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    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    O setor de biodiesel passa por um momento chave no Brasil: anúncios de investimentos, avanços tecnológicos e regulamentações favoráveis devem transformar seu mercado nos próximos anos.

    No aspecto regulatório, a Lei 14.993, de 2024 (Combustível do Futuro), sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro de 2024, regulamenta e incentiva combustíveis sustentáveis, como o biodiesel, diesel verde e biometano. Um de seus principais destaques é a nova política de mistura de biodiesel ao diesel fóssil, que aumentará gradualmente em um ponto percentual ao ano a partir de março de 2025, atingindo 20% até 2030, com variações possíveis entre 13% e 25%, definidas pelo CNPE. Desde março, o percentual está fixado em 14%, mas misturas voluntárias superiores serão permitidas para setores como transporte público e agricultura, desde que comunicadas à ANP. A medida se situa no âmbito das políticas de transição energética, que procuram enfrentar a descarbonização e fomentar a inovação em cadeias produtivas ambientalmente mais sustentáveis.

    Neste contexto, empresas vêm anunciando investimentos relevantes no setor. A Coamo Agroindustrial Cooperativa, por exemplo, planeja investir R$ 300 milhões em uma nova planta de biodiesel no Paraná, com capacidade para processar 750 mil litros por dia, utilizando matérias-primas como soja e gordura animal. Outro destaque é o Grupo Potencial, que está investindo R$ 10 milhões em frota de caminhões movidos a biodiesel. Esse movimento não apenas reduz emissões de carbono, mas também incentiva o consumo interno do biocombustível, fortalecendo a cadeia da soja.

    Outra atuação recente que vale menção é o anúncio da empresa Fazendão Agronegócio que tem investido R$ 500 milhões em uma nova planta de processamento de grãos em Tocantins, atendendo, em boa medida, a demanda futura de biodiesel. Ao todo, segundo reportagem do Globo Rural de agosto de 2024, o setor de biocombustíveis deverá executar um montante de R$ 42 bilhões de investimentos no ano corrente. Ainda que, neste quesito, se incluam combustíveis derivados de outros produtos (como cana, milho, trigo, gordura animal etc.), parte relevante se encontra na cadeia de soja.

    Em suma, neste quadro de incentivos regulatórios os investimentos privados vêm se avolumando, contribuindo também para a diversificação da matriz produtiva. Com isso o setor de biodiesel – e, com efeito, a cadeia de soja como um todo - está se posicionando para crescer sustentadamente, tornando-se um pilar importante da transição energética e da economia sustentável brasileiras.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    Segundo a SECEX, as exportações de soja em maio de 2024 atingiram 13,45 milhões de toneladas, uma queda de 13,7% em relação ao mesmo mês de 2023. Contudo, nos primeiros cinco meses de 2024, as exportações alcançaram 50,24 milhões de toneladas, refletindo um incremento de 2,5% comparado ao mesmo período do ano passado.

    Apesar das enchentes no Rio Grande do Sul – que devem indicar uma redução na oferta doméstica -, o que se verifica nos últimos meses é um comportamento estável nos preços. Entretanto, trata-se de uma estabilidade em patamar inferior ao verificado em meados de 2023. Tal fato está relacionado ao aumento da oferta global e à intensificação da competição nas exportações. Futuras pressões positivas nas cotações viriam de eventos climáticos e/ou da vitalidade das importações chinesas.

    Com relação ao nosso maior importador, a Bolsa de Mercadorias de Chicago publicou um relatório da consultoria AgResource alertando que a China pode estar deixando de comprar soja dos Estados Unidos, como forma de retaliação às tarifas e sanções recentemente adotados pelo país norte-americano. Isto poderia beneficiar as exportações brasileiras já a partir deste ano, a depender do desempenho de nossa safra.

    Vale acrescentar: mesmo que a China continue comprando soja dos EUA, o relatório sugere que as compras seriam minimizadas a um patamar apenas necessário. Esse movimento reflete uma possível mudança no mercado global de soja, com o Brasil se consolidando como o principal fornecedor para o gigante asiático, deslocando a concorrência estadunidense.

    Entretanto, muitos analistas observam tal relatório com cautela alegando que os chineses não colocariam todos os ovos em uma só cesta, isto é, não gostariam de ficar dependentes somente de um mercado. Neste sentido, eles teriam a perspectiva de aumentar a produção interna ao mesmo tempo em que procurariam diversificar seus parceiros comerciais. De qualquer maneira, os próximos passos dos embates geopolíticos – e, consequentemente, comerciais – podem ajudar a firmar ainda mais a posição de liderança do complexo brasileiro da soja.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    O Brasil deve colher 147 milhões de toneladas de soja na safra 2023/24, projetou o Sistema Tempocampo, ligado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). O volume é 7,12% menor do que foi colhido na safra 2022/23. A produtividade deve ser de 54,29 sacas por hectare.

     

    Nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a queda de produtividade média estimada é de 17,3%, já que são as regiões produtoras mais afetadas pela redução na quantidade de chuvas, assim como por maiores períodos de seca com temperaturas elevadas. O semiárido nordestino também deve contribuir para tal queda por conta de menores chuvas e elevadas temperaturas nas primeiras semanas do ano, segundo o primeiro Boletim de Monitoramento Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de 2024, divulgado nesta quinta-feira (25/01).

     

    Acompanha-se com preocupação a evolução das chuvas para os próximos meses, esperando-se que não atrapalhe o progresso da colheita de soja e permita uma janela estável de plantio de milho. Se tais fatores climáticos continuarem sendo um desafio, há o risco de comprometimento das duas safras, o que pode gerar elevação nos preços de mercado, favorecendo os produtores.

     

    Especialista do Setor Henrique Pavan.

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A Conab espera uma safra recorde de soja para 2022/23, estimada em 154,6 milhões de toneladas, 23,1% ou 29 milhões de toneladas acima da safra anterior. Embora a estiagem deva derrubar a produção no Rio Grande do Sul, o Mato Grosso, maior produtor do país, espera uma colheita de 45,6 milhões de toneladas e o estado da Bahia deverá registrar a maior produtividade (4,020 mil Kg/há). Fruto de questões tecnológicas e climáticas favoráveis, o principal grão produzido no país deverá ter desempenho acima da média histórica.
    Entre janeiro e setembro, o Brasil exportou 87,2 milhões de toneladas de soja, de acordo com dados da Abiove. O resultado já é superior ao recorde de 2021, quando país embarcou 86,1 milhões de toneladas do grão. Segundo a ABIOVE, o país deverá exportar um recorde de 98,5 milhões de toneladas de soja em 2023, 1 milhão de toneladas acima da previsão de julho.
    Adicionalmente, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo federal estuda elevar a mistura obrigatória do biodiesel adicionado ao diesel para até 20% após a aprovação do Projeto de Lei “Combustível do Futuro” (PL 4516/23). Na prática, o projeto integra os compromissos de descarbonização dos programas RenovaBio, que visa ao aumento da produção nacional de biocombustíveis, e Rota 2030, que incentiva o setor automobilístico a investir em pesquisa e desenvolvimento como estratégia para redução de emissões.
    Em linhas gerais, o complexo da soja, seja em grãos ou seus derivados, segue com demanda aquecida, animando produtores e exportadores.

    Especialista do Setor Marcos Henrique


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O PIB do primeiro semestre surpreendeu os agentes do mercado e a agropecuária foi a grande responsável pelo desempenho positivo. A Agropecuária cresceu 18,8% em relação a igual período do ano anterior, de acordo com dados do IBGE. Este resultado pode ser explicado pelo bom desempenho de produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade.
    Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), a soja, principal cultivo, apresentou ganho de produtividade e crescimento expressivo na produção anual, estimada em 24,7%. Com exceção do arroz (-7,5%), outras culturas com safra relevante nesse trimestre também apontaram crescimento na produção anual e ganho de produtividade, como: milho (8,8%), fumo (3,0%) e mandioca (2,1%).
    Na mesma linha, a Conab espera uma safra recorde de soja para 2022/23, estimada em 154,6 milhões de toneladas, 23,1% ou 29 milhões de toneladas acima da safra anterior. Embora a estiagem deva derrubar a produção no Rio Grande do Sul, o Mato Grosso, maior produtor do país, espera uma colheita de 45,6 milhões de toneladas e o estado da Bahia deverá registrar a maior produtividade (4,020 mil Kg/há). Fruto de questões tecnológicas e climáticas favoráveis, o principal grão produzido no país deverá ter desempenho acima da média histórica.

    Analista Responsável Marcos Henrique


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A ANP aprovou recentemente resolução que permite importação de biodiesel pelo Brasil a partir de 2023. O setor produtivo brasileiro é contra a medida. Segundo as fabricantes, a abertura é mais um desestímulo à indústria nacional, que está com capacidade de produção ociosa devido aos cortes no percentual de mistura obrigatória nos últimos meses.

    A proposta regulamenta decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), de 2020, que já dizia que o novo modelo de comercialização, que substituiu os leilões a partir deste ano, não veda o uso de matéria-prima importada para a produção de biodiesel. A decisão também deixava aberta a possibilidade de a ANP autorizar, em caráter excepciona.

    Algumas processadoras brasileiras de soja interromperam temporariamente as atividades depois que as margens de esmagamento ficaram negativas, o que é reflexo da fraca demanda doméstica por biodiesel e dos altos estoques de óleo vegetal nos locais de produção. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) confirmou o movimento, afirmando que alguns de seus membros anteciparam paradas programadas para manutenção -que tradicionalmente acontecem no final do ano --uma vez que os preços do óleo de soja caíram e os valores da soja em grão permaneceram altos, achatando as margens das empresas.




    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Entrou em vigência no dia 1º de janeiro de 2022 o novo modelo de comercialização de biodiesel, atendendo à Resolução nº 14/2020 do Conselho Nacional de Pesquisa Energética, e regulamentado pela Resolução ANP n° 857/2021. O modelo substitui os antigos leilões de biodiesel. A partir de agora, os distribuidores devem informar e validar os contratos de fornecimento através do sistema SRD-Biodiesel da ANP. Segundo a agência, todos os acordos do primeiro período tiveram seu registro validado.

    Os contratos feitos por distribuidores de combustíveis com produtores de biodiesel totalizaram 1,3 bilhão de litros para o abastecimento no primeiro bimestre de 2022, de acordo com dados da ANP. O volume contratado é cerca de 50% superior à demanda estimada de biodiesel para o período e objetiva o atendimento do percentual de mistura obrigatória ao óleo diesel. Em nota, a ANP destaca que “a contratação acima da demanda estimada demonstra o sucesso do novo modelo de comercialização já no primeiro bimestre de sua vigência, com a adesão maciça dos distribuidores de combustíveis e dos produtores, garantindo o abastecimento ao consumidor final em todo o território nacional.”

    A proporção da mistura do biodiesel é uma decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), presidido pelo Ministério de Minas e Energia. Essa decisão variava a cada bimestre. No final de novembro, o conselho decidiu manter a proporção de 10%, em vigor no final do ano passado, para todo o ano de 2022.

    Especialista do Setor Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A ANP concluiu o 82º e último leilão de biodiesel com negociação de 1,07 bilhão de litros, atendendo a redução da mistura obrigatória de 13% para 10%. Essa foi a última rodada de comercialização do biocombustível organizada pela ANP e, a partir de 2022, o processo de venda será feito diretamente entre produtores e distribuidoras.

    O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) confirmou o fim dos leilões públicos e a transição, a partir de janeiro de 2022, para o modelo de venda direta, contrariando, assim, o que pediam as principais associações de produtores de biodiesel do país e a Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio). As entidades enviaram uma carta a diversos órgãos do governo com posicionamento contrário ao "estabelecimento de cotas ou de outros mecanismos de criação de mercados preferenciais para usinas de biodiesel por qualquer critério econômico" no novo modelo de comercialização. Atualmente, produtores de biodiesel de pequeno porte têm participação no sistema de venda do biocombustível garantida por lei, o que muitos criticam por ser uma “reserva de mercado com preços maiores que os de mercado.”

    Entidades do setor como Abiove, Aprobio e Ubrabio queriam mais tempo para resolução de questões tributárias, além de argumentarem que tal medida poderá encarecer os alimentos aos consumidores. De acordo com Donizete Tokarski, diretor superintendente da Ubrabio, os leilões, realizados sempre para o atendimento dos dois meses subsequentes à sua realização, traziam previsibilidade da demanda a que os produtores teriam que atender. Além disso, afirma que, sem essa previsão, o setor fica “no escuro” e a tendência é que os produtores de soja optem por exportar mais grãos do que reservá-los à indústria.

    Analista responsável Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A produção de soja no Brasil colocou o país como o principal player no que se refere a esse grão. A Conab, órgão responsável pela mensuração das safras no país, projeta safra de 133,8 milhões de toneladas na safra 2020/21, um incremento de 7,2% em comparação à safra passada; quanto à área plantada, a estimativa é de alta de 3,6% para 38,3 milhões de hectares. O que explica tal desempenho, do ponto de vista técnico é que “A partir de dezembro e durante janeiro houve a ocorrência de precipitações mais volumosas, propiciando condições mais adequadas para o encerramento do plantio nas diversas regiões, bem como a normalização no desenvolvimento das lavouras.”

    No que diz respeito às condições de oferta e demanda, destaca-se que os preços de dezembro passado ficaram cerca de 6,51% acima do registrado em janeiro do mesmo ano. A alta do mercado internacional tem como fundamento a forte demanda de soja para exportação nos Estados Unidos que originaram o menor estoque de passagem deste país desde a safra 2013/2014. Não coincidentemente, os preços CBOT chegaram a ser cotados a US$ 14,36/bu, o maior valor nominal desde 2014.

    A demanda externa também se manteve aquecida ao longo do ano passado, particularmente no que diz respeito às compras chinesas. As exportações de soja do Brasil em 2020 totalizaram 82,273 milhões de toneladas, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). De farelo, foram enviados ao exterior 16,850 milhões de toneladas em 2020, crescimento de 6,87% na comparação anual. Apenas a China foi responsável por 74% das compras, demanda que se intensificou após a reabertura da economia com o fim das paralisações impostas pela Covid-19.

    Desta forma, destaca-se que o Brasil, ao menos no que diz respeito ao campo, segue em ritmo acelerado, com projeções de safra recorde em geral e de alguns produtos em particular, como soja, milho e o setor pecuário. A demanda por combustíveis limpos também pressiona as cotações da soja e deve ser um mercado a ser ampliado e explorado nos próximos anos.

    Analista responsável Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Estudo publicado pela revista Science intitulado “As maças podres do agronegócio brasileiro”, concluiu que “cerca de 20% da soja e 17% da carne do Brasil exportada para a Europa podem ter origem em áreas “contaminadas por desmatamento ilegal”. A publicação foi divulgada exatamente quando empresários do mundo todo questionam o tratamento dispensado pelo país à Amazônia, particularmente no que se refere aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que acabaram derrubando do cargo a coordenadora responsável pelo monitoramento na região.

    A soja ainda se mantém como o destaque pelo aumento da exportação do setor. As vendas da oleaginosa subiram de US$ 3,53 bilhões em junho de 2019, para US$ 5,42 bilhões em junho de 2020, uma alta de 53,4% no período. Somente os embarques da soja em grãos chegou a 13,8 milhões de toneladas, sendo que a China foi o principal país responsável pela alta das vendas, ao adquirir 70% da soja brasileira no mês passado. Desta forma, o agronegócio aumentou a sua participação no total das exportações brasileiras de 44,4%, em junho de 2019, para 56,8% em igual mês deste ano, o que reforça o papel de destaque do setor no comércio exterior do Brasil.

    De olho na Amazônia e com exigências cada vez maiores em relação ao cuidado com o meio ambiente, o setor tem enfrentado sérios questionamentos, o que tem obrigado o país a dar explicações e se adequar às normas internacionais. Adicionalmente, a fala do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na reunião ministerial de 22 de abril, sobre “aproveitar a distração com o coronavírus e passar deixar passar a boiada” (em referência à flexibilização da legislação ambiental), tem aumentado a temperatura das críticas. 

    Na tentativa de restabelecer a imagem do país, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, tem se encontrado com empresários para ajustar o discurso e as práticas exigidas. Na contramão, o presidente Jair Bolsonaro, rebate o estudo da revista dizendo que “a Europa é uma seita ambiental” e a imprensa aproveita o contexto para atacá-lo. Assim, fica evidente que a crise instaurada no meio ambiente pode estar longe do fim e mesmo que seja a China a principal cliente da soja brasileira, os impactos sobre a imagem do país podem atingir diversos outros setores do agronegócio.

    Especialista do Setor Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A epidemia global de Covid-19 tem produzido efeitos negativos sobre toda economia, como já é de conhecimento público. O setor agropecuário, entretanto, com perspectiva de safra recorde esse ano, não deveria sofrer efeitos negativos intensos, dado que produz, em grande medida, alimentos, tido como essenciais pelas autoridades que vêm determinando a paralisação de diversos setores. Medidas restritivas que tem como objetivo o isolamento social, fecharam estradas e comércios em diversos estados, o que de acordo com a entidade que representa produtores de soja, vem pressionando os custos de frete para o setor. 

    "O mercado de frete está se ajustando, como tem caminhoneiro que não está querendo fazer rota longa, o preço do frete está subindo. Tem que escoar, o preço sobe mesmo, basicamente é isso que está acontecendo", disse André Nassar, presidente da Abiove. A despeito do aumento de custos, porém, não há falta de caminhões para transportar, o que não deve refletir em falta do produto, nem para demanda interna, nem para a externa que segue em ritmo firme. As projeções da Conab para o ciclo 2019/20, todavia, é estimada em 124,2 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 8% em relação ao último ciclo e novo recorde para a cultura.

    Do ponto de vista dos compradores do grão, processadoras chinesas de soja temem que o avanço do coronavírus por grandes países exportadores possam levar a uma nova escassez de oferta, com algumas plantas na maior compradora global da oleaginosa tendo de desacelerar operações. No primeiro bimestre do ano, houve um recuo de 13,3% na receita de exportação de soja, de acordo com os dados do MDIC e China segue sendo o principal cliente, tendo comprado 71% do produto brasileiro neste período. A despeito da conjuntura adversa, é cedo para compreender todos os efeitos do Covid-19 sobre as exportações, o que ficará mais claro com os resultados do mês de março.

    Especialista do Setor Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O USDA divulgou nesta sexta-feira (13/09) relatório de exportações de soja e, para surpresa e alívio do mercado ao mesmo tempo, houve um número expressivo de vendas da oleaginosa dos EUA para a China, o equivalente a 204 mil toneladas. Há uma clara percepção de que ambos os países estão a caminho de uma redução gradual no conflito comercial, o que tende a beneficiar todo o mercado. Dada a demanda do gigante asiático, as cotações da soja subir; os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 29,00 centavos ou 3,34% em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,95 1/2 por  bushel.

    Esse movimento de reaproximação não assusta o Brasil, ao contrário, a maior demanda chinesa pressiona os preços do grão, que melhora a receita dos produtores internos. No entanto, caso a guerra comercial entre ambos termine, o aumento da oferta global tem potencial para derrubar os preços impactando negativamente a receita dos exportadores.

    Por fim, destaca-se que, a expectativa dos produtores do grão é de que enquanto a guerra comercial se mantiver, o Brasil terá grandes oportunidades de exportação. Nesse sentido, a despeito da queda de 26% da participação chinesa nas compras da soja brasileira acumulada em 2019, esse país ainda é responsável por cerca de 75% da demanda e, caso não consiga firmar acordo com os EUA, deverá aumentar ainda mais suas compras no Brasil. O câmbio é outra variável importante que vem animando os produtores internos, pois a recente desvalorização observada, ainda que resultado do chamado “efeito contágio” em relação à Argentina, é de fundamental importância para os exportadores.

    Principais destinos da soja brasileira por receita – em % - Acumulado de Jan-Ago/2019

    Especialista do Setor: Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Com aumento de 22,2% no volume e 29,6% na receita, o complexo da soja (grão, farelo e óleo) atingiu o melhor resultado em exportações na história. Foram 102,09 milhões de toneladas ao todo, o que trouxe uma receita de US$ 40,963 bilhões; apenas em dezembro, o país exportou 5,878 milhões de toneladas, o que corresponde a uma alta de 91,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

    A soja em grão teve incremento de 23,1% na quantidade vendida, enquanto o farelo obteve alta de 19,2% e o óleo 9,7%. Principal produto nacional de exportação, o resultado positivo foi influenciado pela quebra de safra na Argentina, mas, sobretudo, pelo conflito comercial entre China e EUA, o que tem aumentado a demanda do país asiático por produtos brasileiros. Outro fator relevante no bom desempenho, foi a safra recorde da oleaginosa, que atingiu a marca de 120 milhões de toneladas no ano passado.

    Por outro lado, a safra de 2018/19 deve apresentar queda, de acordo com a Associação Brasileira de Exportadores de Soja (Aprosoja Brasil). A projeção de 110 a 115 milhões de toneladas se apoia na expectativa de forte estiagem nas principais regiões produtoras, o que tem diminuído o potencial produtivo nos últimos meses.

    Especialista do Setor Marcos Henrique.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    De maneira atípica, o Brasil pode se ver obrigado a importar um dos seus principais produtos, a soja. Diante do conflito comercial entre EUA e China, o país tem aumentado seus embarques atingindo recordes históricos, o que o fará importar o grão para dar conta da demanda interna. O grão americano, mais barato que o brasileiro em função da menor procura dos chineses, é a opção disponível para dar resolver o problema.

    Entretanto, variedades de sojas transgênicas ainda não tiveram seus registros devidamente aprovados para plantio e consumo no Brasil, o que pode impedir a importação. De acordo com autoridades sanitárias, existem cerca de 20 tipos de grãos modificados geneticamente aprovados nos EUA, com características que vão de tolerância a herbicidas à resistência a insetos. Já o Brasil, aprovou 16 tipos, com genes combinados ou simples.

    No entanto, a despeito das dificuldades protocolares com relação às legislações específicas, pode-se dizer que o Brasil tem sido beneficiado pela disputa entre os gigantes do comércio mundial, e isso pode trazer grandes vantagens no reposicionamento do país no curto e longo prazos.

    Especialista do Setor Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A Conab divulgou nesta semana seu 11º Levantamento da Safra de Grãos para 2017/18, revelando uma estimativa de produção de soja em torno de 228,6 milhões de toneladas. Trata-se de um ajuste em relação à estimativa anterior, que previa 50,7 mil toneladas a menos e, com isso, matem-se a expectativa do país alcançar a segunda maior safra da história, atrás apenas da anterior (2016/17).

    A área plantada, por sua vez, continua se expandindo e foi estimada em 61,7 milhões de hectares, um incremento de 1,3% em relação à safra passada. A soja, por seu turno, foi a cultura que teve a maior expansão na área plantada, saindo de 33,9 milhões de hectares para 35,2 milhões na safra atual. Grão de maior expressão na pauta de exportação brasileira, a soja continuará crescendo e certamente mantendo o protagonismo, sobretudo diante do conflito comercial entre EUA e China, o que pode aumentar a demanda pelo produto brasileiro.

    Na mesma linha, em estudo recente divulgado pelo Ministério da Agricultura, constata-se a expectativa de crescimento da safra de soja no Brasil em 30% nos próximos dez anos, o que significa colheita em torno de 302 milhões da oleaginosa na safra de 2027/28. A área plantada deverá crescer em torno de 13,3% no mesmo período, em grande medida nos estados do Centro Oeste (+ 28,2%), Norte (+ 23%) e Sul (+ 7,5%). Por fim, destaca-se que a China seguirá como a maior demandante, com participação em torno de 70% das vendas nacionais.

    Especialista do Setor  Marcos Henrique.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Principal produto da agricultura brasileira e de grande relevância mundial, a soja vem enfrentando dificuldades frente à incerteza quanto ao tabelamento dos fretes, medida estipulada após greve dos caminhoneiros no final de maio. Soma-se a isso o descasamento entre preços nacionais e internacionais, frente ao embate comercial entre os dois gigantes do comércio global, China e EUA.

    Essas dificuldades têm impedido a precificação adequada dos contratos futuros para a safra de 2018/19, pois enquanto caem as cotações na bolsa de Chicago, motivadas pela boa safra em seu respectivo país e redução das exportações para a China, no Brasil o prêmio de risco tem se elevado exatamente em função deste fato, ou seja, de que o país venha se beneficiar da disputa. No entanto, deve-se destacar que a principal razão para dificuldades na formação de preços encontra-se na tabela de fretes mínimos defendidas por entidades e empresas ligadas ao transporte rodoviário.

    De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), portanto, ligado ao maior estado produtor do país, até dia 06 de julho, as vendas de contratos antecipados aumentaram apenas 58,2 mil toneladas (+ 0,18%) em relação ao mês anterior. Destacam ainda que, até a abril, o ritmo de crescimento mensal das vendas era de 2 milhões de toneladas; as tradings, diante da incerteza quanto aos fretes e se a tabela realmente será aplicada, já estão efetuando negócios com preço acima do que foi combinado anteriormente.

    Especialista do Setor Marcos Henrique.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O resultado do PIB divulgado recentemente veio em linha com as expectativas de mercado   (+1,0%), em grande medida puxado pelo setor agrícola que, sozinho, cresceu 13,0% no ano. Apenas a safra de soja cresceu 19,4%, de acordo com cálculos do IBGE. O clima favorável, a frequente expansão da área plantada e os ganhos de produtividade, são fatores que contribuem para expectativas de bons resultados em 2018.

    Nesse sentido, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), em seu 6º levantamento da safra 2017/18 traz perspectivas positivas para a safra de diversos grãos, em especial a soja. Em linhas gerais, é estimada expansão de 3,4% na área plantada da oleaginosa, um incremento de 1,1 milhão de hectares. Além disso, estima-se uma colheita de 113 milhões de toneladas de soja para 2018 e uma produtividade média de 3.225 kg/ha, sempre crescente. Junto com algodão, essas são as safras mais rentáveis e de maior liquidez, portanto, influenciam totalmente a expansão da área de colheita.

    Por fim, destaca-se a importância crescente do setor agrícola no PIB brasileiro desde o início da década passada. Embora neste ano a estimativa para produção de grãos seja mais baixa que a observada em 2017 (- 4,9%), estima-se a segunda maior safra da história brasileira.

    Especialista do Setor Marcos Henrique.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ontem, 10 de outubro, o primeiro levantamento da safra 2017/18. A estimativa de intenção de plantio para a próxima safra de grãos é resultado de pesquisa feita pela Conab nos principais centros produtores de grãos do país, entre 24 e 29 de setembro e aponta uma redução na produção.

    De acordo com a Conab, a produção de grãos da safra 2017/18 será entre 224,1 a 228,2 milhões de toneladas e sofrerá, portanto, uma queda entre 6 e 4,3% com relação à safra 2016/17, que teve resultado recorde ao produzir 238,5 milhões de toneladas. Esta supersafra foi resultado de condições climáticas altamente favoráveis à produção de grãos e que dificilmente se repetirão. Portanto, a queda da produção é, além de esperada pelos players do setor agrícola, compreensível.

    A área plantada deve ser mantida, ou sofrer elevação de até 1,8% frente à safra 2016/17, o que significa que a queda na produção será consequência da redução da produtividade média para quase todas as culturas.

    Entre as culturas, o relatório destaca o aumento da área plantada para soja, tanto pela maior liquidez que esta vem oferecendo aos produtores, como pela sua possibilidade de maior rentabilidade, dada a recuperação dos preços internacionais observada em 2017. A Lafis projeta leve acréscimo para a produção de soja em 2018, cerca de 1,3%, e o desempenho do setor continuará em alta, com crescimento das exportações brasileiras e faturamento nominal de 7,9% em relação a 2017. De acordo com a Conab, a produção de soja e milho deverão corresponder à 89% do total da produção agrícola na próxima safra.

    Por fim, entre os impactos de uma redução significativa da produção na safra agrícola de 2017/18 está o aumento do preço dos grãos, que consequentemente elevará o faturamento do setor, que pode beneficiar-se ainda mais caso o câmbio se mantenha desvalorizado. A Lafis apresenta uma perspectiva mais neutra para a produção total de grãos em 2018, com perspectivas de estabilidade na produção, e um aumento do faturamento do setor de aproximadamente 2,0%. 

    Especialista do Setor: Beatriz Araujo.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Em 2016 a safra de soja era esperada acima do volume apresentado em 2015, o que seria mais um recorde quebrado na produção do grão desde o início da década. No entanto, com os problemas climáticos enfrentados em 2016 a produção de grãos, em especial o milho e a soja, despencou, o que deverá impactar negativamente a produção em 2017.

    A quebra da safra em 2016 trouxe um problema que deve se tornar ainda maior, o aumento nível de endividamento dos produtores, que não conseguiram recursos suficientes para pagar o crédito agrícola tomado no início desde ano. A expectativa é de que a incapacidade de pagamento das dívidas deverá comprometer o aumento do plantio em 2017, reduzindo a área plantada e a produção. 

    Assim, a safra de soja em 2017 deverá apresentar recuperação em comparação com 2016, mas o potencial de aumento da produção será menor que o esperado em junho, o que deverá impactar o faturamento do setor. 


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A safra da soja vem apresentando crescimento continuo desde 2013, dado os preços vantajosos observados no período e a continuidade do bom patamar de demanda por alimentos da China. No entanto, em 2016 a safra de Soja pode apresentar queda após 3 anos seguidos de alta. 

    A queda deverá ser ocasionada pelos problemas climáticos enfrentados nos grandes estados produtores, principalmente no Mato Grosso, que não só enfrentou um período de seca no período de plantio, mas um período de fortes chuvas no desenvolvimento e colheita dos grãos.  

    Assim, o faturamento da soja poderá ser fortemente afetado por essa queda, que ainda deverá ser confirmado pelo IBGE e Conab nos próximos meses. Mesmo com a demanda chinesa, a queda deverá impactar o faturamento do setor.

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A produção da Soja no Brasil é o grande destaque na safra de grãos desde a década passada, seja devido à posição de destaque na oferta mundial do grão ou dado o grande aumento de produtividade. No entanto, mesmo com esse aumento de produtividade, a produção de soja cada vez mais se torna menos rentável.

    Os principais fatores que tornam as safras de soja menos rentáveis são o próprio aumento dos custos na compra de fertilizantes, dado a desvalorização do real, e a queda nos preços internacionais da commodity. A queda nos preços internacionais está fortemente relacionada com o aumento da produção da soja no Brasil e perspectivas positivas da safra Norte-Americana. Outro fator de risco é a instabilidade da economia chinesa – maior comprador de soja brasileira -, que passa por uma transição do seu modelo de crescimento econômico.

    Assim, mesmo com o aumento da produção brasileira, o faturamento do setor deverá ficar prejudicado para as safras seguintes a 2016, com o forte risco da produção de soja parar de apresentar taxas positivas de crescimento a partir de 2018.

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A primeira soja transgênica nacional chegará ao mercado brasileiro no segundo semestre deste ano. O produto foi totalmente desenvolvido no país, do laboratório à comercialização. O início da venda só será possível porque a União Européia, importadora do produto (Grão), deu o aval à entrada dessa soja nos países do bloco.

    Fruto de uma parceria entre a Embrapa e a Basf, iniciada em 1996, o sistema de produção Cultivance combina cultivares de soja geneticamente modificada ao uso de herbicidas para o controle de plantas daninhas de folhas largas.

    Desde 2009 esse tipo de grão já havia sido liberado para o uso no Brasil, no entanto, a comercialização do mesmo ainda era restrita, pois o setor aguardava a liberação de paises como Japão, Estados Unidos, China e da própria União Européia, que é extremamente restrita com relação ao uso de transgênicos. Com isso o setor poderá utilizar um tipo de semente que é mais rentável para a produção da cultura, melhorando a produtividade do setor.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A sombra de uma crise que quebrou muitos produtores de soja de Mato Grosso há uma década voltou a cobrir o Estado, apesar de a maioria deles estar capitalizada após pelo menos quatro safras de lucros expressivos. É com essa expectativa que parte dos sojicultores estão se preparando para o início do plantio na temporada de 2014/15, em meados de setembro.

    As margens estão ficando cada vez menores, tendo em vista diversos fatores estruturais, como o encarecimento dos preços das sementes - que hoje são, quase que exclusivamente, transgênicas, que sempre foram mais caras -, da dependência das importações de fertilizantes e dos gargalos logísticos, além dos fatores conjunturais, como o preço da commodity no mercado internacional, que tem a perspectiva de cair ainda mais, devido a grande produção no Brasil e Estados Unidos, nas safras 2014/15 e 2015/16.

    O futuro do setor de Soja começa a se tornar mais incerto, principalmente a partir de 2016, tendo em vista que a decisão de plantio para 2015 já foi praticamente tomada pela maioria dos produtores do Brasil, já que a queda na rentabilidade tende a aumentar em 2015 mas a se acentuar na safra de 2016. Essa queda na rentabilidade poderá afetar o faturamento do setor, que vem apresentando recordes desde 2012.

    Analista do Setor de Soja: Ricardo Quirino Theodoro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou investimentos de R$ 500 milhões até 2015 na construção e reforma de silos, visando ampliar a estrutura e a capacidade de armazenamento público. Espera-se que o investimento leve a uma expansão em cerca de 43% da capacidade de estocagem, saindo dos atuais 1,96 milhão para cerca de 2,81 milhões de toneladas.

    O montante será direcionado à construção de 10 novas unidades e reforma de outras 80. A determinação, feita pela própria presidente, Dilma Roussef, é aumentar a capacidade estatal em regiões-chave do ponto de vista logístico, visando acelerar o escoamento da produção agrícola no território nacional. As reformas devem ampliar em 34 mil toneladas a capacidade de armazenamento dos Estados do Nordeste. Tal investimento visa complementar o Plano Safra 2013/14, que disponibilizou R$ 5 bilhões para o financiamento da construção de silos privados.

    Essa decisão ocorre diante dos problemas gritantes de armazenamento e logística apresentados na última safra. De fato, a baixa capacidade de armazenagem acentuou as deficiências logísticas e reduziu consideravelmente a rentabilidade da supersafra de 2013. Além disso, foi constrangedor o abastecimento insatisfatório dos estados do Nordeste durante a seca no início do ano, por falta de estrutura para acomodar os produtos. 

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Será construída uma ferrovia que irá ligar o município de Maracaju (MS) ao município da Lapa (PR), percorrendo uma extensão de mais de mil quilômetros. Pertencente ao Programa de Investimentos em Logística (PIL), o empreendimento demandará cerca de R$ 9 bilhões em investimentoss

    Tal ferrovia trará grande ganho logística para a Região Centro-Sul, maior produtora de soja do país, ligando-a  ao Porto de Paranaguá (PR), fazendo conexão com a Ferrovia Norte-Sul (FNS) e com a Hidrovia Tietê-Paraná, além de trazer grande impulso ao desenvolvimento tanto para o Paraguai, para o Paraná, quanto para o Mato Grosso do Sul.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A Valor da Logística Integrada (VLI),  empresa pertencente ao Grupo Vale responsável pela execução do conceito de logística integrada formado por mina, ferrovia e porto, anunciou que irá investir, entre 2013 e 2017, cerca de  R$ 9 bilhões em portos e ferrovias, além da construção de três armazéns.

    O plano é adaptar e expandir o conceito de logística integrada para o transporte de carga geral e não mais exclusivamente para a exploração de minério de ferro. Com isso, a Vale espera ampliar seus negócios em transporte de grãos, especialmente a soja.  

    Tal estratégia da Vale deverá se refletir favoravelmente nos custos do setor agrícola nos próximos anos ao facilitar o escoamento dos produtos. Atualmente, os preços dos fretes tem sido pressionados pela demanda gerada pela safra recorde de grãos e pelo reajuste dos preços do diesel, chegando a atingir alta de 60%, em algumas regiões. De fato, as deficiências na logística e transporte e armazenamento tem provocado perdas que chegaram a R$ 1 bilhão de janeiro a maio de 2013, segundo estimativas do Imea-MT. 

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A nova fronteira agrícola do Brasil, conhecida como "Mapito" englobando Maranhão, Piauí e Tocantins, continua sendo destino de investimentos no setor agropecuário. A Algar Agro inaugurará, em junho deste ano, uma planta de refino e envase de óleo de soja no Maranhão, parte de um conjunto de investimento de R$ 100 milhões. Ainda dentro deste aporte, está prevista a construção de três armazéns, um no Maranhão e dois no Tocantins.

    As expectativas da empresa são de que até 2014, as duas fábricas de refino da empresa (a já existente e a que será inaugurada em junho) trabalharem com plena capacidade ocupada. Além disto, estas unidades possuem ganhos logísticos importantes por se localizarem à beira da ferrovia Norte-Sul. A prioridade da empresa é atender o mercado regional através do óleo de soja para consumo humano; no entanto entrar no setor de biodiesel não está descartado.

    A região fronteiriça dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, é a nova vedete na produção agrícola nacional. Além de boa produtividade, a região conta com um mercado consumidor crescente, caso a produção se destine ao mercado interno; ou proximidade com portos do Nordeste, o que facilitaria as exportações para mercados como o europeu. A cultura da soja pode se aproveitar para expandir ainda mais a produção.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    As regiões leste e nordeste do estado de Mato Grosso poderão se tornar protagonistas da nova fronteira agrícola da soja brasileira. A expansão da plantação da oleaginosa sobre pastagens degradadas poderá, no médio prazo, consolidar o Brasil como segundo maior produtor do mundo, quiçá primeiro.

    O avanço da soja não significa o desaparecimento da pecuária; pelo contrário, pode implicar em maior integração entre lavoura e pecuária. O esgotamento dos pastos e o consequente avanço da oleaginosa tende a ser benéfico, na medida em que ajuda a recuperar o solo, mantendo a produção de carnes na região.

    Esta nova fronteira agrícola abre a possibilidade do Brasil se reafirmar como importante ator no mercado mundial de soja e seus derivados. No entanto, as dificuldades logísticas que a região enfrenta eleva os custos e diminui as margens, o que pode desestimular novos aportes. É crucial que estes problemas sejam solucionados para que o país mantenha sua competitividade no cenário internacional.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A Caramuru Alimentos, uma das maiores empresas nacionais de grãos, está aportando R$ 80 milhões para aumentar em 60% sua capacidade de processamento de grãos de soja para a fabricação de farelo e óleo de soja (para uso convencional e biodiesel). Quando estiver finalizado, o investimento poderá criar 200 empregos diretos e até 1.000 postos de trabalho indiretos.

    Esta ampliação se soma a outros investimentos que o grupo está realizando desde o final de 2010 e poderá ampliar a capacidade de processamento da empresa dos atuais 1,23 milhões de toneladas para aproximadamente 2 milhões de toneladas por ano. Esta expansão visa, principalmente, ampliar a produção de farelo, utilizado nas rações para bovinos, que poderá encontrar demanda na própria região em que a fábrica está localizada - médio-norte do Mato Grosso.

    As perspectivas de aumento do rebanho bovino brasileiro e da utilização do biodiesel como combustível pode estimular aportes de empresas, tanto nacionais como estrangeiras, no aumento da suas capacidades de processamento. Estes aumentos podem gerar expansões nos faturamentos destas empresas, beneficiando a economia regional e, consequentemente, a nacional.    


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    Parceira firmada entre indústrias nacionais, empresas de sementes e produtores rurais criaram o projeto "Programa Soja Livre" com o objetivo de que nas próximas duas safras metade das mesmas seja produzida com soja convencional, isto é, não modificadas geneticamente. O montante do investimento gira em torno de R$ 1 milhão.

     A iniciativa contará com áreas que serão utilizadas para demonstração, concentradas em 13 cidades pólo do Estado de Mato Grosso (maior produtor nacional de soja). No total serão cultivados 24 campos com 18 opções de sementes. Após a experiência, o produtor terá a opção ou não de ampliar sua área cultivada com a soja convencional.

     A tentativa de reduzir a dependência de fornecedores multinacionais de sementes e de diminuir a presença de plantações de soja com sementes transgênicas, estimada em 80% na atual safra, tende a incrementar as vendas para o exterior de grãos convencionais, pois, algumas regiões como a União Européia e o Japão são fortes demandantes deste produto. Também deverá haver um bônus de R$ 2,00 por saca de soja convencional que o produtor que entregar à indústria como forma de incentivar ainda mais este cultivo.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O USDA, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, divulgou no seu relatório de 1º de abril as expectativas de plantio da safra 2009/10 dos produtores americanos. De acordo com o levantamento ouve alocação de área projetada entre os principais grãos.
     Com isso, a área projetada para a soja ficou acima das estimativas anteriores, atingindo um total de 30,8 milhões de hectares, um recorde para o grão. Porém, a estimativa apontou para uma queda na área do milho e do trigo.
     O resultado do relatório provocou uma reviravolta nos preços negociados na CBOT (Chicago Board Of  Trade) favorecendo para alta dos grãos. O avanço da soja sobre as demais culturas é reflexo de expectativa de preços maiores, como podemos observar nos contratos futuros de terceira posição. No fundo, os produtores americanos perceberam um quebra de safra nos principais concorrentes no mercado global: Argentina e Brasil.