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AutorLafis
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Ano2024
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Categoria
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Analista ResponsávelThaís Virga Passos
A indústria têxtil e de confecção do
Brasil vem enfrentando um momento crítico, com desafios tanto internos quanto
externos que comprometem sua competitividade e sustentabilidade. Nos últimos
dez anos, o país experimentou uma queda na renda per capita, o que impactou
diretamente o consumo interno, fundamental para o setor. Com o enfraquecimento
do mercado doméstico, a indústria perdeu espaço para produtos importados,
muitas vezes favorecidos por práticas comerciais desleais ou subsídios
governamentais em seus países de origem. E esse cenário exige medidas rápidas e
eficazes para evitar que o setor perca ainda mais relevância na economia
nacional.
De acordo com Fernando Valente
Pimentel, diretor-superintendente e presidente emérito da Associação Brasileira
da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) ao Diário do Nordeste, somado aos
desafios internos, as exportações do Brasil no setor têxtil mantiveram-se
estáveis, mas foram prejudicadas pela crise em mercados-chave, como a
Argentina, e pela instabilidade do comércio internacional, marcado por tensões
geopolíticas e protecionismo. E o executivo destaca que embora o crescimento
recente do PIB e do consumo interno tenha tornado o Brasil um destino atrativo
para exportadores estrangeiros, isso também coloca a indústria local em uma
posição vulnerável. Para enfrentar essas dificuldades, segundo a entidade
setorial, é essencial que o Brasil amplie sua agenda de competitividade e
busque, com urgência, diversificação de mercados e medidas de proteção contra
práticas comerciais desleais.
Pimentel ressalta, ainda, que apesar do
governo brasileiro ter implementado ações positivas, como o plano “Mais
Produção” e outras iniciativas da Nova Indústria Brasil (NIB), visando o
fortalecimento do setor, os benefícios dessas políticas só serão plenamente
sentidos a médio e longo prazo. Tais ações incluem de financiamento pelo BNDES,
a programas de depreciação acelerada e incentivo à inovação tecnológica.
Todavia, o impacto imediato da atual crise do setor têxtil e de confecções
brasileiro demanda respostas mais urgentes que envolvam união entre o governo, o
setor privado e a sociedade civil; tido pela Abit como fundamental para superar
os obstáculos atuais e garantir a sustentabilidade do setor.
Assim, para reverter esse quadro, o
executivo atenta à importância de avançar em medidas estruturantes que melhorem
a competitividade da indústria têxtil brasileira. Como por exemplo, aponta-se
que o "Custo Brasil" deve ser reduzido, com a implementação de
políticas de defesa comercial e incentivos à modernização industrial. Também, a
aceleração de acordos comerciais, como os do Mercosul com a União Europeia, se
imprimem como uma estratégia chave. Assim como, é essencial investir em
inovação e qualificação profissional para aumentar a produtividade e a
competitividade.
Para Pimentel, a inação pode resultar
em graves perdas, como o fechamento de empresas e o aumento da dependência
externa, prejudicando um setor responsável por R$ 200 bilhões de faturamento e
1,3 milhão de empregos no país. Em suma, atenta-se que a ação coordenada é o
caminho para garantir a competitividade e o futuro da indústria têxtil e de
confecção brasileira.
Analista
Responsável Thais Virga
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