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    O setor de produtos de limpeza e conservação teve um crescimento de 8,5% no segundo trimestre de 2024, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). O setor faturou mais de R$ 504 milhões nesse período. Em agosto de 2024, os preços da indústria de produtos de limpeza subiram 0,61%, marcando a sétima alta consecutiva e o Índice de Preços ao Produtor (IPP) acumulou uma alta de 6,42% em 12 meses. O primeiro semestre de 2024 fechou com um crescimento de 10,9% na produção, impulsionado pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento e pela queda no desemprego. Em dólares, o faturamento foi de US$ 7,5 bilhões e mais de 93 mil vagas de emprego. A ABIPLA destacou o Brasil como o quarto maior mercado de saneantes do mundo.

    A Higiexpo, a maior feira de produtos e serviços para higiene, limpeza e conservação ambiental da América Latina, foi realizada em setembro de 2024, promovendo inovações e novas oportunidades de negócios. A perspectiva para o setor de produtos de limpeza no Brasil até o final de 2024 é bastante positiva. Com base nos dados e tendências observadas até agora, espera-se que o setor continue a crescer, impulsionado pelo aumento da demanda e pela inovação contínua. Empresas como a 5ªsec, que já mostrou um crescimento significativo, estão planejando novas operações e expansões, o que contribui para o aumento do faturamento. O Brasil é o quarto maior mercado global de produtos de limpeza, e a previsão é que o consumo continue a crescer, atingindo US$ 9,3 bilhões até 2027.

    É necessário, contudo, ponderar alguns desafios, como o aumento dos custos de produção, que pode impactar a margem de lucro das empresas, bem como a necessidade de inovar e se manter competitivo em um mercado em constante evolução pode ser um desafio.

     Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    Em 2023, o setor de produtos de limpeza cresceu 5,6%,  praticamente se recuperando em relação a 2022, quando, impactado pela pressão de custos, teve uma queda 5,7%. Enquanto isso, o Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,62% e o reajuste de preços no segmento de produtos de limpeza ficou em apenas 1,22%, com alguns produtos da cesta apresentando deflação no período, como detergente (-0,70%), sabão em barra (-5,68%) e esponja de limpeza (-4,57%). Outros, produtos tiveram reajustes inferiores à inflação, como água sanitária (+0,23%), sabão em pó (+1,06%) e amaciante e alvejante (+1,62%). Tanto para produtos domésticos quanto de uso profissional, a recuperação do setor ao longo de 2024 demonstra que o mercado seria capaz de superar expectativas se a população conseguir recuperar a renda perdida nos últimos anos e se houver modernização no ambiente de negócios por meio da aprovação das reformas necessárias.

    Cabe adicionar que o impacto setorial é benéfico para a economia brasileira. O aumento dos custos de produção foi forte em 2020, mas não houve redução de demanda pelo consumidor, o que significa que a higienização e a sanitização de ambientes passaram a estar cada vez mais incorporadas na cultura do brasileiro. O diretor-executivo da ABIPLA Paulo Enger destaca que a indústria de saneantes encerra desde 2020 com saldo positivo no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “Hoje, o setor gera cerca de 92 mil empregos diretos e, mesmo com a oscilação da economia e a queda da produção setorial, registrada em 2022, o saldo de empregos tem sido positivo desde 2020, tanto por contratações das fábricas existentes como em função das novas plantas fabris, inauguradas no período”, diz.

    Porém, a escassez de matéria prima torna o setor dependente de insumos importados que, além de ficarem mais caros diante de um Real mais desvalorizado, sofrem com oscilações na política internacional, e, são expostos à concorrência no mercado internacional em meio ao crescimento significativo na demanda por produtos domissanitários, indicados como uma das formas de conter o avanço do novo coronavírus e possíveis novas questões sanitárias. Com isso, os fabricantes do setor alegam pressão de custos, variações na demanda, bem como queda no ritmo de entregas dos pedidos. Foi constatada falta e demora na entrega de insumos, como embalagens, e alta significativa nos preços dessas matérias-primas.

     Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi

     


    Em reportagem na Folha de São Paulo, está sendo discutida a nova divisão sexual do trabalho, o que forçou modificações também no jeito de vender produto de limpeza nos últimos anos. A Reckitt, dona do multiuso Veja, completa 100 anos de Brasil em 2023 e, de certa forma, testemunhou as movimentações no peso das responsabilidades de homens e mulheres com os cuidados com a casa e também no ritmo das limpezas. Para Alison Radford, vice-presidente sênior de higiene e saúde para a América Latina do grupo Reckitt e que está na companhia desde 1996, os consumidores evoluíram e isso exigiu que o Veja, um produto nativo brasileiro, também tivesse que mudar, e isso aparece na variedade de tipos do produto. Além do tradicional multiuso com seus diversos cheiros, há ainda as variações para banheiro, cozinha, limpeza pesada, para vidros, desinfetantes, neutralizador de odores e, mais recentemente, o "power nature", produto biodegradável, com refil, vendido em embalagem biodegradável e pensado para o consumidor de olho em opções mais naturais.

    Cabe destacar que a produção de itens de limpeza cresceu no 3º trimestre de 2023 com a estabilização de preços na cadeia produtiva, cuja relação com a melhora na produção nacional de saneantes, tanto para uso doméstico quanto profissional se mostrou perene. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (ABIPLA), no acumulado do ano, até outubro, a inflação dos produtos de limpeza ao consumidor foi quase a metade do índice geral do INPC. Conforme levantamento realizado a partir da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), a fabricação de produtos de limpeza, no Brasil, encerrou o 3º trimestre com alta de 5,2%.

     Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    A 24ª Pesquisa Líderes de Vendas, realizada em parceria entre a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a NielsenIQ, divulgada em abril, mostra que os produtos da Limppano, referência em limpeza seca, químicos e perfumação para casa, ganharam mais espaço nos lares brasileiros e se destacaram no ranking de mais vendidos em 2022 no mercado de limpeza doméstica. Quatro anos após ser relançado pela Limppano, o “ODD”, marca presente na memória afetiva de ao menos duas gerações, alcançou o patamar de terceiro lava-louças líquido mais vendido do Brasil: até então, o produto era o quarto colocado no ranking nacional. Já linha Inspira, por sua vez, conseguiu um destaque ainda maior, saindo do quinto para o terceiro lugar dentre os desodorizadores sanitários mais vendidos do Brasil. Em 2022, a Limppano teve um crescimento de 20% de valor em vendas, superior aos 16% que o segmento registrou no país, de acordo com a 24ª Pesquisa Líderes de Vendas.
    Em contraste, a Bombril, empresa conhecida por seus produtos de higiene e limpeza, está em crise e teve de recorrer a um empréstimo de R$ 300 milhões para manter suas atividades. No início dos anos 2000, a Bombril tentou diversificar seu catálogo de produtos e chegou até a lançar uma linha de cosméticos, mas a iniciativa fracassou. Sem obter o retorno esperado com os lançamentos, a empresa se endividou e pediu recuperação judicial em 2003. A empresa saiu da fase de recuperação em 2006, mas continuou muito endividada. Em 2013, a Bombril chegou a sumir das prateleiras dos mercados por falta de dinheiro para produção e transporte e, em 2071, após grande reestruturação, fechou o ano no azul. Hoje, a Bombril tem dívida bruta de R$ 401 milhões, com juros em torno de 24% ao ano. A maior parte do montante (77%) vence em 12 meses. Foi por isso que a companhia precisou recorrer a um empréstimo de R$ 300 milhões para seguir na ativa. Os problemas fizeram com que o valor de mercado da Bombril (BOBR4) despencasse 77% em cinco anos. Em 20 de abril de 2018, a ação valia R$ 5,13; em 19 de abril deste ano, os papéis da companhia valiam R$ 1,18.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    A 24ª Pesquisa Líderes de Vendas, realizada em parceria entre a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a NielsenIQ, divulgada em abril, mostra que os produtos da Limppano, referência em limpeza seca, químicos e perfumação para casa, ganharam mais espaço nos lares brasileiros e se destacaram no ranking de mais vendidos em 2022 no mercado de limpeza doméstica. Quatro anos após ser relançado pela Limppano, o “ODD”, marca presente na memória afetiva de pelo menos duas gerações, alcançou o patamar de terceiro lava-louças líquido mais vendido do Brasil: até então, o produto era o quarto colocado no ranking nacional.
    Já a linha Inspira, por sua vez, conseguiu um destaque ainda maior, saindo do quinto para o terceiro lugar dentre os desodorizadores sanitários mais vendidos do Brasil. Em 2022, a Limppano teve um crescimento de 20% de valor em vendas, superior aos 16% que o segmento registrou no país, de acordo com a 24ª Pesquisa Líderes de Vendas.
    Em contraste, a Bombril, empresa conhecida por seus produtos de higiene e limpeza, está em crise e teve de recorrer a um empréstimo de R$ 300 milhões para manter suas atividades. No início dos anos 2000, a mesma tentou diversificar seu catálogo de produtos e chegou até a lançar uma linha de cosméticos, mas a iniciativa fracassou. Sem obter o retorno esperado com os lançamentos, a empresa se endividou e pediu recuperação judicial em 2003. 
    A empresa saiu da fase de recuperação em 2006, mas continuou muito endividada. Em 2013, a Bombril chegou a sumir das prateleiras dos mercados por falta de dinheiro para produção e transporte e, em 2017, após grande reestruturação, fechou o ano no azul. Hoje, a Bombril tem dívida bruta de R$ 401 milhões, com juros em torno de 24% ao ano. A maior parte do montante (77%) vence em 12 meses. Foi por isso que a companhia precisou recorrer a um empréstimo de R$ 300 milhões para seguir na ativa. Os problemas fizeram com que o valor de mercado da Bombril (BOBR4) despencasse 77% em cinco anos. Em 20 de abril de 2018, a ação valia R$ 5,13; em 19 de abril deste ano (2023), os papéis da companhia valiam R$ 1,18.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    A cesta de produtos de limpeza foi o destaque de aumento de preços no supermercado em janeiro ante o mesmo mês do ano passado. Segundo o estudo mensal Radar Scanntech, plataforma de dados do varejo, o segmento apresentou alta de 15,1% nos preços, em comparação a janeiro de 2022. Cresceu mais do que alimentos, que teve alta de 11,9%. Nos últimos anos, essa cesta vinha sendo impactada pelos preços do álcool em gel, mas o item desacelerou (-37,7%). O aumento em produtos de limpeza reflete o preço do sabão em pó (28,5%), do amaciante (17,4%) e do sabão líquido (32,2%). Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (Abipla), o setor viveu um momento de ajuste de mercado no ano passado e teve de lidar com a escalada dos custos de produção nos últimos dois anos.

    No ambiente de fusões e aquisições, dois eventos movimentaram o setor. A Univar Solutions Brasil Ltda., uma subsidiária da Univar Solutions Inc. (NYSE: UNVR) ("Univar Solutions" ou "a Empresa"), fornecedora líder global de soluções para usuários de ingredientes e produtos químicos especializados, anunciou hoje uma relação expandida de distribuição no Brasil com a Dow - empresa líder em ciência de materiais comprometida em oferecer soluções inovadoras e sustentáveis para clientes, incluindo acrílicos e produtos orgânicos. O novo acordo fortalecerá o portfólio de produtos de higiene doméstica e limpeza industrial da Univar Solutions no Brasil com a adição das marcas de limpeza ACUSOL™, SupraCare™ e outras. Já a Iplasa Indústria e Comércio, dona da marca Candura, líder no segmento de limpeza doméstica no interior de São Paulo (criada em Piracicaba em 1977, e desde 1981 no segmento de produtos de limpeza com o lançamento da água sanitária que deu nome à marca e se tornou o carro-chefe da empresa) foi adquirida e 

    passou a ser controlada pelas Indústrias Reunidas Raymundo da Fonte S.A, desde a quinta-feira 02/02. A aquisição foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em janeiro de 2023 e comunicada para colaboradores, fornecedores e clientes. O processo de integração será conduzido por um time de representantes do Grupo Raymundo da Fonte junto com o time da Candura. Em cumprimento ao seu plano estratégico, além da aquisição da Candura, a empresa planeja, em 2024, disponibilizar ao mercado nacional uma planta de sabão em pó com as diversas marcas do grupo, e aumentar sua atuação geográfica, oferecendo aos clientes e consumidores um número crescente de opções para o mercado de limpeza doméstica e higiene pessoal.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) instaurou 1.127 dossiês de investigação, decorrentes de denúncias relacionadas a cosméticos e produtos de limpeza (saneantes), entre 2019 e agosto deste ano. Segundo a coordenadora de Inspeção e Fiscalização Sanitária de Cosméticos e Saneantes (Coisic), Renata Patrícia de Abreu, dos mais de 1,1 mil dossiês de investigação instaurados, 751 estavam relacionados a cosméticos e 376 a saneantes. Por reflexo da pandemia, de 2019 a 2022 diversos tipos de denúncias apontam principalmente para descumprimento de boas práticas de fabricação, empresas que funcionariam sem Autorização de Funcionamento (AFE), casos de desvio de qualidade e de falsificação, suspeitas de uso de fórmulas diferentes, rótulos que apresentam indicação diferente daquela que consta no registro, produtos sem registro e propaganda irregular. O principal problema tem sido na parte de documentação, o que abrange controle de documento e registro. Isso mostra empresas que têm deficiência em aspectos de 
    boas práticas de fabricação e de garantias.

    Já a Unilever decidiu ingressar no ramo de higiene do setor hospitalar criando a MedCare, sua primeira linha de produtos de limpeza de uso profissional especialmente direcionado para a área da saúde visando atingir o público com o foco no ambiente de infecções, pois, segundo a Organização Mundial da Saúde, protocolos simples de assepsia são as principais estratégias de combate contra o contágio. Destacam-se o MedCare desinfetante hospitalar pronto uso (500ml) é um produto completo, que limpa, desinfecta e alveja, o MedCare gel higienizante para as mãos (800ml) e o MedCare sabonete líquido refil (300ml), que protegem contra um grande espectro de microrganismos e suas fórmulas não ressecam a pele mesmo após múltiplos usos. Também há o MedCare Desinfetante Hospitalar Concentrado de 5L, até 500L de desinfecção e abrangendo um amplo espectro de microrganismos que inclui microbactérias.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    Em junho de 2022, o IPCA – Artigos de Limpeza apresentou crescimento de 2,03% em relação ao mês anterior, acumulando um avanço de 9,8% no primeiro semestre deste ano. Em 12 meses, a variação de preços segue positiva, igual a 14,6%, e em trajetória ascendente desde janeiro de 2022.

    As maiores contribuições para este aumento mensal de preços vieram dos produtos “sabão em pó” (2,51%), “detergente” (2,10%) e “água sanitária” (2,07%). Desta forma, todos os produtos usados para limpar a casa, lavar louças e roupas tiveram aumento no índice, tanto no levantamento mensal, quanto nas comparações no ano e nos últimos 12 meses, e podem ser justificados pela atual pressão proveniente de uma elevada taxa de câmbio, bem como alta no preço do petróleo, que pesam nos custos da indústria química e dos plásticos usados nas embalagens. Somam-se a estes fatores o aumento nos custos de transporte e logística para escoamento da indústria de domissanitários, mais caros com o aumento do preço dos combustíveis e do frete.

    Este resultado gera repasses ao longo da cadeia de produção até chegar ao preço final do produto. Porém, é importante observar que tal repasse não tem sido integral, uma vez que, diante do elevado efeito substituição destes itens de limpeza doméstica por outros mais baratos e de menor valor agregado, muitas empresas do setor optam por não realizar este repasse, comprimindo suas margens. Outra estratégia adotada para driblar este cenário tem sido a oferta de embalagens menores e que vêm ganhando espaço no carrinho de compras das famílias: de acordo com levantamento realizado pela Kantar, nas gôndolas de produtos de limpeza, o lava-roupas líquido Brilhante e o sabão glicerinado Ypê perderam 10% de volume cada, por exemplo.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues


    De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes (Abipla), os produtos de limpeza clandestinos são aqueles fabricados e comercializados sem a regularização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A fabricação irregular destes produtos envolve a utilização de ingredientes não autorizados pelas autoridades sanitárias e/ou em quantidades inadequadas, o que pode colocar em risco a saúde do consumidor, bem como causar danos às superfícies.

    Dito isto, um levantamento realizado pela própria associação do setor apontou que 1 a cada 5 saneantes para uso doméstico comprados no país é irregular, e a venda destes itens sem o registro na Anvisa chega a movimentar cerca de R$ 8 bilhões. Em relação ao uso profissional, os produtos de limpeza clandestinos chegam a 18% no total da categoria no Brasil, com alta procura de bares, restaurantes, lojas e indústrias de pequeno porte.

    A atual crise econômica ajuda a explicar tal comportamento. Isto porque, normalmente, estes produtos são oferecidos a preço inferior se comparado com os produtos regulares, uma vez que o fabricante clandestino não realizou todos os investimentos necessários para assegurar a segurança e qualidade dos saneantes. Desta forma, em meio a uma conjuntura de baixo dinamismo na atividade econômica, alta instabilidade no mercado de trabalho e fragilidade na renda das famílias, a procura por itens mais baratos e de menor valor agregado tendem a aumentar a procurar por domissanitários irregulares.

    Esta conjuntura compromete o desempenho das empresas regularizadas do setor, já que a venda de produtos de limpeza, por si só, é altamente competitiva devido à baixa diferenciação de produto, facilitando sua substituição em casos de variações no preço. 

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    A produção industrial de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos e perfumaria, medida pelo IBGE, recuou 4,5% em novembro de 2021 em relação ao mês anterior, segunda queda consecutiva e a sexta no ano. Em relação ao mesmo mês do ano anterior a produção recuou -6,9%, justificada pela elevada base de comparação e normalização da produção após forte demanda causada pela pandemia em 2020. Com isso, a trajetória de crescimento acumulado no ano até o mês de novembro segue negativa (-4,8%) desde fevereiro de 2021, assim como a variação acumulada nos últimos 12 meses (-4,4%).

    No que diz respeito aos preços do setor, o IPCA – Artigos de Limpeza apresentou crescimento de 6,8% no acumulado de 2021 em relação ao ano anterior. As maiores contribuições para este aumento de preços vieram dos produtos “esponja sintética” (20,0%), “sabão líquido” (14,71%) e “sabão em barra” (8,52%). Tais variações nos preços do setor acedem um sinal de alerta, pois estão diretamente relacionadas à pressão do câmbio e do petróleo, que pesam nos custos da indústria química e dos plásticos usados nas embalagens.

    Desta forma, a pressão de custos do setor, com o encarecimento dos insumos importados devido à elevada taxa de câmbio, bem como os aumentos sucessivos nos custos de energia elétrica e combustíveis levaram a Lafis a revisar ligeiramente para baixo sua projeção de crescimento para o setor de produtos de limpeza doméstica no curto prazo. Soma-se a isso outros pontos vulneráveis relacionados à recuperação econômica, como a alta instabilidade no mercado de trabalho e fragilidade da renda. Tal conjuntura tende a gerar uma maior cautela das famílias, uma vez que se observa uma redução no poder de compra dos consumidores, principalmente em itens de maior valor agregado e que geram uma maior margem de ganho no caso dos produtos de limpeza doméstica, itens com baixa diferenciação. Neste sentido, é de se esperar que os consumidores passem a comprar itens mais baratos e de menor valor agregado, ou que busquem por descontos e promoções nos pontos de venda.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    A Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza, e Saneamento de Uso Doméstico e Uso Profissional (Abipla) divulgou o novo Anuário do setor, com dados referentes ao ano de 2020, apontando a existência de 2.589 empresas do setor de limpeza no Brasil, a maior parte delas relacionadas a produtos de limpeza e polimento (63,4%), seguidas por sabões e detergentes sintéticos (28,3%) e desinfetantes domissanitários (8,3%). Em termos de porte, 96% são classificadas como micro e pequenas empresas, sendo o restante empresas de médio e grande porte. Por fim, o setor empregou 87,2 mil pessoas em 2020.

     que diz respeito ao desempenho do setor, este foi naturalmente beneficiado, em um primeiro momento, pela pandemia e pelas orientações de higienização pessoal e de ambientes passadas pelos órgãos sanitários como forma de barrar o contágio pelo Covid-19, levando a um crescimento expressivo nas vendas do setor no primeiro semestre do ano passado. Porém, nos meses seguintes, tanto o consumo quanto a produção foram afetados por algumas perturbações econômicas, como redução do auxílio emergencial e elevada taxa de câmbio, encarecendo a importação de insumos.

    Diante deste cenário, a produção do setor de limpeza permaneceu estável em 2020 (-0,3%), enquanto as vendas por categorias cresceram em sua maioria, com destaque para detergente de lavar roupa, com alta de 25,9% em termos de volume e de 28,0% em termos de valor. Dentre os demais produtos avaliados pelo Anuário, valem ser citados: amaciantes (+4,2% em volume e 9,2% em valor); sabão em barra (+4,26 em volume e 9,1% em valor); detergente para lavar louça (+12,2% em volume e 17,0% em valor); alvejantes e água sanitária (+11,3% em volume e 6,7% em valor); desinfetantes (+4,7% em volume e 12,8% em valor).

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    Diante das mudanças nos hábitos dos consumidores em meio à pandemia, com maior frequência na higienização da casa e de ambientes como forma de combater o contágio pelo Covid-19 e persistente insegurança sanitária ainda no início deste ano, a expectativa é de crescimento na produção de itens de limpeza doméstica em 2021.

    Tal crescimento será liderado pelo lançamento de novos produtos ao longo do ano, focados não apenas na limpeza, mas também em produtos que mantenham os ambientes domésticos livres de riscos de doenças como o novo coronavírus. Outro diferencial importante será a praticidade na utilização dos produtos, agilizando a rotina de higienização dos ambientes. 

    Além disso, a volta do auxílio emergencial, mesmo que em valores menores, pode movimentar a produção do setor, uma vez que, em 2020, 30% do valor do benefício foi aplicado em itens de limpeza, ou seja, R$ 180, segundo estimativa da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (ABIPLA).

    A expectativa também é positiva no que diz respeito à normalização da entrega de insumos em 2021, contribuindo para manutenção dos preços dos produtos e permitindo um maior ganho marginal com a venda de domissanitários. Isto porque, no ano passado, a indústria nacional como um todo, incluindo a de produtos de limpeza doméstica, enfrentou escassez e elevação nos preços de determinados insumos e embalagens diante da crise global vivida no período em decorrência da pandemia.

    Diante deste cenário, a associação do setor estima um crescimento entre 3% e 3,5% da produção industrial de materiais de limpeza em 2021.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    Levantamento realizado pela consultoria Nielsen sobre o desempenho de diversas categorias de produtos entre julho de 2019 e junho de 2020 em comparação com os 12 meses imediatamente anteriores, aponta uma queda de 2,2% no faturamento das vendas no período. Os canais de compras avaliados na pesquisa variam desde mercearias e padarias até lojas com atendimentos em balcão (com até 9 check-outs1).

    Dentre as 150 categorias analisadas está a cesta de produtos de limpeza doméstica, com destaque para o desempenho nas vendas de detergente líquido, igual a 5,9% no período. Tal resultado foi impulsionado pelo isolamento social, uma vez que as famílias foram obrigadas a passar mais tempo em casa, seja pela adoção do home office, seja pela restrição na circulação de pessoas imposta pelo fechamento dos comércios e serviços presenciais e não essenciais durante a pandemia. Esta conjuntura fez com que alimentação nos domicílios aumentasse, levando a uma maior procura por lava-louças.

    De maneira mais tímida, a venda de amaciante de roupas cresceu apenas 0,3% no período, com participação de 71% da versão diluída, tendo em vista o seu valor mais barato quando comparada à versão concentrada. O pequeno varejo contribuiu positivamente para o crescimento nas vendas desta categoria durante a pandemia ao oferecer um mix variado de marcas e versões, uma vez que as famílias estão cada vez mais exigentes. Isto porque, com a receita mais instável, o consumidor busca soluções com maior custo-benefício e embalagens econômicas. Dentre outras exigências, além do perfume, tem-se o uso de novas tecnologia e performances dos amaciantes visando a conservação dos tecidos, por exemplo.

    Por fim, os demais produtos avaliados sofreram queda no faturamento de vendas entre julho de 2019 e junho de 2020, sendo eles: limpador para banheiro (-9,7%), inseticidas (-6,9%), sabão para lavar roupas (-3,1%), desinfetante (-2,2%), e água sanitária (-1,4%). Em todos os casos, a escolha do canal de vendas mostra-se extremamente importante para as vendas do setor, uma vez que, em meio ao atual cenário de pandemia e incertezas acerca do mercado de trabalho, as famílias estão buscando melhores preços e embalagens mais econômicas. Desta forma, o consumidor torna-se mais sensível ao preço, principalmente em itens de limpeza doméstica, onde a taxa de substituição por outros produtos é elevada.

    Portanto, os resultados da pesquisa apontam e reforçam as mudanças de hábitos das famílias provocadas pela pandemia, principalmente no que diz respeito à limpeza dos ambientes, seja aumentando a frequência no uso dos produtos domissanitários, seja acrescentando novos itens às rotinas de higienização da casa e de ambientes. Porém, cabe observar ainda que tal desempenho será diretamente impactado pela escolha do canal de compra do consumidor, levando as empresas do setor, bem como o comércio em geral, a ofertar o maior mix de produtos a fim de atender à estas mudanças no perfil de consumo.

    1caixa/sistema para registrar as compras de mercadorias pelo cliente.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    Em setembro deste ano foi lançada a 15ª Edição do Anuário Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional), com dados referentes ao desempenho do setor no ano de 2019. Segundo o levantamento, a produção do setor cresceu 5,7%, acima do esperado pela associação (3,11%), com destaque para o crescimento no volume de vendas de concentrados de limpeza (2,7%), amaciantes (2%), desinfetantes (1,1%) e detergente para lavar louça (1,1%).

    Destaque também para os detergentes para lavar roupas, um dos mais representativos no setor domissanitário, com um faturamento de R$ 5,9 bilhões em 2019, totalizando 835,3 mil toneladas vendidas no período. Porém, este resultado representa uma queda significativa em relação ao ano anterior, com um recuo de 10,0% nas vendas deste produto em termos de valor, terceira taxa negativa e consecutiva nesta base de comparação. De forma semelhante, o volume de vendas detergente para lavar roupas em 2019 recuou 14,0%, após apresentar estabilidade entre 2017 e 2018. Ainda que diante da retração, os resultados mostram a importância deste produto na cesta de consumo das famílias, representando mais de 30% do faturamento total do setor, mas que ainda enfrenta certa cautela na aquisição de produtos de maior valor agregado devido à persistência dos reflexos da crise econômica, como alta taxa de desemprego e pouca evolução do rendimento médio.

    Em termos de oferta, em todo o território brasileiro estão registradas 2.611 empresas autorizadas a fabricar produtos domissanitários, segundo dados da Abipla. Em 2019, o setor empregou aproximadamente 58,2 mil trabalhadores, concentrados principalmente nas indústrias de Produtos de Limpeza e Polimento (48,1%) e Sabões e Detergentes Sintéticos (46,6%), enquanto Desinfetantes e Domissanitários representam apenas 5,3% do total de empregados na indústria de produtos de limpeza nacional. Quanto ao perfil de escolaridade, 61,1% destes trabalhadores possuem ensino médio completo, enquanto 12% apresentam ensino fundamental completo, e 13% possuem superior completo.

    Por fim, é preciso ressaltar que a importância desta indústria tende a crescer nos próximos anos diante das mudanças nos hábitos de limpeza das famílias provenientes da atual crise sanitária. Isto porque as recomendações dos órgãos de saúde incluem não apenas um maior cuidado com a higiene pessoal como medida de combate à proliferação do vírus, mas também a higienização de objetos e ambientes. Desta forma, além de seu caráter essencial na cesta de consumo das famílias, os produtos de limpeza doméstica ganharam um papel a mais durante a pandemia.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.

    Enquanto alguns setores sentiram de forma negativa a paralisação de importantes atividades econômicas ao longo deste período de isolamento social em decorrência do Covid-19, a indústria de produtos de limpeza foi beneficiada pelas orientações de higienização pessoal e de ambientes para evitar a contaminação pelo vírus. Além do caráter de essencialidade destes itens, a pandemia levou a uma maior procura por produtos de limpeza doméstica desde o início da quarentena, seja nos canais físicos autorizados a funcionar, como supermercados, seja em canais digitais.

    Desta forma, a produção industrial de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos e perfumaria, medida pelo IBGE, apresentou um crescimento acumulado em 2020 igual a 1,3% até o mês de maio em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo este o terceiro avanço consecutivo nesta base de comparação. Tal resultado interrompeu uma sequência de 12 taxas negativa e consecutivas nesta base de comparação, favorecido pelo atual cenário de pandemia e aumento expressivo na demanda. Ou seja, ainda que a variação mensal tenha apresentado uma queda de 6,0% na produção destes itens em maio de 2020, nota-se que o patamar da indústria de produtos de limpeza doméstica mantém-se acima do período pré-Covid-19, apontando um ganho do setor em meio a pandemia.

    Porém, a Lafis considera alguns pontos de atenção nesta análise, sendo eles: i) a forte desvalorização do Real, que acaba por aumentar os custos do setor, tendo em vista sua dependência de insumos importados; e ii) o crescente desemprego, que reduzirá a renda das famílias, levando a uma priorização de itens essenciais mais baratos. Com isso, a Lafis espera um crescimento de 4,3% no faturamento nominal das empresas fabricantes de produtos de limpeza doméstica em 2020.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.

    Importante aliada no combate ao Covid-19, a indústria de produtos de limpeza doméstica viu suas vendas crescer significativamente nas últimas semanas. Além dos cuidados com a higiene pessoal, o Ministério da Saúde tem orientado as famílias e empresas a manter seus ambientes limpos e desinfetados como forma de evitar a contaminação pelo vírus.

    Diante destas orientações, bem como as medidas de isolamento anunciadas com o objetivo de barrar o avanço do Covid-19, as vendas de produtos de limpeza no varejo físico cresceram 20% entre os dias 23 de fevereiro e 1º de março, período após o anúncio do primeiro caso de infectado pelo vírus no Brasil, em comparação com a semana anterior. Este dado foi divulgado pela consultoria Nielsen, que destaca também outros itens relacionados à higiene pessoal e de ambientes, como o álcool em gel (+623%), filtros de ar (+100%), álcool (+85%), produtos de limpeza em geral (+58%) e sabão líquido (+33%).

    Entre os dias 1º e 8 de março, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) reclassificou a atual crise sanitária como pandemia, o mesmo levantamento apontou que a procura por itens essenciais em lojas físicas voltou-se para alimentos, como arroz, feijão, café, açúcar e farinha (+31%). Ainda assim, os produtos de limpeza apresentaram aumento na demanda, com crescimento de 21% nas vendas ao longo deste período.

    Tal comportamento se reflete também no comércio eletrônico nacional, onde cresceu a busca por categorias como higiene, limpeza caseira, produtos para bebê e mercearia entre os meses de janeiro e março deste ano. Destaca-se também neste canal o crescimento acima da média no número de novos e-consumidores, ou seja, aqueles que realizaram uma compra online pela primeira vez no período (Ebit/Nielsen, 2020).

    As vendas do setor tendem a ser beneficiadas, ainda, pela resolução (RDC N° 350) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que definiu critérios e procedimentos, em caráter extraordinário e temporário, para fabricação e comercialização de preparações antissépticas ou sanitizantes oficinais sem prévia autorização do órgão regulatório. Assim, a produção destes itens poderá ser feita de forma mais acelerada a fim de atender ao aumento expressivo na demanda observado até o momento.

    Especialista do Setor  Fernanda Rodrigues

    De acordo com os dados divulgados no novo Anuário Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins), os detergentes para lavar roupas são os mais representativos no setor domissanitário, com um faturamento de R$ 6,9 bilhões em 2018, totalizando 993,4 mil toneladas vendidas no período. Apesar do destaque entre as categorias, este resultado representa um crescimento de apenas 0,2% nas vendas deste produto, recuperando pequena parte da queda observada em 2017 (-5,8%). De forma semelhante, o volume de detergente para lavar roupas comercializados em 2018 cresceu 2,2%, mas não o suficiente para recuperar as perdas observadas nos dois anos anteriores (-2,4% em 2016 e -4,0% em 2017).

    Produtos para suavização de tecidos e amaciantes compõem o segundo grupo mais representativo em termos de receita do setor. Em 2018, seu faturamento alcançou R$ 2,3 bilhões (crescimento de 2,7% em relação a 2017). Água sanitária e Detergentes para lavar louça vêm na terceira e quarta posição, com R$ 2,0 bilhões e R$ 1,5 bilhão de faturamento em 2018, respectivamente.

    Ainda que diante de uma pequena recuperação, os resultados positivos mostram a importância deste produto na cesta de consumo das famílias, representando quase 60% do faturamento total do setor. Entretanto, observa-se ainda uma cautela dos consumidores, de modo geral, na aquisição de produtos de maior valor agregado devido à persistência dos reflexos da crise econômica, como alta taxa de desemprego e pouca evolução do rendimento médio.

    Desta forma, a Lafis espera um crescimento de 1,3% no faturamento do setor em 2019 puxado pelo aumento nos preços em decorrência de uma taxa de câmbio elevada, o que impacta diretamente os custos do setor tendo em vista sua dependência por insumos importados, e pela elevação, ainda que pouco significativa, no volume de vendas do setor.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    De acordo com os dados divulgados no novo Anuário Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins), os detergentes para lavar roupas são os mais representativos no setor domissanitário, com um faturamento de R$ 6,9 bilhões em 2018, totalizando 993,4 mil toneladas vendidas no período. Apesar do destaque entre as categorias, este resultado representa um crescimento de apenas 0,2% nas vendas deste produto, recuperando pequena parte da queda observada em 2017 (-5,8%). De forma semelhante, o volume de detergente para lavar roupas comercializados em 2018 cresceu 2,2%, mas não o suficiente para recuperar as perdas observadas nos dois anos anteriores (-2,4% em 2016 e -4,0% em 2017).

    Produtos para suavização de tecidos e amaciantes compõem o segundo grupo mais representativo em termos de receita do setor. Em 2018, seu faturamento alcançou R$ 2,3 bilhões (crescimento de 2,7% em relação a 2017). Água sanitária e Detergentes para lavar louça vêm na terceira e quarta posição, com R$ 2,0 bilhões e R$ 1,5 bilhão de faturamento em 2018, respectivamente.

    Ainda que diante de uma pequena recuperação, os resultados positivos mostram a importância deste produto na cesta de consumo das famílias, representando quase 60% do faturamento total do setor. Entretanto, observa-se ainda uma cautela dos consumidores, de modo geral, na aquisição de produtos de maior valor agregado devido à persistência dos reflexos da crise econômica, como alta taxa de desemprego e pouca evolução do rendimento médio.

    Desta forma, a Lafis espera um crescimento de 1,3% no faturamento do setor em 2019 puxado pelo aumento nos preços em decorrência de uma taxa de câmbio elevada, o que impacta diretamente os custos do setor tendo em vista sua dependência por insumos importados, e pela elevação, ainda que pouco significativa, no volume de vendas do setor.

    Especialista do Setor: Fernanda Rodrigues


    O estudo “Consumidores e Categorias”, realizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), aponta que houve uma redução de 2,4% no gasto médio das famílias nos supermercados em 2018 quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Porém, o tíquete médio teve um incremento de R$ 35,00 por compra, enquanto a frequência de ida aos supermercados reduziu 28%, indicando que o consumidor, para economizar, foi menos vezes às compras, mas gastou um pouco mais a cada visita.

    No que diz respeito aos produtos de limpeza, o volume de compra desta cesta permaneceu estável entre 2017 e 2018 (0,8%), da mesma forma que o tíquete médio (0,2%) e o gasto médio (0,4%). Outro ponto importante é a queda na participação do canal “porta a porta” na venda de produtos de limpeza com alta penetração nos lares brasileiros, como a água sanitária. Em 2017, a participação deste canal era de 14% nas vendas deste item, passando para apenas 1% em 2018. Tal perda foi ocasionada, principalmente, pelo avanço na participação das redes de atacado, responsável por 18% das vendas de água sanitária em 2018, enquanto esse percentual era de 3% em 2017. Todos os demais itens da cesta avaliada pela pesquisa apresentaram crescimento do canal atacadista no mesmo período.

    Desta forma, ainda que o supermercado permaneça como o principal canal de venda dos produtos de limpeza, tal segmento vem perdendo espaço para as redes atacadistas diante da lenta retomada da economia, levando à uma mudança de hábitos do consumidor, que volta a realizar compras para abastecimento da despensa em busca de uma maior economia. Ou seja, as famílias seguem mais cautelosas quanto à expansão dos gastos, dispostas a optar por alternativas que lhes proporcionem maior custo-benefício.

    Especialista do Setor  Fernanda Rodrigues

    Nos últimos anos, o consumidor tem buscado diferentes produtos de limpeza doméstica, mais concentrados, compactados e com novos aditivos, a fim de tornar sua produção e consumo mais sustentáveis, e reduzir os resíduos despejados no meio ambiente. Tal conscientização vem pautando as decisões da indústria nacional a ponto de ser considerada, atualmente, uma estratégia relevante para a expansão das vendas.

    Um dos principais players do setor, a Unilever deu mais um passo em direção aos produtos saudáveis e ambientalmente sustentáveis com a compra da The Laundress, fabricante de produtos de limpeza naturais e que vem crescendo a taxas de dois dígitos desde 2010. No mercado nacional, de forma mais inovadora, a marca YVY criou um sistema de cápsulas retornáveis, semelhantes às de café, para produtos de limpeza. Neste modelo, os consumidores realizam uma assinatura mensal, recebem as cápsulas e as inserem em fracos reutilizáveis. Quando as capsulas esvaziam, o consumidor pode devolvê-las à empresa, sem custos, para a sua reciclagem e reutilização. Por fim, além das fabricantes, a empresa Gimba tornou-se a primeira varejista nacional a comercializar produtos de limpeza e utensílios domésticos sustentáveis, focando tanto no público corporativo quanto em pessoa física.

    Portanto, tais estratégias apontam para novas oportunidades à indústria de produtos de limpeza doméstica nacional, que busca aproveitar esse novo perfil de consumo preocupado com a composição dos produtos e seus efeitos, tanto para a saúde dos consumidores quanto para o meio ambiente, bem como sua origem e descarte sustentável.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.

    Neste segundo semestre, a Associação Brasileira da Indústria de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes para Uso Doméstico e Profissional (Abipla) divulgou a 13ª Edição de seu Anuário, com informações referentes ao desempenho do setor em 2017. A indústria nacional de produtos de limpeza, que hoje emprega 44,2 mil trabalhadores segundo o Ministério do Trabalho, avançou 2,27% em termos de valor da produção em relação ao desempenho de 2016.

    Mesmo em tempos de incertezas, os resultados apontam para uma nova alta no consumo do setor de limpeza nacional, tendo em vista a sua essencialidade na promoção da saúde das famílias, bem como sua grande capilaridade nos lares brasileiros. Dentre as cestas avaliadas pelo Anuário, os produtos de limpeza apresentaram crescimento de 7,7% em termos de volume de vendas, e aumento de 7% no gasto médio anual por domicílio, alcançando R$ 418,00.

    Diante destes resultados, entende-se que, apesar da instabilidade econômica e da cautela das famílias, os consumidores estão adaptando suas cestas, buscando produtos com maior custo-benefício e embalagens mais econômicas. Por isso, as empresas continuam expressando seu otimismo quanto ao desempenho da indústria para os próximos anos ao manterem seus investimentos a fim de atender a esta nova demanda. Neste sentido, as perspectivas da Lafis também apontam para uma trajetória ascendente do faturamento do setor no curto, médio e longo prazo, baseando-se em um crescimento econômico mais consistente nos próximos anos.  

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.

    De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os produtos de limpeza doméstica possuem uma alta penetração nos lares brasileiros devido a sua essencialidade em termos de higiene. No caso específico do detergente líquido para roupa, sua presença nas casas pesquisadas chegou a 36,0% em 2017, sendo consumido tanto pela classe A/B (44,0%) quanto pela classe C (41,0%) frequentadoras do segmento supermercadista. Outro produto ainda mais valorizado é o amaciante para roupas, que atingiu 89,0% dos domicílios, com um maior consumo da classe C (50,0%), seguida pela classe A/B (30,0%).

    Estes resultados mostram que a dinâmica de consumo da cesta de cuidado com as roupas está voltando à normalidade neste período pós-crise. Com novas versões e maior valor agregado, estas duas principais categorias do mercado de produtos de limpeza doméstica – detergente líquido para roupas e amaciante – voltaram a ganhar participação nas vendas. Durante a crise, estes produtos foram substituídos por opções de menor custo, como detergente em pó, amaciante diluído e, até mesmo, sabão em pedra. Com a volta do desempenho positivo da economia, os hábitos de consumo desta categoria vêm sendo, aos poucos, retomado e impulsionado principalmente pelo incremento das vendas no canal atacarejo, pois oferece versões maiores e mais econômicas destes produtos. 

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.


    De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (ABIPLA), o setor nacional de produtos de limpeza é caracterizado pela alta taxa de informalidade, tanto no que diz respeito à produção quanto à comercialização. Os preços baixos, justificados pela qualidade inferior dos produtos, acabam promovendo uma concorrência desleal devido a sonegação de impostos, e se traduzem em riscos para a saúde da população.

    Para conter o avanço deste comércio ilegal, associações junto à Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tem realizado ações de fiscalização relacionadas às atividades irregulares de produção e comercialização de saneantes domissanitários. Uma destas ações é a cartilha “Orientações para Consumidores de Saneantes”, que orienta os consumidores sobre os riscos provenientes do uso de produtos de limpeza clandestinos, tanto pela sua ineficácia contra germes e bactérias, como também pelo risco de intoxicação.

    De acordo com estudo conduzido pela FIPE/USP, apenas em 2005, a indústria de produtos de limpeza perdeu cerca de R$ 560 milhões em faturamento, enquanto o Governo deixou de arrecadar quase R$ 220 milhões em impostos, considerando apenas as quatro categorias mais pirateadas; são elas: água sanitária (42,1% do mercado), desinfetantes (30,6%), amaciantes (15,2%) e os detergentes líquidos (aproximadamente 8,0%).  

    Especialista do Setor: Fernanda Rodrigues.


    O mercado brasileiro de produtos de limpeza vem alterando sua característica, tanto pela composição do portfólio de produtos quanto pelo perfil da demanda. As novas estruturas familiares estão fazendo com que os homens participem ativamente das atividades domésticas e da decisão de compra dos produtos domissanitários. Além disso a propagação de epidemias transmitidas por insetos tem estimulado segmentos antes não tão relevantes no setor.

    A transmissão de doenças através do mosquito aeges aegypti – dengue, zika e febre chikungunya – estão elevando as vendas do segmento de repelentes e inseticidas no Brasil, segundo levantamento da Kantar Worldpanel. A pesquisa mostra que a penetração desses produtos cresceu em todas as classes sociais em 2015, sendo que o perfil de consumidores de repelentes são mulheres de até 29 anos parte pertencentes a classe A e B, enquanto os inseticidas são mais consumidos por donas de casa com mais de 50 anos, em todas as regiões do país e também pertencente as classes superiores de renda.

    Por outro lado, os homens estão ganhando espaço quando o assunto é limpeza doméstica. Um estudo da Nielsen, realizado no segundo semestre de 2015, revelou que 19% dos homens brasileiros são os responsáveis por limpar o domicílio. A compra de produtos para a higienização do lar é responsabilidade de 24% dos “donos de casa”. Ainda segundo os dados, o varejo supermercadista é o canal de vendas mais visitado, com 78% da preferência dos consumidores, devido à variedade de opções e melhor custo-benefício.

    Essa tendência de mudança no perfil da demanda tende a se manter nos próximos anos no Brasil, principalmente pelo aumento do desemprego - que tende a fixar os homens mais tempo em suas residências. Ademais, a reestruturação das famílias, cada vez menores, tende a aprofundar esse processo, o que estimula homens e mulheres a compartilharem as tarefas e a adquirir produtos e serviços especializados, visando o melhor aproveitamento do tempo. 

    Analista Responsável pelo Setor: Robson Poleto


    Em entrevista dada à Folha de S. Paulo, o presidente da Unilever, Fernando Fernandez, defende que seja adotado no País um marco regulatório objetivando reduzir a metade o consumo atual de embalagens no País. Na opinião do executivo, a proposta possibilitará um salto de sustentabilidade e economia de custos com produção e logística, sem trazer perdas ou prejuízos aos consumidores. Desse modo, Fernandez sugere uma atuação do governo nessa área, uma vez que o projeto beneficia toda a sociedade.

    Segundo dados da empresa, atualmente, cerca de 30% das vendas de detergente líquido Unilever já são de concentrados e ela é a única do mercado que oferece tal produto nesse segmento. Assim, o presidente da empresa mostrou, inclusive, estar disposto a compartilhar a tecnologia com a concorrência, para incentivar essa redução dos volumes.

    A mudança, ao aumentar a concentração, diminui o número de embalagens e o volume de água utilizados no processo produtivo, tornando-os mais ambientalmente sustentáveis. Em adicional, permite uma economia nos custos de matéria-prima e logísticos, sendo possível transportar uma maior quantidade do produto. Por fim, tal economia pode até ser repassada ao consumidor final, trazendo ganhos tanto para o elo produtivo como o de consumo.  

    Analista do Setor de Produtos de Limpeza: Amanda de Brito Andriotta

    A Unilever anunciou que vai ampliar os investimentos que faz anualmente no Brasil e vai alocar cerca de € 500 milhões (o equivalente a R$ 1,65 bilhão) nos próximos três anos. O investimento será aplicado em uma nova fábrica no estado de Minas Gerais e na expansão da capacidade produtiva da empresa no país, em especial, de desodorantes, detergentes líquidos e sorvetes.

    A empresa tem como meta expandir suas vendas para o consumidor brasileiro, apostando justamente na ampliação da classe média. A primeira fábrica nesse projeto de expansão já começou a ser erguida, em Aguaí (SP), com previsão para ser concluída em 2015. Atualmente, a Unilever conta com nove fábricas no país.

    Os investimentos vêm em linha com os bons resultados observados no setor de consumo brasileiro, em especial no segmento de higiene pessoal e limpeza, tendo como principais fatores o maior acesso das classes C, D e E aos produtos do setor e a participação crescente da mulher no mercado de trabalho. Outro ponto favorável diz respeito à inserção de novos consumidores nesse mercado, como o público masculino, que vem aprimorando seu consumo .

    O Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe) aprovou incentivos para 23 projetos dentre eles a instalação de uma fábrica da goiana Flora e outra da paranaense Chlorophylla. A empresa Flora de produtos de limpeza domésticas e cosméticos, do grupo J&F, anunciou investimento de R$ 150 milhões para construção de uma fábrica em Jaboatão dos Guararapes. Já a Chlorophylla, empresa de produtos de higiene e cosméticos irá investir R$ 12,2 milhões na construção de uma fábrica em Gravatá.

    O investimento ocorrerá  no estado de Pernambuco devido ao  incentivo fiscal de dedução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as empresas. Além disso, as empresas terão uma redução com o custo de logística para atender o mercado nas regiões norte e nordeste. A Chlorophylla possui 178 franquias nas duas regiões e espera começar a produzir em janeiro de 2013.

    Este é o segundo investimento da Flora este ano, totalizando investimentos de R$ 362 milhões. A empresa é dona das marcas Albany, Minuano, Assim, Ox, Neutrox, Hydrata, Kolene, Francis entre outras. Tanto o setor de cosméticos como o de produtos de limpeza vem apresentando um crescimento de 30% a.a., puxado principalmente pelo aumento do rendimento médio da população e pelas vendas no norte e nordeste.


    A empresa Flora de produtos de limpeza domésticas e cosméticos, do grupo J&F, anunciou investimento de R$ 200 milhões para ampliar sua fabrica em Santa Catarina. A Flora é dona das marcas Albany, Minuano, Assim, Ox, Neutrox, Hydrata, Kolene, Francis entre outras.

    O investimento ocorrerá no sul devido ao crescimento das vendas nesta região, que tem a perspectiva de dobrar em cinco anos, segundo o presidente da Flora, Eduardo Luz. Outro fator que influenciou a decisão foi o aporte da logística portuária a disposição da empresa, uma vez que esta utiliza o Porto de Itajaí para receber suas importações de insumos de produção além de distribuir neste, seus produtos para o Nordeste. O incentivo do Prodec, programa que posterga o recolhimento de Imposto sobre Circulação de Serviços (ICMS) também foi um fator que contribui para tal ação de investimento.

    Desde o último ano a Flora vem investindo pesado para aumentar sua participação no mercado de cosméticos e produtos de limpeza doméstica. Em maio de 2011, a empresa comprou a divisão de cosméticos e produtos de higiene do Grupo Bertin por R$ 350 milhões. Em novembro, a compra foi desta fabrica em Itajaí (SC) do grupo Hypermarcas. Com o investimento a fabrica de Itajaí que produz apenas sabão em pó passará a produzir inseticidas, amaciantes de roupa, detergentes e cosméticos. Além da construção de um centro de distribuição. Assim, sua produção de cosmésticos irá aumentar 30% neste setor que vem crescendo a taxas de 30% a.a. no Brasil.


    A empresa 3M investe na linha Scotch- Brite no Brasil, principalmente nos produtos como baldes, rodos e vassouras. Até o final de 2011 serão investidos R$ 11 milhões no marketing e R$ 90 milhões na modernização para a expansão da fábrica em Bom Princípio (RS).
    Com o investimento, a meta da empresa é que o Brasil seja o maior mercado de itens de consumo de limpeza fora do Estado Unidos até 2015. Em 2010, o faturamento da empresa no Brasil foi de R$ 408 milhões, porém a maior parte da receita vem do segmento de produtos de limpeza industrial e não doméstica.  Além do mercado interno, a unidade brasileira também será a plataforma de exportação para os países vizinhos da América Latina.
    A 3M anteriormente investiu em pesquisa para desenvolver produtos voltados ao perfil de consumo dos brasileiros, principalmente aos produtos voltados à limpeza doméstica. A pesquisa apontou que o consumidor leva em conta o design do produto na hora da compra. Assim os produtos comercializados no Brasil, com exceção ao balde e à pá de lixo, foram desenvolvidos focando no design, como o seu diferencial. Essa é uma tendência de vários setores do mercado, de diferenciar os seus produtos para melhor atender as necessidades e o perfil dos consumidores.

    A Hypermarcas realizou mais uma aquisição para seu portfólio de marcas. Dessa vez a empresa se voltou para o setor de produtos de limpeza doméstica, ao adquirir o direito de propriedade da marca Perfex, de panos de limpeza, antes pertencente à Johnson & Johnson. O valor do negócio ficou em torno de US$ 17 milhões.
     
    Com essa venda, a Johnson & Johnson se desfaz de um negócio que não mais se encaixa nos planos da empresa para o país. A aquisição da Perfex deu direito aos maquinários, direitos de propriedade intelectual, estoques, materiais promocionais e fórmulas. A produção deve ser transferida para alguma unidade fabril do grupo Hypermarcas. A receita da empresa, no segmento de higiene e limpeza, foi de R$ 179,5 milhões no acumulado dos 9 primeiros meses de 2010.
     
    O setor de Produtos de Limpeza Doméstica é fortemente relacionado aos indicadores do mercado de trabalho. O rendimento médio da população vem mantendo seu ritmo de expansão, o que torna a demanda desse setor maior, o que contribui, além de tudo, para vencer a grande informalidade que se faz presente neste segmento. Isto posto, a aquisição da Perfex pela Hypermarcas é estratégica para a valorização dos ativos da empresa no mercado acionário, já que ela volta a sua atuação para um setor que possui baixo risco e um baixo custo de produção.

    A unidade da Bombril em Sete Lagoas (MG) receberá investimento no montante de R$ 60,3 milhões. O investimento é destinado para a ampliação de sua unidade fabril localizada no estado. A obra deverá ser finalizada até dezembro de 2012 e irá gerar cerca de 476 empregos diretos.

    Com esse investimento, a empresa irá ampliar sua capacidade de produção em 840% (volume em toneladas) e irá atender a demanda de todo o estado de Minas Gerais e dos estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Tocantis, Rio de Janeiro e Espírito Santo, conforme divulgado pela imprensa. Isso representará cerca de 30% da produção total da empresa. A receita estimada da Bombril, após essa ampliação, será de R$ 303 milhões. Além dessa unidade, a empresa possui mais duas fábricas, uma em São Paulo e outra em Pernambuco.

    Com a ampliação do rendimento médio real auferido pela população brasileira nos últimos anos, assim como a massa salarial, que vem se elevando devido ao nível da atividade industrial, espera-se uma elevação na demanda por produtos de limpeza, que integram a cesta básica de consumo do brasileiro e possuem uma demanda estável quando comparados a outros bens de consumo não duráveis. Além disso, o consumo de produtos de limpeza com maior valor agregado (produtos estes que atendem aos quesitos de sustentabilidade) é cada vez maior e se configura como uma nova tendência de consumo. Esse investimento está de acordo com as boas perspectivas de crescimento do setor nos próximos anos.


    A Hypermarcas anunciou semana passada a aquisição da Niasi, fabricante do esmalte Risqué e da coloração capilar Biocolor. O valor da transação foi de R$ 366 milhões, dos quais, R$ 240 milhões foram pagos diretamente e o restante na forma da absorção do passivo da empresa com o banco Safra. Os recursos para tanto foram provenientes da abertura de capital da Hypermarcas, que levantou R$ 620 milhões com sua oferta inicial no mês de abril.
    A Niasi faturou, em 2007, R$ 246 milhões, ostentando a posição de líder no mercado de esmaltes e terceira maior empresa do mercado de tintura de cabelo. Segundo a Nielsen, o mercado de esmaltes movimentou R$ 238 milhões enquanto o mercado de tinturas para cabelos foi responsável por R$ 1,25 bilhão no ano de 2007. Com a aquisição, a Hypermarcas amplia seu portfólio para 160 marcas, apontando um direcionamento para o setor de higiene pessoal e cosméticos. Estima-se que sua receita bruta, considerando as recentes aquisições, esteja em torno de R$ 2,1 bilhões. Entretanto, nada indica que as recentes aquisições no setor de higiene pessoal (ainda este ano adquiriu a Bozzano entre outras) deixem de lado seu portfólio alimentício e farmacêutico.
    A compra da Niase marca uma perspectiva mais dinâmica para seus esforços de venda, que passam agora a contar com uma equipe itinerante de vendedores, implicando na possibilidade de extensão do comércio de outros produtos da Hypermarcas.


    No dia 27 de agosto de 2008, a Bombril confirmou a compra da Milana em uma operação avaliada em R$ 11,5 milhões, ainda a ser submetida à aprovação do conselho acionário. O processo de compra ainda pode passar por uma dedução de R$ 2,4 milhões referentes à tributação e encargos trabalhistas e também existe a possibilidade de uma segunda alteração na medida em que forem apuradas as diferenças entre o passivos e ativos circulantes ajustados.
    A nova aquisição confirma a estratégia de expansão da gama de produtos oferecida ao mercado, cuja meta é duplicar o portfólio da empresa que, em 2007, contava com 170 produtos. Hoje, a Bombril comercializa 231 produtos e pretende custear a onda de aquisições com o faturamento oriundo das próprias empresas adquiridas.
    A Milana, responsável pela fabricação à mais de cinqüenta anos, dos produtos Lysoform, fatura em média R$ 12 milhões anuais. Sob a égide da Bombril, pretende dobrar essa marca. O prédio da empresa em Itaquaquecetuba, São Paulo, não fará parte da compra; entretanto, a produção será alocada em São Bernardo do Campo (SP); Sete Lagoas (MG) e Abreu de Lima (PE). Existe a perspectiva de aumento na produção considerando que o maquinário funciona a 50% de sua capacidade, o que pode aumentar os ativos para sustentar a expansão empreendida pela Bombril.
     


    A Lei nº 12.785, de 20/12/2007, foi publicada, alterando as normas do pagamento do ICMS de São Paulo, que, entre outras modificações, estabeleceu a antecipação do pagamento, antes feito em diversos pontos da cadeia produtiva. A elaboração do cálculo de ser feita a partir da contagem dos produtos em estoque, sendo que o imposto deverá ser pago no período de apuração da entrada da mercadoria no estabelecimento em questão.
      A substituição tributária, de acordo com o decreto 52.364, de 13/11/2007, irá incidir sobre a os seguintes produtos:
                i) medicamentos;
                ii) bebidas alcoólicas, exceto cerveja e chope;
               iii) produtos de perfumaria;
               iv) produtos de higiene pessoa.
      Essa substituição da carga tributária resultou em alta de 15% nos preços dos produtos de higiene e limpeza. Segundo o vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS), "As empresas, especialmente pequenas e médias, adotaram o que estamos chamando de índice de segurança".
      Como o pagamento do imposto deve ser feito no momento de entrada do produto, seu preço deve ser presumido, portanto, as empresas encontram nessa aparente incerteza (não houve mudança da base de cálculo do ICMS, de acordo com a Fazenda Paulista) um elemento que pode justificar o aumento dos preços como forma de proteger a margem de lucros. Como o valor do imposto é determinado ex ante, existe a possibilidade de distorções quanto ao valor de sua venda efetiva, podendo abrir precedentes para a prática de irregularidades.