesados face ao setor industrial em geral: 14,4% para o segmentos de ônibus e 42,6% para o segmento de caminhões.

    Os motivos para a expansão podem ser variados. No segmento de caminhões podemos apontar a manutenção da demanda aquecida no e-commerce, além dos bons números para o setor de commodities; no segmento de ônibus, a retomada dos serviços principalmente de turismo e hospitalidade, bem como o período eleitoral – que garante demanda por ônibus principalmente para a escolas – podem ser fatores explicativos.

    O ano que passou deve ser celebrado. O ano que chega deverá apresentar relativa normalização na produção até mesmo pelas elevadas bases de comparação. A Lafis ainda projeta crescimento para 2023.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    O ano de 2022 deverá ser marcado por uma estagnação da produção de veículos pesados na comparação com o ano passado. Embora a produção de ônibus deva apresentar forte elevação, o segmento de caminhões deverá retrair-se, principalmente pela falta de componentes eletrônicos que promoveu diversas paralisações nas linhas de montagem.

    O segmento de ônibus foi fortemente impactado pelas medidas de isolamento social decorrentes da pandemia. À medida que a vacinação avançou e as restrições foram diminuindo, o segmento foi retomando sua produção, o que se deu tanto nos segmentos de ônibus urbano como de ônibus para turismo.

    Já o segmento de caminhões foi mais fortemente impactado pelas consequências da pandemia no que tange às disrupções das cadeias produtivas de componentes eletrônicos. Isto reduziu os impactos sofridos pela produção em 2021, quando houve recorde. Contudo, para 2022, essas disrupções deverão impactar o resultado final.

    Os números finais do setor estimados pela Lafis são de 181 mil veículos, pouco acima dos 178 mil veículos produzidos em 2021. O resultado projetado é fruto tanto dos problemas na cadeia de componentes eletrônicos como da piora do cenário macroeconômico, principalmente pelo elevado patamar da taxa de juros.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    Os resultados da produção de veículos pesados no Brasil em maio mostraram recuperação em relação à forte queda ocorrida em abril. A pergunta que se faz é: o mês de maio seria o ponto de inflexão no setor, principalmente no segmento de caminhões?

    A produção de caminhões em maio apresentou crescimento de 38,5% na comparação com abril; na comparação com maio de 2021, houve estabilidade na produção. No acumulado do ano, a produção total de caminhões está 2,8% menor do que no mesmo período de 2021. Já a produção de ônibus apresentou em maio expansão de 85,4% na comparação com abril; na comparação com maio de 2021, o crescimento foi de 82,2%.  No acumulado do ano, a produção total de ônibus está 18,8% maior do que no mesmo período de 2021.

    Os números indicam que o segmento de ônibus vem apresentando recuperação depois de dois anos bastante ruins (2020-2021) em virtude das restrições aos serviços de turismo e hospitalidades. Já o segmento de caminhões conta com uma base extremamente alta de comparação (2021) e os resultados do acumulado de 2022 são reflexos da queda em abril provocada pelas paralisações nas fábricas.

    Portanto, maio será o mês da inflexão?

    Acreditamos que sim. A produção de ônibus deverá continuar sua trajetória ascendente contando, também, com os programas governamentais na área de educação; já para o segmento de caminhões, a Lafis acredita que haverá relativa normalização no fornecimento de insumos no segundo semestre, o que pode significar aceleração na recuperação neste período, encerrando o ano em terreno positivo.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    O setor de caminhões no início de 2022 manteve os bons números que foram observados em todo ano de 2021. Os dados do primeiro bimestre apontam para uma expansão setorial moderada – lembrando a base extremamente alta de comparação; contudo, os dados não contemplam a eclosão da guerra entre Rússia e Ucrânia, que começou no último dia 24 de fevereiro e isto pode ter reflexos negativos no setor.

    Os dados de produção de caminhões de fevereiro apontam crescimento de 20,4% na comparação com janeiro de 2022 (11,4 mil unidades ante 9,5 mil unidades). Analisando os dados consolidados para o primeiro bimestre, o crescimento na produção foi de 1,2% na comparação com o mesmo período de 2021.

    Quando se avalia as vendas de caminhões em fevereiro, tivemos crescimento na comparação com fevereiro de 2021 (+2,1%); já as exportações apresentaram crescimento de 23,2% na comparação com janeiro – embora boa parte deste número seja pelo atraso no embarque de produtos que seriam feitos em janeiro e acabou ocorrendo em fevereiro.

    O início da guerra na Europa não afetaria diretamente o setor em termos de mercado consumidor, dado que os envolvidos não são demandantes dos nossos caminhões. No entanto, o conflito afeta negativamente o preço de commodities e o setor possui forte relação com elas – desde o minério de ferro até paládio e gás neon para a produção de semicondutores. Passado um mês do conflito, os efeitos no setor parecem ser marginais; contudo o prolongamento da guerra poderá reduzir o ímpeto positivo que os primeiros meses trouxeram.
     
    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    O setor de veículos pesados e carroçarias deverá apresentar números superlativos em 2021, embora estes não reflitam uma recuperação setorial homogênea. Enquanto o setor de caminhões tem performance invejável, o setor de ônibus e carroçarias sofre para se recuperar integralmente.

    O setor de caminhões vem sendo beneficiado pela elevada demanda no setor de commodities, tanto agrícolas como minerais, além de se beneficiar do câmbio desvalorizado, o que torna nossos produtos mais baratos no mercado internacional. Deste modo, a produção final de caminhões estimada pela Lafis pode crescer 60,3%.

    Por outro lado, o segmento de ônibus e carroçarias vem ainda sofrendo as mazelas proporcionadas pela pandemia. Com os serviços de turismo, hotelaria e eventos ainda reticentes, a demanda por ônibus não cresceu na velocidade com que tem expandido a procura por caminhões. A Lafis acredita em queda de 5,4% na produção de ônibus e de 25,3% na produção de carroçarias.

    O futuro parece ser mais promissor para ambos os setores com a possibilidade de contínuo crescimento no setor de caminhões fruto tanto da demanda interna como da demanda externa; já o segmento de ônibus deve recuperar terreno tendo em vista a vacinação da população e a volta de eventos além da retomada mais intensa do turismo.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    Os problemas relacionados à falta de componentes eletrônicos – chips e microchips – afetam a produção de veículos em escala global, inclusive no Brasil. O segmento de caminhões parece estar sendo menos afetado do que o de veículos leves, quando avaliamos os dados disponíveis para 2021.

    Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE), entre os meses de janeiro a julho, as vendas de caminhões apresentaram crescimento de 47,66% quando comparadas ao mesmo período de 2020. Analisando apenas o mês de julho, houve também um crescimento significativo (20,85%) na comparação com o mesmo mês de 2020.

    Os números superlativos devem ser analisados com cautela, pois os meses de abril, maio e junho do ano passado foram o ápice da pandemia do novo Coronavírus. Deste modo, analisando os dados de junho e julho de 2021, embora em menor intensidade, mas também no campo positivo, houve crescimento em julho na comparação com o mês imediatamente anterior: 3,48%.

    O bom momento de vendas no segmento de caminhões é explicado pela retomada da atividade econômica em diversos setores e, principalmente, pelo excelente momento vivenciado pelo agronegócio brasileiro. A expectativa é que as vendas mantenham-se em patamares elevados no restante do ano, o que deve garantir bons números para o setor em 2021.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    O setor de veículos pesados é a mais nova vítima do choque duplo (de oferta e de demanda) que a pandemia do novo coronavírus está provocando na economia. O recrudescimento da pandemia nos últimos meses tem feito com que a produção seja reduzida e/ou paralisada, além de provocar o fechamento de concessionárias, o que diminuirá a demanda por produtos do setor. Por outro lado, a disrupção das cadeias globais de suprimentos tem feito com que insumos produtivos não sejam entregues às montadoras, dificultando a oferta de novos veículos pesados.

    A menor demanda interna por veículos pesados é reflexo tanto do fechamento de diversas atividades econômicas – inclusive revendedoras de veículos pesados – como da letargia na recuperação da economia como um todo, fruto do ritmo lento de vacinação e das incertezas que a própria pandemia e o cenário fiscal têm imposto aos agentes econômicos.

    No outro extremo – lado da oferta – a recuperação da economia chinesa tem feito com que os produtores de peças (principalmente semicondutores), que são chineses, deem preferência para abastecer o mercado interno, diminuindo a oferta dos produtos nos mercados globais. Acresce-se que semicondutores são usados em diversos eletrodomésticos como notebooks, televisores, celulares, bens que tiveram forte elevação de demanda no período da pandemia, contribuindo para a escassez destes produtos para o setor de veículos pesados.

    Estes fatores, em conjunto, devem impactar negativamente na produção setorial. Uma recuperação mais comedida frente a 2020, no momento, talvez seja o cenário mais realista. Otimismo? Somente se a vacinação for mais rápida e a produção chinesa de insumos aumentar consideravelmente de modo a abastecer o mercado mundial. Não parece ser este o prognóstico para o restante do ano. 

    Analista responsável: Marcelo Balloti Monteiro


    Nas últimas décadas, a palavra mobilidade, atributo utilizado para se referir à capacidade e possibilidades das pessoas se deslocarem, tem sido amplamente utilizada em um contexto de crescimento da urbanização e dos problemas decorrentes desse, sobretudo o trânsito e a degradação do meio ambiente. 

    A maioria dos veículos utilizados até hoje é de origem fóssil, no entanto, cada vez mais, a indústria vem buscando o desenvolvimento de veículos com tecnologias que reduzam as emissões de poluentes. Tais inovações do setor acompanham a demanda atual da sociedade e das empresas em busca de soluções sustentáveis para o meio ambiente e com rentabilidade.

    Em 2020, diante da crise do Covid-19, pesquisas vêm apontando diversas mudanças nos hábitos de consumo da sociedade, diante da ruptura causada pela pandemia na normalidade do ecossistema global.

    Diante disso, pode-se dizer que, a crise impulsionou um processo - que já vinha acontecendo -, de maior conscientização da sociedade, inclusive acelerando o processo de desenvolvimento das fabricantes de caminhões e ônibus de soluções de combustíveis alternativos no mercado interno, destaque para os caminhões elétricos, movidos a gás natural e hidrogênio. Em outubro de 2020, a Volkswagen confirmou a venda de seus primeiros 100 caminhões elétricos para a Ambev, o e-Delivery, o primeiro caminhão elétrico criado e produzido no Brasil, caminhão que funciona a bateria, com autonomia de até 200 km.

    Vale lembrar que, embora os trólebus existam há décadas no Brasil, eles funcionam com fiação aérea. Foi em 2013 que a Eletra, empresa nacional, lançou o primeiro ônibus elétrico urbano criado e produzido no Brasil, com fonte de energia de baterias e que também possibilitava uma autonomia de até 200 km. 

    Desde então, somadas ao dessa tecnologia em caminhões, passaram a surgir outras parcerias para o desenvolvimento de ônibus elétricos no Brasil. Em 2015, a chinesa BYD, maior fabricante mundial de baterias recarregáveis e veículos 100% elétricos, abriu sua primeira fábrica em Campinas (SP) para a produção de ônibus elétricos.

    Por fim, neste segundo semestre de 2020, com apoio da EDP Smart, divisão de soluções em energia da empresa do setor elétrico EDP, iniciou-se a operação de projetos pilotos de ônibus elétrico rodoviário nos estados do Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Os modelos possuem autonomia de até 300 km, com chassi desenvolvido pela BYD e carrocerias da Marcopolo.

    Especialista do Setor Laís Soares.

    De acordo com a divulgação da produção de veículos em abril pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), diante da crise do Covid-19 e as paralisações das montadoras, a produção de caminhões no mercado brasileiro apresentou uma forte retração - uma queda de 92% ante março. Foram produzidos 403 caminhões.

    Esse resultado deveu-se basicamente uma semana de produção das montadoras Scania, Volkswagen Caminhões e Ônibus, e CNH Industrial, que paralisaram suas produções em março, e retomaram a produção gradualmente em 27 de abril. A maior parte das montadoras do País mantiveram suas produções integralmente paralisadas no mês de abril, e algumas delas anunciaram retomada da produção a partir de maio.

    Em janeiro, as estimativas da Lafis indicavam um crescimento de 14% na produção de caminhões em 2020, totalizando cerca de 129,3 milhões de veículos, tendo em vista o crescimento das vendas internas acompanhando o crescimento da atividade econômica, com a melhora da confiança dos investidores e um cenário de juros baixo, incentivando a renovação das frotas das grandes empresas.

    A partir do cenário já observado, com o avanço da pandemia e as medidas de isolamento social pelo País sendo prorrogadas sucessivamente, o cenário da Lafis já contempla uma queda de 30% na produção brasileira de caminhões em 2020, uma vez que diante dos impactos da crise do Covid-19, muitas pequenas e médias empresas deverão enfrentar processos de falência, a inadimplência deverá impactar em uma piora do acesso ao crédito, e diante das incertezas quanto ao período de recuperação da economia, tanto os consumidores, como os investidores deverão postergar suas comprar.
     
    Especialista do Setor Laís Soares.

    De janeiro a dezembro de 2019, as vendas internas de caminhões apresentaram uma forte expansão em relação ao ano de 2018, um crescimento de 33%. No ano, a produção apresentou crescimento de 7,5%, um patamar de crescimento inferior ao observado nas vendas, pressionado negativamente pela queda das exportações.

    No ano, o destaque ficou para o desempenho das vendas de caminhões pesados. A participação da categoria na produção total de caminhões representou cerca de 55,4% do total de caminhões produzidos em 2019, ante 46,8% em 2018.

    Neste contexto, de acordo com os dados de emplacamentos, em 2019 a Mercedes-Benz aumentou sua participação nas vendas de caminhões no mercado brasileiro, além de manter a liderança. No ano, a montadora realizou aguns ajustes nas suas linhas Actros e Axor que pertencem a categoria de pesados. Assim, a participação da Mercedes cresceu 1,7 1,7 ponto porcentual (p.p), fechando o ano com uma participação de 31% do market-share de caminhões no País.

    Em segundo lugar, a Volkswagen/MAN manteve sua colocação (26,8%), seguida pela Volvo (16,8%), que apresentou uma elevação de 2,7 p.p na sua participação, tendo em vista, sua liderança nas vendas de caminhões pesados.

    Em quarto lugar, apareceu a Scania que tomou o lugar da Ford, com uma participação de 12,5% ante 6,3% da Ford.

    A Ford perdeu 5,8 p.p de participação em 2019, uma vez que, em fevereiro do último ano, a montadora decidiu interromper a produção de sua fábrica de São Bernardo do Campo e fechar as portas, deixando de participar da produção de caminhões no País, a partir de 2020.

    Analista do Setor Laís Soares

    De janeiro a setembro de 2019 a produção de caminhões no Brasil somou 87,4 mil unidades, um crescimento de 13,2% ante o mesmo período do ano passado. Enquanto isso, as exportações apresentaram uma queda de 51,9%, com 9,8 mil caminhões exportados. Houve uma queda substantiva na participação em relação a produção total no País, nos nove meses de 2018 a participação atingiu 26,5%, em 2019 ficou em apenas 11,2%.

    Na última semana, encerrou-se a Fenatran, um dos principais eventos de transporte rodoviário de cargas da América Latina, com uma vitrine dos principais lançamentos do setor. Na ocasião, a Mercedes-Benz lançou seu novo caminhão pesado, o Actros, que segundo a montadora, insere a produção brasileira no mapa mundial de produção do grupo.

    A Scania também mostrou os primeiros resultados da fabricação de seus novos caminhões globais em sua fábrica de São Bernardo do Campo, e afirmou que a unidade brasileira após os investimentos concretizados em tecnologia espera-se ampliar a participação da operação brasileira no mercado global.

    De acordo com as perspectivas da Lafis, a taxa de câmbio deverá se manter desvalorizada em 2020, o que favorece as exportações, entretanto, o Brasil ainda possui diversas barreiras para essa ampliação das exportações para além dos países latino americano, entre elas a infraestrutura logística e os custos tributários, a Lafis estima que essas barreiras não devem ser solucionadas no curto prazo, o que poderá frustrar as expectativas da Scania e Mercedes-Benz.

    Analista do Setor Laís Soares.

    O resultado das vendas internas de veículos leves, caminhões e ônibus no 3° trimestre de 2017 ficou acima do resultado observado no 3°/TR de 2016. Os segmentos de veículos leves e ônibus indicavam desde o 2°trimestre a retomada da demanda interna, com crescimento ante igual período do ano passado

    No 3°trimestre, as vendas internas de veículos leves cresceram 14,7% em relação ao mesmo período de 2016. Esse resultado surpreendeu as expectativas dos analistas do mercado, e até mesmo da Lafis, que deverá rever para cima as projeções para os resultados das vendas internas do setor em 2017. No acumulado do ano até setembro, o total das vendas internas do setor já aponta um crescimento de 7,9% em relação ao acumulado no mesmo período de 2016.

    O setor de veículos pesados que possui uma relação mais próxima com o crescimento econômico e a confiança dos investidores ainda apresenta uma retomada mais moderada. Mas destaca-se que, na comparação do desempenho das vendas internas deste 3° trimestre com o mesmo do ano passado, tanto os segmentos de caminhões, com uma alta de 4,3% nas vendas, como de ônibus, com alta de 1,3%, apresentaram crescimento.

    Esse movimento de recuperação teve como alavanca a política de redução da taxa de juros Selic pelo Banco Central, que teve início em outubro de 2016. Desde então, já houve uma redução de 6 p.p., e a taxa atingiu o patamar de 8,25% a.a. no final de setembro. Além disso, percebe-se uma melhora da confiança dos consumidores e investidores no País, mas que ainda sofre com os temores da instabilidade política e as eleições de 2018.

    Em relação ao mercado externo, o crescimento da demanda argentina mantém os recordes das exportações de veículos leves e caminhões. No acumulado do ano, as exportações de veículos leves e caminhões já registraram um crescimento de 57,6% e 40,9%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado, 

    Por fim, pode-se afirmar que o ano de 2017 marcará a retomada da produção na indústria automobilística, todavia o papel de protagonista nessa retomada ainda caberá ao setor externo.

    Especialista do Setor: Laís Soares.


    Em 2017, a produção de autoveículos no País deverá retomar seu crescimento de forma gradual, todavia tal crescimento não deverá sustentar-se por uma forte retomada do mercado interno brasileiro, mas sim pelo crescimento das exportações favorecida pela desvalorização do real.

    Essa tendência já se manifestou nos últimos meses de 2016, de acordo com os dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) no acumulado de novembro e dezembro o resultado das exportações de veículos leves surpreendeu os analistas do mercado e apresentou um crescimento de 45,6% na comparação com os dois últimos meses de 2015. 

    De forma semelhante, as exportações de caminhões neste mesmo período apresentou um crescimento de 29,1% comparado ao acumulado de novembro e dezembro de 2015, revertendo a queda que havia sido observada, até então, de janeiro a outubro as exportações de caminhões no País apresentaram uma queda de 3,1% em relação ao acumulado do mesmo período do ano anterior.

    De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), em dezembro, as exportações surpreenderam as expectativas dos analistas do mercado e ficou marcada como um recorde histórico no total de veículos leves exportados pelo País.

    As perspectivas de manutenção do atual patamar, mais desvalorizado, do real frente ao dólar deve garantir e impulsionar as exportações do setor.

    Para o mercado interno, as projeções de expansão do setor em 2017 são bastante tímidas, tendo em vista a taxa de desemprego mais elevada no País, os consumidores estão mais cautelosos para a aquisição de automóveis através de financiamentos de longo prazo dada a instabilidade do emprego. 

    Já a categoria de comerciais leves deve apresentar crescimento e uma elevação da participação nas vendas de veículos leves, com uma gradual retomada da atividade econômica do País, redução da taxa de juros e reestabelecimento da confiança dos investidores, as empresas poderão elevar seus investimentos, elevando a demanda por veículos comerciais leves e caminhões.

    Para 2017, a Lafis estima um crescimento de 3,9% nas vendas de veículos leves e de 6% para as vendas de caminhões.

    Analista Responsável pelo Setor: Laís Soares


    O resultado da produção das fabricantes de caminhões até julho indicaram que o “fundo do poço”, ou o patamar mínimo da produção do segmento foi atingido. A trajetória de queda  na produção ainda se mantém, mas já observa-se uma desaceleração dessa retração, e avista-se uma gradual retomada da demanda do setor, haja vista os resultados do último mês divulgado pela Anfavea.

    Desde maio, com a posse do presidente interino Michel Temer, o indice de confiança dos investidores na economia vêm apresentando uma elevação, com uma melhora das expectativas em relação ao futuro. No segmento de caminhões, os resultados das vendas de junho e julho comprovam esse movimento, houve um crescimento consecutivo das vendas nesses meses, na comparação com o mês anterior.

    No acumulado do ano, a produção acompanha as vendas, mas a queda na produção de caminhões no País foi de 24,5%, abaixo da queda apresentada pelas vendas do segmento na comparação anual (-31%), pois as montadoras vêm desenvolvendo soluções e negociações com sindicatos para enfrentar o nível elevado da ociosidade de suas fábricas.

    De janeiro a julho, a produção de caminhões de todas as categorias sofreu redução, exceto a categoria de semileves, essa apresentou um crescimento extraordinário de 59% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado positivo da categoria pode ser explicado pela substituição de veículos de grande porte, por veículos de menor porte, para garantir fretes com custos menores. A queda da atividade industrial e comercial reduz a demanda e o volume de fretes. Entretanto, a categoria ainda representa apenas 4% do volume total de caminhões produzidos no País.

    Analista Responsável pelo Setor: Laís Soares


    Nesta segunda semana de dezembro, o cenário das incertezas econômicas que já pressionavam a retomada da atividade econômica do País agravou se pela instabilidade política que mostrou se mais evidente.

    Ao longo de 2015, de modo geral, as empresas atuantes na cadeia automotiva (montadoras, autopeças dentre outras) sofreram os impactos da crise que o País vem enfrentando com a forte retração das vendas internas, produção e elevação de seus estoques. Por outro lado, este quadro acentuou a disputa pela ampliação das exportações do setor através de acordos automotivos com países da América Latina com mercados potenciais para absorção de veículos brasileiros. Assim, neste ano, o Brasil fechou acordos automotivos importantes com o México, Argentina, Colômbia e por último Uruguai. 

    Às vésperas do final do ano, o Governo acaba de assinar um acordo de livre comércio automotivo com o Uruguai, que entrará em vigor a partir de janeiro de 2016. O acordo confere isenção tarifária para automóveis, ônibus, caminhões, máquinas agrícolas, autopeças, chassis e pneus no comércio bilateral. Atualmente existe um regime de cotas sem tarifação para o setor, que previa o teto de 10.056 veículos e US$ 99,6 milhões em autopeças importados do Brasil isento do imposto de importação pelos uruguaios. Em 2015 o Brasil já embarcou 12,5 mil veículos aquele País.

    A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e o Governo mostraram se empenhados em 2015 na busca de acordos automotivos e, com sucesso das negociações somado às vantagens competitivas provocadas pelo câmbio, no acumulado do ano até novembro o País apresentou um crescimento de 19% nas exportações de autoveículos e guarda perspectivas de um crescimento ainda mais expressivo para 2016.  

    Analista Responsável pelo Setor: Laís Cristina Soares


    O último trimestre chegou, mas as vendas de caminhões e ônibus no País não deverão apresentar sinal de recuperação. No acumulado do ano até setembro, os licenciamentos de caminhões novos registraram uma retração de 44%, e os de ônibus cerca de - 31%. Os resultados não foram uma surpresa, uma vez que a atual conjuntura de desaceleração da atividade econômica, ajuste fiscal, e os impactos da Operação Lava Jato na atividade de grandes empresas já indicavam tais resultados do setor, que está fortemente correlacionado ao volume de novos investimentos.

    Além deste mau resultado, como agravante, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou resolução que reduz em R$ 30,5 bilhões os recursos destinados à linha de crédito do Finame BNDES, de R$ 50 bilhões para R$ 19,5 bilhões. Este é o mais importante programa de financiamento para compra de veículos comerciais, responsável por cerca de 70% das vendas do segmento no País. O arrocho foi justificado pelo Ministério da Fazenda para incrementar o ajuste fiscal do Governo.

    Na prática o CMN também encerra o PSI mais cedo este ano: o programa continua valendo até o fim de dezembro, mas só serão aprovados os contratos daqueles que entrarem com o pedido de empréstimo até 31 de outubro. 

    Apesar da queda da demanda pelo financimento em 2015, dada a elevação das taxas no fim de 2014, bem como o baixo volume de investimentos realizados (em razão das incertezas econômicas vividas neste ano), esta modalidade ainda segue como a principal opção de financiamento para a compra de veículos pesados no País. Assim, com esta medida, o cénario já ruim do setor, pode deteriorar-se ainda mais.

    Analista Responsável pelo Setor: Laís Cristina Soares


    A participação do setor automotivo na economia brasileira é bastante expressiva, tendo em vista o efeito multiplicador de renda de toda sua cadeia. Dada sua importância, o setor sempre obteve incentivos governamentais para investir no país. Nos últimos anos, o BNDES deu destaque aos financiamentos de projetos para ampliação da capacidade produtiva no país e novas fábricas. 

    De janeiro a novembro de 2014, o BNDES aprovou para o setor automotivo um volume total de financimentos de aproximadamente R$ 3 bilhões. O valor inclui projetos de ampliações, desenvolvimento de novos produtos e exportação. Desde 2008, empréstimos do banco para o setor somam R$ 45,6 bilhões. 

    No entanto, em 2014 a indústria automobilística brasileira sofreu fortemente com a queda das exportações para o país argentino, além disso a demanda interna de veículos que estava aquecida desacelerou se, em sintonia com o cenário de incertezas quanto aos rumos da economia nos próximos anos. De acordo com a Anfavea, a produção total de autoveículos no País sofreu uma queda de 15,3% em relação a 2013.

    Com isso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passa a dar nova ênfase aos financiamentos para as montadoras que planejam investimentos em projetos de reengenharia, inovação e criação de modelos. O plano de investimento para o setor automotivo para os próximos três anos (2015-2018) alcançam R$ 59 bilhões, mostrando estabilidade em relação aos R$ 58 bilhões projetados entre 2010 e 2013, indicando que, no longo prazo, as perspectivas de crescimento para o setor ainda se mantém.

    Analista do Setor: Laís Soares

    A Agrale, fabricante de chassis para ônibus, de caminhões leves, tratores e utilitários, vai construir uma nova fábrica em São Mateus, no interior do Espírito Santo. Com um investimento de R$ 40 milhões, a unidade deverá iniciar a produção no primeiro semestre de 2015.

    A unidade capixaba produzirá a "linha completa" da empresa, incluindo um volume estimado de mil chassis nos primeiros 12 meses de operação. A fábrica será a principal fornecedora de chassis de ônibus para a Volare, do grupo Marcopolo, também instalada em São Mateus.Esta será a quinta unidade industrial da Agrale, que já tem três em Caxias do Sul e uma em Mercedes, na Argentina.

    O investimento da empresa, apesar da atual conjuntura de queda de demanda do setor, faz parte de uma estratégia da companhia, que pretende reduzir o custo com  transporte de produtos acabados para as diversas regiões do Brasil, ou seja aumentar a sua competitividade. Além disso, os empresários estimam exportar os produtos para o exterior a partir do Espírito Santo. 


    A Volvo anunciou investimentos de US$ 320 milhões (aproximadamente R$ 780 milhões) em suas operações no Brasil nos próximos anos, em um ciclo de investimentos com início em 2014. De acordo com o anúncio, o valor será direcionado a novos produtos que devem ser trazidos ao Brasil, para reforço da produção da empresa no país, além de representar um esforço no aumento do conteúdo local da sua fabricação de caminhões.

    A estratégia é ampliar a densidade de distribuição e elevar os investimentos na fábrica de Curitiba (PR) para receber os novos produtos. Em 2013, a marca sueca registrou um crescimento de 30% nas vendas e alcançou a terceira posição entre as maiores do país no setor.

    O aporte visa manter o índice de nacionalização elevado porque a venda de seus produtos depende, em grande parte, das linhas de crédito do governo, como por exemplo, o Finame, linha de crédito do BNDES que oferece juros mais baixos para compra de bens de capital. Para tal, o veículo precisa ter no mínimo 60% de conteúdo local.

    Depois do anúncio da retomada da produção de automóveis no país, a Mercedes-Benz anunciou investimentos de R$ 1 bilhão em dois anos no desenvolvimento de veículos pesados no Brasil. Este é o maior investimento da companhia em todo o mundo, tendo em vista o país como principal mercado do grupo neste segmento.

    Os investimentos serão concentrados na modernização da fábrica paulista, que também produz ônibus, assim como no desenvolvimento de novos veículos.Também estão previstos avanços na nacionalização da produção - ou seja,  maior uso de autopeças locais - dos caminhões montados em Juiz de Fora, para melhorar o acesso a linhas de crédito mais atraentes do BNDES, que exigem um conteúdo local superior a 60%.

    A produção de caminhões no Brasil acumulou, até setembro deste ano, um crescimento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado, este crescimento não decorre apenas do fato da base fraca de 2012, mas também pelo desempenho do agronegócio e das condições especiais de financiamento do BNDES, que oferece taxas negativas para a aquisição dos veículos têm fortalecido a demanda.


    A Caio Induscar anunciou plano de contrução de uma nova fábrica de carrocerias de ônibus em Barra Bonita, interior do Estado de São Paulo. O início das operações da nova fábrica está previsto para 2014, com um investimento inicial de R$ 25 milhões, a empresa não divulgou detalhes.

    O anúncio de investimentos da Caio, segue em sintonia com as boas perspectivas para o setor. No início de 2013, o setor mostrou uma retomada da produção, após a queda de 2012. Para os próximos anos a Lafis, espera um crescimento na produção das carroçarias, acompanhando a produção de ônibus, que deverá crescer, tendo em vista a aceleração da demanda com a melhora do crescimento econômico, e os eventos esportivos. 


    A montadora chinesa Metro-Shacman anunciou investimento de R$ 400 milhões para suas instalações em uma fábrica em Tatuí (SP), reforçando crescimento da presença asiática em veículos pesados no Brasil. A companhia será instalada numa construção já existente, a nova unidade produzirá, a partir de 2014, caminhões  pesados e extrapesados. A expectativa é comercializar 10 mil unidades por ano e gerar mil empregos diretos.

    A empresa é pioneira no uso de tecnologias sustentáveis, sendo uma das primeiras a atender as novas exigências de emissões de gases do Brasil com o motor Euro V, homologado em 2011.

    A companhia contou com incentivos governamentais para a decisão do investimento. A montadora foi beneficiada pelo Pró-Tatuí (Lei de Incentivos Municipais). Além disso, já atende às demandas do Inovar-Auto referentes às exigências de produção nacional, ultrapassando a meta inicial de nacionalização de 65%, tornando os Caminhões Shacman um produto nacional e pode ser financiado pelo Finame.


    A melhora das expectativas com o mercado fez a Man Latin America retomar os investimentos que foram interrompidos desde o ano passado. Serão R$ 1 bilhão em novos produtos e no aumento da capacidade produtiva até 2016.

    Criada em 1981 ainda como uma divisão da Volkswagen do Brasil, a operação de caminhões e ônibus acumulava menos de 150 mil veículos produzidos e respondia por uma fatia de 17% do mercado até a inauguração da unidade de Resende. Foi com a fábrica moderna que a Man conseguiu bater a liderança, até então incontestável da Mercedes-Benz, passando a deter uma participação de cerca de 30% nas vendas de caminhões no Brasil.

    Segundo o presidente da montadora, as exportações estão em recuperação. Peru, Chile e a região africana estão demandando mais veículos comerciais. Além disso, o mercado brasileiro vem se recuperando desde o final do ano passado, e estima se um crescimento dos negócios na América Latina.


    A Comil, fabricante gaúcha de carroçarias de ônibus, anunciou investimentos de R$ 110 milhões para a construção de uma nova fábrica em Lorena, no Vale do Paraíba (SP). Segundo a empresa, a nova unidade será exclusiva para ônibus urbanos, com capacidade de produção de até 20 veículos por dia. A escolha do investimento na cidade paulista foi determinada pela sua localização, próxima aos três maiores centros consumidores do País: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que concentram 60% das vendas da marca.

    A terceira maior produtora de ônibus no Brasil tem como sede a cidade de Erechim (RS), onde produz veículos rodoviários, urbanos e micro-ônibus e atualmente está operando no limite de sua capacidade instalada. A empresa, antes chamada de Incasel, atua no ramo desde 1985 e emprega cerca de 3 mil pessoas. Com a conclusão de sua segunda fábrica, estima-se que sejam gerados 500 empregos diretos e mil indiretos. A nova unidade deve ser entregue no segundo semestre de 2013.

    O investimento da Comil não vem acompanhado de um bom momento para o setor. A introdução da norma Euro 5 somada à desaceleração das atividades industriais levou a uma queda de 10,2% nas vendas de ônibus no primeiro semestre, segundo levantamento da Fenabrave. O desempenho já levou o Governo a incluir, inclusive, a compra de 8,57 mil ônibus escolares para aquecer a indústria automobilística. No longo prazo, entretanto, as perspectivas são mais favoráveis, auxiliadas tanto pelos incentivos governamentais de crédito como pelos investimentos em infraestrutura. 


    A Sinotruck anunciou investimentos na ordem de R$ 300 milhões na construção de uma fábrica no município de Lages, em Santa Catarina. Com o investimento, a empresa pretende iniciar a produção no país, atuando num primeiro momento no segmento de pesados e extrapesado. Mais tarde, iniciará também a montagem de veículos leves na unidade. A unidade, que entrará em operação em 2014, terá capacidade para produção de 8 mil veículos em um turno de trabalho.

    A montadora chinesa comercializa seus caminhões no Brasil desde 2010, e com a nova unidade pretende abastecer o Brasil e a América Latina, tendo assim condições de entrar em novos mercados emergentes como o argentino. No início da produção, as peças serão importadas e montadas na unidade. Após passados 16 meses, a Sinotruck começará a produção completa dos caminhões, atingindo com isso o índice de nacionalização de 65% seguindo regra de financiamento do BNDES.

    O investimento da Sinotruck não vem acompanhado de um bom momento para o setor. A introdução a norma Euro 5, associada ao desaceleramento das atividades industriais levou a uma queda no número de licenciamentos do setor, que refletiu de forma direta na produção de caminhões. Até junho de 2012, a queda na fabricação do veículo foi de 35,6% em relação ao mesmo período do ano passado. No longo prazo, as perspectivas são mais favoráveis, auxiliadas tanto pelos incentivos governamentais de crédito como pelos investimentos em infraestrutura. 


    A Marcopolo anunciou na segunda semana de junho investimentos em suas plantas gaúchas e no Rio de Janeiro. Após audiência com o Governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, o montante anunciado foi de R$ 450 milhões para serem investidos nos próximos cinco anos. Do total, a companhia planeja aplicar R$ 100 milhões do recurso em duas unidades fabris de Caxias do Sul em 2012 e 2013, R$ 35 milhões serão destinados à implantação de uma unidade de montagem dos miniônibus Volare em São Mateus (ES) e os R$ 315 milhões restantes serão investidos na aquisição de equipamentos modernos para as fábricas e na construção de novas instalações administrativas de um novo centro logístico e de treinamento de pessoas.

    A empresa, que possui sede em Caxias do Sul (RS), é uma das maiores fabricantes nacionais de carroceria de ônibus e tem na unidade de negócios da Volare, a principal fabricante brasileira de ônibus de pequeno porte. O investimento faz parte do plano da empresa para alcançar uma receita consolidada líquida de R$ 6 bilhões em 2016, ante os R$ 3,6 bilhões projetados para este ano. Só o investimento na construção da planta fabril da unidade de negócios Volare em São Mateus deve gerar 300 empregos diretos, com produção a partir de agosto de 2013.

    Os investimentos da Marcopolo representam o interesse da fabricante de ônibus em absorver as boas perspectivas para o período, influenciado pelos programas governamentais, como o Plano Brasil Maior e os eventos que ocorrerão no país, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, que auxiliam a manter números positivos à indústria de pesados.


    A montadora chinesa Shacman confirmou investimento de R$ 1 bilhão para a construção de uma nova fábrica no Brasil. A Shacman se originou de uma parceria tecnológica firmada entre a SAG e a MAN (Grupo de Pesados da Volkswagem). Com auxílio do governador Eduardo Campos, a montadorá se instalará em Caruaru (PE) e poderá gerar mais de mil empregos diretos. Ao todo serão produzidos 5 modelos de poderão se configurar em 20 composições, todos eles atendendo o novo requesito de 65% de composição nacional do veículo, se encaixando nos benefícios concedidos pelo Plano Brasil Maior II.

    A sua construção contará com incetivo fiscal de 95% sobre o saldo devedor do ICMS, além dos incentivos municipais, como isenção de IPTU por dez anos. A previsão para o início da produção é 2013, tendo uma capacidade instalada inicial de 10 mil veículos por ano, com previsão de aumento de 100% até 2017.

    O investimento da Shacman é acompanhado por um momento ainda pontual na produção e licenciamento de veículos pesados, que é ocasionado pela transição do novo combustível Euro 5 nos caminhões. Até abril de 2012, a queda na fabricação do veículo foi de 30,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. No entando, as perspectivas de longo prazo são favoráveis ao setor, auxiliado pelos incentivos governamentais de crédito e também pelos investimentos em infraestrutura que estão ocorrendo, como o PAC, Minha Casa, Minha Vida e construções para os eventos esportivos que o país abrigará até 2016.


    Após duas semanas de impasse,  Brasil e México chegaram a um acordo para os próximos três anos na comercialização de veículos. O acordo com o México foi realizado em 2003, ano que foi estabelecido uma série de condicionalidades para comerciliazação até alcançar o livre comércio em 2011. Porém, em março de 2012, o Brasil solicitou a revisão do acordo automotivo após as exportações do México terem crescido cerca de 70% em 2011, atigindo cerca de US$ 2,4 bilhões.

    Grande parte da revisão do contrato deu-se por conta do aumento de IPI para veículos importados, medida que não atingiu os países membros do Mercosul que possuem tarifas reduzidas caso o veículo contenha 60% de peças da região. O México, embora não faça parte do Mercosul, também fazia parte do acordo internacional automotivo sul americano, porém sua comercialização com tarifa preferencial exigia apenas 30% de índice de peças no conteúdo do veículo da região do Mercosul.

    A renegociação foi necessária para evitar que carros importados, com menos de 60% de peças vindas da região, cheguem com tarifas preferenciais ao Brasil. O novo acordo estabeleceu que haverá cotas podendo o México exportar US$ 1,45 bilhão em veículos ao Brasil no primeiro ano, US$ 1,56 bilhão no segundo ano e US$ 1,64 bilhão no terceiro ano.  Além disso, os mexicanos concordaram em aumentar a proporção de peças da América Latina em seus carros em 40% em cinco anos.


    A fabricante de caminhões Scania construirá um centro de distribuição de seus veículos na cidade de Vinhedo, São Paulo. O objetivo é expandir sua capacidade de armazenagem em 60% no país e para isso investirá cerca de US$ 40 milhões no empreendimento. O centro de distribuição será responsável pela logística das peças da fábrica de São Bernardo do Campo e deverá ser concluída no início de 2013.

    O segmento de veículos pesados no Brasil está crescendo em um bom ritmo, dada a prorrogação dos incentivos governamentais ao setor desde 2009. Entre eles estão a isenção do IPI e as facilidades de crédito com o BNDES através das linhas Pró Caminhoneiro e Finame. Além disso, a nova norma Euro 5 (que refere-se a fabricação de caminhões que se utilizam de um combustível  menos poluente) entrou em vigor em 2012 e fez com que as compras dos veículos pesados fosse antecipada, uma vez que a adaptação dos motores o tornará cerca de 5% mais caro.

    Neste cenário, o setor de veículos pesados, mais especificamente de caminhões, mostrou um bom crescimento em 2011, com a produção expandindo cerca de 13,9%  no ano.


    As duas maiores empresas produtoras de carroçarias do Brasil anunciaram parceria para a fabricação de peças e acessórios destinados à montagem das carrocerias. Grande parte da produção, vinda desta joint venture, será voltada para mercado interno, porém também haverá a produção de carroçarias especiais voltadas ao atendimento do mercado externo. 

    Somente no primeiro ano de operação, está previsto um aporte de R$ 10 milhões, sendo dividido de acordo com a participação de cada empresa no negócio. Em nota, a Marcopolo destacou que esta nova empresa, com possível sede em Joinville (SC), terá completa independência entre os envolvidos, inclusive na elaboração de produtos e design, que deverão possuir marca própria.

    A Marcopolo possui atualmente 23,5% do mercado de carroçarias no Brasil e a Induscar- Caio detém 27,0%. Juntas as duas produzem cerca de 18 mil carroçarias no ano, somente no mercado brasileiro.


    Com vistas a atender a maior demanda que emergira nesta década devido aos eventos esportivos, a Neobus anunciou investimento na construção da nova fábrica no município de Três Rios, Estado do Rio de Janeiro. O aporte será de R$ 90 milhões e por meio dele a fabricante de ônibus visa elevar a sua capacidade produtiva.

    A companhia gaúcha, que recentemente anunciou uma joint venture com a norte-americana Navistar, estima que por meio do atual investimento se consiga atingir a marca dos 13 ônibus produzidos por dia. Desta forma, na nova planta serão fabricados ônibus urbanos e alguns modelos de micro-ônibus, com vistas a atender a demanda do estado do Rio de Janeiro, seu principal mercado. Segundo a empresa, a nova fábrica entrará em operação em meados de julho gerando 1,2 mil empregos.

    Os investimentos da Neobus no Rio de Janeiro, representam o interesse da fabricante de ônibus em absorver as boas perspectivas do país para esta década, visto a necessidade de projetos de infraestrutura que promovam melhorias na locomoção. Segundo as perspectivas da Lafis as vendas internas de ônibus crescerão 8,60% e 11,20% em 2012 e 2013, respectivamente.


    Com foco na crescente demanda interna, a Viação Cometa anunciou que está investindo R$ 107,5 milhões na renovação de sua frota de onibus. A companhia faz uso ainda, dos incentivos fiscais concedidos pelo governo para obtenção de novos veículos.

    A companhia que hoje conta com mil ônibus e que transporta em média, 1,2 milhão de passageiros por mês, informou que com o montante que possui para a expansão de seus negócios  irá comprar 215 veículos novos, no biênio 2011/2012. Do total de veículos, 128 já foram adquiridos pela empresa, entre eles os GTV (Gran Turismo Veículo), que farão a linha São Paulo-Curitiba a partir de dezembro. Os outros 87, com carroceria Marcopolo (G7) chegarão até março do próximo ano.

    A aquisição de veículos novos por parte da Viação Cometa ocorre em um período em que o governo brasileiro concede incentivo fiscais como como o Pronaf, PSI e o Finame, além do IPI reduzido que vigora até dezembro de 2011. Para a Lafis, estes incentivos para o segmento de pesados estão conseguindo fazer com que as empresas e caminhoneiros autônomos tenham a possibilidade de renovar a frota nacional, algo que até então não tinha sido possível por meio de outras políticas públicas.


    A Meritor, fornecedora de eixos para veículos pesados, anunciou investimento da ordem de US$ 30 milhões em suas unidades fabris no Brasil para os anos de 2012 e 2013. Isto se deu devido à boa expectativa de crescimento da demanda interna para os próximos anos. Além disso a companhia estima que a obrigatoriedade do uso de equipamentos Euro 5 fará com que a demanda interna se arrefeça em 2012, mas que seja compensada pelo crescimento da economia doméstica em 2013.

    A companhia, que possui sede nos Estados Unidos, aplicará os recursos na expansão de sua fábrica em Resende (RJ) onde está erguendo uma nova fábrica de eixos, no consórcio modular da MAN, que deve entrar em operação no segundo trimestre do ano que vem. Já em Osasco, a fornecedora instalou uma nova unidade fabril à antiga, voltada a cardans, que pode produzir inicialmente até 100 mil peças por ano. Por sua vez, focada no mercado secundário, a empresa também pretende reforçar sua presença no chamado "aftermarket", com investimentos de US$ 2 milhões nos próximos três anos.

    Os investimentos da Meritor no país precede um período em que os custos dos veículos irão aumentar, dada a exigência da utilização dos equipamentos de tecnologia Euro 5, que começa a vigorar em 2012. No entanto, segundo a previsão da companhia, a queda no faturamento em 2012 devido a elevação dos preços dos caminhões, será mais que compensada pelo crescimento que eles visam obter em 2013. Para a Lafis, o faturamento do setor de autopeças deve alcançar US$ 58.015 milhões em 2012, e US$ 64.265 milhões em 2013.


    A Volvo Caminhões anunciou seu ciclo de investimento no Brasil para os próximos três anos. O orçamento de R$ 500 milhões prevê a produção no país de componentes que outrora eram importados e, com isto, a companhia estima diminuir sua dependência do mercado externo.

    A companhia que inaugurou recentemente seu maior complexo industrial na América Latina, em Curitiba (PR), que contou com investimento de R$ 25 milhões, agora almeja aumentar seu market-share no mercado interno. Para tanto, a Volvo está expandido seu portfólio nacional em um momento de boas perspectivas para o setor. Neste cenário, a fabricante iniciou a produção de componentes que antes eram importados da Suécia e França, como a caixa de câmbio eletrônico e de motores com capacidade de tração de 60 toneladas. Além do segmento de pesados, a companhia também almeja uma maior parcela do mercado de ônibus, o qual apresentou crescimento de 19,04% nas vendas, em 2010.

    Os investimentos da Volvo no Brasil representam um interesse cada vez mais notório das companhias em absorver as perspectivas de demanda do país. Isto ocorre, segundo a Lafis, devido ao potencial de crescimento do mercado interno em decorrência da necessidade de projetos em infraestrutura, que devido ao grande porte das obras, geralmente demandam uma ampla quantidade de veículos pesados.


    A Ford Caminhões e a MAN Latin America anunciaram investimentos no país. Ambas montadoras querem aproveitar a boa fase de expansão do segmento, aliado às grandes obras de infraestrutura que estão sendo realizadas, para expandir sua produção até 2016.
    A Ford Caminhões investirá cerca de R$ 455 milhões entre 2011 e 2015 em suas operações de veículos comerciais no País, além de desenvolver um novo modelo de caminhão inédito da marca, o extrapesado. O investimento também servirá para a adaptação e desenvolvimento de novas tecnologias voltadas a nova legislação ambiental, que entrará em vigor em janeiro de 2012, o Euro 5.
    A MAN, aproveitando o momento crescente de licenciamentos de caminhões no país, investirá cerca de R$ 2 bilhões até 2016 para o desenvolvimento de novos produtos, ampliação de fábrica em Rezende (RJ) e a construção de nova planta, que poderá estar localizada no Estado do Rio de Janeiro.
    Os recursos da construção da nova fábrica da MAN no Brasil foram facilmente autorizados pela matriz alemã, que relatou que o país é o maior mercado da montadora no mundo, respondendo por cerca de 45% das vendas mundiais e 30% de faturamento. Atualmente a MAN é o quarto maior fabricante de veículos pesados do mundo.
    O setor de veículos pesados cresce de forma acelerada, ainda incentivado por diversos programas governamentais, como o IPI reduzido, o Finame e o Pró Caminhoneiro, este último já estendido até dezembro de 2012. O nível de crescimento das obras de infraestrutura, aliado ao crescente aumento de produção agropecuária, estimulam cada vez mais a abertura de novas fábricas no Brasil.

    O Governo havia anunciado em agosto de 2011 uma política de auxílio às montadoras nacionais, que estavam sofrendo com a concorrência dos importados: iriam reduzir do IPI (Impostos sobre Produtos Industrializados) para as fabricantes que, em troca, aplicariam essa dedução de imposto em investimentos para a promoção de inovação e tecnologia. Porém, essa alternativa não animou as montadoras, associações e sindicatos nacionais, que brigavam por atitude mais enérgica frente a concorrência com os veículos importados.
    O governo e os fabricantes chegaram em um consenso esta semana, no dia 15 de setembro, em que as empresas nacionais não receberão mais o incentivo para investimento, mas terão vantagem sobre os produtos importados, que poderão ser taxados em até 30% a mais no valor do IPI, decisão válida tanto para importações de veículos leves, como para caminhões, até dezembro de 2012.
    Para não ter elevação da alíquota de IPI, as montadoras devem preencher diversos requisitos, entre elas ter mais de 65% de sua fabricação feita no Brasil (ou Mercosul). A medida cobrará por parte das fabricantes as certificações necessárias para não obterem o aumento da alíquota, ação que deverá ocorrer no máximo em 30 dias.
    Essa medida de aumento da alíquota para veículos importados estimula a produção nacional, embora não estimule  de forma mais objetiva planos futuros de investimento e desenvolvimento em P&D. As montadoras que virão ao Brasil nos próximos anos também se sentiram desestimuladas com a medida, uma vez que, tendo o produto atendido as condições de nacionalização, poderiam utilizar a dedução do IPI para seu desenvolvimento no país.

    A empresa de viação Cometa anunciou investimento de R$ 17 milhões para a compra novos veículos, entre eles semi-reboques, furgões, caminhões leves, médios e pesados, além de nova frota de veículos leves para dar suporte às atividades logísticas. Essa ampliação e renovação da frota é 89% maior do que o anunciado no ano anterior.

    A empresa pretende repor 73 veículos e ampliar a frota com mais 77, totalizando uma compra de 150 meios de transporte. A idade média da frota própria da Rapidão Cometa é de 5,5 anos e com a aquisição ela passará para 3,9 anos, somando-se 982 veículos. O investimento proporcionará, de acordo com os representantes da empresa, ganhos com custos em manutenção e a adaptação de seus veículos a nova norma ambiental Euro 5, que entrará em vigor em 2012.

    A compra de veículos pesados no Brasil continua recebendo incentivos governamentais, como a redução do IPI, além de linhas especiais e facilitadas para financiamento com o BNDES. A fabricação de veículos pesados continua crescente no país, ao contrário do que se observa na produção de carrocerias, que permanece estável desde o início do ano.


    A empresa de viação Cometa anunciou investimento de R$ 17 milhões para a compra novos veículos, entre eles semi-reboques, furgões, caminhões leves, médios e pesados, além de nova frota de veículos leves para dar suporte às atividades logísticas. Essa ampliação e renovação da frota é 89% maior do que o anunciado no ano anterior.

    A empresa pretende repor 73 veículos e ampliar a frota com mais 77, totalizando uma compra de 150 meios de transporte. A idade média da frota própria da Rapidão Cometa é de 5,5 anos e com a aquisição ela passará para 3,9 anos, somando-se 982 veículos. O investimento proporcionará, de acordo com os representantes da empresa, ganhos com custos em manutenção e a adaptação de seus veículos a nova norma ambiental Euro 5, que entrará em vigor em 2012.

    A compra de veículos pesados no Brasil continua recebendo incentivos governamentais, como a redução do IPI, além de linhas especiais e facilitadas para financiamento com o BNDES. A fabricação de veículos pesados continua crescente no país, ao contrário do que se observa na produção de carrocerias, que permanece estável desde o início do ano.


    A fabricante de carrocerias Marcopolo anunciou nesta semana investimentos de R$ 300 milhões, com o objetivo principal de expandir sua capacidade produtiva. O aporte será aplicado até o ano de 2015, sendo também destinado à viabilização de novos modelos em seu quadro produtivo, contando com investimentos do BNDES e também do FINEP (Financiadoras de Estudos e Projetos). Sabendo-se que a empresa tem a produção de dois terços de carrocerias aqui no país, grande parte do montante poderá ser aplicada internamente.

    Além disso, a Marcopolo já pensa na elevação da demanda que deverá ocorrer por conta dos eventos esportivos que virão ao Brasil em 2014 e 2016, aumentando, por conseqüência, seu faturamento no período. Para o curto prazo, as novas licitações públicas para produção e regulamentação de ônibus também poderão impactar positivamente nas suas produção de carrocerias.

    Mesmo com a desvalorização do Dólar, que acabou prejudicando as exportações no setor, e o aumento do custo de produção, a empresa enxerga que esses déficits podem ser corrigidos por meio de investimentos em mão de obra e modernização das plantas de produção.

    A Marcopolo produziu em junho deste ano 698 carrocerias, dentro de um total de 2774 para o segmento, o que representa 25,2% da produção total do setor. A Marcopolo é a segunda maior produtora nacional, perdendo apenas para a Induscar.

    A representante de veículos Districar, responsável pelas marcas das montadoras Haima, Chana, SsangYong e JMC, investirá R$ 300 milhões em nova fábrica no país. As montadoras produzem veículos para os segmentos leves e pesados (leve) e trazem para o país carros para concorrer com utilitários (Pickups) e também carros populares, na categoria do Uno e do Gol.

    O local da fábrica ainda não foi revelado, mas mostra a tendência da vinda das marcas chinesas no Brasil, como a Lifan/Effa e a Chery, que já anunciaram a construção de plantas no país no final de 2010 e início de 2011.

    A princípio a fábrica terá capacidade para produzir 60 mil unidades por ano e virão acompanhadas por um plano de baixar os preços dos veículos locais. A marca Chana também terá o seu nome modificado para Changan, fazendo parte do plano de posicionamento da marca, que pretende atingir uma produção de 20 mil veículos em 2012.

     


    A montadora Hyundai anuncia construção de uma nova fábrica realizando aportes de US$150 milhões no país. O investimento será destinado à produção de máquinas de construção pesada, como escavadeiras, retroescavadeiras e carregadeiras. O destino escolhido para a construção da planta foi Itatiaia, no Rio de Janeiro, com perspectivas de conclusão até o final de 2012.

    A construção está sendo liderada pelo braço Hyundai Heavy Industries e auxiliará a crescente demanda da construção civil em toda América Latina, com produção anual próxima a cinco mil máquinas.

    A Hyundai quer trazer ao país, junto com sua fábrica, partes de seus fornecedores. Mas mesmo que essa decisão não se concretize, o Brasil tem capacidade de suprir cerca de 60% de sua produção, o que deixa de ser um impedimento para a construção da fábrica em qualquer instância. Desta forma, a unidade também deverá esquentar o mercado de auto-peças, que podem diversificar sua produção e ter mais independência das montadoras de veículos leves.

    Representante da Hyundai no Brasil, o grupo Caoa, anunciou esta semana investimentos de R$ 600 milhões até o fim de 2011 para a ampliação da planta situada na cidade de Anápolis a qual já produz um modelo da coreana no Brasil. O grupo pretente iniciar a produção do caminhão leve HD 78 e, a partir de 2012, do utilitário-esportivo ix35. Atualmente, a Hyundai produz no Brasil o caminhão HR e o utilitário-esportivo Tucson, com produção mensal de 4.500 unidades/mês.

    A empresa pretende com esse investimento desafogar a demanda por componentes de sua matriz na Coreia do Sul, reduzir os custos com transportes e ainda aproveitar, com o ix35, parte do mercado de utilitários esportivos que aponta grande potencial de crescimento para os próximos anos no país, acompanhando a ascenção das classes B e C, e com o HD 78, a possíbilidade de suprir parcialmente a demanda por veículos pesados, dado que há possibilidade de falta de caminhôes no mercado nacional ao longo de 2011 e 2012.

    Para o segmento de veículos leves, o investimento do grupo Caoa colocará mais pressão na guerra de preços que ocorre no setor. O movimento de retração nos preços (que tem como fundamento a busca por ganhos de market share entre os diversas concorrentes), segue desde o corte do IPI em 2009 e não se encerrou com o fim de tal incentivo em março de 2010. Tal movimento não parece ter arrefecido mesmo diante das medidas do governo no fim de 2010 que visam a desaceleração das vendas do setor via contenção de crédito.

    Foi anunciado, no dia 16 de junho, pelos ministros da Fazenda e do Desenvolvimento, Guido Mantega e Miguel Jorge, a prorrogação, até dezembro de 2010, da desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). A alíquota será zero para bens de capital, tratores e caminhões e 4% para veículos comerciais leves. Com essa medida, o governo deixará de arrecadar cerca de R$ 775 milhões nos seis próximos meses.

    Tal medida, além de incentivar a recuperação do setor de bens de capital, que apresentou lenta recuperação desde a crise financeira mundial, aliviará possível pressão inflacionária sobre o preço desses produtos, que aumentariam com o fim da isenção do imposto.

    Quando programado para terminar em junho, o programa de incentivo do governo através da redução do IPI aqueceu o mercado de veículos pesados. Por exemplo, o número de lincenciamentos de caminhões, segundo dados da Anfavea, no acumulado até maio de 2010, foi de 57,8 mil unidades, resultado 54,3% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior. Em conjunto com as linhas de crédito subsidiadas do BNDES para a aquisição de caminhões e para os chamados implementos rodoviários (carretas), a prorrogação da isenção do IPI poderá incentivar investimentos para a renovação da frota de veículos, tendo em vista o mercado aquecido de veículos pesados.


    O Governo Federal anunciou segunda-feira, dia 30/03, a prorrogação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para o setor automotivo por mais três meses - o benefício valeria até dia 31/03 -, mas com a contrapartida da manutenção dos empregos pelas montadoras. Entre outras medidas, o governo também anunciou benefícios para motocicletas e materiais de construção e, como compensação, elevou a tributação sobre os cigarros.
     As montadoras, porém, estão livres para implementar programas de demissão voluntária e demitir trabalhadores temporários ao final de seus contratos.
     Os carros populares até 1.000 cilindradas (tanto álcool quanto gasolina) continuam com taxa zero (a original é de 7%), os de 1.000 cilindradas a 2.000 cilindradas, à gasolina, redução de 13% para 6,5%, e os flex ou álcool, de 11% para 5,5%. O IPI para caminhões também permanecerá zerado. O IPI de reboques e semirreboques cai de 5% para zero e o de caminhonetes permanecerá em 1%. Após a redução do IPI, em dezembro, as vendas de veículos se recuperaram da forte queda vista no fim do ano passado e fecharam o primeiro trimestre com recorde histórico de vendas.
     No caso de motos, o governo anunciou que a alíquota de Cofins incidente sobre o setor cairá de 3% para zero. A medida também terá a contrapartida da manutenção dos empregos na Zona Franca de Manaus, que concentra a maior parte da produção de motocicletas no país. A alíquota de PIS/Pasep incidente sobre motos será mantida em 0,65%, uma vez que esse recurso é destinado ao seguro-desemprego. Espera-se assim, que o setor seja estimulado após a queda significativa de 43% na comparação do primeiro bimestre com o mesmo período de 2008.

    O grupo alemão MAN anunciou dia 18/03 a conclusão da compra da Volkswagen Caminhões e Ônibus no Brasil, adquirida por € 1,17 bilhão. As duas empresas serão integradas na nova MAN América Latina.
    A nova companhia nasce liderando o mercado brasileiro de caminhões, segundo a MAN. A Volkswagen Caminhões e Ônibus produz na fábrica de Resende (RJ) desde 1996 veículos para o mercado interno, América Latina e África.

    Foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) os números fechados de 2008 do setor automotivo.
    De acordo com os números, o país alcançou produção total recorde de 3,21 milhões de unidades, resultado 8,0% superior ao recorde anterior, que pertencia ao ano de 2007. Com relação ao total de licenciamento (nacionais + importados), estes alcançaram 2,82 milhões de unidades, desempenho 14,5% maior ao obtido em 2007. O resultado de 2008 também foi o maior da história, sendo o de 2007 o segundo maior.
    As exportações, porém, obtiveram redução dos embarques em 7,9%, perfazendo um total de cerca de 730 mil unidades, principalmente por conta do nível cambial médio apreciado durante o ano.
    Apesar dos resultados positivos com relação à produção e aos licenciamentos de 2008, o último trimestre do ano foi impactado fortemente pela crise econômica mundial, afetando a confiança dos consumidores e restringindo o crédito. A produção de dezembro chegou a cair mais da metade com relação ao mesmo mês de 2007, o que representa um sinal de alerta para o setor automotivo durante o ano de 2009.


    Após reduzir o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos automóveis, o governo resolveu estender o benefício aos caminhões. A medida foi assinada dia 19/12 e tem validade até março/09, isentando os caminhões do pagamento do imposto, ou seja, o IPI passou de 5% para zero.
    Com esta medida o governo tenta reaquecer as vendas do setor, que caíram a partir de outubro. No caso dos carros o efeito foi positivo, já que o fim semana após a medida, foi de concessionárias lotadas. Porém, como o financiamento de caminhões normalmente é feito pelo Finame (que é mais demorado e tem mais exigências), e os valores maiores, e por isso a aprovação é mais criteriosa, a recuperação de vendas deverá ser mais demorada.
    No entanto, como até setembro havia filas de espera para compra de caminhões, é possível que o comprador decida em fazer a compra, aproveitando a queda de preço.


    Mesmo com as medidas anunciadas pelos Governos Federal e Estadual no sentido de evitar a falta de crédito ao setor automobilístico, os números de novembro divulgados pela Anfavea refletiram as consequências da crise financeira, que impactaram não só no crédito como um todo (tornando-o mais caro e escasso), como também na confiança e expectativa do consumidor.
    As vendas internas de veículos nacionais, totalizaram cerca de 151 mil unidades no mês, ou queda de 33,5% na comparação com novembro de 2007, embora confrontando os onze primeiros meses de 2008, com o mesmo período de 2007, o número apresente expansão de 15,3%, reflexo do aquecimento no mercado até o mês de setembro (por conta do crédito e suas facilidades, como prazos longos de quitação).
    A produção total de veículos no mês de novembro contabilizou cerca de 195 mil unidades e representou um decréscimo de 28,6% em relação ao mesmo mês de 2007, o segundo consecutivo nesse tipo de comparação.
    O setor, que vinha até setembro batendo recordes mês a mês, presencia desde outubro uma inversão em suas vendas e expectativas futuras de crescimento da demanda. Por isso, algumas montadoras já tomavam medidas para evitar demissões, tais como: férias coletivas, corte de horas-extras, licença-remunerada, folgas, banco de horas e Programa de Demissão Voluntária (PDV). Tudo isso para amenizar os efeitos da crise sobre um dos setores mais relevantes da economia.


    O governo de São Paulo anunciou dia 11/11 a liberação de uma linha de crédito de R$ 4 bilhões aos bancos das montadoras, com o objetivo de manter o aquecimento do setor diante da crise financeira mundial. O empréstimo será feito pela Nossa Caixa e é fruto de um convênio entre o banco paulista, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras e Montadoras).
    Embora os recursos tenham sido disponibilizados pelo governo de São Paulo, o montante poderá ser aplicado em todo o país pelas financeiras das fabricantes. O prazo para o saldo da dívida é de 18 meses. Na semana anterior, o Governo Federal também liberou outros R$ 4 bilhões para as montadoras por meio do Banco do Brasil. A intenção é reverter o panorama de queda nas vendas em outubro deste ano em relação ao mesmo mês de 2007, devido à restrição de crédito ao consumidor, uma vez que os financiamentos representam cerca de 70% das vendas de automóveis no país.


    Dia 06/10, o governo anunciou oficialmente que os bancos das montadoras iriam receber R$ 4 bilhões para incentivar a venda de veículos ao consumidor. O dinheiro virá dos compulsórios que estavam sendo liberados pelo Banco Central desde o mês de outubro para promover a liquidez ao mercado. No total, os bancos das montadoras respondem por cerca de 40% do financiamento nacional de veículos.
    O anúncio acontece em um momento em que as principais montadoras do país anunciam férias coletivas e as revendas registram queda em suas vendas, como reflexo da crise financeira internacional, que impacta não só na diminuição de pedidos concomitantemente à restrição ao crédito, como na expectativa e confiança do consumidor.


    Foram divulgados os mais recentes números do setor automotivo pela Anfavea semana passada. Segundo a entidade, o país obteve em julho o melhor mês da história em termos de produção e vendas. Refletindo as boas condições da economia, com aumento do emprego e da renda, e o acesso a crédito e amplos prazos de financiamento, as vendas internas do setor avançaram 12,6% na comparação mensal e 32,6% na anual, para 288,1 mil unidades. No ano, as vendas subiram 30,4%, para 1,7 milhão de unidades, incluindo veículos leves e pesados.
    A produção total em julho subiu 3,5% em relação a junho e 19,8% ante julho de 2007, totalizando 320,1 mil unidades. No acumulado do ano, houve avanço de 21,8%, para 2,01 milhões de veículos, marca histórica. As exportações, por outro lado, continuaram sendo o ponto fraco do setor, em razão do Dólar fraco e mais recentemente da crise norte-americana, caindo 22,5% na comparação anual. No ano, as vendas externas apresentam queda de 3,3%, a 445,6 mil unidades.
    Apenas considerando os dados do primeiro semestre de 2008, em termos de produção, o Brasil passou da sétima posição em 2007 para a sexta, ultrapassando a França. Os primeiros colocados foram Japão, China e Estados Unidos. Este último foi ultrapassado pela China.
     


    A indústria automotiva brasileira obteve no primeiro semestre de 2008, seu melhor desempenho histórico, com vendas de 1,4 milhão de veículos novos (leves e pesados) no mercado interno, de acordo com dados divulgados pela Anfavea na semana passada, 30,0% a mais que no mesmo período de 2007.
    Ao longo do ano, mês a mês, o acumulado do setor vem apresentando sucessivos recordes tanto de vendas como de produção. O desempenho da indústria automotiva está sendo impulsionado pelo ambiente de crescimento econômico do país aliado a um quadro de baixas taxas de juros e especialmente financiamentos de longo prazo aos consumidores.
    Na comparação até junho, a produção do país, incluindo veículos leves e pesados, apresentou expansão de 21,3%, perfazendo um total de 1,68 milhão de unidades. É praticamente a mesma quantidade do que foi produzida ao longo de todo o ano 2000 (1,69 milhão de unidades).
    No primeiro semestre também verificou-se aumento das vendas ao exterior (+8,9%), em valor, totalizando US$ 5,4 bilhões, apesar da queda na quantidade exportada, de 2,8% (por conta do câmbio desfavorável). Esse aumento em valor só foi possível devido aos reajustes efetuados no produto, que permitem ao setor continuar obtendo ganhos em suas vendas internacionais.
     

    A indústria automotiva brasileira obteve em abril seu melhor desempenho histórico, com vendas de 261,2 mil veículos novos no mercado interno, de acordo com dados divulgados pela Anfavea. Antes do recorde de abril, o melhor nível de produção mensal alcançado pelo setor no Brasil havia sido de 244,5 mil unidades, registrado em outubro do ano passado. O desempenho do setor vem sendo impulsionado por um ambiente de crescimento econômico do país aliado a um quadro de baixas taxas de juros e financiamentos de longo prazo aos consumidores.
    Na comparação com março, as vendas de abril apresentaram alta de 12,5% e ante o mesmo mês do ano passado houve expansão de 45,7%. A produção de abril registrou alta de 6,2% sobre março e avanço de 34,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
      No acumulado de janeiro a abril, a indústria vendeu ao exterior US$ 4,53 bilhões, crescimento de 16,3% sobre 2007. Nos primeiros quatro meses do ano, o setor acumula vendas de 909,2 mil unidades, crescimento de 35,2% sobre igual período de 2007. A produção no período somada é de 1,09 milhão de veículos, 23,5% acima do fabricado entre janeiro a abril do ano passado. A marca de 1 milhão de veículos fabricados só havia sido ultrapassada em 2007 no mês de maio.


    O livre comércio de automóveis e autopeças entre Brasil e Argentina, que entraria em vigor em 1º de julho deste ano, foi definitivamente adiado esta semana, contrariando a posição defendida pelo Brasil nas negociações mantidas com o governo argentino. Em compensação, a Argentina concordou em estabelecer um prazo de cinco anos para o novo acordo automotivo bilateral que está em discussão e deve ser concluído até junho, quando vence o que está atualmente em vigor.
    Só em 2013, no fim desse prazo, é que haveria livre trânsito de veículos e peças entre os dois países. A Argentina nunca concordou com a liberação do comércio, que vem sendo adiado desde dezembro de 2005 quando venceu o primeiro acordo assinado em 2002. Até agora a renovação estava sendo anual. O país alega que o Brasil estaria em vantagem no momento, por conta do parque produtivo mais atualizado, e que precisaria de um tempo para melhor adequação.

    A indústria automotiva atingiu o melhor resultado de vendas para meses de janeiro, na história da indústria automobilística nacional. Foram licenciadas 215 mil unidades, alta de 40,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. A produção, por sua vez, atingiu 254,9 mil veículos, com avanços de 15,5% na comparação com dezembro de 2007 e de 24,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, a indústria superou, pela primeira vez, 3 milhões de unidades produzidas.
    A concessão de crédito em alta e os juros e a inadimplência em queda continuaram a estimular e a ser o principal motivo para o desempenho da indústria automotiva, que caminha para um novo recorde histórico em 2008.

    Outro destaque setorial da semana ficou por conta dos dados divulgados pela Associação dos Fabricantes de Veículos Automotivos – Anfavea. A produção e o licenciamento acumulados até novembro bateu o recorde de 2006, para todos os segmentos: veículos leves, caminhões e ônibus. Aindústria automobilística quebrará o recorde histórico tanto de produção (que era de 2006), quanto de vendas internas (que era de 1997).
    Com isso, a utilização da capacidade produtiva das montadoras está ultrapassando o limite aceitável, fazendo com que muitas fabricantes sejam obrigadas a ampliar suas plantas, anunciando investimentos bilionários para os próximos anos, já que há indícios de sustentabilidade da demanda.