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  • siderurgia, empresas do setor siderurgia, empresas do segmento siderurgia, setor siderurgia, segmento siderurgia, economia, macroeconomia
    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A temporada de balanços do segundo trimestre tem evidenciado que, além do alto volume de importações de aço que continuaram entrando no país entre junho e julho, a desvalorização da moeda trouxe uma nova preocupação para as siderúrgicas nacionais. Os produtores que dependem mais de matérias-primas cotadas em dólar, como minério de ferro, coque, petróleo e placas, enfrentaram um aumento significativo nos custos durante o período. Além disso, a fraqueza do mercado global tem sido uma fonte de preocupação, inclusive para grandes nomes da siderurgia mundial, como ArcelorMittal e Nippon Steel.

    Há uma semana, a Usiminas divulgou seus resultados, refletindo bem o ambiente complexo de negócios no setor, tanto no Brasil quanto no exterior. Segundo o presidente da empresa, Marcelo Chara, o cenário para a indústria siderúrgica permanece desafiador, com a entrada de aço importado em volumes muito acima da média histórica e a pressão da desvalorização do real em relação ao dólar sobre os custos. Os resultados do segundo trimestre, que ficaram abaixo das expectativas, e a perspectiva de que esse cenário possa continuar no trimestre atual levaram a uma queda acentuada das ações na B3, que encerraram o dia com uma baixa de 23%.

    De acordo com Chara, é necessário "estar cada vez mais preparado" para enfrentar esse cenário. "A pressão nos custos das matérias-primas expostas ao dólar, como carvão, coque e minério, tem um impacto transitório, e isso afetou principalmente a unidade de Cubatão", afirmou, referindo-se ao aumento do custo dos produtos vendidos (CPV) no trimestre.

     Especialista do Setor Marcel Tau


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    Gerdau

    A Gerdau apresentou um sólido desempenho no 1T24, com um EBITDA ajustado de R$ 2,8 bilhões, um aumento de 38% em relação ao trimestre anterior. A divisão da América do Norte destacou-se com maior volume de vendas e menores custos unitários, resultando em maior rentabilidade. No Brasil, a empresa superou expectativas com aumento nas receitas unitárias e volumes de vendas.

    A alavancagem da Gerdau diminuiu ligeiramente, e a dívida líquida atingiu R$ 5,1 bilhões. A empresa anunciou dividendos de R$ 0,28 por ação. Mesmo com resultados mais fracos na América do Sul, a Gerdau mantém uma previsão otimista de EBITDA entre R$ 10-11 bilhões para 2024.

    CSN

    A CSN teve resultados em linha com as expectativas para o 1T24, com EBITDA ajustado de R$ 1,966 bilhões, uma queda de 46% em relação ao trimestre anterior. O desempenho foi sustentado pela divisão de logística e operações de mineração. No entanto, a divisão de aços teve um desempenho fraco devido à pressão sobre os preços.

    A alavancagem aumentou para 3,1x a dívida líquida/EBITDA, e a dívida líquida atingiu R$ 33,4 bilhões. A empresa anunciou dividendos de R$ 0,72 por ação. A CSN permanece cautelosa devido à pressão de preços no setor siderúrgico e à concorrência com produtos importados.

    Usiminas

    A Usiminas registrou um lucro líquido de R$ 35,65 milhões no 1T24, uma queda de 93% anual, afetada pela volatilidade dos preços do minério de ferro. A receita líquida foi de R$ 6,22 bilhões, uma queda de 14%, apesar de um aumento de 1% nas vendas de aço. O EBITDA ajustado foi de R$ 416 milhões, uma redução de 47%.

    A dívida líquida da Usiminas subiu para R$ 310 milhões, com alavancagem de 0,22x EBITDA. A empresa espera estabilidade nas vendas de aço no segundo trimestre, com desempenho positivo em alguns mercados, mas enfrenta pressão das importações e desaceleração em outros segmentos.

    Conjuntura e Perspectivas

    O setor siderúrgico brasileiro enfrenta um cenário desafiador em 2024, marcado pela volatilidade nos preços do minério de ferro e uma competição crescente com produtos importados. Apesar de algumas empresas, como a Gerdau, apresentarem resultados positivos impulsionados por operações no exterior, o ambiente doméstico permanece sob pressão. A demanda por aço está estável em certos segmentos, como veículos pesados e linha branca, mas enfrenta dificuldades em outros, como máquinas agrícolas.

    A alavancagem financeira é uma preocupação para empresas como a CSN, enquanto a Usiminas tenta recuperar sua eficiência operacional após a retomada de importantes unidades de produção. O setor continua a lidar com oscilações nos custos e preços de venda, exigindo ajustes estratégicos para manter a rentabilidade e competitividade. A perspectiva de curto prazo é de cautela, com atenção às tendências globais de preços e demanda por aço.

    Especialista do Setor Marcel Tau

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    Um conflito vem ganhando cada vez mais destaque envolvendo o setor siderúrgico brasileiro. De um lado, as siderúrgicas reivindicam um aumento nas tarifas de importação de aço, buscando proteção contra a concorrência internacional. Do outro lado, os consumidores de aço, como a indústria automobilística e de construção civil, se veem diante da perspectiva de um aumento significativo nos seus custos de produção, o que pode prejudicar a competitividade de seus produtos.

    As siderúrgicas argumentam que a medida é necessária para proteger os milhares de empregos diretos e indiretos do setor, além de garantir a segurança nacional. Afirmam que o aço importado, muitas vezes subsidiado por governos estrangeiros (especialmente o chinês), é vendido a preços artificialmente baixos, o que coloca em risco a viabilidade das empresas nacionais.

    Os consumidores de aço, por outro lado, alertam que o aumento das tarifas terá um efeito dominó na economia, encarecendo produtos, como carros, eletrodomésticos e imóveis. Isso pode levar à perda de competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional, com reflexos negativos na geração de empregos e no crescimento do país.

    Encontrar um ponto de equilíbrio entre a proteção do setor siderúrgico e a competitividade da indústria brasileira é um desafio crucial para o governo. Uma decisão precipitada pode ter consequências graves para a economia, seja por prejudicar a competitividade das empresas nacionais, seja por colocar em risco milhares de empregos no setor siderúrgico.

    É fundamental que o governo realize um estudo aprofundado do impacto das tarifas de importação de aço (algo que segundo notícias recentes está em andamento), levando em consideração os interesses de todos os envolvidos na cadeia produtiva. Uma análise abrangente e ponderada é necessária para encontrar uma solução que atenda às necessidades do setor siderúrgico sem comprometer o desenvolvimento da economia brasileira como um todo.

     

    Especialista do Setor  Marcel Tau


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    O tema mais comentado no momento pelas lideranças empresariais e pela mídia de maneira geral no setor de siderurgia é o avanço das importações observadas no setor. O motivo foi o avanço de 58% das importações entre janeiro e setembro de 2023 em relação ao ano anterior, enquanto as exportações recuaram 4,4%.

    Apesar do setor se manter superavitário (exportações acima das importações), tanto em volume quanto em valor, o recente avanço das importações acende um alerta ao setor, pois se mantido o atual ritmo de crescimento, a indústria siderúrgica nacional pode rapidamente ver esse cenário se inverter.

    Nesse sentido, as principais empresas e entidades da siderurgia nacional têm ampliado a pressão sobre o governo federal, para a adoção de uma alíquota de importação temporária de 25% sobre o aço chinês, alegando concorrência desleal e assimetria em relação à postura de outros países.

    As entidades e as empresas reclamam que as estatais chinesas vendem o produto com margens negativas, por um preço abaixo do custo de produção, por isso é impossível competir em condições de igualdade. E que a sobreoferta do aço em todo o mundo, junto com a taxação imposta por outros países e blocos econômicos, como Estados Unidos, União Europeia e México, têm feito com que as importações da China estejam sendo direcionadas à América Latina.

    É importante destacar, no entanto, que para os setores demandantes de aço, como indústria de bens de capital, linha branca e setor automotivo, dentre outras, a importação de aço mais barato é favorável, considerando que representa um importante custo do setor.

    Dessa maneira, independente das decisões que serão tomadas sobre esse tema, sempre haverá setores que serão beneficiados e outros que serão negativamente afetados, o que torna a decisão política acerca do tema mais desafiadora.

    Especialista do Setor Marcel Tau


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    Comparação Mensal
    A produção nacional de aço primário foi de 2,8 milhões de toneladas em maio, o que representa uma diminuição de 5,5% em relação ao registrado no mesmo mês de 2022, de acordo com dados compilados pelo Instituto Aço Brasil.
    As vendas domésticas diminuíram 6,9% em relação a maio de 2022, alcançando 1,7 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,0 milhões de toneladas, 3,0% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior.
    As exportações de maio totalizaram 1,2 milhão de toneladas, ou US$ 1,0 bilhão, um aumento de 12,5% e 2,4%, respectivamente, em comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2022. Por sua vez, as importações totalizaram 388 mil toneladas e US$ 499 milhões, um aumento de 40,8% em volume e 16,3% em valor em comparação com o registrado em maio de 2022.
    Comparação Anual
    O Instituto Aço Brasil também revelou os dados do total acumulado do ano até maio, quando a produção nacional de aço primário atingiu 13,4 milhões de toneladas. O volume é 8,1% inferior ao produzido no mesmo período do ano passado.
    A produção de produtos laminados no mesmo intervalo foi de 9,2 milhões de toneladas, uma diminuição de 8,0% em relação ao registrado no mesmo total acumulado de 2022. Já a produção de produtos semiacabados para venda totalizou 3,9 milhões de toneladas de janeiro a maio de 2023, um aumento de 11,3% na mesma base de comparação.
    As vendas domésticas alcançaram 8,1 milhões de toneladas de janeiro a maio de 2023, o que representa uma redução de 4,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
    Considerações sobre laminados
    O fraco desempenho do setor automotivo e de outros demandantes de aço plano faz com que, no acumulado de 12 meses o desempenho de 2023 do segmento se encontre abaixo do observado antes da pandemia no que diz respeito à produção. Por sua vez, considerando o forte desempenho do mercado imobiliário, a produção de aços longos ainda se encontra em um patamar no acumulado de 12 meses superior ao observado antes da pandemia.
    No entanto, ambos os segmentos apresentaram forte retração das vendas quando comparamos com 2021, resultando na retração de laminados na comparação anual destacada anteriormente.
    Ambos os segmentos de laminados (plano e longo) são negativamente afetados pela manutenção da taxa de juros em elevado patamar, inflação acima da meta e restrição de crédito, pois são fatores que afetam o poder de compra dos indivíduos e impacta negativamente em diversos segmentos demandantes de aço, como linha branca, automóveis e construção civil, afetando consequentemente a demanda por produtos siderúrgicos, como o aço plano e longo.

    Especialista do Setor Marcel Tau


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    De janeiro a setembro de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, a produção de aço bruto recuou 5,3%. No mesmo período, a produção de laminados foi reduzida em 10,3%, com retração de 12,0% na produção de aços planos e 7,8% para longos.

    No mundo, puxada pelo crescimento da China de 11,0% — maior fabricante e maior consumidor de aço do mundo —, a produção global de aço atingiu 147,3 milhões de toneladas no mês de outubro de 2022, ficando igual ao volume do mesmo mês de 2021. Em dez meses, até outubro, a produção acumulada global foi de 1,55 bilhão de toneladas, menos 3,9% na mesma base de comparação.

    Em outubro, Estados Unidos, Japão, Rússia, Coreia do Sul, Alemanha, Turquia e Brasil tiveram desempenho negativo. Já a Índia, vice-líder na produção mundial, registrou aumento, assim como a o Irã.

    Conforme dados estimados da Worldsteel, o Brasil produziu 2,8 milhões de toneladas em outubro — recuo de 4,5% em base anual. No acumulado de dez meses, queda de 5,2%, com volume de 28,7 milhões de toneladas.

    Neste sentido, chama atenção o bom desempenho da produção chinesa em outubro, enquanto o país e o mundo apresentaram retração da produção de aço entre janeiro e outubro, fruto da política “Covid Zero” na China e baixo dinamismo da economia global, que sofre com as paralisações na segunda maior economia do mundo e com enfrentamento da inflação, que se traduz em aumento da taxa de juros em diversos países. 

    Especialista do Setor Marcel Tau


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    Na comparação do primeiro bimestre de 2022 com igual período de 2021 a produção tanto de aço bruto quanto de aço laminado apresentou retração, com o primeiro recuando 5,8% e o segundo 10,2%. O único segmento que avanço no primeiro bimestre em termos de produção foi de semiacabados, que apresentou expansão de 19,2%.
    O bom desempenho para o segmento de semiacabados pode ser explicado pelo avanço das exportações do setor, que após o fraco desempenho de 2021, com maior direcionamento da produção para atender o mercado interno, voltou a crescer no primeiro bimestre de 2022. Neste sentido, o segmento de semiacabados, que historicamente exporta mais de 90% da sua produção, avançou 33% nos dois primeiros meses de 2022. 
    Por sua vez, as exportações de laminados avançaram 190,5% no período, também como consequência da fraca base de comparação, com crescimento de 444,8% no segmento de laminados planos (usado na fabricação de máquinas, automóveis e diversos outros fins) e 44,7% no segmento de aços longos (construção civil, tubos e outros fins).
    Já as vendas internas de aço recuaram significativamente no primeiro bimestre de 2022 em relação aos mesmos meses de 2021 (-22,8%), com queda em todos os segmentos. A forte base de comparação, marcada pelo maior volume de compra por parte das distribuidoras, que buscaram recuperar os níveis de estoques (reduzidos pela pandemia e paralisações nas siderúrgicas) ajuda a compreender a retração das vendas neste início de 2022.
    De uma maneira geral, as perspectivas para o setor em 2022 apontam na mesma direção do observado nos dois primeiros meses, com menor volume de produção e vendas ao mercado interno, retomada das exportações e uma provável desaceleração das importações, considerando a normalização da produção das siderúrgicas brasileiras e a menor necessidade de recomposição de estoques por parte das distribuidoras de aço.

    Especialista do Setor Marcel Tau Carneiro


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    A indústria siderúrgica mundial poderá eliminar as emissões de gases de efeito estufa até 2050 com o aumento da reciclagem, usando hidrogênio como combustível e capturando carbono de usinas mais defasadas, segundo estudo da BloombergNEF.

    A mudança para métodos de produção de carbono zero exigirá que a indústria gaste entre US$ 215 bilhões e US$ 278 bilhões no período. No entanto, o aço fabricado sob tal sistema poderia custar menos do que os preços atuais.

    Cerca de 70% da produção atual é movida a carvão em altos-fornos, de acordo com o relatório. Considerando o preço do produto e sua resistência, não há no mercado produtos substitutos com escala similar, além da elevada versatilidade do aço, utilizado em diversas atividades econômicas.

    Um dos caminhos apontados para redução das emissões do setor, é a utilização do hidrogênio verde no longo prazo, desde que o produto se torne competitivo em relação ao carvão, algo ainda distante da atual realidade de mercado.

    O relatório da BloombergNEF traça um caminho para eliminar essas emissões no setor siderúrgico: Reciclagem de sucata de aço em fornos elétricos a arco aumentaria muito, com eletricidade proveniente de fontes renováveis; para a produção de aço primário, os fornos recém-fabricados seriam capazes de funcionar com hidrogênio retirado da água usando energia renovável e usinas siderúrgicas que utilizam carvão ou gás podem começar a misturar hidrogênio para ajudar a desenvolver o mercado para o combustível e reduzir o preço. 

    No entanto, segundo o estudo, será necessário um amplo apoio dos governantes dos países para viabilizar a redução significativa de emissões do setor siderúrgico no mundo, segmento econômico que atualmente gera cerca de 7% das emissões globais de gases de efeito estufa.

    Especialista do Setor Marcel Tau

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    No primeiro semestre de 2021, todos os indicadores do setor de siderurgia apresentaram crescimento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, considerando que no ano de 2020 a produção do setor foi duramente afetada pelas paralizações das fábricas diante da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Nesta base de comparação, a produção de aço bruto avançou 24%, aços laminados (32,2%), semiacabados 2,6% e ferro-gusa 21,4%.

    Na comparação do primeiro semestre de 2021 com o mesmo período de 2019 também houve crescimento na produção de aço bruto e laminados. Tal comparação é importante pois considera um período em que a produção não foi afetada pela pandemia.

    Neste sentido, é importante destacar que a produção de laminados se encontra em seu maior patamar dos últimos anos, favorecido pela retomada dos estoques das distribuidoras, sobretudo no segmento de aços longos, favorecido pela demanda para o setor de construção civil.

    Em linha com o movimento descrito acima para a produção do setor, as vendas internas também apresentaram crescimento significativo no primeiro semestre de 2021.

    Quanto ao comércio internacional de produtos siderúrgicos, as exportações totais apresentaram retração de 13,7%, enquanto as importações apresentaram expansão de 140,6%, considerando o volume de vendas em toneladas. Tais número reforçam a recuperação frente a uma fraca base de comparação do ano de 2020 e demonstram um maior direcionamento da produção nacional para atender o crescimento da demanda interna, complementada por um maior volume de importações.

    A Lafis destaca que o volume total das importações do setor siderúrgico encontra-se em patamar recorde nos últimos meses, ainda que as exportações do setor permanecem acima das importações. No médio prazo, a Lafis considera que as importações irão desacelerar, considerando a perspectiva da retomada da normalidade dos estoques das distribuidoras e religamento dos altos-fornos de importantes siderúrgicas desligados durante o período de maiores restrições de mobilidade para o combate ao coivd-19.

    Especialista do Setor Marcel Tau Carneiro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    Produção de laminados de aço avança 6,6% em janeiro de 2021 em relação ao mesmo mês de 2020, com expansão de 5,6% no segmento de aço plano e 8,1% no segmento de aço longo. O setor de aço vem apresentando desde outubro de 2020 desempenho melhor na comparação dos mesmos meses do ano anterior após um período de forte retração da produção observado sobretudo no segundo trimestre de 2020. 

    As vendas de laminados de aço apresentaram crescimento ainda maior que a produção após a fase mais crítica da pandemia, tendência que foi mantida na comparação de janeiro de 2021 com igual mês de 2020, com crescimento de 25,5% nas vendas de laminados. 

    Em paralelo ao aumento da produção e das vendas também se observou uma tendência de forte aceleração nos preços do setor metalúrgico, com o Índice de Preço ao Produtor – Metalurgia avançando 38,4% no acumulado de 12 meses até janeiro de 2021. O aumento do preço do minério de ferro associado a uma forte desvalorização do Real ajuda a explicar esse movimento nos preços.

    Além disso, como evidenciado na divulgação de resultados das empresas brasileiras do setor siderúrgico de capital aberto, houve um avanço das margens e do lucro no setor no último semestre de 2020, confirmando o bom momento do setor.

    No curto prazo, o cenário descrito acima deve ser mantido, contribuindo para a redução da histórica alavancagem das empresas do setor siderúrgico. 

    Especialista do Setor Marcel Tau Carneiro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    Se por um lado a crise provocada pelo Covid-19 reduziu as perspectivas em termos anuais para a produção e consumo de aço no Brasil e no mundo, por outro lado, a forte retomada dos segmentos demandantes, com destaque para a construção a partir do segundo semestre, permitiu reajustes de preços por parte dos fabricantes de aço, para equacionar a relação entre oferta e demanda.

    Nesse sentido, considerando o alto grau de incertezas e fortes impactos no setor siderúrgico observado e esperados durante a fase mais aguda da crise do Covid-19, a Lafis considera que em termos gerais o setor, de maneira agregada, foi menos atingindo do que o esperado, ainda que o desempenho de segmentos de consumo relevantes para o setor não tenha apresentado retomada de patamares de produção observados antes da crise, como é o caso do setor automotivo, por exemplo.

    Especialista do Setor Marcel Tau

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    Na comparação do primeiro semestre de 2020 com igual período de 2019, a produção siderúrgica no Brasil apresentou retração em todos os segmentos analisados. Segundo dados do Instituto Aço Brasil (IABR), a produção de aço bruto recuou 17,9% e a produção laminados recuou 14,7%. Na comparação de junho contra igual mês do ano anterior, a retração nos dois segmentos foi de 27,9% e 15,5%, respectivamente.

    A forte retração da produção do setor está em linha com o cenário econômico e o desempenho dos setores demandantes, com destaque para o setor automotivo, que apresentou ao longo do primeiro semestre uma retração significativa da produção.

    Para o segundo semestre, as perspectivas para o setor apontam para uma recuperação em relação ao observado até junho. Segundo divulgado pelo IABR, o Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) de julho ultrapassou o patamar de 50 pontos, linha divisória entre a confiança e a falta de confiança. A volta da confiança do setor em julho se deveu, preponderantemente, aos indícios de recuperação no 2º semestre. O ICIA cresceu 15,9 pontos na comparação com o mês anterior e atingiu 62,8 pontos. Com esse resultado, o ICIA se aproxima do patamar pré-pandemia do COVID-19 (70,2 pontos em fevereiro).

    No entanto, a Lafis destaca que apesar da melhoria esperada para a segunda parte do ano, as projeções ainda apontam para uma diminuição da produção em termos anuais, pois além dos péssimos dados apresentados, sobretudo no segundo trimestre, a crise do coronavírus elevou o número de desempregados no País, o que deve resultar em um menor potencial de consumo do mercado interno, mesmo em um cenário pós-pandêmico. 

    Especialista do Setor Marcel Tau.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    ArcelorMittal, Usiminas e Gerdau anunciaram medidas de redução na produção de aço devido à forte retração na economia causada pelo novo coronavírus. A expectativa do setor é que o consumo aparente de aço pelo mercado brasileiro terá uma redução de 50% em abril, podendo encerrar o ano com 20% de baixa.

    No mesmo sentido, a produção mundial de aço bruto em março registrou retração de 6%, para um total de 147 milhões de toneladas, em relação a igual mês de 2019, de acordo com dados divulgados pela World Steel Association (Worldsteel), sediada em Bruxelas

    É importante destacar que, em parte significativa de março, as medidas de distanciamento social ainda não era adotadas na maior parte dos países e ainda assim este mês apresentou retração da demanda, que deve se intensificar drasticamente no mundo, assim como esperado para o Brasil a partir de abril.

    Neste sentido, embora a Lafis considere que as principais empresas que atuam no setor sejam capazes de atravessar esta crise, considerando o porte dessas companhias e por possuírem acesso ao mercado financeiro e bancário, elas deverão apresentar resultados ruins no curto prazo e piora em seus indicadores financeiros, dada a retração brusca da demanda e oferta do setor.

    Por fim, a Lafis considera que os riscos para tais empresas só não são ainda maiores no curto e médio prazo em função da estratégia adotada por elas de reduzir os seus indicadores de endividamento no momento que antecedeu a crise do coronavírus, considerando ainda que houve uma redução dos custos destas dívidas em linha com a retração dos juros.

    Especialista do Setor Marcel Tau

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    Ao longo de 2019, o setor siderúrgico apresentou, em todos os segmentos, redução do volume de produção em relação ao ano anterior. Considerando dados dos últimos 12 meses até novembro 2019, a produção de aço bruto recuou 8,5%, de aços longos 3,6% e aços planos 7,14%. 

    Levando em consideração o volume de produção dos últimos 10 anos, nota-se que a produção siderúrgica manteve, em 2019, um patamar de produção relativamente baixo, em linha com o ritmo da atividade econômica e com as dificuldades apresentadas pelos setores demandantes de aço.

    Neste sentido, a produção de aços longos, que tem como importante destino de seus produtos o setor da construção civil, apresentou a maior redução em relação aos recordes de produção, com volume atual 25% inferior aos recordes históricos.

    Ainda em relação ao segmento de aços longos, a Lafis considera que, diante da retomada do mercado imobiliário, mas ainda sem grandes recuperações no segmento de grandes obras de infraestrutura, o segmento tenha potencial de mostrar melhores resultados em 2019, mas ainda aquém do volume de produção observado antes da recessão econômica brasileira.

    No segmento de aços planos, o maior nível de crescimento econômico esperado para 2020 pode contribuir para a demanda por bens de consumo duráveis que utilizam aço, tais como produtos da linha branca e automóveis, além de outros produtos, como, por exemplo, embalagens de aço. No entanto, os efeitos da crise econômica Argentina e seu impacto nos embarques de produtos nacionais para o país vizinho deve ser considerado na análise setorial, podendo contrabalancear o crescimento moderado esperado para atividade econômica interna.

    Especialista do Setor Marcel Tau

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    De janeiro a julho de 2019, a produção de aço bruto no Brasil apresentou retração de 4,2% frente o resultado do mesmo período de 2018, totalizando 19,46 milhões de toneladas. Quanto aos segmentos de laminados, houve retração de 1,5% no segmento de aços longos e 3,0% no segmento de aços planos. A retração da produção reflete sobretudo o menor volume de exportações do setor, com um mercado externo mais restrito e marcado por movimentos protecionistas.

    As vendas internas de aços (longos e planos) obtiveram resultado de 18,42 milhões de toneladas no acumulado de 12 meses até julho de 2019, indicando crescimento de 2,8% no período, com expansão de 4,1% nas vendas de aços planos e 0,9% nas vendas de aços longos. Tal resultado reflete o desempenho dos principais setores demandantes, respectivamente, automotivo e construção. Cabe destacar que houve desaceleração das vendas de ambos os produtos até julho de 2019.

    É importante destacar que o desempenho dos setores demandantes ainda é um entrave aos resultados do setor, com destaque para a delicada situação dos segmentos de infraestrutura, em um cenário de restrição fiscal do Governo e política econômica voltada para solucionar problemas estruturais com maiores impactos de longo prazo.


    Especialista do Setor Marcel Tau

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    Siderúrgicas das duas maiores cidades produtoras de aço chinesas - Tangshan e Handan - terão que continuar com as restrições de produção no segundo trimestre, como parte dos esforços dos governos locais para melhorar a qualidade do ar, disseram várias fontes do setor.

    As usinas das duas cidades terão que cortar as operações em cerca de 20 por cento de seus fornos sob as restrições para o período de abril a junho, contra 30 por cento sob restrições durante o período de novembro a março.

    É importante destacar que as restrições em relação à fabricação de aço na China favorecem o setor, na medida em que tende a reduzir o excedente de produção no mundo, considerando que o país asiático é o maior player do setor.

    Tal movimento, associado ao aumento do preço do minério de ferro, deve proporcionar um aumento relevante do faturamento do setor, e a valorização dos papéis das companhias do setor siderúrgico na Bolsa de Valores é um indicativo de que o mercado vê um cenário favorável não só para a primeira rubrica das demonstrações financeiras das siderúrgicas nacionais, considerando ainda a estratégia de algumas empresas do setor de reduzir os indicadores de endividamento e maior foco na rentabilidade dos ativos.
     
    Especialista do Setor Marcel Tau

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump a imposição de tarifas à importação de aço e alumínio. A Casa Branca anunciou que México e Canadá foram, por enquanto, excluídos da medida.

    Diferente dos dois países, membros de um acordo comercial junto com os Estados Unidos, os produtos importados do Brasil também serão sobretaxados (aço em 25% e alumínio em 10%).

    Embora o mercado doméstico tenha maior relevância para os setores taxados no Brasil, a tendência é de queda nas exportações destes produtos ao país, perdendo competitividade para o aço e alumínio produzido nos Estados Unidos e dos países não afetados pela sobretaxação. 

    Cabe destacar que o impacto da medida deve apresentar maiores efeitos nas exportações nacionais de aço, dado a maior relevância do produto na pauta de exportações e importância dos Estados Unidos como importador do produto.

    Especialista do Setor Marcel Tau Carneiro.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    Desde o final de 2013, a cadeia de siderurgia e fundição no Brasil vem sofrendo revezes nos resultados operacionais, impactando uma redução na produção, assim como nas vendas internas e externas, ocasionadas, nesses setores principalmente devido à forte expansão de capacidade planejada na China. O fato acarretou em queda dos preços de diferentes tipos de aços e ligas em todo o mundo. Além disso, muitos países, como o Brasil, perderam vendas a mercados externos, que a partir desse momento seriam supridos pela produção chinesa.

    Assim, se de um lado fatores externos imprimiram dificuldades aos setores de fundição e siderurgia no Brasil, no período mais recente, a partir de final de 2014, de outro, uma queda de dinamismo da economia brasileira com baixo crescimento e retração em diversos setores demandantes.Para se ter uma idéia, a produção de fundidos apresentou retração de 7,7% no primeiro semestre de 2015 ante o mesmo de 2014, enquanto as exportações em USS/FOB também recuaram, em 5,8% no mesmo período.

    Agora, recentemente, grandes empresas do setor siderúrgico também evidenciam retração e revisão de investimentos, como a Gerdau, que em agosto de 2015 anunciou diminuição do ritmo dos investimentos para os segundo semestre do ano, devido à retração dos lucros, fruto de menor resultado operacional e também devido a maiores despesas financeiras. Também, a CSN, em um contexto de deterioração de seu quadro financeiro, anunciou no último dia 14 de agosto que venderá ativos considerados não estratégicos para estancar dívidas. Algumas operações que estão disponíveis para alienação são o Tecon, terminal de contêineres da companhia em Sepetiba (RJ), e algumas unidades de energia. Em suma, as trajetórias recentes dos setores de fundição e siderurgia apontam, para um ano de 2015 com dificuldades operacionais e financeiras. Caso as vendas externas continuem em retração (principalmente do primeiro setor) e a economia brasileira não apresente melhores resultados, as trajetórias esperadas pela Lafis poderão ser revistas para baixo.

    Analista Responsável pelo Setor: Thaís Virga Passos


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    O mercado global de minério de ferro vem atravessando queda do preço dessa commodity  desde o final de 2013, com maior aceleração a partir de abril de 2014, quando atingira US$ 114,58/tonelada métrica (ton). A partir de então o preço internacional só despenca chegando ao final do mês de setembro a US$ 82,21/ton. Assim, o que podemos destacar, é que existe uma falta de equilíbrio entre a oferta e a demanda desse minério no cenário internacional.

    Um overview do movimento recente, relaciona-se à alta estocagem do insumo na China, à desaceleração econômica de grandes demandantes (tanto nos países desenvolvidos - União Europeia, EUA; quanto em desenvolvimento  - América Latina e alguns países da Ásia). Outro fator importante anunciado recentemente, é que também BHP e Rio Tinto estão desenvolvendo grandes projetos de minério, com preços altamente competitivos. A Vale também anunciou em outubro um recorde de produção de minério de ferro no terceiro trimestre do ano, com a extração de 85,7 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a setembro de 2014.

    Assim, a possibilidade de aumento de preço do minério de ferro no curto prazo torna-se ainda mais dificultada, devido ao anúncio recente de três grandes mineradoras globais (Vale, BHP Billiton e Rio Tinto), as quais propõem adicionar ao mercado uma capacidade significativa de minério de ferro, entre 2014 e 2016. Isso já vem impactando a queda no preço internacional, próximo a US$ 80,00/ton. Tais fatos poderão imprimir duas tendências: que companhias menores e defasadas acabem saindo do mercado e, no curto prazo, a cotação ainda não tenha perspectivas de alta.

    Analista Setorial: Thaís Virga Passos


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    O Instituto Aço Brasil (IABr) divulgou resultados da produção siderúrgica nacional no último 17 de janeiro. Segundo a Associação, a produção de aço bruto no mês de dezembro apresentou 4% de aumento frente o mesmo mês de 2012. Entretanto, no acumulado de 2013, a produção foi 1% inferior ao registrado em 2012, mas dentro da previsão, atrelada aos resultados da produção industrial. 

    Já com relação aos aços laminados, a produção em dezembro foi de 2 milhões de toneladas, 5,9% acima que dezembro de 2012. No ano, o volume produzido foi de 26,3 milhões de toneladas, resultado superior a 2012, em 2,2%, principalmente puxado pelas atividades de construção civil e grandes obras de infraestrutura dos setores de energia e transporte.
     
    O setor siderúrgico é diretamente relacionado ao desempenho econômico do país, com forte relação com as atividades industriais, principalmente nos setores automobilístico, máquinas e equipamentos, construção civil e infraestrutura. Conjuntamente, o setor siderúrgico depende da situação cambial para ampliar as vendas externas, assim como dos preços do aço no mercado internacional que refletem no faturamento das empresas. O IABr , assim como as projeções da Lafis, acredita que em 2014, o setor poderá apresentar melhor desempenho, principalmente devido às perspectivas de um real mais depreciado em relação ao dólar, com a possibilidade de ampliação das vendas de aços planos nos mercado interno e externo, além de melhora da competitividade do setor.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    No último dia 27 de novembro, foi anunciado investimento da Forjaria Marcora do Brasil com o objetivo de fortalecer a cadeia da indústria de petróleo e gás do Estado do Rio de Janeiro. O investimento da Forjaria, focalizado na produção de aços especiais, foi de R$ 120 milhões na cidade de Seropédica (RJ) e deverá criar cerca de cem postos de trabalho.

    A perspectiva da Forjaria é fornecer até 40 mil toneladas de aços especiais, por ano, voltados à produção de equipamentos de exploração em condições submarinas. O anúncio proporcionará uma grande oportunidade à cadeia da indústria de petróleo e gás no Rio de Janeiro, tendo em vista a alta demanda por aços especiais e a possibilidade de um elo estratégico entre as cadeias.

    A previsão para início das operações da Forjaria é de julho de 2015. O projeto da obra é resultado de uma parceria entre as empresas italianas Forgiatura Marcora e Fomec, juntamente à brasileira Gaia Partners. A escolha da localização visando atender as demandas do setor de óleo e gás na região ressalta parceria da prefeitura de Seropédica com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, visando a atração de investimentos.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    A mineradora suíça Zamin Ferrous anunciou investimento de US$ 120 milhões (aproximadamente R$ 246 milhões) na construção de dois fornos, um destinado a produção de ferro-gusa e outro ao de aço. A planta será construída no distrito do Coração, em Macapá (AL). Na primeira fase serão empregadas cerca de mil pessoas. Ao término, serão contratados 200 trabalhadores para operar a produção de ferro-gusa. A construção do forno de aço contará com 600 pessoas contratadas e, ao final da obra, 100 trabalhadores serão necessários para a operação.

    A construção do forno de ferro-gusa, que demandará US$ 60 milhões, já deverá começar a ser construído, com sua operação programada para iniciar em 18 meses. O forno de aço iniciará a construção em 12 meses, consistindo na primeira siderúrgica do estado de Alagoas. Os aços longos produzidos no Amapá serão utilizado na fabricação de vergalhões para construção civil e produtos para a indústria brasileira e para exportação, segundo o governador do estado.

    A Zamin, que tem escritórios na Suíça, Uruguai, Dubai e Reino Unido, vem priorizando o Brasil em sua estratégia global de expansão. Recentemente, adquiriu a mina de ferro Amapá, da Anglo American e da Cliffs Natural Resources, por estimados US$ 300 milhões.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    O grupo Gerdau irá implantar uma nova aciaria na cidade de Sapucaia do Sul, Rio Grande do Sul. O investimento está estimado entre R$ 450 milhões e R$ 500 milhões destinados à ampliação da Usina Riograndense, que já produz perfis laminados, trefilados, arames e pregos. A expansão deve ser concretizada a partir de 2015.

    Este investimento impulsiona a economia do Rio Grande do Sul, pois significa uma maior geração de renda e empregos. Além disso, existe perspectiva de que o último trimestre de 2012 e o ano de 2013 seja melhor para o setor siderúrgico, devido principalmente ao crescimento da indústria automobilística.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    A Açominas planeja a sua entrada ainda em 2012 no mercado de aços planos. A empresa solicitou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) o pedido de licença prévia (LP) simultaneamente com a licença de instalação (LI) para a segunda fase da laminação de chapas grossas na usina de Ouro Branco, que será responsável pela produção de 500 mil toneladas anuais de chapas.

    Concomitantemente com a participação no mercado de planos, a companhia está desenvolvendo um projeto que visa a expansão em mineração, garantindo o abastecimento da usina de Ouro Branco. Ademais, a companhia estuda formas para gerar receita com o minério excedente e tem dado andamento às obras da Unidade de Tratamento de Minério (UTM) e do sistema logístico que atenderá as operações.

    Ao entrar neste nicho de mercado, até então de um único player, a companhia passa a suprir a demanda da indústria naval e abre a possibilidade de conquistar uma fatia bastante significativa do volume de aço importado pelo segmento. Além disso, com a instalação do laminador a quente, a Gerdau produzirá bobinas utilizadas, principalmente, na indústria da construção civil, petrolífera e de máquinas e implementos.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    O plano de investimento da Vale no ano passado era de US$ 48,5 bilhões até 2016. Em 2011, a mineradora aplicou US$ 13,5 bilhões deste total, sendo que para os próximos quatro anos, serão investidos US$ 35 bilhões.

    Dentre os vinte maiores projetos previstos pela Vale, a Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), empreendimento da mineradora com as coreanas Dongkuk e Posco, no Ceará, receberá o valor aproximado de US$ 2,35 bilhões. Além disso, a mina de Serra Sul, que está fora desses projetos de investimentos, receberá um montante de US$ 19,5 bilhões, com a sua conclusão prevista para 2016.

    Os investimentos tanto em mineração quanto em siderurgia suprem a demanda externa pelos produtos destes setores, aumentam a procura por mão de obra, que se torna ainda mais necessária e impulsionam o desenvolvimento regional onde se localizam estas unidades. De encontro a isto, segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a Bahia receberá investimentos na ordem de US$ 6,7 bilhões 2015, o que corresponde, aproximadamente à 10% do total previsto pelo setor para todo o país no período em questão.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A empresa argentina Ternium (Grupo Techint) e suas subsidiárias Siderar e Confab Industrial, finalizaram a compra das participações acionárias dos grupos Camargo Corrêa, Votorantim e  Caixa dos Empregados (fundo de pensão) na Usiminas, com o montante em torno de                     R$ 5 bilhões para compra de 139,7 milhões de ações (27,7% do capital votante da Usiminas). Com isso, a siderúrgica passa a dividir o seu controle com a japonesa Nippon Steel, com 46,1%; o grupo Ternium/Tenaris, com 43,3% e o fundo de pensão (Caixa dos Empregados Usiminas), com 10,6%.

    Como integrante do bloco de controle, a Nippon Steel possuía o direito de preferência para a compra de ações da Camargo e Votorantim, que adquiriu as ações da Usiminas em bolsa para negociar sua entrada no bloco. Com a  sua entrada, o objetivo é destinar parte da produção de placas laminadas da usina de Cubatão (Usiminas) para exportação.

    A entrada da Ternium na Usiminas não teve aprovação dos investidores, que estavam aversos com o preço elevado oferecido. No entanto, a Usiminas vem sofrendo com os efeitos da crise no setor, consequentemente reduzindo sua produção para 70% da capacidade e por conta disto, está se desfazendo de ativos para positivar o caixa, não possuindo mais empresas nacionais no seu grupo controlador. 


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A Votorantim Siderurgia tem adotado medidas de contenção para se adaptar ao cenário de esfriamento de demanda de produtos siderúrgicos e preços em queda no Brasil e no exterior. Assim, foi anunciado o desligamento de um dos dois fornos elétricos da usina de Barra Mansa (RJ), enquanto o da usina de Resende está operando com 80% da capacidade. A companhia neste ano já havia passado por arrefecimento de exportações por falta de preços competitivos com os do mercado internacional.

    A companhia está operando em 2011 no Brasil com capacidade total entre 60% a 65% (2,6 milhões de toneladas) enquanto na Argentina conta com 75% da capacidade e na Colômbia a 85%.

    A siderurgia brasileira perdeu competitividade desde 2010, pois apresentou aumento de custos dada a valorização do Real, que tornou o aço da América do Sul mais caro quando comparado ao asiático. O parque siderúrgico brasileiro está trabalhando com uma ociosidade média de 40% e no momento se torna necessária algumas medidas contracionistas para recuperar sua competitividade no mercado internacional.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A francesa Vallourec, através da sua joint venture com a Sumitomo do Japão, inaugura na cidade de Jaceaba, Minas Gerais, um complexo siderúrgico de grande porte que vai produzir tubos para o mercado de exportação principalmente para a África (Gana, Moçambique e Tanzânia) e Oriente Médio. Os investimentos da usina da VSB são de R$ 5 bilhões e com previsão de produção de 1 milhão de toneladas de aço bruto anualmente, dais quais 600 mil toneladas na forma de tubos sem costura. As peças a serem produzidas serão utilizadas para os setores de petróleo e gás.

    O Brasil foi escolhido dada a disponibilidade de recursos naturais, a situação econômica atual favorecem a produção local. Quanto à escolha do município de Jeceaba deveu-se à proximidade com a mina de ferro,  logística favorável e disponibilidade de água e energia elétrica para tal produção. A empresa está apostando em um cenário positivo no longo prazo, mesmo que haja instabilidade provocada pela economia européia e norte-americana. Também a expansão da demanda de setores como petróleo e automotivo contribuem para alimentar expectativas positivas no setor.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    A Açotubo inaugurou uma nova filial em Caxias do Sul (RS) com o intuito de atender ao mercado de produtos siderúrgicos que fornece produtos aos setores automobilístico, construção civil e de máquinas agrícolas na região - um dos maiores pólos metal-mecânico do país.
    Esta nova unidade conta com máquinas de corte, e equipe de vendas especializada. A empresa também apresenta produtos e serviços, como: eixos para moenda de cana usinados e tratados, barras de aços laminados, trefilados e forjados, perfis estruturais, tubos de aços carbono, de termogeração, calandrados e mecânicos, na linha de aço inoxidável tubos, chapas, blank, bobinas e fitas.
    A empresa disponibiliza um novo portal, com serviços personalizados online que permite esclarecimentos e suporte permitindo um atendimento diferenciado, aproximando o cliente da empresa sendo esta uma das formas que a empresa encontrou para elevar sua competitividade em relação aos produtos estrangeiros.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    A Gerdau pretende investir cerca de R$ 10,8 bilhões até 2015. A principal estratégia de produção da empresa é utilizar sucata cativa, que representa 80% da demanda de aço no Brasil, isto é, evitando a compra de minério de ferro cujo preço sofre oscilações – a empresa almeja a auto-suficiência neste minério até 2012, resultando em uma menor dependência de terceiros.

    O investimento se destina ao mercado interno e condiz com a expectativa de expansão de demanda proveniente de eventos esportivos futuros, pré-sal e compra chinesa crescente de aço.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    A Gerdau anunciou investimento de R$ 31,5 milhões que serão destinados à implantação no Pólo Industrial de Suape de uma unidade de corte e dobra de aço. A unidade será localizada em Pernambuco, em resposta ao crescimento regional de demanda da construção civil. Segundo a empresa, a unidade será uma das mais modernas instalações do mundo em equipamentos, layout e processo de produção.

    O serviço de corte e dobra de vergalhões proporciona maior dispensa segurança, produtividade, qualidade, velocidade na execução e economia de custos, redução de capital de giro (o produto é entregue de acordo com a necessidade do cliente), além de agregar valor ao aço, tornando-o mais competitivo.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A ArcelorMittal Brasil anunciou investimento em torno de R$ 320 milhões (cerca de R$ 482 milhões) nas fábricas de Santa Catarina e do Espírito Santo,se caracterizando como o maior investimento de 2011 da companhia na região. O investimento visa a produção da terceira linha de aços galvanizados da Arcelor que tem como previsão de finalização em 2013.

    O aporte vai de encontro ao aquecimento do setor automobilístico que vem anunciado diversos investimentos no país. Alguns exemplos destes investimentos são as novas fábricas anunciadas por empresas que até então não produziam no Brasil como é o caso da Hyundai e Cherry.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    O grupo ArcelorMittal aprovou uma nova linha de aço galvanizado na sua unidade de São Francisco do Sul (SC); simultaneamente à Usiminas (em parceria com a Nippon Steel) em Ipatinga (MG) faz a inauguração de uma linha com capacidade igual. O montante de investimento da ArcelorMittal localizada na Grande Vitória (ES) soma US$ 300 milhões com capacidade de 550 mil toneladas de aço galvanizado e de 100 mil toneladas de laminado a frio.

    Com essa expansão, a unidade terá capacidade total de 2 milhões de toneladas sendo 75% de material galvanizado e 25% de laminado a frio. O suprimento dos insumos será feito pela usina em Serra (ES) que conta com a ampliação do laminador de bobinas a quente ocorrida em 2010.

    O grupo busca atender os demandantes da indústria automotiva, de linha branca e construção civil. Vale ressaltar que a demanda do setor automobilístico deve ser expandida com a presença de montadoras asiáticas em São Paulo (Toyota, Hyundai e Chery), tornando a concorrência de venda de aço galvanizado ainda mais acirrada tanto com produtores internos como com importações.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) adquiriu 5 empresas no setor de cimento e siderurgia do grupo espanhol Alfonso Gallardo (AG), localizadas na Espanha e Alemanha. A compra foi realizada através da subsidiária espanhola CSN Steel e é composta pela Cementos Balboa, Corrugados Azpeitia, Corrugados Lasao, Stahlwerk Thüringen (SWT) e Gallardo Sections. A CSN pagou 543 milhões de euros pelas empresas, assumindo as respectivas dívidas e ajustes que somam cerca de 403 milhões de euros.  

    A Cementos Balboa produz cimento e clínquer, além de minas de calcário e ardósia, e está localizada na região da Extremadura (Espanha). Azpeitia e Lasao são produtoras de aços longos no País Basco, sendo a Azpeitia especializada em vergalhões e a Lasao em telas eletro-soldadas de aço. A SWT por sua vez, está situada em Unterwellenborn (Alemanha) e é especializada em perfis enquanto a Gallardo Sections, é distribuidora do Grupo AG. A CSN e o Grupo AG já haviam firmado um acordo de exclusividade em 2010 para as negociações da Balboa, Azpeitia e Lasao.

    O objetivo da CSN com as 5 aquisições é o fortalecimento da empresa em cimento e aços longos, reforçando as reservas minerais e os ativos. Ademais poderá atender a demanda de novos investimentos em infraestrutura e estará estrategicamente posicionada: próxima aos centros consumidores como a China, Índia, Japão e Oriente Médio.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A Usiminas anunciou investimentos no valor de R$ 152 milhões destinados à modernização da aciaria 2 da usina siderúrgica de Ipatinga, localizada no Vale do Aço. O montante tem por objetivo a instalação do desgaseificador a vácuo número 3, que por sua vez, fará a produção de aço líquido proporcionando maior participação no market share do setor automotivo e a possibilidade de atender outros segmentos industriais.

    O desgaseificador a vácuo permite que o aço se torne o mais puro possível. Com isso,  pode ser utilizado em  indústrias como a automobilística, naval, óleo e gás, e no caso da chapa grossa, dada a maior limpidez do aço adquirida, há demanda do setor petrolífero. A pureza do aço também se traduz em maleabilidade que é de extrema importância em automóveis para o manejo das peças. Atualmente, o aço desgaseificado é produzido por outro desgaseificador a vácuo existente também na usina de Ipatinga, que continuará em funcionamento. O objetivo deste investimento é a agregação de valor dos produtos e serviços da companhia.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A Nippon Steel, JFE, Posco e outras companhias se aliaram para comprar 15% da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), controlada pela Brasil Warrants (família Moreira Salles). O valor da negociação chegou a US$ 1,8 bilhão. O líder da transação do lado da CBMM foi o Deutsche e os demais são a JFE Steel, a trading Sojitz Corp. e instituições do governo tanto do Japão quanto da Coréia do Sul. Além destes, participarão a Japan Oil, Gas and Metals National Corp. (Jogmec) e o serviço de fundos de pensão na Coréia do Sul. Os japoneses reterão 10% da companhia brasileira e os sul-coreanos, 5%.

    A Nippon Steel, a Posco e as demais no Japão e na Coréia do Sul terão a participação sobre a produção de nióbio de acordo com os investimentos realizados por cada uma. Devido à sua importância estratégica e necessidade de crescimento, as empresas estão investindo na produção deste mineral.

    A CBMM é a maior produtora de nióbio do mundo; mineral este, estratégico por ser demandado pela indústria bélica; utilizado na indústria siderúrgica, pois proporciona resistência e tenacidade ao aço e ligas metálicas; além de ser consumido na produção de aço inoxidável, semicondutores, oleodutos e gasodutos. O produto brasileiro tem como um dos principais compradores a indústria bélica e espacial norte americana e o Brasil é detentor de 98% das reservas mundiais exploráveis.

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro
    O governo do estado de Pernambuco confirmou a construção da usina siderúrgica a 60 km de Recife. A indústria siderúrgica, Companhia Siderúrgica Suape (CSS) será a primeira laminadora de aços planos do Nordeste, com a capacidade produtiva de 1 milhão de toneladas de produtos laminados a quente, a frio e revestidos ao ano. Para tal instalação, o aporte previsto foi de R$ 1,5 bilhão.
     
    Com início em 2011 e término em 2014, será construída a usina laminadora primeiramente e em seguida, um pólo industrial que será responsável pelo processamento de aço, que por sua vez, dará ao insumo, a forma de perfis, barras, chapas e bobinas. Correspondendo aos produtos, os mercados consumidores serão a construção civil, a indústria de linha branca, as máquinas e equipamentos, indústria naval (pela proximidade com o porto) e automobilística.

    A instalação da siderúrgica em Suape decorre da expansão da demanda do Norte e do Nordeste, especialmente em Pernambuco. Isto se dá pelos inúmeros investimentos na região envolvendo os eventos esportivos que impulsionam a construção civil, redes hoteleiras, indústria automobilística e migração e imigração para estes locais. Dessa forma, estima-se que o consumo de aço laminado a quente e a frio no Norte e  Nordeste alcançará 1 milhão de toneladas e 3.000 empregos na construção e 800 após a conclusão. 

    A CSS torna maior a representação das regiões Norte e Nordeste na produção siderúrgica brasileira, que atualmente não possui grande expressão. Ademais a siderúrgica é amplamente beneficiada em decorrência da sua localização próxima ao porto, onde o escoamento da produção será facilitado e reduzirá custos logísticos.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    Durante a semana, a divulgação da Sondagem Industrial, da balança comercial do setor de máquinas e do pacote de desoneração fiscal para empresas de São Paulo serviram como base para ilustrar o cenário dos setores de Siderurgia, Fundição e Bens de Capital.

    A CNI, no último dia 25, divulgou a Sondagem Industrial referente ao mês de Setembro. O relatório destacou a estratégia do setor industrial em reduzir a produção para estabilizar os estoques. Outro ponto levantado foi a satisfação dos industriais perante a margem de lucro e a situação financeira dos negócios. Segundo a CNI, as perspectivas para os próximos meses seis meses são de aumento na contratação de mão de obra e de matérias primas. A valorização do Real, a ausência de mão de obra qualificada, a carga tributária e a competição acirrada foram os principais problemas citados pelos empresários do setor industrial.

    Em concordância com o cenário traçado pela CNI, o resultado da balança comercial do setor de máquinas e equipamentos - divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) - mostram no acumulado de jan-set/2010 um déficit comercial de US$ 11,72 bilhões, ou seja, acréscimo de 43,4% no saldo em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do setor apresentar alta nas exportações de 27,4% ao ano, as importações cresceram 64,2% ao ano.

    A última notícia relevante para os setores foi o anúncio do Governo de São Paulo de incentivos e desonerações para empresas do estado. As principais medidas referem se a desoneração do ICMS na aquisição de bens de capital para mais de 50 setores e a isenção no ICMS do transporte de mercadorias destinadas à exportação.

    A Lafis acredita que essas medidas poderão beneficiar as indústrias de siderurgia, de fundição e de bens de capital, pois a desoneração do ICMS reduzirá os custos dessas indústrias e pode impactar de maneira positiva na elevação do mark up (diferença entre o preço do produto e o custo dele), no aumento do nível de competitividade e na elevação da reserva de capital para novos aportes. A siderurgia do estado de São Paulo poderá oferecer preços melhores frente aos concorrentes e elevar a sua demanda. A Fundição poderá consumir o aço produzido em SP e oferecer peças mais baratas a indústria de bens de capital e, essa, por sua vez, pode elevar a sua produção perante o possível aumento da demanda ocasionada pela redução de preços das máquinas e equipamentos. Ou seja, os setores em questão poderão se beneficiar tanto da ponta de custos tributários como da ponta da matéria prima. O aumento das importações, da desvalorização do câmbio e a competição internacional são os fatores de risco que essas medidas anunciadas visam balizar frente às deficiências da indústria paulista ao mercado mundial. Visto a Sondagem industrial e a balança da Abimaq, a Lafis defende que os efeitos dessa medida sobre a economia podem se multiplicar e trazer benefícios aos setores, dadas perspectivas de crescimento do PIB, do poder de consumo e dos investimentos públicos e privados.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) confirmou um investimento de US$ 400 milhões que será destinado à construção de uma usina produtora de aços longos. Esta será localizada em São Brás do Suaçuí em Minas Gerais, com suprimento de matérias primas garantido pela sua proximidade com a Casa de Pedra (minério de ferro).

    A empresa almeja alcançar uma fatia do market share de aços longos, que atualmente é repartido entre as companhias Gerdau, ArcelorMittal e Votorantim e V&M do Brasil, desembocando em um menor nível de concentração deste mercado. Ademais, planeja-se a construção de mais três fábricas de aços longos até 2012 (vergalhões, barras, arames e fio-máquina).

    Com a construção da usina, a CSN busca maior incidência no segmento de construção civil, cujas perspectivas se mantém otimistas além de conquistar o limite de sua capacidade de crescimento.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A Gusa Nordeste, produtora de ferro gusa (matéria prima do aço), anunciou um investimento de R$ 1,8 bilhão que será destinado à construção de uma usina siderúrgica, localizada na cidade de Açailândia, no Maranhão, com inauguração prevista para 2011.

    A importância se dá ainda mais pelo fato de que será a primeira usina "verde" totalmente movida à carvão vegetal, originada de florestas renováveis isto é, o processo produtivo estará isento de carvão metalúrgico - mais poluente. Ademais, aproximadamente metade do montante investido será aplicado em programas de cultivo florestal.

    A meta da usina é de produzir 600 mil toneladas de lingotes de aço por ano, dobrando a capacidade para 1,2 milhão de toneladas em 2014. A capacidade de laminação deverá ser ampliada a partir de 2012 visando à transformação dos lingotes em barras e vergalhões destinados à indústria de construção no Norte, Nordeste e Centro Oeste do Brasil e deverá proporcionar maior valor agregado ao produto.

    O ferro gusa produzido em Açailândia não será mais exportado, pois este será utilizado na nova usina siderúrgica. Isto se dá por três razões, a primeira devido ao mercado norte americano (maior demandante) estar desaquecido principalmente no que tange às obras de infraestrutura por conta da instabilidade econômica do país. Secundariamente os custos elevados das matérias primas, como o minério de ferro, tornam a exportação do ferro gusa brasileiro inviável e por fim, o mercado siderúrgico brasileiro se encontra em expansão e consequentemente, demanda esse produto, oferecendo segurança de não estocagem à nova usina.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A Gerdau anunciou a ampliação de seus investimentos até 2014, revisando o aporte para R$ 11 bilhões dos quais 80% serão destinados ao Brasil. Dentre estes investimentos está o laminador para aços especiais longos, no valor de R$ 350 milhões, que priorizará a indústria automobilística - principal demandante -  e o laminador de rolos com investimentos de R$ 490 milhões . Ademais R$ 352 milhões serão enviados à usina de Ouro Branco (MG)  com o intuito de promover a autossuficiência na produção desta que também contará com investimentos em logística. Além desses novos aportes, a companhia mantém outros investimentos anteriormente divulgados como a destinação de R$ 2,4 bilhões para laminadores de chapas grossas e de bobinas à quente, objetivando a ampliação da produção ao ano.

    Outro fato relevante a ser mencionado é a aquisição de 100% do capital da empresa Cleary Holdings pela Gerdau. A companhia controla as unidades de produção de coque metalúrgico e reservas de carvão coqueificável na Colômbia que são destinadas à exportação. A aquisição foi feita 49,1% do capital total da colombiana, pelo valor de US$ 57 milhões e em fevereiro do ano anterior foi obtido 50,9% da companhia, no valor de US$ 59 milhões. 

    A aquisição é dada como uma estratégica da Gerdau para a garantia do suprimento de carvão ou coque metalúrgico que são matérias primas para a produção de aço nas usinas integradas do Grupo, que utilizarão a estrutura de produção e exportação a partir da Colômbia e permitirão que os custos sejam menores, sendo uma alternativa ao minério de ferro. Já os investimentos visam atender à crescente demanda do mercado por aço  cujo consumo, apesar da instabilidade econômica européia e norte americana,  tem crescido dada às obras de infraestrutura, construção civil e elevada produção de automóveis no Brasil.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A Votorantim Metais anunciou dia 3 de agosto a compra de 16,4% das ações da mineradora peruana Milpo pelo montante de US$ 420 milhões. A mineradora possui as minas Cerro Lindo, Chapi, El Porvenir e Atacocha localizadas no Peru, onde produz chumbo (25 mil ton), cobre (30 mil ton), prata e zinco (200 mil ton, se caracterizando por ser a terceira maior mineradora deste país), além da produção de prata e ouro, já no Chile, possui uma mina e uma refinaria. Atualmente, a empresa destina sua produção de 25% de zinco para o mercado interno e exporta 75% para Europa, Ásia e América Latina.

    A empresa peruana está desenvolvendo 17 projetos de exploração mineral e é controladora de 70% da mineradora Cia. Minera Atacocha, na qual deseja investir US$ 400 milhões em sua expansão e em suas minas Cerro Lindo e El Porvenir. No Peru, o grupo Votorantim opera também a refinaria de zinco, somando US$ 800 milhões em aportes, incluindo a duplicação da unidade.

    O Brasil continua sendo a principal base de investimentos da companhia (neste ano R$ 1 bilhão). Entretanto, a produção da Milpo não deverá ser destinada ao Brasil ou beneficiada neste, mas sim enviada aos Estados Unidos e Europa. Com a aquisição da Milpo, a Votorantim passa a ser a quinta maior produtora de zinco, maior em alumínio primário do mundo e uma das 15 maiores em níquel.

    Para a Votorantim, a Milpo representa uma estratégia de crescimento no que se refere aos metais não-ferrosos do grupo. Ademais, o Peru possui vantagens como a logística, que permite acesso ao mercado por meio dos oceanos Pacífico e Atlântico e energia a custos baixos. O grupo visa aumentar o portfólio de minérios e com isso, arrefecer a exposição do caixa à um único mercado (menor dependência), evitando possíveis perdas de faturamento quando existem instabilidades econômicas. 


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    No dia 14 de junho, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região de Brasília, condenou as empresas CSN, Usiminas e Cosipa por formação de cartel do aço em 1999. A investigação sobre o cartel se deu após uma série de reajustes de preço impostos por tais empresas nos anos de 1996 e 1997. Essas recorreram ao Judiciário quando a multa foi cobrada, conseguiram liminares para não pagá-la e as suas acusações ficaram indefinidas até então. 

    Com a comprovação do cartel, as condenadas deverão arcar com uma multa aplicada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no valor de R$ 58,4 milhões que será corrigido pela taxa Selic (atualmente em 10,25% aa), podendo atingir R$ 280 milhões (pena mínima, conforme a Lei Antitruste nº 8.884). A CSN recebeu punição de R$ 22 milhões e a Cosipa, incorporada pela Usiminas, de R$ 16 milhões.

    A condenação das empresas representa a primeira por cartel da história brasileira além de impactar nas decisões sobre a isenção da taxa de importação do aço. A isenção da alíquota era levada em consideração devido aos prejuízos das siderúrgicas no período da crise e pós crise mundial, porém com a denúncia, a possibilidade foi retirada da pauta da Câmara de Comércio Exterior (Camex) - três dias após o cartel ser comprovado. As siderúrgicas por sua vez, não concordaram com a tomada de decisão, pois acreditam que serão prejudicadas por terem de aumentar o preço do aço por conta da elevação de 100% do preço do minério de ferro, necessitando de um suporte governamental para tal questão. Já, a Fazenda, crê que deve haver a ampliação da concorrência com os importados, beneficiando a inflação.

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A ArcelorMittal anunciou dia 27 de maio um investimento de US$ 1,2 bilhão, no Brasil, para dobrar a capacidade produtiva da usina de João Monlevade, no Vale do Aço (MG), onde é produzido fio máquina, usado em cabos de aço, molas, hastes para amortecedores e cordoalhas para pneus.

    Estima-se uma criação de 6 mil empregos na construção; um alto-forno a carvão mineral; 1,12 milhão de toneladas a mais; uma nova sinterização e uma aciaria.

    O objetivo do investimento é atender o crescimento do consumo crescente de aço no país, considerando as  obras do PAC, explorações de petróleo do pré-sal, Copa do Mundo, Olimpíada e crescimento da indústria automotiva.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    No dia 19 de abril foi anunciada uma sociedade entre a mineradora Vale e a siderúrgica Sinobras denominada Projeto Aline, cujo investimento será de R$ 7,4 bilhões. A empresa será um desdobramento da Alpa, usina da Vale, com o objetivo de produzir bobinas de aço em Marabá, no estado do Pará.

    A Alpa poderá ter como capacidade produtiva 5 milhões de toneladas e concederá placas de aço para o Projeto produzir anualmente 650 mil toneladas de bobinas quentes e frias e chapas galvanizadas que serão vendidos para outras indústrias, proporcionando o crescimento econômico do Pará.

    Dessa forma, a Sinobras não importará mais aço para sua produção criando condições para a abertura de um novo pólo de desenvolvimento partindo de Marabá, permitindo que empresas demandantes desses produtos, como a de linha branca e de carroceria, se concentrem no local.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    Votorantim Novos Negócios acordou no dia 20 de abril com a empresa chinesa de investimentos Honbridge Holdings a venda do Projeto Salinas, que inclui uma jazida de minério de ferro em Minas Gerais no valor de US$ 390 milhões. Além disso, prevê a construção de um mineroduto de 500 km e um porto na Bahia.

    Parte dos investimentos poderá se originar de outras companhias chinesas, a Xinwen Mining Group Co. (de carvão e outros minérios) e a Shandong Iron and Steel (uma das maiores siderúrgicas da China). A Xinwen já assinou um acordo de cooperação e a Shandong planeja uma participação futura. Notando-se mais uma vez, os esforços chineses para se tornarem independentes da mineração da Vale.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    No dia 16 de abril, a EBX do Brasil e a chinesa Wuhan anunciaram a construção do Complexo Siderúrgico de Açu, cujo investimento é de US$ 5 bilhões (70% por parte da China e 30% do Brasil), no Estado do Rio de Janeiro. De acordo com as estimativas, o Complexo estará pronto em cinco anos, gerando 5 milhões de toneladas de aço.

    Atualmente o Brasil é exportador de matérias primas para a China. Com o investimento, além de importar, a China investirá na produção brasileira e o excedente da produção será exportado para o país. O objetivo da empresa chinesa é se tornar menos dependente do minério de ferro da Vale por conta da alta de preços.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A Ferrous Resources do Brasil anunciou no dia 29 de março, um investimento de R$ 8,8 bilhões no município de Juiz de Fora. A siderúrgica da Ferrous será do tipo integrada, com alto-forno a coque, aciaria a oxigênio e lingotamento contínuo e terá capacidade para 3,5 milhões de toneladas anuais de placas a partir de 2016. Os planos de investimentos do grupo, orçados em R$ 17,9 bilhões, incluem ainda cinco minas e um mineroduto de 400 km de extensão, aptos a transportar 50 milhões de toneladas de minério até um porto que será construído em Espírito Santo.

    A produção e exportação de minério de ferro têm o cronograma dividido em duas etapas, de 25 milhões de toneladas anuais cada uma. Ferrous vai aplicar R$ 6,5 bilhões no desenvolvimento das minas de Santanense (R$ 573 milhões, no município de Itatiaiuçu), Viga (R$ 2,5 bilhões, em Congonhas do Campo), Viga Norte (R$ 551 milhões, em Itabirito), Serrinha (R$ 1,4 bilhão, em Brumadinho) e Esperança (R$ 1,4 bilhão, em Brumadinho).

    Fazendo uso de suas abundantes reservas minerais, as siderúrgicas brasileiras têm buscado a diversidade e a precaução diante da alta dos preços do minério de ferro, investindo na verticalização do processo produtivo, ou seja, desempenhando o papel de mineradoras e siderúrgicas, assegurando a sua estabilidade em relação ao preço do minério de ferro ditado pelo mercado.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Marcel Carneiro

    A siderúrgica Usiminas anunciou a criação de uma nova unidade mineradora a Usiminas Mineração, com investimento estimado no valor de US$ 1 bilhão. Esta nova empresa deverá produzir 29 milhões de toneladas de minério de ferro a partir de 2014. Além de investir em áreas mineradoras, a nova empresa irá incorporar o setor de logística: 20% do capital da MRS Logística e um porto que será construído na Baía de Sepetiba (RJ). Mesmo com o objetivo de abrir o capital, a Usiminas deseja manter o controle acionário desta nova empresa com pelo menos 51% do capital.

    A Usiminas quer fazer uso da mesma estratégia da concorrente Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que possui o controle de toda a cadeia produtiva da extração do minério de ferro até o produto final. Diante disso, com o crescimento previsto da demanda por aço e uma alta dos preços das matérias primas, a empresa estará precavida, pois dependerá de sua própria produção de minério, reduzindo seus custos e, ainda, agregando valor aos seus produtos.