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  • transporte aéreo, empresas do setor transporte aéreo, empresas do segmento transporte aéreo, setor transporte aéreo, segmento transporte aéreo, economia, macroeconomia
    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou que a secretaria vai leiloar 102 aeroportos regionais em 2025. Segundo ele, a consulta pública deverá se iniciar nos próximos 30 dias e os aeroportos selecionados deverão se configurarem em dois grandes blocos. O primeiro a ser concessionado até o meados do ano que vem, sendo o segundo iniciado após a conclusão do bloco anterior.

    O Governo espera que, além de novas operadoras menores participem da concorrência, as concessionárias já operantes dos maiores aeroportos anteriormente leiloados também tenham interesse, uma vez que a negociação sobre os aeroportos regionais envolve extensão de até cinco anos dos contratos de concessão. Na prática, devido a um acordo firmado no âmbito do TCU (Tribunal de Contas da União), as concessionárias vencedoras desses certames vão poder inserir aeroportos regionais em seus contratos.

    Esta é uma clara tentativa de fomentar tal modalidade que perdeu importância nos últimos anos, quando que por movimento natural, as companhias aéreas retiram rotas menos rentáveis por falta de demanda e infraestrutura adequada para operar com algum lucro. Assim, com novos investimentos e gestão privada, espera-se que diversas regiões que não exatamente as capitais ou próximas aos maiores centros urbanos brasileiros, possam reflorescer com reaquecimento do mercado aéreo.

    Analista Responsável Felipe Souza

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    A Petrobras anunciou a redução de 8,8% no preço médio do QAV (querosene de aviação) vendido para as distribuidoras. O recuo será de cerca de R$ 0,36 por litro, válido a partir de 1º de setembro. Com este movimento a redução acumulada no ano é de 8,0%, em comparação com o preço praticado em dezembro de 2023. Em relação aos valores de dezembro de 2022, a queda acumulada é de 26,0%, equivalente a R$ 1,32 por litro.

    Esta queda acompanha a redução do preço internacional da commodity pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), muito em virtude do desaquecimento da demanda global, principalmente pelo crescimento ainda abaixo do esperado da economia chinesa.

    Esta notícia é comemorada pelas companhias aéreas nacionais, cujos custos com combustível representam cerca de 41% dos seus gastos operacionais.

    Analista Responsável Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    O setor aeroportuário nacional deverá investir ao menos R$ 20 bilhões nos próximos anos. Esta previsão é o destaque do levantamento feito pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e anunciado uma recente reunião entre Governo (Infraero) e as principais concessionárias aeroportuárias do país nesta semana.

    As ações visam o fortalecimento da aviação comercial do país, como a ampliação de rotas regionais e internacionais, os investimentos e melhorias nos terminais concedidos à iniciativa privada.

    Segundo o mapeamento da Lafis de todos os investimentos divulgados pelos players (concessionárias privadas, Infraero e administrações municipais e estaduais), somente em 2023 foram anunciados cerca de R$ 16,2 bilhões em investimentos, dos quais R$ 12,8 bilhões devem estar concluídos até em 2027.

    Nestes anos, estima-se que tais aeroportos sejam expandidos e modernizados para melhorar a qualidade dos serviços prestados, de forma a elevar a produtividade do setor.

    Analista Responsável Felipe Souza

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Anunciado em agosto deste ano, o Novo PAC destinará cerca de R$ 10,2 bilhões para o setor aeroportuário com ênfase na aviação regional.

    Mesmo que o montante total anunciado seja majoritariamente composto por investimentos privados (cerca de R$ 9,2 bilhões), já anteriormente acordados entre as concessionárias e o poder público, quando celebrados os respectivos contratos de concessão dos maiores aeroportos nacionais, a novidade do Novo PAC se dá  pelo foco na aviação regional.

    Isso porque o Governo Federal irá investir R$ 1 bilhão em 46 novas ações que envolvem a retomada de obras paralisadas, além de estudos e projetos de reforma e construção de aeroportos regionais em todo o país.

    Assim, se antes o eixo das ações de fomento da aviação nacional se concentrava quase que exclusivamente nos grandes aeroportos localizados nas principais capitais do brasil, agora tem-se a tentativa de redirecionar a atenção para dinamização de aeroportos localizados em cidades de menor volume econômico e populacional, os quais estão localizados em regiões mais interioranas do país e não mais somente na faixa mais “litorânea”, digamos assim.

    Pois então, nos próximos anos deve-se observar uma diversificação da malha aérea que deverá conter mais rotas e frequências em regiões que até então são pouco assistidas pelo modal aéreo.

     Analista Responsável Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Os números da Anac de maio de 2023 mostram que os indicadores do setor aéreo seguem em plena recuperação. A procura, medida em passageiros-quilómetros pagos (RPKs), e a oferta de voos, medida em assentos-quilómetros oferecidos (ASKs), ultrapassaram 2019, ano anterior à pandemia de covid-19, pela primeira vez.
    A recuperação das viagens aéreas está diretamente ligada ao crescimento do rendimento médio e redução da taxa de desemprego observados nestes primeiros meses do ano, aliado ao período de plena liberdade de locomoção das pessoas no pós período pandêmico.
    Mesmo que no mesmo período do ano anterior já não havia muitas restrições de circulação de pessoas, com a população maciçamente vacinada e com maior distanciamento temporal do período mais crítico da pandemia, a população pode voltar a confiar na segurança sanitária, seja dentro do transporte, seja nos próprios destinos das viagens.

    Analista Responsável Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Foi assinada a Lei nº 14.273 que regulamenta a Lei das Ferrovias. A publicação viabilizará investimentos privados na construção de novos trilhos, no aproveitamento de trechos ociosos e na prestação do serviço de transporte ferroviário, por meio do modelo de autorizações.

    O governo já havia assinado autorizações ferroviárias no passado, porém todas foram fundamentadas na Medida Provisória editada em agosto de 2021. Quando o tema foi aprovado pelo Congresso, no entanto, algumas regras foram alteradas, demandando a nova regulamentação do Ministério. Neste sentido, para que o setor tenha maior segurança jurídica e, de fato coloque todos os projetos em prática, era preciso que esse decreto fosse publicado previamente, de forma a permitir a legalização dos novos contratos de concessão e construção de novas ferrovias por parte da iniciativa privada.

    “Com o marco legal, são regulamentados os novos processos administrativos de requerimento de autorização para exploração de ferrovia e de chamamento público de interessados na obtenção de autorização para a exploração indireta de ferrovias federais não implantadas ou em processo de devolução ou desativação” informa o Ministério da Infraestrutura (Minfra).

    Analista Responsável Felipe Souza

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    No acumulado dos primeiros sete meses de 2022, o movimento do modal para viagens nacionais foi marcado por uma expressiva expansão da demanda por voos domésticos (49,1%), onde foram transportados mais de 50,5 milhões de passageiros em voos nacionais. 

    No mesmo sentido, a oferta de assentos apresentou expansão no período (48,8%), quando foram oferecidos pouco mais de 63,8 milhões de assentos.

    No entanto, cabe destacar que os aumentos dos indicadores em percentual, que podem parecer muito satisfatórios, são apenas ajustes dos resultados advindos da crise, devido à base fraca de comparação de um ano (2021) onde a crise sanitária persistiu integralmente. Apesar da expressiva expansão, ainda não foi possível atingir o patamar pré-pandemia, ainda que se demarque um ritmo de retomada satisfatório, alcançando 91,5% do patamar atingido nos primeiros sete meses de 2021.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O presidente Jair Bolsonaro vetou a volta da bagagem despachada gratuita, aprovada pelo Congresso Nacional. A medida foi incluída pela Câmara dos Deputados durante a tramitação Medida Provisória do Voo Simples. Com isso, as companhias aéreas não terão que oferecer o serviço de despacho gratuito de bagagens com até 23 Kgs para voos nacionais e 30 kilos para os internacionais.

    Esse veto é um alívio para todas as empresas do setor que, em virtude de uma inclusão repentina de uma emenda elaborada pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), como uma jogada muito mais política do que econômica (pois ficava claro que a emenda não tinha nenhuma análise de impacto no caixa das companhias e na operação das aeronaves, apenas se justificando alegando erroneamente que as passagens aéreas subiram após a adoção da regra da cobrança), na prática, aumentaria os custos dos serviços aéreos e o risco regulatório, o que reduziria a atratividade do mercado brasileiro a potenciais novos competidores e contribuiria para a elevação dos preços das passagens aéreas.

    Vale destacar que o prejuízo seria maior em dois mercados, caso as companhias fossem obrigadas a despacharem bagagens: para o nascente mercado de low cost brasileiro e para os voos regionais.

    Para o mercado low cost, muitas empresas que já haviam anunciado início de operação no Brasil, recuaram quase que imediatamente à inclusão da emenda (vetada pelo executivo, como visto) alegando que não haveria possibilidade de vender bilhetes baratos, uma vez que a lógica desta operação se baseia na redução máxima de custos, oferecendo somente o transporte do passageiro que opta ou não por pagar por serviços adicionais (como despacho de bagagem, refeições a bordo etc.).

    Uma outra modalidade, quase sempre esquecida pela maioria da população e, pelo visto pelos congressistas apoiadores de tal emenda, é o transporte regional. Como se sabe, esta modalidade se justifica pelo transporte aérea entre cidades ou regiões menos populosas, ou seja, com menores números de passageiros por voo. Por tal razão, ela é realizada majoritariamente por aviões menores, que voam com menor peso embarcado. 

    Assim, já se pode notar a gravidade da distorção operacional se cada passageiro pudesse levar consigo mais uma quantidade considerável de peso em bagagens... obviamente inviabilizaria a operação de um número considerável de rotas, deixando “no escuro” diversas regiões menos dinâmicas, contribuindo assim, para além da inflexão do próprio desenvolvimento econômico que rotas aéreas trazem para estas regiões, para ruptura do projeto de integração aérea das diferentes áreas do país.

    De fato, não era uma boa emenda.

    Analista responsável Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Em meio a um período muito peculiar que soma: i) uma fase mais branda da pandemia (há quem diga, estágios finais da pandemia), com a retomada do interesse dos consumidores em voltar a viajar, ii) conjuntamente à sucessivas elevações dos custos operacionais e preços das passagens, as companhias aéreas tentam retomar a normalidade operacional e aos níveis normais de frequência de voos drasticamente afetados pelo Covid-19.

    No acumulado do primeiro bimestre de 2022, o movimento do modal para viagens nacionais foi marcado por uma expressiva expansão da demanda por voos domésticos (34,1%/1º bi-21). Já a demanda de passageiros da modalidade de voos internacionais apresentou uma expansão acentuada de 232,5%.  

    Apesar da expressiva expansão nas duas modalidades, no entanto, ainda não foi suficiente para atingir o patamar pré-pandemia, apesar se demarcar um ritmo de retomada satisfatório, alcançando 91% do patamar alcançado no primeiro bimestre de 2021.

    Para os próximos meses a grande dificuldade das companhias aéreas será aliar estratégias que estimulem ainda mais o desejo dos passageiros a retornarem às aeronaves de forma a superar de vez os efeitos depreciativos da fase pandêmica, em conjunto à necessidade vital de pelo menos manter inalteradas as margens operacionais, num contexto de elevação dos custos (preço do combustível), sem deixá-las reduzir ainda mais dado que o setor já opera com margens comprimidas.

    Analista Responsável Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Nesta semana a American Airlines comprou uma fatia de 5,2% da Gol, após pagar US$ 200 milhões (R$ 1,05 bilhão) por um lote de 2,2 milhões de ações preferenciais (sem direito a voto), e com a americana adquirindo esses papéis a R$ 47,03 cada um. Além de passar a acionista, a American Airlines terá a possibilidade de indicação membro para conselho administrativo  da Gol, assim como estreitar as operações das duas companhias ao anunciar codeshare exclusivo (este acordo vigorava desde fevereiro de 2020, porém sem exclusividade) e promessa do compartilhamento do programa de milhagens entre a brasileira e a americana. 

    Para a Gol, o acordo é muito bem-vindo, uma vez que traz uma injeção de liquidez de curto prazo à companhia num contexto de demanda ainda muito depreciada e custos em elevado patamar. Este aporte quando somado aos R$ 2,7 bilhões de capital de longo prazo captado no segundo trimestre deste ano, eleva o capital de longo prazo total levantado para mais de R$ 3,7 bilhões nos últimos seis meses. 

    Mais ainda, o acordo de cooperação entre companhias (codeshare) fortalecerá a presença da Gol nos mercados internacionais, fazendo frente às duas outras maiores companhias aéreas nacionais que já fazem parte de acordos deste tipo com outras duas empresas americanas (a Latam com a Delta e a Azul com a United). 

    Analista Responsável: Felipe Souza

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Nos primeiros cinco meses deste ano, o movimento do modal para viagens nacionais foi marcado por retração da demanda por voos domésticos (-7,3%/jan-mai 2020), quando foram transportados mais de 22,37 milhões de passageiros em voos nacionais.

    Este resultado de certa forma esperado, apesar de significar a continuidade dos efeitos da pandemia sobre a demanda e oferta de voos, (num período em que ainda não foram superados nem a pandemia global, nem seus efeitos nocivos para economia como um todo, sobretudo para as viagens aéreas e turismo), pode ser interpretado de forma diferente e até positivamente.

    Ao se observar a evolução mensal dos voos ofertados e passageiros embarcados, percebe-se nitidamente um ritmo consistente de recomposição da dinâmica do mercado aéreo nacional, uma vez que nos meses de fevereiro e março deste ano, as quedas nas movimentações atingiram seus maiores pontos de queda (-32,4%), passando a retornar à níveis menos negativos nos meses subsequentes.

    É por tal motivo que a Lafis projeta que para 2021 deverá haver um avanço da oferta de assentos               (35,0%/2020), assim como a demanda dos passageiros transportados (33,9%/2020). No entanto cabe mais uma ressalva: o leitor deve se atentar que estes crescimentos percentuais expressivos devem se materializar por conta da base fraca de comparação (2020). De fato, em números absolutos de passageiros e assentos ofertados, os patamares estarão significativamente abaixo dos apresentados no cenário pré-crise Covid-19.

    Analista Responsável Felipe Souza

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O governo realizou com sucesso um pacote de concessões que incluiu 22 aeroportos em 3 blocos regionais à iniciativa privada. Esta foi a 6ª rodada de concessões já realizada. Pelas condições, as concorrentes deveriam fazer lances apenas para os conjuntos de blocos e nunca para um aeroporto individualmente. Assim a vencedora passa a administrar o conjunto previsto por um prazo de 30 anos;

    Os blocos ficaram organizados da seguinte forma: 

    Bloco Sul: Aeroporto de Curitiba, PR – Afonso Pena (SBCT); Aeroporto de Foz do Iguaçu, PR – Cataratas (SBFI); Aeroporto de Navegantes, SC – Ministro Victor Konder (SBNF); Aeroporto de Londrina, PR – Governador José Richa (SBLO); Aeroporto de Joinville, SC – Lauro Carneiro de Loyola (SBJV); Aeroporto de Bacacheri, PR (SBBI); Aeroporto de Pelotas, RS (SBPK); Aeroporto de Uruguaiana, RS – Rubem Berta (SBUG); Aeroporto de Bagé, RS – Comandante Gustavo Kraemer (SBBG).

    Bloco Norte: Aeroporto Internacional de Manaus, AM – Eduardo Gomes (SBEG); Aeroporto de Porto Velho, RO – Governador Jorge Teixeira de Oliveira (SBPV); Aeroporto de Rio Branco, AC - Plácido de Castro (SBRB); Aeroporto de Cruzeiro do Sul, AC (SBCZ); Aeroporto de Tabatinga, AM (SBTT), Aeroporto de Tefé, AM (SBTF); Aeroporto de Boa Vista / RR – Atlas Brasil Cantanhede (SBBV)

    Bloco Central: Aeroporto de Goiânia, GO – Santa Genoveva (SBGO); Aeroporto de São Luís, MA – Marechal Cunha Machado (SBSL); Aeroporto de Teresina, PI (SBTE) – Senador Petrônio Portella; Aeroporto de Palmas, TO – Brigadeiro Lysias Rodrigues (SBPJ); Aeroporto de Petrolina, PE – Senador Nilo Coelho (SBPL); Aeroporto de Imperatriz, MA – Prefeito Renato Moreira (SBIZ).

    A concessionária CCR levou dois dos três blocos de aeroportos: o bloco Sul com a proposta de outorga fixa de R$ 2,128 bilhões, que representa ágio de 1.534% sobre o valor mínimo previsto no edital e promessa de investimento de R$ 2,85 bilhões ao longo dos 30 anos de contrato; e o Bloco Central com outorga de R$ 754 milhões, o que representou um ágio de 9.156%. A empresa deve fazer ao menos R$ 1,8 bilhão de investimentos nos seis aeroportos do lote em 30 anos.

    A francesa Vinci, que já administra o aeroporto de Salvador, foi a vencedora do bloco Norte com um lance de R$ 420 milhões (ágio de 777%) e planos de investimentos de R$ 1,4 bilhão no prazo contratual.

    Analista Responsável: Felipe Souza.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Neste mês de março de 2021 completa-se 1 ano em que estão presentes os efeitos negativos advindos da crise sanitária no setor. A pandemia da Covid-19, que começou em março de 2020 e deu sinais de desaceleração no último trimestre do ano no Brasil, voltou a crescer exponencialmente. Houve, na metade de 2020, uma esperança de retomar voos internacionais; já no fim do ano, o plano acabou adiado por muitas empresas aéreas para março de 2021 e agora postergou-se mais uma vez por tempo indefinido.

    Tudo isso, além dos óbvios impactos negativos na performance das companhias aéreas, bem como das concessionárias, também acaba por impactar nas questões estruturais do setor, dada a permanência da crise, que se alonga por um período mais longo do que o previsto inicialmente.

    Isto ocorre devido à manutenção da alta ociosidade das aeronaves e baixa ocupação dos assentos ofertados pelas companhias aéreas. Como se sabe, com um número elevado de aeronaves no solo, altera-se toda a composição, tanto de funcionário, quanto contábil (geração de receitas e alocação das despesas), de forma a reduzir drasticamente as receitas do setor, minando também a credibilidade financeira das companhias que dificulta o poder de barganha com fornecedores e linhas de crédito. 

    Além disto, muda-se completamente a estrutura de custos das cias aéreas e das concessionárias, cujos maiores esforços passam a ser de uma atenção ao controle da operação (a fim de garantir maior eficiência e rentabilidade da operação aérea), para a manutenção dos aparelhos e infraestrutura ociosa, lutando contra maiores depreciações (atividades que não geram receita aos players).

    Este cenário deverá se manter até pelo menos final deste ano, portanto, o setor ainda viverá um tempo prolongado de conjuntura adversa até que seja restabelecido a normalidade operacional.

    Especialista do Setor Felipe Souza. 

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Se por um lado, o ano de 2020 deverá ser marcado como o período no qual a aviação comercial brasileira enfrentou a pior crise de sua história, em 2021 a expectativa da Lafis para o setor abrange a possibilidade de reaquecimento da demanda por passagens aéreas, seja a negócio ou a turismo.

    No entanto, esta é uma visão setorial, mas como estarão as companhias aéreas no próximo ano?

    A Latam, que até poucos anos atrás liderava com folgas o mercado da aviação nacional, pediu recuperação judicial em maio de 2020 de suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos em virtudes dos desdobramentos da pandemia, como a brusca queda de receita num contexto de extrema fragilidade financeira da empresa, sem muitas margens para ações de refinanciamento das dívidas no curto prazo. As unidades do Brasil, Argentina e do Paraguai não foram incluídas, pelo menos por enquanto. Para 2021, a empresa acredita que a retomada da demanda por viagens será lenta e gradual, chegando a 70% do que era antes da pandemia apenas no primeiro semestre de 2021, patamar este que certamente não irá garantir a liderança do mercado nacional, disputando a terceira colocação com a Azul.

    Já a GOL, mesmo assumindo a liderança do mercado desde 2019, também não passou incólume aos efeitos da pandemia, pelo contrário. Com o cenário desfavorável, a companhia desistiu de reincorporar a Smiles, para se concentrar na redução de custos, renegociação de dívidas, e no replanejamento de frota e tripulação, reduzindo encomendas e devolvendo aeronaves que estavam com contrato temporário de arrendamento. Assim tudo indica que a empresa tenha garantido certo fôlego para suportar uma demanda bem mais fraca do que o normal, se adequando a nova realidade de mercado. No entanto é esperado que ela passe a operar com menos rotas, optando pelas de maior demanda num esforço de elevação da rentabilidade do negócio, mesmo que isso signifique que ela não seja tão capilar quanto já foi em anos passados.

    A Azul, por sua vez, pode ser considerada a empresa mais promissa até a pandemia pois, foi a companhia aérea mais rentável da América Latina em 2019, com uma receita líquida de R$ 11,4 bilhões e um lucro líquido de R$ 437 milhões e mais de R$ 1,6 bilhão em caixa, dinheiro que será essencial para atravessar o período de crise causada pela pandemia de coronavírus. Tudo indica que esta deva ser a companhia aérea que tenha o saldo resultante da crise “menos negativo” do mercado nacional, podendo inclusive assumir a vice liderança deste. Claro que, provavelmente a crise sanitária tenha freado o ritmo de crescimento da Azul, mas ainda guarda certo potencial de crescimento, mesmo estando inegavelmente menor do que era no pré-crise.

    Como última menção, cabe análise à Avianca, que já quase não opera no País após decretar falência ainda em julho deste ano. Sendo assim, podemos dizer que o mercado de companhias nacionais sai menor do que entrou na crise, tanto no sentido financeiro e operacional, quanto no próprio número de players.

    Daqui pra frente, provavelmente iremos observar a concorrência de empresas estrangeiras, sobretudo as low costs que concorrerão com as 3 nacionais não em âmbito nacional, mas de forma focal em cada trecho, por vez com mais, outras com menos vigor e, o futuro das nacionais dependerá cada vez mais do entendimento da real necessidade da demanda, de forma a buscar maior eficiência aliada às estratégias logísticas de redução dos custos e encapamento de slots e trechos mais rentáveis. 

    Especialista do Setor Felipe Souza

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Apesar da promulgação da MP 925 que ajuda o setor aéreo, as empresas prestadoras de serviço em terra e as companhias aéreas ainda encontram muitas dificuldades para acessar os recursos.

    Dentre as medidas de auxílio às empresas em geral pela MP, uma delas, específica ao setor aéreo, foi liberar o uso dos recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) para empréstimos ao setor até fim de 2020. Segundo o texto, as concessionárias de aeroportos e as companhias aéreas poderão usar os recursos desde que comprovem ter sofrido prejuízo com a pandemia. A taxa de juros não será inferior à Taxa de Longo Prazo (TLP), a carência é de até 30 meses, e a quitação da dívida deve ocorrer até 31 de dezembro de 2031.

    No entanto, em razão da falta de vontade política de se pôr em prática a letra da Lei, além da necessidade da elaboração de outra medida provisória abrindo crédito para o setor, as companhias do segmento não receberam sequer qualquer quantia até o presente momento.

    Especialista do Setor Felipe Souza.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O ano de 2020 deverá ser marcado como o período onde a aviação comercial brasileira enfrentará a pior crise de sua história. Com a paralisação quase que total das atividades turísticas, a movimentação de passageiros em maio encolheu cerca de 90% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Assim, pode-se inferir que a atividade do setor permanecerá em patamares mínimos nos próximos meses, necessitando de um longo período para recuperar os níveis pré-crise Covid-19

    Com aviões parados há meses e sem perspectiva da retomada, as três principais companhias aéreas nacionais vem sentindo os efeitos da crise em seus balanços financeiros que as coloca em situação de extrema vulnerabilidade.

    Nesta semana, a Latam Brasil, que há pouco tempo era líder de mercado entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, assim como outras afiliadas do grupo. Assim, a Latam Brasil, que tem uma dívida futura de R$ 13 bilhões poderá legalmente alongar o prazo desta dívida, além de ter acesso às condições de crédito com melhores condições.

    A Gol, atual líder de mercado, informou que poderá reduzir sua frota em até 65 aeronaves (entre devoluções e cancelamentos de recebimentos futuros), de forma a reduzir seus investimentos e custos até 2022, dada a condição precária do mercado.

    Já a Azul, apesar de alegar que tem caixa para mais um ano nestas condições, se encontra num processo intenso de contenção de custos. A terceira maior aérea do Brasil está negociando com sindicatos, arrendadores de aeronaves, bancos e fornecedores para preservar recursos sem que tenha que recorrer a qualquer proteção legal como decidiu a Latam.

    Especialista do Setor Felipe Souza.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Com a crise gerada pela pandemia de Covid-19, não só o transporte aéreo de passageiros sofreu um grande revés, mas também a modalidade de cargas.

    Segundo os resultados divulgados pela Abear e ANAC, no acumulado de janeiro a abril deste ano, foram transportadas cerca de 170,4 mil toneladas pelas empresas sediadas no Brasil de operação nacional e internacional, um recuo de 24,3% em relação às 225 mil toneladas transportadas no mesmo período do ano anterior.

    Em relação ao transporte de carga em âmbito nacional, a queda da atividade vem sendo sentida desde fevereiro (-6,3%/fev-19), mas sofreu mais duramente em abril (-66,9/abr-19) quando os efeitos da pandemia já se faziam plenos. Já a carga internacional vinha percorrendo uma trajetória de queda desde todo ano de 2019, desembocando em retração mais aguda a partir de março deste ano.

    Dada a importância desta modalidade para o setor, bem como ele sendo um poro importante de geração de valor e receita para as companhias áreas, a Lafis começará a divulgar as projeções do volume de carga aérea transportada em seu Relatório Setorial. Assim, diante da conjuntura descrita, a Lafis projeta uma redução de 23,5% do volume transportado em 2020.

    Para saber os detalhes desta projeção para este e os próximos 4 anos, consulte o Relatório Setorial do Transporte Aéreo disponível em nosso portal.

    Especialista do Setor Felipe Souza

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Dadas as restrições de voos internos e sobretudo internacionais  já adotados pela ANAC, bem como pelos primeiros resultados negativos referentes à movimentação de passageiros e aeronaves destas últimas semanas, já pode-se ariscar que o setor aéreo nacional deverá enfrentar a pior crise de sua história.

    Com a drástica redução da demanda, as principais companhias aéreas anunciaram um enorme corte dos voos diários. A Gol decidiu cortar sua capacidade total de voos entre 60% e 70% até meados de junho, sendo um corte na ordem de 50% a 60% no mercado doméstico e de 90% a 95% nas operações internacionais. Percentual semelhante ao da Latam, que reduzirá a 30% seus voos, sendo a extinção de 90% dos voos internacionais e 40% os domésticos.

    Obviamente tais ações levarão a uma queda da receita de voos de grandes proporções. Segundo projeções da Lafis, se antes era prevista uma elevação da receitas de voos de ordem de 9,2% (ao serem arrecadados R$ 50,1 bilhões pelo total das atividades aéreas, que incluem transporte de passageiro nacional e internacional mais transporte de cargas em geral), com os efeitos do surto da Covid-19 no setor, as projeções rumam para uma brusca queda de 31,9% do faturamento do segmento de transporte aéreo em relação ao ano anterior, sendo arrecadado apenas a cifra de R$ 31,3 bilhões.

    Não é por menos que as autoridades federais já anunciaram um pacote de medidas para mitigar a queda de receita projetada, que poderia levar à uma quebradeira no setor. De acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, as companhias terão ajuda federal para bancar os reembolsos aos passageiros e mais prazo para pagar as outorgas aeroportuárias, espécie de taxa paga para usar os terminais. No entanto esse pacote nada poderá alterar a tendência de queda da demanda e faturamento, devendo apenas amortecer os custos. É fato que todas companhias irão perder com a crise.

    Especialista do setor Felipe Souza

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Azul, Linhas Aéreas vem tramando uma estratégia bastante arrojada para absorver uma parcela, cada vez maior do mercado da aviação comercial brasileiro.

    Após a Avianca perder grande parte do mercado nacional, sobretudo de voos regionais, a Azul acaba de anunciar a aquisição da Two Flex na intenção de estar presente nestas rotas que deixaram de ser atendidas. A Two Flex oferece serviços regulares de passageiros e cargas para 39 destinos no Brasil, os quais atendem rotas consideradas fora do eixo de maior densidade de voos.

    Em uma outra frente, o presidente da empresa, John Rodgerson, anunciou nesta semana que a companhia comprará 75 aeronaves da Embraer alegando que “A gente está em 150 cidades agora, mas queremos chegar a 200 cidades no país nos próximos 3 a 4 anos”, acrescentando que a companhia passará, em junho, a oferecer voos de Viracopos, em Campinas (SP), para Nova York.

    Em apenas 7 anos, o market share da Azul passou de 3% os atuais 23,6% se consolidando como a terceira maior empresa do setor, ameaçando, pela primeira vez as duas maiores Gol e Latam que detém respectivamente 37,6% e 34,3% de participação de mercado.

    Especialista do Setor Felipe Sanches

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Atualmente, o custo de operação de uma empresa brasileira é 27% maior que de uma empresa estrangeira, somente o custo do quilômetro voado no Brasil é 17% a 18% mais caro que no exterior, diz o presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Eduardo Sanovicz. 

    Esta é a realidade vivida pelas empresas nacionais e não é de se estranhar quando observamos, ao longo da história do setor, uma grande quantidade de companhias que somem do mercado ao falirem. Mas na tentativa de reverter este quadro, o Ministério da Infraestrutura junto a ANAC e alguns Governos Estaduais vem implementando uma série de medidas que, na prática, visam dar maior flexibilidade de operação, tanto para as companhias aéreas, quanto às concessionárias dos aeroportos, além de reduzir os custos de operação destes. 

    O movimento de redução do ICMS sobre o querosene de aviação realizados por diversos estados traz grande benefício para as margens das empresas aéreas, mas com certeza a medida mais significativa foi a autorização para a cobrança por bagagens despachadas. Tal medida abriu uma grande oportunidade de negócio e atraiu atenção de diversas empresas a operarem no Brasil no modelo low cost, ou seja, atuando com baixo custo de operação e assim oferecendo passagens com preço mais barato que as empresas tradicionais. 

    Quatro empresas estrangeiras de baixo custo já chegaram ao país: a europeia Norwegian, a chilena Sky Airlines, a argentina Flybondi e a chilena JetSmart e deverão mudar a dinâmica do setor: seja pela elevação da oferta de voos a serem disponibilizados aos consumidores por um leque maior de empresas, ou pela maior variedade de opções de viagem (podendo incluir ou não franquia de bagagens, refeições inclusas e outras opções) oferecidas.

    Especialista do Setor  Felipe Souza

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O início desta semana foi marcado por uma notícia que promete mudar a dinâmica concorrencial do mercado de avião comercial: a Azul, a terceira maior aérea do Brasil, anunciou proposta de US$ 105 milhões para compra de parte dos ativos da Avianca Brasil.

    Pela proposta, a Azul deverá adquirir os ativos da Avianca Brasil por meio de uma Unidade Produtiva Isolada (UPI) de acordo com a Lei de Falências e Recuperação Judicial. A UPI incluirá ativos selecionados pela Azul como o certificado de operador aéreo da Avianca Brasil, 70 pares de slots e aproximadamente 30 aeronaves Airbus A320.

    Assim, a Azul deverá aumentar sua participação nos Aeroportos de Congonhas, Santos Dumont, Guarulhos e Goiânia. No aeroporto paulista, a Azul atualmente detém 13 slots e poderá herdar os 34 slots da Avianca, chegando a 47 - as duas maiores companhias Gol e LATAM possuem 130 slots cada.

    Já operando nos demais aeroportos citados, a Azul poderá lançar voos em rotas muito rentáveis como a ponte aérea Rio/São Paulo e a rota Rio-Campinas de forma a ganhar mercado e aumentar seu faturamento.

    Analista responsável Felipe Souza.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O Governo tem como meta que atrair investimentos de até R$ 7 bilhões com concessões para a iniciativa privada de ferrovia, aeroportos e terminais portuários ainda neste ano, segundo fontes internas, já foram mapeados 94 projetos em infraestrutura de transporte. De todos estes projetos levantados, 24 serão lançados ao mercado nos primeiros 100 dias de Governo.

    Entre 15 de março e 5 de abril, serão leiloados 10 terminais portuários, a ferrovia Norte-Sul, a rede de comunicações integradas do Comando da Aeronáutica e 12 aeroportos - Recife (PE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Maceió (AL), Aracajú (SE), Juazeiro do Norte (CE), Vitória (ES), Macaé (RJ) e mais cinco no Mato Grosso.

    Todo este esforço inicial é comemorado pelos players dos modais em questão. No entanto cabe relevar que diversos obstáculos devem ser superados para que o processo termine com a expansão e modernização do capital logístico nacional e não como mais uma história de um plano malfadado de expansão dos modais que não saiu do papel.  

    Para pontuar apenas um entrave dentre vários, diversas concessões já realizadas, sobretudo de aeroportos e rodovias foram mal dimensionadas e trouxeram consigo um desequilíbrio significativo na saúde financeira das concessionárias que não conseguiram honrar com o plano modernização e expansão firmados em contrato. Isso ficou claro no modal rodoviário que, de um total de cerca de 10 mil km concedidos, quase metade tem problemas que podem levar até a devolução dos trechos. É obvio que qualquer plano que queria ser bem-sucedido deve ter em sua essência, mecanismos que previnam e superem a ocorrência de situações como esta.

    Além do mais, deve-se destacar que os impactos sobre a melhoria dos modais, bem como sobre o aumento na produtividade da economia que eles trarão não serão sentidos de imediato, já que os investimentos em infraestrutura demandam etapas, como o licenciamento ambiental, que podem levar mais de um ano e, depois ainda demoraram meses ou até anos para serem concluídos, devendo estar prontos apenas no médio e longo prazo (cerca de 1 a 3 anos).

    Especialista do Setor Felipe Souza

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Em seus últimos dias mandato, o Presidente Michel Temer assinou a medida provisória (MP 863/18) que acaba com o limite de participação de capital estrangeiro em companhias aéreas do país ao elevar de 20% para 100% o limite de participação estrangeira em companhias aéreas. A MP tem por finalidade principal, a criação de canais de financiamento externo para as companhias nacionais de forma a equalizar os desequilíbrios financeiros tão presentes neste setor de transporte.

    Apesar desta regra liberalizante estar perfeitamente em linha com o entendimento do futuro Ministro da Economia Paulo Guedes de como deve funcionar o setor, é impossível negar que ela é resposta ao mau momento financeiro vivido pelos players do setor, uma vez que o anúncio aconteceu apenas dois dias após a Avianca Brasil, quarta maior companhia aérea do país, ter pedido recuperação judicial. 

    É por tal razão que a promulgação desta MP, a qual vinha sendo procrastinada há anos dado a complexidade da matéria que enseja muito mais do que ponderações estritamente comerciais, mas também questões estratégicas como aspectos da soberania nacional, fora assinada com estrema rapidez pelo Presidente, negligenciando toda a discussão que vinha sendo travada há anos pelo Congresso Nacional.

    Não obstante todas as questões de caráter estratégico, a medida pode ser entendida como benéfica para o setor por ser um instrumento de fortalecimento financeiro das empresas que, atualmente se encontram em situação financeira bastante delicada. A conjunção da elevação dos custos (preço da querosene de aviação e empréstimos feitos em  dólar, ambos em linha com os efeitos da desvalorização cambial), com a estagnação da receita de voo (agravada sobretudo após a eclosão da crise interna que impactou negativamente na demanda por voos), fez com que as companhias aéreas nacionais adentrassem em um período perigoso em termos de solvência, necessitando de ações e mecanismos que garantam a saúde financeira destas.   

    Especialista do Setor Felipe Souza.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O momento de definição do complexo e incerto cenário eleitoral vem provocando uma onda de aversão ao risco e de paralisia, tanto dos entes privados, quanto dos entes públicos em todos os setores produtivos. Neste sentido, o cancelamento da última reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos, que seriam debatidos temas como o cronograma de realização os leilões da ferrovia Norte-Sul e de 12 aeroportos, as questões legais e econômicas para a realização e outros assuntos pertinentes, foi mais um exemplo do marasmo que vem causando uma sensação de desânimo e frustração entre os interessados.

    Com isto, a aposta é de que seja muito mais provável que estes leilões, que estavam previstos para ocorrerem este ano, só sejam realizados no ano que vem, deixando evidente que fatores políticos foram os grandes responsáveis pela falha da tentativa idealizada pela Presidência da República e pelo Ministério do Transporte de encurtar o prazo entre o lançamento dos editais e a realização dos leilões.

    De fato, nem quando o ambiente político-institucional era mais estável esta meta foi alcançada. Dos mais de cem projetos do PPI que já foram leiloados, apenas cinco cumpriram os cem dias. Tudo isso torna ainda mais lento e dificultoso o plano de modernização da infraestrutura nacional de transportes. Fato este que limita a expansão de faturamento dos modais, não só a curto prazo, quanto também para os anos futuros.

    Especialista  Felipe Souza. 

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Os investidores estão aguardando com muita atenção o novo Plano Nacional de Concessões em Infraestrutura que poderá garantir nos próximos anos, investimentos superiores à R$ 200 milhões nas diversas modalidades de transporte. Entre os projetos aguardados estão as concessões de 3 trechos ferroviários, 8 trechos rodoviários, 14 aeroportos em diversas regiões brasileiras, além do arrendamento e privatização de mais de uma dezena de terminais portuários. 

    Não há dúvidas de que o Brasil seja um mercado muito importante e promissor para novos projetos de fomento infra estrutural. No entanto, diversas falhas nos atuais modelos de concessão atualmente oferecidos, ainda inibem muito o apetite do empresariado a se aventurarem em novos projetos de expansão e modernização da estrutura existente.

    É por tal razão que se espera que o novo plano contenha alguns dispositivos que eliminem estes erros do passado. Os novos contratos devem oferecer vias adequadas de acesso ao financiamento, podendo ser de origem nacional ou fundos estrangeiros. Neste caso, também devem estar previstos mecanismos de proteção cambial para evitar que variações bruscas distorçam a rentabilidade do projeto.

    Além disso, devem estabelecer prazos realistas para a realização dos investimentos previstos, de forma a garantir um fluxo de caixa adequado em todo o período do contrato. Por fim, mas não menos importante, estes contratos devem garantir a previsibilidade jurídica. Para isso, é extremamente necessário que marcos regulatórios compatíveis com cada modalidade de transporte sejam estabelecidos e respeitados, garantindo aos investidores e usuários que as regras celebradas sejam respeitadas em todo o período contratado.

    Especialista Responsável: Felipe Souza.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Nesta semana foi finalizado com sucesso mais uma rodada de concessão que envolveu quatro aeroportos: Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e Florianópolis. Como resultado, quatro operadores europeus levaram os terminais. A alemã Fraport conquistou dois deles, Fortaleza e Porto Alegre, já a francesa Vinci Airports ficou com Salvador e a suíça Zurich administrará o terminal de Florianópolis. 

    Como contrapartida, as concessionárias deverão dispender cerca de R$ 6,6 bilhões em investimentos em melhorias e expansão dos aeroportos, também irão pagar ao Governo Federal R$ 3,7 bilhões advindos dos valores pagos na disputa de outorga onerosa, valor este que representa um ágio de 90% em relação aos valores mínimos estipulados nos editais e de 25% sobre os R$ 3 bilhões pré estabelecidos como meta pelas autoridades governamentais. Além disso, os concessionários também pagarão anualmente a contribuição variável de 5% das receitas obtidas em cada aeroporto em todo o período da concessão (no prazo de 25 anos em Porto Alegre e 30 anos nos demais aeroportos).

    O destaque desta nova rodada de concessões foi o modelo de gestão em que não mais obrigava o consórcio ganhador a ceder a fatia de 49% da participação à Infraero, sendo eliminada por completo a obrigatoriedade da estatal no controle societário dos aeroportos concedidos. Isto deverá impactar diretamente nos processos de decisões de investimentos, uma vez que o grupo não mais precisará do aval da Infraero para aprovar e gerir as obras, além de eliminar um fator financeiro limitante: atualmente a Infraero não detém caixa suficiente para tocar todos os projetos de investimentos exigidos pelos contratos firmados no tempo e velocidade desejada. Neste sentido, desobrigação da participação da Infraero elimina o risco de que obras iniciadas nestes aeroportos sejam paralisadas caso haja um corte no orçamento da estatal.

    Analista Responsável: Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de passageiros transportados pelas companhais aéreas nacionais apresentou retração de 4,3% em 2016. Ao todo, foram transportados 122 milhões de passageiros, ou seja, 5,5 milhões de clientes a menos do que os 127,5 milhões de usuários registrados em 2015. Essa é a primeira vez em dez anos que o país tem queda no número de passageiros transportados. Já a oferta de assentos pelas companhias também apresentou queda de 5,3% em relação a 2015.  

    Quando divididos os resultados registrados em “mercado doméstico” e “mercado internacional”, este primeiro apresentou uma queda de 5,7% com o transporte de cerca de 89 milhões de passageiros, por sua vez, a oferta de assentos também diminuiu em 5,9%. Já no mercado internacional, as companhias aéreas transportaram 33,1 milhões de passageiros, uma ligeira queda de 0,3%, enquanto a oferta de assentos se reduziu em 3,1%. 

    A forte queda da atividade econômica prejudicou significativamente a demanda do setor uma vez que a retração das atividades industriais e empresariais impactou negativamente no número de passageiros a negócios, ao mesmo tempo que a elevação do desemprego, a queda do rendimento médio e a retração do crédito disponível afetou desfavoravelmente o número de viajantes a passeio. No entanto, a confluência dos resultados de demanda de passageiros e oferta de assentos nos revela um dado positivo para as empresas nacionais: houve um crescimento do número de passageiros por voo (a chamada taxa de aproveitamento das aeronaves) passando de 80,2% em 2015 para 81% em 2016, ou seja, variação positiva de 0,8 p.p. Isto é um bom sinal para as companhias, uma vez que, com menor taxa de ociosidade, a margem operacional destas se eleva impactando positivamente na taxa média de lucro do setor.

    Analista Responsável pelo Setor: Felipe Souza.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Ao que tudo parece, um antigo pleito do setor aéreo deu seu primeiro passo para se concretizar. A Câmara de Deputados aprovou uma emenda à Medida Provisória do Setor Aéreo (MP 714/16) que permite que empresas estrangeiras possam ter total controle do capital de companhias aéreas no Brasil. Inicialmente, o texto original previa que o percentual máximo do controle acionário com direito à voto das companhias aéreas seria de até 49%. Atualmente, esta participação é limitada a 20%. Agora, o Senado precisa aprovar o texto para que este entre em vigor.

    Apesar do assunto não ser consensual entre as posições na Câmara (uma vez que algumas alas alegam que a irrestrição acaba por colocar em xeque a soberania do setor aéreo nacional), esta aprovação preliminar foi grandemente comemorada pelas companhias aéreas nacionais, uma vez que estas vem registrando significativos prejuízos operacionais desde 2011 (somente em 2015 as maiores companhias registraram juntas um prejuízo líquido de R$ 5,9 bilhões em 2015, o maior da história do setor) e que um provável aporte de capital poderia trazer um significativo alívio financeiro para estas.

    Vale destacar que as maiores companhias aéreas já detém parte significativa de capital estrangeiro em seus aportes patrimoniais, como a GOL, a Azul e a Latam. No entanto, como a legislação limitava a participação estrangeira apenas no capital votante, a MP visa a adequação destes aportes à Lei 6.404 (Lei das Sociedades por Ações), tornando a realidade financeira observada à forma societária prevista pela Lei citada.

    Analista Responsável pelo Setor: Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O transporte aéreo fechou 2015 com uma pequena expansão na demanda e oferta por viagens nacionais. No entanto, este resultado deve ser visto com certo cuidado, uma vez que não expressam a situação do mercado aéreo por dois fatores:

    1º Primeiramente, nos últimos meses do ano anterior, pode-se observar uma redução tanto da demanda, quanto na oferta aérea em razão da mal ambiente econômico vivido. 

    2º Dada a desvalorização do Real em relação ao Dólar, isso refletiu numa elevação dos custos operacionais das empresas aéreas (que já estão operando com uma margem reduzida). A saber, importantes insumos do setor como o combustível de aviação, os serviços de manutenção e peças das aeronaves são fixados em Dólar, assim qualquer movimento de valorização da moeda norte-america impacta diretamente no aumento dos custos do setor, reduzindo assim as margens operacionais das companhias aéreas.

    Por tais razões, as empresas se encontram num dilema: Qual seria a decisão mais racional a se tomar neste cenário? Aumentar o preço médio das passagens, repassando este aumento dos custos ao consumidor final de forma a recuperar partes da margem operacional perdida, ou absorver elas mesmo esta elevação dos custos na tentativa de frear a queda da demanda por viagens aéreas?

    Sabe-se que o ambiente econômico em 2016 não será propício para qualquer aumento das tarifas, mas que, se o câmbio continuar pressionando os custos das empresas, estas serão obrigadas a repassarem ao consumidor, sob a pena de passarem a operar no vermelho caso não o façam.

    Analista Responsável: Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    O cenário econômico conjuntural, marcado pela retração econômica  e desvalorização cambial, vem alterando o perfil dos passageiros que utilizam o modal. A desaceleração dos negócios, a necessidade de cortar custos e as incertezas com a economia estão fazendo as empresas a reduzirem as viagens de trabalho. Além do mais, a desvalorização cambial impactou no preço das passagens aéreas de forma a deprimir a demanda aérea (uma vez que a maior parte dos custos do transporte aéreo são dados em Dólar), sobretudo em viagens internacionais.

    Tal redinamização da demanda também está alterando a estratégia de atuação das principais companhias aéreas nacionais. Após a TAM anunciar um corte das operações no mercado doméstico neste ano, a aposta é que as demais concorrentes também  façam ajustes para se readequarem à nova relação entre a oferta e a demanda no setor; além disso, na busca por maior rentabilidade, as companhias aéreas estão apostando fortemente na ampliação da classe executiva e reduzindo o espaço mais nobre das aeronaves em viagens internacionais.

    Todo este cenário desenhado certamente irá repercutir na receita de voo obtida pelas companhias aéreas. Para 2015 projeta-se que a receita real (descontada a inflação do período) do setor venha a apresentar o menor crescimento da década, sendo necessário dois ou três anos para a dinâmica econômica nacional e regional se refortalecerem , e para que as medidas de corte de custos se traduzam em melhores resultados financeiros das companhias aéreas.

    Analista do Setor: Felipe Sanches Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O tão aguardado Programa de Investimento em Logística (PIL) pode ser interpretado com uma segunda etapa do PIL1, lançado ainda em medos de 2012, não só pelo fato do Governo manter os mesmo nome, mas também porque boa parte das obras que o integram já faziam parte da primeira fase.

    Isso ocorreu pois parte dos quase 200 empreendimentos pretendidos à época não saiu do papel (por falta de interessados ou mesmo por não haver um marco regulatório ou um ambiente institucional), sendo uma parte destes reconfigurados com algumas alterações ou mesmo retrazidos em sua forma idêntica para dentro do novo PIL.

    Assim,  a nova etapa do Programa prevê a aplicação de um total de R$ 198,4 bilhões, com o objetivo de destravar a economia nos próximos anos. Para as rodovias, serão destinados R$ 66,1 bilhões. As ferrovias receberão R$ 86,4 bilhões. Já os investimentos nos portos somam R$ 37,4 bilhões e aos aeroportos serão destinados R$ 8,5 bilhões. Do total de recursos previstos, R$ 69,2 bilhões serão investidos entre 2015 e 2018. A partir de 2019, o programa prevê investimentos de R$ 129,2 bilhões.

    Um outro aspecto novo que deve ser relevado, se dá pelas condições de financiamento: em linha com a orientação do governo de enxugar a atuação do BNDES e incentivar o uso do mercado de capitais para tentar destravar os investimentos em infraestrutura, o Governo já explicitou que irá exigir que as vencedoras das concessões emitam debêntures como forma de captar parte do financiamento via mercado, para que, aí sim, tenha acesso ao crédito subsidiado do BNDES. Este fato deverá fazer com que se eleve o custo do financiamento das novas obras de concesso?es. 

    De todo jeito o Programa assinala que a iniciativa tem como meta a retomada do crescimento econômico interno via ampliação dos investimentos como propulsor da retomada da demanda por bens industriais e serviços ligados à construção, siderurgia, metalurgia, telecomunicação dentre tantos outros.

    Porém, releva-se que o sucesso do programa só será possível num ambiente de estabilidade econômica e previsibilidade regulatória em que se harmonizem a participação pública e privada. Ainda mais, o Governo deverá zelar que os interessados apresentem projetos financeiro técnicamente consistentes, uma realidade ainda muito distante dos atuais projetos que, em sua grande maioria ainda a apresentam problemas básicos de planejamento. 

    Analista do Setor de Transporte: Felipe Sanches Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Após sete anos do maior acidente aéreo nacional (onde deixou 199 mortos), que causou a redução  do limite de trânsito para 30 movimentos de aeronaves por hora (slots) no aeroporto de Congonhas, a ANAC acaba de aprovar a oferta adicional de slots para o setor.

    Assim, a agência distribuiu 43 slots por dia, o que só foi possível devido à ampliação de 3 pousos e decolagens por hora (passando de 30 para 33 slots a depender do horário) para a aviação regular. Todos esses movimentos foram alocados exclusivamente para empresas com participação de até 12% dos voos em Congonhas .

    Deste modo, as companhias Azul (com a operação de mais 26 horários) e Avianca (com 17 slots adicionais)  foram as mais beneficiadas. O objetivo da Anac é incentivar a concorrência no aeroporto e, consequentemente, reduzir os preços das passagens, além de aumentar a eficiência das empresas, com a imposição do cumprimento de um índice mínimo de 90% de regularidade e de 80% de pontualidade para garantir a manutenção de seus horários.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A companhia aérea Azul assinou um carta de intenção de compra de 50 jatos regionais modelo E195-E2 da brasileira Embraer. Destas 50 unidades, 30 representam pedidos firmes com uma opção de compra de outros 20 aparelhos.

    O contrato de um valor estimado de 3,1 bilhões de dólares expressa o esforço da Azul de aumentar sua fatia de mercado em um momento onde o setor nacional sofre significativas mudanças organizacionais e de modernização de seus principais aerorportos. 

    Além disso a escolha de investir no nicho de aviação regional evidencia que a Azul se prepara para acompanhar a previsão de grande expansão da demanda por voos regionais nos próximos anos, uma vez que é sabido que o programa de aviação regional, que contempla investimentos bilionários em 270 aeroportos do interior, deverá entrar em fase operacional já em 2014 com o início das licitações para obras e reformas de terminais e nas pistas de aeroportos regionais localizados em todas as regiões do território nacional.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Mais um leilão de concessão aeroportuária foi concluído com sucesso. O consórcio Aero Brasil, formado pelo Grupo CCR (75% de participação) e os operadores aeroportuários internacionais Flughafen München GmbH e Flughafen Zürich AG (25%) venceu o leilão de concessão aeroportuária do Aeroporto Internacional Tancredo Neves/Confins com o lance de R$ 1,82 bilhão, o que representa um ágio de 66% em comparação com o valor mínimo estabelecido pelo Governo Federal (R$ 1,096 bilhão) .

    O vencedor terá o direito de operar  e explorar o Aeroporto Confins por 30 anos. Além disso o consórcio deverá investir R$ 3,5 bilhões na modernização e manutenção do aeroporto durante todo o prazo da concessão.

    O Aeroporto Internacional Tancredo Neves/Confins é um dos principais aeroportos em operação no País, com um total de 8.275 milhões de passageiros transportados de janeiro a outubro de 2013, segundo Infraero. O grupo vencedor se mostra muito otimista em relação à projeção de faturamento e movimentação de Confins. O diretor da área de aeroportos da CCR, Ricardo Bisordi, informou que espera obter um retorno do investimento feito no Aeroporto de Confins (MG) dentro de até oito anos (payback) e de que a estimativa de movimento em 2043, ao final da concessão, é de que alcance um total de 43 milhões de passageiros por ano.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Nesta semana, a Secretaria de Aviação Civil – SAC anunciou que irá dar início ao Plano de Aviação Regional ainda neste ano ao divulgar que o governo espera concluir até dezembro as licitações para reformar 50 aeroportos regionais 

    O Plano Regional de Aviação objetiva estimular o tráfego aéreo no interior do País de forma a atrair interesse das empresas aéreas nestas áreas

    A expectativa é que de as obras comecem em fevereiro de 2014. Os demais 220 aeródromos ou terminais devem ter as licitações publicadas em até três meses após o primeiro lote, com prazo final em março de 2014.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Após meio ano da assinatura do decreto que autorizou a exploração comercial de aeroportos privados voltados à aviação geral, foi anunciada a construção do primeiro projeto desta natureza.

    O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco,confirmou a construção do novo aeroporto da Harpia Logística, para o qual direcionará cerca de R$ 1 bilhão. A ser localizado no bairro de Parelheiros (extremo sul da cidade de São paulo), terá uma pista com capacidade para até 240 mil pousos e decolagens por ano além da disponibilidade de  uma ampla infraestrutura no complexo voltada para atuação de helicópteros, jatinhos e aeronaves de menor porte.

    Depois de se mostrar urgente a ampliação dos aeroportos existentes, bem como a construção de novos em regiões com grande demanda reprimida, o governo (na figura da Infraero) tem defendido largamente iniciativas como esta. Uma demonstração disso é que o projeto da Harpia é apenas um dos quatro apresentados ao Governo depois do decreto presidencial.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Latam Airlines investirá cerca de R$ 24 bilhões até 2017 na renovação  e expansão de sua frota que opera na América Latina e Brasil. Para financiar tal aporte a empresa conta com uma ampliação de capital de US$ 1 bilhão (R$ 2,14 bilhões). O plano de investimentos de US$ 11 bilhões será realizado de forma gradual até 2017: US$ 2,145 bilhões em 2013, US$ 1,5 bilhão em 2014, US$ 1,1 bilhão em 2015; US$ 2,9 bilhões em 2016 e US$ 3,2 bilhões em 2017.

    A Latam comprará 165 aeronaves que permitirão a substituição de 114 aviões que deixarão de operar entre 2013 e 2017. Estes novos modelos permitirão reduzir o consumo de combustível em 15% e diminuir as emissões de dióxido de carbono.

    Mesmo com o insatisfatório cenário do setor no âmbito nacional, tal ação é de grande importância para o médio e longo prazo em virtude das projeções de crescimento do tráfego aéreo de passageiros na América Latina (região considerada a segunda com maior potencial de crescimento, atrás apenas da Ásia) e do Brasil.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O Governo Federal, por meio da Infraero, irá investir cerca de R$ 2,2 bilhões por ano, a partir de 2014, na construção, reforma e ampliação de 270 aeroportos regionais

    Para isto foi criado um mecanismo fiscal que captará recursos vindouros  da operação dos três grandes terminais privados do País - Guarulhos (SP), Viracopos-Campinas (SP) e Brasília (DF). Assim, os dividendos gerados pela operação desses terminais privados irão para o Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) para serem porteriormente aplicados pela Infraero nos pequenos aeroportos regionais. Futuramente, o fundo será beneficiado pelos dividendos advindos de outros aeroportos privados a serem licitados.

    Esse mecanismo será muito importante para melhorar a infraestrutura aeroportuária de forma integrada, inclusive realizando benfeitorias em aeroprtos menos rentáveis, em um contexto marcado pela diminuição dos recursos da Infraero,  já que a tendência é que ela controle, cada vez menos, a operação dos principais aeroportos.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A BOC Aviation, a maior companhia de leasing de aviões da Ásia irá financiar a compra e o "leaseback" (operação em que um proprietário vende um bem e em seguida faz o arrendamento) de oito novos aviões Boeing 737-800 para a Gol.

    O prazo de entrega dos aviões financiados pela BOC vai do primeiro trimestre de 2013 ao terceiro trimestre de 2014. Apesar da Gol não ter divulgado oficialmente o valor da operação, estima-se que a companhia tenha dispendido nestes oito aviões cerca de US$ 800 milhões

    Após os resultados desfavoráveis divulgados quanto ao faturamento e a perda de market share, principalmente no segundo semestre deste ano, parece que a companhia deseja mostrar para o mercado que está se recuperando e tem planos para voltar a crescer. Nos últimos dias já fechou contratos para 26 aviões, de um total de 32 que deverão ser entregues à Gol até o fim de 2014.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, sociedade que administrará o aeroporto de Viracopos (Campinas) nos próximos 30 anos, anunciou que irá investir cerca de R$ 50 milhões para a construção de uma nova pista auxiliar a ser concluída até meados de 2013. Atualmente,Viracopos opera apenas com uma pista de pouso e decolagem. 

    O novo empreendimento deverá ser ultilizado em momentos de grande movimentação da pista principal. A atual pista usada para taxiamento dos aviões foi projetada para ser a auxiliar da unidade, mas, por problemas nos projetos, acabou não sendo concluída. 

    Tal ação objetiva desafogar o grande movimento de aeronaves na pista principal do aeroporto; demanda esta que tenderá a se elevar sobremaneira nos próximos anos. Além do mais, a decisão pela obra foi tomada após o acidente com um avião que paralisou por 45 horas o aeroporto em outubro, cancelando quase 500 voos.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Se por um lado a primeira rodada de concessões aeroportuárias trouxe à tona algumas diversas críticas quanto à forma de contratação das operadoras vencedoras, bem como as condições de operacionalidade (tanto na modalidade de passageiros quanto de carga) por outro, acabou por estimular novos investimentos nestes aeroportos.  

    As empresas que ganharam a concessão dos três primeiros aeroportos leiloados no país - Cumbica, Viracopos, e Brasília - anunciaram R$ 16,5 bilhões em investimentos nos terminais a serem realizados em até 30 anos. 

    O consórcio Inframérica, novo operador do aeroporto de Brasília, irá investir R$ 1,1 bilhão, até 2016, para ampliar a capacidade do terminal. Em Viracopos, que será dirigido pelo grupo Triunfo, serão R$ 8,4 bilhões direcionados, dentre outras ações, para a moderniação do atual prédio de embarque e desembarque, além da construção de um novo terminal até antes da Copa. Em Guarulhos, arrematado pela Invepar, o investimento previsto será de R$ 7 bilhões, cabendo destaque para a construção de um terceiro terminal de passageiros com hotel e do alargamento de uma das pistas programado para 2014.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O Governo dará início à nova rodada de concessão dos aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (Grande BH). A previsão é que o anúncio oficial seja feito após o término das eleições municipais. 

    O modelo deverá apresentar poucas modificações em comparação ao utilizado na última rodada. A principal alteração refere-se à exigência de que os participantes comprovem experiência na administração de aeroportos com movimento de pelos menos 30 milhões de passageiros por ano, muito acima dos 5 milhões exigidos no leilão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília. A nova rodada repetirá alguns pontos contestáveis - como o critério de vencedor, baseado apenas no maior valor de outorga, bem como não haver um plano definido e explícito de melhorias da categoria de transporte de cargas.

    O fato é que, com pouco tempo hábil para preparar um novo modelo de concessão (caso o cronograma seja seguido, os novos operadores só assumirão em 2014, com pouco tempo para as intervenções necessárias antes da Copa, por exemplo), optou-se por seguir o modelo clássico ainda imperfeito, que estimula novos investimentos nos aeroportos concedidos (apesar de não haver garantias que tais inversões não encareçam o preço final do serviço), porém não ataca o problema do elevado custo logístico enfretando no transporte de cargas.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Latan, empresa resultante da fusão entre a TAM e a LAN, pretende investir cerca de US$ 7,87 bilhões em sua frota de aeronaves até 2014, passando a empresa a operar 359 aviões, um incremento de 40 unidades à sua frota atual. Assim, o plano prevê adquirir aviões por US$ 2,9 bilhões este ano, US$ 2,2 bilhões em 2013 e US$ 2,5 bilhões em 2014.

    Esta ação vem em um momento onde aumentam as desconfianças acerca da saúde financeira do setor (apesar de sua demanda por voos estar ainda aquecida) e pode contribuir para dispersar tal inquietação dos investidores e agências de risco.

    O grupo, uma das 10 maiores empresas de aviação do mundo, divulgou que obteve lucro de US$ 49,7 milhões no segundo trimestre ante US$ 15,9 milhões em igual período de 2011, resultado bem distinto de sua principal concorrente aqui no Brasil, a Gol, que divulgou resultados deficitários em R$ 715,1 milhões (prejuízo líquido), praticamente o dobro do resultado negativo apurado um ano antes, de R$ 358,7 milhões.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Em mais uma etapa do processo de privatização dos aeroportos, o governo anunciou a criação de sua subsidiária que terá o objetivo de gerir a participação da estatal dentro dos consórcios que irão administrar os três aeroportos concedidos no começo do ano de 2012. 

    A Infraeropar, razão social da nova empresa, sairá do papel com um capital inicial de R$ 600 milhões, valor necessário para cumprir sua parte no acordo com as obras aeroportuárias. Esta ainda terá o intuito de tornar a Infraero apta a ingressar com mais facilidade nas associações a serem formadas com as novas rodadas de licitação aeroportuárias no Brasil e até no exterior.

    Esta iniciativa é a medida encontrada pelo governo para administrar sua participação dentro do consórcio de forma mais eficiente. Com isso, todos os grupos dentro das associações poderão gerenciar as obrigações acordadas nos contratos, como serviços e investimentos. E os agentes do setor serão beneficiados com o comprometimento das concessionárias a oferecerem uma infraestrutura de melhor qualidade e, caso tais projetos sejam efetivos, podem servir como modelo para as próximas concessões aeroportuárias.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Após a assinatura do contrato que permite a concessionária Aeroportos Brasil administrar o aeroporto de Viracopos por 30 anos, a sua rodada de investimentos se inicia. A concessionária investirá R$ 1,4 bilhão na construção de um novo terminal que deverá ser concluído até 2014. Assim, a nova estrutura poderá garantir uma expansão significativa no volume de passageiros transportados para a Copa do Mundo de Futebol.

    O novo terminal, que depois de pronto substituirá o atual, terá a capacidade para atender 14 milhões de passageiros por ano com 110 mil metros quadrados de área total, edifício-garagem com três pisos e 28 posições para o estacionamento de aeronaves com pontes de embarque e desembarque.

    A criação do novo terminal está em linha com as exigências do Governo. Espera-se que as outras concessionárias detentoras do aval em administrar outros aeroportos anunciem investimentos nas próximas semanas. Se confirmada a expectativa, os gargalos enfrentados pelo setor de transporte aéreo nas regiões poderão, em grande parte, serem eliminados nos próximos anos.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Cerca de 31 aeroportos estão na lista das futuras concessões cedidas para empresas privadas pelo Governo. Dessa vez, o aeroporto que receberá as atenções dos investidores interessados no processo de leilão será o Leite Lopes, de Ribeirão Preto. No estudo desse processo a empresa vencedora do leilão, deverá destinar no mínimo R$ 170 milhões para investimentos e despesas de administração do aeroporto.  

    Em outra ação, que também garantiu maior impulso as movimentações do setor, a companhia aérea Azul anunciou fusão com a Trip, que resultará na criação da Azul Trip S.A. Por enquanto, as empresas operarão suas atividades de forma independente com suas marcas e frotas separadas até o surgimento do comitê de integração. Segundo a Trip, até o fim do ano as duas empresas terão 120 aviões e operarão 840 voos diários em 234 rotas, interligando 96 cidades brasileiras, alcançando por volta de 15% de participação no mercado nacional.

    O ano de 2012 vem sendo caracterizado pelo surgimento de mudanças estruturais do setor, com destaque para o crescimento de companhias aéreas de menor porte e o resurgimento de rotas  regionais e nacionais. Deste modo, aeroportos de cidades com influencia regional, como o é o caso do Leite Lopes, representam novas oportunidades, principalmente para companhias que oferecem voos de curta e média distância, como a Azul Trip S.A.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Acompanhando a tendência de ascensão observada nas empresas de pequeno porte do setor, a Passaredo Linhas Aéreas anunciou um pacote de investimentos da ordem de    US$ 450 milhões até o ano de 2015. Segundo a companhia, o objetivo é atingir maiores receitas a partir da compra de aeronaves que possam voar por distâncias mais curtas.

    Dessa forma, a Passaredo deve mais que dobrar o número de aeronaves até 2015 (a frota atual da empresa parceira da Gol é de 14 aviões) com a aquisição de 14 aeronaves modelo ATR 72-600, com capacidade para 70 passageiros, e dois turboélices ATR 72-500, totalizando 16 aviões. As aeronaves serão entregues gradualmente até 2015. A empresa ainda tem 10 opções de compra para o ATR 72-600.

    O aporte de recursos permitirá que a empresa aumente sua capacidade de assentos ofertados que, por sua vez, poderá elevar a sua participação de mercado. Atualmente, a Passaredo detem cerca de 0,85% de participação do setor. No entanto, o investimento é uma oportunidade para estimular outras empresas de pequeno porte que podem usufruir de um mercado (de viagens regionais), que até então é pouco explorado.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    A construtora UTC destinará recursos de cerca de R$ 1 bilhão para a construção do segundo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Viracopos. O aeroporto foi arrematado, no último leilão promovido pelo Governo, por R$ 3,82 bilhões pelo Consórcio Aeroportos Brasil, que inclui a participação da UTC e será administrado por volta de 30 anos pelo grupo.

    Essa é a primeira etapa de investimentos do Consórcio que deverá realizar obras no aeroporto até a Copa do Mundo de 2014. Será construído um novo terminal que terá capacidade para receber 13 milhões de usuários por ano, um crescimento de 90%. Além disso, serão feitas melhorias no atual terminal, que incluem reformas no estacionamento e alteração da identidade visual do aeroporto.

    O aporte de recursos destinado para o aeroporto de Viracopos marca o início da rodada de investimentos em infraestutura aeroportuária que foi concedida na região sudeste do Brasil. Isso pode reduzir o gargalo que há no setor, principalmente a dificuldade dos aeroportos em comportarem maiores fluxos de voos o que emperra a expansão da oferta de voos das empresas aéreas.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Foi encerrado nessa semana, por meio de leilão, o processo de concessão dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos, responsáveis por 57% da movimentação de carga aérea no Brasil, pelo valor de R$ 24,5 bilhões (347% superior aos R$ 5,48 bilhões de lance inicial).

    O leilão, previsto para ocorrer em dezembro, mas postergado diante do atraso na publicação do edital, teve como objetivo incentivar a forte necessidade de investimentos em infraestrutura aeroportuária do país antecedendo a Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas.

    Com a conclusão do processo de licitação, o governo abre espaço para futuras concessões privadas - por exemplo os aeroportos de Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Belo Horizonte. Desta maneira, as concessões podem acelerar a execução de obras necessárias ao atendimento da demanda atual e futura pelo modal, evitando agravar ainda mais este gargalo que o setor de transporte aéreo já enfrenta.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Após quase um ano e meio de estudos técnicos e análises concorrências iniciadas em 2010, quando fora anunciada a fusão entre as companhias aéreas TAM e a chilena LAN, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou, sob unanimidade, a fusão que cria a Latam, maior companhia aérea da América Latina. O acordo já havia sido aprovado pelo Tribunal do Chile, bem como já havia recebido o sinal verde da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

    Porém, a aprovação só foi possível graças à adição de duas medidas idealizadas para evitar concentração de mercado. A primeira obriga a Latam a ceder a concorrentes dois horários diários de voos entre São Paulo (Aeroporto Internacional de Guarulhos) e Santiago, no Chile, evitando que tal rota seja monopolizada, uma vez que a nova empresa teria 80% dos voos nessa rota. Além disso, apenas TAM e LAN fazem hoje voos diretos entre as duas cidades. A outra medida, em consonância a restrição imposta pelo tribunal antitruste do Chile, força a Latam a abrir mão de uma das duas alianças internacionais que a TAN e LAN fazem parte: a TAM pertence à Star Alliance, e a LAN, à Oneworld. De acordo com o CADE, a manutenção da Latam nos dois acordos poderia dificultar a concorrência no setor aéreo.

    O CADE apontou que o principal problema vivido pelo modal não é o risco de concentração de mercado pelas empresas aéreas, mas sim a falta de infraestrutura nos aeroportos que impede a entrada de novos competidores. Assim, a fusão entre TAM e LAN poderia trazer benefícios aos passageiros, assim como a aquisição da Gol pela norte americana Delta Airlines, que estimulam a concorrência no setor.

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Por cerca de US$ 100 milhões, a Gol vendeu cerca de 3% de seus papéis que dão direito a participação no conselho de administração da companhia para a Delta Airlines para dar proseguimento a sua estratégia de aumento da participação do market share no setor aéreo.

    Com isso, a Gol e a Delta poderão ampliar acordos de compartilhamento de voos, permitindo à Delta colocar seu código em mais trajetos da Gol no Brasil, Caribe e América do Sul, e à Gol, colocar seu código em serviços Delta entre Brasil e EUA e a partir deste para outros destinos.

    Esta ação faz-se em um momento de grande modificações no setor aéreo nacional, sobre o qual há grandes expectativas com relação ao seu desempenho nos próximos anos, sobretudo em 2014 e 2016, em virtude da grande demanda esperada de turistas vindos para o Brasil para apreciar os jogos esportivos previstos, bem como a forte expansão da procura interna como prevê o direção da Gol: "O Brasil será em 2014 o quarto maior mercado aéreo do mundo, com 90 milhões de passageiros transportados"; além disto o movimento de internacionalização da companhia brasileira demosntra seu esforço para fazer frente a futura criação da Latan (fusão entre a Tam e a LAN), que severá ser a maior empresa aérea da América do Sul.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A companhia americana Boeing, junto com a Embraer e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), anunciaram a assinatura de memorando com a intenção de realizarem investimentos em pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis para aviação.
    Segundo as companhias, o investimento, cujo valor não foi informado, para a criação no Brasil de um centro de pesquisas focado no desenvolvimento do combustível sustentável para a aviação está previsto para iniciar suas operações no fim de 2012. Vale salientar que o intuito da operação não é comercializar o produto final, e sim criar tecnologia de produção e distribuição de combustíveis de aviação bioderivado.
    A operação reflete a tentativa de algumas empresas do setor aéreo de desenvolver um método de produção capaz de gerar um bem substituto próximo ao petróleo, o que poderá contribuir para reduzir a dependência do setor quanto ao insumo, além de atingir a meta de diminuição de 50% até 2050 das emissões de CO2 na atmosfera, determinada pelo Grupo de Ação para Transporte Aéreo.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    A Azul Linhas Aéreas anunciou que triplicará sua frota até 2015, com a aquisição de mais 36 aeronaves. Atualmente a companhia dispõe de 41 aeronaves, sendo que até 2014 deverá receber mais 84 unidades, totalizando a compra de 120 aviões e investimentos de US$ 2,4 bilhões. Entre os modelos que serão adquiridos, estão envolvidos 13 jatos da Embraer e 30 turboélices franceses ATR 72-600.

    A Azul é focada em aviação regional e possui 41 destinos e 65 rotas no país. A companhia já divulgou a expansão para mais destinos e trechos até janeiro de 2012, englobando os municípios de Caxias do Sul (RS), Paulo Afonso (BA), Vitória (ES) e o estado de Mato grosso.

    A Cia Aérea é a terceira maior do país, estando 10% atrás da Gol e da Tam, que são as duas empresas que dominam mais da metade do mercado brasileiro de aviação. A adoção de Viracopos como HUB da Azul, porém, poderá proporcionar ganhos de escala uma vez que o aeroporto poderá se tornar o segundo maior do país, com a realização das reformas previstas para a Copa.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O Governo de Sergipe anunciou investimento da ordem de R$ 406 milhões (sendo R$ 306 milhões da Infraero e R$ 100 milhões do Governo do Estado) para ampliação da Pista de Pouso e Decolagem – PPD - e construção do novo Terminal de Passageiros do Aeroporto Santa Maria, com início previsto para junho de 2012.
    O projeto tem o objetivo de realizar o desmonte do que restou do Morro do Avião e a elaboração dos projetos da pista e da estação de passageiros, além dos estudos de impactos ambientais.
    Com a construção do novo terminal de passageiros, o antigo passará a ser um terminal de cargas, o que poderá inserir o estado de Sergipe a dinâmica da economia brasileira, pois será uma alternativa para o escoamento das exportações nacionais para o mundo.

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      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Trip linhas aéreas anunciou investimento para a aquisição de 18 aviões turboélice ATR 72-600. O valor da estimado é de US$ 903 milhões, incluindo ainda, 22 opções de compra adicionais. Das 18 aeronaves compradas, metade serão adquiridas diretamente da ATR e nove, de contratos de leasing. Além destas, a companhia também está investindo US$ 15 milhões na aquisição de um simulador de voo para os modelos ATR, a ser utilizado para o treinamento dos pilotos.
    Com o franco crescimento econômico de regiões de médio porte e localizadas em áreas interioranas do País, pode-se observar uma tendência de expansão das rotas regionais, com pequenas escalas de distância entre origem e destino. Até o fim do ano a frota da Trip terá 55 aviões, voando a 89 municípios.  A Trip tem 71% do mercado de aviação regional e é a maior operadora brasileira de aviões com menos de 100 assentos.
    É visando se consolidar como líder neste setor que a empresa envereda, cada vez mais, em projetos desta natureza com a finalidade de ampliar a frota e melhorar a eficiência operacional. Estratégia que prepara a companhia para enfrentar a expansão do mercado doméstico e consolidar a liderança no mercado de aviação regional na América do Sul.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Uma mobilização da União, governos estaduais e concessionárias do setor elétrico identificou a necessidade de investimentos no valor de R$ 4,7 bilhões (em torno de R$ 3,4 bilhões virão de distribuidoras e o restante através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)) em 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 para evitar blecautes durante a Copa, a ser sediada no Brasil. De acordo com normas de segurança, foram apontadas necessidades de obras principalmente em quatro capitais: São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Curitiba.

    Além do diagnóstico crítico de obras e da possibilidade de interrupção no fornecimento de energia, recomenda-se a agilização dos processos de outorga de concessão das linhas de transmissão, a possibilidade de antecipação das revisões tarifárias de distribuidoras pela Aneel e a manutenção de estoques de combustível para uso emergencial na geração térmica durante o evento.

    Os estádios e centros de imprensa serão atendidos também por geradores próprios e especiais; as companhias distribuidoras e transmissoras promoverão campanhas contra queimadas nas faixas de passagem dos linhões, especialmente no período da Copa do Mundo, há o intuito de troca de todos os equipamentos de distribuição que já estejam em uso há um longo período e a implantação de "eletroanéis" em Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá e São Paulo.

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Com um lance de R$ 170 milhões, o que representou um ágio de 228%, o grupo Inframérica, sociedade da Engevix com a argentina Corporación América,  venceu o leilão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, o primeiro a ser entregue à iniciativa privada. Com isto, a Inframérica terá direito a explorar o aeroporto por 28 anos, incluindo o período das obras.
    Além deste valor de aquisição, o vencedor terá que investir um valor superior à R$ 650 milhões, referentes ao custo para a finalização da obra. O contrato também estipula que o aeroporto deverá ser concluído até Outubro de 2014. 
    O interesse das empresas pela concessão dos aeroportos surpreendeu o setor, depois que algumas operadoras internacionais declararam que o retorno do projeto era baixo. Deste modo, o resultado do leilão mostra para as empresas interessadas nas concessões de outros aeroportos que o modal pode garantir boas projeções de lucros, abrindo caminho para a privatização de outros aeroportos como os de Guarulhos, Campinas e Brasília.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Gol Linhas Aéreas anuncia a compra total do capital da WebJet, que detém cerca de 5% da participação nos vôos domésticos. A negociação compreende o desembolso de    R$ 96 milhões, com uma dívida ainda a assumir, integralmente, em torno de R$ 215 milhões.

    A intensão é que as envolvidas explorem sinergias que resultarão em ganhos de eficiência e competitividade. Outra grande atratividade para a Gol é a incorporação dos slots (espaços para pousos e decolagens) - pertencentes a WebJet - em aeroportos já saturados e que não permitem qualquer tipo de expansão de escalas de vôos. Por fim, a possibilidade de utilizar a tripulação treinada da Webjet garantirá uma sinergia de custos - ação muito importante dada à carência de mão de obra especializada deste mercado.

    Em relação à estrutura do mercado aéreo, a Gol, que no último balanço divulgado, sinalizou um total de caixa de R$ 1,84 bilhão e uma dívida com vencimento de curto prazo de R$ 313 milhões, conquistará a liderança de seis das dez principais rotas domésticas em termos de fluxo de passageiros transportados. Isto, somado às duas rotas nas quais a companhia já detinha a hegemonia, garantirá uma maior atuação nos aeroportos que hoje são fundamentais para o crescimento dentro do país. Em 2010, essas oito rotas transportaram quase 9,9 milhões de passageiros. A marca Webjet será mantida até a aprovação da compra pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para depois ser totalmente integrada aos serviços da Gol.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Guarulhos é o maior aeroporto do Brasil e o segundo maior da América Latina em vôos internacionais, atrás apenas do Aeroporto Internacional de San Juan, em Porto Rico. No transporte de carga, é o maior da América Latina, sendo um dos mais movimentados do mundo. Porém, apesar destes números, é o terceiro maior aeroporto do mundo em número de vôos atrasados, segundo pesquisa realizada pela revista Forbes em 2008. Uma das principais causas destes atrasos se dá pelo insuficiente espaço disponível destinado ao taxiamento dos aviões e pelos sobrecarregados hangares do aeroporto. Diariamente, até seis aviões ficam na área improvisada, em revezamento, o que provoca mais atrasos em vôos internacionais.

    Com o intuito de eliminar tal gargalo, o controverso projeto do TPS 3, novo terminal de passageiros do aeroporto de Cumbica, está pronto, prestes a ser aprovado pela Infraero. Com este projeto, o aeroporto poderá receber 39,5 milhões de passageiros por ano, praticamente dobrando sua capacidade atual. Serão gastos cerca de R$ 716,6 milhões. Mesmo que a licitação da construção só sairá no fim do ano, as obras de terraplanagem do pátio da pista, já se iniciaram.

    Assim, o aeroporto ganharia um fluxo adicional de 10 milhões de passageiros antes da Copa-2014, sendo finalizada completamente a obra após o evento.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

     A Avianca Brasil anunciou que investirá US$ 3 bilhões até 2016. Destes, 1,5 bilhão será destinado à construção de um centro de treinamento de funcionários, além de duas bases de operações em João Pessoa e Recife. O restante da verba será utilizado na compra de 15 aviões Airbus A 318, que serão entregues em lotes de 5 a cada ano, até 2015. Duas unidades do primeiro lote, com previsão de entrega para até agosto, já estão a disposição .

    Com tal investimento, espera-se que a empresa acompanhe o crescimento do mercado nacional doméstico (que, segundo a Iata, foi o mercado que mais cresceu em abril; no Brasil, a demanda foi 23,8% maior, enquanto a média mundial foi de 4,7% na comparação com abril de 2010, sendo que tal mercado dobrou de tamanho nos últimos cinco anos), visando também a expansão de seu market share. A estimativa é de que a Avianca encerre o ano com um crescimento de 38% em sua demanda de passageiros.

    Essa ação de expansão desenvolvida pela Avianca, não é isolada; a Infraero já havia divulgado que os 12 aeroportos localizados nas cidades-sede da Copa do Mundo receberão investimentos que somam R$ 5,6 bilhões até 2014, dos quais R$ 5,2 bilhões serão provenientes da estatal e os outros R$ 408 milhões serão investidos pela iniciativa privada.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Em 2011, dezoito aeroportos de menor porte e de atuação regional poderão contar com uma verba de R$ 102,3 milhões que se originou de contrapartida dos financiamentos dos grandes aeroportos. A parcela da contrapartida dos recursos gira em torno de 30% e servirá para a reparação e modernização a itens de segurança, atendendo as exigências da Agência Nacional de Aviação Civil.

    A verba de financiamento provém da primeira fase do Plano de Investimentos do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa) de 2011 que foi aprovada pela Secretaria Nacional de Aviação Civil e publicada  em maio no Diário Oficial da União. Para o repasse dos valores disponíveis para cada obra será necessário um termo de convênio com o detalhamento de todos os compromissos dos Estados, inclusive a parcela da contrapartida financeira.

    A preocupação de modernizar e reformar aeroportos desta natureza vai de encontro com a tendência de expansão de vôos com pequenas distancia entre origem e destino, bem como o aumento da importância companhias de menor porte.

    Na lista de beneficiados estão citados Aeroportos regionais do Estado: Vacaria, Passo Fundo, Rio Grande e Santo Ângelo, os quais receberão a quantia de R$ 14 milhões. A portaria contemplará também obras nos terminais de Marechal Thaumaturgo (AC), Barreiras (BA), Vitória da Conquista (BA), Iguatu (CE), Linhares (ES), Anápolis (GO), Bacabal (MA), Campo Grande (MS), Dourados (MS), Breves (PA), Fernando de Noronha (PE), Cabo Frio (RJ) e Ji-Paraná (RO).

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      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Infraero publicou, no Diário Oficial da União, o resultado da habilitação dos consórcios e empresas concorrentes (sete no total) que participarão da licitação para a contratação das obras de modernização e reforma do Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, a serem iniciadas no segundo semestre de 2011.

    Segundo a Infraero, a análise das habilitações técnicas e financeiras já foram iniciadas e deve ser concluída ainda esta semana. Logo que for concluída esta fase, a empresa vencedora da licitação terá cerca de 16 meses para entregar o novo projeto. A estimativa é que a obra custe cerca de R$ 237,8 milhões, prevendo o aumento da área do terminal de passageiros de 60,3 mil metros quadrados para 67,6 mil metros quadrados.

    A reforma em Confins faz parte do conjunto de obras para Copa do Mundo de 2014, a maior desde sua inauguração, em 1982. Porém, estima-se que a movimentação de passageiros em Confins, que já ultrapassou os 7,2 milhões de pessoas em 2010, atinja a capacidade máxima prevista da reforma (8,5 milhões) ainda neste ano ou, no mais tardar, na metade de 2012. Ou seja, quando as obras estiverem concluídas, é possível que o aeroporto já esteja operando no seu limite.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Rekkof Aircraft, pertencente à holding holandesa Panta que detém os direitos de produção, licenças e projetos da antiga Fokker, assinou os termos do contrato da instalação da nova fábrica de peças para os aviões do tipo Fokker em Anápolis/GO. Para tal projeto, serão investidos cerca de R$ 1,2 bilhão.

    A estratégia produtiva prevê que, de julho de 2014, ano de início da produção da fábrica goiana, até fins de 2018, cerca de 35% das peças e componentes que serão utilizados pelas primeiras 60 unidades (todas produzidas na Holanda), previamente endereçadas ao mercado asiático, serão fabricadas no Brasil. A partir de 2019, a Rekkof espera que os aviões passem a serem produzidos na fábrica brasileira, já com 75% de nacionalização de seus componentes.

    As garantias institucionais políticas, econômicas e jurídicas oferecidas, bem como o acesso à mão-de-obra necessária e benefícios fiscais ofertados pelo Governo Estadual, foram os principais fatores que pesaram na decisão do locus produtivo.

    O Fokker é um projeto de sucesso no mundo inteiro - mais de 600 aviões deste modelo continuam voando, com tal fábrica, a perspectiva é de que haja transferência de tecnologia e know how para o Brasil que auxiliarão o país a se inserir na vanguarda da produção de tecnologia no segmento aeronáutico.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Dos 12 projetos de construção, modernização e expansão dos aeroportos situados nas cidades sedes da Copa do Mundo, segundo o relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), nove não deverão ser finalizadas antes do início do evento datado para julho de 2014.

    A perspectiva leva em conta que, uma obra de infra-estrutura (onde se releva os prazos médios para elaboração de projetos, obtenção de licenças obrigatórias, realização de licitações públicas e início do serviço) em transporte leva em média 92 meses para ser concluída. O agravante se dá pelo fato de que muitos projetos desta natureza, como por exemplo as obras dos aeroportos de Manaus (AM), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Guarulhos (SP), Salvador (BA), Campinas (SP) e Cuiabá (MT), ainda nem sequer superaram a fase de elaboração dos projetos, devendo ser concluídos apenas em 2017. Poucas são as obras que garantiram uma avaliação satisfatória, como é o caso do aeroporto de Curitiba (PR), Galeão (RJ) e de Recife (PE).

    O fato é que, com tais atrasos em evidência, mesmo que concluídas as obras até o início do evento futebolístico, a imagem do país no que tange à organização, infraestrutura, consistência e institucionalidade dos órgãos governamentais e outros atributos tão necessários para garantir a reputação e o desenvolvimento do modal e de outros setores interrelacionados, como o hoteleiro e o de turismo, seja denegrida, prejudicando assim, o fluxo de turistas à passeio ou empresariais no país.

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Mesmo com o anúncio de resultados não muito satisfatórios, a TAM encomendou 34 novos aviões para renovação de frota e adequação à demanda para as próximas duas décadas. Serão gastos (a preços de tabela) US$ 3,2 bilhões na aquisição de 32 aviões da família A320 da Airbus e 2 Boeings B777-300 ER. Destas, quatro aeronaves serão entregues em 2012 e duas em 2013, elevando assim para 174 sua frota prevista para aquele ano.

    O anúncio veio ao mesmo tempo da divulgação do lucro líquido de R$ 637,4 milhões, queda de 48,9% em relação a 2009 (que havia sido amplamente favorecido pelos ganhos contábeis, sem efeito caixa, decorrentes da marcação a mercado das operações de hedge de combustível e da valorização do real frente ao dólar), expressando um resultado insatisfatório, apesar do crescimento do lucro líquido no quarto trimestre (R$ 150,6 milhões). A receita operacional bruta foi de R$ 11,8 bilhões e cresceu 16,4% na mesma comparação.

    Com os novos investimentos, a companhia já começa a se preparar para os anos seguintes a 2015, pois a procura por vôos, tanto domésticos quanto internacionais, deverá continuar crescendo significativamente. A perspectiva é de que a demanda continuará aquecida nos próximos 20 anos, sendo impulsionada pelo movimentos turísticos tanto a negócios quanto a lazer.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    O mercado de aviação civil tem apresentado, há quase uma década, taxas de expansão significativas no Brasil. Em 2010, cresceu 23,4%, depois de ter avançado 17,6% em 2009, ano de recessão. O aumento da renda média brasileira, o parcelamento de passagens - que às vezes são mais baratas do que as oferecidas pelo modal rodoviário - em até cinco anos levaram aos aviões às classes C e D, assim como a valorização do Real estimulou a demanda doméstica por viagens internacionais.

    Porém, esse boom aéreo esbarra na, ainda insuficiente, infraestrutura aeroportuária, pois em um mercado dinâmico como o da aviação, a carência de infraestrutura é o fator que mais limita o avanço do setor. Sem a construção de aeroportos, terminais e pistas de pouso e decolagem, estes (os aeroportos) se vêm impossibilidatos de atender a crescente demanda das empresas do setor na qual procuram aumentar sua oferta de assentos, por meio da expansão de suas frotas de aeronaves; sendo assim, o único modo de ajuste do mercado se dá por meio do aumento de preços, ou seja, onde a estrutura dos aeroportos é deficiente ou onde o mercado está saturado, os preços tendem a se elevar, exemplos desta tendência são os casos dos aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro: em 2009, o preço do quilômetro voado entre Congonhas e Santos Dumont foi 90% mais alto que a média de todo o país.

    Neste sentido a notícia da elevação das tarifas aéreas não é uma surpresa: a partir de 14 de março a taxa de embarque nos aeroportos do Brasil vai ficar mais cara. De R$ 19,62 vai para R$ 20,65 em voos nacionais e de R$ 60 para R$ 66 nos internacionais.

    Tal aumento tende a reduzir a demanda de passageiros, sobretudos aqueles que frequentemente trafegam por rotas regionais - onde a somatória deste acréscimo no final de um período se torna significativa -, que passarão a substituir os serviços do modal por meios alternativos, sobretudo pelo transporte rodoviário, impactando negativamente, principalmente, nas pequenas e médias companhias que operam neste segmento do mercado, justamente em um período onde se evidencia um avanço na participação destas, que já respondem por quase 18% do mercado e que está diretamente ligado a demanda por voos de menores distâncias.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    A empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) anunciou que até agosto deste ano será iniciado o conjunto de obras de expansão, restauração e modernização do aeroporto de Recife. Neste serão gastos cerca de R$ 40 milhões para construção de uma nova torre de controle, além da restauração da pavimentação das pistas de taxiamento e pouso/decolagem.

    Atualmente, apesar de um certo atraso no cronograma divulgado pela Controladoria Geral da União (CGU), responsável pelo acompanhamento das obras, os projetos básico e executivo se encontram em sua fase de conclusão, sendo que já foram gastos R$ 800 mil nestes. A futura torre de controle, que ainda está em processo de licitação e tem previsão de operação em 2013, segundo a Infraero, já era prevista pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa 2014. Ela terá 31 metros de altura e 311 metros quadrados de área construída e está orçada em R$ 19 milhões. Outra obra de reforma prevista no aeroporto envolve a recuperação do pavimento das pistas de taxiamento e pouso/decolagem que está avaliado em cerca de R$ 20 milhões. Tal projeto já havia sido iniciado pela a Infraero  que chegou a licitar as obras das pistas, mas devido a incapacidade  técnica apresentada pela empresa contratada para gerir a construção, está buscando juridicamente a rescisão de contrato.

    No conjunto de obras até 2014, está previsto ainda a ampliação do pátio do aeroporto. Com este total de reformas e ampliação, a direção do aeroporto estima que a demanda adicional de passageiros oriunda do evento esportivo seja totalmente suprida pelo aeroporto, sem que haja qualquer tipo de distorção no funcionamento normal deste. Hoje o aeroporto conta com uma área de 52.000 m², possuindo 64 balcões de check-in, 26 posições para aeronaves e 15 pontes de embarque (fingers). A capacidade anual do aeroporto é de 5 milhões de passageiros, além do mais, possui a maior pista de pouso e decolagem do Nordeste, com 3.305 metros.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Após um pedido de suspensão do processo de fusão, que envolve as companhias aéreas TAM e Lan, requisitado por uma associção local de defesa de direitos do consumidor junto ao Tribunal de Defesa da Livre Concorrência, este decidiu intervir barrando a continuidade do processo sob alegação de que seria necessário avaliar se a operação de criação da Latan viola as leis de proteção aos consumidores, uma vez que a nova companhia concentraria para si parte significativa das rotas aéreas chilenas.

    A decisão do tribunal é inédita por ter sido tomada a partir de uma iniciativa dos consumidores. Até agora, esse tipo de solicitação só havia sido feita pela Procuradoria ou pelas empresas envolvidas na operação. A fusão, anunciada em agosto de 2010, também é analisada no Brasil pelo Cade e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

    Poucas horas após a homologação do processo, o tribunal recebeu outro documento firmado entre a Lan e a Procuradoria Nacional Econômica, onde era proposto um acordo extrajudicial entre elas: seriam realizadas medidas de minoração dos danos à concorrência em cidades onde Lan e TAM teriam concentração de rotas - Rio, São Paulo e Assunção -, o documento foi rechaçado pelo tribunal, não aderindo qualquer possibilidade de protocolarão por não reconhecer a natureza jurídica do documento.

    A fusão da TAM com a LAN segue uma tendência mundial de concentração das companhias aéreas que, devido aos prejuízos financeiros ocorridos após a crise do subprime, além da queda da demanda mundial, procuram reduzir seus custos operacionais por meio da sinergia gerada pelas fusões- acumulação de know how, ganhos de escala, entre outros. A criação da Latan vai dar origem a um grupo de companhias aéreas que fornecerá serviços de transporte de passageiros e de carga a mais de 115 destinos em 23 países, por meio de uma frota de mais de 280 aeronaves e um quadro de pessoal mais de 40 mil empregados.


    O Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS) adquiriu 30% da Odebrecht Transport Participações (OTPP). Esta última, por sua vez, é braço da Odebrecht no segmento de transporte e logística. A operação dá continuidade ao movimento iniciado pelo fundo ao ingressar nos negócios de saneamento, de terminais portuários e de energia. O valor dessa última transação não foi aberto ao mercado.

    O FI-FGTS, segundo a Caixa Econômica Federal, tem como objetivo alcançar a valorização das cotas através da aplicação de recursos nos setores de infraestrutura tanto na parte de construção quanto de ampliação, reforma ou implantação.

    Neste aporte de recursos por parte do FI-FGTS, deve-se destacar a oportunidade de rentabilidade vista pela Caixa. A OTPP possui como principais negócios o terminal Embraport, em Santos, a concessão da Rodovia D. Pedro I e a linha amarela do metrô de São Paulo. Visto as atuais perspectivas de crescimento da demanda por transportes e a necessidade de ampliação da infraestrutura logística no Brasil, a Caixa aposta num retorno positivo de capital ao ingressar de maneira mais ativa numa empresa atuante nesse segmento. Em linhas gerais, essa expectativa de rentabilidade do FI-FGTS abre o raciocínio da possibilidade de maior ingresso no setor por parte de outros fundos. Assim, isso pode indicar uma oportunidade de maior facilidade de captação de recursos para a efetivação de aportes futuros.

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    No dia 13/08, a empresa chilena Lan e a brasileira Tam anunciaram a criação de uma holding donas das companhias, a Latam. A Lan possui forte presença no mercado da Ásia, Oceania e costa Oeste dos EUA, além de atuar no segmento de carga - nicho de mercado no qual a Tam tem pouca atuação. A Tam, por sua vez, é uma das empresas dominantes no mercado nacional. Juntas, o valor de mercado poderá chegar a US$ 14,5 bilhões com faturamento de US$ 8,5 bilhões e ganhos de sinergia em US$ 3 bilhões.

    Deve-se ressaltar que a negociação aguarda aprovação dos órgãos regulatórios dos respectivos países. Caso seja aprovado, Latam será a 11° maior empresa aérea do mundo com uma frota de 220 aviões, 115 rotas para 23 países e com capacidade de transportar mais de 45 milhões de passageiros por ano. Segundo as empresas, a Lan deterá 79,6% das ações ordinárias da holding e a Tam com 20,4%, a Lan ficará com maior parcela das ações, simplesmente, pelo fato de possuir mais capital em caixa.

    A operação entre as duas empresas reforça a tendência mundial de concentração entre grandes companhias (no último mês de maio, por exemplo, as companhias americanas United Airlines e Continental anunciaram um acordo de fusão. Em 2008, a Delta Air Lines adquiriu a Northwest Airlines). O impacto dessa concentração de mercado para o setor pode representar aspectos positivos em termos de sinergia, poder de atuação no mercado internacional e maior poder de barganha financeira para operações de crédito e de investimento. Isso pode significar maior controle do mark-up e, conseqüentemente, passagens aéreas mais baratas visando, possivelmente, a inserção no nicho de mercado das classes C e D. Inserção essa que vai de acordo com a estratégia adotada por algumas empresas, tais como a Azul que anunciou acordo para a venda de passagens aéreas em supermercados e parcelamento do pagamento em até 60 parcelas. Destarte, o crescimento do setor aéreo nacional está se desenvolvendo na medida que a economia nacional cresce apresentando maior relevância internacional.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    A Tam anunciou, no dia 05, uma parceria com as Casas Bahia para estruturar uma rede de venda de passagens aéreas para o mercado de baixa renda. A Azul também analisa estratégias, como o parcelamento da passagem no cartão de débito e a venda por meio de supermercados, para atrair esse nicho mercadológico composto pelas classes C e D.

    O decorrente crescimento das classes C e D atraiu a atenção de empresas aéreas como a Azul e a Tam. O mercado de baixa renda representa hoje um potencial de faturamento para o modal. Em outros setores da economia, como por exemplo, o de alimentos e bebidas, esse potencial já é uma realidade.

    O aumento do poder de consumo em conjunto com os bons resultados da economia nacional são fatores fundamentais que explicam essa nova classe emergente. O mercado de baixa renda possui, proporcionalmente, uma elevada taxa de consumo sobre a renda.  Essa taxa é explicada pela demanda reprimida por gastos prioritários, tais como saúde, educação e transportes. Atualmente, devido à maior disponibilidade de gastos secundários, os serviços antes considerados de luxo - como, por exemplo, o transporte aéreo - podem ser consumidos por uma parcela da população até então excluída desse mercado.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) iniciou efetivamente o processo de abandono do piso do valor das passagens aéreas internacionais com origem no Brasil. O cronograma respeita o desconto de até 20% do piso atual até meados de julho, a partir daí o desconto será de 50% pelos seis meses seguintes, partindo para 20% do piso até 23 de abril de 2010, onde a liberação total das tarifas ocorrerá.
    Dentre as empresas nacionais apenas a TAM sofrerá diretamente com a nova política da Anac, com 27% de sua receita total dependendo de vôos internacionais. O aumento da concorrência internacional neste segmento de vôo para a TAM poderá comprometer sua lucratividade, expectativa que imediatamente afetou a atratividade de seus papéis na Bovespa - durante a quarta semana de abril, até quinta-feira, as ações preferenciais da companhia recuaram 7,5%.
    Apesar do barateamento do serviço ao consumidor, a medida da Anac poderá comprometer o desempenho do setor turístico brasileiro, que já sofreu com a concorrência de destinos internacionais durante o longo período de apreciação do Real e, agora, enfrentará o barateamento efetivo (US$) das viagens ao exterior. Assim, a nova medida exigirá não apenas a adequação da TAM ante o novo cenário, mas também toda a indústria turística deverá rever sua oferta, afim de manter a atratividade de seus pólos domésticos tradicionais ante o aumento da concorrência de outros destinos.
    A medida anunciada esta semana, portanto, deverá reverter em benefícios ao consumidor, resta saber qual a capacidade de adequação dos mercados turístico e de aviação civil brasileiros, para, assim, avaliar se as consequências globais serão mesmo positivas.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Após uma má sucedida migração do mercado charter para o regular, a BRA anunciou dia 16 de março o retorno de suas operações, novamente direcionada ao seu antigo mercado. A interrupção das atividades da BRA, em 18 de outubro de 2007, movimentou o setor aéreo.
    A crise de liquidez da empresa fez com que não fossem cumpridos seus compromissos com fornecedores, quando sua receita foi afetada pela readequação da malha. A dívida a ser liquidada para que a empresa continuasse suas atividades (existiam passagens compradas para até fev/08) alcançou US$ 30 milhões. Durante os transtornos com seus passageiros, a BRA aceitou a parceria com a OceanAir para que tivesse condições para cumprir seus compromissos. A receita de voo seria repartida entre ambas e as despesas operacionais ficariam por conta da OceanAir. Este foi o passo inicial para a ampliação da representatividade da empresa em questão, encerrando 2007 com uma representatividade de 2,4% no total de passageiros transportados.
    Com base em Cumbica, a BRA vai oferecer pacotes turísticos para Porto Seguro (BA), Maceió (AL), Recife (PE), Natal (RN), João Pessoa (PB), Caldas Novas (GO) e Fortaleza (CE), entre outros. A oferta semanal será de 1.300 lugares para pacotes turísticos. O investimento para a retomada das operações foi de R$ 6 milhões, com a atividade turística doméstica como foco.
     O contexto cambial de 2009 deve ser favorável para a estratégia adotada pela BRA em seu retorno, visto que o Real menos apreciado deverá favorecer destinos turísticos dentro do país, com destaque para aqueles oferecidos pela empresa.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Durante a primeira semana de março o TRF (Tribunal Regional Federal) autorizou a movimentação dos aviões da companhia aérea Azul no Aeroporto Santos Dumont, antes restrita à pontes aéreas Rio-São Paulo e Rio-Minas, com aeronaves com até 50 lugares. A estratégia na época era estimular a demanda do serviço aéreo no terminal Tom Jobim.
    A decisão fará com que a Azul mantenha sua estratégia de criação de nova demanda. Diferentemente de TAM e Gol, que operam a ponte aérea entre os dois Estados através de Congonhas e Santos Dumont, a empresa de David Neeleman cumprirá o trajeto também por Viracopos, Campinas.
    A nova companhia, que deverá se consolidar como a terceira do setor brasileiro, leva vantagem por adaptar sua estratégia de mercado com os anseios do Governo Federal. Por defender a ampliação da malha atual, através de um modelo de baixo preço das passagens, a Azul alimentaria a estratégia de universalização do serviço aéreo, tornando-se uma característica a ser lembrada do governo. Paralelamente, a estratégia de ingresso da empresa, desde seu início, considerava a utilização de aparelhos produzidos pela Embraer, mais um ponto a favor que, no decorrer da crise mundial, favorece a utilização de fontes públicas de financiamento (BNDES) para o plano de aquisição.
    O contra-ponto vem das empresas concorrentes e, especialmente, do Governo do Estado do Rio de Janeiro. O receio era de que a maior utilização do Santos Dumont subutilizaria o Aeroporto Tom Jobim, comprometendo os planos estaduais de privatização. Como retalização, especulou-se que o Estado do Rio aumentaria o ICMS nas atividades do Santos Dumont.
    A disputa ainda em andamento nos tribunais provavelmente coroará a ambiciosa e altamente criativa estratégia da companhia Azul, que conseguiu aliar-se com o Governo Federal e seus ógãos representativos para superar as barreiras de entrada impostas pela aviação civil duopolística, além de um Governo Estadual com objetivos próprios.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Foi aberta pela a Anac discussões a respeito de uma nova postura sobre a posse dos slots (permissões de pouso e decolagem) em aeroportos que apresentam níveis de utilização elevados, como é o caso de Congonhas. O enfoque é principalmente sobre esse terminal, altamente rentável, com o intuito de minimizar o controle que as principais companhias aéreas do país possuem sobre ele atualmente.
    A proposta de mudança na política de slots seria composta por duas etapas, com a primeira considerando uma relação entre as empresas atuantes em Congonhas e seus respectivos slots com as demais que gostariam de atuar no terminal. Seriam disponibilizados 20% das permissões das empresas atuantes para serem distribuídos entre as ingressantes que apresentam o melhor índice de atuação no mercado, composto pelos indicativos de atraso, segurança e cancelamentos nas rotas que atuam. Caso haja sobra na distribuição dos slots ocorreria o leilão entre todas as companhias, inclusive com aquelas que tiveram de disponibilizar inicialmente parte de suas permissões.
    O segundo passo seria dois anos depois, quando todas as companhias seriam reavaliadas de acordo com o novo índice, e uma nova distribuição dos slots seria feita. O objetivo da Anac é ampliar a concorrência em terminais como o de Congonhas, pautada pelo comprometimento das companhias em se esforçarem para, continuamente, ampliar a qualidade do serviço prestado.
    Caso seja aprovado, companhias como a Webjet e Trip poderiam ser beneficiadas com o processo, em detrimento da perda relativa da TAM, Gol e Oceanair. No caso da Azul, empresa que iniciará suas atividades em janeiro de 2009, não participaria da primeira rodada de distribuição, porque, para tanto, seria preciso completar uma carência mínima de seis meses no mercado.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Foi anunciado no último dia 9 o processo de falência da Vasp, pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. O objetivo foi abortar a recuperação da empresa, enquadrada no Lei de Falência, afim de que fosse quitada a dívida de, aproximadamente, R$ 3,5 bilhões através da venda de seus ativos, estimados em cerca de R$ 6 bilhões.
    Com sua privatização no final da década de 1980, a Vasp, empresa aérea pertencente ao Estado de São Paulo, manteve suas atividades com aeronaves próprias na década seguinte. Após o aumento da concorrência nos primeiros anos de 2000, a lucratividade da empresa foi se extinguindo rapidamente, em função de pendências trabalhistas, envelhecimento da frota e o achatamento das margens do setor, devido o ingresso do conceito low-cost no país.
    Como reflexo de sua pior crise financeira, a participação de mercado da Vasp na aviação doméstica caiu de 11% no início de 2004, para 0,75% em dezembro do mesmo ano. Em 2005, no mês janeiro, o DAC cassou as últimas oito rotas que a companhia vinha operando e com a decisão, a empresa ficou proibida de operar qualquer vôo regular de passageiros, já que foi constatado que o maior problema da companhia era a falta de fluxo de caixa para manter operações básicas, como a compra de combustíveis. A companhia cessou seus vôos em janeiro de 2005, gerando renda apenas pela manutenção de aeronaves e aluguel de cerca de 100 de seus imóveis.
    Em fevereiro de 2005, a inclusão das companhias aéreas na nova Lei de Falências foi considerada como um avanço pelas empresas e pelos trabalhadores deste setor, pois para empresas com dificuldades financeiras como Varig e Vasp, a lei ajudaria a atrair potenciais investidores. Antes da nova lei, o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) impedia as companhias aéreas de pedir concordata. A nova lei criou o formato da recuperação judicial e deu o direito das empresas do setor usarem o dispositivo.
    No entanto, foi decretada a falência após a constatação de que a Vasp não cumprira as obrigações estipuladas na nova Lei de Falências, que determinava a retomada de vôos para a geração de caixa. As dívidas trabalhistas serão as primeiras a serem quitadas com os recursos oriundo da venda do patrimônio da empresa.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Durante a primeira semana de setembro voltou em discussão a proposta de aplicar à iniciativa privada o controle operacional de alguns aeroportos brasileiros. Os terminais internacionais de Viracopos e Galeão estão no centro das discussões, com o apoio do governador do Rio de Janeiro para o processo de privatização, sob o argumento de que, para a disputa da cidade como sede das Olimpíadas de 2016, o volume de investimentos disponibilizados pela iniciativa privada seriam de grande importância.
    A proposta de privatização encontra tradicionalmente resistência por uma parcela da sociedade, que entende como não adequada disponibilizar ativos públicos sob o argumento de seu histórico de ingerência. No caso do aeroporto do Galeão, as obras de seu segundo terminal se arrasta à anos por falta de recursos do Estado; por isso ganha força a iniciativa de privatização ao invés do debate sobre a eficiência da gestão pública. Medidas para ganhos de eficiência administrativas por parte da gestão pública seria, teoricamente, colocada de lado, resumindo-se no aceito discurso de melhor capacidade gerencial da iniciativa privada.
    No entanto, a história recente brasileira demonstra que a mudança do caráter do Estado, de gestor para fiscalizador, apresentou avanços significativos para, principalmente, a infra-estrutura do país, com exemplos como da telefonia, transporte ferroviário, portos e petróleo. Especialmente sobre este último, a proposta do Governo Federal para o transporte aéreo tende a seguir o modelo adotado para a Petrobras, com o Estado representando cerca de 43% do total das ações da empresa, que apresenta um modelo de eficiência operacional tipicamente privado.
    Após a deflagração dos problemas no setor aéreo brasileiro com o acidente do vôo da Gol em 2006, o déficit de investimentos públicos tornou-se evidente, dando corpo à discussão sobre a abertura de capital do sistema. A consolidação das propostas sugerem o compromisso do governo em criar um sólido marco regulatório, ampliando a confiança institucional e, conseqüentemente, favorecendo o aumento dos recursos investidos.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

     Companhias norte-americanas conseguiram autorização da ANAC para a criação de 21 novas rotas internacionais que, necessariamente, não utilizam os aeroportos das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro como destino/origem. Esta restrição era conhecida desde o anúncio do acordo bilateral entre Brasil e EUA, assinado em julho.
    Desta forma, companhias como American Airlines, Delta Airlines e Copa Airlines adquiriram 21 novas frequências distribuídas em cidades como Belo Horizonte, Recife, Salvador e Fortaleza.
    Independente das pontes-aéreas, a abertura de novas frequências internacionais deverão ampliar a capacidade de atendimento do segmento. Se, por uma lado, as rotas internacionais de longa distância enfrentaram importante retração de suas rentabilidades devido à elevação dos preços dos combustíveis, por outro, encontra-se no mercado brasileiro uma demanda reprimida importante. A incapacidade das companhias nacionais de cobrirem o espaço criado com o desmantelamento da Varig, atrelado à realidade cambial favorável às viagens internacionais, tornam o segmento altamente interessante para as companhias estrangeiras, com aporte suficiente para solidificarem sua atuação no mercado brasileiro.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Em 27 de junho foi concluído o acordo bilateral entre Brasil e EUA para a ampliação das rotas aéreas entre os países. Anteriormente, apenas quatro companhias eram aptas para operar, em número de vôos restritos, destinos entre as regiões. O conjunto de medidas, adotadas em um plano de ação repartido em quatro etapas e com prazo de implantação até outubro de 2010, pretendem ampliar dos atuais 105 vôos de passageiros para 154. O acordo permite também a ampliação das operações charter de cargas, das atuais 24 semanais para 42 até o término do prazo, fazendo com que as movimentações por ano saltem de 750 para 1.250.
    Tais medidas demonstram a forte dicotomia entre os benefícios possíveis para os usuários do serviço aéreo e seus prestadores domésticos. O momento em que o acordo foi firmado é especialmente delicado às empresas nacionais, com sua capacidade de atuação internacional fragilizada em função das altas do petróleo, além de problemas enfrentados pelo segmento de transporte de cargas. O primeiro ponto isolou a TAM no atendimento de rotas internacionais longas, com as demais companhias focando destinos sul-americanos. No transporte de cargas, a VarigLog é responsável por grande parte da prestação do serviço e, por sua vez, encontra-se envolvida em disputas judiciais e problemas financeiros.
    O cenário sugere que as restrições abandonadas, e consequente ampliação da oferta, serão absorvidas quase que exclusivamente pelas companhias norte-americanas que, apesar de também sofrerem com o ambiente internacional delicado, apresentam escala operacional suficiente para tanto.
    O mercado aéreo doméstico convive ainda com problemas estruturais decorrente da transformação de um modelo basicamente monopolista, em especial para o serviço internacional, para o oligopolista. Com a queda das operações da Varig, as companhias nacionais aceleraram sua atuação internacional, a medida em que o marco regulatório do setor restringe players estrangeiros em movimentações com o Brasil, segmento reconhecidamente delicado, envolvendo grandes aportes e com rentabilidade fortemente atrelada aos preços internacionais dos insumos. A partir da escalada da cotação do petróleo, a internacionalização do serviço prestado pelas companhias nacionais tornou-se cada vez menos viável, exigindo mudanças de suas estratégias. Atualmente, adotou-se o modelo “voltado para dentro”, intensificando-se a exploração de rotas nacionais.
    A tendência de desregulamentação do setor pode fechar oportunidades de ampliação do serviço internacional oferecidas pelas empresas nacionais, para além do curto prazo, tornando-as companhias pequenas aos moldes da concorrência mundial de forma permanente.
     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Durante a semana passada o setor aéreo foi questionado quanto à legalidade da compra de companhias, oriundas do processo de falência da antiga Varig. De acordo com a recente Lei de Falências, a Varig foi fracionada, com o intuito de manter ativa suas atividades rentáveis, com sua dívida (de cerca de R$ 6 bilhões) sob responsabilidade da “Velha Varig”, afim de criar caixa para sanar pendências judiciais. O desenrolar do caso envolve, segundo a mídia, tráfico de influência e desrespeito do marco regulatório do setor aéreo.
    Desdobramentos políticos à parte, ganhou destaque a discussão sobre a participação do capital estrangeiro nas companhias aéreas nacionais, que atualmente restringe-se à 20%. O aporte necessário para as empresas do setor é elevado, dentro de um ambiente globalizado, com restrições operacionais cada vez menores para companhias estrangeiras e crescente pressão sobre os custos vinda dos combustíveis.
    A quebra dos preços mínimos para vôos internacionais partindo do Brasil – que em 1º de junho entrou em sua segunda fase, liberando descontos de até 80% para destinos sul-americanos – deverá gerar o choque entre a eficiência das companhias internacionais e brasileiras, que convivem com ineficiências decorrentes de problemas de infra-estrutura e gerenciais do órgãos reguladores. Tal cenário pode construir um ambiente concorrencial desleal para as empresas nacionais, que convivem também com o problema mundial da alta dos combustíveis. Desta forma, a possibilidade de aportes internacionais em maiores proporções poderia alavancar as empresas nacionais, em um momento de necessidade de nivelamento concorrencial.
    Quanto aos problemas judiciais com a venda da VarigLog e Varig, estes deverão ser interpretados pelas regras vigentes, mas abre debate para futuras alterações estratégicas que poderiam contribuir para as companhias nacionais.
     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Nesta semana houve o anúncio da entrada de uma nova companhia de vôos regulares no mercado aéreo brasileiro. A empresa deverá atuar no mercado de baixo custo, almejando o fomento de uma demanda ainda considerada potencial. Com atuação em vôos domésticos, a nova participante deverá, inicialmente, prestar serviços para capitais brasileiras, porém, não se concentrando nos eixos de maior atuação de suas concorrentes. O objetivo da estratégia é contornar as dificuldades operacionais existentes nos hubs (aeroportos centralizadores de operações) e oferecer vôos com menos escalas para destinos variados.
    A solução para compensar o esperado aumento dos custos com a adoção de tal estratégia baseia-se na utilização de aeronaves de menor porte, que conseguem atingir o grau de rentabilidade com menos passageiros. Os aviões Embraer-190 foram anunciados como a opção adotada pela nova empresa. A estratégia de usar a fabricante nacional extrapola princípios operacionais, conquistando os bons olhos do Governo para a nova participante.
    O setor aéreo brasileiro apresentou, ao longo dos últimos anos, importantes mudanças, destacando-se as transformações do marco regulatório do setor no fim da década de 1990, que contribuíram para a instauração efetiva do ambiente concorrencial. Os principais desdobramentos foram: barateamento das passagens aéreas, através da “guerra tarifária”; concentração do serviço em rotas mais rentáveis – o número de aeroportos com vôos regulares caiu 25% no período 1998-2007, devido à queda do compromisso das companhias em atender uma malha ampla –; e a concentração de mercado.
    A nova companhia deverá considerar os desafios e as oportunidades que o novo cenário proporciona, estruturando sua estratégia na contínua ampliação da renda média dos brasileiros e no potencial das rotas deixadas em segundo plano por outros players, que aviões mais eficientes e de menor porte poderão atender com eficiência.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A medida anunciada esta semana pela Anac, apresentando o plano de liberdade tarifária para vôos internacionais, deverá alterar as estratégias das empresas nacionais na defesa de suas participações em tal mercado. De acordo com a Agência, o processo de abertura respeitará uma agenda que implica na liberação de descontos na tarifa de referência da seguinte ordem: 30%, 50% e liberação total. Primeiramente, a medida será aplicada em destinos sul-americanos, com início 1º de março e implementação total a partir de 1º de setembro; posteriormente o plano será aplicado também para destinos europeus, até o final de 2008.
    Sob o ponto de vista da demanda a medida é positiva, com a diminuição girando em torno de um quarto da despesa total com passagens, abrindo espaço para que seja ainda maior devido a concorrência entre as companhias. Com o aumento da procura por tais vôos, a infra-estrutura do sistema pode ser posta em cheque, mas, como existe relativa ociosidade em aeroportos internacionais estratégicos, como Viracopos e Galeão, o sistema poderá absorver o impacto sem grandes complicações.
    Mas, no que se refere às empresas nacionais inseridas no mercado de vôos internacionais, a proposta pode comprometer seus rendimentos e competitividade ante as companhias internacionais, que já são adaptadas à menores margens, fruto da liberdade tarifária atuante em várias rotas internacionais. O período de adaptação proposto pela Anac imprimirá fortes revisões estratégicas das companhias nacionais, ao preço de perderem espaço à concorrência mais adaptada.