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  • seguros, empresas do setor seguros, empresas do segmento seguros, setor seguros, segmento seguros, economia, macroeconomia
    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    Com crescimento em todos os setores, as seguradoras brasileiras alcançaram um faturamento de R$ 99,2 bilhões no primeiro semestre de 2024, um aumento de 9,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a 44ª edição do Boletim IRB+Mercado, divulgado pela plataforma IRB+Inteligência. O segmento Vida foi responsável por 60% desse avanço, gerando R$ 5,2 bilhões adicionais em prêmios emitidos em relação aos primeiros seis meses de 2023. No mês de junho, o setor arrecadou R$ 17,7 bilhões, um crescimento de 4,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

    Já o índice de sinistralidade, que mede o desempenho operacional das seguradoras, fechou o primeiro semestre de 2024 em 43,6%, uma redução de 0,7 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023, apesar dos impactos da tragédia no Rio Grande do Sul. Para proteger suas operações, as seguradoras brasileiras destinaram R$ 13,4 bilhões para resseguros nos primeiros seis meses de 2024, um aumento de 3,3% em comparação ao mesmo período de 2023, principalmente nos segmentos Patrimonial e Petróleo. O lucro líquido das seguradoras manteve-se praticamente estável em R$ 17,4 bilhões em relação ao primeiro semestre do ano anterior.

    No dia 2 de setembro de 2024, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que visa ampliar a participação das cooperativas no mercado de seguros, promovendo uma maior inclusão dessas organizações nesse setor. Além disso, foi aprovada uma proposta que autoriza a circulação de carros-fortes em vias exclusivas, medida que busca facilitar o transporte de valores com maior segurança e eficiência. Outro tema em discussão foi a solicitação do segmento de dublagem para que os deputados proporcionem uma proteção legal contra o uso de vozes geradas por inteligência artificial. Esse pedido surge diante do avanço da tecnologia, que pode substituir profissionais da área, gerando preocupações quanto à preservação dos direitos dos dubladores. Por fim, debatedores defenderam, durante sessão na Câmara, a necessidade de um maior estímulo ao serviço voluntário no Brasil, ressaltando a importância de incentivar a participação cidadã em ações comunitárias e filantrópicas.

     Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    A incorporação da IA ​​revelou-se particularmente eficaz ao lidar com equipes com recursos limitados e com a necessidade de gerir grandes conjuntos de dados para aderir aos procedimentos de conformidade e gestão de riscos. A IA não apenas melhora o desempenho e as habilidades dos funcionários, mas também é capaz de lidar com grandes quantidades de dados, o que é fundamental para atividades relacionadas a riscos e conformidade. Embora a IA apresente um vasto potencial, sua aplicação eficaz está intrinsecamente vinculada à gestão adequada dos dados, demandando uma navegação cuidadosa por meio do intricado cenário das regulamentações de proteção de dados e das considerações éticas, sobretudo quando se trata de informações pessoais ou sensíveis de clientes.

    A velocidade do acesso à informação esteve nos temas debatidos pelos especialistas e representantes do mercado de seguro na “Atualização do Tratamento Legal dos Seguros no Brasil”, seminário ocorrido no último 17 de novembro de 2023. O objetivo foi analisar o Projeto de Lei 29/2017, que busca estabelecer um novo marco legal do contrato de seguro.  Entre os debatedores, prevaleceu a preocupação em esclarecer dúvidas e oferecer soluções para alguns impactos considerados controversos do texto, que tem como objetivo criar uma lei geral do seguro e define novos parâmetros para relação segurador-segurado. Com a preocupação de aprimorar os direitos do consumidor, revisa vários aspectos da operação de seguros no País e revoga artigos do Código Civil que fazem referência ao setor.

    Dentre elas, destaca-se a obrigação da publicidade do processo de sinistro, segundo os princípios de imparcialidade e de publicidade ao regulador junto aos interessados em seu trabalho. A seguradora está obrigada a fundamentar a decisão de cobertura e a deixar à disposição do segurado o relatório de regulação de sinistro e “todos os documentos produzidos ou obtidos durante a regulação e a liquidação de sinistro que fundamentem sua decisão”, exceto elementos probatórios que “sejam considerados confidenciais ou sigilosos por lei, ou que possam causar danos a terceiros, salvo em razão de decisão judicial ou arbitral”. De acordo com Ernesto Tzirulnik e Luca Giannotti, estas são apenas algumas das várias soluções articuladas pelo projeto de lei desde sua redação original, que, mesmo depois de 20 anos de tramitação, ainda não foram incorporadas ao direito vigente de forma adequada. Segundo eles, seria “realmente uma peculiaridade nossa admitir um procedimento de regulação de sinistro sigiloso, ainda que o Brasil tenha adotado um modelo de regulação de sinistro mais inquisitorial do que a maioria dos outros sistemas”.

     

    Especialista do Setor  Alexandre Favaro Lucchesi

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 29/2017, que estabelece um novo marco regulatório para o setor de seguros, deve ganhar velocidade no Senado Federal após Governo e empresas do setor de seguro chegarem a um entendimento. Parada desde 2017 por divergências, os termos do acordo entre o Ministério da Fazenda, onde está abrigada a Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia que supervisiona os mercados de seguros, previdência privada e capitalização no País, e as seguradoras foram encaminhados como subsídio ao relator da matéria, senador Jader Barbalho (MDB-PA), e sua equipe. 
    Um dos pontos que opunha governo e seguradoras era a regulação do sinistro, ou seja, a forma como é estabelecido o valor da indenização. Foi fechado um conjunto de prazos e a obrigação de as seguradoras compartilharem com os segurados como é fixada a indenização. Outro ponto eram as novas normas para a prestação de informações, com a aplicação de um questionário obrigatório e vinculante, no qual a seguradora deve perguntar tudo o que considere relevante. No dia 3 de outubro, a reunião entre o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, o superintendente da Susep e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, consolidou o acordo no âmbito da Política Nacional de Acesso a Seguros, que pretende dobrar o tamanho do mercado como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil.
    De janeiro a agosto de 2023, o setor regulado pela Susep cresceu 8,6%, com faturamento chegando a 253,77 bilhões de reais. Os seguros de danos aumentaram 12,8% no período, totalizando receita de R$ 83,31 bilhões. Já a receita de seguros pessoais subiu 6,9%, para 141,37 bilhões de reais, segundo a Susep. O seguro de danos inclui coberturas como veículos automotores, enquanto o seguro pessoal inclui produtos como a previdência privada VGBL. O desempenho das pensões foi mais moderado, levando o mercado a reduzir as suas previsões de crescimento para o ano.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    O principal desafio da Susep (Superintendência de Seguros Privados) é fazer com que os seguros, previdência e capitalização estejam a serviço do desenvolvimento nacional previsto na Constituição Federal. A avaliação está sendo conduzida pelo novo superintendente Alessandro Octaviani. Bacharel em Direito, mestre em Ciência Política e doutor em Direito Econômico e Financeiro pela Universidade de São Paulo (USP), Octaviani tem larga experiência na prática jurídica, exercendo cargo jurídico desde abril e diretoria da Sucep desde abril. Em entrevista exclusiva ao InfoMoney, Octaviani destacou a importância da democratização do setor de seguros, entrada de mais empresas e educação financeira. Ele acredita que o mercado brasileiro tem pouquíssimas pessoas com seguro, mas um mercado enorme que precisa ser desenvolvido”. Ele também falou sobre o combate à fraude no mercado de seguros, enfatizando que o órgão precisa ser persistente e muito duro com a más práticas de contratação e execução.
    No Brasil, empresas e empresários não têm a cultura de fazer seguros para suas operações de crédito. Levantamento feito pelo Banco Central sobre o assunto mostra que mais de 30 mil empresas acabaram sendo, em maior ou menor grau, prejudicadas pela crise das Americanas. Ocorre que a combinação de variáveis adversas ao bom funcionamento do mercado de crédito, como inflação e juros altos, desemprego e escalada da inadimplência, somada aos impactos da crise das Lojas Americanas sobre os segmentos de varejo e financeiro, aceleraram no primeiro trimestre a demanda por seguro de crédito no Brasil. Bancos também têm procurado seguradoras como a Coface (Companhia Francesa de Seguros de Crédito e Comércio Exterior) fortemente por seguros de crédito, porque o risco sacado, que é uma operação aceitável, com o processo iniciado no varejo ficou em dúvida.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Em votação simbólica, o Plenário do Senado aprovou o desarquivamento do projeto de lei que trata de uma reformulação do setor de seguros, originalmente proposta na Câmara pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) em 2014, aprovado em 2017, mas arquivado em 2022. Pontos que geram polêmica são a exigência de padronização dos contratos de seguro e registro prévio na Susep (Superintendência de Seguros Privados) e o artigo 73, que dá cobertura indeterminada para sinistros cuja causa ocorra durante a vigência do seguro, mesmo que essa causa só se manifeste após o final da vigência da apólice. Opiniões diversas indicam que esses pontos trariam rigidez na dinâmica de mercado para negociação de contratos e também insegurança jurídica para as seguradoras. Por outro lado, a unificação de normas, também contemplada pelo PL 29/2017, traria mais transparência no intuito de garantir maior proteção das partes envolvidas no contrato negocial, sabidamente consumidores, corretores, seguradoras e órgãos reguladores.

    Entidades e empresas lançaram em março um plano com ações para crescer até 2030, elevando o pagamento de benefícios, sorteios e resgates dos atuais 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) para 6,5% nos próximos anos. A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) acredita que o setor pode atingir até 10% do PIB no período com um plano de desenvolvimento do mercado de seguros, previdência e saúde complementar para aumentar em 20% a população atendida no país e gerar mais recursos para a poupança nacional, especialmente aos brasileiros com menor renda, e barateamento de custos. O projeto deverá ser apresentado ao governo e o seguro deverá atender, de maneira emergencial, o que for atingido. O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, que participou do lançamento, disse que há disposição do novo governo para ampliar o diálogo com o segmento.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Em setembro, foi revogado o artigo 30 da Lei 4.594/64, que regula a profissão do corretor de seguros, sancionado no início de agosto pela Lei 14.430/22 acerca do novo marco da securitização e cria a Letra de Risco de Seguro (LRS). Esse artigo abria a possibilidade de, nos municípios onde não houvesse Corretor legalmente habilitado, as propostas de contratos de seguro relativos a bens e interesses de pessoas físicas ou jurídicas neles domiciliadas poderiam ser encaminhadas às seguradoras por qualquer cidadão, indiferentemente. Também foi revogado o primeiro parágrafo desse artigo 30, que estabelecia que as comissões devidas pela mediação de contratos nesses municípios seriam pagas ao intermediário da proposta, sendo “o corretor habilitado ou não”. Esses profissionais geraram mais de 50% dos novos postos de trabalho no mercado, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Previdência. No período de janeiro a julho de 2022, houve aumento de 4.215 pessoa
    s no número de profissionais com carteira assinada e de 2.373 profissionais Corretores de Seguros, mais da metade do total do mercado.

    O ambiente de seguros tem passado por mudanças significativas com o advento das inovações regulatórias de Insurtechs, open insurance e sandbox, respectivamente o uso da tecnologia para criar modalidades de serviços, o compartilhamento de informações de seguros e previdência entre instituições autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e o ambiente regulatório experimental por ela supervisionado. 

    Os debates sobre Planejamento e Segregação de funções são alguns diferenciais da Nova Lei de Licitações e Contratos 14.133/21, que até meados de 2023 substituirá a Lei 8.666 que regeu o sistema para estes atos da Administração Pública nos últimos 28 anos. Seu impacto sobre o mercado de seguros é o valor superior a 200 milhões esperado a ser investido em obras públicas, uma vez que o limite da garantia solicitada pode ser de até 30% do valor do contrato, sendo que na lei antiga o valor era de 10% do limite contratado.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Em março de 2020, a Susep (Superintendência de Seguros Privados) lançou o Sandbox Regulatório no Brasil com o objetivo de criar um ambiente experimental constituído de condições especiais, limitadas e exclusivas para que os agentes do setor de seguros possam testar projetos inovadores, novos produtos, serviços ou tecnologias, por um período determinado (até 3 anos). Neste ambiente e durante este período, as seguradoras contam com a flexibilização da regulamentação e supervisão para colocar em prática seus projetos.

    Tal iniciativa tem como principal objetivo o desenvolvimento do setor segurador no Brasil a partir da diversificação de produtos, bem como promover uma maior competição entre as seguradoras. Soma-se a isso o ganho de eficiência no mercado segurador, uma vez que tais projetos buscam uma redução dos custos e uma maior facilidade dos processos para os consumidores, com foco na melhoria da experiência do usuário.

    Em duas edições realizadas, o Sandbox Regulatório selecionou 32 projetos, com alguns já em operação. Neste sentido, no dia 1º de junho deste ano, a Susep autorizou a primeira empresa do Sandbox a operar fora do ambiente experimental: a Pier. A empresa foi também a primeira autorizada a atuar dentro do modelo, em dezembro de 2020, porém, agora, poderá atuar em qualquer ramo, sem as limitações definidas até então pelo Sandbox.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Na última atualização do nosso Relatório Setorial, a Lafis listou importantes movimentações no campo regulatório do setor de seguros no Brasil, a maior parte delas realizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), e que foram divulgadas em imprensa oficial ou mídia. Estas iniciativas têm como objetivo principal promover uma maior desburocratização, bem como incentivar a inovação de serviços e de processos e a competição no setor de seguros.

    Somente no início deste ano, diversas ações já foram anunciadas, dentre elas o Plano de Regulação 2022, que consistem em propostas que buscam dar sequência ao processo de simplificação da regulação do setor, reduzindo complexidade e custo regulatório, além de aderir às melhores práticas internacionais, estimular o desenvolvimento do mercado de seguros e adotar abordagem cada vez menos prescritiva e mais principiológica. Apesar da divulgação, alguns executivos do setor esperavam um plano muito mais elaborado.

    É importante citar também a seleção, pela Susep, de 21 projetos para participar da segunda edição do sandbox regulatório. As empresas iniciarão o processo de autorização para poderem atuar, por até três anos, com menor custo regulatório e mais flexibilidade para inovar. Além da customização das coberturas, seguros intermitentes e a cobrança de prêmios considerando o perfil do segurado, os projetos fazem uso de tecnologias como telemetria, geolocalização e imagens de satélite para melhorar a cobertura e a regulação dos sinistros. As propostas incluem produtos alinhados a tendências como o trabalho em regime de home office e iniciativas ESG (Environmental, Social and Governance, em inglês, que significa Ambiental, Social e Governança) como estratégia.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    No início de outubro deste ano, Solange Vieira deixou o comando da Susep (Superintendência de Seguros Privados) após quase 3 anos na função. A decisão foi tomada pelo atual Ministro da Economia, Paulo Guedes, que a direcionou para a condução de relevante projeto no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), como a implementação de programas estratégicos da agenda econômica a serem realizados com a intermediação do banco. Interinamente, o diretor técnico da Susep, Rafael Scherre, assumirá o comando do órgão regulador até a definição de um novo nome.

    Apesar da troca, a expectativa é que muitos dos projetos iniciados por Solange Vieira tenham continuidade, independente do novo comando. Isto porque o objetivo da Susep, nos últimos anos, tem sido promover uma maior desburocratização, bem como incentivar a inovação de serviços e de processos. Estas estratégias foram incentivadas e aceleradas pela pandemia e seu contexto de distanciamento social, o que levou a uma maior busca por serviços remotos e plataformas digitais, além do surgimento de novas necessidades e perfis de usuários.

    Neste sentido, a Susep publicou, no início deste segundo semestre, o edital de seleção para a segunda turma do “sandbox” regulatório. Foram selecionados 21 projetos para participar desta segunda edição, dando início a um processo de autorização que permitirá às empresas participantes atuar no mercado securitário nacional por três anos com menor custo regulatório e maior flexibilidade para criar novos produtos e serviços. Nesta edição foram contemplados mais dois ramos, seguro agrícola e fiança locatícia, mas o ramo de automóveis foi o que teve mais projetos selecionados. Outros projetos que entraram foram os microsseguros de danos para pequeno empreendedor, bicicletas, pets, caminhões, e passagem aérea e hotéis.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Com o objetivo de promover uma maior desburocratização, bem como incentivar a inovação de serviços e de processos, e consequentemente a competição no setor de seguros nacional, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) tem realizado diversas iniciativas nos últimos meses. Dentre as mais importantes está o Open Insurance, uma espécie de Open Banking no mercado securitário nacional que tem como objetivo a criação de um banco de dados aberto para o acesso e compartilhamento de informações dos consumidores, se assim o desejar e autorizar, junto às seguradoras.

    Nos últimos dias, a agência regulatória informou que a primeira fase deste sistema entrará em vigor no dia 15 de dezembro deste ano, e consiste no compartilhamento de todos os dados públicos das seguradoras, devendo ser concluída até junho de 2022. Em seguida, serão compartilhados dados de usuários referentes a seguros e previdência, prevista para setembro de 2022. A expectativa é cumprir todas as etapas até junho de 2023.

    Reduzindo a assimetria de informações entre segurados e seguradoras, o Open Insurance deverá promover uma maior oferta de produtos e serviços, cada vez mais personalizados e, consequentemente, mais competitivos ao estimular a disputa por clientes. Além disso, a iniciativa incentivará a criação de novos tipos de serviços relacionados a seguros, como plataformas de comparação de preços entre diferentes seguradoras, e aplicativos que reúnam dados relacionados ao comportamento do usuário e que poderão ser usados para baratear o custo da apólice e gerar descontos no momento da contratação.

    Apesar dos pontos listados acima, algumas entidades do setor entendem que esse processo tem se dado com pouca discussão e de forma apressada, com a necessidade de revisão das regras e prazos, principalmente diante da atual conjuntura de crise sanitária, que tem exigido tempo e investimentos das seguradoras.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Em 2020, a Susep (Superintendência de Seguros Privados) determinou a implantação do Sistema de Registro de Operações (SRO), onde as registradoras credenciadas e homologadas deverão entregar uma plataforma integrada de supervisão do mercado de seguros. O principal objetivo do SRO é conferir maior transparência ao setor, além de aumentar a eficiência e a segurança no registro das operações de seguros, permitindo a portabilidade das apólices, bem como sua autenticidade e que não sejam duplicadas.

    Com este novo mecanismo, a Susep espera que o mercado de seguros possa se beneficiar também de sua sinergia com outros produtos e serviços a serem desenvolvidos, principalmente no que diz respeito à implantação da apólice eletrônica no Brasil e acelerar o processo de digitalização dos contratos de seguros, tornando o processo mais ágil, transparente e com custos menores.

    Neste sentido, em março deste ano, a Susep estabeleceu as condições e as informações necessárias para o registro facultativo e obrigatório no SRO de parte das operações de seguros de danos (seguro automóvel, seguro residencial, seguros do grupo de riscos financeiros, entre outros) e de seguros de pessoas. Porém, a partir de 2 de agosto de 2021, o registro no SRO passa a ser obrigatório para as operações relativas às apólices, certificados e bilhetes dos seguros de riscos financeiros, com exceção dos ramos de crédito interno e de crédito à exportação, em que a data de inicial da obrigatoriedade será 1º de dezembro de 2021 (SEGS, 2021). A expectativa é que todas as operações do setor deverão integrar o sistema até 2023.

    Desta forma, mesmo diante do cenário conturbado gerado pela pandemia desde o ano passado, iniciativas como o SRO mostram que a Susep, principal órgão regulador do setor de seguros no Brasil, segue atuando ativamente na criação e autorização de normas a fim de promover uma maior modernização no mercado securitário nacional.

    Especialista do Setor: Fernanda Rodrigues


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Após algumas intervenções nos últimos anos, como as reduções nos valores e tentativa de acabar com o seu pagamento compulsório no fim do ano passado, o seguro obrigatório DPVAT vive agora um novo episódio. Em assembléia realizada no dia 24 de novembro deste ano, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) decidiu extinguir o consórcio de seguradoras que compunham a Seguradora Líder e administravam o DPVAT. Esta decisão passará a valer a partir do dia 1º de janeiro de 2021, sendo o governo federal o novo responsável pela administração do seguro.

    A decisão revelou a falência do modelo de gestão do DPVAT, que já vinha sofrendo um desgaste intenso de sua imagem. Das 55 empresas que formavam o consórcio, 36 declararam sua intenção de deixar o grupo, além das investigações fiscais a cerca da atuação da Seguradora Líder nos últimos meses. No início de novembro deste ano, a Susep acionou a empresa a ressarcir R$ 2,2 bilhões referentes a despesas irregulares pagas com recursos públicos do seguro entre 2008 e 2020.

    Agora, o órgão regulador estuda um novo modelo temporário de gestão do serviço, que deverá funcionar de forma gratuita para o contribuinte entre 2021 e 2022, com o objetivo de consumir as reservas excedentes da Seguradora Líder, estimadas em mais de R$ 7 bilhões. Até lá, a Susep defende um modelo de livre concorrência e a venda das apólices por qualquer seguradora, alegando que o atual formato é ineficiente e abre margem para a corrupção. Porém, acredita-se que a obrigatoriedade do seguro deve ser mantida e qualquer mudança a ser implementada deverá passar primeiramente pelo Congresso.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    No último dia 24 de agosto, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) abriu uma consulta pública para avaliar mudanças nas regras dos seguros de grandes riscos, a fim de permitir uma maior customização dos contratos, de forma mais ágil e menos burocratizada, e diferenciando-os dos seguros massificados, que atualmente possuem as mesmas normas.

    A nova regra enquadrará como grandes riscos os seguintes ramos: responsabilidade civil (D&O), riscos de petróleo, riscos nomeados e operacionais (RNO), global de bancos, aeronáuticos, “stop loss”, nucleares e compreensivo para operadores portuários. Para os demais ramos, a classificação para seguros de grandes ricos fica estabelecida quando o limite máximo de garantia (LMG) for superior a R$ 20 milhões, bem como quando o contratante apresentar ativo total superior a R$ 27 milhões ou faturamento bruto anual superior a R$ 57 milhões no exercício imediatamente anterior.

    Com isso, a Susep entende que o porte econômico da empresa, bem como sua capacidade técnica de lidar com os termos do contrato de seguros de grandes riscos, faz com que não seja necessária uma intervenção regulatória tão direta como é feita hoje. Além disso, por envolver contratos de valores elevados, a flexibilização das regras nesta modalidade permitirá não apenas uma ampliação no portfólio de produtos, mas também a oferta de produtos com maior valor agregado, incrementando as receitas do setor.

    Tal flexibilização permitirá também aumentar a participação dos seguros de grandes riscos no País, ainda significativamente baixo em relação aos padrões internacionais, segundo a Susep. Espera-se superar também a limitação no uso desta modalidade em obras públicas, que atualmente permite que esse tipo de seguro tenha cobertura de até 5% na obra apenas.

    É possível verificar, portanto, que todas as mudanças estudadas pela Susep até o momento têm como prioridade desregulamentar o setor de seguros nacional, bem como expandir o número de produtos oferecidos e a cobertura do seguro no país.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    O total de prêmios de seguros acumulado entre janeiro e abril de 2020 somou R$ 35,6 bilhões, segundo dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), resultado 1,2% inferior ao registrado no mesmo período em 2019. No geral, a sinistralidade apresentou queda de 2,6 p.p. no período, chegando a uma taxa de 46,6%, porém ainda é considerada alta.

    Segundo a classificação elaborada pela Lafis, contribuiu para este desempenho negativo a queda observada na arrecadação do prêmio no ramo de automóveis. No acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, houve um recuo de 11,8% no prêmio direto deste segmento, em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto observou-se um avanço de 5,7 p.p. na sinistralidade, o único dentre os ramos analisados. Tal resultado pode ser explicado pela queda de 9,5% em “Automóvel – Casco” no período, já que esta categoria representa mais da metade do prêmio arrecadado pelo ramo de seguros para automóveis (64,3%), e está diretamente relacionado à queda expressiva tanto na produção quanto na venda de veículos no início deste ano.

    De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção nacional de veículos caiu 99,3% em abril deste ano, na comparação com o mesmo período de 2019. Este foi o pior resultado da série histórica e reflete o impacto da pandemia do coronavírus na indústria, que teve suas atividades paralisadas no mês em questão e reabre de forma gradual suas unidades desde a primeira quinzena de maio. Com isso, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), os emplacamentos de veículos tiveram queda de 76% em abril de 2020, na comparação com o mesmo mês do ano passado, somando um total de 55.732 automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões registrados.

    Diante deste cenário, a Lafis acredita que o ramo de automóveis irá contribuir negativamente para o desempenho do setor de seguros nacional em 2020, tendo em vista o importante peso deste segmento dentro da atividade como um todo (34,2% em 2019). Com isso, espera-se uma queda de 0,3% no total do prêmio arrecadado com seguro para automóveis em 2020, sendo esta perspectiva sujeita a alterações mediante a duração e efeitos econômicos das medidas de isolamento social adotadas no combate ao Covid-19.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    De acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o número de insurtechs saltou de 70 para 210 nos últimos três anos no País. Semelhantes às fintechs no Sistema Financeiro Nacional, as insurtechs são startups do ramo de seguros 100% digitais que utilizam da tecnologia para promover a oferta de coberturas mais eficientes e personalizadas, superando os desafios burocráticos impostos às seguradoras tradicionais. Ou seja, o surgimento deste novo modelo de negócio permite a substituição de procedimentos burocráticos, físicos e manuais de negociação pela elaboração de apólices e serviços digitais.

    Por terem sido criadas por empresas fora do mercado tradicional de seguradoras, as insurtechs não possuem atualmente uma política de regulação estruturada por parte da SUSEP, que vem acompanhando a evolução do segmento para a revisão das regras do setor como um todo, a fim de promover uma competição mais justa entre as empresas do mercado securitário nacional.

    Neste sentido, o órgão, juntamente com a Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, estuda a implantação de um modelo de sandbox regulatório no Brasil. Este modelo consiste em um espaço para teste de produtos e serviços inovadores de forma supervisionada, mas sem a aplicação, inicialmente, da regulação vigente. Assim, o experimento de novos produtos será realizado com autorização temporária para operar e, ao final do prazo, poderão obter autorização definitiva ou ser adquiridas por uma seguradora. É preciso destacar, porém, que estes projetos devem comprovar a geração de uma nova tecnologia e seu impacto positivo sobre os segurados.

    Por fim, a ausência de uma estrutura de atuação física favorece a redução de custos das insurtechs, aumentando a tendência de investimentos neste segmento, inclusive por parte das empresas tradicionais do setor. Além disso, outros fatores contribuem para a atratividade deste modelo, como i) a coleta de dados no ambiente virtual, que permite uma melhor análise do perfil do cliente; ii) processos automatizados; iii) personalização dos serviços oferecidos de acordo com as necessidades de cada segurado; e iv) maior agilidade na prestação do serviço, com menor tempo de processamento da negociação e do atendimento ao cliente.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    No último dia 12 de novembro o Governo Federal publicou uma Medida Provisória que prevê a extinção do seguro obrigatório DPVAT (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre). A medida ainda precisa ser avaliada pelo Congresso Nacional em um prazo de 120 dias e, caso aprovada, entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2020. 

    O seguro já vinha sendo revisado nos últimos anos com a redução média de 35% no valor cobrado ao motorista em 2018, e de 63,3% em 2019, chegando a R$ 12,00 n o início deste ano. Consequentemente, a arrecadação do prêmio nesta modalidade reduziu-se significativamente, com queda de 21,0% no prêmio direto em 2018, e de 54,0% entre janeiro e setembro de 2019, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

    A discussão favorável à medida alega seu “potencial de evitar fraudes no DPVAT, bem como amenizar/extinguir os elevados custos de supervisão e de regulação do DPVAT por parte do setor público”, segundo nota do Governo enviada à imprensa. Reforçando este argumento, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) afirma que, em média, apenas 30% do valor arrecadado com o DPVAT é repassado à sociedade em forma de serviço assistencial. Ou seja, de cada R$ 1,00 arrecadado com o seguro, apenas R$ 0,30 é destinado ao pagamento de indenizações provenientes de acidentes de trânsito, enquanto o restante é utilizado para cobrir custos operacionais e tributos indiretos.

    Diante desta conjuntura, a notícia foi bem recebida pelas empresas seguradoras privadas, que veem na medida uma oportunidade para o desenvolvimento de novos produtos e serviços a fim de suprir as funções exercidas até o momento pelo DPVAT, observando-se que o setor de seguro para automóvel privado tem sido beneficiado pelas mudanças no âmbito regulatório. Tais mudanças, que consideram também a flexibilização de contratos e as apólices eletrônicas, viabilizam investimentos para o aprimoramento dos serviços de seguros por meio de inovação tecnológica e diversificação de produtos, permitindo ao setor conquistar uma maior parcela da população não protegida.

    Especialista do Setor: Fernanda Rodrigues


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A Superintendência de Seguros Privados (Susep) anunciou que irá avaliar a oferta de seguros privados customizáveis, ou seja, conforme as necessidades dos clientes, a partir da flexibilização dos prazos de contratação.

    Esta medida foi bem recebida pelas empresas do setor, uma vez que abre oportunidade para a criação de novos produtos, aumentando a competitividade no mercado segurador nacional. Conforme divulgado pela reportagem do Valor Econômico, com este novo modelo seria possível ofertar um seguro para períodos específicos, como o seguro residencial enquanto os moradores viajam, ou um seguro automóvel apenas aos finais de semana, e até mesmo um seguro agro para cada fase do plantio, dependendo do seu nível de risco.

    O desenvolvimento destes novos produtos poderá contribuir positivamente para a trajetória de crescimento do setor de seguros nacional em consonância com a maior adesão dos brasileiros a este tipo de serviço. Apenas no primeiro quadrimestre de 2019, o prêmio direto emitido cresceu 5,4% em relação ao mesmo período do ano passado, levando a uma perspectiva otimista quanto ao desempenho do setor nos próximos meses. De acordo com as projeções da Lafis, o prêmio emitido em 2019 deverá crescer 8,8%, com maior influência dos ramos de seguros pessoais (10,4%) e patrimoniais (10,7%).


    Especialista do Setor Marcel Carneiro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Conforme apurou a reportagem do Valor Econômico, a procura por seguros de responsabilidade civil contra práticas trabalhistas cresceu após a reforma trabalhista. Isto porque entende-se, agora, que as ações dos trabalhadores estão mais bem fundamentadas, elevando o risco para os empregadores. Dentre as principais empresas do setor, a AIG Seguros apontou um crescimento de 30% neste tipo de contrato desde o segundo semestre de 2018, enquanto na Willis Towers Watson Brasil o aumento da demanda foi de cerca de 50%.

    De acordo com a Susep, o “Seguro de Responsabilidade Civil Geral é aquele que garante ao Segurado, quando responsabilizado por danos causados a terceiros, o reembolso das indenizações que for obrigado a pagar, a título de reparação, por sentença judicial transitada em julgado, ou por acordo com os terceiros prejudicados, com a anuência da Sociedade Seguradora, desde que atendidas as disposições do contrato” (Susep, 2017). De 2014 a 2018, o prêmio total pago nesta categoria cresceu 8,8%, enquanto a sinistralidade reduziu 12,9 p.p. no mesmo período.

    Esta tendência vai em linha com as projeções da Lafis quanto ao crescimento do ramo “Demais”, no qual está inserida a categoria R.C. Geral. Em 2018, o crescimento no total de prêmio pago foi de 6,9% em relação ao ano anterior, enquanto a expectativa para o ano de 2019 é de avanço igual a 8,3%.

    Especialista do Setor  Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    O Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS), divulgado pela Fenacor¹, cresceu 23 pontos em outubro deste ano em comparação com o mês anterior, o melhor resultado alcançado neste semestre. Todas as três variáveis que compõem o índice total apresentaram resultado positivo no período: Índice de Confiança das Grandes Corretoras (+26,7 pontos), Índice de Confiança e Expectativas das Seguradoras (+24,4 pontos) e Índice de Confiança e Expectativas das Resseguradoras (+17,7 pontos).

    Os resultados apontam uma retomada significativa da confiança das empresas do setor com a definição do cenário político, até então caminhando para a eleição do candidato à presidência Jair Bolsonaro e que se confirmou no último dia 28 de outubro. Com isso, as seguradoras e resseguradoras esperam reduzir suas incertezas quanto às políticas econômicas a serem adotadas pelo novo presidente eleito e seus efeitos para o setor de seguros nacional.

    Portanto, diante dos resultados consolidados até agosto deste ano e que apontam para um crescimento do prêmio de seguros, bem como para a queda da sinistralidade, somada a uma maior confiança das empresas seguradoras, a Lafis acredita que, em 2018, o setor de seguros nacional avançará 6,9% em termos de faturamento. Destaque para o aumento nas contratações relacionadas aos seguros pessoais e de automóveis, tendo em vista a melhora relativa no mercado de trabalho e o crescimento esperado da venda de veículos leves.

    ¹Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros

    Especialista do Setor  Fernanda Rodrigues.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    De acordo com a Fenacor (Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros), o Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS) atingiu 87,3 pontos em junho de 2018. Este resultado representa a segunda queda consecutiva do índice, sinalizando que aspectos externos, como greve dos caminhoneiros, alta do dólar e incerteza eleitoral, têm influenciado negativamente a perspectiva dos empresários do setor.

    Apesar disso, o segmento vem progredindo em termos internos e organizacionais de modo a adotar novas estratégias para diversificar suas fontes de crescimento. Dentre estas ações está a parceria com redes varejistas para a comercialização de serviços diversificados. O setor visa, além de melhores margens, a vantagem da baixa sinistralidade observada neste canal de venda.

    De forma pioneira, a Via Varejo iniciou, em 2014, uma parceria com a Zurich Seguros para a venda de serviços de garantia estendida aos clientes da rede varejista. Entre os produtos protegidos pelo seguro estão celulares, móveis, linha branca, linha marrom, informática, eletro-portáteis e micro-ondas. Em 2016 um novo contrato foi firmado, desta vez referindo-se à venda e distribuição exclusivas de apólices e bilhetes de seguros.

    Mais recentemente, a Capemisa Seguradora iniciou a oferta de seguros de vida em cartões de redes do setor varejista, sendo este serviço 70% do faturamento total da empresa. Por fim, o Itaú Unibanco, junto à seguradora Chubb Seguros, pretende iniciar um projeto piloto para oferecer seguro para celular por meio de seus parceiros, como Grupo Pão de Açúcar.

    Especialista do Setor  Fernanda Rodrigues.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    O setor de seguros observou, ao final de 2017, crescimento no prêmio de seguros e redução da sinistralidade (+3,7% e -2,7 p.p., respectivamente), uma expansão mais forte que no ano anterior, e as perspectivas para 2018 continuam positivas. O cenário esperado de estabilidade econômica, com baixa taxa de juros, inflação controlada, e melhora no mercado de trabalho e da renda, contribuem para a retomada das contratações de serviços de seguros, tanto por parte das empresas quanto das famílias.

    Para aproveitar tal conjuntura, o setor tem adotado estratégias para se reestruturar, investir em tecnologia e criar facilidades para o cliente. Neste sentido, as seguradoras têm se preocupado em estar disponíveis via aplicativos de celular, bem como em realizar parcerias com insurtechs, vistas como facilitadoras para o desenvolvimento do setor. Segundo apuração feita pela Conexão Fintech, em fevereiro deste ano, existiam 55 insurtechs no Brasil, enquanto que em agosto de 2017, este tipo de empresa somava 27.

    É importante salientar ainda que as ações regulatórias também são extremamente importantes para o bom desempenho do setor de seguros nacional, uma vez que promove uma maior transparência e segurança jurídica na oferta deste tipo de serviço. Uma destas ações é o novo marco regulatório de capitalização, que será anunciado na segunda quinzena de abril pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e que contemplará, além das quatro modalidades atuais (tradicional, popular, incentivo e compra programada), outras duas categorias, com a regulamentação também o instrumento de garantia e a filantropia premiável.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    O setor de seguros observou, ao final de 2017, crescimento no prêmio de seguros e redução da sinistralidade (+3,7% e -2,7 p.p., respectivamente), uma expansão mais forte que no ano anterior, e as perspectivas para 2018 continuam positivas. O cenário esperado de estabilidade econômica, com baixa taxa de juros, inflação controlada, e melhora no mercado de trabalho e da renda, contribuem para a retomada das contratações de serviços de seguros, tanto por parte das empresas quanto das famílias.

    Para aproveitar tal conjuntura, o setor tem adotado estratégias para se reestruturar, investir em tecnologia e criar facilidades para o cliente. Neste sentido, as seguradoras têm se preocupado em estar disponíveis via aplicativos de celular, bem como em realizar parcerias com insurtechs, vistas como facilitadoras para o desenvolvimento do setor. Segundo apuração feita pela Conexão Fintech, em fevereiro deste ano, existiam 55 insurtechs no Brasil, enquanto que em agosto de 2017, este tipo de empresa somava 27.

    É importante salientar ainda que as ações regulatórias também são extremamente importantes para o bom desempenho do setor de seguros nacional, uma vez que promove uma maior transparência e segurança jurídica na oferta deste tipo de serviço. Uma destas ações é o novo marco regulatório de capitalização, que será anunciado na segunda quinzena de abril pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e que contemplará, além das quatro modalidades atuais (tradicional, popular, incentivo e compra programada), outras duas categorias, com a regulamentação também o instrumento de garantia e a filantropia premiável.

    Especialista do Setor  Fernanda Rodrigues.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) criou, em novembro deste ano, um grupo de trabalho para debater a operação das empresas que atuam sem autorização no setor de seguros. Tais empresas não cumprem as regras e os critérios preestabelecidos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), causando prejuízos à população por não haver uma proteção jurídica para o consumidor.

    Dentre as regras, estão as de solvência - que atestam a condição que uma companhia possui, entre ativos e passivos, para arcar com seus compromissos financeiros; as bases técnicas atuariais que visam a estabelecer probabilidades de riscos; e a fiscalização em relação às condições legais para eleição dos seus administradores.

    De acordo com a SUSEP, há pelo menos 200 processos administrativos referentes apenas à proteção veicular em apuração de indícios de irregularidades. Além disso, a autarquia está analisando outros 20 processos referentes a seguros de vida e acidentes pessoais.

    Apenas para ilustrar as consequentes perdas do setor devido às empresas irregulares, as apólices de automóveis geraram um total de R$ 16,1 bilhões em pagamento de sinistros, de janeiro a setembro deste ano, por parte das empresas autorizadas. Em 2016, as indenizações deste segmento somaram R$ 21,2 bilhões.

    Especialista do Setor: Fernanda Rodrigues.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Apesar do mau momento que a economia brasileira vive, o setor de Seguros tem se mostrado resiliente diante das dificuldades. Em 2015, o faturamento total do mesmo cresceu 6,9% em termos nominais, de acordo com o estudo divulgado pelo Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP). 

    Entre os segmentos, o destaque vai para Saúde, que apresentou aumento de 13% no faturamento e fechou o ano com R$ 32,4 bilhões em prêmios. O ramo de Pessoas teve um aumento nos prêmios de 6%, totalizando R$ 33,2 bilhões, enquanto o segmento de Automóveis contabilizou R$ 33,3 bilhões – crescimento de 3% e relação a 2014, impactado fortemente pela queda nas vendas de veículos novos. Não houve modificação no topo do ranking das maiores seguradoras em 2015. A Bradesco Seguros permanece como a maior empresa do setor, com 23% de market share, seguida pelo Banco do Brasil-Mapfre (12,75%) e SulAmérica (12,0%). 

    O cenário em 2015, mesmo com uma queda real de 3,8% no faturamento – descontada a inflação medida pelo IPCA – é uma demonstração da força do setor em atuar de forma positiva para sustentar os indicadores dentro da margem esperada. Com a perspectiva de melhora nos indicadores econômicos para o próximo biênio 2016-2017, é esperado que setor de Seguros volte a crescer a taxas de dois dígitos, retomando assim a trajetória de expansão do mercado no Brasil – que ainda é bastante diminuto em comparação ao mercados desenvolvidos, como o europeu e norte-americano.

    Analista Responsável pelo Setor: Robson Poleto


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    No século XXI, os avanços tecnológicos vêm mudando de forma acelerada os padrões de consumo. Em 2015, o e-commerce brasileiro faturou mais de 41,3 bilhões de reais, com destaque para as categorias de telefonia, eletrodomésticos, informática e casa e decoração. De acordo com a pesquisa da E-bit/Buscapé, os clientes estão adotando cada vez mais o chamado omnichannel, no qual há a integração entre lojas físicas e virtuais, como por exemplo a compra online e retirada na loja.

    Este cenário tem muito a ver com as mudanças no perfil do consumidor. A média de idade dos “cyber clientes” é 43 anos, representando uma população que tem poder de compra e passou por todas as transformações tecnológicas relevantes (PC, internet, smartphones). Quando se trata da população jovem a situação é ainda mais impressionante. Com uma média de 80 horas/mês gastas em dispositivos móveis, os chamados “millennials” – jovens entre 16 e 36 anos – priorizam compras online e em aplicativos mobile. Com isso, as empresas do varejo estão tendo que investir pesado no desenvolvimento desses canais de venda, inovando com novos formatos de acesso e formas de atrair a atenção do consumidor cada dia mais ávido por novidade.

    Além do tradicional varejo, outros segmentos também estão adentrando o mundo virtual de vendas. É o caso do setor de seguros, que observando a mudança no perfil dos clientes, esta criando e implementando novos sistemas digitais antifraude, viabilizando a venda em massa de apólices via internet. A ideia é disponibilizar uma gama de serviços digitais, levando aos segurados novas experiências de consumo e assistência.

    Analista Responsável: Robson Poleto


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Em sua quinta edição, o Allianz Risk Barometer 2016 – relatório anual da Allianz Global Corporate & Speacialty (AGCS), apresentou os resultados obtidos em entrevistas com mais de 800 especialistas em risco e seguros de 40 países. De acordo com os dados, as empresas se dizem cada vez mais preocupadas com o a vulnerabilidade que a globalização impõe ao processo produtivo. Além disso, a constante inovação e migração para os sistemas online tornam os crimes cibernéticos uma nova e crescente preocupação dos gerentes de risco.

    O relatório mostra que o risco de interrupção dos negócios (business interruption - BI) se eleva com a internacionalização da produção ou das fontes de fornecimento. Casos como a incêndio no porto de Tianjin na China, em agosto de 2015, chamaram a atenção para o impacto que desastres locais podem ter a nível mundial – neste caso em particular, interrompendo o fornecimento de insumos para muitas empresas ao redor do mundo. 

    Não só desastres naturais ou acidentes, mas também problemas geopolíticos e socioambientais podem ocasionar perdes decorrentes de BI. Para as seguradoras, isso mostra que eventos regionais podem significar não pedidos de cobertura no local do incidente, mas também em locais além-mar que podem ser prejudicados de alguma maneira pelo ocorrido, através das linhas de seguro de BI.

    De maneira similar, os crimes cibernéticos também estão entrando na pauta de preocupação das empresas. Com o aumento da complexidade dos processos e uso cada vez mais sistemas integrados, torna-se relevante considerar possíveis problemas cibernéticos que venham a paralisar os negócios. Com isso, o calculo dos riscos e a ação preventiva, como securitização destes eventos, impõe às seguradora atenção e esforço neste que, de acordo com especialistas da área, pode ser um dos segmentos de maior crescimento no setor para as próximas décadas.

    Analista Responsável: Robson Poleto


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A oferta pública de ações da Caixa Seguridade deverá acontecer em 2015. Para a Caixa é uma oportunidade para reorganizar a sua área de seguros e ampliar o desempenho da empresa em nichos ainda pouco explorados. Isso porque, a venda de ativos apresenta-se como alternativa para a obtenção de capital necessário para a continuidade do ritmo de expansão da carteira de crédito da empresa. A iniciativa para a operação tem como base o modelo bem sucedido da BB Seguridade, em que a oferta pública de ações arrecadou R$ 11 bilhões em abril de 2013. Para alguns especialistas no assunto, é possível estimar que a Caixa seguros possua um valor de mercado de R$ 29 bilhões. Até o momento, a Caixa avalia apenas o IPO do seu segmento de seguros. 

    Caso ocorra, o IPO (Initial Public Offering) trará uma receira bilionária para o Tesouro, ajudando no cumprimento da meta de superávit primário. Entretanto, é importante frisar que, as ações da holding de seguros pertencem à Caixa, dessa forma, apenas o banco lucraria com a operação, porém o resultado gera ganhos indiretos ao Tesouro, uma vez que a operação é tributada e, potencialmente, aumenta os dividendos distribuídos para a União. Segundo o jornal Valor Econômico, o imposto incidente na operação pode chegar a 40% do valor movimentado. 

    Ainda não está definido o percentual do capital da Caixa Seguridade que será ofertado na bolsa, porém estima-se que seja próxima de 33,75%, mesma porcentagem ofertada na abertura de capital da BB Seguridade. Desse modo, a Caixa deterá o controle acionário da holding, mesmo após o IPO. Entretanto, é importante considerar que operação ainda está em um estágio inicial, de forma que ainda não está claro o tamanho que a oferta de ações pode chegar. Além disso, especialistas do mercado financeiro afirmam que ainda não é o melhor momento para a operação, pois é necessário uma recuperação maior da conjuntura econômica e uma retomada consistente da bolsa.           
     
    Analista do Setor de Seguros - Amanda de Brito Andriotta


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Mesmo com as incertezas no cenário econômico brasileiro, o mercado de seguros no País apresenta-se otimista. O que mostra essa percepção são os índices calculados pela Fenacor: Índice de Confiança e Expectativas do Setor de Seguros (ICSS), Índice de Confiança e Expectativas das Seguradoras (ICES), Índice de Confiança e Expectativas das Resseguradoras (ICER) e Índice de Confiança das Grandes Corretoras (ICGC). 

    Os quatro índices apresentaram aumentos em seus indicadores em dezembro, em relação ao mês anterior, indicando um maior grau de confiança das seguradoras e resseguradoras, além de demonstrar as expectativas favoráveis dos corretores de seguros quanto ao mercado nacional.

    O setor de seguros no País possui mercados ainda pouco explorados, o que garante relevantes oportunidades de crescimento. Um desses mercados, em específico, é o seguro de transporte internacional, que representam cerca de 0,5% do total de prêmios emitidos em todos os ramos. Essa participação está abaixo da potencialidade do ramo, dada a expressividade da corrente de comércio brasileira.    

    Para 2015, a Lafis projeta um crescimento de 10,5% no faturamento total do setor.   

    Analista do Setor de Seguros: Amanda de Brito Andriotta


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A Fundación Mapfre lançou um relatório em que apresenta a evolução do mercado latino americano de seguros nos últimos dez anos (2003-2013), utilizando dados estatísticos de dezoito mercados seguradores, além de destacar os fatores que influenciaram sua evolução. Segundo a publicação, o mercado apresentou crescimento de dois dígitos em oito dos anos analisados e o Brasil foi o país que liderou o crescimento regional do setor. Entre os elementos positivos que impactaram no crescimento do segmento estão a situação econômica que a região atravessou no período, com destaque ao aumento no nível de empregos, às vendas de bens e automóveis, à maior demanda de créditos de consumo e hipotecas, aumento do poder aquisitivo da população e ao maior acesso a produtos e serviços que não eram utilizados anteriormente.

    Em dez anos, o mercado segurador da América Latina obteve aumento nominal de 358% dos prêmios emitidos e entre os países que mais aumentaram o volume de prêmios, no período, foram o Brasil ocupando o primeiro lugar, seguido pela Venezuela e a Argentina. Em adicional, destaca-se que as perspectivas para os próximos anos são otimistas e o desempenho do setor de seguros tem grande potencial de crescimento na região, mesmo inserido em um contexto de desaceleração econômica observada em alguns países, por exemplo, a economia brasileira.    

    Sobre o mercado brasileiro, em específico, observa-se que a tendência dos últimos anos será mantida, impulsionado  por produtos que atendam demandas específicas, nichos de mercados ainda pouco explorados e a maior percepção das pessoas da importância de ter um seguro. Desse modo, para 2014, a Lafis estima um crescimento de 12,0%, atingindo R$ 92,96 bilhões de prêmios emitidos.

    Analista do Setor de Seguros: Amanda de Brito Andriotta

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    No dia 7 de agosto desse ano foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff a Lei complementar 147/2014, que insere as corretoras de seguro no Simples Nacional. Ao unificar oito tributos cobrados pela União, estados e municípios, das micro e pequenas empresas, o programa faz com que a carga tributária seja menor para as categorias beneficiadas. Podem aderir ao projeto empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões, com a lei passando a vigorar a partir de janeiro de 2015.

    A inclusão das corretoras no SuperSimples, o que vinha sendo pleiteado há muitos anos, representa uma conquista que, na prática, dá início a um novo ciclo da trajetória da categoria. A mudança para aqueles que aderirem ao programa, como é o caso de pequenos corretores e empresas familiares, possibilitará uma arrecadação tributária mais justa, fazendo com que estas empresas consigam concorrer de forma mais equiparada com as grandes corretoras.

    O Simples Nacional torna possível para as micro e pequenas empresas transformarem os benefícios de uma menor arrecadação tributária em ganhos dentro da empresa, como uma maior qualificação dos funcionários por meio de treinamentos, geração de novos empregos, melhoria na qualidade do serviço prestado entre outros, que por fim podem trazer benefícios financeiros e mais oportunidades ao setor.     

    Analista do Setor de Seguros: Amanda de Brito Andriotta

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    O Grupo Argo Seguros, que tem sede em Bermudas, anunciou investimento de US$ 10 milhões no Brasil. A companhia é especializada em riscos corporativos de propriedade, transporte e linhas financeiras, com foco na cobertura de pequenas e médias empresas. No país, tem estudado a entrada nas áreas de energia e de seguro garantia, que cobre a entrega de obras e serviços, áreas em que já atua em outras localidades.

    O investimento será utilizado para aumentar o capital da seguradora, aberta há quase dois anos no país, além de ser utilizado na abertura de uma resseguradora admitida (caracterizada por ter sede no exterior, mas que necessita aportar um capital mínimo de US$ 5 milhões, além de ter escritório de representação no país). 

    Na operação de resseguro, a companhia seguradora transfere para o ressegurador o risco assumido através da emissão de uma apólice ou um conjunto delas, podendo ser indenizado caso venham a ocorrer danos. Além da resseguradora admitida, existem outros dois tipos de resseguradoras no Brasil: a local, que tem que aportar um capital mínimo de R$ 60 milhões e montar estrutura no país e a eventual, em que é necessário apenas um cadastro na Susep (Superintendência de Seguros Privados). 


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A seguradora italiana Generali investe R$ 150 milhões com o objetivo de aumentar a capacidade de subscrever em até R$ 450 milhões em riscos.

    A empresa quer aumentar sua participação de 0,35% no setor de seguros e aumentar seu share no mercado brasileiro, uma vez que o mercado de seguros europeu foi fortemente afetado após a crise econômica mundial. Devido a isso,  a estratégia da empresa é ganhar mercado no Brasil, pois o setor vem apresentando forte crescimento nos últimos anos, sendo que somente em 2011 apresentou um crescimento de 16,6% no prêmio de seguro. 

    Um dos pontos que empresa irá investir é no microcrédito, como por exemplo, o  oferecimento de seguros via celular em uma parceria com a operadora TIM está sendo estudada. O microcrédito, com crescimento do rendimento médio da população brasileira, principalmente das classes D e C, apresenta uma ótima oportunidade de expansão ao setor, devido à possibilidade de aumentar o número de segurados e produtos.