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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
A transição
energética está redirecionando o cenário geopolítico e econômico mundial, rumo
a uma economia de baixo carbono. No centro dessa transformação estão os metais
críticos – lítio, cobalto, níquel, cobre e grafite – e em terras raras.
Esses minerais servem para construir painéis solares, baterias de veículos
elétricos, turbinas eólicas entre outras. Assim, a demanda por esses minerais
deve dobrar nas próximas décadas, conforme International Energy Agency (IEA).
Países com
grandes reservas ou capacidade de refino, como China, Austrália, Chile,
Indonésia, República Democrática do Congo e Brasil, ganham protagonismo no
tabuleiro econômico internacional. A China, por exemplo, controla mais de 60%
da produção global de terras raras e com mais de 80% da capacidade de refino.
Já o Brasil ocupa posição de destaque na produção mineral e possui a segunda
maior reserva de terras raras do mundo.
Segundo estudo
produzido por Deloitte e AYA Earth Partners, investimentos em beneficiamento
mineral – separação dos elementos valiosos dos rejeitos – podem adicionar cerca
de R$ 30 bilhões ao PIB nacional até 2030. Nesse contexto, conforme o
Ministério de Minas e Energia (MME) há mais de 50 projetos em andamento no
país que deverão revelar novas reservas de minerais estratégicos nos
próximos anos.
A corrida por
metais críticos vai além da questão energética: trata-se de uma disputa por
inovação tecnológica e influência geopolítica. O risco de escassez, os
impactos ambientais da mineração e o uso estratégico das exportações como
ferramenta política impõem desafios que exigem cooperação internacional,
regulamentação e práticas sustentáveis.
Para países em
desenvolvimento, como o Brasil, essa nova fronteira pode representar uma
oportunidade de inserção nas cadeiras globais de valor com diversificação
econômica. A nova era energética tende a ser definida não apenas por quem
emitir menos carbono, mas por quem dominar os minerais que alimentam essa
transformação.
Especialista do Setor Larissa Curvelo
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
O tema das barragens de rejeito no Brasil é
extremamente sensível, especialmente devido às tragédias de Mariana (2015) e
Brumadinho (2019), ambas em Minas Gerais, que resultaram em perdas humanas,
ambientais e econômicas. Esses desastres evidenciaram a necessidade urgente de
soluções mais seguras e eficientes para o tratamento de rejeitos, como a adoção
de tecnologias alternativas, entre elas o uso de filtros prensa.
De acordo com o Relatório de Barragens de
Mineração (dezembro/2024) da Agência Nacional de Mineração (ANM), o país possui
mais de 800 barragens de rejeitos cadastradas, sendo que cerca de 40%
são classificadas como de alto risco ou de alto potencial de dano ambiental.
Os principais alertas se concentram em municípios dos estados de Minas Gerais e
Mato Grosso. Além dos riscos ambientais, essas estruturas representam uma
ameaça à vida humana, como evidenciado por tragédias anteriores.
Os danos econômicos foram expressivos. Um
estudo da Fundação João Pinheiro (FJP) revelou que, após o rompimento da
barragem em Brumadinho, o produto interno bruto (PIB) de Minas Gerais em 2019
foi 0,3% inferior ao de 2018. Esse resultado decorreu, principalmente,
de quedas no índice de volume do Valor Adicionado Bruto (VAB) em setores como
indústrias extrativas (-25,4%), agropecuária (-1,7%), dos transportes (-2,2%) e
da administração pública (-0,1%). O setor de mineração de ferro, que
representava 62,37% da indústria extrativa estadual entre 2010 e 2017, sofreu
um forte impacto com a tragédia.
Em 2019, a empresa nacional Vale lançou o
Programa de Descaracterização de Barragens a Montante, que prevê a
descaracterização de 30 barragens, diques e empilhamentos drenados construídos
com método de alteamento a montante no Brasil.
Buscando reduzir a dependência de barragens
e minimizar riscos socioambientais, novas tecnologias vêm sendo desenvolvidas.
Um exemplo é a Mobile Platform, equipamento da fabricante chinesa Jinglin, que
permite a filtragem de rejeitos em diferentes locais das plantas de mineração
sem necessidade de fundações fixas ou instalações permanentes. Operando sobre
rodas, a tecnologia possibilita o descomissionamento (desativação) de
barragens existentes, representando uma alternativa para o setor.
Além dessas iniciativas, o enfrentamento do
problema exige estudos e investimentos das mineradoras e do governo federal
para ampliar a segurança no setor e evitar novas tragédias anunciadas. A
adoção de políticas ambientais, o aprimoramento da fiscalização, o
monitoramento setorial e a busca por soluções tecnológicas mais eficientes são
essenciais para a sustentabilidade da mineração no Brasil.
Especialista do Setor Larissa Curvelo
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AutorLafis
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Ano2024
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
Por conta de sua formação geológica e
extensão geográfica, o Brasil ocupa posição relevante na produção mineral
mundial. Não é diferente no caso das terras raras, um grupo seleto de minerais
que possuem uso diferenciado em tecnologias como a eletrônica e a energia
renovável.
Conforme projeções do Ministério de Minas e
Energia (MME), o Brasil está posicionado para se tornar um dos cinco maiores
produtores de terras raras no mundo: possuímos a terceira maior reserva desses
minerais, com 21 milhões de toneladas, ao lado da Rússia, ficando atrás apenas
da China e do Vietnã. No entanto, a extração nacional ainda é modesta, baseada
principalmente em reservas remanescentes da produção de monazita no Rio de
Janeiro. O governo tem intensificado os esforços para fomentar a exploração sustentável
e responsável desses minérios estratégicos, essenciais para a transição
energética e o desenvolvimento de tecnologias de ponta.
Neste particular, estão em andamento estudos
de viabilidade em Minas Gerais, Goiás, Amazonas e Bahia, sendo que o projeto em
Poços de Caldas, Minas Gerais, já está em fase avançada, com previsão de início
de operações em 2026. Tal projeto, que envolve um investimento de R$ 1,5
bilhão, deverá gerar cerca de 2.000 empregos diretos e indiretos. O governo
também planeja identificar novas áreas ricas em minerais estratégicos e
aprimorar o licenciamento ambiental, com o intuito de aumentar a competitividade
internacional.
Neste movimento de busca por políticas de
estímulo que favoreçam o ambiente de negócios, algumas notícias positivas já se
destacam. Recentemente, a Embaixada dos Estados Unidos comunicou um
investimento a ser realizado por algumas empresas do país na ordem de US$150
milhões em uma unidade do grupo Serra Verde, em Goiás. Trata-se, não só de uma
estratégia meramente econômica orientada pelas vantagens comparativas
brasileiras, como também de um movimento na disputa geopolítica sino-americana.
Neste quadro, como já mencionado, a China -
além de ser a detentora das maiores reservas mundiais -, domina toda a cadeia
de produção, o que lhe confere um poder geopolítico significativo. A União
Europeia, dependente da China para 40% de suas importações desses minerais, tem
buscado diversificar suas fontes, intensificando a prospecção dentro de suas
fronteiras. Cabe ao Brasil se posicionar estrategicamente para tirar proveito
desse cenário de disputa geoeconômica.
Especialista do Setor Henrique Pavan.
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AutorLafis
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Ano2024
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
Apesar das turbulências globais, a manutenção
do crescimento industrial na China – ainda que se duvide de sua
sustentabilidade ao longo do tempo – tem garantido boa demanda para o minério
de ferro brasileiro.
Com um montante de 179,4 milhões de
toneladas, as exportações de minério de ferro do Brasil registraram um
incremento de 6,1% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo
período de 2023, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC) do Brasil.
O resultado em dólares também foi positivo. A
receita adquirida com as exportações durante o primeiro semestre alcançou cerca
de US$ 15,4 bilhões, o que significou um aumento de 12,2% em relação ao mesmo
período do ano anterior. Conforme já mencionado, a China foi o principal
destino das exportações, recebendo 65% do total. A Malásia consumiu 5,6% do
minério de ferro brasileiro, enquanto Omã absorveu 3,6%.
Há motivos para a manutenção de um otimismo
moderado para o próximo semestre e, quiçá, para o ano de 2025. O governo chinês
deve seguir planejando estímulos fiscais que afetam diretamente sua indústria e
seu setor de construção civil. Além disso, a desvalorização cambial deverá
favorecer o setor exportador. Quanto ao cenário doméstico, a perspectiva é de
continuidade nos indicadores de crescimento econômico, sendo que a melhor
notícia vem da indústria de transformação: segundo a CNI, o setor viu seu faturamento
aumentado em 1,4% no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período do
ano passado. Espera-se que a retomada dos investimentos, impulsionada pelos
programas de “reindustrialização” atualmente vigentes ajudem a estimular as
cadeias produtivas industriais, trazendo a reboque, também, o setor mineral.
Especialista do Setor Henrique Pavan.
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AutorLafis
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Ano2024
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
O mercado de lítio vem despontando como uma
das alternativas mais promissoras no setor de mineração, apesar de quedas
recentes de seu preço no mercado mundial. A pujante demanda pela matéria-prima
vem sendo impulsionada por países altamente industrializados – notadamente
China, Coreia do Sul e Japão, que têm focado sua atenção na produção de
baterias elétricas e demais segmentos desta cadeia.
A Austrália, gozando de uma posição
geograficamente favorável, se destaca como o maior produtor de lítio do mundo.
De acordo com o último relatório “Mineral commodity sumaries”, de janeiro de
2024, o país produziu um total de 86 mil toneladas em 2023. Na sequência,
aparecem Chile (44 mil), China (33 mil) e Argentina (9,6 mil). Já o Brasil,
quase dobrou sua produção entre 2022 e 2023, saltando de 2,63 mil para 4,9 mil
toneladas.
No caso brasileiro, apesar de sermos apenas o
sétimo maior reservatório mundial da commodity – com 390 mil toneladas
disponíveis, o mercado ainda assim é promissor. Há projeções de maiores
investimentos no setor, sobretudo no âmbito das políticas industriais de
transição energética.
Além disso, existe a possibilidade de
adensamento da cadeia produtiva, avançando também na produção de baterias. Mais
que isso, como 60% das reservas mundiais de lítio se encontram na América do
Sul, as possibilidades de ganhos mútuos na região podem ser interessantes se
bem aproveitadas em um ambiente em que se viabilizem fluxos de comércio
intrarregional combinados com financiamentos e investimentos em infraestrutura
produtiva e tecnológica.
Especialista do Setor Henrique Pavan.
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AutorLafis
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Ano2023
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Categoria
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem
precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios
significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de
consumo dos clientes.
Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas
estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que
surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise
setorial.
Compreender as tendências do mercado, as mudanças de
comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se
posicionar de forma inteligente e competitiva.
Este texto explora a importância da análise setorial como uma
poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial
pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar
decisões informadas que impulsionem seu crescimento.
Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise
setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a
um novo patamar de sucesso.
Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial
Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a
retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.
No entanto, é importante compreender que o cenário econômico
atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas
dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.
As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto
precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do
mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um
papel fundamental.
A análise setorial permite que as empresas compreendam em
profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise
macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento,
identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem
durante a retomada econômica.
Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do
setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e
serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.
Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem
a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas
estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias
diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma
vantagem competitiva.
Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à
frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões
fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta
valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e
impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.
A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de
decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia.
Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando
o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão
inseridas e se posicionem de maneira estratégica.
Benefícios da Análise Setorial para as empresas
Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão
das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens
significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:
Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as
empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados
– o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o
desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades
específicas dos clientes.
Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e
informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões
estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às
mudanças do mercado.
Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar
os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que
podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma
única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que
seus concorrentes.
Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e
ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses
desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e
estar preparadas para enfrentar obstáculos.
Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem
se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem,
ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas
demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.
A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas
que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.
Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos,
adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as
empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o
sucesso.
Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer
uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo.
Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um
apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.
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Ano2023
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Ano2021
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Ano2021
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Ano2021
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Ano2020
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Ano2020
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
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Ano2019
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
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Ano2017
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Ano2017
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Ano2016
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Ano2016
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Ano2016
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
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Ano2014
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
Um overview do movimento recente, relaciona-se à alta estocagem do insumo na China, à desaceleração econômica de grandes demandantes (tanto nos países desenvolvidos - União Europeia, EUA; quanto em desenvolvimento - América Latina e alguns países da Ásia). Outro fator importante anunciado recentemente, é que também BHP e Rio Tinto estão desenvolvendo grandes projetos de minério, com preços altamente competitivos. A Vale também anunciou em outubro um recorde de produção de minério de ferro no terceiro trimestre do ano, com a extração de 85,7 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a setembro de 2014.
Assim, a possibilidade de aumento de preço do minério de ferro no curto prazo torna-se ainda mais dificultada, devido ao anúncio recente de três grandes mineradoras globais (Vale, BHP Billiton e Rio Tinto), as quais propõem adicionar ao mercado uma capacidade significativa de minério de ferro, entre 2014 e 2016. Isso já vem impactando a queda no preço internacional, próximo a US$ 80,00/ton. Tais fatos poderão imprimir duas tendências: que companhias menores e defasadas acabem saindo do mercado e, no curto prazo, a cotação ainda não tenha perspectivas de alta.
Analista Setorial: Thaís Virga Passos
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Ano2014
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Ano2014
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Ano2012
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Ano2012
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
Em abril, as importações de minério de ferro atingiram 57,7 milhões de toneladas (o menor nível em seis meses), com queda de 8% em relação a março do mesmo ano. Com os menores preços do aço, as siderúrgicas chinesas optam por estocar e compram mais minério de ferro produzido localmente. No entanto, a expectativa para o próximo semestre é de recuperação na demanda chinesa bem como, um efeito positivo na compra do minério por conta de alguns estímulos governamentais para que o consumo deste seja elevado como a redução do IPI dos veículos (demandante de aços planos) além do INCC aonde haverá a saída do impacto de reajustes de mão de obra em São Paulo (demandante de aços longos).
Vale ressaltar que no que se refere aos indicadores econômicos brasileiros, o minério de ferro é o principal responsável pela alta no IGP-M. Mesmo desacelerando de 1% para 0,63%, a segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de junho ficou acima do esperado devido ao minério de ferro - item com maior peso no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) estar evitando recuo mais pronunciado dos preços no atacado. A depreciação cambial ainda está tendo efeito sobre os preços desta commodity, que deve continuar subindo até o fim do mês.
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Ano2012
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
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Ano2012
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
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Ano2012
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
Controlada pela Cabral Resources, a Cabral Mineração irá investir US$ 2,2 bilhões (R$ 4,96 bilhões) na abertura de uma mina e na construção de planta de beneficiamento de minério de ferro. A mina se encontrará entre os municípios de Brumado e Livramento de Nossa Senhora, no sudoeste baiano, a cerca de 650 km de Salvador.
A previsão de início das operações da empresa é em 2015 e a companhia garantiu escoamento de pelo menos 15 milhões de toneladas anuais do minério pela ferrovia Oeste-Leste e pelo Porto Sul. Além disso, o objetivo principal é a exportação para a China.
A Cabral Mineração recebeu incentivos governamentais como maior facilidade na captação de financiamento em bancos estatais e redução de tributos estaduais por 72 meses, o que proporcionaram a efetivação do investimento. Além disso, as obras integram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Em relação aos municípios próximos, o investimento representa geração de emprego e renda.
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Ano2012
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
A Casa Grande Mineração (CGM) inaugurou a fábrica matriz no município seridoense de Parelhas, em que 100 clientes serão abastecidos por meio de parcerias com a Armil Mineração, a Mil Minérios e a Mineração São João. Considerada a maior fábrica de feldspato do Brasil, a CGM ainda trabalhará com outros produtos e subprodutos. A produção será destinada às diversas indústrias, dentre elas, a de cerâmica, suplemento animal, construção civil e o setor agropecuário.
A fábrica irá gerar 110 empregos diretos e mais de 300 indiretos. O investimento total foi de R$ 15 milhões, com destaque para um moinho de oito metros de comprimento, de origem espanhola e alemã que terá a capacidade de produzir dez toneladas por hora (dependendo da substância e do tipo de granulometria).
A retomada do setor mineral na região é o resultado de uma série de fatores, dentre estes a vinda da Casa Grande Mineração, que garante a exportação de minério de ferro, a instalação e prospecção de outras empresas, bem como desempenho econômico da China (que não exporta mais minério de ferro) e da Europa (que utiliza o ouro como reserva durante a crise internacional) que estimulam a alta do preço dos minérios e a entrada de novos fornecedores nacionais.
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Ano2011
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
A America Latina Logistica (ALL) e a Triunfo Participações e Investimentos (TPI) juntamente com os acionistas da Vetorial Participações, anunciaram a criação da nova mineradora, denominada Vetria Mineração. O intuito para tal criação é a implantação de um sistema integrado mina-logística-porto, que contará com um aporte de R$ 7,6 bilhões e a ambição de que sejam produzidas até 27,5 milhões de toneladas de minério de ferro.
A participação acionária na Vetria será de 50,38% para ALL; 15,79% para TPI e 33,83% para os acionistas da Vetorial que contará com royalties de US$ 2,50 por tonelada de minério de ferro extraída da mina, com um limite de 500 milhões de toneladas.
A Vetria desempenhará a exploração, beneficiamento, transporte, comercialização e exportação de minério de ferro através de um porto privado que será construído em Santos (SP), sob responsabilidade da ALL, e uma mina própria localizada no Maciço de Urucum, na região de Corumbá (MS). A associação para a concretização da Vetria sinaliza a tendência à expansão de exploração minerária, aproveitamento do local estratégico e dos altos investimentos neste setor.
Quanto à parte de logística, para os próximos 30 anos, as 27,5 milhões de toneladas produzidas por ano, serão escoadas via ferrovia, além do escoamento da exportação que será feita por meio de um terminal portuário próprio, em Santos. Para isto, serão destinados cerca de R$ 2,2 bilhões para revitalização de quase 1.800 km da ferrovia, além de R$ 2,3 bilhões dispendidos para novas aquisições de material rodante - 5.600 vagões e 180 locomotivas, bem como na reposição de 3 milhões de unidades de dormentes de madeira por ferro. Está previsto também um aporte de R$ 2 bilhões para a construção de um terminal portuário em Santos, na qual terá capacidade estática de 1,3 milhão de toneladas de minério de ferro.
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Ano2011
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
O interesse no desenvolvimento de projetos de terras raras se elevou desde maio, quando a China estabeleceu restrição às exportações destes minérios estratégicos por conta do já conhecido interesse mundial em sua obtenção dado as mais diversas aplicações que estas podem ter, principalmente na industria de equipamentos eletronicos.
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Ano2011
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
Atualmente a MMX tem um contrato de venda de 50% do minério produzido em Serra Azul para a chinesa Wuhan Iron and Steel Corporation (Wisco) e de 15% da produção para a coreana SK Networks. Os aportes vãos ao encontro das expectativas de manutenção de uma demanda forte no mercado internacional por minério de ferro, sendo que os preços devem se manter elevados nos próximos cinco anos.
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Ano2011
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
A Vale por sua vez, nega a intenção de controlar o transporte de minério de ferro e alega que a nova frota visa diminuir a desvantagem da empresa em relação aos concorrentes que estão mais próximos da China (destino de mais de 50% das exportações da mineradora) e consequentemente, possuem fretes mais baratos. O Brasil está a 40 dias da China enquanto a Austrália está a 10 dias; a Índia, a 15 dias; e a África do Sul, a 30 dias. Além disso, a Vale explica que em 2013, a nova frota representará uma comedida participação dos navios que transportam mundialmente o minério (atualmente 1.257 embarcações).
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Ano2011
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
Esse é o primeiro investimento da BHP Billinton Brasil sem sócios em Minas Gerais. O aporte surge como uma alternativa da empresa para driblar a permanência dos preços do minério de ferro no mercado internacional em altos patamares. Para Ouro Preto, o investimento representa geração de emprego e renda.
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Ano2011
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
O início das operações da unidade está programado para o primeiro semestre de 2014, com um investimento estimado em torno de US$ 3,0 bilhões, ou aproximadamente R$ 5,4 bilhões - realizado separadamente do programa de investimentos da Vale.
A expansão produtiva da Samarco teve de ser adiada dada à crise internacional, quando as vendas se arrefeceram demasiadamente. Retornando aos patamares anteriores a este período, a Samarco se posiciona como a segunda maior exportadora de pelotas de minério de ferro do mundo, destinando sua produção para mercados da Ásia (China - maior demandante), África, Europa e Américas.
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Ano2011
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
O 63X Master Fund, controlado indiretamente pelo grupo brasileiro, já possuía 20% das ações ordinárias da empresa. A negociação foi iniciada em 2010 e com sua postergação, a oferta foi elevada para US$ 13,06 por ação em fevereiro de 2011, o que revela a valorização das ações, isto é, do ouro em relação ao Dólar em períodos de instabilidade econômica.
A aquisição traz o retorno do grupo EBX à exploração de reservas de ouro - atividade esta, que originou o grupo. Vale destacar a ampliação da atuação internacional das companhias brasileiras com grandes projetos entrando em operação, construção de novas plataformas de criação de valor e produção mineral em outros países.
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Ano2011
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
O novo Plano Nacional de Mineração 2030 (PNM-2030), lançado no dia 8 de fevereiro pelo Ministério de Minas e Energia (MME), apresenta diretrizes gerais nas áreas de geologia, recursos minerais, mineração e transformação mineral, inclusive metalurgia, tendo como base a governança pública eficaz, agregação de valor nas etapas do setor mineral e sustentabilidade, apontando perspectivas de atração de investimentos em torno de US$ 350 bilhões até 2030, com possibilidades de geração de empregos de 3,3 milhões nas áreas ligadas à mineração e transformação mineral.
De acordo com o PNM-2030, até 2015, o setor poderá ter cerca de 297 mil empregos ligados à indústria extrativa mineral e 1,3 milhão advindos da indústria de transformação, que abrange os produtos metálicos e não-metálicos, totalizando uma perspectiva de 1,61 milhão postos de trabalho. Segundo as estimativas do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), até 2015 o segmento possui perspectivas de atrair US$ 64,8 bilhões em investimentos, sendo dois terços desse montante de origem nacional. Ainda de acordo com o instituto, o segmento de minério de ferro terá o maior montante de alocação de investimentos, correspondendo a algo em torno de US$ 42 bilhões, em segundo lugar estão os projetos ligados ao alumínio com aportes estimados de US$ 5,2 bilhões.
Os investimentos no setor de mineração são justificados pela excelente performance do mesmo principalmente no segmento de minério de ferro que apresentou um crescimento de preços superior a 500% entre 2001 e 2010 . Além disso, foi um dos setores que apresentou uma recuperação mais rápida após a crise econômica de 2008-2009, alcançando em 2010 o faturamento de US$ 157 bilhões, explicado pelo movimento de alta no preço internacional das commodities e graças a China, nossa principal demandante do minério de ferro. Vale ressaltar que o Brasil ainda possui espaço para crescer nesse mercado, já que, o país atende somente 23% do consumo chinês. Entre as deficiências do setor, existem os problemas da qualificação da mão de obra escassa nesse segmento, podendo torna-se um gargalo futuramente, somado aos problemas da alta carga tributária e perspectivas de aumento da alíquota dos royalties.
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Ano2010
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
Na semana do dia 19 de novembro foi divulgada a parceria estabelecida entre a Mineração Usiminas e a MMX e LLX. Isto significa que foi dada pela Usiminas a permissão de exploração da mina Pau de Vinho (Minas Gerais) para a LLX. Foi acordado que a Usiminas terá 13,5% da produção e preço fixo de US$ 12,63 por tonelada de minério transportada. A parceria já estabelecida entre a Mineração Usiminas e o grupo japonês Sumitomo também desempenhará um papel importante, pois duplicará o volume inicial de transporte anual em torno de 50 milhões de toneladas de minério.
Ao expandir sua capacidade produtiva, investindo R$ 4,1 bilhões, aproximadamente, será de grande importância, para a Mineração Usiminas, a contenção de gastos no transporte de minérios enquanto ainda não é possível a construção do próprio terminal em Itaguaí (Rio de Janeiro). Por outro lado, a MMX deve produzir uma quantidade média anual de 8 milhões de toneladas de minério. Ademais a Usiminas investirá um montante de R$ 550 milhões para ampliar o beneficiamento de minério de ferro para 2012. Este aporte conta com a instalação de um novo concentrador de minério tipo fino (pellet feed) e, futuramente, com a construção de uma nova unidade de sinter feed (minério mais grosso).
Com o crescimento econômico brasileiro e aumento progressivo do nível de utilização da capacidade instalada, os investimentos na mineração brasileira continuarão elevados e com a preocupação de estabelecer parcerias visando a redução de custos e possibilidade de agregar valor ao minério abundante no país.
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
A Vale anunciou na última sexta feira (29) de outubro, o maior investimento da empresa: US$ 24 bilhões (R$ 40,8 bilhões) para 2011. A empresa no segmento de fertilizantes investirá US$ 2,5 bilhões (10% do total), em metais básicos (inserção do cobre) uma quantia de US$ 4,3 bilhões (18% do total) e US$ 5 bilhões em logística. A maior parte dos investimentos será destinada ao Brasil, representando 63,8% do total, seguidos de US$ 1,9 bilhão no Canadá, US$ 1,4 bilhão na Argentina, US$ 1,13 bilhão na Guiné, US$ 1,12 bilhão em Moçambique e US$ 663 milhões na China.
Dentre as principais dificuldades, se encontra a volatilidade cambial, pois dificulta a realização do planejamento financeiro da empresa. Além disso, com a valorização da moeda nacional, isto é, com a desvalorização do Dólar, os contratos realizados nesta moeda se tornam menos atrativos. Por outro lado, enquanto alguns setores veem a China como um entrave ao desempenho industrial, para a mineração é uma facilitadora, já que a maior parte das vendas da Vale são destinadas à este país e em números crescentes.
Complementando, a empresa acredita que os investimentos em carvão, fertilizantes e cobre são de extrema importância, pois representam a diversificação de portifólio empresarial - atuando em diversos segmentos, reduzindo risco, além de projetarem uma elevação da capacidade de produção de minério de ferro da companhia dado o crescimento econômico do principal demandante: China.
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
Com o investimento de R$ 19,9 bi, a Vale está licenciando uma nova mina de ferro chamada S11D (Mina da Vale em Carajás), que será a maior da história da Vale. Localizada em Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará, a mina receberá um aporte de acordo com a previsão de crescimento do consumo mundial de minério de ferro nos próximos cinco anos (em torno de 1,7 bilhão de toneladas ao ano) .
Estima-se que, em 2013, a nova mina produzirá 90 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano visando atender a demanda global impulsionada pelo crescimento de países emergentes, principalmente da China. Este país conta com o setor automotivo e construção civil como os maiores demandantes do minério. Para ilustrar a potencialidade deste mercado, no primeiro semestre de 2010, os chineses compraram 1,8 milhão de automóveis novos e, como meta para 2010, o governo chinês planeja a construção de 3 milhões de apartamentos populares (+50% quando comparados à segunda fase do programa "Minha Casa, Minha Vida").
A prioridade do investimento da companhia será a infraestrutura e logística. Dessa forma, a ferrovia de Carajás, responsável pelo transporte do minério até os portos, terá mais 100 km de extensão, até Canaã dos Carajás (local da nova mina). A estrada de ferro atual, por sua vez, terá 605 triplos duplicados conectando Parauapebas à São Luis (MA). Ademais, o Terminal Marítimo de Ponta de Madeira (transbordo do minério de ferro nos navios para o exterior) contará com mais um píer.
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
Foi anunciado, no dia 01 de julho de 2010, a compra de 30% do capital social da Mineração Usiminas pela japonesa Sumitomo Corporation. A compra será feita pela subscrição de novas ações, num valor total de US$ 1,93 bilhão. Desse total, US$ 579 milhões estão atrelados ao acontecimento de uma série de eventos, dentre os quais a liberação da área em Itaguaí (RJ), para a instalação de um porto, que garantirá o recebimento de 30% desse valor. Os 70% restantes serão obtidos através de contratos de lavra conjunta com grupos como ArcelorMittal e MMX. A criação dessa mineradora em conjunto com a japonesa Sumitomo irá concretizar a verticalização da empresa, que atuará como holding, operando em segmentos diversos, como mineração, logística, produção de bens de capital e siderurgia.O total de US$ 1,93 bilhão é suficiente para financiar a expansão da mineradora, que pretende separar os seus negócios de mineração e de logística ferroviária.
A Mineração Usiminas já nasce com um valor de US$ 6,4 bilhões. O lançamento inicial de ações será analisado e realizado quando as condições de mercado forem favoráveis e quando o grupo estiver consolidado no mercado. A Usiminas afirma que os investimentos previstos até 2015, deverão estar em torno de R$ 4,1 bilhões e pretendem aumentar a capacidade produtiva. As expectativas de produção são de 7 milhões de toneladas em 2010; 8 milhões de toneladas em 2011 e 10 milhões de toneladas em 2012; de 11 milhões de toneladas em 2013; de 25 milhões de toneladas em 2014 e de 29 milhões de toneladas em 2015. A decisão de venda de 30% da mineradora é explicado pelo fato de tornar a própria Usiminas menos dependente de minério de ferro de terceiros.
Essa parceria tem por pretensão o crescimento da Usiminas, que se tornará menos dependente do minério de ferro e dos preços flutuantes da matéria-prima e permitirá a atuação em diversos setores, verticalizando sua cadeia produtiva. Além disso, essa parceria acompanha um movimento de empresas em direção à mineração de ferro, setor que possui boas perspectivas de crescimento, dado o aumento do preço do minério de ferro no mercado internacional. Existe também o interesse do Japão em não depender exclusivamente da Vale do Rio Doce nas importações de minério de ferro para suas indústrias.
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
No dia 1º de maio, a Vale anunciou a compra de 51% da BSG Resources, detentora de minérios em Simandou (Guiné) por US$ 2,5 bilhões. Tamanho investimento se justifica por tratar de reservas minerais de alta qualidade e de grande dimensão territorial. A perspectiva de produção da Vale é de 450 milhões de toneladas de minério de ferro até 2014 (atualmente, 300 milhões de ton/ano).
O investimento na Guiné é uma oportunidade da empresa realizar negociações futuras com outros países africanos, igualmente ricos em recursos minerais. O investimento em novas minas no Brasil, por sua vez, não será feito devido à sua qualidade inferior. Além de ser um empreendimento lucrativo para a empresa e suprir a demanda por insumos minerais, é uma esperança de desenvolvimento para o país africano que aguarda oportunidades de emprego e condições de subsistência.
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
A produtora norueguesa de alumínio Norsk Hydro divulgou dia 3 de maio a compra do controle da produção de alumínio da Vale por US$ 4,9 bilhões, obtendo acesso às reservas de bauxita por 100 anos. A Vale contará com US$ 1,1 bilhão e uma participação de 22% na Hydro e o principal acionista da empresa, será o governo norueguês.
A Vale passará para a Hydro: 51% do capital da Albras, 57% (Alunorte), 61%(Companhia de Alumina do Pará) e 60% do capital da Bauxite JV (será criada a Paragominas e outras). Os 40% na Bauxite JV deverá ser vendida à Hydro até 2015.
Para a Vale, o lado atrativo da associação é o acesso à energia barateada para transformar suas reservas de minério em alumínio - um fator que determina a competitividade no segmento. É importante mencionar que a divulgação da associação entre as duas empresas aconteceu após o investimento da Vale na Guiné, que implica em mais insumos e além disso, o novo empreendimento torna a Norsk mais independente de quanto à bauxita e alumina e a Vale ainda mais competitiva.
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
No dia 19 de abril foi anunciada uma sociedade entre a mineradora Vale e a siderúrgica Sinobras denominada Projeto Aline, cujo investimento será de R$ 7,4 bilhões. A empresa será um desdobramento da Alpa, usina da Vale, com o objetivo de produzir bobinas de aço em Marabá, no estado do Pará.
A Alpa poderá ter como capacidade produtiva 5 milhões de toneladas e concederá placas de aço para o Projeto produzir anualmente 650 mil toneladas de bobinas quentes e frias e chapas galvanizadas que serão vendidos para outras indústrias, proporcionando o crescimento econômico do Pará.
Dessa forma, a Sinobras não importará mais aço para sua produção criando condições para a abertura de um novo pólo de desenvolvimento partindo de Marabá, permitindo que empresas demandantes desses produtos, como a de linha branca e de carroceria, se concentrem no local.
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Votorantim Novos Negócios acordou no dia 20 de abril com a empresa chinesa de investimentos Honbridge Holdings a venda do Projeto Salinas, que inclui uma jazida de minério de ferro em Minas Gerais no valor de US$ 390 milhões. Além disso, prevê a construção de um mineroduto de 500 km e um porto na Bahia.
Parte dos investimentos poderá se originar de outras companhias chinesas, a Xinwen Mining Group Co. (de carvão e outros minérios) e a Shandong Iron and Steel (uma das maiores siderúrgicas da China). A Xinwen já assinou um acordo de cooperação e a Shandong planeja uma participação futura. Notando-se mais uma vez, os esforços chineses para se tornarem independentes da mineração da Vale.
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
A Vale informou no dia 13 de abril, um investimento em logística de R$ 60 milhões. Este valor será destinado às ferrovias de carga pesada denominadas heavy haul, localizadas nas estradas de ferro nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Além do desenvolvimento na área de logística, a Vale destinou um investimento de R$ 9 milhões para um sistema de inteligência artificial no Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA) que permite o transporte do minério de ferro por meio de um software. Além disso, a Vale está fazendo uso do sistema chamado helper dinâmico, comando à distância para as locomotivas.
A Vale se inspirou em sistemas de operação de portos europeus, inovando por ser a primeira a inserir a tecnologia no Brasil, dinamizando, otimizando e eliminando possibilidades de erros em sua cadeia produtiva.
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No dia 16 de abril, a EBX do Brasil e a chinesa Wuhan anunciaram a construção do Complexo Siderúrgico de Açu, cujo investimento é de US$ 5 bilhões (70% por parte da China e 30% do Brasil), no Estado do Rio de Janeiro. De acordo com as estimativas, o Complexo estará pronto em cinco anos, gerando 5 milhões de toneladas de aço.
Atualmente o Brasil é exportador de matérias primas para a China. Com o investimento, além de importar, a China investirá na produção brasileira e o excedente da produção será exportado para o país. O objetivo da empresa chinesa é se tornar menos dependente do minério de ferro da Vale por conta da alta de preços.
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No dia 7 de abril, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) assinaram um acordo de transferência de estudos e dados sobre o setor de mineração. O objetivo deste é a tentativa da não formação de cartéis no setor, tendo o maior controle e transparência do mercado.
O órgão antitruste será a Agência Nacional de Mineração criada pelo novo Código de Mineração. Este terá acesso às áreas mapeadas do setor e informações econômicas sem a necessidade de formalidades. Para o DNPM, esse acordo permitirá os acessos aos dados contábeis e financeiros das mineradoras.
A Agência se atêm ao risco de criação de oligopólios, isto é, na concentração do setor em um número reduzido de empresas. Dessa forma, observa-se um incentivo ao surgimento de novas mineradoras ou à verticalização da produção de algumas empresas.
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
A Ferrous Resources do Brasil anunciou no dia 29 de março, um investimento de R$ 8,8 bilhões no município de Juiz de Fora. A siderúrgica da Ferrous será do tipo integrada, com alto-forno a coque, aciaria a oxigênio e lingotamento contínuo e terá capacidade para 3,5 milhões de toneladas anuais de placas a partir de 2016. Os planos de investimentos do grupo, orçados em R$ 17,9 bilhões, incluem ainda cinco minas e um mineroduto de 400 km de extensão, aptos a transportar 50 milhões de toneladas de minério até um porto que será construído em Espírito Santo.
A produção e exportação de minério de ferro têm o cronograma dividido em duas etapas, de 25 milhões de toneladas anuais cada uma. Ferrous vai aplicar R$ 6,5 bilhões no desenvolvimento das minas de Santanense (R$ 573 milhões, no município de Itatiaiuçu), Viga (R$ 2,5 bilhões, em Congonhas do Campo), Viga Norte (R$ 551 milhões, em Itabirito), Serrinha (R$ 1,4 bilhão, em Brumadinho) e Esperança (R$ 1,4 bilhão, em Brumadinho).
Fazendo uso de suas abundantes reservas minerais, as siderúrgicas brasileiras têm buscado a diversidade e a precaução diante da alta dos preços do minério de ferro, investindo na verticalização do processo produtivo, ou seja, desempenhando o papel de mineradoras e siderúrgicas, assegurando a sua estabilidade em relação ao preço do minério de ferro ditado pelo mercado.
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
Entre a última semana de março e a primeira de abril, entrou em vigor o novo sistema de preços, com reajustes trimestrais, baseado na cotação do mercado à vista, para o minério de ferro. Apesar de já discutido e negociado pelas mineradoras, o novo sistema tem causado resistência por parte das siderúrgicas, principalmente Européias, e montadoras locais. A intenção da Vale é adotar oficialmente a nova metodologia a partir de abril, quando vencerão os contratos fechados com siderúrgicas da Ásia.
O aumento médio proposto pela Vale é de 100% e pode acrescentar em torno de US$ 12,8 bilhões no faturamento anual da mineradora somente com a venda do minério em 2010. O novo sistema toma como referência o preço de US$ 125,90 por tonelada, valor que corresponde à média da cotação do insumo entre janeiro e fevereiro, calculada pelo Índice Platts (índice americano que tem por base o mercado à vista na China).
O setor de mineração vem sofrendo pesadas críticas quanto à adoção do novo sistema de preços, pois proporciona maior lucratividade ao ofertante ao mesmo tempo em que força os demandantes a antecipar seus investimentos, de modo evitar os danos trazidos pela volatilidade no preço do insumo. A saída encontrada pelas siderúrgicas é a constante verticalização, fazendo com que elas optem, cada vez mais, pelo investimento na base da cadeia produtiva.
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
No dia 24 de março, a chinesa ECE adquiriu 100% do capital da mineradora de ferro Itaminas, cujo investimento é de US$1,2 bilhão. A compra é a terceira aquisição por parte de empresas chinesas este ano no segmento de mineração. A aquisição é composta por jazidas de ferro que somam recursos minerais estimados em 1,3 bilhão de toneladas. A Itaminas atua também em ferro-gusa e em reflorestamento.
Apesar de concretizada agora, a venda da mineradora foi realizada em 2008, quando ocorria a crise econômica e o preço do minério de ferro no mercado à vista, na China, estava em torno de US$ 200/t. Os ativos adquiridos estão localizados na região de Sarzedo, no quadrilátero ferrífero de Minas Gerais, cujo potencial somado às condições das instalações e de logística são suficientes para produzir 25 milhões de toneladas por ano.
A ECE pertence à província de Jiangsu, responsável por 10% do PIB chinês. A empresa tem operações na Indonésia, Austrália, Namíbia, Camboja e México; é uma entidade com operações em pesquisa, exploração e mineração, inclusive de metais não-ferrosos. Possui recursos na ordem de US$ 500 bilhões para buscar ativos de recursos naturais no mundo, investindo principalmente em países da América Latina e África.
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
A Steel do Brasil Participações, anunciou, dia 14 de março, a compra de 70% da Mhag Serviços e mineração por US$ 245 milhões e 4 bilhões de toneladas do minério de ferro do Projeto Jibóia, da Mineração Minas Brasil (Miba), somando US$ 190 milhões. Além da compra da produção, ficou acordada uma joint venture entre as empresas para explorar outros ativos da Miba. Para o projeto Jibóia, há desafios para serem resolvidos, como o escoamento da produção, que conta com a construção da Ferrovia Leste-Oeste, prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O objetivo da companhia é possuir duas minas de grande porte que, poderão produzir 60 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. A expansão desse ativo incluirá novas instalações de produção, a construção de um mineroduto de 120 km e um terminal portuário no litoral do Estado.
A expectativa da Steel tem se baseado na perspectiva de aumento da demanda internacional, principalmente através da siderurgia chinesa e norte americana.
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
Além da criação da Agência Nacional de Mineração e do Conselho Nacional de Política Mineral, o Governo Federal anunciou nesta quarta feira uma nova lei para a mineração. Esta nova lei estabelece a retomada de concessões de áreas de exploração mineral que estejam improdutivas. Além disso, será exigido um investimento mínimo para que as empresas não deixem de explorar a área concedida.
No novo modelo existirão contratos, que valerão por 35 anos, podendo ser prorrogados, além disso, haverá uma maior fiscalização das concessões já existentes. As primeiras empresas a realizarem o pedido de uso da área terão prioridade de fazê-lo; só não terão, quando ali forem detectadas pelo governo, áreas de mineração estratégica. Apenas empresas capacitadas em pesquisas poderão ter concessões para minérios que geram receita, como ferro. Já, as pessoas físicas, poderão participar do mercado de brita, cascalho, argila e outros de fácil extração.
As pesquisas serão fiscalizadas pela Agência Nacional de Mineração e as empresas pagarão taxas crescentes por ocupação da área. Isto, para que o empreendedor seja estimulado a finalizar os trabalhos e inicie a lavra. Um dos principais objetivos das novas regras do setor é impedir a "especulação" ou a chamada "mineração de papel", isto é, a mineração que não se transforma em produção.
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
Com a retomada da mina de Andrade (Minas Gerais), que estava arrendada à Vale desde 2004, a ArcelorMittal planeja triplicar sua capacidade de produção de minério de ferro no país, elevando a capacidade de Andrade e da mina de Serra Azul até 2014.
O minério de Andrade era fornecido pela Vale durante a vigência do contrato de arrendamento, agora desfeito. A mina terá de ter sua capacidade de produção ampliada para 5 milhões de toneladas até 2013, com investimento de US$ 130 milhões, garantindo o fornecimento de matéria-prima à usina de Monlevade.
A meta da Arcelor é atingir um nível maior de competitividade, chegando a uma capacidade anual de 10 milhões de toneladas de minério de ferro em 2014. A devolução da mina de Andrade pela Vale, para a qual foi arrendada ainda pela Arcelor, antes da fusão com a Mittal, por 20 anos, prorrogáveis por mais 20, foi feita amigavelmente.
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