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  • meios de pagamento, empresas do setor meios de pagamento, empresas do segmento meios de pagamento, setor meios de pagamento, segmento meios de pagamento, economia, macroeconomia
    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    No início de março, durante evento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicou que a solução adotada pelo CMN de limitar a dívida do cartão de crédito – que já havia sido aprovada anteriormente pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula – seria temporária. A discussão sobre os juros do cartão de crédito rotativo tem gerado atrito entre os bancos e credenciadoras independentes, as chamadas maquininhas.

    Como pano de fundo das discussões, está o parcelado sem juros no cartão de crédito, questionado pelos bancos, mas defendido pela equipe econômica e pelas credenciadores independentes. Os bancos entraram com pedido de investigação no BC, pedindo punição a algumas empresas do setor, apontando que elas estariam desenvolvendo um “parcelado sem juros (PSJ) pirata”, por meio do qual estariam cobrando juros dos consumidores, mas lançando na fatura como se não houvesse juro. A Abranet, que representa as empresas credenciadoras independentes, alegou que essa modalidade, citada pela Febraban, seria uma ferramenta tecnológica disponibilizada ao comércio que permite ao vendedor calcular valores a receber por suas vendas “de acordo com os diferentes meios de pagamento utilizados, os prazos de pagamento e os custos transacionais envolvidos”.

    As empresas adquirentes enfrentam um risco para seus modelos de negócio devido a possíveis reduções nas prestações sem juros, uma vez que uma grande porcentagem dos seus ganhos provém do pagamento antecipado dessas contas a receber aos comerciantes. Além disso, as duas maiores empresas adquirentes do Brasil são propriedade de bancos, o que pode distorcer os incentivos. Rede pertence ao Itaú ITUB4 e Cielo CIEL3 a Bradesco BBDC4 e Banco do Brasil BBAS3. Entretanto, PagBank (PAGS34) e Stone (STOC31) criaram uma concorrência significativa na indústria de adquirência, inclusive estimulada pelo Banco Central. Assim, potenciais reduções nas taxas de intercâmbio ajudariam a reduzir impactos negativos da redução das parcelas sem juros para os adquirentes. Limitar o parcelado sem juros é uma medida demandada pelos bancos, que contam com o risco da operação e apontam inadimplência maior nas compras com mais prestações. Já a criação de um teto para a tarifa de intercâmbio, que fica com bancos e financeiras, traria efeitos negativos para o setor e poderia beneficiar as adquirentes, de modo que a limitação do parcelado sem juros e a criação de um teto no intercâmbio tende a ser positiva para as adquirentes.

    Nesse sentido, ao anunciarem a intenção de tirar a Cielo da bolsa, os bancos controladores, Bradesco e BB, ofereceram R$ 5,35 por ação com base em relatório elaborado pelo Bank of America (BofA). Desde o início era esperado que o valor fosse contestado por minoritários. Em fevereiro, seis gestoras e os acionistas individuais Luiz Barsi e Victor Adler, que juntos têm uma fatia de quase 15% na Cielo, se juntaram para pedir a convocação de uma assembleia para que seja contratado um novo laudo. O processo de registro da OPA foi suspenso, conforme protocolo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A suspensão é uma praxe quando ocorre uma divergência entre controladores e minoritários sobre o preço a ser oferecido na operação. Banco do Brasil e Bradesco seguem com a mesma intenção inicial de deslistar a credenciadora, embora a discussão sobre preço possa ser um entrave.

     Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi

     

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    As novas regras que limitam os juros do rotativo do cartão de crédito no Brasil começaram a valer em janeiro. Determinação está prevista na lei do Programa Desenrola Brasil (14.690/2023), aprovada em outubro no Senado. O teto de 100% para juros do rotativo do cartão de crédito segue modelo do Reino Unido e foi definição adotada pela nova legislação, que também autoriza a portabilidade da dívida. A mudança faz com que a dívida total, incluídos os juros, de quem atrasa a fatura do cartão não poderá ultrapassar o dobro do débito original. Trata-se da linha de crédito mais cara pois tem a facilidade de entrada e enorme taxa de inadimplência. A modalidade é considerada emergencial e não exige garantia, o que faz as taxas dispararem. Além do teto para os juros, o Banco Central também decidiu introduzir regras sobre portabilidade de dívida no cartão, maior transparência nas faturas e iniciativas de educação financeira.

    Para os adquirentes, torna-se mais atrativo oferecer as operações ao cliente e assim aumentar o giro. Para o setor bancário, contudo, pode haver perdas, tanto que players como o Itaú têm se manifestado, mesmo após a aprovação da lei, afirmando que o impacto do teto no rotativo do cartão de crédito será muito marginal nas taxas. O presidente do Itaú, Milton Maluhy Filho, afirmou “que ninguém pagava mais de 100%, já que a taxa divulgada pelo Banco Central é anualizada e, por lei, o cliente só pode ficar 30 dias nessa linha [...] A vida real vai mostrar e confirmar o que pensávamos [que o impacto de redução nas taxas de juros será muito baixo], o que pode ajudar a reabrir a discussão”. Para ele, o assunto ainda é uma "discussão em aberto".

     

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    No final de setembro, a bandeira de cartões de crédito Mastercard anunciou parceria com a Shopee para os clientes Mastercard poderem aproveitar condições especiais na plataforma de comércio eletrônico, como descontos e cashback. Como uma empresa global de tecnologia de pagamentos, a Mastercard tem fortalecido parcerias de todos os tamanhos e em todos os lugares, enquanto a Shopee, por sua vez, tem conectado cliente no mundo com uma ampla variedade de produtos e preços competitivos. A integração de pagamentos com as plataformas de comércio funcionará cada vez mais como catalisadores para crescimento, satisfação do cliente e estabilidade em longo prazo.
    No ramo das maquininhas de pagamento, o lançamento da Punto em 2022 até hoje se insere num direcionamento global divulgado pela Edenred em seu plano “Beyond” de justamente expandir a operação em negócios adjacentes. No Brasil, um dos elementos adicionais é o fato de que o mercado de benefícios, carro-chefe do grupo, está passando por uma série de mudanças que promete redesenhar a competição nesse espaço nos próximos anos. Uma parcela não revelada dos € 2 bilhões no caixa que podem ser destinados para fusões e aquisições já foi acessada pela Punto quando incorporou a companhia Sysdata, com sede em Belém (PA) e que já mantinha uma parceria de anos com a Edenred. E outros acordos não estão descartados.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A Visa confirmou em 28 de junho a compra da startup brasileira de serviços bancários Pismo, que opera na América Latina, Europa e região da Ásia-Pacífico, por US$ 1 bilhão, valor equivalente a R$ 4,8 bilhões em dinheiro, em transação que renderá à administradora de cartões uma posição importante no Pix. A empresa venceu a disputa pelo ativo travada com a rival Mastercard, que também tentou comprar a startup que processa pagamentos e serviços na nuvem para grandes bancos. 
    A Visa afirma que, com a compra, estará posicionada para oferecer produtos de processamento bancário e emissão para cartões de débito, pré-pago, crédito e empresariais por meio de interfaces abertas, as chamadas APIs. Além disso, a bandeira deve dar suporte a trilhas de pagamento como o Pix. A entrada nesse ambiente é importante diante do fato de que as bandeiras não estão presentes no sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central da forma como estão no dos cartões. Neles, elas são as instituidoras do arranjo, que é o sistema que conecta emissores, clientes, maquininhas e estabelecimentos comerciais. No Pix, é o BC quem exerce esse papel.
    Um nicho específico que ganhou relevância nos últimos anos também foi o dos gamers. O PagSeguro, empresa de pagamentos internacionais do PagBank, que fornece soluções para pagamentos online em 17 países da América Latina, além de Portugal, Espanha e Turquia, lançou estudo sobre os hábitos de pagamento dos gamers da América Latina. Realizada em parceria com a Payments & Commerce Market Intelligence (PCMI), mostra os hábitos de pagamentos com base em uma pesquisa com jogadores pagantes dos seis principais mercados da região: Brasil, México, Colômbia, Argentina, Chile e Peru. 
    A América Latina é uma das regiões que vem apresentando maior crescimento da indústria de gaming nos últimos anos. Ao mesmo tempo, o tíquete médio gasto por ano pelos gamers na região (US$ 27) ainda é muito inferior ao registrado na Europa (US$ 77) e América do Norte (US$ 209), o que demonstra o potencial de crescimento deste mercado. Pensando nisso, o estudo apresenta uma visão completa sobre quem são os jogadores dessa região e como preferem comprar jogos e realizar compras relacionadas a este universo. A maior parte das transações realizadas pelos gamers são referentes às compras dos próprios jogos (63%), porém há um mercado em crescimento de in-game purchases, ou seja, compras dentro dos jogos, como itens customizados, moedas próprias e expansões. A pesquisa aponta que 50% dos respondentes realizaram in-game purchases no último ano.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A união entre os bancos suíços UBS e Credit Suisse deve ampliar a operação dessas instituições no Brasil. Segundo dados do sistema IFData, do Banco Central, o Credit Suisse tem R$ 42,66 bilhões em ativos no País, enquanto o UBS tem R$ 1,242 bilhão. Juntos, eles somariam R$ 43,903 bilhões, ficando na 23ª colocação entre os maiores bancos do país, ultrapassando assim PagSeguro, Inter e MUFG, e ficando logo abaixo do Rabobank, quem tem R$ 50,853 bilhões em ativos. 

    O Credit Suisse é forte em wealth management (gestão de riqueza), mas também em banco de investimento, e, tem uma carteira de R$ 10,358 bilhões. Ele é comandado no Brasil desde o começo de 2022 por Marcello Chilov, que assumiu o posto após a saída do longevo José Olympio Pereira. No início, ele dividia o posto de CEO com Ivan Monteiro, mas depois este último passou a chairman (presidente de conselho) das áreas de banco de investimento e wealth management. O UBS, por sua vez, trouxe Sergio Ermotti para conduzir a incorporação, que era CEO do UBS após a crise financeira global e renunciou em 2020 após nove anos no cargo. Em 2022, o Credit Suisse enfrentou problemas financeiros e teve perdas de mais da metade do seu valor de mercado, de US$ 22,3 bilhões para US$ 10,4 bilhões na época. As ações do banco acumulavam queda de 60% em um ano. Agora, o destino do Credit Suisse, não só em Zurique, mas globalmente, gera muitas dúvidas, visto que o banco suíço possui várias subsidiárias.

    Os indicadores dos balanços de Stone, Cielo e PagSeguro foram encorajadores, a partir das estratégias de reconstrução da lucratividade e de avanço em margens e eficiência, deixando de lado a chamada “guerra das maquininhas”. Contudo, diante do cenário macro incerto e de ganhos de participação de players não listados, como a Rede e a Getnet, ainda há espaço para mudanças na concorrência do setor, dependendo do desempenho desses players.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    As compras realizadas com cartões de crédito, débito e pré-pagos cresceram 20% no terceiro trimestre, somando R$ 827 bilhões no período, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (10) pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Segundo os dados da entidade, desde o início do ano até setembro os brasileiros realizaram R$ 2,42 trilhões em pagamentos, o que representa um crescimento de 30% em relação ao mesmo período de 2021. Cabe notar que empresas como a Mastercard vêm investindo na aquisição de empresas para acelerar o processo de diversificação de portfólio de produtos e serviços que vão além do cartão. Nos últimos anos foram investidos mais de US$ 5 bilhões nesse sentido e a Mastercard vem investindo em basicamente três frentes: cibersegurança, inteligência de dados e open finance.

    No que diz respeito à utilização do Pix, pesquisa do Banco Central mostra que totalizaram 5,4 bilhões de transações realizadas ao longo de dois anos desde seu lançamento, contra 4 bi no crédito e 3,8 bi nos cartões de débito. De acordo com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), de 16 de novembro de 2020 até 30 de setembro, foram 26 bilhões de operações feitas no sistema financeiro nacional, com os valores transacionados atingindo R$ 12,9 trilhões. O Pix ultrapassou as operações de débito em janeiro deste ano e, em fevereiro, superou as transações com cartões de crédito. Quase metade dos usuários do Pix está na Região Sudeste (43%), seguida do Nordeste (26%), Sul (12%), Norte (10%) e Centro Oeste (9%). Quanto aos usuários, 64% têm entre 20 e 39 anos. A Febraban e os bancos associados anunciaram que investem cerca de R$ 3 bilhões por ano em cibersegurança para aprimorar e tornar mais seguras as transações financeiras do usuário.

    O uso de criptomoedas avança e demanda soluções mais modernas, em que se destaca a gateway Bitcoin, um processador ou plataforma de pagamento digital que permite a fornecedores e comerciantes aceitar pagamentos Bitcoin sem riscos de segurança. A gateway facilita os pagamentos diretos de uma carteira Bitcoin a outra para os usuários. Essa opção simplifica o processo de consolidação de fundos e também facilita a configuração de conversões e transferências, garantindo anonimato, rapidez e eficiência.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    De acordo com os resultados divulgados pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), De acordo com os resultados divulgados pela Abecs, o valor transacionado com cartões de débito no consolidado do primeiro trimestre de 2022 foi igual a R$ 235,4 bilhões, o que representa um avanço de 15,2% em relação ao ano anterior. Tal resultado não inclui os valores referentes ao auxílio emergencial concedido entre janeiro e março do ano passado, que somaram R$ 914 milhões. Também com desempenho positivo, as transações via cartões de crédito somaram R$ 478,5 bilhões nos primeiros três meses de 2022, o que representou um crescimento de 42,4% em relação ao mesmo período de 2021.

    Neste último caso, tal desempenho está diretamente relacionado à expansão do comércio eletrônico e ao controle da pandemia, uma vez que o avanço da variante Ômicron no início do ano teve uma melhora já no mês de fevereiro, permitindo uma manutenção das atividades presenciais e não essenciais, como o comércio e serviços de lazer, como bares, restaurante e hotéis. Neste sentido, cabe avaliar também a baixa base de comparação no início de 2021, quando a quarentena contra a pandemia ainda impunha diversas restrições à atividade econômica.

    Em termos de quantidade de transações, estas somaram 9 bilhões dentre as três modalidades no consolidado do primeiro trimestre de 2022, com crescimento de 38,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Destaque para a significativa participação das transações com cartão de crédito (4,3 bilhões) e débito (3,6 bilhões), com crescimentos respectivos e iguais a 37,3% e 21% em relação à quantidade de transações realizadas entre janeiro e março de 2021.

    No que diz respeito às transações online, os dados da Abecs apontam para um crescimento no uso de cartões na internet, aplicativos e outros tipos de compras não presenciais. No total, foram transacionados R$ 162,4 bilhões nos primeiros três meses de 2022, uma alta de 35,2% em relação ao mesmo período de 2021. Tais operações foram impulsionadas pela modalidade crédito (R$ 157,9 bi, +35,4%), bem como pelas transações com cartão de débito em compras online, com alta de 8,4%, chegando a R$ 2,5 bilhões no período.

    Por fim, o uso do cartão por aproximação cresceu 455,9% no primeiro trimestre de 2022, alcançando R$ 103,2 bilhões, com avanço em todas as modalidades: crédito (R$ 58,1 bilhões, +423,5%), débito (R$ 28,4 bilhões, +451,5%) e pré-pago (R$ 16,7 bilhões, +620,6%).

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    De acordo com os resultados divulgados pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), o valor transacionado com cartões de débito no consolidado de 2021 foi igual a R$ 916,3 bilhões, o que representa um avanço de 20,2% em relação ao ano anterior. Tal resultado não inclui os valores referentes ao auxílio emergencial concedido no período e que somaram R$ 7,9 bilhões; caso tivesse sido contabilizado no valor total de transações realizadas com cartões de débito de janeiro a dezembro de 2021, o crescimento em relação ao mesmo período de 2020 seria de apenas 13,4%, tendo em vista a reformulação do programa, que reduziu e restringiu o auxílio em comparação o formato oferecido no ano anterior e que somou R$ 52,6 bilhões. Também com desempenho positivo, as transações via cartões de crédito somaram R$ 1,6 trilhão em 2021, o que representou um crescimento de 36,6% em relação a 2020.

    Em termos de quantidade de transações, estas somaram 31,1 bilhões dentre as três modalidades no consolidado do ano de 2021, com crescimento de 33,4% em relação ao ano anterior. Destaque para a significativa participação das transações com cartão de crédito (14,7 bilhões) e débito (13,6 bilhões), com crescimentos respectivos e iguais a 34,5% e 18,8% em relação à quantidade de transações realizadas entre janeiro e dezembro de 2020.

    No que diz respeito às transações on line, os dados da Abecs apontam para um crescimento no uso de cartões na internet, aplicativos e outros tipos de compras não presenciais. No total, foram transacionados R$ 569,7 bilhões em 2021, uma alta de 30,8% em relação a 2020. Tais operações foram impulsionadas pela modalidade crédito (R$ 550,1 bi, +41,7%), enquanto as transações com cartão de débito em compras online registraram queda de 69,3%, chegando a R$ 13,5 bilhões. Este comportamento pode ser justificado pela perda de capacidade de compra das famílias, avanço da inflação, restrição ao número de beneficiário do Auxílio Emergencial, e o crescimento do Pix.

    Por fim, o uso do cartão por aproximação cresceu 384,6% em 2021, alcançando R$ 198,9 bilhões, com avanço em todas as modalidades: crédito (R$ 111,1 bilhões, +489,1%), débito (R$ 58,1 bilhões, +198%) e pré-pago (R$ 29,7 bilhões, +1.002%).

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    De acordo com dados do Banco Central do Brasil, valor transacionado via Pix, sistema de pagamento instantâneo lançado pelo órgão regulatório em novembro do ano passado, somou R$ 1,79 trilhão no primeiro semestre de 2021.

    Em termos de volume de transações, foram realizadas 2,76 bilhões de movimentações via Pix no período, mantendo a trajetória de crescimento iniciada desde sua estreia. A maior parte delas, em uma média de 35,0%, foi realizada por usuários entre 20 e 29 anos, seguida pela faixa etária entre 30 e 39 anos, com participação média de 33,3% no volume de transações realizadas nos primeiros seis meses deste ano. Regionalmente falando, o Sudeste concentra quase metade das transações realizadas via Pix entre janeiro e junho de 2021 (49,0%), seguida pelo Nordeste (20,6%), Sul (12,5%), Centro-Oeste (10,2%) e Norte (7,7%).

    As transações de pessoa para pessoa (P2P) são predominantes nesta modalidade: em novembro de 2020, elas responderam por 86,6% das transações via Pix; em junho de 2021, por 73,5%. Porém, é possível observar também a boa aceitação do novo meio de pagamento pelo comércio, uma vez que, em novembro de 2020, apenas 5,22% das transações foram feitas de pessoas para empresas (P2B); já em junho deste ano, essa proporção alcançou 12,6%. A expectativa é que esta participação deve continuar aumentando nos próximos meses, principalmente com o lançamento do Pix Saque e o Pix Troco. Por fim, já são 763 participantes no novo sistema de pagamento instantâneo do BCB, sendo 105 diretos e 658 indiretos; por tipo de instituição, a maior parte está concentrada em cooperativa de crédito (81,5%), seguida de longe pelas instituições de pagamento (7,7%) e bancos múltiplos (6,4%).

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Após meses de avaliação, o Banco Central do Brasil autorizou o funcionamento de um novo sistema de pagamentos realizados via Whatsapp. Lançado em junho do ano passado, o serviço precisou se enquadrar na regulamentação vigente ao solicitar licença para operar como iniciador de pagamentos, uma categoria inédita no Brasil.

    A princípio, foram autorizadas apenas transferências entre pessoas, todas gratuitas, sob três modalidades: duas de pagamentos aberto no mercado doméstico (depósito e pré-pago) e vinculados às bandeiras Visa e Mastercard; e uma terceira como iniciador de pagamentos para o Facebook, empresa dona do aplicativo de mensagens.

    A Cielo é a grande parceira desta iniciativa, uma vez que será responsável por processar todas as transações iniciadas via Whatsapp. Segundo a adquirente, o usuário terá que cadastrar um cartão no Facebook Pay, uma carteira digital, e é dela que sairá o dinheiro a ser transferido. As transações usarão um “token” para validação, gerado especificamente para cada operação.

    As empresas, porém, ainda não determinaram uma data para dar início à nova operação, mas há especulações de que o serviço esteja disponível até maio deste ano.

    Mais uma vez vemos a importância da inovação no setor de pagamentos, em paralelo ao movimento realizado pelo próprio Banco Central ao lançar o Pix no final do ano passado. Destaque também para o papel do órgão regulador em estudar e atualizar as regras do setor como forma de incentivar tais avanços tecnológicos, bem como estimular a competição, redução de custos e maior inclusão da população em um sistema de pagamentos eletrônicos.     

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    No último dia 16 de novembro, o Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, passou a funcionar oficialmente em todo o País, alcançando 1,5 milhão de transações em seu primeiro dia de operação. Segundo informações do órgão regulador, o tíquete médio foi de R$ 640 e o índice de operações rejeitadas pela plataforma – ou seja, aquelas que não foram efetivadas – ficou em torno de 6,5%, próximo ao índice de rejeição da modalidade de pagamento TED (5%), estabelecida há alguns anos no Sistema de Pagamentos Brasileiro.

    Desta forma, do dia 16 ao dia 18 de novembro, o Banco Central contabilizou 5,2 milhões de transações e R$ 4,6 bilhões movimentados em três dias de operação efetiva do Pix, com o cadastro de mais de 73 milhões de chaves, um identificador de conta criado para cada usuário do sistema.

    Diante destes resultados, a consultoria Oliver Wyman estima que o Pix alcançará 8% do total de 48 bilhões de transações via meios de pagamentos eletrônicos no Brasil esperadas para o próximo ano, e de uma participação igual a 22% em 2030, quando as perspectivas da empresa apontam para um total de 80 bilhões de transações por meios eletrônicos.

    Vislumbrando este potencial, o Banco Central já avalia uma expansão do Pix, que irá oferecer opções de pagamento programado, por exemplo, com financiamentos de crédito entre pessoas físicas, jurídicas ou ambos. Com isso, o novo serviço, que será chamado de “Pix Garantido”, permitirá que as instituições financeiras realizem o parcelamento de produtos comprados com o Pix a partir de 2021. Há também o serviço de saque em dinheiro em lojas do varejo, o SaquePix, e que também vem vendo estudado pelo órgão regulador para sua implantação nos próximos anos.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Lançado em fevereiro deste ano, o novo sistema de pagamentos eletrônicos e instantâneos Pix teve seu regulamento aprovado no último dia 12 de agosto pelo Banco Central do Brasil. De acordo com o cronograma do órgão regulatório, a partir do dia 5 de outubro de 2020 os usuários poderão cadastrar-se no novo sistema, e no dia 16 de novembro a plataforma entrará em funcionamento oficialmente em todo o País.

    O Pix, que já vinha sendo desenvolvido há pelo menos dois anos, consiste em uma nova modalidade de pagamento disponibilizada pelo Bacen com o objetivo de agilizar as transações feitas por meios eletrônicos, já que permite a liquidação de transações instantaneamente – 99% das operações deverão ser efetivadas em até 10 segundos. Além disso, o sistema funcionará 24 horas por dia, sete dias por semana, e poderá ser ofertado por diversas instituições financeiras dentro de seus próprios canais digitais. Ou seja, diferentemente dos demais serviços de pagamentos, não será preciso instalar um aplicativo para acessar o Pix, uma vez que este serviço estará integrado aos demais serviços já oferecidos pelos bancos, por exemplo, ao lado do DOC e TED.

    Até o momento, 980 instituições estão em processo de adesão, sendo que 34 deverão obrigatoriamente ofertar o Pix, tendo em vista sua carteira de clientes com mais de 500 mil contas ativas, considerando contas de depósito à vista, contas de depósito de poupança e as contas de pagamento pré-pagas. Enquanto isso, as demais 946 instituições poderão ter participação facultativa, identificadas como cooperativas de crédito, financeiras, fintechs e instituições de pagamento, dentre outras. Neste caso, a última versão do regulamento aprovado revisou o capital mínimo necessário para as instituições financeiras estarem aptas a ofertar o Pix, passando de R$ 2 milhões para R$ 1 milhão, o que reduziu ainda mais as barreiras à entrada e equalizou o tratamento das pequenas e médias empresas em relação às demais instituições reguladas.

    As transações poderão ser realizadas entre diversos agentes, sejam eles pessoas físicas, jurídicas ou até mesmo entes governamentais, e, diferentemente das operações via TED e DOC, não serão necessários informar dados como conta corrente e agência. No Pix, estas informações serão substituídas pelo o que o Bacen denominou de Chave Pix, que poderá ser um CPF, CNPJ, número de telefone celular ou endereço de e-mail, conforme a escolha e cadastro realizados pelos usuários. Há ainda a opção do QR Code, onde cada usuário terá o seu e poderá enviar ou receber dinheiro via pagamentos por aproximação.

    Com isso, além da maior agilidade e conveniência, a expectativa é que o Pix promova uma redução nos custos das transações, traga uma maior segurança ao Sistema de Pagamentos Brasileiro e fomente a competição no setor. 

    Somada à revolução digital, a atual conjuntura de pandemia também é propícia a este lançamento, uma vez que as vendas on-line cresceram significativamente desde o início das restrições tanto da circulação de pessoas, como do funcionamento dos estabelecimentos comerciais. A maior velocidade nos pagamentos contribuiu também para uma menor necessidade de capital de giro, beneficiando o varejo em meio à atual crise sanitária e econômica.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    As medidas de isolamento social, que visam barrar o avanço do Covid-19 no País e levaram ao fechamento de serviços e comércios presenciais e não essenciais em diversas regiões, vem impactando diretamente as vendas do varejo nacional. De acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado, o faturamento nominal do setor recuou 29,7% entre os dias 1º de março deste ano, início da crise sanitária no Brasil, e 30 de maio, quarentena em vigor, em comparação com o período imediatamente anterior.

    Tendo em vista a íntima relação entre o varejo físico nacional e o setor de meios de pagamento, já que a grande maioria dos estabelecimentos possuem as chamadas “maquininhas” para atender seus clientes, a queda nas vendas do comércio afetará diretamente a contratação e manutenção destes serviços de pagamentos eletrônicos nos meses de isolamento social.

    Em meio a este cenário, empresas do setor de credenciamento de cartões afirmam que estão com dificuldades para captar recursos e oferecê-los como antecipação de recebíveis ou na forma de crédito para os clientes. Mesmo quando encontram financiamento, o custo está mais elevado devido à maior aversão ao risco desta conjuntura por parte dos investidores e bancos. A parcela de clientes mais prejudicada é formada principalmente por micro, pequenos e médios empreendedores, que vem sendo fortemente afetados pelos desdobramentos da pandemia do coronavírus na economia devido à sua menor capacidade financeira de manter-se por um período de vendas tão baixas.

    Desta forma, o setor segue em alerta sobre o risco de aumento ainda maior da inadimplência dos portfólios de crédito, como já se verificou no primeiro trimestre e que absorve apenas os primeiros dias de isolamento social, a partir da segunda quinzena de março. Com isso, a expectativa é de restrição na oferta de crédito por antecipação de recebíveis, que em abril já recuou 61,6% na comparação com o mês anterior, segundo dados do Banco Central, alcançando R$ 11,9 bilhões, o menor patamar desde maio de 2018. Já os empréstimos com descontos de duplicatas tiveram queda de 44,1%, para R$ 25,1 bilhões.

    Por fim, a Lafis espera que, mesmo após o fim do isolamento, o consumo das famílias continuará fraco, seja pela manutenção natural do distanciamento (pessoas receosas em retomar sua rotina), seja pelo aumento do desemprego e queda na renda. Com isso, as fontes de receita das empresas do setor serão negativamente afetadas até o final deste cenário, com queda tanto na antecipação de recebíveis quanto nas taxas pagas a cada transação e na receita com aluguel e venda de aparelhos.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A crescente concorrência no setor de adquirência observada nos últimos anos tem levado as empresas do setor a adotar estratégias para conquistar novos clientes, como a diversificação de portfólio associada ao desenvolvimento de novas tecnologias.

    A mais promissora tem sido a nova geração de meios de pagamentos por aproximação. No Brasil, a base para o uso desta tecnologia já está estabelecida, principalmente por parte dos cartões emitidos e preparados para o pagamento por aproximação, e das quase 70% das máquinas de pagamento que contam com a tecnologia NFC (Near Field Communication), conforme divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

    No entanto, para garantir o sucesso desta iniciativa será necessário um amparo regulatório, que garanta uma competição leal entre as empresas do setor, além dos investimentos em tecnologias que proporcionem maior segurança aos usuários, tendo em vista o grande volume de fraudes, principalmente ligados ao uso de cartões de crédito, enfrentado pelas empresas do setor.

    Neste sentido, já se observa a implantação de tecnologias como a autenticação multifatorial e a impressão digital, por exemplo, além de elementos de machine learning para identificar padrões de comportamento dos usuários e, assim, detectar qualquer movimentação suspeita.


    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    No início de 2019, a PagSeguro anunciou a aquisição do Banco Brasileiro de Negócios (BBN) e passará a atuar também como instituição financeira na oferta de crédito aos seus clientes, bem como conta corrente, cheque especial e, futuramente, seguros. A iniciativa, inédita no país, visa microempreendedores e profissionais autônomos, e boa parte do público não bancarizado da própria empresa, a fim de inseri-los no sistema financeiro.

    Esta iniciativa aumenta a competitividade da PagSeguro frente aos seus principais concorrentes, como a Cielo, Rede e Getnet, que já possuem suporte dos seus respectivos bancos controladores (Bradesco e Banco do Brasil; Itaú; Santander). Estas empresas fornecem aos lojistas não apenas as maquininhas, mas também um pacote de serviços dos bancos que estão por trás destas operações.

    Estas estratégias mostram a aposta das empresas relacionadas aos meios de pagamentos na diversificação de seu portfólio, atuando não apenas na intermediação das operações financeiras, mas também em todas as etapas destas movimentações. Isto porque a concorrência do setor é alta, exigindo uma diferenciação de produtos a fim de conquistar um consumidor cada vez mais conectado ao mundo digital e que valoriza a facilidade e praticidade para a realização de pagamentos. Além disso, os players do setor também enfrentam o movimento contrário: empresas de outros segmentos estão entrando no mercado de adquirência, como é o caso mais recente da Caixa Econômica Federal, que busca parceiro para garantir sua atuação no setor.


    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), as compras realizadas com cartões no Brasil, no primeiro semestre de 2018, cresceram 13,6% ante igual período do ano anterior, representando uma movimentação de      R$ 720 milhões. Dentre as modalidades, as compras com cartões de crédito cresceram 14,0% neste primeiro semestre (R$ 450 bilhões), enquanto as compras com cartões de débito avançaram 12,3% (R$ 265,4 bilhões).

    Estes resultados apontam para um maior crescimento do uso de meios de pagamento eletrônicos em detrimento de cheque e dinheiro, e têm atraído a atenção de empresas para a entrada no mercado de adquirentes. No âmbito nacional, por exemplo, a rede atacadista Assaí, do Grupo Pão de Açúcar, lançou sua própria maquininha (“Maquininha Passaí”) com foco em pequenos empreendedores, tendo em vista que a maior parte de suas vendas é feita a pessoas jurídicas. Também com foco no pequeno empreendedor, a alemã SumUp, que iniciou suas operações no Brasil em 2013, vem ganhando espaço no mercado nacional e atua como “subcredenciadora” – oferece soluções de pagamentos usando sistemas de credenciadoras tradicionais.

    Esta entrada ameaça a liderança de players já consolidados no mercado nacional, como Cielo e PagSeguro, e que vêm buscando inovações tanto tecnológicas quanto de serviços para se manter competitivas frente aos novos concorrentes. Entre as inovações está a venda de celulares que funcionam como leitores de cartão e a autorização de pagamentos via QR Code identificados por smartphones.

    Portanto, entende-se que esta disputa contribuirá para uma desconcentração do market share do setor ainda no curto e médio prazo, tendo em vista a crescente preferência pela utilização de meios de pagamento eletrônicos nos últimos anos.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    No último dia 13 de novembro de 2017 foi lançado no Brasil um novo serviço de cartão de crédito e conta digital sem anuidade: o PAG!. Seguindo os passos da marca Nubank, o produto permaneceu em fase piloto por seis meses e já conta com 600 mil pedidos e 100 mil clientes cadastrados.

    Administrado pelo Grupo Avista, o PAG! oferece serviços como cartão de crédito internacional, pagamentos de contas e de boletos bancários, transferências sem a cobrança de taxas para qualquer banco do país, depósitos por meio de boletos gerados no próprio aplicativo, recargas de celular e saques na rede Banco24Horas. O serviço está disponível apenas por meio do aplicativo para Android e iOS.

    Este produto segue a tendência de uma novidade que vem ganhando força no Brasil: os serviços digitais. Apesar disso, é preciso destacar que os cartões de crédito são a terceira maior causa de inadimplência do consumidor brasileiro. Atrás apenas dos cartões de loja e dos empréstimos bancários, os cartões de crédito geram hoje um nível de inadimplência igual a 65,0%, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Isto mostra que, apesar da economia brasileira dar sinais de melhora, a situação financeira dos brasileiros ainda não é confortável, dada a instabilidade da taxa de desemprego e o menor rendimento médio.

    Especialista do Setor: Fernanda Rodrigues.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) é uma instância do poder público discreto que toma diversas decisões para manter o ambiente saudável de livre concorrência na economia brasileira. No entanto, este orgão tomou duas decisões que colocaram reveses no mercado de ensino superior e de meios de pagamentos, setores monitorados pela Lafis. 

    Juntas, Kroton e Estácio formariam uma companhia com valor de mercado de cerca de 30 bilhões de reais e 1,5 milhão de alunos, e dominariam quase 25% do mercado de ensino superior privado. A Kroton já era considerada um dos maiores grupos de educação privada do mundo (e o maior do Brasil) após ter comprado o grupo Anhanguera em 2014, e caso a fusão tivesse tido sucesso, tal posição seria reforçada consideravelmente. No entanto, nessa posição, o Cade entendeu que havia riscos nítidos de concentração de mercado que pudesse afetar os consumidores. 

    O mercado financeiro havia se convencido de que era possível haver uma fusão desse nível, mas havia detalhes na transação que sinalizavam cautela, porém, eles foram ignorados quando a transação foi celebrada no ano passado. Primeiramente, após a aquisição da Anhanguera pela Kroton, o Cade já havia sinalizado que essa transação havia sido a última cartada do grupo educacional para conseguir maiores fatias do mercado de ensino superior por meio de grande aquisições/fusões. Por isso que outro acordo desse nível para a Kroton teria dificuldades adicionais de aprovação pela entidade anti-trust. 

    Além disso, o acordo entre as duas empresas foi acompanhada de condicionantes para manter as sinergias previstas na fusão, como o cancelamento da transação caso fosse necessária a venda de ativos que comprometessem mais de 15% das receitas das duas empresas juntas. Assim, como a única maneira do acordo prosperar aos olhos do Cade seria através da venda de ativos significativos, como a Anhanguera e uma das empresas de educação à distância (um dos ramos mais promissores desse mercado), essa solução oferecia riscos adicionais para uma transação que prometia criar um player sólido capaz de atuar no ensino superior presencial e à distância. Não foi à toa que há um dia do Cade reprovar o acordo, Kroton havia pedido para retirar provisoriamente o processo da autarquia federal, pois entendeu que a aprovação da transação tinha um grau de complexidade que reduzia os benefícios da união entre as duas empresas. 

    Outra decisão do Cade, que não teve tanto protagonismo, mas não tem sua importância diminuída, foi o fim da exclusividade entre a Cielo e a Elo, ou seja, os cartões Elo poderão ser aceitos por credenciadoras concorrentes, como a Redecard e Getnet. Além disso, a Cielo terá que dar acesso a suas máquinas de captura a todas as demais credenciadoras do país, desde que estas empresas concedam o mesmo tratamento à companhia. Acordo semelhante já havia sido firmado em abril com a principal rival da Cielo, a Rede, do Itaú Unibanco. Isto anuncia facilidades para a entrada de novos concorrentes, tal como demonstrou o novo empreendimento do banco Safra, o Safra Pay, nova credenciadora de cartões. A concorrência deve acirrar no setor nos próximos anos. 


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) é uma instância do poder público discreto que toma diversas decisões para manter o ambiente saudável de livre concorrência na economia brasileira. No entanto, este orgão tomou duas decisões que colocaram reveses no mercado de ensino superior e de meios de pagamentos, setores monitorados pela Lafis. 

    Juntas, Kroton e Estácio formariam uma companhia com valor de mercado de cerca de 30 bilhões de reais e 1,5 milhão de alunos, e dominariam quase 25% do mercado de ensino superior privado. A Kroton já era considerada um dos maiores grupos de educação privada do mundo (e o maior do Brasil) após ter comprado o grupo Anhanguera em 2014, e caso a fusão tivesse tido sucesso, tal posição seria reforçada consideravelmente. No entanto, nessa posição, o Cade entendeu que havia riscos nítidos de concentração de mercado que pudesse afetar os consumidores. 

    O mercado financeiro havia se convencido de que era possível haver uma fusão desse nível, mas havia detalhes na transação que sinalizavam cautela, porém, eles foram ignorados quando a transação foi celebrada no ano passado. Primeiramente, após a aquisição da Anhanguera pela Kroton, o Cade já havia sinalizado que essa transação havia sido a última cartada do grupo educacional para conseguir maiores fatias do mercado de ensino superior por meio de grande aquisições/fusões. Por isso que outro acordo desse nível para a Kroton teria dificuldades adicionais de aprovação pela entidade anti-trust. 

    Além disso, o acordo entre as duas empresas foi acompanhada de condicionantes para manter as sinergias previstas na fusão, como o cancelamento da transação caso fosse necessária a venda de ativos que comprometessem mais de 15% das receitas das duas empresas juntas. Assim, como a única maneira do acordo prosperar aos olhos do Cade seria através da venda de ativos significativos, como a Anhanguera e uma das empresas de educação à distância (um dos ramos mais promissores desse mercado), essa solução oferecia riscos adicionais para uma transação que prometia criar um player sólido capaz de atuar no ensino superior presencial e à distância. Não foi à toa que há um dia do Cade reprovar o acordo, Kroton havia pedido para retirar provisoriamente o processo da autarquia federal, pois entendeu que a aprovação da transação tinha um grau de complexidade que reduzia os benefícios da união entre as duas empresas. 

    Outra decisão do Cade, que não teve tanto protagonismo, mas não tem sua importância diminuída, foi o fim da exclusividade entre a Cielo e a Elo, ou seja, os cartões Elo poderão ser aceitos por credenciadoras concorrentes, como a Redecard e Getnet. Além disso, a Cielo terá que dar acesso a suas máquinas de captura a todas as demais credenciadoras do país, desde que estas empresas concedam o mesmo tratamento à companhia. Acordo semelhante já havia sido firmado em abril com a principal rival da Cielo, a Rede, do Itaú Unibanco. Isto anuncia facilidades para a entrada de novos concorrentes, tal como demonstrou o novo empreendimento do banco Safra, o Safra Pay, nova credenciadora de cartões. A concorrência deve acirrar no setor nos próximos anos. 


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    Segundo o Relatório de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, divulgado pelo Banco Central do Brasil, considerando o saldo de crédito por modalidade, o segmento de cartões de crédito representou 20,1% das operações de crédito para pessoal física em junho deste ano. Deste modo, considerando somente os recursos livres (com taxas de juros livremente pactuadas entre instituições financeiras e mutuários), o setor vem se apresentando como uma das principais modalidades de crédito oferecida pelos bancos.

    Vale destacar que o desenvolvimento do setor de cartões de crédito no Brasil é influenciado por diversos fatores, como, por exemplo, a maior bancarização e aumento da renda da população observada nos últimos anos e está em linha com a estratégia dos grandes bancos atuantes no país de elevar a participação dos serviços nos resultados, em detrimento das RIF (Receitas de Intermediação Financeira). Vale destacar que tal movimento é uma consequência do fato das receitas de serviço apresentarem maior regularidade, sendo uma fonte de receita menos sujeita às oscilações da economia e com maiores possibilidades de crescer em tempos de queda da atividade, como se apresenta a atual conjuntura.

    Embora o empréstimo de recursos dos bancos por meio dos cartões também seja considerado uma intermediação financeira, ele também agrega outros serviços e receitas, como, por exemplo, as anualidades dos cartões e o percentual de cada transação (lembrando que as grandes credenciadoras de cartões de crédito no Brasil pertencem aos grandes bancos).

    Desta forma, a perspectiva da Lafis para os próximos anos considera que o setor de cartões manterá um desempenho superior ao da economia, mesmo que em ritmo inferior ao verificado nos últimos anos, considerando que o cenário econômico adverso também afeta negativamente o setor de cartões.

    Analista Responsável pelo Setor: Marcel Tau Carneiro


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    O Itaú Unibanco anunciou nesta quarta-feira uma nova bandeira de cartão de crédito, chamada Hiper. A bandeira será aceita nos estabelecimentos credenciados pela Redecard. São mais de 1 milhão de pontos de venda, de acordo com o banco. É importante destacar que a clientela em potencial é a base de correntistas do banco, aproximadamente 40 milhões de pessoas.

    Para o Itaú, o setor é uma das prioridades de negócio, a prova disso é que ele vem se mostrando bastante ativo nesse mercado. Dentre as recentes investidas do banco neste setor, temos: o fechamento do capital da Redecard no ano passado e a aquisição da Credicard, em maio deste ano.

    No entanto, o banco não é o único que vem mostrando interesse em crescer no mercado de cartões. Um exemplo recente, foi a aquisição da Getnet pelo Santander, que corrobora o avanço das grandes instituições financeiras no setor.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Companhias  americanas como Elavon, Tsys, Global Payments e First Data se preparam para entrar no mercado brasileiro disputando uma fatia do faturamento do setor no Brasil. O mercado local de credenciadoras de cartão é praticamente dominado pela Cielo e pela Rededecard , com mais de 90% de participação. Já nos Estados Unidos, são mais de 200 companhias disputam a preferência dos lojistas, em um mercado já desenvolvido.

    O setor de cartões creceu 24% em 2011 e teve faturamento de  R$ 670 bilhões. Para 2012 a Lafis espera um crescimento de 24% no faturamento do setor.  Nos últimos anos o setor vem sendo impulsionado pelo fato de cada vez mais os brasileiros adotarem o cartão como meio de pagamento. Além disso, houve um aumento da renda da população, principalmente das classes C, D e E, que começaram a utilizar cartões como meio de pagamento.

    Apesar das espectativas otimistas, a entrada de novas empresas no mercado rompendo com o duopólio da Cielo e Redecard, podem diminuir as margens de ganho do setor e as empresas terão que concorrer, via preço, para ganhar espaço no mercado.  


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    Recentemente oferecidos pelas instituições financeiras, os cartões pré-pagos chegaram ao Brasil. Esta nova tecnologia funciona como os cartões de débito comuns, podendo ser usados para a realização de compras e de saques nos caixas eletrônicos. Para obter o cartão, o consumidor precisa pagar uma tarifa pela emissão do plástico, exceto o Banco do Brasil que por enquanto a emissão é gratuita, na primeira recarga. O uso para pagamento de compras não é tarifado, mas as recargas costumam ser cobradas, assim como os saques. Atualmente este produto é oferecido pelo PanAmericano, Banco do Brasil e Banco Rendimento. Outra modalidade nova de cartões, são os cartões pré-pagos para viagens internacionais que podem ser recarregados em reais.

    O objetivo de atingir a população que não tem conta em banco, estimada em mais de 50 milhões de brasileiros pelo Banco Central, os bancos e as administradoras investem nesta nova tecnologia que tem grande potencial. Um diferencial, é que, para adquirir os cartões, o consumidor não precisa ter sua situação de crédito avaliada. Mesmo quem tem o"nome sujo" pode ter acesso a eles. Além disso, alguns cartões permitem também a realização de compras pela internet. Esta modalidade, traz benefícios interessantes para o consumidor que precisa controlar seus gastos. O produto também pode até ajudar na educação financeira da criança ou do adolescente, uma vez que força a administrar o próprio dinheiro. Quanto aos cartões pré-pagos para viagens internacionais, traz a vantagem de pagar menos IOF, cerca de  0,38% do valor total, bem abaixo dos 6,38% que passaram a ser cobrados, no começo do ano, pelo uso do cartão de crédito no exterior.

    O setor de cartões de crédito tem se beneficiado do aumento da renda da população brasileira e a escansão da economia. Os cartões pré-pagos tem um grande potência de crescimento visto que em outros países esse mercado já é muito grande. Já os cartões cartões pré-pagos para viagens internacionais cresceram cerca de 80% no último ano e ainda têm grande potencial de expansão, em virtude do aumento do IOF , somados a tranquilidade de um risco cambial zerado além da questão da segurança, fazem deste novo produto um possível diferencial para as instituições que decidirem adotá-lo.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    O Banco Central do Brasil divulgou nesta semana as novas regras aplicáveis à utilização de cartões de crédito que devem entrar em vigor a partir de 1º de junho. Tais regras compreendem a redução e a padronização das tarifas sobre cartões de crédito e a criação do cartão-base, que deverá ter custo mais baixo ao cliente.

    A redução dos números de tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de crédito, de 80 para 5, poderá estimular a queda no valor dessas tarifas, uma vez que o cliente terá maior facilidade para comparar valores. Tais tarifas foram padronizadas e deverão corresponder a anuidade, emissão de segunda via, saque, pagamento de conta e avaliação emergencial de crédito. Espera-se, com isso, que as reclamações proveniente das condições dos cartões de crédito sejam substancialmente reduzidas.

    Apesar de poderem continuar oferecendo os cartões com os serviços tradicionais e cobrar taxas extras para esses benefícios, o cartão-base, que terá uso exclusivo para o pagamento de contas ou serviços, deverá ser obrigatoriamente oferecido pelos bancos aos clientes e contribuirá para alargar o acesso da população aos cartões de crédito, com a maior adesão das classes mais baixas, contribuindo favoravelmente a expansão do rendimento dos emissores de cartões.

    Além das duas medidas supramencionadas, a política quanto ao pagamento mínimo das faturas também foi alterada: a partir da data do início da vigência, o pagamento mínimo das faturas não poderá ser inferior a 15% do valor total da fatura. Será, portanto, necessária a adaptação dos produtos e dos processos para se adequar às novas exigências do Banco Central, o que demandará investimentos por parte das instituições financeiras.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Foi suspensa, através de decreto, a incidência de IOF em dívidas oriundas de operações de crédito rotativo, incluindo cartões de crédito e cheque especial, que estejam atrasadas há mais de um ano. O objetivo dessa medida é, fundamentalmente, reduzir os custos da renegociação dessas dívidas, com reflexos sobre o nível de inadimplência. Outras operações de crédito já contam com essa condição, agora expandida às operações de crédito rotativo.

    A medida, aplicável tanto para Pessoa Física quanto para Jurídica, entrou em vigor em 24/maio e deverá estimular a renegociação das dívidas. Além disso, tal política poderá representar um alívio para o caixa dos bancos, uma vez que estes não precisarão desembolsar mensalmente o montante referente ao IOF não pago durante todo o período que o cliente permanecer inadimplente.

    Entretanto, as instituições financeiras poderão manter o cálculo do IOF em separado, mesmo depois de caracterizada a inadimplência, embora não seja obrigatório o recolhimento do tributo à Receita Federal.  O benefício desse critério reside no fato de que, caso não haja um acordo e o banco não consiga receber mesmo após a execução da dívida, não haverá obrigatoriedade de repasse do imposto à Receita.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A Visa, que atua com cartões pré-pagos desde 1996, está reestruturando a sua posição no segmento. Depois da venda de sua participação na Companhia Brasileira de Soluções e Serviços (CBSS) - emissora dos cartões de benefícios Visa Vale, a companhia pretende avançar no segmento de cartões pré-pagos, tanto com produtos próprios de prateleira quanto em projetos com emissores, envolvendo novos produtos.

    A empresa tem objetivo de se expandir no segmento e avança em um processo interno de reestruturação do backoffice e da rede de atendimento e de recarga do cartão com a ressalva de que grande parte da população não bancarizada não estar familiarizada com caixas de auto-atendimento, sendo, portanto, importante alcançar uma maior proximidade com o cliente. Os cartões pré-pagos podem ser utilizados para compras, pagamento de contas e transferência, com grande potencial de crescimento diante das perspectivas favoráveis provindas da ascensão social e da integração de milhares de pessoas no mercado de bens de consumo.

    Devido ao potencial de crescimento do segmento, a companhia está investindo em uma plataforma de recarga para o produto, que estará disponível em todos os bancos e instituições emissoras do cartão, inclusive para uso nos correspondentes bancários.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A bandeira internacional de cartões - Visa, anunciou na última quinta-feira, dia 12, o lançamento de uma plataforma de pagamentos que alia os meios visual e físico. Assim, após a aquisição de algumas empresas e parcerias nos últimos anos, a empresa lançará a carteira digital no segundo semestre primeiramente nos Estados Unidos e Canadá, e ainda sem data definida para o Brasil.

    Com a carteira, os clientes poderão cadastrar todos os seus cartões de débito, crédito e pré-pagos, sendo eles da Visa ou não, e com isso realizar compras pela internet ou lojas físicas através da função contactless, em português, sem contato. O objetivo é acabar com todos os cadastros necessários em cada site de compra a cada pagamento, o que desagrada muitos usuários, que muitas vezes deixam de realizar essas compras.

    Assim, para conquistar um maior número de clientes usuários dos meios de pagamento eletrônicos, a carteira visa facilitar o processo de compra eletrônica, pois guardará os dados de forma segura. Com apenas um clique irá transferir os dados para o site. Para os pagamentos sem contato, o chip da carteira digital poderá estar acoplado ao celular, por exemplo, e creditar ou debitar determinado pagamento de um dos cartões registrados na carteira.  Além do mais, tornará possível a realização de transferências locais e internacionais de dinheiro entre pessoas, visto que a Visa opera em  200 países. O objetivo é aumentar a atuação da empresa com essa nova plataforma de pagamentos em outros países em um médio prazo. E, nessa expansão o Brasil poderá ser um forte candidato a receber a nova tecnologia, visto o aumento expressivo de usuários de cartões nos últimos anos, assim como, também, compras on-line.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Após o início da emissão da nova bandeira de cartões "Elo" pelos bancos Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, a processadora Fidelity Brasil (FIS) anunciou na última terça, dia 26, que dará um novo salto no mercado de processamento de cartões. Assim, com a nova marca Elo agregada ao seu portfólio, a FIS espera aumentar a distância entre seus concorrentes diretos: CSU, CardSystem, Orbitall e Conductor.

    Até o mês passado, a FIS era dividida entre o banco Bradesco, com 49%, e a americana Fidelity. Entretanto, no processo anterior ao lançamento da bandeira Elo, o banco vendeu sua participação à Companhia Brasileira de Soluções e Serviços (CBSS), administradora dos cartões Visa Vale. A transação acabou por transferir completamente à FIS, o controle de toda a base Elo emitida pelo Bradesco, a linha de pré-pagos da CBSS, além de todos os cartões que serão emitidos pelo futuro Banco Elo - com toda a produção do "Elocard" nas 147 lojas da Ibi Promotora de Vendas, empresa que fora, também, transferida do Bradesco para a CBSS.

    O objetivo e ambição da FIS se justifica na intenção de, além de aumentar sua fatia de mercado no processamento, confirmar a projeção dos bancos emissores do cartão Elo de conquistar 15% do mercado de cartões nos próximos 5 anos, representando em média uma base de 45 milhões de plásticos da nova marca. Plásticos esses, que serão todos processados pela empresa, aumentando substancialmente seu faturamento. Somado a isso, em outubro de 2010, a FIS já havia incorporado ao seu processamento 14 milhões de cartões de emissão do Bradesco, com o total chegando a 40 milhões, além disso, o início da emissão dos vouchers alimentação e refeição pela Caixa, e a linha de produtos que fica debaixo da CBSS, também serão fatores que impulsionarão a escalada do faturamento da FIS.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    A Credicard, empresa de soluções de crédito do Citigroup, anunciou na última segunda, dia 11, a sua entrada no segmento de refinanciamento de imóveis, em parceria com a Brazilian Mortgages, pertencente ao Grupo BFRE (Brazilian Finance Real Estate), do setor financeiro imobiliário.

    Nesse modelo de empréstimo, onde o tomador do crédito deixa como garantia um imóvel que esteja em seu nome, ainda se encontra incipiente no Brasil, além de ser importante ressaltar que o empréstimo pode ser requisitado para  qualquer finalidade. Outras instituições financeiras já começaram a oferecer produtos e serviços como este, como o HSBC, Itaú e Bradesco, porém ainda se mostra pouco expressivo na comparação do  mercado de crédito imobiliário no Brasil com o norte americano, na qual apresenta taxa de participação superior a 60%

    Entretanto, é importante lembrar que a falta de controle sobre a qualidade de crédito foi a causa da crise no mercado de hipotecas iniciado em 2008. Mas segundo informações da Credicard e do BFRE, existem níveis seguros para oferecer o financiamento, como a informação de que o valor da quantia solicitada pelo cliente não pode ultrapassar 50% do valor do imóvel além de, também, o comprometimento da renda familiar do adquirente para o pagamento da dívida deve ser menor que 30%. O teto máximo de empréstimo também é estabelecido em R$ 750 mil, sendo o mínimo R$ 25 mil. Assim, as instituições veem mostrando grande interesse neste tipo de financiamento, devido às boas perspectivas da economia brasileira, que vem se fortalecendo gradativamente, favorecendo diretamente os resultados e perspectivas quanto ao mercado de trabalho, o que demonstra que o brasileiro cada vez mais saberá aprender a contrair dívidas, com um maior controle.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    O governo anunciou na última quinta-feira, dia 28, que aumentará a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aplicada aos empréstimos externos de bancos e empresas em 2 p.p., passando de atuais 4% para 6%. O objetivo da implementação da medida compreende a tentativa de conter a grande expansão do endividamento do setor privado com o mercado, que apenas em janeiro e fevereiro deste ano, já cresceu US$ 16,4 bilhões.

    Além desse endividamento, outra questão central de preocupação do governo é o gasto de brasileiros em viagens ao exterior. Os gastos com essas viagens registraram US$ 10,5 bilhões em 2010 e US$ 1,9 bilhão apenas nos dois primeiros meses de 2011. Assim, o governo anunciou o aumento do IOF sobre as compras com cartão de crédito no exterior, passando de 2,38% para 6,38%. As novas tributações fazem parte de medidas já assinadas e aprovadas pela presidente Dilma.

    Com o aumento do IOF nas compras externas com cartões de crédito, o Ministério da Fazenda almeja uma redução dos gastos de brasileiros com viagens internacionais além de encarecer as pequenas importações que possam ser utilizadas para revenda dentro do país. Essa medida reforça o objetivo principal de conter o déficit em conta corrente do Balanço de Pagamentos nacional, que em janeiro e fevereiro chegou a US$ 8,8 bilhões, o maior da série histórica conforme pode ser observado pelo gráfico abaixo.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    O aumento do número de fraudes em transações com cartões de crédito e o consequente esforço das empresas do setor na implantação de chips nos plásticos a fim de aumentar a proteção contra esses roubos acarretou em uma migração das fraudes para outros tipos de meios de pagamento. Os novos ataques estão acontecendo em cartões de bandeiras regionais e cartões de lojas - chamados private labels, que, até agora, possuem um nível de segurança menor que os cartões de grandes instituições.

    Neste contexto, duas empresas do setor anuciaram parceria com o objetivo de aumentar a segurança dos sistemas e mudar este cenário de aumento no número de fraudes a cartões de pagamento. A Horus, companhia brasileira de consultoria com foco à detecção e prevenção à fraude, e a PayTrue, empresa de soluções de meios de pagamentos eletrônicos, anunciaram o acerto de uma joint venture com o objetivo de oferecer serviços de monitoração e prevenção à fraudes para instituições emissoras de cartões, sendo essas bancos ou varejo financeiro.

    Assim, o objetivo da união das empresas é oferecer o serviço de uma maneira inovadora no mercado, de forma que os custos serão passados às instituições que utilizarem os serviços, ou seja, os bancos. Esses pagarão por transação ou por número de cartões emitidos monitorados pelas empresas, sendo os responsáveis pelo pagamento do "risco" ao qual seus cartões estão expostos. O serviço, que  já existe nos Estados Unidos e no Canadá, se mostra como uma importante fonte de faturamento pelas empresas envolvidas na parceria.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A Companhia Brasileira de Soluções e Serviços (CBSS), conhecida por administrar os cartões vale-alimentação e vale-refeição Visa Vale, anunciou na última quarta-feira, dia 16, compra de fatias da Ibi Promotora de Vendas e da Processadora Fidelity, pertencentes ao Bradesco. O valor da aquisição realizada foi de R$ 976,9 milhões.

    A venda das participações à CBSS é decorrente da estruturação pela qual o Banco Bradesco está passando, juntamente ao Banco do Brasil, para constituírem a Elo Participações, caracterizada por uma holding não operacional na qual os dois bancos lançarão uma nova bandeira de cartões de pagamento: a Elo, projeto anunciado ha cerca de um ano. A Caixa Econômica Federal está nos trâmites finais de um processo para se integrar à sociedade e assim, juntos, os três bancos prevêem que os primeiros cartões emitidos com a nova bandeira aconteça já no mês de março.

    No patamar abaixo na Elo Participações haverá uma holding de serviços, responsável pela gestão da bandeira nas modalidades crédito, débito e pré-pago, estrutura essa que irá abarcar a CBSS e é onde entram a Ibi e a Fidelity. Assim, a incorporação da primeira pela CBSS tem como objetivo potencializar o negócio de cartões pré-pagos, importante parte da bandeira Elo, enquanto a segunda já é a processadora dos cartões Visa Vale. O objetivo maior que é vislumbrado pelas instituições envolvidas é aumentar verticalmente a cadeia de sinergias entre elas, o que já era esperado no plano de criação da nova bandeira.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A Caixa Econômica Federal lançou, na última segunda-feira, dia 20 de dezembro, o "Cartão Aluguel Caixa", com o objetivo de substituir o fiador, assim como a necessidade de pagamento de depósito caução ou seguro-fiança como garantia para locação de imóveis residenciais. A iniciativa possui um cunho social, visto a dificuldade burocrática em se alugar imóveis, principalmente em cidades metropolitanas. Sendo assim, a renda mínima para se ter o cartão será de R$ 1 mil.

    O novo cartão terá uma taxa de anuidade de R$ 96,00 e será oferecido nas bandeiras Mastercard e Visa versão internacional. O cliente terá dois limites, sendo um para o pagamento de compras no varejo e outro exclusivamente para aluguel. Assim, se a função de locação for ativada, será cobrada uma taxa de manutenção de 6,67% em contrato fechado entre banco e imobiliária, podendo variar de 2 a 12 meses. A fatura então passará a incluir o valor do aluguel que, no caso de inadimplência, acarretará um pagamento de juros de 10,02% ao mês, que deverá ser pago em cartão convencional.

    Em um primeiro momento, o serviço está disponível em quatro imobiliárias, sendo duas de São Paulo e duas de Goiânia. A perspectiva é de que até 2 mil imobiliárias sejam credenciadas no período de um ano. Assim, enquanto o custo do seguro-fiança oscila entre o valor de 1 a 1,5 mês de aluguel, o custo do novo cartão será de 0,66% do valor do aluguel-mês, o que favorecerá o mercado imobiliário nos próximos anos, haja a vista o grande número de imóveis para locação e a dificuldade em se conseguir a documentação exigida ou o pagamento da caução ou fiança. Segundo o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), José Augusto Viana Neto, a importância do novo produto se dá no maior estímulo à competição tanto intrabancária, onde novos bancos poderão lançar produtos semelhantes, como com as seguradoras, que pensarão em reduzir o valor dos seguros, estimulando, assim, a atividade imobiliária.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
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    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    O Conselho Monetário Nacional (CMN) anuncia que irá regularizar e padronizar as tarifas de cartões de pagamento cobradas pelos bancos emissores. A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) espera que a medida para diminuir de 45 diferentes taxas praticadas pelas instituições financeiras para cerca de uma dezena, dentre outras propostas,  seja tomada. O objetivo é permitir aos consumidores comparar preços, aumentando a demanda por estes meios de pagamento ao mesmo tempo em que normatiza as parcelas de faturas que poderão ser financiadas no rotativo.

    A medida já foi avaliada pelas áreas técnicas do Banco Central e agora encontra-se na diretoria do BC e no Ministério da Fazenda. Um outro ponto importante será a fixação de um valor mínimo de pagamento com o objetivo de evitar o aumento da inadimplência, que na área de cartões é representada pelas taxas mais altas cobradas entre as modalidades de empréstimo à pessoa física e também obrigar os bancos emissores a deixarem claro os custos implícitos deste tipo de financiamento na fatura mensal.

    O objetivo das medidas se justifica visto o crescimento da economia brasileira e a perspectiva de expansão da utilização dos meios de pagamento eletrônicos no país, com vistas a manutenção das variáveis rerlacionadas ao mercado de trabalho, com manutenção do rendimento médio e da massa salarial capacitando maior número de pessoas ao consumo e assim aumentar a confiança dessas nas compras com cartões de crédito, débito e private label.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    As empresas Cielo e Redecard, grandes concorrentes no mercado de pagamentos eletrônicos do País, anunciaram na última quarta-feira, 08 de setembro, parceria com a Caixa Econômica Federal com o objetivo de obterem o credenciamento de estabelecimentos comerciais clientes do banco.

    Assim, o acordo permitirá que o banco utlize as empresas como opções de credenciadoras aos seus clientes. Através deste, cuja duração será de cinco anos, Cielo, Redecard e Caixa poderão oferecer aos estabelecimentos comerciais a captura de transações Visa, Mastercard, Amex e demais bandeiras de pagamento, além de uma grande variedade de serviços e produtos tanto na adquirência como nos negócios bancários.

    O principal objetivo das parcerias é aumentar a capacidade de distribuição dos produtos e serviços das empresas, oferecendo aos lojistas brasileiros soluções que ampliem suas vendas, garantindo seguranca das transações capturadas e disponibilidade de rede, facilitando assim uma maior aderência de estabelecimentos comerciais de todos os portes e o acesso de todas as classes da população brasileira ao mercado de meios de pagamento eletrônicos. Em suma, para a Cielo e a Redecard há uma importante oportunidade de geração de valor  através do acordo, tendo em vista o grande potencial de crescimento tanto em seus faturamentos como no número de estabelecimentos afiliados.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
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    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    O Banco Panamericano, instituição financeira do Grupo Silvio Santos, anunciou na última quarta-feira, dia 25 de agosto, a criação de um cartão de crédito internacional para as 150 mil revendedoras da linha de cosméticos do grupo, a Jequiti. Os cartões serão emitidos nas bandeiras Visa ou Matercard. A empresa anunciou a emissão de 53 mil cartões até o momento, sendo que 26% deste total já foram desbloqueados.

    A meta é criar um capital de giro para as revendedoras, ampliando seus prazos para pagamento dos produtos. Neste contexto, além de aumentarem em 30 dias seus fluxos de caixa, essas poderão elevar suas compras, visto que o cartão possui um limite de crédito de 2,5 vezes o valor das últimas compras na Jequiti. Com o uso dos plásticos, as consultoras poderão oferecer uma condição financeira diferenciada para seus clientes finais, que é um maior prazo para o pagamento. Ressalta-se que os cartões também poderão ser utilizados em outros estabelecimentos e tipos de compras.

    O programa de fidelidade do cartão utiliza bônus em que os pontos se convertem em produtos da própria linha. Conforme anunciado, a cada R$ 100,00 em compras, a revendedora ganhará R$ 2,00 em bônus. O objetivo da empresa é ampliar o uso dos cartões como meio de pagamento e com isso alavancar suas vendas e conseqüentemente, seu faturamento. Segundo a direção do Banco Panamericano, já está sendo criado em conjunto, um seguro de perda e roubo do cartão além de acidentes pessoais, sinalizando um grande leque de possibilidades a serem exploradas em um mercado onde as consultoras se concentram nas classes C, D e E, cuja grande parcela ainda não tem contato com os meios de pagamentos eletrônicos.


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      Lafis
    • Ano
      2010
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    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou na última terça-feira, dia 10 de agosto, a assinatura de um memorando de entendimento com o Banco do Brasil (BB) e o Bradesco para entrar na gestão da bandeira de cartões de crédito, débito e pré-pago Elo, lançada em abril deste ano. Além disso a CEF entra no mercado para desenvolver novos negócios para cartões pré-pagos, mediante criação de empresa ou utilização de companhias já existentes e atuantes no negócio, como o exemplo da Visa Vale.

    A bandeira Elo foi criada com o objetivo de ser uma marca de cartão nacional, com foco nas classes C e D, além de aumentar a sinergia entre os negócios de cartões do BB e Bradesco. A empresa constitui-se como uma holding de capital privado e fechado, na qual o Bradesco possui participação de 50,01% e o BB, de 49,99%, obtendo, inicialmente, ativos estimados em R$ 15 bilhões, visto que abrigará duas empresas controladas pelos dois bancos: a Cielo e a Companhia Brasileira de Soluções e Serviços (CBSS), que administra os cartões de benefícios Visa Vale. A estimativa é que o primeiro cartão com a nova bandeira seja emitido até outubro deste ano.

    Inicialmente, a CEF obterá cerca de um terço do capital da holding que irá administrar a bandeira e, com a entrada neste mercado, o objetivo é aumentar sinergias através de ganhos em escala e base de clientes. A meta é que a holding obtenha 15% do faturamento do mercado de cartões em cinco anos. A Caixa também apresentou na mesa de negociações uma intenção de ampliar sua participação na Cielo (ex-Visanet), que atualmente é de apenas 1,4%.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    Visa anunciou, no dia 21 de abril 2010, a compra da empresa americana de pagamentos pela internet CyberSource, pela quantia de US$ 2 bilhões. Os papéis da companhia foram negociados por US$ 26, valor 37,25% maior que a última cotação desses títulos no dia 20 de abril.

    A CyberSource já atua em parceria com a Visa desde 1999 e atende mais de 295 mil clientes, controlando, assim, cerca de 25% do comércio eletrônico nos Estados Unidos, o que evidencia os principais objetivos da Visa em sua aquisição: acelerar seu crescimento na categoria e-commerce  e aumentar sua presença global, visando uma posição de liderança no comércio de transações eletrônicas.

    Dessa forma, o setor de cartões de crédito/débito, através de seu mais importante player no Brasil, inicia o ano de 2010 na busca de oferecer novos e mais aprimorados serviços com o objetivo de atender a crescente demanda por esses meios de pagamento no mundo, além de se adiantar na corrida pela diferenciação frente à abertura da concorrência, dado às propostas de regulamentação do setor por parte do Governo Federal.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    No dia 3 de outubro, o mercado, em particular o setor bancário, foi surpreendido pelo anúncio da fusão entre dois grandes bancos privados, Itaú e Unibanco, dando origem ao maior banco da América Latina e se colocando entre os 20 maiores do mundo.
    As negociações para a realização da operação duraram cerca de 15 meses mantidas em sigilo por ambos os agentes,  e para tanto, dado o cenário adverso propagado pela intensificação da crise no mercado internacional, a ação entre os dois bancos foi adiada. Sendo assim, o grupo surge como a 17ª maior empresa do mundo em capitalização de mercado, de acordo com dados da própria companhia, com US$ 324 bilhões em ativos, 14,5 milhões de clientes e 21% dos depósitos do sistema bancário no Brasil.
    A transação se deu com base na cotação de mercado das ações dos bancos nos 45 pregões anteriores ao anúncio. Por esse critério, o valor de cada ação preferencial do Itaú para efeito da relação de troca foi fixado em R$ 26,2468, enquanto cada unidade por ação do Itaú ficou em R$ 7,5460. Sendo assim, a Itaúsa, holding do Itaú, deterá 66% da Itaú Unibanco Participações, a empresa que terá o controle do Itaú Unibanco Holding. O restante ficará nas mãos dos controladores do Unibanco.
    Sobretudo, é importante ressaltar que segundo as duas instituições, esta fusão não significa que os bancos estejam em dificuldades, mas reiteram que a medida visa a solidificação do mercado financeiro, lançado-se uma instituição com mais escala e capacidade de competir no exterior. Obviamente há uma elevação na concentração do setor, pois os cinco maiores bancos (Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal) deterão cerca de 74,3% (ou R$ 450 bilhões) de todo dinheiro depositado no sistema financeiro. Ademais, juntos, eles terão 72,9% dos ativos e 72,2% das operações de crédito. Esta informação é baseada nos balanços de junho.
    Contudo, essa concentração poderá dificultar a redução dos juros e tarifas de serviços, prejudicando o consumidor que iria dispor de menos opções no mercado.
    O mercado de cartões de crédito também será afetado. A fusão entre as duas instituições irá formar a maior emissora de cartões do país. Além disso, a empresa terá nas mãos o controle da Redecard – empresa que administra os sistemas de transmissão de dados das bandeiras MasterCard e Diners. Segundo dados atualizados até outubro, a composição acionária estava composta por acionistas minoritários (36,58% das ações), Citibank (17%), e o restante com Itaú e Unibanco, detendo 23,21% cada um. Mediante a tal fato, o mercado varejista teme aumento nas tarifas, que hoje oscilam entre 1% e 5% do valor da operação como taxa de administração mais o aluguel das máquinas de cartão. Contudo, é importante salientar que a mudança de controle da Redecard não mudará a dinâmica do setor de cartões de crédito, uma vez que o padrão de concorrência permanecerá o mesmo, com a Visanet sendo sua principal concorrente, devendo, portanto, estabecer preços de acordo com essa condição.
    Para se concretizar, a fusão deverá passar pela averiguação do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade). Entretanto, não deverá encontrar grandes empecilhos para sua conclusão devido a diferença das regras em relação a outros países.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    Existem atualmente dois projetos em tramitação no Congresso, que tem como prerrogativa a regulamentação do setor de cartões de crédito. De maneira geral, os projetos devem gerar benefícios tanto para os consumidores e comerciantes, mediante a diminuição de custos e de preços. Pela ausência de discriminalização de preços, acaba incorrendo no setor uma espécie de subsídio cruzado, ou seja, os consumidores pagam suas compras com dinheiro (que um é uma das formas de meio pagamento) que, por sua vez, subsidiam aqueles que se utilizam o cartão crédito e de débito. Vale ressaltar que as taxas cobradas pelas credenciadoras e administradoras de cartões de crédito inflam os preços dos produtos em cerca de 10%, equivalente ao aluguel das máquinas e os serviços de processamento das informações entre os comerciantes e o agente emissor que são repassados aos consumidores. Porém esta semana houve um avanço neste sentido com a aprovação do projeto (PLS 213/2007) pelo Senado, que trata justamente da cobrança diferenciada de preços de acordo com a forma de pagamento utilizada, autorizando os comerciantes a fazê-lo. Além deste projeto, foi aprovado também um outro (PL 338/2005), que tem o objetivo de reprimir práticas como as de empresas de cartões de crédito de enviar ou entregar sem solicitação prévia do consumidor produtos, serviços ou disponibilidade de crédito e depois cobrar pelos envios.
    No entanto, de acordo com a Abecs, existe um temor de que qualquer interferência do governo prejudique o setor, alegando que o mesmo tem obtido nos últimos anos crescimento expressivos sem nenhuma regulamentação. Ademais, a associação prevê entregar ainda ao governo um documento intitulado de auto-regulamentação, que descreve as aspirações e as sugestões das empresas representantes desta indústria.
    Os projetos seguem agora para apreciação da Câmara dos Deputados, e posterior aprovação ou alteração de alguns itens que constam dos textos.