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  • petroquímica, empresas do setor petroquímica, setor petroquímica, química, empresas do setor química, empresas do segmento química, setor química, segmento química, economia, macroeconomia

    Há tempos o setor químico e petroquímico esperava o  retorno das isenções fiscais previstas do regime Especial da Indústria Química (Reiq) para destravar uma série de investimentos que estavam no papel. E foi isso que ocorreu deste agosto do ano passado, quando foi assinado o decreto que beneficia o setor.

    Segundo levantamento da Lafis, desde setembro de 2024 (logo após a vigência do Reiq), foram anunciados nove ações de investimentos por parte dos players do setor, somando R$ 1,38 bilhões em novo investimentos.

    Somente a Braskem anunciou, em janeiro deste ano, que vai investir R$ 614 milhões em projetos de ampliação de capacidade em instalações na Bahia, Rio Grande do Sul e Alagoas. A companhia afirmou que a ampliação será de cerca de 139 mil toneladas e vai ocorrer PE, PVC e outros produtos químicos.

    O REIQ é uma política pública que oferece incentivos fiscais para a indústria química e petroquímica. Este regime especial prevê a redução das alíquotas da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre as matérias-primas e insumos utilizados na produção de produtos químicos. O objetivo é reduzir os custos de produção, estimular investimentos e impulsionar a competitividade internacional da indústria brasileira.

     Analista Responsável Felipe Souza


     Foi editada medida que eleva de 12,6% para até 20% a tarifa de importação de diversos produtos petroquímicos. Tal aumento terá vigência de um ano, com expectativa de impacto positivo na indústria química e petroquímica brasileira, por tornar mais competitiva a produção nacional frente aos importados.

    Para o presidente executivo da Abiquim, André Passos, “garantir medidas fiscais protetivas é vital para manter a operação das cadeias de produção e atrair novos investimentos para o país”. Ainda segundo a entidade, a medida poderá deverá ampliar a arrecadação do Governo em R$ 12 bilhões em um ano, além de tornar mais competitiva a produção nacional frente aos importados.

    De fato, o setor vem vivendo um período bastante adverso em termos de resultados e posicionamento frente à concorrência internacional. A própria Abiquim tem demonstrado ao governo as consequências do “aumento anômalo na entrada de produtos químicos no país, principalmente vindos da Ásia, afetando de forma acentuada e negativamente a produção brasileira”.

     

    Analista Responsável Felipe Souza


    O setor deverá sofrer com os impactos econômicos negativos advindos da Medida Provisória (MP) 1.227/24, anunciada pelo Ministério da Fazenda para aumentar a arrecadação da União como compensação à desoneração da folha salarial dos 17 setores que mais empregam e dos municípios.

    Pelo texto (que está sendo contestado no Congresso), a medida do governo restringe o uso de créditos de PIS/Cofins pelas empresas de diversos setores. Em 2025, esse valor perdido pelo setor deve chegar a R$ 60,8 bilhões. Já a manutenção da desoneração da folha de pagamentos, que provocou a edição da MP 1.277, produz impacto positivo para a indústria de R$ 9,3 bilhões neste ano.

    A Abiquim destaca que a medida vem num momento de grande fragilidade da indústria química brasileira, cuja produção nacional sofre com a entrada desenfreada e predatória de importados, desencadeando uma ociosidade de 36% na capacidade instalada do setor.

    Não é por mesmo que, após a análise dos meses mais recentes da conjuntura deste ano, a Lafis julgou adequado rebaixar as projeções operacionais e de faturamento do setor traçadas na edição passada. A ociosidade elevada está forçando as empresas a realizarem mais paradas para manutenção, fato que gera custos adicionais aos processos de produção. Assim, isto deverá impactar negativamente o desempenho agregado do setor no ano, o que levou a Lafis a rever suas projeções.

    Analista Responsável Felipe Souza


    O forte aumento da produção no setor petroquímico na China e nos Estados Unidos levou a um excesso de oferta mundial de produtos químicos industriais usados na fabricação de plásticos e provocou uma redução tão grande no preço dos materiais novos que tornou economicamente inviável sua produção em diversas unidades produtivas menos eficientes.

    A China foi responsável por 60% do aumento de capacidade na área petroquímica em 2023, de acordo com novos números da S&P Global. A produção também explodiu nos EUA por causa do boom do gás de xisto, o que levou a uma oferta excessiva de materiais como o polietileno que não se via desde os anos 1980.

    Deste modo, a indústria química nacional, que já sofre com a perda da competitividade com relação ao setor externo, o qual inunda o mercado nacional de importados, tem mais esse novo desafio que marca a mais nova conjuntura do setor.

     

    Analista Responsável Felipe Souza


    No primeiro semestre deste ano, a indústria química e petroquímica obteve seu pior desempenho dos últimos 17 anos em termos de produção.

    Mais uma vez, a invasão das importações vem tomando espaço da produção nacional, na continuação de um processo que vem sendo observado há décadas e vem prejudicando todo setor que hoje gera 2 milhões de empregos diretos e indiretos no país e responde por 11% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial.

    É tentando sanar tal quadro que uma frente parlamentar vem defendendo a criação de um marco regulatório da indústria química. Segundo eles, ao lado do Regime Especial da Indústria Química (Reiq - que permite a isenção de PIS/Cofins na compra de produtos usados na indústria petroquímica nacional), tal arcabouço legal e fiscal poderá garantir às empresas muito mais segurança no processo de instalação, crédito, amortização, amadurecimento e investimento no país, sendo esta a solução para que empresas brasileiras possam concorrer em igualdade de condições com as grandes multinacionais que atuam no setor.

    Analista Responsável Felipe Souza

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    Atualmente, um debate acerca de mudanças na legislação da composição do gás natural está afetando direta e indiretamente uma importante estratégia da indústria química e petroquímica: aumentar a utilização do etano como matéria-prima do setor.

    O etano, um dos componentes do gás natural — bem como o metano, propano e butano, atualmente recebe uma limitação de seu teor máximo no gás natural. Acontece que existe um recente debate acerca da possibilidade de aumentar este teor máximo, a fim de flexibilizar as regras que permitiriam expandir a produção de gás.

    Se por um lado isto afetaria positivamente a oferta e a disponibilidade de gás natural no mercado nacional, por outro lado, a indústria química teme que o Brasil desperdice, assim, o potencial de uso do etano como matéria-prima estratégica, uma vez que ele estaria inserido em maior quantidade no gás natural. Ou seja, existe o risco de que a flexibilização dos limites do etano contido no gás natural retire a disponibilidade desta molécula para a indústria química e petroquímica.

    Analista Responsável Felipe Souza

    De certo, ainda que o momento atual não esteja favorável ao aquecimento do setor, a saber: no acumulado dos primeiros nove meses do ano, o índice de quantum da produção da indústria química acumulou retração de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A retração da produção nacional ocorre numa conjuntura mundial marcada pela alta dos preços e pela escassez de recursos energéticos, com consequente impacto na inflação, nos juros e no custo logístico, sobretudo causados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.

    No entanto, para o ano de 2023, sendo uma das principais fornecedoras de insumos ao setor da construção, a indústria química e petroquímica pode ser beneficiada com o reaquecimento do setor, seja pela retomada da “Minha Casa, Minha Vida”, bem como pela retomada dos diversos projetos em infraestrutura paralisados há anos em todas as regiões do Brasil.

    Além do mais, a Indústria química prevê crescimento de pedidos com o programa de universalização do saneamento básico. Para o setor, atender a meta de universalização do fornecimento de água e de coleta de esgoto representa, por exemplo, deve aumentar cerca de 70% a demanda nacional de cloro. Não só o cloro, o setor químico está presente em várias fases do processo de saneamento, desde a preparação da obra, com o uso do geotêxtil, geralmente feito de propileno, à concretagem, que usa aditivos químicos em concretos especiais. Está também na rede de distribuição de água ou de captação de esgoto, que pode seguir a linha do polipropileno ou de PVC, que usam eteno e cloro.

    Neste sentido, tais premissas fazem a Lafis a projetar que o setor apresente um crescimento de 5,7% da produção em 2023, demonstrando que a trajetória de incremento produtivo deverá ser retomada, agora de forma mais capilarizada entre todos os segmentos de produtos químicos e petroquímicos, não somente nos mais os voltados aos produtos alimentícios ou delivery, mas sim para setores da construção civil, de infraestrutura, entre outros.

    Analista Responsável Felipe Souza


    O ano de 2021 foi favorável para o setor em termos de taxa de crescimento da produção, vendas externas e faturamento. No acumulado de 2021, o índice médio de produção de produtos químicos de uso industrial apresentou expansão de 5,0%.

    No entanto, deve-se salientar que o índice de produção ainda esteja abaixo do pico da série (2017) e que o faturamento veio a reboque do aumento dos custos produtivos das produtoras químicas e petroquímicas do setor, portanto, influenciando pouco nas margens operacionais destas empresas.

    De fato, os apontamentos acima não são para minimizar os resultados conseguidos, sobretudo num cenário conjuntural ainda marcado por uma das piores crises sanitárias e econômicas os últimos anos, no entanto, servem para completar o entendimento mais profundo da conjuntura vivida pelo setor.

    Assim, a Lafis acredita que a conjunção entre os fatores que determinam a economia nacional levará um aumento de 2,8% da produção em 2022, demarcando dois anos consecutivos de crescimentos satisfatórios, atingindo os valores nominais de 2016 (ano anterior ao pico da série). Mediante as perspectivas observadas, espera-se que o faturamento do setor químico de uso industrial se mantenha em elevação (13,2%/21). Ressalta-se que esta variação positiva é oriunda muito mais da expansão das receitas de comercialização dos produtos químicos que sofreram um ajuste de seus preços do que dos resultados do volume de vendas. Assim, tal choque de custos acaba por inflar o faturamento, sem que represente necessariamente uma melhora das margens do setor ou da rentabilidade do negócio.

    Analista Responsável Felipe Souza

    O setor Químico e Petroquímico nacional adentra o ano de 2022 com uma importante derrota político-econômica: no último dia do ano anterior, o presidente Jair Bolsonaro editou medida provisória que revoga imediatamente o Regime Especial da Indústria Química (Reiq). O Reiq é um benefício fiscal, que reduz as alíquotas de PIS e Cofins incidentes sobre matérias-primas petroquímicas de primeira e segunda geração, como nafta, etano e butadieno. 

    A justificativa do governo para o fim do regime é a necessidade de compensar a desoneração do Imposto de Renda que seria recolhido por empresas aéreas sobre o leasing de aeronaves, prevista na MP 1.034/2021. 

    A MP editada surpreendeu o setor porque, após amplo acordo no Congresso, o Reiq foi mantido até janeiro de 2025, com redução gradual, em uma lei que havia sido sancionada em julho de 2021. Cerca de 20 empresas são afetadas pelo fim do Reiq, das quais a Braskem é a maior atingida. 

    A Abiquim estima que o fim abrupto do Reiq deve tornar inviável a operação de diferentes parques industriais no país, o que poderia levar ao fechamento de até 85 mil postos de trabalho. Além do mais, somente o fato do Governo editar uma medida tão drástica, à toque de caixa, acaba por criar uma profunda insegurança jurídica não só para a química, mas para toda a indústria brasileira. 

    Como a medida provisória tem prazo de validade curto, devendo ainda ser apreciada pelo Congresso num prazo de 6 meses para se tornar ou não uma lei, provavelmente novas reviravoltas devem surgir neste período. Neste tempo, o setor fica a mercê das vontades e necessidades políticas tão comuns do nosso jeito brasileiro de governar erraticamente.  

    Especialista do Setor Felipe Souza

    Na cadeia de fornecimento de materiais para saneamento, a indústria química é uma das mais animadas.

    Para o setor, atender a meta de universalização do fornecimento de água e da coleta de esgoto representa, por exemplo, aumentar cerca de 70% a demanda nacional de cloro.

    Não só o cloro, o setor químico está presente em várias fases do processo de saneamento, desde a preparação da obra, com o uso do geotêxtil, geralmente feito de propileno, à concretagem, que usa aditivos químicos em concretos especiais. Está também na rede de distribuição de água ou de captação de esgoto, que pode seguir a linha do polipropileno ou de PVC, que usam eteno e cloro.

    Analista Responsável Felipe Souza

    A Câmara dos Deputados aprovou em junho a Medida Provisória nº 1.034/21 e pelo novo texto, o Regime Especial da Indústria Química (REIQ) será extinto em quatro anos. O REIQ surgiu em 2013 com um objetivo de garantir maior competitividade ao setor químico brasileiro por meio da desoneração das alíquotas de PIS/Cofins incidentes sobre a compra de matérias-primas básicas petroquímicas da primeira e da segunda geração.

    Além da insegurança jurídica, que marca uma repentina mudança regulatória com efeito em elevação de custos no curtíssimo prazo, seu fim representará um aumento de impostos para a cadeia química, elevação dos custos dos produtos que pode gerar retração de demanda da indústria química brasileira da ordem de R$ 2,2 bilhões, e ainda uma piora no quadro geral de competitividade.

    No entanto, para compensar os impactos da iniciativa, as empresas do segmento tentarão debater com o governo federal e com o Congresso nacional a implantação de novas medidas competitivas que amenizem os reflexos na cadeia produtiva.

    Apesar de nada material estar em vias de acordo, a ala política já se mostrou inclinada a procurar conjuntamente formas de minimizar os impactos do fim Regime Especial da Indústria Química e novas formas de trazer mais competitividade ao setor.

    Especialista do Setor Felipe Souza

    O setor está lamentando a publicação da Medida Provisória nº 1.034, 1º de março de 2021, que entre outras ações revoga o Regime Especial da Indústria Química (REIQ). 

    O REIQ foi criado em 2013 e garantia maior competitividade ao setor químico brasileiro por meio da desoneração das alíquotas de PIS/Cofins incidentes sobre a compra de matérias-primas básicas petroquímicas.

    Há muitos meses, players do setor junto à Abiquim vinham pressionando o Governo para que o REIQ não fosse extinto, alegando que sem as isenções previstas, o setor passaria por um choque de custos que fatalmente prejudicaria sua demanda, bem como muitas cadeias produtivas que o setor químico e petroquímico está inserido.

    Além do mais a extinção traz maior insegurança jurídica, uma vez que muda as regras e alíquotas tributárias, prejudicando o planejamento estratégico operacional.

    De certo, a extinção do REIQ vem em linha com a orientação de retirada dos subsídios setoriais, numa tentativa de recompor a receita do Governo, bem como equalizar as diferentes alíquotas, (que hoje são bastante distintas) entre os setores produtivos, a fim de consolidar uma taxa média para todos. No entanto, por outro lado, qualquer mudança tributária fatalmente representa um revés para qualquer setor que já adaptou seu planejamento estratégico (tanto de investimento, quanto produtivo) baseado nas premissas que eram vigentes até então. 

    Analista Responsável Felipe Souza

    No acumulado de 2020, o índice de produção de produtos químicos de uso industrial apresentou uma mínima expansão de 0,1%.

    Até meados de fevereiro, os resultados rumavam para uma boa performance do setor. No entanto, com a eclosão e disseminação do Covid-19 houve uma mudança radical do cenário. 

    O segmento de produtos químicos de uso industrial foi significativamente afetado pelos efeitos da pandemia, especialmente por conta do forte declínio da demanda geral e pelos efeitos negativos do isolamento social e paralisação de diversas atividades econômicas.

    Naquele momento, mesmo que alguns segmentos ainda tenham se beneficiado pela elevação da demanda por insumos utilizados no combate à Covid-19 (como produtos de limpeza, sanitizantes e detergentes, descartáveis hospitalares, embalagens de alimentos, entre tantos outros), uma parcela majoritária do setor que fornece para clientes ligados à construção civil, ao setor automobilístico e aos bens de consumo duráveis, sentiram a demanda praticamente sumir, o que impactou diretamente na retração da produção, sobretudo nos meses de março e subsequentes

    No entanto, a partir do quarto trimestre se observou o movimento de franco fortalecimento da demanda que alavancou a produção, inclusive, acima do esperado. Na média do 4º trimestre de 2020, o índice de produção subiu 11,01% na comparação com mesmo período de 2019, fato este que trouxe o índice ao terreno positivo (não obstante ser uma mínima taxa de expansão).

    Analista responsável Felipe Souza

    Aguardando votação pelo Executivo, o Projeto de Lei (PL) 6407/13 instaurará um novo marco regulatório para o setor de gás no país, o que na prática facilitará a entrada de atores privados no segmento, ao prever que as entrantes deverão ter uma simples autorização (outorga) no lugar de concessão pública para atuar.

    Com isso, espera-se que uma quebra do monopólio atual de fornecimento do gás, impactando na maior competição entre os fornecedores e queda do preço. Isto traria um choque de custos muito benéfico ao setor químico e petroquímico, que utiliza largamente este insumo para a produção de diversos componentes.

    Vale lembrar que o modelo atual faz com que o preço de venda do gás natural no Brasil seja superior aos praticados na Europa e nos Estados Unidos, portanto retirando parte da competitividade da indústria nacional.

    Após seis anos de discussões, o texto foi aprovado pela Comissão de Minas e Energia em julho e recebeu regime de urgência na tramitação. O setor aguarda os próximos passos e espera que o código de leis e regulamentações do país funcione como um instrumento de auxílio ao bom funcionamento e competitividade do setor, e não o inverso.

    Especialista do Setor Felipe Souza.

    No acumulado dos primeiros cinco meses deste ano, o índice médio da produção de produtos químicos de uso industrial apresentou retração de 7,2%

    Até meados de fevereiro, os resultados indicavam uma performance melhor em 2020 em comparação aos resultados observados nos dois anos anteriores. No entanto, com a eclosão e disseminação do Covid-19 houve uma mudança radical do cenário. 

    O segmento de produtos químicos de uso industrial foi significativamente afetado pelos efeitos da pandemia, especialmente por conta do forte declínio da demanda geral e pelos efeitos negativos do isolamento social e paralisação de diversas atividades econômicas.

    Mesmo que alguns segmentos ainda tenham se beneficiado pela elevação da demanda por insumos utilizados no combate e no tratamento da Covid-19 (como produtos para tratamento de água, produtos de limpeza, sanitizantes, gases medicinais, descartáveis hospitalares, embalagens de alimentos, detergentes/desinfetantes, medicamentos, entre tantos outros), uma parcela majoritária do setor que fornece para clientes ligados à construção civil, ao setor automobilístico e à indústria de bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos, sentiram a demanda praticamente sumir, o que impactou diretamente na retração da produção, sobretudo a partir do mês de março.

    Especialista do Setor Felipe Souza.

    Em relação aos impactos da crise do Covid-19 nos principais setores demandantes de insumos químicos e petroquímicos a Lafis julga importante tecer um rápido panorama conjuntural dos dois mais importantes: a indústria da construção e a indústria automobilística.

    Em relação a cadeia da indústria automobilística, destaca-se que já em março, houve paralisação da produção em todas as montadoras País, ciclo este que só foi atenuado no início de maio quando algumas retomaram parcialmente suas atividades. Já a atividade industrial na construção civil caiu de forma inédita nos meses da pandemia.

    Deste modo, pode-se afirmar que os resultados positivos observados nos primeiros meses do ano deverão ser facilmente superados pelo mau desempenho que a indústria química desempenhou em março, abril e maio e continuará desempenhando mesmo após a fase mais crítica da pandemia, fazendo com que a Lafis projete que a produção deste setor apresente decrescimento de 4,5%. 

    Mesmo que haja indicação ainda de algum aquecimento, por conta da ampliação da demanda em segmentos da cadeia química são utilizados para garantir a higienização dos ambientes (cloro, álcool gel, sanitizantes, desinfetantes, detergentes, entre outros), os demais setores negativamente afetados serão mais impactantes nesta queda produtiva.

    Especialista do Setor Felipe Souza

    Nos primeiros cinco meses de 2019, o índice médio de produção de produtos químicos de uso industrial apresentou queda de 1,6%. Desde o início do ano o índice, que até apresentou resultados positivos naqueles meses, vem decaindo uma vez que a produção química e petroquímica é diretamente impactada pelos maus resultados da atividade industrial nacional ao longo do ano.

    Deve-se acrescentar que foram apontados alguns problemas operacionais, entre fevereiro e março, que afetaram as operações das unidades, com destaque no nordeste do País. Também, a alta de insumos básicos e de energia (como gás natural), impactou ainda mais a já comprometida competitividade do setor, pressionando os custos unitários de produção justamente em um momento em que o nível operacional se encontra em patamares baixos.

    No entanto, se no curto prazo o cenário não é nada animador, os players do setor apostam em um ponto que poderá retirar o setor da penúria: a abertura do mercado de gás natural deverá atrair investimentos ao setor nos próximos anos. 

    O governo federal está para publicar medidas de abertura do mercado de gás natural. As medidas passam pela liberação de compartilhamento de infraestrutura, uso compartilhado dos dutos e de terminais da Petrobras e o impedimento da cartelização do setor e prometem, segundo o próprio Governo, dobrar a oferta de gás natural até 2024. Assim, tal ação deverá fazer com que projetos parados há anos sejam reativados neste e nos próximos anos, além de atrair novos investimentos.

    Especialista do Setor Felipe Sanches

    A indústria química nacional ainda vive os efeitos da crise de 2015 e 2016 que demora a ser superada. De acordo com as projeções da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a produção do setor deverá sofrer queda de 1,8% neste ano

    Este insatisfatório resultado operacional fez com que o setor produtivo recuasse nos seus planos de expansão. Ainda segundo as estimativas da Abiquim, em 2018, os investimentos do setor de produtos químicos de uso industrial no Brasil deverão recuar 30% em relação ao ano anterior, fato este que demonstra baixa confiança do empresariado que este quadro se reverta no curto e médio prazo. 

    Tal desconfiança foi alimentada ainda mais pela Medida Provisória 836/2018, que prevê o fim do Reiq, um regime tributário especial que desonera alíquotas de PIS/Cofins para importação de nafta e outros produtos destinados à indústria química. Com a finalidade de elevar a arrecadação do Governo, a MP somada à volatilidade do câmbio deverá causar um impacto bilionário ao setor, uma vez que trará um aumento de custo para toda a cadeia.

    Assim, ao que tudo indica, o próximo ano ainda trará grandes obstáculos ao desenvolvimento do setor, de certo, a Lafis projeta certa valorização cambial que pode minorar a elevação dos custos das matérias-primas e maquinário importado, no entanto, caso seja aprovado o fim do Reiq, o setor se encontrará no seguinte dilema: conviver com uma margem operacional mais reduzida, ou tentar repassar este aumento de custo para seu preço final num contexto de baixa demanda, correndo o risco de perder parte das vendas.

    Especialista do Setor Felipe Souza.

    Nada mudou, ainda impera as incertezas quanto ao fornecimento da nafta ao mercado interno em virtude do longo impasse contratual travado pelas as gigantes Brasken e Petrobras. 

    A discordância se dá em virtude da inclusão (ou não) de um valor adicional referente ao custo de importanção. A Petrobras alega que este custo adicional deve ser repassado ao preço final da nafta de forma equalizar o preço praticado localmente com o internacional da nafta, já a Braskem contrapõe argumentando que a nafta produzida pela Petrobras no Brasil é suficiente para abastecer quase que, em absoluto, a indústria nacional e a Braskem acha que não tem de pagar pela cota de importação, que é uma opção comercial da Petrobras.

    Este clima de impasse e incerteza perdura desde 2013 e vem se arrastando por meio de contratos e aditivos de curto prazo. Desde aquele ano, foram firmados três aditivos de seis meses, sendo que o último, firmado em agosto, foi de apenas dois meses.

    Assim, cada vez mais, se consolida um cenário desfavorável a novos investimentos no setor e de ingerência dos custos operacionais da empresas já instaladas, uma vez que a nafta é fornecida pela estatal para Braskem que, por sua vez produz os itens básicos usados por, praticamente, toda a cadeia nacional de químicos e plásticos.

    Analista Responsável pelo Setor: Felipe Souza.


    Com  o cenário incerto e os problemas políticos vividos pela Petrobrás , o impasse quanto à renovação do contrato de fornecimento da nafta (principal matéria-prima do setor petroquímico) deve se alongar  ainda mais nos próximos meses. O próprio presidente da Brasken, Carlos Fadigas, já admitiu que a substituição da equipe diretiva da Petrobrás irá impactar todas iniciativas importantes que a estatal está fazendo. 

    As duas empresas envolvidas, a Braskem e a Petrobrás vem travando, há mais de um ano, uma batalha comercial e de nervos que decidirá os termos de fornecimento deste insumo. Caso o contrato não se renove, há grande risco de que o fornecimento da matéria-prima seja comprometido impactando negativamente toda cadeia da indústria química e petroquímica.

    O fato é que nenhuma das duas companhias quer ceder em relação as suas posições: a proposta da Braskem de manter estático o preço da nafta versus  a proposta da Petrobrás de elevar o preço da nafta para fortalecer seu caixa.

    Analista do Setor: Felipe Sanches


    Não é novidade que a indústria química nacional não vive um bom momento. De acordo a Abiquim, no acumulado de janeiro a maio deste ano, enquanto a produção recuou (-7,07%), a demanda interna, medida pelo consumo aparente nacional, ficou praticamente estável. Isso indica que, mais uma vez, os importados ganharam terreno no mercado brasileiro.

    Mesmo com uma provável recuperação do setor no segundo semestre, é esperado pela Lafis uma ligeira queda na produção para o ano de 2014, ainda com o avanço dos produtos importados no mercado nacional.

    Esse desempenho reflete a contínua perda de competitividade do setor químico  nacional, que perpassa por problemas como a alta carga tributária, precária infraestrutura logística e energética, bem como a elevação do preço dos insumos do setor, que fazem com que que a produção nacional concorra desigualmente com os produtos importados.


    O Cade decidiu favoravelmente à compra da empresa uruguaia do ramo químico American Chemical pela Oxiteno. Os valores da operação, que foi anunciada em maio do ano passado, não foram revelados, mas se estima que a transação demandou US$ 79 milhões.

    Como a Oxiteno é a única empresa que produz no Brasil o álcool graxo etoxilado, principal insumo na fabricação de Less, o Cade impôs a exigência de se firmar uma acordo em que a empresa se compromete a vender esse insumo a preços normais praticados pelo mercado, uma vez que tal aquisição poderia dificultar o acesso ao insumo pelas empresas concorrentes.

    O acordo firmado entra a Oxiteno e o Cade deve contribuir para que a competitividade de outras empresas do setor químico não decaia ainda mais. O setor ainda não vive uma conjuntura favorável e as importações de produtos químicos fabricados localmente crescem de forma acentuada, enquanto a ociosidade das plantas instaladas se mantém em níveis elevados, ressaltando a perda de competitividade da indústria química brasileira.


    O grupo holandês IMCD comprou o controle majoritário (estimado em 70%) do capital da brasileira Makeni. O valor também não foi divulgado. Com esta ação, a IMCD garante a entrada no mercado brasileiro.

    A Makeni está entre as cinco maiores desse segmento no Brasil e conta com dois centros de distribuição no país – na Bahia e São Paulo. 

    Com esta ação, a IMCD espera encapar ganhos de um mercado com forte potencial de expansão. O mercado de distribuição de produtos químicos nacional, que movimenta aproximadamente US$ 6,5 bilhões por ano, sendo que as companhias distribuidoras instaladas no Brasil movimentam apenas 11% dos produtos químicos – a maior parte é realizado pelas próprias empresas produtoras do setor químico.

    O grupo alemão Evonik, um dos maiores produtores globais de especialidades químicas, anunciou seu projeto de construção de sua primeira fábrica fora da Europa e dos Estados Unidos. Trata-se se sua fábrica produtora de sílica, uma das principais matérias-primas para produção de borracha, consumida em larga escala pelas indústrias de pneus

    A cidade escolhida foi Americana (SP), sendo que o custo e a capacidade da unidade (a ser inaugurada em 2015) ainda não foi informada, pois o projeto está em fase inicial. Esse investimento faz parte um ciclo de expansão da multinacional na América do Sul que consumirá cerca de € 200 milhões.

    A empresa alegou que uma das principais razões para escolha do país é que o Brasil, não obstante não estar entre as nações de menores custos operacionais, detém grande valor estratégico entre os países emergentes e que porta um grande mercado consumidor de pneus.


    A Brasbio Química instalará uma fábrica produtora de glicerina bruta no Polo Farmacoquímico de Goiana (PE). Tal unidade gliceroquímica receberá investimentos na ordem de R$ 180 milhões e tem previsão de início das atividades para janeiro de 2015.

    Em plena operação, a fábrica terá capacidade de processar 120 toneladas de glicerina bruta por dia e será fornecedora para as indústrias química, petroquímica, alimentícia e farmacêutica, que utilizam o insumo para a produção de cosméticos, combustíveis, adoçantes e produtos farmacêuticos.

    Por ser considerado um Polo estratégico, o Governo pernambucano concederá à Brasbio (bem como à outras empresas deste perfil) incentivos do Programa para o Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe), que garante descontos de 95% no crédito presumido do Imposto sobre ICMS.


    A Lanxess anunciou investimento de cerca de R$ 200 milhões em sua fábrica de Triunfo (RS) para converter a produção de borracha de estireno butadieno em emulsão (E-SBR), utilizada na produção de pneu padrão, para borracha de estireno butadieno em solução (S-SBR), usada na produção de "pneus verdes" que, comprovadamente, reduzem o consumo de combustível. A expectativa é de que a fábrica já convertida comece a operar no fim de 2014. 

    Tal ação foi tomada em virtude de dois fatores: o bom desempenho da indústria automotiva no Brasil e a crescente demanda do insumo; além da nova exigência da União Europeia pela rotulagem em pneus com informações sobre aspectos de segurança e ambientais do produto (no Brasil, a rotulagem será exigida a partir de 2016).

    Mesmo com o satisfatório desempenho do setor automotivo (um dos principais demandantes do setor químico e petroquímico), este é o primeiro investimento relevante anunciado nos últimos meses pela indústria, que vive um período de estagnação.


    A Companhia Monsanto, indústria multinacional de agricultura e biotecnologia, anunciou que investirá cerca de R$ 47,6 milhões, nos próximos cinco anos, para o desenvolvimento de novas tecnologias que elevarão a produtividade na  produção  do glifosato ácido (matéria-prima utilizada para produção de herbicida), o que fará com que a Monsanto acirre a concorrência frente à produção estrangeira - sobretudo a chinesa.

    Há alguns anos, a produção deste intermediário foi severamente ameaçada quando a única fábrica do país (situada em Camaçari - BA) a produzir o glifosato correu o risco de fechar as portas devido à perda de competitividade frente à concorrência com os produtos chineses - quando o preço sofreu uma variação de US$ 12,50 o quilo desse material para apenas US$ 2,50.

    A necessidade de colocar a fábrica para trabalhar a todo vapor  tem ligação direta com a demanda mundial de alimentos, que vem crescendo em grande escala.


    A necessidade de expandir os negócios para outros mercados que não o europeu (dado o cenário de crise no velho continente) fez com que uma grande empresa multinacional do setor químico direcionasse seus esforços para o mescado nacional.

    A gigante alemã de especialidades químicas Evonik, abrirá duas novas unidades no Brasil: uma em  Americana (SP) e outra  em Castro (PR), as quais consumirão cerca de R$ 350 milhões. A fábrica paulista irá produzir princípios ativos para a indústria de cosméticos, já a unidade paranaense fornecerá  produtos para a agroindústria.

    Tal movimento consolida a tendência do setor de expansão e diversificação em direção à novos mercados emergentes. Isto se confirma observando volume de fusões e aquisições visto desde o início do ano.


    Mesmo com a persistência da turbulência no cenário econômico mundial, a multinacional alemã Basf anunciou que irá manter seus planos de investimentos no Brasil que giram em torno da cifra de € 500 milhões para os próximos cinco anos além dos € 500 milhões já anunciados para a construção da fábrica de ácido acrílico na Bahia que tem operação prevista para 2014.

    Além do pólo baiano, a companhia vai elevar a capacidade de produção de suas duas outras fábricas - o complexo industrial de Guaratinguetá (SP), onde se concentram os negócios químicos e de defensivos, e de São Bernardo, no Grande ABC, unidade de tintas. 

    Conjuntamente à tal ação, a empresa deixou explícita sua estratégia global de expandir as vendas em países emergentes focando aportes em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para reforçar seu portfólio em inovação sustentável, considerado estratégico e de extremo importância para que a empresa, bem como o setor não sofram com de flutuações econômicas conjunturais.


    A Rhodia, empresa especializada em produtos químicos e controlada pela belga Solvay, em parceria com a norte americana Cobalt, construirão no Brasil sua primeira fábrica global de bio n - butanol. O produto, no qual o Brasil não é autosuficiente, será obtido através do bagaço da cana de açúcar, em processo semelhante ao da geração de etanol de segunda geração. O projeto será executado em duas etapas: a primeira através de uma unidade de demonstração instalada ao lado de uma usina de etanol (a partir de 2013) e a segunda com a construção de uma fábrica para produção industrial que deverá entrar em funcionamento à partir de 2015.

    A capacidade de fabricação em escala industrial poderá atingir até 100 mil toneladas por ano e poderá suprir a demanda anual do país (50 mil toneladas). O Brasil importa mais de 60% das suas necessidades de butanol que é derivado de matérias primas fósseis e é utilizado na produção de solventes voltados para o segmento de tintas para a indústria automobilística.

    Essa fábrica representa uma inovação tecnológica no setor químico e petroquímico, o que poderá gerar uma dinâmica alternativa a essa indústria que constantemente vem sendo prejudicada pela importação de componentes químicos dessa mesma natureza.


    A Braskem anunciou que irá inaugurar, em julho, sua segunda unidade de produção de butadieno no pólo petroquímico de Triunfo (RS), antecipando assim, em cinco meses a inauguração da data inicialmente prevista. Com investimentos de R$ 300 milhões, a nova unidade poderá dobrar a capacidade de produção de butadieno em Triunfo (hoje 106 mil toneladas/ano), produzindo cerca de 100 mil toneladas de butadieno/ano somente para exportação aos EUA, México e Argentina. 

    Além do mais, o aumento da produção do produto irá criar sinergias com a planta já instalada no pólo, permitindo uma economia de pelo menos 30% no investimento em comparação com o que seria necessário para construir uma fábrica a partir do zero. A tal economia, somou-se a disponibilidade de insumos básicos e à facilidade do transporte do butadieno a partir do terminal fluvial próprio até o porto de Rio Grande, de onde o produto será exportado, bem como a isenção fiscal (do ICMS) concedida pelo Governo do Estado para a compra de equipamentos e máquinas importadas (desde que desembarcadas em portos gaúchos), além de autorizar a Braskem a pagar fornecedores locais com créditos tributários.

    Tal ação também foi incentivada pela queda de produção na norte-americana de butadieno em virtude de modificações técnicas de suas unidades, nas quais estão em processo de substituição gradual da nafta para o gás natural como insumo básico para as plantas petroquímicas. O gás,  abundante e barato no país, é eficiente para a produção de eteno e propeno, porém dele não é possível extrair aromáticos como o butadieno. Além do mais, com o aquecimento do mercado da borracha sintética (na qual utiliza para sua produção o butadieno), visto no biênio anterior, afetou positivamente os preços do butadieno no mercado internacional. 


    A Innova, empresa controlada pela Petrobras, anunciou um investimento da ordem de US$ 250 milhões destinado à duplicação da capacidade de produção anual de etilbenzeno e estireno de sua fábrica localizada no Polo Petroquímico de Triunfo (RS).

    A estimativa é de que a nova planta esteja em plena operação no segundo semestre de 2014, representando o segundo maior investimento da estatal no setor petroquímico.

    O Polo Petroquímico de Triunfo é um complexo industrial formado pela Innova e mais cinco empresas: Brasken, DSM, Lanxess, Oxiteno e White Martins, sendo responsável por cerca de 3,5% do total da riqueza gerada no estado.


    A Amyris, empresa especializada na produção de químicos e combustíveis renováveis, em parceria com a usina Alvorada, irá construir uma unidade de produção de farneseno, a ser localizada no complexo usineiro de Araporã em Minas Gerais. A intenção inicial de que ela entre em operação na safra 2013/14.

    O acordo entre as duas empresas garantirá a Amyris o abastecimento de 16 milhões de toneladas de caldo de cana, matéria prima para a produção do farneseno, uma molécula que pode ser transformada em várias especialidades químicas, plástico verde, lubrificantes e combustíveis.

    A Amyris ainda conseguiu a aprovação de um aporte de R$ 22 milhões em financiamento do BNDES para a construção da primeira unidade de produção em escala industrial, que será construída na cidade de Piracicaba (SP).


    A petroquímica Braskem poderá contar com uma linha de crédito no valor de R$ 2,46 bilhões que auxiliará a empresa a dar prosseguimento ao seu plano de investimento para o período de 2011 a 2013, no valor de R$ 4,27 bilhões, extravasado para mais três anos posteriores (até 2016).

    Quanto ao plano trienal da Braskem, este inclui a aquisição de máquinas e equipamentos, além de investimentos sociais, ambientais e em tecnologia e inovação. Já a linha obtida junto ao BNDES, que será desembolsada até 2016, financiará a manutenção de unidades produtoras de Polímeros, no Rio de Janeiro e Bahia, e projetos de pesquisa e desenvolvimento em São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia e Alagoas, verba a ser liberada à medida que os projetos forem aprovados pelo banco estatal.

    Esse não é o único financiamento do BNDES para projetos petroquímicos. A instituição financeira já havia aprovado uma linha de R$ 2,59 bilhões para três grandes fábricas de matérias-primas para a Petroquímica Suape, construídas pela Petrobras em Pernambuco

    A Lanxess, empresa alemã transnacional, líder em especialidades químicas e plásticas no mundo, atuante em 30 países (somente no Brasil opera com 13 unidades) anunciou dois novos investimentos, totalizando cerca de R$ 75 milhões no Brasil.
    Será adicionada uma nova unidade produtiva na planta da companhia em Porto Feliz (SP), interior de São Paulo, destinada à produção de plásticos de alta tecnologia (20 mil toneladas/ ano). Produto cada vez mais demandado pela indústria automotiva na produção de carros mais leves e com menor consumo de combustível. Para tal ação serão dependidos aproximadamente R$ 50 milhões sendo que a nova unidade deverá entrar em operação em meados de 2013. Outro projeto prevê a criação de uma unidade, a ser inaugurada no fim de 2012, de produção de borracha de base biológica em sua unidade de Triunfo (RS),  com gastos previstos de                 R$ 25 milhões.
    De acordo com a empresa, o Brasil se constitui como um mercado em franco crescimento e elevado potencial de consumo trazendo boas oportunidades a Lanxess. Segundo informações cedidas pela própria empresa, o Brasil é responsável por 10% das vendas globais anuais. Este é o principal motivo para que a multinacional também tenha anunciado que produzirá no Brasil, ainda nesta ano, a borracha monômero de etileno propileno dieno, a primeira borracha deste tipo derivada exclusivamente da cana-de-açúcar.

    A Amitech, empresa brasileira controlada pelo grupo colombiano Inversiones Mundial, uma das maiores corporações da América do Sul, que fabrica resinas, tintas, produtos químicos, bens de consumo e tubos de poliéster reforçado com fibras de vidro, esta planejando dispender a quantia de US$ 20 milhões para a instalação de uma fábrica em Alagoas em 2012.
    O Governo do estado vem trabalhando para estimular o desenvolvimento do setor e garantir a consolidação da cadeia produtiva da química e do plástico no Estado. As empresas lá instaladas podem auferir vantagens pelo menor custo de aquisição dos terrenos, bem como o menor preço do gás natural, quando comparado as demais áreas de diversos Pólos da região Nordeste. Tais empresas contam também com um ICMS diferido para aquisição de equipamentos, matérias-primas, insumos entre outros.
    Mesmo com a queda do índice de produção da indústria química no acumulado do ano até julho (-4,73%/2010), o faturamento do setor, sustentado pelo índice de preço observado nos primeiros sete meses (14,6%/2010), deve apresentar expansão em relação ao ano de 2010, cujo resultado de faturamento já haviam sido bastante expressivo (expansão de 13,05%), se expandindo em cerca de 5,3%.

    Com a expectativa que aponta para um bom desempenho do faturamento do setor, influenciado basicamente pela maior demanda por derivados de petróleo e produtos químicos de base, além da tentativa de solucionar o atual déficit produtivo, atualmente dependente de importações de matérias primas, as indústrias químicas e petroquímicas pretendem, em seu conjunto, investir aproximadamente US$ 25 bilhões até 2015. Deste total, US$ 5,2 bilhões já estão em andamento, sendo que o restante, já fora aprovado e deverá ser aplicado em breve.

    São muitos os exemplos de ações de expansão da capacidade produtiva em andamento: a Braskem está concluindo aportes para a construção da fábrica de butadieno no valor de R$ 300 milhões, bem como a construção, já em andamento da unidade de PVC em Alagoas (R$ 1 bilhão). Do mesmo modo, a Dow Chemical deverá investir cerca de US$ 1,5 bilhão para construir uma unidade de etanol integrada a uma fábrica química em Santa Vitória (MG). A Vale Fertilizantes está finalizando aporte de R$ 432 milhões em Uberaba (MG), para ampliação da produção de ácido fosfórico e ácido sulfúrico. A Petrobras gastará somente no Comperj, em Itaboraí (RJ), cerca de US$ 8,5 bilhões.

    Tal conjunto de ações de expansão da capacidade produtiva é considerado um avanço, embora seja relativamente pequeno frente à necessidade imperiosa de suprir os grandes pontos de estrangulamento produtivo que o setor detém. Prova disto são os constantes déficits comerciais ( -US$ 11,67 bilhões neste semestre) que o setor apresenta e que são gerados pela grande quantidade na importação de insumos e equipamentos para produção.


    Com a expectativa que aponta para um bom desempenho do faturamento do setor, influenciado basicamente pela maior demanda por derivados de petróleo e produtos químicos de base, além da tentativa de solucionar o atual déficit produtivo, atualmente dependente de importações de matérias primas, as indústrias químicas e petroquímicas pretendem, em seu conjunto, investir aproximadamente US$ 25 bilhões até 2015. Deste total, US$ 5,2 bilhões já estão em andamento, sendo que o restante, já fora aprovado e deverá ser aplicado em breve.

    São muitos os exemplos de ações de expansão da capacidade produtiva em andamento: a Braskem está concluindo aportes para a construção da fábrica de butadieno no valor de R$ 300 milhões, bem como a construção, já em andamento da unidade de PVC em Alagoas (R$ 1 bilhão). Do mesmo modo, a Dow Chemical deverá investir cerca de US$ 1,5 bilhão para construir uma unidade de etanol integrada a uma fábrica química em Santa Vitória (MG). A Vale Fertilizantes está finalizando aporte de R$ 432 milhões em Uberaba (MG), para ampliação da produção de ácido fosfórico e ácido sulfúrico. A Petrobras gastará somente no Comperj, em Itaboraí (RJ), cerca de US$ 8,5 bilhões.

    Tal conjunto de ações de expansão da capacidade produtiva é considerado um avanço, embora seja relativamente pequeno frente à necessidade imperiosa de suprir os grandes pontos de estrangulamento produtivo que o setor detém. Prova disto são os constantes déficits comerciais ( -US$ 11,67 bilhões neste semestre) que o setor apresenta e que são gerados pela grande quantidade na importação de insumos e equipamentos para produção.


    Com a expectativa que aponta para um bom desempenho do faturamento do setor, influenciado basicamente pela maior demanda por derivados de petróleo e produtos químicos de base, além da tentativa de solucionar o atual déficit produtivo, atualmente dependente de importações de matérias primas, as indústrias químicas e petroquímicas pretendem, em seu conjunto, investir aproximadamente US$ 25 bilhões até 2015. Deste total, US$ 5,2 bilhões já estão em andamento, sendo que o restante, já fora aprovado e deverá ser aplicado em breve.

    São muitos os exemplos de ações de expansão da capacidade produtiva em andamento: a Braskem está concluindo aportes para a construção da fábrica de butadieno no valor de R$ 300 milhões, bem como a construção, já em andamento da unidade de PVC em Alagoas (R$ 1 bilhão). Do mesmo modo, a Dow Chemical deverá investir cerca de US$ 1,5 bilhão para construir uma unidade de etanol integrada a uma fábrica química em Santa Vitória (MG). A Vale Fertilizantes está finalizando aporte de R$ 432 milhões em Uberaba (MG), para ampliação da produção de ácido fosfórico e ácido sulfúrico. A Petrobras gastará somente no Comperj, em Itaboraí (RJ), cerca de US$ 8,5 bilhões.

    Tal conjunto de ações de expansão da capacidade produtiva é considerado um avanço, embora seja relativamente pequeno frente à necessidade imperiosa de suprir os grandes pontos de estrangulamento produtivo que o setor detém. Prova disto são os constantes déficits comerciais ( -US$ 11,67 bilhões neste semestre) que o setor apresenta e que são gerados pela grande quantidade na importação de insumos e equipamentos para produção.


    A Basf anunciou investimento da ordem de € 500 milhões para construir uma unidade de ácido acrílico, (além do acrilato de butila e polímeros superabsorventes-SAP) no pólo petroquímica de Camaçari (BA). A intenção é que a unidade comece a ser construída ainda em 2011. A expectativa é de início de produção em 2014.
    O pólo de Camaçari foi escolhido em função da disponibilidade de matéria-prima (propeno) além de um acordo firmado com a Braskem S.A., a maior indústria química do Brasil que será a fornecedora de matérias-primas para o projeto.
    Em função do forte crescimento do Brasil observado em 2010, a BASF (atualmente líder global e regional na cadeia dos acrílicos) decidiu realizar tal investimento objetivando fortalecer sua posição na liderança. O ácido acrílico é uma importante matéria-prima usada para a produção de tintas, fraldas descartáveis e absorventes íntimos, sobretudo. Atualmente, esse produto é 100% importado. O consumo aparente do mesmo foi da ordem de 120 mil toneladas em 2010 e deve superar as 200 mil toneladas em 2018.

    Grandes projetos de investimentos movimentarão o setor químico brasileiro. A Basf, indústria química alemã, informou que R$ 400 milhões deverão ser alocados nos próximos cinco anos para a conclusão de sua nova fábrica de metilato de sódio em Guaratinguetá-SP, com capacidade prevista de 60 mil toneladas anuais. Está em voga também a possibilidade de se produzir ácido acrílico e superabsorventes em solo nacional, uma vez que há apenas a produção de acrilato de butila no Brasil e que o ácido acrílico e os polímeros superabsorventes utilizados na América do Sul, são importados integralmente.

    A Braskem, por sua vez, prevê aportes que somam R$ 1,6 bilhão destinados à projetos de expansão da produção de diversos produtos químicos e petroquímicos, como é o projeto de expansão da fábrica produtora de butadieno, matéria-prima utilizada para a produção de borracha, que terá uma nova capacidade de 100 mil toneladas aumentando em 30% a produção atual. Tal montante de recursos ainda pode se elevar, em virtude da perspectiva de aprovação de uma nova planta de Polipropileno produzido a partir do etanol (PP Verde) ainda neste ano.

    A indústria química está em plena expansão no Brasil. Mediante as boas perspectivas observadas, tanto no âmbito do Pré-Sal quanto o aproveitamento do etanol na industria química. Espera-se que o faturamento do setor se mantenha em elevação, 10,6% em 2011, principalmente com a entrada em operação de novas unidades industriais nos próximos anos.

    A empresa belga de produtos químicos, Solvay, anunciou a aquisição da sua concorrente francesa, Rhodia, por US$ 4,8 bilhões. Entretanto, a transação ainda depende da aprovação dos órgãos reguladores americanos e europeus, além dos acionistas da Rhodia. A compra ocorre na esteira de um processo de reestruturação do setor, em nível mundial, principalmente quanto ao direcionamento de investimentos, como reflexo das perspectivas favoráveis de muitas empresas quanto aos mercados emergentes vis à vis a baixa dinâmica dos mercados desenvolvidos.

    A operação envolve, globalmente, um volume em negócios de cerca de US$ 17 bilhões. No Brasil, entretanto, a aquisição não deverá impactar consideravelmente a estrutura do setor químico, essencialmente, por dois motivos: o alto custo de obtenção de insumos, como gás natural e eletricidade, que desestimularia a realização de investimentos, inclusive em pesquisas; e o fato de tais empresas atuarem em segmentos diferentes, o que faz com que haja pouca sobreposição das suas operações mas sim, um processo de complementaridade de portfólios. Diante disso, a aquisição permitirá a atuação de forma mais ampla no mercado nacional sem, contudo, alterar as características específicas desse mercado.

    Quanto aos ganhos em sinergia, a Solvay almeja aumentar rápida e consistentemente a sua participação em mercados emergentes, especificamente Ásia e América Latina, onde a Rhodia possui forte presença. Juntas, as duas empresas terão participação de 40% nas vendas de produtos químicos nesses mercados, que apresentam taxas de crescimento atrativas.


    A Braskem, uma das principais fornecedoras de insumos quimicos e petroquimicos  para a produção industrial no Brasil, planeja investimentos na instalação de uma nova fábrica de butadieno (uma das principais matérias primas para a produção da borracha sintética) que deverá aumentar sua oferta do insumo em cerca de 30%. O local ainda esta indefinido, mas a região mais cotada para o empreendimento é o Rio Grande do Sul, em função dos possíveis incentivos econômicos e tributários que o Governo do estado oferece. O montante do investimento deverá ser de cerca de R$ 300 milhões.

    Acompanhando a trajetória de crescimento do mercado interno, principalmente  a das grandes montadoras de veículos, as fabricantes de pneus anunciaram investimentos que,  juntos, alcançam um montante de aproximadamente US$ 550 milhões. A Braskem, seguindo essa tendência, aponta sua estratégia para o suprimento da demanda do butadieno que será necessário em diversos segmentos, porém, em especial as empresas do setor de pneumáticos. Além disso, existem as expectativas positivas advindas dos projetos relacionados ao Pré-Sal, em especial as centrais petroquímicas cuja construção vem sendo realizada pela Petrobras e que podem garantir o abastecimento de nafta,  necessária na produção de diversos insumos químicos, incluído o butadieno.

    A petroquímica mexicana Mexichem anunciou no último dia 18 que irá incluir o Brasil em sua rota de internacionalização a partir de 2010. A companhia investirá cerca de US$ 800 milhões em aquisições e aumento de capacidade das empresas já existentes. A empresa é controladora da Amanco e Plastubos, na área de tubos e conexões, e da Bidim, fabricante de filamentos de poliéster utilizado pelo setor de engenharia civil, possuindo 45 fábricas em 15 países.

    O objetivo dos investimentos é uma maior verticalização no Brasil e prevê ações para os próximos 18 meses, como aquisições de empresas já operantes no país ainda neste ano. Do montante total, a empresa pretende investir US$ 500 milhões para avançar no segmento de transformados de PVC e também na cadeia química, divididos na cadeia de tranformados, com prioridade para compostos (unidades que processam matéria-prima) e também no segmento químico cloro-vinil.

    A outra parte do montante total a Mexichem pretende investir nas empresas já existentes, como Amanco, Plastubos e Bidim a fim de aumentar suas capacidades, além de melhorar suas estratégias de marketing e inovação. Deste valor, a Amanco, líder em tubos e conexões na América Latina e vice-líder no Brasil, receberá mais de 90%, tendo em vista o aumento imobiliário no país, garantindo assim, um aumento da demanda pelos produtos fabricados por essa empresa.


    A Braskem, dando continuidade a seus planos para se consolidar como uma das maiores petroquímicas do mundo, anunciou nesta segunda feira (01/02) a compra da Sunoco Chemicals por US$ 350 milhões. O patrocinador da investida da Braskem no exterior é o governo, por meio da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco será uma de suas fontes de financiamento do negócio.

    As negociações com a Sunoco tiveram início em meados do ano passado, quando os ativos petroquímicos das empresas americanas estavam fortemente desvalorizados como efeito da crise financeira mundial. A indústria americana de resinas plásticas sofreu mais que a de outros países. O inicio da recuperação só se deu a partir de abril de 2009, as companhias locais (caso da Sunoco e da LyondellBasell) tiveram quedas de receita de até 50%. A Braskem aposta que o mercado americano, pelo seu porte, ganhe força outra vez e se mantenha importante para qualquer grupo com plano de ter uma plataforma global. O que a brasileira está aproveitando são as dificuldades financeiras que os grupos instalados nos EUA enfrentaram depois da crise. Por isso, muitos deles lançaram planos de reorganização dos negócios, desfazendo-se de operações menos rentáveis ou de baixa performance para continuar em atividade.

    Há cerca de quinze dias, a Braskem concretizou a operação de incorporação da concorrente local Quattor, o que tornou a petroquímica controlada pelo grupo Odebrecht e Petrobras na oitava maior do mundo na fabricação de resinas plásticas e líder nas Américas. Com esta nova operação a Braskem espera se posicionar entre as cinco maiores empresas do mundo no setor petroquímico. Este próximo passo nos EUA deve colocá-la entre as três principais fabricantes globais. A companhia ressaltou que a operação vai dar acesso a novas matérias-primas e pode proporcionar futuras sinergias comerciais e logísticas com seus investimentos no México e Venezuela. Segundo a Braskem, as três instalações da Sunoco, localizadas nos estados americanos da Pensilvânia, Virgínia e Texas, têm uma posição geográfica estratégica, facilitando o acesso a clientes e fornecedores.


    A Unipar (União de Indústrias Petroquímicas) anunciou nesta sexta-feira (22) que fechou acordo para vender sua participação de 60% na Quattor para a Braskem. Pelo acordo, a Braskem vai adquirir 60% das ações ordinárias da Quattor por R$ 647,3 milhões, além de assumir obrigações da última com o BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Petrobras detém os 40% restantes do capital votante da Quattor, que serão repassados à Braskem em troca de ações de sua emissão para a estatal. Como parte do processo a Braskem fará um aumento de capital de R$ 4,5 bilhões a R$ 5 bilhões para reforçar sua estrutura de capital e manter a flexibilidade financeira da nova petroquímica. A Odebrecht (que atualmente possui 38,4% do capital total da Braskem e a Petrobras outros 25,4%) se comprometeu a entrar com 1 bilhão de reais, enquanto a Petrobras com outros R$ 2,5 bilhões. O preço de emissão das novas ações foi determinado em R$ 14,40 reais e os minoritários terão assegurado o direito de preferência de subscrição.

    Com a Quattor, a Braskem terá uma capacidade de produção anual de 5,5 milhões de toneladas de resinas plásticas em 26 fábricas, praticamente um monopólio no país. Ao assumir o controle dos polos petroquímicos instalados no Rio de Janeiro e no ABC paulista, a Braskem se torna a empresa responsável por fornecer aproximadamente 90% das resinas utilizadas domesticamente para a produção de itens plásticos, segmento que vai desde as sacolas utilizadas em supermercados até brinquedos e eletroeletrônicos. A negociação preocupa as empresas do setor que alegam que não existe, no mundo, um mercado de dimensões continentais como o Brasil, que seja atendido por apenas um competidor do setor petroquímico. Porém, apesar do domínio no mercado, o vice-presidente financeiro da Braskem, Carlos Fadigas, descarta dificuldades na aprovação do negócio pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade). Segundo ele, nos processos de formação tanto de Braskem quanto da Quattor, originadas pela união de vários ativos petroquímicos, o Cade entendeu que se trata de uma indústria que compete em escala global. "O mercado é mundial. Não há motivo para se falar apenas de market share no Brasil", afirmou.

    Esta negociação é um passo importante no processo de retorno da Petrobras ao setor petroquímico, praticamente uma década após a saída da estatal deste segmento. A avaliação é que a petroquímica precisa de grandes grupos para concorrer globalmente, e esta opinião está em linha com as iniciativas do governo federal de criar empresas transnacionais brasileiras em diversos setores.


    A consolidação do setor petroquímico deu mais um passo na semana que passou. No dia 11 de junho, isto é, cerca de dez meses depois da aquisição da Suzano Petroquímica, a Petrobras e a Unipar anunciam a criação da Quattor, nome formal da Companhia Petroquímica do Sudeste, empresa que congrega os ativos das três companhias. Com a conclusão da reorganização acionária, seu capital ficou assim distribuído: Unipar com 60% do capital votante, Petrobras com 31,9% e a Petroquisa com 8,1%.
    A estimativa de faturamento de R$ 9 bilhões no primeiro ano, ainda guarda uma grande distância da principal empresa do setor no Brasil, a Braskem (que faturou cerca de R$ 17,7 bilhões em 2007). Porém, no segmento de resinas termoplásticas tende a ganhar destaque. A previsão é de que, ainda em 2008, a nova empresa ampliará sua capacidade de produção de polietileno e polipropileno, em consequência das expansões da Polietilenos União e da Nova Petroquímica. Além disso, a Quattor será uma das empresas que aportarão recursos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), projeto que demandará US$ 8,4 bilhões em investimentos.
    Um empurrão para as petroquímicas: também na semana passada, a Petrobras iniciou estudo que pode levar a uma mudança na precificação da nafta, o que, por sua vez pode reduzir o preço final do principal insumo petroquímico. Atualmente, a empresa (única fornecedora nacional) cobra pela nafta um preço baseado no valor do produto no mercado europeu, que é altamente importador da matéria-prima.