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  • papel, papeis, empresas do setor papel, setor papel, segmento papel,  celulose, empresas do setor celulose, setor celulose, segmento celulose, economia, macroeconomia, eucalipto
    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

     Segundo levantamento da Afryno, no Brasil, enquanto a área plantada de eucalipto cresceu 10% de 2018 para cá, alcançando 7,5 milhões de hectares, o consumo desse tipo de árvore avançou 26%. Em boa parte, novas fábricas de celulose contribuíram para a maior demanda pelo insumo, levando o preço a dobrar entre 2021 e 2023.

    Além disso, os efeitos nocivos das distorções climáticas como o aumento da temperatura e mudanças no regime de chuvas em regiões que concentram plantios de eucalipto, afetaram a área plantada e reduziram a produtividade florestal.

    Percebe-se que é preciso ampliar de forma expressiva a base florestal plantada para comportar um novo ciclo de investimentos em celulose, considerando que se leva de seis a sete anos para corte do eucalipto após o plantio. Assim, considerando as 10 milhões de toneladas por ano de fibra curta que chegaram ou chegarão ao mercado entre 2020 e 2028, as novas fábricas de celulose no Brasil, que ainda não contam com plantio de eucalipto e contratos de suprimento de madeira em volume suficiente, não devem ter condições de entrar em operação antes de 2028.

     Analista Responsável  Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    No segundo trimestre de 2023, a expectativa de preços mais baixos da celulose foi confirmada, uma vez que o aumento significativo dos estoques globais no primeiro trimestre indicou um desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado global.

    Mesmo que já tenha havido alguma reação por parte dos produtores quanto à elevação do preço de venda para os mercados mais importantes (China e Europa), a atual cotação ainda orbita perto do piso histórico.

    Para outubro, produtores liderados pela Suzano estão buscando novo reajuste em todas as regiões. A companhia brasileira, maior produtora mundial de celulose de mercado, já anunciou uma nova rodada de aumento de preços, de US$ 30 a US$ 50 por tonelada a depender da região. A Klabin vai acompanhar esse movimento.

     Analista Responsável Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O setor exportador de celulose deverá enfrentar um ano de 2023 marcado por alguma turbulência no que se refere ao preço praticado. Para as exportações de celulose, a Lafis projeta uma satisfatória elevação (10,5%/22 em 2023). A China deverá continuar sendo um dos principais países demandantes da celulose brasileira, garantindo o bom resultado do setor exportador.
    No entanto, vale fazer uma ressalva quanto aos preços internacionais da celulose que deverão permanecer em patamares relativamente baixos, prejudicando o faturamento e a rentabilidade do negócio, sendo assim um vetor negativo, dissonante da conjuntura ainda que de expansão das vendas externas de celulose.
    Pressionadas pelo aumento da oferta global a partir de novas capacidades na América do Sul e pela demanda potencialmente mais fraca por parte das papeleiras - sobretudo as europeias que já sofrem com margens pressionadas -, as vendas externas de celulose tiveram que ser redirecionadas para a China, colocando mais pressão no mercado, onde a redução de preço foi mais intensa do que em outras regiões.
    Assim, apesar das empresas nacionais, em sua maioria, ainda estarem operando acima dos custos de produção, gerando assim caixa positivo, algumas unidades já não dão retorno ideal do capital empregado. 

    Analista Responsável Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Os preços internacionais da celulose de fibra curta devem recuar ao longo de 2023. 

    Em um primeiro momento, em particular até meados do ano, os preços deverão sofrer uma correção moderada em função da limitação da demanda chinesa, impactada pela queda da dinâmica industrial e consumo oriundos das paralisações e confinamentos em algumas de suas regiões visando ao combate ao Covid-19. Assim, conforme a demanda volte a se restabelecer ao final do semestre (que começou a dar sinais de reabertura da economia no início de 2023), espera-se que tenha um fim a este movimento, tornando a trajetória mais estável.

    No entanto, espera-se que já no fim deste ano e ao longo de 2024 entrem em operação novas fábricas na América do Sul que deverão pressionar a oferta global, impactando direta e negativamente nas cotações internacionais da commodity, causando uma segunda trajetória de correções dos preços.

    Analista Responsável Felipe Souza

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Apesar do desempenho do primeiro semestre ter sido bastante positivo para o setor, as projeções operacionais e financeiras para as empresas produtoras de papel e celulose para o segundo semestre levantam alguns pontos de atenção.

    Se por um lado os excelentes resultados de exportação (tanto nos volumes exportados, quanto no preço internacional da celulose) garantiram um bom faturamento até então, por outro, a demanda chinesa em desaceleração levanta sinal amarelo em relação ao desempenho do setor exportador de celulose no segundo semestre que deve ter preço de venda corrigido para baixo a partir deste período de forma a reduzir levemente o faturamento projetado do setor.

    Ainda mais, ao longo dos últimos meses, as cadeias logísticas globais têm sofrido grande pressão, e não há indicação de melhora para esse quadro em 2022. Com o cenário de lockdowns na China, para conter novos surtos de covid-19, os gargalos no transporte mundial de produtos podem ser ainda maiores por causa do maior ciclo dos navios, em meio ao congestionamento em portos ao redor do mundo, tudo isto representando elevação dos custos logísticos e perda de eficiência em toda cadeia produtiva do setor.

    Não bastando essa pressão de custo, (apesar da alta dos preços de venda das empresas em geral), as margens também vêm sendo pressionadas dado que os custos da produção como um todo vêm subindo, em especial de commodities químicas, insumos e maquinários cotados em dólar.

    Assim, a Lafis revisou marginalmente para baixo sua projeção para o faturamento do setor de papel e celulose para este ano. Deste modo tal projeção migrou de 9,1% (projeção publicada na edição de maio deste Relatório) para os atuais 8,7%.

    Analista Responsável Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    No segundo semestre de 2021 houve uma queda da demanda chinesa que impactou os preços em todo o mundo. No entanto, projeta-se que essa demanda chinesa reprimida deva ser transferida para meados de 2022, o que deverá elevar os preços internacionais.

    Isso acontece, pois, os níveis de estoque de celulose dos clientes estão muito baixos, perto do limite operacional. Assim, grande parte dos compradores vem pedindo volumes maiores do que aqueles contratados. Tanto é que com a demanda em alta, muitas empresas deixaram de vender no mercado “spot” (para entrega imediata) para atender só os contratados.

    Não é por menos que os preços da celulose de fibra curta já voltaram a subir com força na China. O movimento reflete o mais recente reajuste anunciado pelos produtores sul-americanos e já superou o valor válido para maio, de US$ 810 por tonelada, naquele mercado.

    Analista Responsável Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Lafis julgou adequada a manutenção de todas as projeções. Isso se deu em virtude da realização dos dados operacionais observados no primeiro semestre deste ano com as previsões realizadas Lafis.

    Segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), a produção total de celulose observada de janeiro a junho apresentou uma importante expansão de 8,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já para a produção de papel, os dados da Bracelpa revelam que foram produzidos 7,09 milhões de toneladas nos primeiros oito meses de 2021. Isso representa um acréscimo de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

    Assim, para o ano de 2021, a Lafis projeta que a economia deverá apresentar um maior dinamismo industrial. No entanto, este crescimento ainda será limitado pelo ambiente econômico influenciado por um mercado de trabalho ainda deprimido e produção industrial abaixo do potencial devido a continuidade dos efeitos da pandemia até pelo menos no 1º semestre do ano.

    Por sua vez, a continuidade do real relativamente desvalorizado somado à previsão de manutenção de uma demanda externa de papel e celulose em bons níveis (não obstante a pequena queda projetada do volume exportado em 2021) deverá impactar positivamente na competitividade da produção local frente à externa.

    Analista Responsável Felipe Souza

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Se por um lado a esperada retomada da economia interna ainda estará comprometida, por outro lado a demanda externa por celulose, principalmente da China, deverá continuar em expansão, alcançando níveis bastante favoráveis, tanto para escoamento da produção, quanto para os preços de venda da commodity.

    Para o ano de 2021 em relação ao mercado interno, a Lafis projeta que a economia deverá apresentar um maior dinamismo industrial. No entanto, este crescimento ainda será limitado pelo ambiente econômico influenciado por um mercado de trabalho ainda deprimido e produção industrial abaixo do potencial devido a continuidade dos efeitos da pandemia por boa parte do ano.

    No entanto, em outro sentido, a continuidade do Real relativamente desvalorizado somado à previsão de manutenção de uma demanda externa de papel e celulose em recuperação, deverá impactar positivamente na competitividade da produção local frente à externa. Assim, com a demanda globalmente aquecida e a antecipação de compras de celulose, tudo isto deverá sustentar os preços da celulose em alta, constituindo-se assim, num grande vetor de expansão do faturamento do setor.

    Analista Responsável Felipe Souza

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Sabidamente, salvo poucas exceções, a crise sanitária que assola o mundo traz impactos negativos em quase todas as cadeias produtivas ao redor do globo. 

    E com o setor de celulose não foi diferente. Os preços da celulose de fibra curta, que já se encontravam em baixos níveis desde meados de 2019, seguiram em trajetória de queda no mercado internacional, particularmente na China, em quase o ano inteiro na esteira da elevação dos estoques globais e da forte queda do consumo global de papéis de imprimir e escrever e outros importantes demandantes de celulose como o setor da construção civil.

    No entanto ao fazer um olhar para o médio e longo prazo, a visão muda bastante, já que o nosso setor é altamente competitivo com relação à nossa capacidade de geração de celulose de fibra curta de eucalipto. Isso dá vantagem à indústria brasileira. 

    Primeiro porque ela tem um custo operacional mais baixo do que o mercado, o que nos deixa com uma margem de manobra em relação ao preço da celulose. Se no resto do mundo o custo operacional está mais ou menos em US$ 500 a tonelada, no Brasil fica entre US$ 430 e US$ 450. 

    Isso nos garante uma visão muito confortável a longo prazo, pois com os preços internacionais da celulose trafegando abaixo de US$ 500, algumas unidades concorrentes necessariamente irão fechar, como já aconteceu no norte da Europa. Assim, há menos pressão de oferta e menos competição à indústria nacional, desde que as empresas brasileiras saibam lidar com margens reduzidas a curto prazo. 

    Especialista do Setor Felipe Souza

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Nosso Economista-chefe e especialista no setor de Papel e Celulose, Felipe Souza concedeu  entrevista (10/09/2020) para o jornal Rural Notícias do Canal Rural, apontando que mesmo na crise sanitária, o setor produtor de papel pode alcançar ótimos resultados!

    O segmento de papel e celulose tem se reinventado no período de pandemia. Com o aumento do trabalho remoto, o home office, as impressões e uso de papel diminuíram, fazendo com que o setor produtivo sentisse a queda na demanda.

    No primeiro semestre deste ano, as exportações de folha sulfite e de papel de imprensa, utilizado na produção de jornais, caíram 12%.

    Se de um lado os resultados não são favoráveis, existem outros segmentos da indústria que mantiveram o bom desempenho durante a crise. Aqueles que atuam com papel para embalagem e para uso sanitário estão com preços em alta e forte demanda, segundo o especialista em papel e celulose, Felipe Souza.

    “As exportações neste segmento estão elevadas. Mesmo com a retração da demanda agregada no geral, temos boas oportunidades. As empresas que conseguirem fazer essa transição com foco em embalagens e itens de uso sanitário farão bons negócios, mesmo na crise”, destaca.

    Ainda de acordo com o especialista, as indústrias de papel que oferecem esse tipo de produto ao mercado vão se destacar dentro do segmento até o começo do próximo ano.

    Para ler a entrevista na íntegra, acesse:  

    https://www.canalrural.com.br/programas/informacao/rural-noticias/industrias-de-papel-e-celulose-se-reinventam-durante-a-pandemia/

    Especialista do Setor Felipe Souza.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Recentemente entrou na pauta de discussão a proposta de reforma tributária do governo federal que prevê o fim da isenção de contribuição para livros. Na prática, o que está se intencionando é a retomada de taxação do papel imune. Mas o que é papel imune?

    Papel imune é o papel adquirido com isenção de alguns impostos, como ICMS e IPI, por empresas credenciadas junto ao governo para ser empregado na impressão de jornais, livros e periódicos. A imunidade deste papel é uma garantia constitucional desde 1946.

    A questão é que, como a lei é mal fundada, mal gerida e fiscalizada, existe um enorme desvio de finalidade. Já foi comentado em outras publicações a permissividade que esta lei causa ao bom funcionamento do mercado de papel celulose e elos posteriores, como demonstra uma publicação da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

    Nos últimos 10 anos, Governo Federal e os Estados brasileiros deixaram de arrecadar em tributos cerca de R$ 3,5 bilhões em ICMS devido ao desvio de finalidade de papel imune, pelos cálculos da Ibá.

    Isto é, papel que deveria ser utilizado para imprimir livros, jornais e periódicos que foram desviados para impressão de folders, catálogos e outros materiais.

    Pois então, como pode-se notar a discussão da retaxação ou não de tal tipo de papel é totalmente pertinente e não podemos escolher o caminho da avaliação moral, e sim da discussão racional do tema.

    Especialista do Setor Felipe Souza.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Apesar de enfrentar grande volatilidade nos mercados financeiros e precificação de seus produtos, uma boa parte das empresas do setor poderá se beneficiar do aumento da demanda por embalagens ligados aos setores considerados essenciais, bem como as vendas delivery.

    A corrida aos supermercados, o aumento das compras delivery e a aceleração da produção das indústrias consideradas essenciais têm aumentado substancialmente a demanda por embalagens, fazendo com que o setor produtor de papel e celulose e o próprio setor de embalagens se beneficie.

    Numa outra via, com o preço da celulose em baixos patamares, isto acaba inviabilizando as operações das fábricas menos rentáveis no hemisfério norte que apresentam custo operacionais mais elevados em comparação à produção nacional. Isto obriga tais a estender paradas programadas para manutenção, diminuindo a concorrência da produção brasileira, o que pode impactar positivamente as exportações do setor, não obstante a queda da demanda global nestes tempos de crise sanitária.

    Analista do Setor Felipe Souza.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O cenário de incerteza observado desde o ano de 2016 e perdurando ao longo de 2018 – sobretudo devido ao impasse proveniente das eleições; ainda impacta negativamente o crescimento industrial como um todo, de forma a limitar a demanda por diversos tipos de celulose utilizados por diversos segmentos industriais.

    Além do mais, a manutenção da trajetória ainda insatisfatória do nível de emprego e da massa salarial são fatores limitam a demanda interna por papel, sobretudo os que detém maior valor agregado como papéis para fins sanitários considerados “premium”, assim como papel imprensa e para imprimir/escrever.

    No entanto, a manutenção do Real em um patamar relativamente desvalorizado torna mais competitiva a produção nacional, sobretudo de celulose, frente à externa, acabando por gerar um efeito positivo para as exportações e por consequência na produção do setor. Neste modo acredita-se que as exportações de celulose deverão se constituir como um importante meio de escoamento da produção, uma vez que as economias importadoras (como a China, Estados Unidos e alguns importantes países europeus) deverão consumir celulose a um nível satisfatório. 

    Assim, a perspectiva para a indústria nacional de papel e celulose é de crescimento do faturamento em linha com a taxa média observada em anos anteriores, refletindo, por um lado, os preços mais altos dos produtos oferecidos pelas empresas do segmento (sobretudo no no segundo semestre de 2019), bem como pelo bom nível de consumo estrangeiro.

    Especialista do Setor Felipe Sanches.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Mesmo com a retração econômica ocorrida em anos anteriores, um dos poucos setores que manteve-se apresentando bons resultados foi o de papel e celulose. De fato, desde 2015 as empresas do setor foram influenciadas, sobretudo, pela expansão das exportações que foram positivamente impactadas pela desvalorização cambial, que tornou a produção local relativamente mais competitiva em relação à produção externa

    E este cenário deverá se estender para os próximos anos. Acredita-se que as exportações de celulose se constituirão, cada vez mais, em um importante meio de escoamento da produção, uma vez que as economias importadoras (como a China, Estados Unidos e alguns importantes países europeus) deverão consumir celulose a um nível satisfatório.

    O resultado deste cenário conjuntural e prospectivo se reflete na dinâmica dos preços internacionais da celulose. Como a demanda está em alta, diversas empresas já elevaram o preço internacional da celulose diversas vezes neste ano. Como resultado, a perspectiva para a indústria nacional de papel e celulose é de crescimento do faturamento em linha com a taxa média observada em anos anteriores.

    Especialista do Setor: Felipe Souza.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Se existem alguns setores que não ressentiram a crise econômica interna, certamente o de papel e celulose deve estar entre eles. De janeiro à maio deste ano, as exportações de papel cresceram 8,2% quando comparados com o mesmo período do ano anterior, com destaque para os papeis de fins sanitários (+28,6) e embalagens (13,0%).

    Em relação ao setor produtor de celulose, os resultados deste período são ainda mais expressivos: a produção total de celulose sofreu incremento de 10,4% quando comparada ao mesmo período de 2015 sobretudo para acompanhar as exportações que se elevaram significativos 17,7% no período destacado.

    A explicação para tal desempenho reside na desvalorização que o Real sofreu em relação ao Dólar em fins de 2015 (continuando atualmente em um patamar relativamente desvalorizado), o que tornou a produção local relativamente mais barata em relação à internacional, portanto concorrencialmente mais competitiva. O efeito cambial ainda é mais intenso, uma vez que as cotações da celulose são dadas em Dólar, ao mesmo passo que os custos de produção das fábricas nacionais são, em sua maioria, dados em Real, o que eleva consideravelmente a margem operacional do setor neste momento em que o poder de compra da moeda norte-america se eleva em relação ao Real.

    Por último, o setor também vive um bom momento da sua demanda. Tanto a Europa, quanto os Estados Unidos e a China passaram a demandar celulose nestes primeiros meses, o que reflete nos preços internacionais desta commodity. Os dados da Natural Resources Canada (NRC) indicam uma sólida tendência de aumento dos preços de celulose de fibra longa nos Estados Unidos, Europa e China. 

    Analista Responsável pelo Setor: Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Com a desvalorização do Real frente ao Dólar, aliado à um momento de alta dos preços internacionais de celulose, criou-se um cenário muito positivo para o setor de papel e celulose. 

    Se num primeiro momento este prognóstico aparenta ser contraditório ao momento que o Brasil vive, dado o declinante desempenho do setor industrial e da economia como um todo, a desvalorização do Real provocou um aumento da competitividade das empresas nacionais (uma vez que a produção nacional ficou relativamente mais barata para o cliente externo já que a celulose é cotada internacionalmente em Dólar), que aproveitaram e deslocaram parte de sua produção para o mercado externo.  É por tais razões que de janeiro até abril a produção nacional de celulose se expandiu 4,3% e as exportações cresceram substanciais 12,7% frente aos resultados obtidos no mesmo período do ano passado.

    É baseado neste cenário que diversas empresas do setor já estão se movendo para aproveitar esta oportunidade e aumentar o faturamento. A Suzano e a Klabin tirarão o País da condição de importador de cerca de 400 mil toneladas ao ano de celulose fluff (usada na fabricação de fraldas descartáveis e absorventes femininos) para exportador ao anunciarem que produzirão ao total, 500 mil toneladas desse tipo de celulose nos próximos anos.

    No mesmo sentido, a Fibria divulgou a construção de uma nova linha de produção de celulose em Três Lagoas (MS), com investimento estimado em 7,7 bilhões de reais. Esta unidade, que terá foco no mercado de exportações, produzirá cerca de 1,75 milhão de toneladas de celulose branqueada de eucalipto. A expectativa é que a nova linha industrial inicie produção no quarto trimestre de 2017 e pode ser considerada uma resposta dias depois que a rival Eldorado anunciou o início de construção de uma nova linha de produção de celulose também em Três Lagoas, com capacidade para 2 milhões de toneladas por ano e que consumirá investimentos de 8 bilhões de reais.

    Analista do Setor: Felipe Sanches


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Está previsto que, já em 2015, os consumidores poderão abastecer seus carros com um novo combustível: o etanol celulósico, feito da palha da cana. O combustível já é produzido em algumas regiões do País e já é comercializado em postos, no entanto a escala ainda é muito pequena e atinge poucos consumidores.

    Com a expansão desse tecnologia, inaugura-se um mercado que, no futuro, poderá ser promissor para a indústria de celulose. Segundo players do setor de combustíveis, a demanda brasileira por etanol só poderá ser atendida ao longo desta década, se o país fizer deslanchar a produção do etanol celulósico - o chamado etanol de segunda geração. Tendência esta que pode alavancar as vendas de celulose.

    Analista Responsável pelo Setor: Felipe Souza


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Suzano Papel e Celulose mudará o foco de seus investimentos em 2015. A empresa irá privilegiar seu processo de desalavancagem  financeira (dado o grande volume financeiro necessário para construir sua unidade fabril em Imperatriz (MA) já em operação). Do R$ 1,5 bilhão planejado para investimento, cerca de R$ 1,05 serão destinados a processos de manutenção física, R$ 50 milhões para pagamento da segunda parcela da aquisição da Vale Florestar, sendo somente R$ 400 milhões para programas de competitividade e modernização do maquinário.

    A companhia descartou investir em expansão em 2015, pois julga que aportes em expansão não estão sendo remunerandos adequadamente. As razões para este cenário se firmam no movimento de crescimento indisciplinado da oferta mundial da matéria-prima e a estagnação da demanda dos países desenvolvidos, o quê gerou uma pressão baixista no preço internacional da celulose até meados deste ano.

    No entanto, o cenário de 2015 projetado pela Suzano é otimista. Em nota, a companhia divulgou que pretende aumentar seu preço de referência da celulose, na esteira de reajustes já anunciados por outros produtores. De acordo com o diretor da unidade de negócios de Celulose e Papel da companhia, Carlos Aníbal, os fundamentos do mercado global de Celulose são positivos, com retomada da demanda, níveis de estoques baixos nos consumidores e produtores, além da perspectiva de novos fechamentos de unidades de custo elevado, tudo isto, deverá elevar os preços internacionais da commodity.
     
    Analista Setorial de Papel e Celulose: Felipe Souza.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Eldorado Brasil formalizou a carta-consulta junto ao FDCO [Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste], que prevê a concessão de uma linha de financiamento de R$ 1,4 bilhão para a expansão de sua unidade de Três Lagoas (RS), que passará da produção atual de 1,5 para 3,7 milhões de toneladas em 2017. A empresa já tínha anunciado a intenção de duplicar a unidade de produção.

    Além da segunda linha, a fábrica já anunciou o objetivo de construir uma terceira linha de produção a ser inaugurada em 2021. Com isso a Eldorado será uma das maiores empresas de celulose do mundo. Para isto, estão previstos investimentos da ordem de R$ 7,5 bilhões, do quais R$ 2 bilhões provindos de capital próprio, R$ 1,4 bilhão do FDCO, R$ 3,5 bilhões de linhas de crédito do BNDES e o restante oridundo de agências de crédito de exportação que financiam os equipamentos importados.

    Já há algum tempo, o setor tenta lidar com o incremento esperado da produção de celulose na próxima década.  Companhias já divulgaram planos de investir no Brasil até 2020, acrescentando pelo menos 20 milhões de toneladas à produção anual de celulose, o que levará o país ao posto de segundo maior produtor do mundo.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Klabin, líder do segmento de papéis para embalagens do país, entrará no mercado de celulose por meio do seu novo projeto orçado em R$ 6,8 bilhões para instalação da nova fábrica de celulose, no município de Ortigueira (PR)

    O investimento no chamado "Projeto Puma" está orçado em R$ 5,3 bilhões e envolve a construção da nova unidade (que tem previsão de operação em 2016) com capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas ao ano, dos quais 1,1 milhão de toneladas correspondem a fibra curta e 400 mil toneladas de fibra longa. A diferença de R$ 1,5 bilhão para o valor total corresponde ao cálculo de 107 mil hectares de florestas plantadas, que pertencem à empresa e que foram incorporadas ao empreendimento.

    É neste mix produtivo (fibra longa e fibra curta) que a Klabin espera ultrapassar seus concorrentes via melhora da produtividade, uma vez que concentrará, de forma eficiente, a produção em uma mesma unidade fabril. Isto será muito útil se vizualizarmos o cenário esperado para 2016, horizonte em que se espera que grandes fábricas de celulose entrem em operação, aumentando assim a oferta da matéria prima, o que tenderá a desvalorizar o produto mercado mundial.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Dado o momento de expansão dos preços de venda do papel-cartão, a Klabin anunciou que irá instalar uma nova máquina de papel-cartão em Ortigueira (PR). Embora o valor da aquisição não tenha sido anunciado, estíma-se que uma máquina desse porte poderia requerer investimento de US$ 750 milhões a US$ 800 milhões. A linha produzirá até 400 mil toneladas anuais do produto, usado para fabricar embalagens. 

    Este investimento ainda pode ser sucedido por um grande projeto em celulose no mesmo local (já anunciado, porém ainda não confirmado) que poderá custar cerca de R$ 6,8 bilhões. 

    O momento é propício para expansão de tal papel dado que no mercado de cartões, cujos reajustes estão sendo implementados sem grande dificuldade, tanto é que, em meados de janeiro, a indústria brasileira já havia anunciado aumento de até 12% para o preço do papel-cartão.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Fibria, maior fabricante de celulose branqueada de eucalipto do mundo, começou a traçar seu plano de investimento para 2013, no qual deverá dispender entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,25 bilhão em investimentos destinados principalmente à manutenção de florestas.

    A empresa aposta em um cenário mais favorável para o setor em 2013, projetando certa recuperação econômica e consequente crescimento da demanda por celulose nos países importadores, como China e Estados Unidos.

    Internamente, o anúncio de supressão parcial da produção feitos pela Jari Papel e celulose, do Grupo Orsa, deve compensar, em parte, o acréscimo da oferta de celulose advindo do início das operações de novas fábricas, como a da Eldorado (MS) e da Suzano (MA), reequilibrando o mercado.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A MD Papéis, empresa líder na fabricação de papéis especiais (com destaque à produção de papéis especiais e papéis e cartões para embalagens) na América Latina e atualmente detentora de quatros unidades industriais localizadas no Estado de São Paulo, anunciou investimento de cerca de R$ 100 milhões para a instalação de mais uma unidade produtora na Lapa, na região metropolitana de Curitiba.

    Os planos da empresa projetam que até 2015 a unidade, que terá capacidade de fabricar 120 mil toneladas de papel-cartão revestidos e não revestidos, esteja funcionando.

    Esta ação destoa da tendência de parcimônia do setor observada desde o ano anterior quando, pelo relativo desaquecimento da demanda mundial (dado a persistência da crise econômica) em conjunto com a previsão do aumento da capacidade instalada advinda dos inúmeros investimentos ocorridos em 2009 e 2010, fez com que os players postergassem prováveis investimentos. No entanto, na tentativa de reaquecer o setor, os governos estaduais trabalham para que este cenário seja revertido. Um exemplo se dá neste próprio caso, no qual o Governo do Paraná incluiu a MD no programa de incentivos "Paraná Competitivo", além de se comprometer a construir um gasoduto de 60 quilômetros até a Lapa para que a empresa tenha a disponibilidade cerca de 20 milhões de metros cúbicos por ano de gás.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Dois anúncios de grandes investimentos ocorridos nesta quarta semana de março agitaram o setor de papel e celulose.

    Um destes diz respeito à Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, que anunciou investimento de R$ 6,8 bilhões em uma nova fábrica de celulose no Paraná (sem município definido ainda). Segundo a empresa, espera-se que ela comece a operar em fins de 2014 e produza 1,5 milhão de toneladas de celulose fibra curta e fibra longa por ano.

    Além deste anúncio, a Braxcel (que detém grande expressão em setores distintos como geração de energia elétrica renovável e mercado imobiliário) confirmou a intenção de instalar uma unidade industrial no município de Peixe (TO), destinada à produção de 1,5 milhão de toneladas por ano de celulose de fibra curta branqueada que dispenderá de cerca de R$ 4 bilhões e será concluída em 2018. Esta ação será a primeira da empresa no setor, por tal razão, a Braxcel tratou de firmar parcerias com empresas do setor de celulose e vem sendo apoiada tecnicamente pela Poÿry, empresa de engenharia especializada em papel e celulose nos estudos de viabilidade econômica, engenharia conceitual e ambiental da futura unidade.

    Mesmo que haja algum risco de ocorrer uma sobreoferta de celulose entre 2020 e 2023, dado o número de novas fábricas que começarão a operar nestes anos, a crescente demanda interna e asiática por celulose, conjuntamente às vantagens competitivas estruturais do Brasil para reflorestamento que resultam em um baixo custo unitário de produção de celulose, faz com que grandes players nacionais e estrangeiros, do setor ou não, direcionem seus esforços de investimentos neste setor.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    A Celulose Riograndense anunciou seu projeto orçado em US$ 2,8 bilhões, que visa aumentar a capacidade instalada da fábrica da companhia, localizada em Guaíba (RS) e que deve ser concluido no segundo semestre de 2014.

    O objetivo do investimento é colocar em operação a nova linha de produção de celulose branqueada de eucalipto. A nova fábrica terá capacidade de produção de 1,3 milhão de toneladas anuais da matéria prima, três vezes mais do que as 450 mil toneladas por ano produzidas atualmente.

    Após ficar quase um semestre sem anunciar grandes investimentos, com a divulgação desse projeto da Celulose Riograndense concomitantemente com algumas outras grandes empresas, o setor de Papel e Celulose poderá gerar produção sem que haja um descompasso entre oferta e demanda, principalmente vindo da China. O país asiático é um dos principais destinos internacionais de papel e celulose produzidos no Brasil.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Visando expandir sua participação no setor, com destaque ao segmento produtor de papelão ondulado, a MWV Rigesa anunciou um investimento no valor de US$ 480 milhões que elevará a produção da unidade de Três Barras (SC) das atuais 235 mil toneladas de papelão ondulado por ano, para 535 mil toneladas. A previsão é que este volume de produção se realize a partir da metade de 2012.

    A empresa alega que o investimento na unidade consumirá os ativos de sua reserva florestal na região que vinham sendo até então subutilizados, equacionando as dificuldades presenciadas pelas empresas que desejem expandir suas bases florestais. Isso se justifica pois os valores cobrados das terras no país não são, atualmente, favoráveis a novos investimentos neste sentido.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Cerca de US$ 2 bilhões serão investidos na expansão da fábrica da empresa Celulose Riograndense, em Guaíba, sendo US$ 1,1 para aquisição de equipamentos, dos quais US$ 700 milhões nacionais e o restante importados. Haverá, também, destinação de US$ 600 milhões para a outras áreas, inclusive construção civil e montagem.

    As operações da nova planta estão previstas para se iniciar no segundo semestre de 2014. A capacidade de produção poderia se elevar das atuais de 450 mil toneladas/ano de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto para até 1,8 milhão de toneladas/ano.

    Em 2008, o projeto foi suspenso devido à crise global da economia, porém com o cenário atual de crescimento, tanto da demanda interna por celulose, dado o bom desempenho do PIB e rendimento médio brasileiro, quanto da demanda externa, com destaque a crescente demanda chinesa, tal projeto tornou-se viável.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Suzano Celulose conseguiu a aprovação, junto ao BNDES, de uma linha de crédito no valor de R$ 1,2 bilhão. Com tal recurso, a empresa planeja lançar mão de um plano de investimentos, cujo valor total deve atingir R$ 2,2 bilhões, que se iniciará ainda neste ano, perdurando até o ano de 2015.

    As ações de investimento visam a formação da base florestal para o suprimento de madeira destinado às cinco unidades fabris da companhia localizadas nos estados de São Paulo e da Bahia, bem como para as novas unidades industriais que se localizarão uma no Maranhão e outra no Piauí com inauguração planejada para até 2014. Serão destinados recursos também nas operações correntes da empresa que visam a manutenção da capacidade de produção da empresa e a obtenção de melhorias operacionais.

    Tal recurso se dará em forma de um crédito pré-aprovado o qual permitirá que a empresa contrate parcelas do montante total, conforme seu cronograma de investimentos dispensando assim, a necessidade de apresentação de carta-consulta. Esse é o segundo empréstimo concedido pelo BNDES à Suzano na modalidade de limite de crédito. A primeira operação foi feita em 2009 e somou R$ 705 milhões.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A Arauco do Brasil, subsidiária do grupo chileno Celulosa Arauco y Constitución, está finalizando o protocolo de intenções para anunciar ainda no mês de abril a ampliação da fábrica de Jaguariaíva, localizada no estado do Paraná. Os investimentos da Arauco deverão somar R$ 275 milhões, sendo que parte dos recursos provirão do governo do Estado, por meio do programa Paraná Competitivo.

    O governo paranaense ainda contemplará os segmentos de madeira e papéis com mais incentivos, um deles, já pronto, prevê o aproveitamento dos créditos do ICMS para fins diversos, pelas empresas produtoras de papel para a imprensa.

    A boa expectativa de vendas e de faturamento projetada para os próximos três anos no setor de Papel e Celulose estimulou grande parte das empresas do setor a lançarem mão de investimentos de ampliação e modernização da capacidade produtiva. Somente neste primeiro trimestre foram anunciados diversos projetos de investimentos que ultrapassam o montante de R$ 5 bilhões.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    O bom cenário conjuntural anima as expectativas do setor produtor de papel e celulose brasileiro quanto às perspectivas de faturamento para a próxima década. Com a produção de  mais de 14 milhões de toneladas de celulose e 9,8 milhões de toneladas de papel em todo ano de 2010 (produção 4,7% superior a de 2009), a indústria, que investiu US$ 12 bilhões nos últimos 10 anos, planeja acelerar o crescimento e elevar os investimentos para US$ 20 bilhões na próxima década.

    Assim, expectativa das empresas para os próximos 10 anos é de aumentar significativamente a área reflorestada, bem como a produção de papel e fabricação de celulose; e com isto aumentar o faturamento do setor a taxas superiores a 10%, no caso da celulose, e aproximadamente 6% para o subsetor produtor de papel, já nestes dois próximos anos.
    O Brasil tem as principais tecnologias do mundo para a produção de celulose e papel fibra longa - utilizado para fabricar embalagens de papelão.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Mais duas unidades fabris serão erguidas junto à usina produtora de papel e celulose da Eldorado Brasil em Três Lagoas (MG) - que em 2010, havia fechado contratos no valor total de R$ 2,5 bilhões para a implantação de sua primeira linha de celulose no município - elevando assim, a produção do complexo para 1,5 milhão de toneladas em celulose branqueada de eucalipto. As duas futuras fábricas, uma de dióxido de cloro e outra de clorato de sódio (matéria-prima para a produção de dióxido de sódio, largamente usada pelas empresas de papel e celulose), custarão ao investidor, o grupo químico holandês AkzoNobel, cerca de R$ 210 milhões (ou € 90 milhões).

    As duas novas fábricas deverão entrar em operação a partir de setembro de 2012, o empreendimento realizado pela AkzoNobel reforça a importância de mercados emergentes para o grupo, que tem a meta de obter um faturamento da ordem de R$ 3,4 bilhões em cinco anos no país. Apesar de a Eldorado ser o principal cliente, a planta também irá atender outras demandas: a produção da unidade de dióxido de sódio será totalmente absorvida pela Eldorado, já a de clorato de sódio, com uma produção estimada de 70 mil toneladas/ano, terá cerca de 35 mil toneladas destinadas à planta de dióxido de cloro para a Eldorado Brasil, as outras 35 mil toneladas serão destinadas as demais fabricantes independentes.

    Com esses investimentos, a Eldorado deverá reduzir as importações de tais produtos aumentando a autonomia de sua produção com relação aos fornecedores de insumos e matérias-primas, dependência esta que hoje é um dos principais entraves para o setor.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    A multinacional finlandesa Pöyry que atua em projetos e consultoria para o setor de celulose e papel pretende atuar no Brasil. Ela já adquiriu 60% da Silviconsult, empresa em ascensão na área de negócios florestais, em uma transação cujo valor não foi revelado, resultando em uma gigante nacional em consultoria para o setor de celulose e papel.

    Com a atenção voltada para a perspectiva do crescimento econômico brasileiro comparado ao baixo desempenho europeu, a Pöyry Silviconsult Engenharia trará ao Brasil a tecnologia implementada na Europa e que rendeu a Pöyry posição de destaque no âmbito internacional. A multinacional trará também seus atuais clientes - europeus e norte americanos - e especialistas na área, dobrando o número de funcionários da empresa.

    Devido ao clima brasileiro amplamente favorável ao plantio de Pinos, o setor de celulose consegue driblar as adversidades jurídicas para a compra de terras por estrangeiros (o limite está em 40%) e do atual câmbio valorizado - avaliado como um câmbio insustentável à longo prazo - já que a exportação é o destino de grande parte da produção nacional de celulose, cerca de 56%, conseguindo, assim, se manter competitivo no mercado internacional com um crescimento expressivo de 47,4% em 2010 segundo dados da BRACELPA. O setor ainda conta com barreiras à entrada à novas empresas devido, primeiro, ao alto custo de investimento inicial e, segundo, a dificuldade em adquirir as licenças necessárias. Já as empresas estabelecidas seguem com aquisições e expansões em andamento, o que eleva o markup delas a um bom patamar para os próximos anos e conseqüentemente atrairá capital externo oriundo de países em recessão.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    No último dia 16, a Fibria com investimento estimado em R$ 5,8 bilhões, anunciou a antecipação da operação de implantar a segunda linha de celulose em Três Lagoas (MS). No início do projeto, a produção estava planejada para começar em 2015 ou 2016 com capacidade de produzir 1,5 milhão de toneladas por ano. Agora, a meta é para 2014.

    Desses R$ 5,8 bilhões, R$ 1,8 bilhões serão investidos em florestas. Neste ano, a companhia deve investir R$ 42 milhões na estruturação de florestas na região de Três Lagoas. Em 2011, outros R$ 400 milhões. Em 2012 e 2013 o investimento vai atingir mais de R$ 1,4 bilhões.

    A boa conjuntura para o mercado de celulose em conjunto com o retorno positivo do mercado internacional são fatores que explicam as perspectivas de novos aportes para o setor. A maior disponibilidade de crédito e o fortalecimento da economia nacional são fatores que explicam esse horizonte de aportes com características de médio e longo prazo. Fato esse que dentro de um contexto anterior de instabilidade econômica, talvez, esses aportes não acontecessem devido ao alto risco envolvido.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Na última reunião do Comitê Executivo da Gecex, realizada em 5 de agosto, foram aprovadas cinco resoluções que beneficiam o setor Aéreo, bens de capital, papel e celulose.

    A Resolução n° 55 modifica a tributação da tarifa externa comum relacionada a produtos importados do setor aéreo. Não há mais imposto de importação (alíquota do II) para aquisição de aeronaves, de peças destinadas a fabricação, manutenção, modificação ou industrialização das mesmas. Outra Resolução aprovada é a de n° 53, que reduz o imposto para importação de bens de capital - a alíquota que era de 14% cai para 2%. Houve também diminuição do imposto de importação para ex-tarifários - mecanismo de redução temporário de custo na aquisição de bens de capital - até 30 de junho de 2012. Dentre os setores que obtiveram maiores participações foram o gráfico, papel, celulose e petroquímico.

    As resoluções aprovadas beneficiam as importações de produtos essenciais para maiores desdobramentos econômicos. Se numa análise superficial entende-se que há um ônus para a indústria nacional, num raciocínio mais sistêmico fica evidente que a decisão da Camex beneficia a produção nacional, pois o crescimento da economia real demanda recursos que, muitas vezes, dependem da importação devido à oferta insuficiente.


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      Lafis
    • Ano
      2010
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    No dia 16, a KM papel anunciou investimento de R$ 42 milhões para expansão da unidade produtiva de Volta Grande (MG), que ainda possibilitaria o lançamento de uma linha própria de papel reciclado. O projeto é executado em fases e seu início foi em 2006 com o aporte de R$ 40milhões naquele ano na mesma fábrica. O financiamento deve ocorrer por fornecedores de equipamentos, pelo BNDES e pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

    A KM é a única fabricante de papel reciclado branco, para impressão de livros e cadernos, da América Latina. A empresa projeta dobrar o faturamento até 2012. Neste ano, projeta-se faturamento de R$ 107 milhões, dessa forma, a meta da empresa é alcançar R$ 252 milhões em dois anos.

    O cenário positivo para a conjuntura econômica nacional e de novos hábitos de consumo, de forma sustentável, faz com que o setor de Papel projete maior demanda do produto. O crescimento do rendimento médio aliado com a expansão dos serviços agrega ao mercado de papel novas perspectivas frente a possível ampliação do nicho de mercado, dado que o Brasil apresenta grande potencial, quando comparado ao consumo per capita de papel com outros países como Finlândia e Estados Unidos. Os investimentos anunciados pela KM convergem para a tendência de maior presença da indústria de papel tanto no mercado nacional quanto internacional.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
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    • Analista Responsável
      Felipe Souza
    Foi anunciada em 21 de abril a venda do segmento de papel do Grupo Melhoramentos à empresa chilena CMPC. O valor da negociação foi de R$ 400 milhões, envolvendo o pagamento de R$ 120 milhões ao grupo brasileiro e a transferência de uma dívida de R$ 280 milhões à CMPC.
    No mercado brasileiro, a Melhoramentos possui alta representatividade no setor de papéis higiênicos (8%) e lenços (mais de 50%), tornando-se um importante investimento para a empresa chilena, com seus produtos sendo ainda importados para o atendimento do mercado doméstico.
    A perspectiva de desempenho brasileiro acima da média mundial em meio à crise econômica faz da compra da Melhoramentos mais uma aposta por parte do investidor estrangeiro sobre o desempenho do mercado interno no curto e médio prazo. O consumo de bens não duráveis responde à mudanças estruturais da economia, fazendo do Brasil um mercado com anos seguidos de melhora no poder de compra da população, trajetória que não parece se alterar após os abalos do difícil ano de 2009.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    A Klabin informou durante a semana passada a inauguração de seu projeto de expansão Klabin MA-1100 na Unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR). A fábrica recebeu investimentos da ordem de R$ 2,2 bilhões, elevando a capacidade de produção de papelcartão da unidade de 700 mil para 1,1 milhão de ton/ano, situando a empresa como a sexta maior fabricante global de cartões de fibras virgens.
    O mercado de papelcartão é comandado pela demanda de bens não-duráveis. Suas principais categorias são o tipo duplex, com um lado pardo e outro branco, utilizado para embaladagens de sabão em pó, medicamentos, cereais e uma série de pós que resultam em diversos alimentos. O tipo triplex, com frente e verso brancos e miolo escuro, é utilizado para caixas de bombons e bebidas, entre outros. Por fim, o tipo sólido, com todas as suas camadas brancas, é utilizado em maços de cigarros, capas de livros, cosméticos e no mercado de fast food.
    Um investimento desta magnitude demonstra que a Klabin firmou sua posição quanto sua expectativa de crescimento interno, fundamentado pelo aumento da renda média e queda no desemprego da população, que diretamente influenciam a demanda de bens não-duráveis. A modernidade de sua nova planta reforça a competitividade internacional da empresa, que aposta também em um crescimento significativo para os próximos anos, independente de oscilações de curto prazo. Com a MA-1100, a capacidade total de produção da Klabin passa de 1,6 milhão para 2,0 milhões de ton/ano, sendo a escala fundamental para o setor.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Felipe Souza

    Foi anunciado esta semana o plano de investimento da Suzano Papel e Celulose, que pretende implantar três novas unidades na Região Nordeste do país. O objetivo é ampliar a capacidade de sua produção de celulose dos atuais 2,9 milhões para 7,2 milhões de toneladas/ano, no intervalo de 2008-2015. Os Estados do Maranhão e Piauí foram os escolhidos para a implantação de duas unidades, estando em aberto a localização da terceira planta, mas que será também no Nordeste.
    A região vivencia expressivo crescimento da capacidade de consumo, favorecido por projetos de renda mínima, como o Bolsa Família. No entanto o investimento anunciado pela Suzano não visa o mercado interno, mas sim as vantagens comparativas da região como plataforma exportadora, sendo mais próxima de mercados do hemisfério norte e do Canal do Panamá, não apresentando externalidades negativas vindas da saturação dos portos, custo elevado da aquisição de área de plantio de eucalipto e altos fretes de transporte, todos presentes nas regiões Sul e Sudeste do país. A empresa terá como apoio o transporte ferroviário oferecido pela VALE, através da Estrada de Ferro Carajás, que ligará a fábrica às possibilidades portuárias do Nordeste, à um custo de frete cerca de 50% inferior ante a opção rodoviária.
    Remetendo aos princípios da colonização, o Nordeste reforça sua vocação exportadora, favorecido por sua localização geográfica e produtividade favorável das terras, entretanto, a região apresenta um déficit histórico em infra-estrutura, atualmente combatido através de investimentos logísticos integralizadores. À medida em que tal problema seja minimizado a região tornar-se-á destino de projetos com perfis semelhantes ao anunciado pela Suzano, sobretudo àqueles voltados à produção de commodities.