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  • mineração, empresas do setor mineração, empresas do segmento mineração, setor mineração, segmento mineração, economia, macroeconomia
    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    Por conta de sua formação geológica e extensão geográfica, o Brasil ocupa posição relevante na produção mineral mundial. Não é diferente no caso das terras raras, um grupo seleto de minerais que possuem uso diferenciado em tecnologias como a eletrônica e a energia renovável.

     

    Conforme projeções do Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil está posicionado para se tornar um dos cinco maiores produtores de terras raras no mundo: possuímos a terceira maior reserva desses minerais, com 21 milhões de toneladas, ao lado da Rússia, ficando atrás apenas da China e do Vietnã. No entanto, a extração nacional ainda é modesta, baseada principalmente em reservas remanescentes da produção de monazita no Rio de Janeiro. O governo tem intensificado os esforços para fomentar a exploração sustentável e responsável desses minérios estratégicos, essenciais para a transição energética e o desenvolvimento de tecnologias de ponta.

     

    Neste particular, estão em andamento estudos de viabilidade em Minas Gerais, Goiás, Amazonas e Bahia, sendo que o projeto em Poços de Caldas, Minas Gerais, já está em fase avançada, com previsão de início de operações em 2026. Tal projeto, que envolve um investimento de R$ 1,5 bilhão, deverá gerar cerca de 2.000 empregos diretos e indiretos. O governo também planeja identificar novas áreas ricas em minerais estratégicos e aprimorar o licenciamento ambiental, com o intuito de aumentar a competitividade internacional.

     

    Neste movimento de busca por políticas de estímulo que favoreçam o ambiente de negócios, algumas notícias positivas já se destacam. Recentemente, a Embaixada dos Estados Unidos comunicou um investimento a ser realizado por algumas empresas do país na ordem de US$150 milhões em uma unidade do grupo Serra Verde, em Goiás. Trata-se, não só de uma estratégia meramente econômica orientada pelas vantagens comparativas brasileiras, como também de um movimento na disputa geopolítica sino-americana.

     

    Neste quadro, como já mencionado, a China - além de ser a detentora das maiores reservas mundiais -, domina toda a cadeia de produção, o que lhe confere um poder geopolítico significativo. A União Europeia, dependente da China para 40% de suas importações desses minerais, tem buscado diversificar suas fontes, intensificando a prospecção dentro de suas fronteiras. Cabe ao Brasil se posicionar estrategicamente para tirar proveito desse cenário de disputa geoeconômica.

     

    Especialista do Setor Henrique Pavan.