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    Em processo de recuperação judicial desde março de 2021, com o mesmo não tendo sido bem sucedido, a Chocolates Pan acabou pedindo falência em fevereiro de 2023. À época, a empresa tinha dívidas de cerca de R$ 260 milhões e empregava 52 funcionários. A termos de comparação, entre as décadas de 1960 e 1980, a Pan chegou a ter mais de 200 funcionários. Criada em 1935, em São Caetano do Sul (ABC Paulista) a Pan, então,manteve-se funcionando até 2023, sendo que, o prédio onde eram fabricados os principais produtos da Pan acabou sendo leiloado já no fim de 2023; sendo arrematado pela Cacau Show.

    No último dia 06 de março de 2024, a marca de chocolates Pan foi vendida, em certame de leilão iniciado a alguns meses, à empresa Real Solar, de Goianinha, no Rio Grande do Norte. Após uma disputa final entre doze empresas, e, com um lance vencedor de R$ 3,7 milhões, a Real Solar — empresa ligada ao segmento de energia fotovoltaica, venceu o leilão das 37 marcas da Chocolate Pan, tradicional fabricante de doces como o Cigarrinho de Chocolate, o Chocolápis e as Moedas de Chocolate. De acordo com Erick Teles, leiloeiro oficial: “A empresa vencedora terá a chance de explorar o enorme potencial dessa marca tão tradicional e querida pelos brasileiros. Agora o resultado depende de aprovação do juiz”.

    Já sob o ponto de vista do administrador judicial da falência da marca Pan, Fábio Rodrigues Garcia (da ARJ Administração e Consultoria Empresarial), o leilão foi relevante ao processo de falência da empresa, na quitação de suas dívidas. O mesmo atenta que:

    “O valor arrecadado vai ajudar a quitar parte das dívidas com os credores, especialmente vamos conseguir quitar todos os débitos com os funcionários. Além disso, o leilão vai possibilitar que a marca Pan retorne ao mercado, com uma nova gestão, uma nova proposta, gerando mais emprego e renda”, diz.

    O setor de snacks, destacando-se tanto biscoitos, quanto chocolates, vem apresentando crescimento nos últimos anos, mas, sobretudo, mais recentemente no País; uma vez que brasileiros vêm consumindo cada vez mais snacks, inclusive substituindo refeições com ingredientes in natura (em um contexto, até 2022, influenciado pela expansão do desemprego e da inflação no último ano). Mesmo passando a um melhor cenário macroeconômico do Brasil a partir de 2023 (recuo do desemprego e dos índices inflacionários), o consumo e as vendas de snacks continuaram expandindo, com a Lafis estimando boas perspectivas ao setor a partir de 2024. Considerando a agregação de valores nos produtos do setor, a Lafis continua vislumbrando, assim, um crescimento consistente do setor de snacks – chocolates e biscoitos também nos médio e longo prazos.

     Analista Responsável Thais Virga


    A Justiça de São Paulo recém anunciou a definição de data para o leilão das marcas da Pan (Produtos Alimentícios Nacionais) para 29 de janeiro deste ano. Fundada em 1935, em São Caetano do Sul / Grande São Paulo, a empresa fabricava e comercializava produtos bastante consumidos no Brasil, destacando-se chocolates com formatos de cigarrinhos, moedinhas, guarda-chuvas e lápis.

    Recordando, a Pan chegou a 2023 com dívidas avaliadas em R$ 260 milhões, solicitando (e obtendo logo posteriormente) sua falência decretada nesse mesmo ano. Dois movimentos  de destaque ocorridos no referido ano se destacaram.

    Primeiramente, no mês de setembro/2023, a Pan vendeu o imóvel ocupado pela empresa para a Cacau Show através de leilão, com essa última pagando R$ 71 milhões pela fábrica de chocolates com 10.432 m², localizada no bairro Santa Paula, em São Caetano do Sul/SP. Já no mês seguinte, outubro, um perito indicado pela Justiça paulista, e, conforme o jornal Metrópoles, informou que as marcas da Pan haviam sido avaliadas em R$ 27,5 milhões; além de mostrar qu o faturamento estimado da Pan em cinco anos girava fora de R$ 51 milhões.

    Convém, por fim, sublinhar que o ambiente de concorrência brasileiro do mercado de balas e chocolate apesar de caracterizar-se como acirrado devido, em especial, às baixas barreiras de entrada do setor, e, tecnologias de produção facilmente assimiladas pelas empresas, vem apresentando movimentações interessantes de concentração mais recentemente.

    Particularmente quanto ao segmento de chocololates, esse mercado no Brasil vem assumindo uma característica mais concentrada, uma vez que, praticamente a concorrência envolve duas corporações, a Nestlé e a Mondelez, que tentam conservar a margem de lucro por meio de preços mais baixos, além do lançamento de novidades (um chocolate misturado com novo sabor, ou novos produtos adicionando ingredientes regionais naturais ou sem açúcar e veganos, por exemplo). Outra empresa que vem buscando ampliar, crescentemente, sua participação dentre as maiores produtoras de chocolates do País, é a Cacau Show. Essa última também tem ampliado linhas de produtos tanto a preços competitivos, como mais especializados em termos de chocolates mais saudáveis, como com mais opções sem açúcar ou lactose, por exemplo.

     Analista Responsável Thais Virga


    No último dia 21 de setembro e segundo noticiado no jornal Valor Econômico, a Harald – fabricante de coberturas e chocolates para segmentos especializados – anuciou investimento da ordem de R$ 200 milhões em uma nova fábrica de chocolate no interior de São Paulo, especificamente, em Santana do Parnaíba no interior do Estado, cuja “nova” unidade localiza-se, exatamente, no mesmo complexo de uma planta já existente da empresa, após migração das atividades da antiga unidade da Harald em Marília.
    A construção de uma nova e mais ampla e tecnológica unidade   justifica-se pela tendência de crescimento setorial, como reforçado pelo CEO da Harald, Sérgio Tango, ao Valor. Destaca-se que, com o investimento anunciado e realizado pela holding japonesa Grupo Fuji Oil, da qual a Harald faz parte desde 2015, a empresa objetiva duplicar a capacidade de produção nos próximos cinco anos (2024 – 2028), visando tanto o atendimento das recém-iniciadas operações de varejo, quanto as vendas para as indústrias alimentícias. Segundo o CEO, “O Brasil é um grande desafio sempre, porém somos muito otimistas em relação ao nosso setor. Há a tendência de crescimento e por isso trouxemos uma nova fábrica com tecnologia de ponta”.
    Mediante avanços no portfólio de produtos em que atua, já contando com 15 tipos diferentes de produtos, a Harald destaca itens como o chocolate granulado com 70% de cacau, e a cobertura de caramelo, estimando uma expansão da rentabilidade e da receita da empresa, em, ao menos, 10% em 2023.
    Sublinha-se que o investimento anunciado pela Harald ocorre alinhado a um movimento de aumento da  produção de chocolates no primeiro trimestre no ano (+ 9,8% comparado ao mesmo trimestre de 2022), para 219 mil toneladas, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria do Chocolate, Amendoim e Balas (Abicab), levantados pela consultoria KPMG. Também a balança comercial no segmento de chocolates vem apresentando superávits.
    Sergio Tango reforçou que o mercado brasileiro tem espaço para se expandir em razão de um  consumo de chocolates per capita ainda baixo do brasileiro, comparado a habitantes de outros países do mundo. No Brasil tal consumo gira em torno de 3,6 kg/ano em média, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, essa ultrapassa 7,0 kg/ano por pessoa).  A proposta da Harald, segundo o executivo, é fornecer produtos profissionais “que sejam acessíveis” ao restante da população. “Com a pandemia e a questão do desemprego, muita gente viu o chocolate como renda extra. Nossos produtos são usados para trabalhar seus próprios bolos, seu brigadeiro, e isso faz com que nosso volume cresça especialmente entre os itens mais comuns”, destaca Tango.

    Analista Responsável Thais Virga


    Em recente levantamento divulgado no último dia 24 de julho, a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) — a qual reúne marcas como Camil, Nestlé e Bauducco, evidencia que a volta aos escritórios fez o consumo de biscoitos e bolachas aumentar no Brasil. 
    De acordo com o estudo, 79% dos entrevistados respondeu que prefere consumir esses produtos do setor de snacks durante o trabalho, com aproximadamente 80% dos adultos afirmando consumir algum tipo de biscoito diaria ou semanalmente O presidente-executivo da Abimapi, Claudio Zanão destaca que:
    - Durante a pandemia, com os escritórios fechados, perdemos um momento importante de consumo - que é justamente aquele lanchinho durante as horas de trabalho ou em trânsito. Em 2022, com o avanço da vacinação, a categoria atingiu um crescimento de 21% em valor de vendas, alcançando R$ 29 bilhões em faturamento e 1,5 milhão de toneladas em volume de vendas.

    Ainda ressaltando a questão sobre a preferência do consumo devido à versatilidade desse tipo de snack, Zanão diz que: "Encontramos em diversos tipos e em embalagens com gramaturas diferentes - para as mais variadas ocasiões de consumo. É uma ótima opção de lanche para o trabalho por ser um produto prático". Outras informações de interesse setorial apontadas pelo novo levantamento da Abimapi, são que: 
    1 - 19% das mulheres e 18% dos homens também consomem biscoito enquanto assistem à televisão.

    2 -Quanto ao tipo do produto - doce ou salgado - a preferência se altera conforme a faixa etária: no geral, mais da metade diz gostar das duas opções, com o biscoito doce sendo mais popular para 68% dos brasileiros com idade entre 18 e 39 anos. 

    3- Com relação ao momento do dia onde há maior consumo desses snacks, a pesquisa também mostra que os intervalos entre as refeições e no café da manhã constam entre os horários preferidos ao consumo.

    Conforme última atualização setorial da Lafis (em maio/23), estima-se que o faturamento da indústria, especificamente de biscoitos, cresça 6,4% em 2023, seguida de bons crescimentos a partir do médio prazo.

    Analista Responsável Thais Virga


    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    O ambiente de concorrência brasileiro do mercado de snacks em geral - incluindo balas, biscoitos e chocolates é bastante acirrado devido, em especial, às baixas barreiras de entrada do setor. No caso dos chocolates, além da construção e manutenção de uma marca confiável, não há muitos obstáculos para uma empresa comece a fabricá-los – a tecnologia é facilmente assimilada pelas empresas. Apesar disso, o mercado de chocolates no Brasil assumiu uma característica mais concentrada, pois praticamente a concorrência envolve duas corporações, a Nestlé e a Mondelez, que tentam conservar a margem de lucro por meio de preços mais baixos, além do lançamento de novidades (um chocolate misturado com novo sabor, por exemplo).
    Atenta-se que tal concentração no segmento de chocolates pode se ampliar ainda mais, a partir do atual contexto: no último dia 07 de junho de 2023, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) finalmente aprovou a compra da Garoto pela Nestlé, colocando fim a um processo de reviravoltas, entraves e diversos desdobramentos que já se arrastava por mais de duas décadas. Processo o qual, mais do que isso, também se caracterizou como um marco no direito da concorrência no Brasil, e, particularmente, nesse órgão antitruste. Com a recente aprovação, a Nestlé pode, já de curto à médio prazos, ultrapassar o share da Mondelez no Brasil.
    A saber, a discussão do caso dessa aquisição já vinha se arrastando desde 2002 , e apesar de períodos de maior disposição por um consenso entre as duas empresas - Nestlé e Garoto - em alguns momentos em todo esse período, até então, não houve condições negociadas a respeito do que poderia ser cedido por cada uma das partes para encerrar o litígio. Mas, tal consenso e o próprio caso agora chegaram. Segundo apontado pelo Valor Econômico, e de acordo com as aprovações dadas pelos conselheiros do Cade, "as empresas se comprometem a encerrar a ação judicial que questiona a deliberação anterior da autarquia". Também, outros compromissos firmados com o órgão foram:
    1. A obrigação de não aquisição de ativos de concorrentes, por cinco anos, que representem, conjuntamente, participação de mercado, medida pelo faturamento no ano anterior à cada operação, igual ou superior a 5% do mercado de chocolates;

    2. As empresas, por sete anos, deverão: comunicar ao Cade operações que não necessariamente precisariam ser comunicadas pelos critérios da lei, além de não poderem, pelo mesmo período, participar de quaisquer ações com o objetivo de elevar tributos de importação, dificultar o livre comércio internacional de chocolates ou criar barreiras ilícitas que prejudiquem a entrada de novas empresas no mercado; 

    3. E, por exemplo, que sejam mantidos os investimentos na fábrica da Garoto em Vila Velha no Estado do Espírito Santo (ES), sendo que uma empresa independente irá acompanhar o cumprimento das cláusulas do acordo.
    Por fim, ademais da potencial expansão do market share da multinacional Nestlé no mercado de chocolates no Brasil nos próximos anos com o encerramento desse julgamento histórico no Cade, sublinha-se que na última atualização setorial, a Lafis alterou marginalmente para cima as perspectivas setoriais do setor de snacks em virtude da consolidação de alguns dados. Em linhas gerais, o setor deve apresentar crescimento acima da economia nacional, com maior expansão para o setor de chocolates do que no setor de biscoitos, uma vez que no primeiro, há maiores possibilidades de agregação de valores do que no segundo. 
    Além de uma tendência de ampliação do portfólio de snacks mais saudáveis (snacks funcionais, nutritivo, veganos ou plant-based, com menos açúcares e gorduras, por exemplo), quanto ao segmentos dos chocolates, destaca-se um aumento da demanda interna e externa por chocolates mais artesanais e com maior percentuais de cacau do que açúcar. Explicitando oportunidades, ressalta-se o avanço da bioeconomia pautada por parcerias que valorizem o território e as culturas locais por indústrias chocolateiras locais e regionais com o lançamento de novos produtos e, inclusive, de maior valor agregado; e, crescentes produção e vendas de chocolates do tipo "bean to bar", ou " “do grão (do cacau) à barra”.

    Analista Responsável Thais Virga


    O setor de snacks, em, geral vem apresentando resultados econômicos positivos nos últimos cinco anos (a partir de 2018), podendo esse movimento continuar em 2023, com  boas perspectivas de crescimento do setor no ano. No segmento de chocolates, destacam-se dois pontos: primeiro, o preço do chocolate vem aumentando – em decorrência da inflação acumulada no país e altas nas principais matérias primas utilizadas na produção de chocolates (açúcar, cacau e leite em pó); e, segundo, apenas na Páscoa ocorreram aumentos de produção, lançamentos e quantidade de pessoas contratadas (nas vagas temporárias do período) – “A expectativa é de termos novamente uma Páscoa com continuidade de crescimento (em vendas)”, disse Ubiracy Fonsêca, presidente da Abicab. 

    Já quanto ao setor de snacks como um todo, há boas perspectivas comerciais para este e os próximos anos, assim como oportunidades de inovação nessa indústria, com foco em versões mais saudáveis, visando atender a diferentes necessidades nutricionais. E isso, haja vista a crescente substituição de refeições completas  (com alimentos naturais) por salgados e biscoitos pela população brasileira em virtude, sobretudo, da inflação e crise socioeconômica.

    Apesar dos consumidores brasileiros ainda estarem preocupados com a inflação, esses vem incluindo, cada vez mais, a compra de snacks no orçamento, passando a consumi-los cerca de 2x ao dia, principalmente entre as refeições do almoço e do jantar, com ganho de importância também pela manhã. É o que aponta, dentre principais conclusões , o quarto relatório “State of Snacking” - realizado anualmente pela Mondelēz International e desenvolvido em parceria com a The Harris Poll. 

    No último Relatório Setorial lançado pela Lafis, as projeções indicavam uma ampliação do faturamento do setor de snacks (com enfoque nos chocolates e biscoitos) em 9,2% em  2022 e 6,2% em 2023. Tais perspectivas serão em breve revisadas, podendo indicar resultados mais expressivos no médio e longo prazo, com possibilidades de redução nos juros e melhorias na questão do emprego no país.

    Analista Responsável Thais Virga

    O Halloween ou Dia das Bruxas é uma data bastante festiva nos Estados Unidos. “Importada” para o Brasil, as comemorações parecem começar a cair no gosto da população. E isto tem sido importante para o crescimento do segmento de snacks no país.

    A tradição do Halloween é que as crianças passem visitando as casas dos seus vizinhos, batendo na porta, perguntando “Doce ou Travessura?”. Usualmente, e para o bem-estar da comemoração, as pessoas oferecem doces para evitar alguma travessura assustadora.

    Segundo dados preliminares, a produção de doces e chocolates no primeiro semestre de 2022 foi de 132 mil toneladas ante 118 mil toneladas no mesmo período de 2021 – crescimento de 11,86%. É certo que parte dessa expansão se deve à popularização do Halloween na cultura nacional.

    A festa importada pelos brasileiros em nada tem sido assustadora; pelo menos não para os fabricantes de doces e chocolates. 

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    A Guerra entre Rússia e Ucrânia iniciada em 24 de fevereiro de 2022 continua impactando negativamente a economia mundial. As incertezas com relação ao seu término têm mantido os preços do trigo, principal insumo da produção de biscoitos, em patamares bastante elevados. 

    Como a indústria brasileira tem lidado com esse fenômeno?

    A indústria tem tentado manter volume de vendas ao invés de ampliar margem. As margens se mantêm exíguas em virtude da dificuldade de repassar o aumento de custos para os preços dos produtos, uma vez que, com a inflação geral mais elevada, o consumidor opta por priorizar produtos de primeira necessidade renunciando ao consumo de supérfluos – caso dos biscoitos.

    A estratégia de manutenção de volumes de vendas não é apenas da indústria; o comércio varejista de snacks tem adotado a mesma dinâmica. O setor tem buscado manter o giro de produtos acreditando que seja o melhor a ser feito no momento, embora tenha promovido reajustes bastante pontuais nos preços.

    O setor de snacks tem passado por dificuldades ao longo de 2022 com pressões de custo por conta da elevação do preço do trigo, e não se vislumbra melhoria nesse cenário no curto prazo. A tendência é que se mantenha esse risco no segundo semestre, o que deve impactar as margens do setor.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    A fatura e abundância que simboliza o coelhinho da Páscoa poderá não ocorrer no Brasil neste próximo domingo (17). A situação econômica do país não nos permite ser tão otimista com relação ao desempenho das vendas de Ovos de chocolate no país. 

    A demanda de chocolates, no qual os ovos de Páscoa estão incluídos, estão sujeitas a dois indicadores econômicos cruciais que se inter-relacionam: preços e renda. Embora a data estimule a população a fazer esforços, em muitos casos hercúleos para mimar suas crianças, talvez em 2022 isto não ocorra.

    Analisando a questão do ponto de vista macroeconômico, a inflação tem castigado a população. O aumento generalizado dos preços tem feito com que as famílias, principalmente aquelas de menor poder aquisitivo, priorize os alimentos essenciais para sua cesta de consumo – chocolates são supérfluos e nestes momentos de inflação são cortados da demanda.

    No âmbito setorial, a elevação dos preços dos chocolates em geral e dos ovos de Páscoa em específico – este usualmente maior do que aquele – faz com que a população exerça o efeito substituição: troque os chocolates em formato de ovos por aqueles tem formato de tablets.

    Como apontado acima, a inflação se inter-relaciona com a renda pois, quanto maior a inflação menor é a renda. Com menor poder de compra, muitos consumidores ou optam por produtos mais baratos ou cancelam decisões de compra. Provavelmente nossas crianças terão um domingo menos doce.
       
    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    A Páscoa é a data mais importante para a indústria de chocolates e em 2022 deve ser mais doce que nos anos anteriores, embora 2021 tenha mostrado recuperação frente ao ano de 2020 – ápice da pandemia do novo Coronavírus.

    No primeiro ano da pandemia, a Páscoa coincidiu com os piores momentos da crise sanitária, período no qual houve o fechamento de estabelecimentos e o isolamento da população; pego de surpresa, o setor não conseguiu se adequar da melhor maneira para fazer frente a este novo cenário.

    Já em 2021, com maior vacinação da população e expertise dos eventos do ano anterior, o setor se preparou melhor para a Páscoa, conseguindo recuperar, pelo menos em partes, os resultados obtidos em 2020. Vale destacar que a vacinação foi preponderante para o funcionamento do comércio e pelo aumento de circulação das pessoas para fazer suas compras, embora os canais de venda online tenham crescido no período.

    2022 tem tudo para ser uma Páscoa de resultados positivos para o setor. Com quase 70% das pessoas com o ciclo vacinal completo, a pandemia arrefeceu os quadros mais graves e isto permite tanto melhor planejamento industrial como das famílias. Ressalta-se que a nova variante Ômicron é extremamente contagiosa embora menos letal e isto pode ser um fator de desaceleração para uma recuperação mais intensa. A indústria já começou a preparar os chocolates para a Páscoa; resta saber qual será o impacto amargo da Ômicron.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola) através do seu braço Embrapa Trigo desenvolveu sementes de trigo, uma cultura de inverno, para ser plantada no seco e ensolarado Ceará. O resultado? Tempo recorde para colheita e elevada produtividade.

    A iniciativa deverá ser ampliada para outros estados do Nordeste brasileiro como Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte, o que deverá aumentar a produção de trigo nacional, reduzindo a dependência das importações e beneficiando as empresas que dependem do grão – por exemplo moageiras e empresas do setor de biscoitos. 

    Especificamente falando do estado do Ceará, a possibilidade de produzir trigo com qualidade no seu próprio território seria fundamental para aumentar a competitividade do estado no setor de biscoitos, uma vez que é o segundo maior importador e o segundo em moagem. Atualmente, o trigo que chega à região vem da Rússia ou Argentina – este através da navegação de cabotagem encarecendo o produto.

    A expansão da produção de trigo é um importante passo na direção da autossuficiência, embora esta ainda esteja distante. Para a indústria de biscoitos, é fundamental aumentar a oferta doméstica o que significará, no futuro, redução de custos e de incertezas, o que poderá aumentar a competitividade da indústria nacional.

    Analista Responsável Marcelo Balloti Monteiro

    A Páscoa é considerada a melhor data para a indústria de chocolates e em 2021 não decepcionou a indústria do setor. Por outro lado, a elevação dos custos de produção – principalmente o cacau – deixou um gosto amargo para os consumidores, principalmente de ovos de Páscoa.

    Embora os dados do setor para o período não foram ainda consolidados pela Associação do setor (ABICAB), diversos players reportaram expansão nas vendas – caso da Mondelez, que considerou esta Páscoa a melhor em dez anos. O que explica os resultados são a base frágil de comparação com 2020 e a melhor preparação do setor para as vendas on-line que estão sendo a tônica do comércio desde a eclosão da pandemia do novo coronavírus.

    Se para a indústria os resultados foram positivos, para os consumidores a Páscoa não foi tão doce. Segundo análise feita pela plataforma Promobit, o preço médio de um ovo de 332 gramas na promoção custava R$ 27,29; já em 2021, o mesmo produto custou R$ 34,90, crescimento de 27,9%. Já pesquisa da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) aponta que os ovos de Páscoa estavam 11% mais caros em 2021 do que no ano passado; os bombons e as barras de chocolate tiveram inflação de 10%.

    A expectativa é que as pressões de custos continuem elevadas em 2021, seja pelo aumento do preço do cacau, seja pela perspectiva de que o Real permanecerá desvalorizado – o que encarece o preço de insumos importados. Acredita-se que essa pressão deverá, ao menos em partes, ser repassada aos consumidores, para que a indústria mantenha suas margens. A conta, amarga, chegará ao consumidor. 
     
    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    A pandemia do novo coronavírus teve reflexos econômicos importantes na economia como um todo; houve setores que foram prejudicados, mas também houve setores que foram beneficiados. O setor de snacks foi uma daqueles que foi privilegiado, principalmente nos momentos de maior isolamento social, quando as pessoas ficaram em suas casas.

    Os meses de março e abril foram os mais rigorosos em termos de isolamento social e o trabalho se tornou remoto. Neste momento, os trabalhadores e as crianças ficaram em suas casas, aumentando a demanda por snacks. Mesmo após o afrouxamento das medidas de isolamento, no qual uma parte dos trabalhadores voltaram aos seus trabalhos, as crianças permaneceram em seus lares contribuindo para a demanda pelos produtos do setor.

    A pandemia, no entanto, vem mudando alguns paradigmas no mercado de trabalho. O home office, uma necessidade nos piores momentos da pandemia, tornou-se uma realidade em muitos setores, o que fará com que as pessoas demandem mais snacks para atender suas necessidades do dia a dia.

    A demora na vacinação da população fará com que as escolas, principalmente no primeiro semestre de 2021, adotem ou ensino a distância ou ensino híbrido. Seja qual for a modalidade, as crianças tenderão a permanecer em seus lares por mais tempo, o que pode contribuir para manter aquecida a demanda por snacks.

    Diante do cenário exposto, entende-se que 2021 poderá ser um ano positivo para o setor de snacks. A nova tendência no mercado de trabalho aliado à uma busca maior pelo ensino à distância (ensino superior) poderá fazer com que as pessoas fiquem mais nas suas casas, o que possibilita aumento na demanda pelos produtos do setor.

    Analista Responsável Marcelo Balloti

    A Páscoa de 2020 se aproxima. Essa é a data mais importante para o setor de chocolates. A Lacta, líder do setor no País, disse na última semana estar pronta para a data e anunciou o lançamento de uma nova estratégia com produtos de uma nova linha de chocolates presenteáveis, com produtos de diferentes faixas de preço.

    A nova estratégia visa atrapalhar o avanço da concorrência das lojas Cacau Show e Kopenhagen, além de atender a demanda do consumidor brasileiro que têm buscado mais o chocolate como um item presenteável, mas que não estava disponível nos supermercados, e por isso, procura lojas especializadas.

    Os lançamentos dos ovos sofisticados, uma linha premium, com tripla camada de recheio e as trufas deverá ser o diferencial da Lacta nesta Páscoa. Os lançamentos dos chocolates presenteáveis possuem diferentes faixas de preço, que atendem diferentes bolsos, pois existem opções de nove trufas, com preço sugerido de por R$ 15, até os ovos com preços de R$ 53,90.


    A nova linha de trufas inaugura a entrada da Lacta nesse novo mercado de presenteáveis. Esses produtos passarão a estar disponíveis ao consumidor nos supermercados o ano inteiro. Dessa forma, o consumidor poderá continuar comprando chocolates para presentear. Essa tendência de presentear com chocolates, foi uma tendência que se fortaleceu durante a crise, uma vez que, o brasileiro passou a consumir de forma mais consciente, diante do crescimento do desemprego e queda no rendimento das famílias.

    Analista do Setor Laís Soares

    O aumento do preço do cacau no mercado internacional – principal insumo dos chocolates –deverá refletir em um aumento dos preços de chocolates no Brasil em 2020.

    As chuvas, fora de época, prejudicam plantações no Equador, o terceiro maior fornecedor mundial de cacau. Do outro lado do mundo, na África Ocidental, região que concentra a produção de cacau em âmbito mundial, sofreu com a falta de chuvas que afetaram as perspectivas de colheita na região.

    Assim, o mercado internacional poderá sofrer com uma escassez global de cacau em 2020. Os contratos futuros caminham para o segundo mês consecutivo com elevação de preços, quando a maioria dos preços das commodities está em queda devido às preocupações com a queda da demanda chinesa sob o impacto do coronavírus.

    As fabricantes de chocolate já se preparam para os custos mais altos. As estratégias para lidar com a alta dos custos sem elevar os preços do varejo poderá ser uma redução dos tamanhos dos chocolates.

    Analista do Setor Laís Soares.

    Grandes players globais do setor de chocolates têm investido em inovação de novos produtos aproveitando mais o cacau, destacam-se as ações: da Nestlé, que utiliza as amêndoas e a polpa da fruta como únicos ingredientes, sem a adição de açúcar industrializado; e a Barry Callebaut, que está lançando uma linha de produtos feitos com todo o fruto do cacau.

    A Nestlé planeja lançar em diversos países no próximo ano, através de suas marcas mais populares o chocolate a partir desse novo processo inovador, que não utiliza somente a amêndoa do fruto cacau, mas também a polpa, que é doce, e será utilizada para adoçar naturalmente o chocolate.

    A fabricante global Barry Callebaut também anunciou que írá lançar uma linha de produtos feitos utilizando 100% do fruto do cacau. A Mondelez International será a primeira empresa a testar essa linha da Barry Callebaut;

    Tais iniciativas consistem em uma produção mais sustentável, pois cerca de 70% do fruto do cacau acaba sendo desperdiçado na fabricação comum do chocolate. 
    Por fim, a Lafis estima que tais inovações também deverão contribuir para o aumento do valor agregado das vendas do setor de chocolates.

    Analista do Setor Laís Soares.

    De acordo com a Associação Brasileira de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), o volume da produção de ovos e produtos de Páscoa em 2018 apresentou um crescimento de 26% em relação a 2017, e atingiu um total de 11 mil toneladas de chocolates. Contudo, vale ressaltar, que este resultado interrompeu três anos consecutivos de queda, ou seja, o volume ainda ficou distante do resultado de 2015, quando a indústria produziu 19,7 mil toneladas para a Páscoa.

    A entidade está otimista e espera um novo crescimento das vendas de ovos e chocolates na Páscoa de 2019, pois, as vendas de panetones no final de 2018 já se mostraram mais aquecida.

    No cenário da Lafis, a Páscoa de 2019 ainda deverá ter um movimento baixo, mas o setor de chocolates de modo geral, deverá apresentar crescimento, uma vez que, ainda no cenário de retomada gradual da economia, os chocolates passaram a ser consumido como presentes de baixo custo. O crescimento da demanda para essa finalidade, “presentear” deve contribuir para o crescimento do faturamento do setor.

    Além disso, a busca por renda extra, por aqueles que perderam seus empregos ao longo da crise nos últimos anos e ainda enfrentam dificuldades para recolocação no mercado de trabalho formal, tem incentivado o crescimento da confeitaria artesanal, o que eleva a demanda de chocolates para fins culinários. 

    Por fim, com base nesse movimento a Lafis projeta um crescimento para o faturamento do setor de chocolates e balas de 8,3% em 2019, atingindo cerca de 15,9 bilhões de reais.

    Especialista do Setor  Laís Soares

    Próximo à Páscoa, a expectativa dos fabricantes de chocolates é que haja um crescimento da produção assim como das vendas entre 5% a 20%, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). 

    De acordo com a associação, alguns fatores são relevantes para o otimismo dos fabricantes, como a melhora da condição financeira das famílias, a recuperação do mercado de trabalho assim como o aumento da intenção de consumo. 

    Outro fator importante, de acordo com o IBGE, foi a queda em 9,02% nos preços de barras e bombons no período entre janeiro de 2017 e janeiro de 2018. 

    Além disso, empresas do setor apostam na diversificação dos seus produtos, em especial os voltados para a linha infantil. Assim, a expectativa de vendas de chocolates é positiva, impulsionada principalmente durante a Páscoa. 

    Especialista do Setor Fernanda Mansano.


    O faturamento do setor de chocolates e balas cresce com o a expansão da participação do segmento premium no País. Embora, a crise econômica tenha impactado o consumo das famílias brasileiras desde 2014, de modo geral, o consumidor reduziu a quantidade consumida, mas manteve a apreciação por produtos de categorias premium.

    Esse movimento pode ser compreendido pode ser observado a partir de diversos fatos, tanto pela expansão das franquias de chocolates, como pela entrada no final de 2016, de uma nova concorrente das fabricantes de balas e gomas no País, a Haribo, fabricante de balas de gelatina, segmento que conta com expressiva expansão no País, e apresenta maior valor agregado. Além disso, o consumo de chocolates importados no País em 2017 apresentou uma significativa retomada.

    De acordo com o balanço da Associação Brasileira de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), no primeiro semestre de 2017, a indústria brasileira responsável pela produção de chocolate apresentou se relativamente estável, com uma leve queda de 0,4% da produção em volume, em relação ao mesmo período de 2016.

    Por fim, com base nesse movimento a Lafis projeta um crescimento para o faturamento do setor em 2017 de 9,8%, atingindo cerca de 14,8 bilhões de reais.

    Especialista do Setor: Laís Soares.


    A quebra da safra de cacau na Bahia devido a seca histórica pela qual passou o Estado no último ano compromete a oferta de cacau no Brasil. A queda na oferta e a elevação do preço do principal insumo dos chocolates já preocupa as grandes e pequenas fabricantes do setor.

    Desde abril, o início da safra 2016/17 do cacau, o volume de que os produtores baianos entregaram às indústrias processadoras foi o menor desde a temporada 1973/74. De acordo com o levantamento da TH Consultoria, no acumulado desta safra até 10/07, o volume entregue pelos produtores para a indústria que processa o produto foi de 17,4 milhões de toneladas, bem abaixo dos 51,5 milhões que havia sido entregue no mesmo período da safra anterior.

    Assim, as fabricantes de chocolates já começaram a se mobilizar para garantir o cacau da produção nos próximos meses. O volume de grãos de cacau importado de Gana, Indonésia e Costa do Marfim deverá crescer nos próximos meses, todavia tendo em vista o atual patamar do câmbio, o preço dos chocolates no País poderão amargar um aumento. 

    Todavia, a atual conjuntura econômica, que já refletiu na redução do consumo de chocolates, pela queda do rendimento das famílias brasileiras e elevação do desemprego no País, não constitui um bom momento para absorção da elevação de preços pelo consumidor, assim a elevação de custos do produção poderá impactar as margens de lucro e o faturamento do setor.

    Analista Responsável pelo Setor: Laís Soares


    No acumulado do ano de 2015, de janeiro a julho as exportações de chocolates e balas no País sofreu uma retração em volume de aproximadamente, 19% e 12%, respectivamente. Por outro lado, as importações de chocolates cresceram 22%, o que demonstra que apesar da desaceleração econômica, o consumo de chocolates premium no País se manteve em alta.

    A forte desvalorização do real aumenta a competitividade do produto nacional no mercado externo, contudo, o setor não conseguiu aproveitar essa oportunidade. De acordo com a Abicab, associação responsável pelo setor, as exportações brasileiras de chocolate sofrem com as dificuldades de negociações com os países vizinhos, como Argentina e Venezuela, e também pela queda na demanda de alguns países africanos.

    Nesta primeira semana de setembro, a Lindt – fabricante suiça de chocolates especiais – anunciou busca por novas aquisições no mercado brasileiro, pois a desvalorização do real, torna as aquisições atrativas. No ano passado, a empresa formou uma joint venture com o grupo CRM, fabricante local de chocolates nobres, na tentativa de fortalecer a marca Lindt no Brasil. A companhia afirmou que considera o mercado brasileiro estratégico para expansão da marca, devido a sua importância e representatividade no mercado mundial de chocolates.

    As perspectivas da Lafis para o faturamento do setor em 2015, apesar das projeções de queda na produção, são de crescimento de 3%. Para o próximo biênio, as estimativas são de 5,8% e 9,2%, respectivamente.

    Analista Responsável pelo Setor: Laís Soares


    O presidente da rede de chocolates finos Cacau Show, anunciou a criação da holding Cacau Par. Esse novo negócio com investimentos de US$ 50 milhões, nasceu da fusão da própria Cacau Show e a aquisição de 50,1% da rede Brigaderia, da empresária Taciana Kalili.

    A rede Brigaderia - reconhecida como grife do brigadeiro-, a maior rede de lojas de brigadeiros do país passa a fazer parte da holding junto com a Cacau Show.  De acordo com o presidente que anunciou a fusão, o objetivo é aproveitar a experiência de anos da Cacau Show e colaborar com o crescimento do setor de alimentos premium, investindo em negócios mais exclusivos. 

    Os investimentos do setor, seguem as expextativas de crescimento do setor. Segundo as pesquisas da Abicab, o segmento gourmet e premium é um dos que mais crescem no Brasil, cerca de 20% ao ano.


    O Grupo CRM, dono das marcas Kopenhagen, Chocolates Brasil Cacau e Dan Top, anunciou investimentos de R$ 70 milhões até 2015 na ampliação de sua fábrica e um novo centro de distribuição. Os recursos virão própria e de financiamento do BNDES. 

    Os investimentos na fábrica e no centro de distribuição estão programados para atender a demanda das lojas das redes Kopenhagen e Chocolates Brasil Cacau.

    Serão investidos R$ 30 milhões num centro de distribuição robotizado anexo à unidade de Extrema (MG), tendo em vista que o mercado mineiro é ainda pouco explorado. Os R$ 40 milhões restantes serão utilizados para ampliar a linha de produção. 

    O anúncio do Grupo, segue as expectativas de crescimento do setor, tendo em vista o potencial aumento do consumo per capita de chocolates no país. Recentemente, a Harald e a nova holding Cacau Par, também anunciaram investimentos em expansão.


    A Arcor realizou um investimento de R$ 50 milhões em sua fábrica de chocolates localizada em Bragança Paulista, para expansão da sua capacidade de produção. A empresa ainda prevê mais R$ 25 milhões de investimentos em marketing na área de chocolates até o final deste ano.

    O segmento vêm ganhando espaço no portfólio da empresa, dado o potencial de  crescimento do setor de chocolates, em relação a tendência de queda do consumo de balas. A divisão de chocolates já responde por 25% das vendas da fabricante.Tais ações fazem parte do plano de investimentos da empresa de aumentar o faturamento até 2016, através das inovações, incorporando as mudanças de hábitos dos consumidores.

    De acordo com as últimas pesquisas do mercado, o Brasil destacou se com o aumento do consumo per capita nos últimos anos, e ainda segue com um elevado potencial de consumo, principalmente no novo mercado gourmet.


    A fabricante de chocolates, alimentos e rações para animais anunciou investimento de R$ 140 milhões para a primeira fase da construção de uma nova unidade, em Ponta Grossa (PR).

    A empresa busca com esse investimento melhorar o atendimento na região Sul do país. A Mars também iniciou uma ampliação de sua unidade de Guararema, no interior de São Paulo, para aumentar a produção dos produtos da marcas M&Ms e Twix, distribuídos para todo País. 

    O anúncio da Mars na expansão da produção está em sintonia com a última publicação da Abicab que demonstra aumento do consumo de chocolates per capita no Brasil, e as perspectivas de crescimento nos próximos anos no setor.


    A Harald, maior fabricante de cobertura de chocolate do país, anunciou a construção de sua segunda fábrica no interior de São Paulo. O investimento está atrelada as expectativas de expansão da demanda com o novo mercado gourmet.

    As obras da nova fábrica terão início no último trimestre deste ano e a conclusão é prevista para o final de 2014. Ainda neste ano, a empresa irá investir R$ 20 milhões em equipamentos para aumento de capacidade e lançamentos, usando financiamentos de longo prazo de bancos. Outros R$ 10 milhões, oriundos de recursos próprios e previstos no orçamento, serão gastos em marketing e recursos humanos. 

    O anúncio da Harald na expansão da produção está em sintonia com a última publicação da Abicab que demonstra aumento do consumo de chocolates per capita no Brasil.


    A norte americana General Mills, proprietária da marca de sorvetes Häagen-Dazs no Brasil, anunciou a aquisição da produtora brasileira de alimentos Yoki por aproximadamente R$ 1,75 bilhões mais R$ 200 milhões em dívidas da empresa. A conclusão do negócio deverá ser realizada ainda em 2012.

    A General Mills acredita que a adição da empresa brasileira ao seu portfólio poderá dobrar suas vendas na América Latina atingindo valores próximos à US$ 1 bilhão. Para tanto, a empresa buscará fortalecer marcas fortes do grupo como Yoki e Kitano além da expansão das marcas norte americanas do grupo, bem como a introdução de novos produtos no mercado brasileiro.

    A investida da General Mills corrobora com a perspectiva de crescimento do setor nacional de alimentos nos médio e longo prazos. Os ganhos salariais que as classes C/D/E vem auferindo nos últimos anos somada à busca por diversificação da cesta de consumo deste extrato social, tende a garantir bons retornos a este setor.


    Responsável por cerca de 10% do engarrafamento e distribuição de refrigerantes no país, o grupo Vonpar anunciou investimentos no segmento de chocolates, por meio de sua marca Neugebauer, adquirida em 2010. Para isso, anunciou a construção de uma fábrica de chocolates em Arroio do Meio (RS), que demandará cerca de R$ 118 milhões para sua concretização, até 2013.

    A Vonpar alimentos possui mais de 60 marcas, 20 categorias de produtos, 3 fábricas e cerca de mil funcionários, faturando em torno de R$ 250 milhões no ano, apenas na categoria doces. Como estratégia, o grupo quer utilizar a identidade local (gaúcha) como forma de ganhar mercado na região para, posteriormente, distribuir em outros locais.

    A marca Neugebauer foi criada em 1891 em território nacional e, desde então, já passou pelo controle do Grupo Fenícia, Parmalat e Florestal. Como meta, o grupo Vonpar quer dobrar o faturamento da marca em 5 anos e para isso investe em sua ampliação de capacidade e modernização dos processos envolvidos na fabricação dos doces.


    Com o objetivo de aumentar seu market-share no setor de chocolates, a Arcor investirá R$ 100 milhões no Brasil em 2012. Além de investir em ações de marketing, a multinacional Argentina irá aumentar a produtividade de suas fábricas em Bragança Paulista e Rio das Pedras, ambas no estado de São Paulo. Desta maneira, a empresa visa tirar proveito das boas perspectivas para o segmento nos próximos anos.

    Segundo a companhia,  40%  de suas receitas de vendas são provenientes de balas, pirulitos e chicletes, segmentos que geralmente estão associadas a produtos de menor valor agregado. Portanto, a iniciativa de reestruturar seu portfólio no intuito de depender menos deste segmento é bastante compreensível. Pois, segundo estimativas da Lafis, o faturamento do segmento de chocolates deve apresentar significativa alta  8,6% e 7,3% em 2012 e 2013, respectivamente.

    Dentro do valor anunciado, a Arcor investirá também R$ 25 milhões em ações de marketing voltadas à sua linha de chocolate. Os investimentos da multinacional Argentina, que possui cinco plantas no país e emprega 4 mil pessoas, possuem um caráter arrojado, pois a mesma visa aumentar em 13% o seu faturamento no país neste ano, rumo à marca de  R$ 1,8 bilhão.


    O grupo britânico Associated British Foods (ABF), que possui a marca do achocolatado Ovomaltine, anunciou investimentos no Brasil.

    Ao todo serão R$ 40 milhões de reais, o maior valor do grupo desde que a empresa passou a se estruturar em São Paulo, em 2007. O objetivo do investimento é tornar o Brasil o terceiro maior mercado da marca, seguido de Suíça e Tailândia. Por conta disso, a Ovomaltine fará propagandas e investimentos em novas categorias, como o achocolatado pronto para beber.

    Tradicionalmente, o grupo ABF não costuma investir em publicidade no Brasil, mas depois de 17 anos da Ovomaltine no país, foi tomada esta decisão. Além disso, a empresa ampliará suas vendas por meio de aumento dos canais de distribuição e parcerias, feitas com possíveis marcas consagradas, como a Bauducco, a Danone e a Hershey´s.

    O grupo britânico Associated British Foods (ABF), que possui a marca do achocolatado Ovomaltine, anunciou investimentos no Brasil.

    Ao todo serão R$ 40 milhões de reais, o maior valor do grupo desde que a empresa passou a se estruturar em São Paulo, em 2007. O objetivo do investimento é tornar o Brasil o terceiro maior mercado da marca, seguido de Suíça e Tailândia. Por conta disso, a Ovomaltine fará propagandas e investimentos em novas categorias, como o achocolatado pronto para beber.

    Tradicionalmente, o grupo ABF não costuma investir em publicidade no Brasil, mas depois de 17 anos da Ovomaltine no país, foi tomada esta decisão. Além disso, a empresa ampliará suas vendas por meio de aumento dos canais de distribuição e parcerias, feitas com possíveis marcas consagradas, como a Bauducco, a Danone e a Hershey´s.

    A Kraft Foods investirá cerca de US$ 120 milhões no país. A notícia foi anunciada pouco antes da inauguração da fábrica em Pernambuco, em Vitória do Santo Antão, que contou com mais U$ 80 milhões em recursos. Essa unidade aumentará a produção de chocolates e refrescos em pó, sendo futuramente ampliada em 2012 para produzir biscoitos.

    Trata-se do maior investimento já feito pela empresa no país, que já somam R$ 200 milhões em 2011. Após a compra da Cadbury a empresa fatura no Brasil cerca de R$ 3 bilhões, aumento de 36,4% em relação a 2008.

    Com esta inauguração, a Kraft será representada por 6 fábricas, sendo 3 na região de Curitiba (chocolate, queijo e produtos em pó), uma na região de Piracicaba (biscoitos) e outra em Bauru, que pertencia a Cadbury.

    Na esteira de uma dinâmica favorável da demanda interna, a Nestlé aumentou sua intenção de investimentos no Brasil em 2011. Em 2010, os investimentos da corporação no país ficaram em torno de R$ 800 milhões; já para 2011 a empresa planeja investir R$ 1 bilhão no mercado nacional. E os projetos já começaram. A empresa anunciou a construção duas novas fábricas: uma na região serrana do Rio de Janeiro, para a qual serão destinados R$ 200 milhões e outra fábrica na região centro-sul do estado, que demandará cerca de R$ 100 milhões.

    O objetivo explícito da multinacional é crescer o dobro da expansão do PIB brasileiro no ano. Para cumprir esse objetivo, a empresa planeja investir no aumento da sua capacidade produtiva, aplicando recursos em ampliação e construção de novas fábricas, tecnologia, inovações, e, até mesmo, possíveis aquisições, a fim de atender ao crescente mercado interno. Além disso, os investimentos em diversificação de produtos e na sua divulgação poderão apresentar relevância crescente nos planos de investimentos da multinacional.

    O Brasil é o segundo maior mercado da Nestlé no mundo e atualmente onde a corporação mais cresce, segundo Ivan Zurita, presidente da empresa no país. Assim, a ampliação dos investimentos direcionados ao Brasil reflete a percepção otimista das grandes empresas acerca do mercado brasileiro para os próximos anos. De fato, a dinâmica do mercado de trabalho, com níveis de desemprego consideravelmente abaixo dos patamares históricos, a maior distribuição da renda, com o conseqüente crescimento da classe média e a relativa estabilidade inflacionária, tem indicado tendência favorável ao mercado de bens de consumo.

    A Harald, fornecedora de chocolates e coberturas para grandes empresas dos segmentos de chocolate artesanal/profissional, food services (panificação e confeitaria) e industrial, dentre elas a Bauducco, Kibon e Mc Donald's, prevê faturamento de R$ 440 milhões em 2010 e crescimento de 20% em 2011 em virtude da maior procura por parte de seus clientes que, por sua vez, possuem demanda fortemente atrelada a ganhos no poder de compra da população posto que atuam diretamente no varejo.

    Visando acompanhar o crescimento desse mercado, a Harald está concluindo investimento de R$ 50 milhões realizado nos últimos 5 anos na construção de uma fábrica em Santana de Parnaíba (SP). Para o próximo ano, pretende obter financiamento para a aquisição de outra empresa do setor com objetivo explícito de aumentar a sua produção de 66 mil toneladas por ano para 100 mil toneladas em 2012. A maior fabricante nacional de chocolates industriais almeja obter ganhos de market share no seu nicho de atuação, onde disputa participação com a Cargill Chocolates, entre outras. Segundo a imprensa, a companhia detém cerca de 27% do mercado de chocolates industriais e 65% do de coberturas. No entanto, a corporação afirma não ser estratégico expandir a sua atuação para o segmento varejista, uma vez que passaria a concorrer com alguns dos seus clientes.

    A empresa também atua no mercado externo, que responde por cerca de 6% do seu faturamento e pretende aumentar essa proporção para 12%. A ampliação das suas receitas de exportações poderá ser alcançada através do direcionamento para mercados emergentes, onde o consumo é mais dinâmico do que em mercados maduros. A demanda per capita por chocolates na Europa e Estados Unidos não deve crescer expressivamente nos próximos anos, uma vez que tais mercados já estão saturados, com alto consumo per capita de chocolate. Países emergentes, como Brasil e China, por outro lado, possuem baixos níveis de consumo per capita do produto e amplo contingente populacional, o que favorece a uma tendência crescente do consumo de chocolates e derivados nesses países.


    A Kraft Foods, que recentemente fechou uma transação milionária com a compra da Cadbury, sinalizou a necessidade de ampliar a capacidade produtiva de todas as suas fábricas no país, uma vez que todos os segmentos em que atua (chocolates, biscoitos, gomas e balas, entre outros) apresentam considerável crescimento no país.

    A empresa acaba de investir cerca de R$ 10 milhões para ampliar sua participação no segmento de biscoitos saudáveis onde o Brasil será a plataforma para o desenvolvimento da linha de biscoitos com cereais. A presença da Kraft no segmento de biscoitos é notada através das marcas Club Social, Trakinas, Nabisco, entre outras. A decisão de investir na linha de biscoitos funcionais no Brasil pode ter sido influenciada, em grande parte, pela tendência à sofisticação dos hábitos de consumo dos brasileiros, o que sinaliza forte potencial de mercado nestes nichos específicos de maior valor agregado. Inicialmente essa nova linha de produtos será comercializada na região Sul, devido a características diferenciadas desse mercado consumidor.

    Nas regiões Norte e Nordeste, a prioridade declarada é a nova unidade fabril em Vitória de Santo Antão (PE), em construção e orçada em R$ 100 milhões com previsão de início das operações para o primeiro semestre de 2011. Essa unidade responderá pela produção de sucos em pó e  chocolates visando atender aos consumidores dessas regiões, onde o consumo cresce a taxas aceleradas.


    Depois de quatro meses de negociação, a norte-americana Kraft Foods finalmente conseguiu fazer uma proposta (US$ 19,4 bilhões) que convencesse o presidente da Cadbury, Roger Carr, a recomendar a aquisição aos acionistas. Apesar de quase certo, o acordo ainda não foi assinado, pois, apesar de remota existe possibilidade de contra-proposta até 2 de fevereiro.

    No Brasil, a compra implicaria numa elevação do faturamento da Kraft de R$ 1 bilhão, totalizando R$ 5 bilhões. Apesar da grande dimensão, o negócio não deverá ser barrado pelo Cade, uma vez que as empresas atuam em diferentes segmentos de mercado: a Kraft é a segunda maior fabricante instalada em território nacional de chocolate, enquanto a Cadbury é líder nas vendas de balas.


    Após adquirir três empresas gaúchas do setor alimentício, quais sejam, Mu-Mu, Wallerius e Neugebauer, a Vonpar, franqueada da Coca-Cola e distribuidora do portfólio Femsa no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, criou sua Divisão de Alimentos, marcando o início da diversificação dos segmentos de atuação da organização.

    O novo braço da organização já nasce internacionalizado, pois tanto a Wallerius e a Neugebauer têm presença em mais de 30 países. As três unidades produtivas empregarão mais de 1.000 funcionários e totalizarão um faturamento de aproximadamente R$ 300 milhões.

    Tal estratégia de diversificação mostrou-se bem sucedida no caso da PepsiCo., que ingressou no segmento de salgadinhos (Elma Chips e Lucky), achocolatados (Toddy e Toddynho), bebidas esportivas (Gatorade e Propel), pescados (Coqueiro) e água de coco (Trop Coco e Kero Coco). Por usufruírem redes de distribuição similares e por poderem compartilhar alguns insumos, é possível a ocorrência de ganhos de sinergia, com significativa redução de custos.