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  • materiais de acabamento, empresas do setor materiais de acabamento, empresas do segmento materiais de acabamento, setor materiais de acabamento, segmento materiais de acabamento, economia, macroeconomia
    Tintas

    A produção de tintas apresentou crescimento de 2,8% na comparação entre 2021 e 2020. Na comparação de 2021 com 2019, o crescimento da produção foi de 5,6%, resultando, portanto, no crescimento pelo segundo ano seguinte da fabricação setorial. A demanda por tintas foi favorecida por um ambiente de maior valorização da moradia (um dos efeitos provocados pela pandemia), pelas pequenas reformas e melhorias nas residências impulsionadas por este efeito e pelo bom dinamismo do mercado imobiliário. É importante destacar que, historicamente, o mercado imobiliário é o destino de aproximadamente 80% do volume produzido pelo setor de tintas.

    Por sua vez, o IPCA – Tintas apresentou crescimento de 19,4% entre janeiro de 2022 com igual mês do ano anterior, uma das maiores taxas de crescimento neste tipo de base de comparação da série histórica. Cabe destacar que somente entre os meses de dezembro de 2021 e janeiro de 2022, o preço do produto avançou 1,8%, mantendo o crescimento de preços em uma tendencia de robusto crescimento desde o início da pandemia, devido aos impactos na cadeia produtiva provocadas por ela e também pela desvalorização do real, altamente correlacionada aos preços do setor de tintas, considerando o elevado grau de dependência de produtos importados ou dolarizados necessários para a fabricação de tintas.

    Revestimentos Cerâmicos

    A fabricação de produtos cerâmicos (que inclui os revestimentos), apresentou crescimento de 21,9% em 2021 em relação ao ano anterior e expansão de 10,3% na comparação com 2019. Desta maneira, influenciado pelos mesmos fatores explicados para o crescimento do segmento de tintas, 2021 se mostrou muito positivo para o setor de revestimentos, crescendo não somente em relação a base afetada pela pandemia (2020), mas também na comparação com o período anterior a proliferação do vírus (2019).

    No mesmo sentido, os preços dos revestimentos (IPCA – Revestimentos de Piso e Parede) também apresentaram na comparação de janeiro de 2022 em relação a janeiro de 2021 forte crescimento (18,8%). É importante destacar, no entanto, que ao menos em parte, a elevação de preços dos revestimentos está relacionada ao aumento dos custos de produção, com destaque para o avanço do preço do gás natural e da energia elétrica, relevantes componentes do setor.

    Ao observarmos o desempenho financeiro de empresas de capital aberto que atuam no segmento de revestimentos (Dexco e Portobello, ponderando que se trata de uma pequena amostra do setor e de players relevantes) podemos observar que houve melhoria na margem operacional e de lucro das companhias, mostrando que, ao menos no que diz respeito a estes players, foi observada uma capacidade de reajustar os preços acima do aumento de custos, resultando em uma maior lucratividade do negócio.

    Conclusão e Perspectivas para o setor

    Considerando as informações apresentadas acima, podemos considerar que 2021 foi um bom ano para o setor de materiais de acabamento. Para 2022, apesar dos inúmeros desafios que deverão ser observados, principalmente relacionados a conjuntura econômica (baixo crescimento do PIB, inflação elevada, juros com tendência de alta e manutenção de um elevado número de desempregados), a Lafis considera que o setor apresentará um patamar de produção superior ao observado antes da pandemia, ainda que possivelmente abaixo do registrado em 2021.

    Especialista do Setor Marcel Tau Carneiro