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    O Grupo Heineken está expandindo sua presença no mercado de bebidas não alcoólicas no Brasil, com foco em alternativas saudáveis e premium. O segmento de bebidas não alcoólicas tem registrado crescimento consistente, com destaque para as opções com menor teor de açúcar e ingredientes naturais. De acordo com a Euromonitor, o mercado global de bebidas não alcoólicas deve crescer 5,3% ao ano até 2027, impulsionado por essas tendências. No Brasil, a Nielsen aponta que as bebidas funcionais e premium já representam 14% das vendas totais de bebidas não alcoólicas em 2023.

    Em resposta a essas tendências, a Heineken lançou as marcas Fys e Clash’d, com características que as diferenciam no mercado. Fys é um refrigerante com 50% menos açúcar do que a média do mercado e oferece sabores exclusivos como Limão Siciliano e Guaraná da Amazônia. Já Clash’d, uma bebida premium, é produzida com 40% de suco de fruta e passa por um processo de produção exclusivo, o método Brewing, utilizado também na fabricação de suas cervejas. A marca se destaca, também, por combinações como maçã golden e capim limão, buscando atender a um público adulto em busca de produtos mais refinados.

    Com relação ao futuro, a Heineken vê o mercado de refrigerantes premium como uma área promissora, alinhada à demanda crescente por produtos mais saudáveis. As marcas Fys e Clash’d estão posicionadas para atender esse novo perfil de consumidor, que busca um estilo de vida equilibrado e maior transparência nos ingredientes. Além de campanhas publicitárias e parcerias com influenciadores, o Grupo está investindo em eventos para promover essas marcas e educar o público sobre os benefícios e diferenciais de seus produtos frente às opções tradicionais do mercado.

    Analista Responsável Thais Virga


    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em colaboração com a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR), recém lançou, em Brasília/ DF, o Anuário de Bebidas Não Alcoólicas 2024; o qual que compila dados coletados em 2023 pela Secretaria de Defesa Agropecuária. O secretário Carlos Goulart destacou que o anuário reflete o sucesso das políticas públicas em fomentar o setor, evidenciando o compromisso do Governo Federal com a cadeia produtiva e a sustentabilidade.

    A publicação fornece informações detalhadas sobre registros de estabelecimentos e produtos, incluindo números sobre exportações, importações, e a geração de empregos no setor de bebidas não alcoólicas. Goulart enfatizou a importância das regulamentações e fiscalizações para assegurar que os produtos atendam aos padrões de qualidade e segurança exigidos, enquanto Victor Bicca, presidente da ABIR, ressaltou o impacto econômico do setor.

    Segundo mais recentes dados divulgados, em 2023, foram registrados 35.534 produtos na categoria de água de coco, sucos e polpas de fruta, com 24.222 registros de polpa de frutas, 10.515 de sucos e 797 de água de coco. A média nacional foi de 15,6 registros por estabelecimento. Já na categoria de chás prontos e refrigerantes, contabilizou-se 24.386 registros, com uma média de 20 por estabelecimento, demonstrando a diversidade e a riqueza do setor.

    O anuário também revela que, em 2023, foram declarados mais de 29 bilhões de litros de bebidas não alcoólicas, com a região Sudeste liderando a produção. O setor é crucial para a geração de empregos, com a fabricação de sucos e refrigerantes criando 21.158 e 51.198 empregos diretos, respectivamente. Por fim, todas as regiões do Brasil registraram aumento no estoque de empregos no setor, consolidando sua relevância econômica.

    Especialista do Setor Thais Virga

     


    Conforme atentado anteriormente pela Lafis, o mercado de bebidas e drinks sem álcool vem mostrando resultados positivos no mundo, e, particularmente, no Brasil, evidenciando perspectivas positivas aos próximos anos. Impulsionado, sobretudo, pelo crescente interesse de clientes por hábitos saudáveis, ultimamente, vem ocorrendo um aumento significativo na procura por bebidas não alcoólicas em bares e restaurantes.

    Segundo recente estudo da Datassential, uma plataforma de pesquisa dos Estados Unidos focada em alimentação e bebidas, a oferta dos chamados "mocktails"  (nome dado aos drinks sem álcool) teve um aumento surpreendente de 223% nos menus de estabelecimentos em todo o mundo nos últimos quatro anos. No Brasil, tal tendência vem se espalhando em diferentes estabelecimentos. Por exemplo, no Bar Gráfico, localizado em Belo Horizonte, os clientes têm a oportunidade de escolher entre diversas opções de drinks sem álcool, após solicitação dos clientes para que testassem os próprios drinks e misturas oferecidos pelo bar tradicionalmente, mas nas versões sem álcool e mais inovadoras; potivando, portanto, a ampliação do menu.

    Há perspectivas quanto à continuidade desse movimento em 2024 e próximos anos, fato corroborado pelo Líder de Conteúdo e Inteligência na Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), José Eduardo Camargo, o qual destaca que: "Os clientes estão cada vez mais interessados em escolhas de bebidas que promovam o bem-estar. Além disso, pessoas que não podem consumir álcool por motivos diversos, como aqueles que estão dirigindo, muitas vezes desejam desfrutar de uma bebida que proporcione a mesma experiência dos coquetéis ou das cervejas", afirma.

    Em outro estudo conduzido pela consultoria IWSR, foi verificado que a maioria dos consumidores que escolhem bebidas não alcoólicas em estabelecimentos como bares e restaurantes o fazem por questões de saúde (52%), seguido: por aqueles que desejam diminuir o consumo de álcool (47%); e, os que acreditam que as opções sem álcool atualmente disponíveis já proporcionam uma experiência satisfatória (31%), não havendo necessidade de incluir álcool. Enfim, explicitando oportunidades à indústria de todo o setor de soft drinks no Brasil, ressaltam-se, como principais tendências atuais de mercado, os segmentos de mocktails, águas aromatizadas, cervejas sem álcool, e, combinações de sucos de frutas (quanto mas orgânicos e naturais, melhor) com especiarias; uma vez que esses vêm sendo os principais produtos requeridos pelos consumidores no país.

     Analista Responsável Thais Virga


    Chamados “Mocktails” — consistindo, em essência e basicamente em uma mistura de sabores para a produção de drinks sem álcool, assim como o consumo de cervejas também zero álcool, são a nova tendência em bares e coquetelaria em todo o mundo; e que, não diferente, também no Brasil. De acordo com recentes matérias do Estadão, bares do país vêm renovando os cardápios com bebidas e drinks sem álcool, objetivando atrair mais jovens, em linha à preferências da chamada geração Z[1] por mocktails; em linha a alterações desse e outros públicos quanto ao consumo de bebidas alcóolicas em uma conjuntura de crescentes preocupações com a saúde.

    Segundo entrevistados pela matéria, para Edgar Bueno - fundador da Companhia Tradicional do Comércio (detentoda de marcas de bares como: Astor e SubAstor; Original; e, Pirajá), há pouco tempo atrás não se imaginava no setor de soft drinks, a criação de bares com carteiras exclusivas de bebidas e drinks não alcoólicos. Entretanto, atualmente, e devido a mudanças pós pandemia do Covid-19; além da transformação geracional dos clientes, tal movimento vem mostrando-se, cada vez mais, uma realidade. Segundo o executivo,

    “Não tem como não olhar para esse público, seja o vegano, o vegetariano e o não alcoólico, são tendências que, por efeito de preservação, nós precisamos olhar”, afirmou. “Não basta ter apenas uma opção para o cliente, você precisa dar mais opções para ele. Isso já faz parte do nosso dia a dia no menu.”

    Já Mikaela Paim — diretora de marketing e inovação na Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel); especialista em bebidas alcoólicas e charutos; e também entrevistada pelo Estadão — atenta que as gerações mais novas procuram por maior saudabilidade dos alimentos e bebidas, sem passarem por “condenações” de amigos por não beberem álcool.

    Por fim e também evidenciando boas oportunidades à produção industrial de soft drinks, ressalta-se que tais consumidores mostram-se mais dispostos a pagar por bebidas mais elaboradas mesmo não alcoólicas, a exemplo dos mocktails, cervejas zero e outros “soft drinks” como, por exemplo, o Baer-Mate, destacando-se como uma das bebidas preferidas de jovens, por exemplo, na capital paulista. A saber, de aparência líquida e recipiente que lembra a uma garrafa de cerveja do tipo “long neck”, o cha mate gaseificado é feito 100% sem adição de álcool, açúcar e conservantes; e o estado de São Paulo vem se tornando, recentemente, um dos principais mercados operados pela empresa.

     Analista Responsável Thais Virga



    Ainda que em menor intensidade quando comparamos com o ano anterior, as pressões inflacionárias continuaram presentes na economia brasileira em 2023, principalmente, ainda puxado por problemas em algumas cadeias produtivas ao redor do mundo. O setor de bebidas continuou tendo que arcar com a elevação de preços o que pressionou os custos refletindo nos preços aos consumidores finais.

    A saber, conforme últimos dados consolidados e divulgados, o IPP (Índice de Preço ao Produtor) para a fabricação de bebidas apresentou crescimento de 11,87% entre janeiro e novembro de 2023 ante o mesmo período de 2022. Estes aumentos nos custos para produção de bebidas refletiram nos IPCA relacionados ao setor de soft drinks, como segue:

        IPCA de Suco de Frutas: 10,57% de janeiro a dezembro de 2023 ante 2022;

        o IPCA de Bebidas e Infusões apresentou aumento de 5,66%;

        o IPCA de Refrigerantes e Água Mineral cresceu 9,88%; e,

        o IPCA de Refrigerantes e Água Mineral fora do domicílio mostrou crescimento de 5,89% em 2023.

    Importante destacar de um lado, que, o aumento de preços dos softs drinks, e, em especial, os de maior valor como energéticos, chás prontos e outros no mercado pode deslocar a demanda desses produtos para outros (bebidas de menor valor, além de outros itens alimentícios). Por outro lado, a subida de preços das bebidas não alcoólicas tende a favorecer o faturamento setorial.

    Analista Responsável Thais Virga


    Ainda que em menor intensidade quando comparamos com o ano anterior, as pressões inflacionárias continuam presentes na economia brasileira em 2023, principalmente, ainda puxado por problemas em algumas cadeias produtivas ao redor do mundo. O setor de bebidas continuou tendo que arcar com a elevação de preços o que pressionou os custos refletindo nos preços aos consumidores finais.

    O IPP (Índice de Preço ao Produtor) para a fabricação de bebidas apresentou crescimento de 12,85% entre janeiro e setembro de 2023 ante o mesmo período de 2022, Estes aumentos nos custos para produção de bebidas continuam refletindo nos preços aos consumidores (IPCA relacionados ao setor de soft drinks), com dados até outubro e da seguinte forma:

    ·    IPCA de Suco de Frutas: 11,7% nos primeiros dez meses de 2023 (jan-out) ante o mesmo período de 2022; enquanto, na mesma base comparativa,

    ·     o IPCA de Bebidas e Infusões vem apresentando aumento de 6,42%;

    ·     o IPCA de Refrigerantes e Água Mineral cresceu 10,2%; e,

    ·     o IPCA de Refrigerantes e Água Mineral fora do domicílio vem expandindo cerca de 6,2% em 2023.

     

    Analista Responsável Thais Virga

     


    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    O mercado de Soft Drinks pode ter um novo vetor de crescimento: o segmento de bebidas energéticas. As possibilidades relacionadas a esse segmento ampliaram-se à medida que os consumidores passaram a demandar mais produtos energéticos e o seu consumo passou a ser mais trivial no dia-dia da população.

    Os apelos para aumentar o consumo do produto envolvem desde a sua “função original”, que é aumentar o estado de alerta e melhorar a concentração do usuário, por conta da cafeína, passando pela necessidade de ingestão de vitaminas e minerais, sem adição de açúcares e funcionalidades ligadas ao sistema nervoso e ao cérebro.

    Analisando esse segmento de mercado no Brasil, podemos perceber uma mudança até mesmo no perfil do consumidor que faz uso do produto. Usualmente, o consumo de bebidas energéticas sempre esteve ligado aos jovens, contudo a vida mais corrida e estressante tem feito com que um público desse estilo de vida passasse a ingerir o produto devido aos efeitos da cafeína.

    Ademais, no território nacional, tem diminuído a percepção sobre a artificialidade do produto, mesmo porque os fabricantes trouxeram maior atenção a esse aspecto e têm adicionado nas formulações dos energéticos sucos de frutas, o que pode aumentar o apelo pela busca de melhoria no bem-estar.

    Embora Europa, Ásia e Pacífico sejam as regiões no qual tem havido o maior lançamento de produtos, a China e os Estados Unidos são ainda os maiores mercados globais no segmento. O Brasil tem um potencial elevado, dada a disponibilidade de frutas, o que traz o apelo de menor artificialidade e um mercado consumidor extremamente amplo.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    A composição do setor de bebidas não alcoólicas (soft drinks) aponta para os refrigerantes como um dos destaques do setor, seja pelo elevado consumo, seja pelo alto valor agregado que eles possuem. No entanto, o setor vem sofrendo mudanças radicais na última década.

    O consumo de refrigerantes no período caiu aproximadamente 20% entre 2012 e 2022, este último ano estimado. O setor que havia vivido um boom em virtude do aumento da renda da população e, por conseguinte, uma maior demanda por refrigerantes, viu o consumo começar a cair. O motivo? Preocupações com a saúde.

    Diante desse movimento, os grandes players do setor estão se movimentando para recuperar os consumidores perdidos. Dentre as medidas adotadas estão a mudança na composição do produto (menos açúcares e gorduras), menores tamanhos nas embalagens (para se consumir menos) e aquisição de marcas menores que já nasceram com apelo a produtos saudáveis. 

    A preocupação com a saúde tem provocado uma migração do consumo para outros produtos do setor como bebidas à base de coco ou de soja, que possuem um apelo maior às questões da saúde. Caso esse movimento se mantenha, os refrigerantes estarão na berlinda por um tempo maior.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    A Ciência Econômica como parte das Ciências Humanas Aplicadas pode ser dividida em duas grandes áreas: microeconomia e macroeconomia. A microeconomia, de maneira bastante simplificada estuda o comportamento individual dos agentes econômicos (consumidor e firma); a macroeconomia estuda a agregação de todos os entes. Vulgarmente falando: a microeconomia é como se fosse cada célula do nosso corpo; a macroeconomia é o somatório destas células, ou seja, é o próprio corpo humano.

    Dito isto, o setor de Soft Drinks deverá continuar a ser impactado em 2022 pelos desajustes macroeconômicos da economia brasileira, principalmente a inflação. Para compreender como isto poderá se dar, lançaremos mão de um instrumental microeconômico.

    O aumento nos preços (inflação) pode se refletir no setor de duas maneiras principais: uma redução na demanda por bebidas não alcoólicas ou uma mudança de demanda por produtos do setor mais barato (efeito substituição). Ambos os fatores devem afetar negativamente o faturamento do setor.

    No primeiro caso, queda na demanda per se, a redução no consumo diminuiria as vendas; caso a redução nas vendas seja superior à variação nos preços dos produtos, o faturamento cairia. No segundo caso, o efeito substituição, dependerá em linhas gerais do quando o aumento do consumo dos produtos de menor preço será superior à variação do preço. Em suma: em ambas as situações, dependerá da elasticidade-preço da demanda.

    Diante disto, a Lafis projeta que 2022 será difícil para o setor de bebidas não alcoólicas tanto no espectro conjuntural, mencionados acima, como por fatores estruturais como por exemplo preocupações com a saúde (queda na demanda por refrigerantes, principalmente). 

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    O setor de bebidas não alcoólicas vem passando por transformações drásticas nos últimos anos. A crescente preocupação com a saúde tem feito com que as pessoas mudem seus hábitos de consumo, preferindo bebidas mais saudáveis em detrimento daquelas com maiores quantidades de açúcares, por exemplo. Mais recentemente, a inflação também tem provocado alterações na demanda, com busca maior por produtos com menores preços.

    O que tem sido mais determinante para esta mudança: a saúde ou o bolso?

    Podemos afirmar que ao longo do tempo, ou seja, no longo horizonte, a saúde. O consumidor moderno, do século XXI é cada vez mais preocupado com questões ambientais e de saúde; portanto os padrões de consumo têm se modificado em direção de produtos que tenham menores danos à saúde, como refrigerantes sem açúcares, sucos naturais e, principalmente, água mineral.

    Já as questões financeiras têm ganhado relevância maior a medida em que a inflação volta ao noticiário econômico. Com a corrosão do poder de compra dos consumidores, principalmente, das classes mais baixas aliado a uma taxa de desemprego elevada, faz com que a demanda por produtos mais baratos – água mineral – aumente.

    Portanto, a Lafis acredita que para os próximos anos, a inversão de consumo no Brasil se mantenha: cada vez mais cresça o consumo de água mineral e diminua o consumo de refrigerantes.

    Analista Responsável Marcelo Balloti

    Ao leitor mais desatento com análise setorial, unir saúde, impostos e o setor de soft drinks parece fazer pouco sentido. No entanto, quando aprofundamos a avaliação entre estas três variáveis, percebemos como elas estão imbricadas entre si e que uma análise completa do setor passa por entender a relação entre saúde e política tributária.

    O setor de bebidas não alcoólicas, em especial a categoria de refrigerantes, é constantemente criticada pela quantidade de açúcares existentes na sua composição e como isto interfere, de maneira negativa, na saúde dos seus consumidores. Embora o setor tenha buscado inovar e utilizar outras formas de açúcares na sua composição em busca de tornar seus produtos mais saudáveis, isto não tem sido suficiente.

    O dilema público com relação à tal questão pode ser resolvido, pelo menos em partes, através da tributação destes produtos; e isto pode ser ruim para a indústria de bebidas alcoólicas. Pesquisas apontam que a maioria dos brasileiros são a favor de uma carga tributária maior sobre bebidas açucaradas bem como são favoráveis à eliminação de incentivos fiscais para estes produtos.

    No momento em que o país discute uma reforma tributária, o aumento nos impostos e redução nas isenções fiscais ao setor podem ser atraentes para o Estado brasileiro que busca aumentar a arrecadação; ademais poderia melhorar a imagem do governo perante a sociedade em termos de políticas públicas relacionadas à saúde. Quem não estaria satisfeita, no entanto, seria a indústria de bebidas não alcoólicas que teriam seus custos e a demanda por seus produtos afetadas de maneira negativa. 

    Analista responsável Marcelo Balloti Monteiro

    As preocupações com a saúde têm apresentado crescimento significativo na sociedade brasileira nos últimos anos. No setor de bebidas não alcoólicas isto pode ser percebido pela queda expressiva na produção e no consumo per capita: em 2011, a produção de refrigerantes era em torno de 16,8 bilhões de litros e consumo per capita de 87,2 litros por ano; em 2019 (último dado disponível), a produção foi de 12,7 bilhões de litros e consumo per capita de 60,2 litros por ano.

    A queda tanto na produção como no consumo de refrigerantes é contrabalanceada pelo aumento significativo na produção e consumo de água mineral. A produção de água mineral quase que dobrou entre 2011 e 2019 (6,5 bilhões de litros para 12,1 bilhões); já o consumo per capita que era 39,2 litros por ano passou a ser 57,4 litros por ano.

    Os hábitos mais saudáveis da população não se restringiram a apenas aumentar o consumo de água mineral; a produção e o consumo de néctares e sucos prontos apresentaram expressiva expansão no período. Enquanto em 2011 produzia-se no país 743,8 milhões de litros e consumia-se, per capita, 3,9 litros por ano, em 2019 foi produzido 1,8 bilhão de litros e o consumo por habitante foi de 8,6 litros por ano.

    Analisando a produção total de bebidas não alcoólicas no Brasil, o crescimento entre os anos de 2011 e 2019 é marginal se comparado ao crescimento na produção de água mineral e néctares e sucos prontos – 30,2 bilhões para 32,1 bilhões. Isto denota um efeito substituição das pessoas, partindo para aquelas bebidas mais saudáveis em detrimento dos refrigerantes.

    A indústria de refrigerantes precisará se adequar à nova demanda dos consumidores. Ela já vem procurando atender essas novas necessidades, com refrigerantes com menos açúcar – usando a Stevia no lugar dos açúcares por exemplo. Resta saber, se tais mudanças cairão no gosto dos consumidores.

    Analista Responsável Marcelo Balloti Monteiro

    De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, a produção de bebidas não alcoólicas (soft drinks), que agrega toda a fabricação de soft drinks no País, apresentou de janeiro a setembro de 2020 uma queda de 5,8% em relação ao mesmo período de 2019. Nessa mesma comparação, a produção de bebidas geral apresentou uma queda de 3,5%, menos intensa pois a produção de bebidas alcoólicas foi menor (-1,5%).

    Em setembro, a produção das soft drinks apresentou um crescimento de 12,1% em relação a setembro de 2019, o terceiro resultado positivo nesta comparação e acima das expectativas da Lafis, indicando uma retomada mais forte e consistente da produção de bebidas não alcóolicas no país.

    O resultado positivo do terceiro trimestre deve-se ao impacto positivo do prolongamento do Auxílio Emergencial, que promoveu uma garantia de renda a uma parcela expressiva da população brasileira, o que contribuiu para minimizar os efeitos da crise sobre o consumo das famílias brasileiras.

    As perspectivas para último trimestre são positivas. Devido ao prolongamento da pandemia, o varejo está apostando num crescimento do varejo alimentar no Natal de 2020, o que inclui as bebidas não alcóolicas, tendo em vista que os consumidores deverão reduzir os gastos com viagens, o que poderá levar a uma ampliação do dispêndio com a ceia e festas do final do ano.

    Especialista do Setor Laís Soares.

    De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, a produção de bebidas não alcoólicas, que agrega toda a fabricação de soft drinks no País, apresentou de janeiro a março de 2020 uma queda de 3,9% em relação ao mesmo período de 2019. Nessa mesma comparação, a produção de bebidas, de modo geral, apresentou uma queda de 4,3%, puxada pela queda ainda mais intensa em bebidas alcoólicas, que caiu 4,7%. O desempenho do segmento foi pior que a indústria de transformação, uma vez que, nesse mesmo período essa apresentou uma queda menos intensa de 0,4%.

    O resultado negativo deveu-se à queda intensa da produção industrial no mês de março, diante das paralisações devido ao avanço da pandemia do Covid-19 no País. Até fevereiro, a produção de bebidas não alcóolicas apresentava uma trajetória positiva, com um crescimento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2019.

    Em março de 2020, o resultado representou uma queda de 16,1% em relação a março de 2019. Essa queda foi semelhante à observada no mês de maio de 2018, quando a produção do segmento chegou a registrar uma queda de 16,3% em relação à igual mês do ano anterior.

    A partir das perspectivas da Lafis para a economia ao longo de 2020, e os resultados já observados até o início de abril deste ano, espera-se uma queda de 4,5% na produção de soft drinks no País, atingindo cerca de 25,3 bilhões de litros. A estimativa leva em consideração uma queda expressiva do consumo de bebidas fora do domicílio, mas também uma redução no consumo dentro do lar, tendo em vista a perspectiva de queda da renda das famílias em 2020, o que deve levar a um comportamento de maior cautela pela maior parte das famílias brasileiras, privilegiando o consumo de itens essenciais e substituindo a compra de bebidas prontas por sucos naturais elaborados a partir das frutas in natura ou sucos em pó, ou até mesmo água filtrada.


    Analista do Setor Laís Soares.

    Os indicadores econômicos já divulgados sobre o primeiro semestre de 2019 não deixam dúvidas que a economia brasileira ainda patina diante da crise econômica que se instalou no país desde meados de 2014, o consumo das famílias segue pressionado pela elevado desemprego, aumento da subutilização da mão de obra, e a crescente cautela enquanto a tão esperada retomada da economia demora a chegar.

    O Indicador Movimento do Comércio, da Boa Vista, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, no acumulado em 12 meses, indicou que a variação acumulada em 12 meses até julho na atividade de "Supermercados, Alimentos e Bebidas" na série sem ajuste, foi de 1,2%.

    Contudo, mesmo neste cenário, a fabricação de bebidas alcoólicas, que inclui a produção de cervejas no País, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, no primeiro semestre de 2019 apresentou um crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, a produção de bebidas não alcoólicas, que inclui os refrigerantes e água, apresentou uma variação de 3%.

    De acordo com os resultados do 2° trimestre de 2019 da Ambev, a empresa registrou no Brasil um aumento de 2,9% no volume de vendas de cerveja e uma alta de 5,6% entre os refrigerantes, acima da média do mercado. O relatório destacou que as vendas de cerveja da empresa tiveram um crescimento expressivo nas regiões Norte e Nordeste do Brasil no período, levando a companhia a ganhar participação de mercado nessas regiões.

    Assim, a respeito do setor bebidas no Brasil em 2019, a Lafis estima que as grandes multinacionais do setor vêm ganhando participação no mercado de bebidas em relação as pequenas e médias fabricantes regionais, uma vez que, têm investido fortemente em inovações, atualizando constantemente seu portfólio de produtos para satisfazer o cliente.

    Especialista do Setor  Laís Soares

    De acordo com um estudo realizado pela Nielsen sobre o consumo de bebidas não alcóolicas no País, a tendência de conquista de hábitos mais saudáveis de consumo, assim como a queda no rendimento médio das famílias têm alterado o padrão de consumo de bebidas no País.

    A categoria refrigerante é a que mais têm sofrido, pela substituição da bebida por refresco em só, suco pronto ou natural feito em casa. A pesquisa mostrou que numa cesta de onze bebidas, apenas três categorias mantém crescimento: água mineral, água de coco e chá pronto para beber.

    Os consumidores têm buscado mais promoções, embalagens econômicas ou marcas mais baratas. Assim, as fabricantes têm elevado as opções para oferecer alternativas mais baratas, como a garrafa retornável ou conjuntos de garrafas e latas com preços mais atrativos. Neste cenário, as marcas líderes têm elevado sua participação de mercado, pois conseguem se adaptar melhor que as menores ao cenário de crise.

    Analista Responsável pelo Setor: Laís Soares


    As grandes indústrias que produzem suco de laranja no País, predominantemente destinado ao mercado externo, querem ampliar as vendas do produto integral (sem adição de água ou açúcar), no mercado interno, através de uma desoneração que reduza o preço final do produto.

    Apesar do resultado positivo das exportações do suco de laranja no acumulado do ano até abril, em que houve um crescimento em volume de 19%, ante o mesmo período de 2014 - dada a demanda crescente dos Estados Unidos, tendo em vista a safra menor da Flórida - estudos têm mostrado que o consumo do suco nos países desenvolvidos está diminuindo, e sofre com a substituição por outras bebidas de menor custo.

    Por isso, a preocupação dessas empresas em aumentar o consumo do suco no mercado doméstico, pois vêem um alto potencial de crescimento no mercado brasileiro, já que o consumo per capita de sucos integrais de frutas ainda é de aproximadamente 0,8 litro por ano, sendo que nos EUA esse já alcançou 18 litros. No Brasil, os refrescos e néctares, entre outros, são fortes concorrentes do suco de laranja integral, dada a arraigada "cultura do espremedor".

    As empresas esperam a aprovação, ainda que tardia de um projeto de desoneração do suco de laranja 100% proposto pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR). Esta não consiste em uma desoneração total, mas apenas no último elo da cadeia. O objetivo é isentar de PIS e Cofins as vendas das engarrafadoras aos varejistas - a alíquota é de 7,65% -, além de ICMS. De forma que o suco de laranja seja tratado como o alimento saudável e que tenha o mesmo tratamento tributário de produtos da cesta básica enquadrados na Lei 10.925, de 2004. O projeto já foi apresentado nos Ministérios da Agricultura, da Fazenda, na Câmara e no Senado.

    Analista Responsável pelo Setor: Laís Cristina Soares


    A Louis Dreyfus Commodities, uma das maiores empresas exportadora de suco de laranja brasileiro, anunciou esta semana a suspensão da produção da bebida em sua fábrica no município de Engenheiro Coelho, interior de São Paulo, nesta safra 2014/15. No Estado, a companhia ainda processa laranja para a produção de suco nas cidades de Bebedouro e Matão. 

    A subsidiária brasileira da múlti francesa informou que "reajustou suas operações de processamento de laranja" na unidade em questão - "em linha com a estimativa de redução na produção de laranja no período" [safra 2014/15] -, que a medida visa "adequar a estrutura" de suas operações de sucos "ao momento atual do mercado" e que a suspensão poderá ser revista caso o cenário se altere.

    A ação da empresa, está inserida na atual conjuntura do setor, que percebe a queda do consumo mundial do suco nos últimos anos, apesar da pequena reação em 2013. Além disso, confere se como uma estratégia parte de uma reestruturação que busca conferir maior produtividade na fabricação do suco no estado. 


    m novo decreto do Estado do Rio de Janeiro estabeleceu benefícios fiscais de ICMS a indústrias de suco natural. Pela nova norma, o imposto será reduzido a 2% nas vendas internas e interestaduais, através do mecanismo de créditos presumidos.

    As empresas do setor ainda poderão adiar o pagamento do ICMS incidente nas compras de ativo imobilizado no exterior ou no próprio Estado. Caso a aquisição seja feita em outro Estado, a companhia fica liberada do recolhimento do diferencial de alíquotas devido nas operações interestaduais. Esse diferencial equivale à alíquota interna menos a alíquota interestadual do ICMS. No entanto, o pagamento do imposto na compra de ativo imobilizado só será adiado, no caso de importação, se o desembaraço for feito por meio dos portos e aeroportos fluminenses.

    A nova medida de incentivo, de que trata o Decreto nº 44.607, aprovada esta semana, estará em vigor por 25 anos. Tendo em vista que o benefício incentiva os investimentos das empresas do setor, outros Estados podem seguir o exemplo do Rio de Janeiro na concessão do benefício tributário para conter a migração das empresas.

    A união entre Camil Alimentos, Cosan e a Gávea Investimentos poderá dar origem a uma gigante do mercado de alimentos. A nova empresa deverá ser composta por 30% de participação da Gávea Investimentos, 12% da Cosan e o restante ficará com a Camil. Pela associação, a Cosan deverá receber algo entre R$ 300 e R$ 400 milhões. O valor de mercado da nova companhia está previsto para ser algo próximo a R$ 3 bilhões.

    A associação entre as duas empresas (mais um fundo de investimento) reunirá, sob a tutela de uma única empresa, marcas de peso nos mercados de arroz, pescados e açúcar onde, Camil e Cosan, respectivamente, possuem grande fatia do mercado. Ademais, os ganhos previstos inicialmente com a sinergia das operações (principalmente com fretes, marketing e créditos fiscais) aproximam-se de R$ 50 milhões por ano.

    A inclusão de grande contingente populacional no ambiente urbano, principalmente em regiões da Ásia, África e América Latina, tende a aumentar consideravelmente a demanda mundial por alimentos. O Brasil é um importante player na produção agrícola e pode aproveitar desse aquecimento na procura por alimentos. A criação de gigantes neste nicho, pode reforçar a posição brasileira no mercado internacional.


    A norte americana General Mills, proprietária da marca de sorvetes Häagen-Dazs no Brasil, anunciou a aquisição da produtora brasileira de alimentos Yoki por aproximadamente R$ 1,75 bilhões mais R$ 200 milhões em dívidas da empresa. A conclusão do negócio deverá ser realizada ainda em 2012.

    A General Mills acredita que a adição da empresa brasileira ao seu portfólio poderá dobrar suas vendas na América Latina atingindo valores próximos à US$ 1 bilhão. Para tanto, a empresa buscará fortalecer marcas fortes do grupo como Yoki e Kitano além da expansão das marcas norte americanas do grupo, bem como a introdução de novos produtos no mercado brasileiro.

    A investida da General Mills corrobora com a perspectiva de crescimento do setor nacional de alimentos nos médio e longo prazos. Os ganhos salariais que as classes C/D/E vem auferindo nos últimos anos somada à busca por diversificação da cesta de consumo deste extrato social, tende a garantir bons retornos a este setor.


    O uso do fungicida Derosal (carbendazim) foi o motivo para os Estados Unidos barrarem as importações do suco de laranja brasileiro. A aplicação deste defensivo agrícola é comum na produção brasileira e é utilizada para combater a chamada "pinta preta" no fruto, sendo cultivada dentro dos limites estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

    Os Estados Unidos são um dos principais mercados das exportações brasileiras, representando cerca de 15% do destino da produção. O uso deste tipo de fungicida é aceito na Europa, Japão e Canadá entre as frutas cítricas e nos próprios Estados Unidos para o cultivo de maçãs. A denúncia do uso do produto nas laranjas foi feita pela Coca Cola, uma das maiores engarrafadoras do suco no mundo, porém há discussões sobre os níveis baixos encontrados nas amostras analisadas, sendo irrelevante a preocupação com a saúde em relação ao consumo do produto.

    A Coca Cola já pronunciou que não irá retirar as mercadorias dos pontos de vendas, enquanto que a FDA pretende realizar esta ação. O anúncio deste problema causou movimentação na cotação do fruto, atingindo taxas recordes, mas voltando a estabilidade no dia seguinte.


    Foi divulgado relatório final da OMC com relação às barreiras comerciais norte-americanas impostas sobre as importações de suco de laranja pelo país. A OMC considerou que o método de cálculo utilizado pelos americanos para estimar a margem de dumping (quando os preços de determinado produto exportado é inferior aos preços de mercado) nas importações de suco de laranja brasileiro é "incompatível" com o acordo antidumping, violando portanto, as leis do comércio internacional. 

    O Brasil contestou essa forma de cálculo, o zeroing, que desconsidera os preços das exportações brasileiras feitas por valor superior ao praticado nos EUA. Assim, não há compensação nos preços dos produtos exportados cujo valor é inferior ao praticado no mercado americano o que infla a margem de dumping calculada.

    Essa decisão final favorece consideravelmente os produtores e processadores nacionais, uma vez que os Estados Unidos se constituem como um dos maiores mercados consumidores do suco brasileiro e, atualmente, a competitividade do suco nacional é prejudicada pelas altas tarifas de importação e das tarifas antidumping incidentes sobre o preço do produto.

    Brasil e Estados Unidos, juntos, são responsáveis por 91% da produção global e 93% das exportações totais de suco de laranja, sendo São Paulo e Flórida os principais pólos produtores. Quase a totalidade do suco brasileiro é destinada à exportação e um dos principais destinos é o mercado americano; portanto, a produção dos dois países concorre diretamente. Assim, visando reservar o seu mercado aos produtores americanos, a adoção de medidas protecionistas no setor é um problema antigo enfrentado pelos exportadores brasileiros, cuja performance é extremamente dependente do cenário externo.

    Foi anunciada em maio de 2010, a fusão entre a Citrosuco, do Grupo Fischer, e a Citrovita, do Grupo Votorantim, criando a maior processadora de laranja do mundo. Caso a fusão seja aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), a empresa terá 25% de participação no mercado mundial de suco de laranja e faturamento anual em torno de R$ 2 bilhões. Entretanto, a legislação brasileira exige que atos de concentração, como compra ou fusão de empresas com faturamento superior a R$ 400 milhões (ou participação de mercado acima de 20%) sejam aprovados pelo CADE, com base em pareceres da SEAE (Secretaria de Acompanhamento Econômico) do Ministério da Fazenda e da SDE (Secretaria de Direito Econômico), ligada ao Ministério da Justiça.

    Dito isto, a SEAE emitiu parecer, em 30/03, recomendando a fusão. Segundo a secretaria, a transação não provocará prejuízos à concorrência no mercado de laranja in natura nem no de suco de laranja congelado. Vale ressaltar que falta, ainda, o parecer da SDE e, por fim, a aprovação do CADE para a criação da empresa.

    Na etapa de processamento, o setor é fortemente concentrado em quatro grandes players, a saber, a Cutrale, Grupo Fischer (Citrosuco), Louis Dreyfus  e o Grupo Votorantim (Citrovita) - na ordem por volume processado. Com a fusão, a Citrosuco e a Citrovita ocuparão o primeiro lugar nesse ranking, com participação entre 40% e 45% ao passo em que a Cutrale figuraria na segunda posição, sendo responsável por cerca 35% do processamento. Esses quatro produtores e exportadores de suco cítricos compõem a CitrusBR, que foi fundada em junho de 2009 com a finalidade de defender os interesses coletivos dos exportadores de cítricos em escala nacional e internacional.

    Sob os auspícios da Secretaria de Agricultura de São Paulo, os representantes dos citricultores do estado e as grandes indústrias processadoras de laranja assinaram o protocolo de intenções que cria o Consecitrus. O conselho, a exemplo do que acontece no Consecana do setor sucroalcooleiro, reunirá representantes das indústrias e dos produtores e terá como objetivo primordial estabelecer um mecanismo de referência para os preços da laranja, o que certamente trará benefícios para o setor.

    A criação do Consecitrus responde a um anseio antigo desses agentes. Por um lado, o citricultor está sujeito a uma série necessidades, entre elas, a de proteção contra riscos de mudanças climáticas e incidência de pragas e a de financiamento, em virtude do descompasso existente entre o custeio da safra e os seus recebíveis. Por outro lado, a indústria, que adquire de produtores independentes cerca de 65% das frutas que processa, não tem garantia de oferta, tanto em volume quanto em qualidade, uma vez que não participa do processo produtivo. Além desses fatores, o aspecto crucial diz respeito à necessidade de parâmetros para os preços no fornecimento da laranja, uma vez que o suco da fruta é negociado como commodity e, portanto, está sujeito às oscilações do mercado internacional.

    Recentes mudanças no mercado de suco de laranja, com a demanda pelo produto mais retraída, deixaram evidente a necessidade da criação do conselho, num esforço conjunto de tornar o produto mais competitivo diante de seus substitutos diretos. A maior capacidade de investimento da indústria poderá favorecer o desenvolvimento de novas técnicas e maior controle de questões fitossanitárias, aumentando a produtividade das lavouras e tornando o suco de laranja mais atrativo no mercado externo.


    Após adquirir três empresas gaúchas do setor alimentício, quais sejam, Mu-Mu, Wallerius e Neugebauer, a Vonpar, franqueada da Coca-Cola e distribuidora do portfólio Femsa no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, criou sua Divisão de Alimentos, marcando o início da diversificação dos segmentos de atuação da organização.

    O novo braço da organização já nasce internacionalizado, pois tanto a Wallerius e a Neugebauer têm presença em mais de 30 países. As três unidades produtivas empregarão mais de 1.000 funcionários e totalizarão um faturamento de aproximadamente R$ 300 milhões.

    Tal estratégia de diversificação mostrou-se bem sucedida no caso da PepsiCo., que ingressou no segmento de salgadinhos (Elma Chips e Lucky), achocolatados (Toddy e Toddynho), bebidas esportivas (Gatorade e Propel), pescados (Coqueiro) e água de coco (Trop Coco e Kero Coco). Por usufruírem redes de distribuição similares e por poderem compartilhar alguns insumos, é possível a ocorrência de ganhos de sinergia, com significativa redução de custos.