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A análise
macroeconômica é o estudo dos grandes fenômenos que afetam a economia de um
país ou de uma região, como o Produto Interno Bruto (PIB), a inflação, a taxa
de juros, o câmbio, o consumo e o desemprego.
Esses
indicadores permitem compreender a conjuntura econômica, as políticas públicas
e as oportunidades e desafios para os negócios, os investimentos e o consumo.
A relação entre a análise macroeconômica e o planejamento financeiro é
fundamental para que as empresas possam tomar decisões estratégicas e
operacionais mais adequadas ao cenário econômico vigente ou esperado.
A seguir,
apresentamos alguns exemplos de como a análise macroeconômica pode ajudar no
planejamento financeiro das empresas:
- Acompanhar
a evolução do PIB pode ajudar as empresas a estimar a demanda por seus produtos
ou serviços, a definir suas metas de vendas e de lucro, a dimensionar sua
capacidade produtiva e sua estrutura de custos, a identificar oportunidades de
expansão ou de diversificação, entre outras ações.
- Atentar-se para a variação da inflação pode ajudar as empresas a ajustar seus
preços de venda, a negociar com seus fornecedores, a controlar seus estoques, a
gerenciar seu capital de giro, a avaliar sua rentabilidade real, entre outras
medidas.
- Observar a trajetória da taxa de juros pode ajudar as empresas a planejar
seus investimentos em máquinas, equipamentos, tecnologia ou inovação, a definir
suas fontes de financiamento e suas formas de pagamento, a escolher as melhores
aplicações financeiras para seus recursos disponíveis, entre outras decisões.
- Monitorar as oscilações do câmbio pode ajudar as empresas a definir sua
estratégia de exportação ou importação, a negociar contratos em moeda
estrangeira, a proteger-se contra riscos cambiais, a aproveitar oportunidades
de arbitragem, entre outras alternativas.
- Os hábitos e as tendências de consumo pode ajudar as empresas a conhecer
melhor seu público-alvo, a segmentar seu mercado, a desenvolver seus produtos
ou serviços, a definir seu posicionamento e sua comunicação, a fidelizar seus
clientes, entre outras ações.
- Agora, acompanhar o nível e a composição do desemprego pode ajudar as
empresas a avaliar a oferta e a demanda por mão de obra, a definir sua política
salarial e de benefícios, a capacitar e motivar seus funcionários, a reduzir a
rotatividade e o absenteísmo, entre outras medidas.
Como se pode
ver, a análise macroeconômica pode ajudar no planejamento financeiro das
empresas de diversas formas, contribuindo para que elas possam se adaptar às
mudanças do ambiente econômico, aproveitar as oportunidades e minimizar os
riscos.
Por isso, é
importante que as empresas acompanhem os indicadores macroeconômicos e utilizem
as informações disponíveis para tomar decisões mais assertivas e sustentáveis.
A LAFIS
Consultoria oferece análises setoriais e informações do mercado financeiro para
auxiliar empresas na tomada de decisão, com uma cobertura de 58 setores do
mercado, e conta com uma equipe de profissionais qualificados nas áreas econômica,
mercadológica e financeira.
Além disso,
a LAFIS também fornece um panorama setorial para cada setor monitorado pela
consultoria. O panorama é uma apresentação executiva que aborda de forma direta
os principais tópicos do setor, como market size, market share, SWOT, drivers,
alertas e indicadores macroeconômicos.
No mundo
atual, é essencial se manter atualizado no seu setor de mercado. As tendências,
as demandas e as oportunidades mudam rapidamente e você precisa estar preparado
para aproveitá-las.
Por isso,
convidamos você a navegar pelo nosso blog e explorar informações valiosas que
podem ajudar você a se destacar na sua área. Aqui você vai encontrar dicas,
análises, casos de sucesso e muito mais.
Não perca
tempo e comece a se atualizar agora mesmo!
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O momento atual é de mudanças no paradigma econômico e o resgate das
teses do economista inglês, John Maynard Keynes voltou à baila. Preocupado com
os efeitos deletérios da Grande Depressão de 1929, o autor britânico, por meio
de sua obra principal, A Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro, propôs
um programa de intervenção do Estado com vistas a atuar sobre a demanda
agregada, o que produziu uma verdadeira revolução no pensamento econômico,
inaugurando uma tradição presente até os dias de hoje, o keynesianismo.
Questionado à época se isso não geraria problemas e dívidas no longo prazo,
Keynes respondeu que, caso não fosse dada atenção aos problemas presentes, não
haveria longo prazo; para ele, “no longo prazo estaremos todos mortos”.
Feita esta introdução, duas advertências se fazem necessárias: (i) o
contexto atual de intervenção pública para salvar a economia é radicalmente
oposto aquele descrito na Grande Depressão, o que nos desautoriza, ao menos por
enquanto, a fazer comparações com o New Deal , proposto por Franklin D.
Roosevelt; e (ii) o Brasil é radicalmente oposto aos países desenvolvidos,
tanto antes quanto agora e, portanto, as exigências que se colocam num plano de
recuperação devem levar em consideração problemas estruturais de outra natureza.
A pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), que alastra pelo mundo desde
o início deste ano, tem colocado os países em situação de fragilidade. Seja no
que se refere à saúde pública, o que destampou um buraco de dificuldades e
limitações à universalização de serviços de saúde, mesmo em países ricos como
os EUA, ou no que tange aos efeitos sobre a economia global, tema que nos
interessa neste espaço. A perspectiva de retração da atividade econômica em
diversos países, resultado de expectativas negativas, mas também de efeitos
práticos derivados das medidas de distanciamento social, tem feito governos
pelo mundo intervir maciçamente por meio de seus orçamentos, a fim de diminuir
as perdas.
Ao menos 30 países já anunciaram novos programas de transferência de
renda para evitar o colapso social, entre os quais os EUA, que recentemente
fechou acordo no Câmara dos deputados e vai injetar um pacote de US$ 2
trilhões; ao câmbio cotado no fechamento do mês de março (R$ 5,24/ US$), os
norte-americanos colocarão na economia mais de R$ 10,48 trilhões (o PIB
brasileiro encerrou 2019 em R$ 7,3 trilhões). Ao todo, os países do G20
pretendem injetar US$ 5 trilhões, tanto para fortalecer os sistemas de saúde,
como para conter os efeitos das falências de empresas e do desemprego, que
deverá tomar rota explosiva em diversos países; o FMI pediu reforço dos países
ao caixa da instituição e afirmou estar disposto a emprestar US$ 1 trilhão para
conter os danos da crise.
O Brasil, por sua vez, não está indiferente a este cenário e vem
adotando medidas para dar sustentação ao sistema de saúde (SUS), além de ter
criado, por meio do Congresso Nacional, um novo programa de transferência de
renda. A despeito dos desencontros de informação entre o Palácio do Planalto e
o Ministério da Saúde no que confere às ações a serem adotadas, bem como a
divergência do governo federal com estados e municípios, o Brasil tem adotado
ações práticas com objetivo de mitigar os efeitos negativos desta crise
sanitária.
No dia 30 de março, o Senado aprovou o “auxílio emergencial” de R$ 600
mensais a trabalhadores informais, além de R$ 1,2 mil para até dois
trabalhadores da família ou mulheres chefes de família com filhos menores de 18
anos. Medidas adicionais, como antecipação de R$ 600 do Benefício de Prestação
Continuada (BPC) para pessoas que estão na fila do INSS, permissão para o
atraso no recolhimento do FGTS para fortalecer o caixa das empresas por três
meses, desoneração de produtos médicos, R$ 24 bilhões em linhas de crédito
pessoal e R$ 48 bilhões para as empresas, fazem parte de um programa mais amplo
de proteção.
Recentemente, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a soma
entre medidas já adotadas e as que ainda estão por vir no enfrentamento à
pandemia pode chegar a R$ 750 bilhões, um verdadeiro “orçamento de guerra”,
segundo o Ministro. Para efeitos de comparação, o Observatório de Política
Fiscal, ligado ao Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio
Vargas, estima que o Brasil deverá gastar cerca de 2% do PIB, ante alguns
países que deverão gastar até 17% do PIB, como o caso do Reino Unido. Alemanha
e França planejam gastar 12% e 13,1%, respectivamente. Como salientado no
início, o Brasil é bem diferente dos demais países, especialmente no que se
refere à infraestrutura de saúde pública, a despeito da abrangência do SUS e,
também, pelo alto grau de informalidade no mercado de trabalho, atualmente
rondando os 40% da PEA.
De todo modo, o país se prepara para gastar mais e aprofundar o déficit
fiscal que vinha obtendo pelos últimos seis anos consecutivos. A situação
atual, porém, é de calamidade pública, o que deixa o equilíbrio orçamentário,
tido como principal medida para recuperação da confiança, para um momento
posterior. Certamente haverá expansão do endividamento público, até mesmo pela
necessidade de financiar os déficits crescentes. Dispensado de cumprir a meta
fiscal do ano de 2020 (R$ 124,1 bilhões) em função do decreto de calamidade
pública, o governo estima déficit primário de R$ 350 bilhões para este ano, o
que, por sua vez, deverá ficar circunscrito apenas a 2020, enquanto as medidas
da pandemia se tornarem necessárias.
Portanto, impõem-se ao mundo e não apenas ao Brasil uma séria mudança de
paradigma no que confere à política econômica ideal para a sustentação e
crescimento da renda. A síntese neoclássica, que impusera um duro
questionamento ao keynesianismo em meados dos anos 1970, dado o contexto de
estagflação somado à crise do petróleo naquela época (pasmem, o petróleo está
em crise outra vez!), reinou na cabeça dos economistas até o colapso financeiro
de 2008. Àquela altura, cânones da ciência econômica passaram a questionar a
tese dominante da contração fiscal expansionista, que relega à “fada da
confiança”, na expressão do Prêmio Nobel Paul Krugman, a resposta para as
expectativas futuras do setor privado. O Covid-19 vem impondo mais uma inflexão
em teses econômicas, tidas como um dado da natureza. Relembremos Keynes
mais uma vez: “A dificuldade não está nas novas ideias, mas em escapar das velhas...”.
Desta forma, a Lafis, que havia revisto seu cenário fiscal recentemente,
passando de um déficit primário de R$ 124,1 bilhões para R$ 200,00 bilhões,
reforça a perspectiva de ampliação desse déficit, que deverá atingir entre R$
350 e R$ 400 bilhões, portanto, acima do projetado pelo governo federal. A
expetativa, todavia, é de que os efeitos da pandemia devam se alastrar para
além dos três meses projetados pelas medidas do governo, podendo manter
restrições à circulação e produção até meados de julho/agosto. As condições
atípicas, entretanto, deverão se reverter a partir de 2021, quando o Brasil
terá que retomar mais uma vez a rota do equilíbrio fiscal, mas certamente tendo
uma nova perspectiva sobre os limites que essas medidas têm para estimular o
crescimento econômico.
Especialista responsável Marcos Henrique
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A Standard and Poors (SP) rebaixou a nota de crédito soberano do Brasil de BBB- para
BB+, um nível especulativo. A agência de classificação de riscos atribuiu a
queda do rating ao cenário político, que afeta diretamente as questões
econômicas, com destaque para as finanças públicas.
É importante destacar
que as perspectivas da Lafis já apontavam para o risco de perda de grau de investimento
em alguma das mais importantes agências de classificação de risco, diante das
dificuldades de condução da política econômica, sobretudo no que diz respeito
ao cumprimento de metas de superávit primário. No entanto, tal fato ocorreu
anteriormente ao esperado pela Lafis e pelo mercado.
Diante do rebaixamento
da nota de crédito, projeta-se algumas consequências de curto e médio prazos
para variáveis macroenômicas, com destaque para uma desvalorização da taxa de
câmbio. Além disto, à medida que se tornou mais arriscado, segundo a agência,
investir em papéis no Brasil, poderá ocorrer uma possível retomada no aumento
da taxa SELIC, a fim de aumentar a remuneração dos títulos públicos para
compensar o aumento do risco e conter uma possível evasão de divisas.
Setorialmente, os segmentos
dependentes de matérias primas importadas, como é o caso da agricultura em
relação aos fertilizantes, e setores em que a demanda é influenciada pelo custo
do crédito, como é o caso da construção civil e do setor automotivo, podem ser
mais impactados negativamente.
Por fim, pode-se dizer, em alguma medida, que a forte desvalorização cambial observada ao longo do ano, bem como o aumento da taxa de juros, já demonstra uma maior cautela do investidor estrangeiro, impactando consequentemente o desempenho de alguns setores da economia. Neste sentido, deve-se atentar para o risco de maior volatilidade, desvalorização do Real, elevação da taxa SELIC, aumento da incerteza (tanto do consumidor, quanto dos investidores), bem como futuras mudanças no rating dado ao país pela própria SP e também pela Fitch e Moodys.
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Se o plano de ajuste fiscal arquitetado pelo Ministro da fazenda,
Joaquim Levy, ainda não tinha recebido apoio do Congresso Nacional, o Governo
pode comemorar sua primeira vitória. Foi aprovado pelo Senado o projeto de Lei
que reduz as desonerações concedidas pelo governo a 56 setores da economia.
Criada em 2011 pelo governo, a renúncia fiscal tinha objetivo de
desonerar a folha de pagamento das empresas (pois abria oportunidade para que
as empresas substituissem a tributação obrigatória sobre a contribuição
patronal de 20% sobre a folha de pagamentos para a Previdência, por alíquotas
incidentes na receita bruta das empresas), de forma que estas poderiam empregar
maior mão-de-obra à um custo fiscal menor, além de abrir caixa para que
investimentos fossem estimulados, redinamizando a cadeia produtiva e a economia
como um todo. Em 2014, a medida acumulou uma renúncia fiscal de cerca de R$ 22
bilhões.
Assim, a partir de 90 dias de publicação da lei (que ainda será
encaminhada para aprovação presidencial) o projeto implicará em aumentos
diferenciados para alguns setores, aumentando as alíquotas atuais de 1% e 2%
para até 4,5% a depender do segmento.
Opositores da medida a criticam sob a alegação de o aumento na alíquota
provocará uma onda de demissões, aumentando os efeitos da retração econômica
atual. Por outro lado, os defensores da medida alegam que tal fez-se necessária,
uma vez que nem todas as desonerações concedidas se transformaram em
investimento para a manutenção de empregos. O fato concreto é que tal ação
inevitavelmente terá efeitos positivos no balanço fiscal federal, contribuindo
para o sucesso do plano de contenção fiscal, já que estima-se que a mudança
poderá resultar em uma arrecadação de cerca de R$ 10 bilhões.
Analista Responsável: Felipe Souza
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De fato, as perspectivas para 2012 não são muito animadoras. Os principais combustíveis que estimularam o crescimento de 2010-2011 tem apresentado sinais de perda de fôlego: o ciclo positivo dos preços das commodities exportados pelo país (especialmente minério de ferro) vem perdendo força, dada a baixa dinâmica externa, reduzindo a vantagem nos termos de troca; o consumo das famílias, que se constituiu como forte dinamizador do crescimento nos últimos anos, tem mostrado acomodação na margem, o que pode ser atribuído ao crescimento dos indicadores de inadimplência e a algum nível de saturação da demanda por bens duráveis, por vezes associada pelo maior comprometimento da renda decorrente do ciclo de consumo anterior. O setor industrial, apesar de melhora na margem, ainda tem amargado as suas condições desfavoráveis de competitividade interna e externa, não obstante a depreciação da taxa de câmbio nos últimos meses.
A queda dos investimentos públicos acentuaram os resultados do trimestre, quando a formação bruta de capital fixo (FBCF) atingiu queda relevante (1,8%), depois de duas retrações de 0,6%, nos trimestres anteriores. Além dos fatores mencionados, o aumento da incerteza dos agentes econômicos diante do cenário externo e seus efeitos sobre a economia nacional tem influenciado negativamente as decisões de investimento no curto prazo, comprometendo a capacidade de expansão da economia ainda em 2012. Diante destes fatores, deverá ser crucial para o desempenho do ano a reação da economia diante dos incentivos já adotados e porvir, além das expectativas quanto ao cenário externo, que tampouco apresentam sinais de reversão.
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Parece claro que o momento tem se mostrado adequado para reduções consistentes na taxa de juros, principalmente no que tange à evolução do cenário externo e suas implicações sobre a inflação e atividade internas, o que se traduz em uma oportunidade histórica para o alcance de uma taxa de juros real mais civilizada. Mesmo sob pressão na oferta de produtos agrícolas relevantes no abastecimento interno, como o arroz e o feijão, os índices de difusão do IPCA tem apresentado queda, o que aponta para uma redução na dispersão da alta de preços na economia.
A postura parciomoniosa do BACEN poderá direcioná-lo a uma parada na redução da SELIC; uma vez que, após queda de 4 pontos entre agosto/11 e maio/12, a atividade econômica não tem reagido consistentemente à trajetória da taxa de juros. De fato, tal dinâmica aponta que a atividade pode carecer de maiores estímulos quanto à criação de um ambiente propício para a realização de investimentos, especialmente no que diz respeito à infraestrutura, burocracia e carga tributária.
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Ano2012
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Ano2012
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Analista Responsável
A guinada na condução da política monetária em agosto de 2011, quando decidiu-se pelo corte de 0,50 p.p. na taxa Selic e as posteriores reduções, na mesma intensidade até a reunião de março de 2011, encontravam justificativas principalmente na deterioração do cenário internacional. Contudo, a redução de 0,75 p.p. na última reunião parece encontrar explicação fundamentalmente na desaceleração da economia doméstica.
A despeito de uma razoável melhora no cenário internacional com os Estados Unidos sinalizando alguma recuperação e a Zona do Euro reduzindo a possibilidade de uma falência no sistema financeiro, o desaquecimento da economia interna pode ser evidenciado por três indicadores recém divulgados: produção industrial de janeiro, PIB de 2011 e o IPCA de fevereiro.
O fraco crescimento do PIB em 2011 (2,7%) foi influenciado, principalmente pelo baixo desempenho do setor industrial no ano (+1,6%/10), não obstante a agropecuária tenha contribuído para que não ocorresse uma queda maior (+3,9%/10). A indústria iniciou 2012 ainda com desempenho decepcionante uma vez que a produção industrial retraiu-se 2,1% ante dezembro de 2011; na comparação com janeiro de 2011, a queda foi de 3,4%. Estes dois fatores podem ter tido alta influência na decisão do Copom.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também mostrou desaceleração tanto em relação a janeiro de 2012 como comparativamente a fevereiro de 2011. O índice encerrou o mês com elevação de 0,45% e acumula em 2012 expansão de 1,02% (abaixo dos 1,62% acumulados em igual período de 2011). Os indícios de uma possível desaceleração nos preços convergindo, mesmo que lentamente, para o centro da meta, permite, ao menos no curto prazo, que o Banco Central adote uma política monetária mais frouxa, de estímulo à economia.
As medidas de estímulos à economia, via alterações nas taxas de juros, tendem a ter um efeito defasado sobre a economia real. Estes efeitos tendem a serem percebidos no segundo semestre de 2012 e isso poderá refletir em pressões inflacionárias tanto para o final do ano como para 2013. Caso esta tendência se confirme, a autoridade monetária deverá ficar alerta para a retomada mais intensa de pressões inflacionárias que podem fazer com que o ciclo de baixa iniciado em 2011 passe a ser revertido já em meados de 2013.
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Ano2012
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O Governo anunciou nesta sexta-feira a desoneração da folha de pagamento do setor industrial como forma de auxílio à indústria nacional. O valor da taxa que será desonerada ainda não foi anunciado, mas segundo o Ministro da Fazenda Guido Mantega esta política de governo deverá durar cerca de um ano.
O PIB da indústria em 2011 apresentou desaceleração em mais de 8 pontos percentuais, encerrando o ano com crescimento de 1,6%, estimulado principalmente pela indústria de mineração e construção civil. Por outro lado, a indústria da transformação encerrou o ano com estabilidade (0,1%), observando-se queda de 0,5% no quarto trimestre em relação ao terceiro trimestre de 2011. Em Janeiro, na pesquisa mensal da indústria realizada pelo IBGE, a queda foi de 3,4% entre janeiro de 2012, em relação a janeiro de 2011.
A indústria, em especial a de transformação, encontra-se em uma situação delicada. Já recebeu alguns incentivos governamentais, como isenção de IPI para linha branca e aumento do IPI para veículos importados. Mesmo assim, o setor continua em queda, com a produção de automóveis caindo cerca de 26,7% (jan 2012/jan 2011) e a de vestuário apresentando queda 19,4% para o mesmo período de comparação.
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Ano2011
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Os indícios de desaceleração da economia brasileira, conforme já haviam sido anunciados pelos dados do IBC-Br do Banco Central em setembro, se confirmaram com o resultado do PIB do terceiro trimestre divulgado pelo IBGE. O desaquecimento, no entanto, ocorre mais em função das medidas tomadas pelo governo e menos em razão da crise econômica global.
As medidas adotadas pelo governo brasileiro no início de 2011 (elevação da taxa de juros e medidas macroprudenciais) que foram implantadas para desacelerar a economia e com isso trazer a inflação para o centro da meta, por possuírem defasagem de efeito, começaram a afetar a economia real somente na segunda metade de 2011. Este talvez seja o maior motivo para o resultado do terceiro trimestre.
É certo que a crise econômica mundial tem seus impactos no resultado da economia brasileira, no entanto, eles não constituem a força motriz do desaquecimento interno. Isto pode ficar mais claro com os resultados positivos que o setor externo demonstrou no período - com as exportações crescendo 1,8% e as importações recuando 0,4%. Ou seja, graças ao mercado internacional, a economia não apresentou retração.
A economia brasileira caminha para um crescimento por volta de 3,3% em 2011 - resultado este que não deve ser lamentado dado o cenário econômico tanto interno quanto externo. A atuação do Banco Central, principalmente no segundo semestre, quando iniciou o ciclo de afrouxamento monetário, deve ter impactos importantes na economia real somente em meados de 2012. Deste modo, um mercado doméstico ainda em expansão e com aumentos reais de salários a partir de janeiro pode ser, novamente, a razão principal para uma expansão maior no próximo ano.
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Ano2011
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Analista Responsável
Ao longo do ano, a desaceleração da atividade econômica evidenciou o comportamento da indústria, que vem apresentando contração na margem e forte desaceleração na comparação interanual. A indústria de transformação, principal componente da atividade industrial, tem se ressentido dos efeitos da piora das expectativas de empresários e consumidores (dadas as incertezas no cenário internacional e seus reflexos sobre a economia brasileira), bem como da forte concorrência com produtos importados, intensificada pelo atual patamar da taxa de câmbio.
A contração da atividade indústrial e a desaceleração das vendas do comércio ampliado explicitados no mês de setembro (período sazonalmente de intensificação da atividade, devido às vendas de final de ano), bem como a evolução recente da política monetária, evidenciaram a necessidade de revisão das projeções macroeconômicas relacionadas ao produto nacional, embora o cenário inflacionário esteja em linha com as projeções da Lafis.
No âmbito externo, observou-se deterioração nos últimos meses entretanto não houve uma ruptura significativa nas economias que compõem a Zona do Euro. Os impactos na economia brasileira (alta volatilidade cambial e desaceleração econômica) em decorrência da degradação do cenário estão em acordo com o cenário apontado pela Lafis desde suas últimas projeções.
Portanto, em virtude de mudanças, principalmente no que tange a atividade industrial, a Equipe de Análise Econômica da Lafis reviu suas projeções para o PIB de 2011 em seu Relátorio de Análise Macroeconômica de Dezembro, reduzindo a projeção anterior de 3,7% para uma taxa de crescimento de 3,3% no ano. Sendo assim, mantida a estimativa para o crescimento em 2012 (4,0%), houve um ajuste marginal na taxa referente a 2013, de 4,2% para 4,3%.
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Ano2009
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O Brasil é o sexto maior produtor mundial de alumínio e exporta metade de sua produção, fechando 2008 com 8.627 toneladas vendidas. No mercado Europeu, o Brasil tem participação de 12,8% e a China tem 30,7%, com um total de 35.340 toneladas vendidas em 2008. A China também é afetada com as sobretaxas pela União Européia, que variam entre 10,7% e 42,9% aplicadas ao seu alumínio.
Existe a possibilidade de que isso seja negativo para as grandes produtoras brasileiras, como a CBA, Novelis e Alcoa, devido a diminuição das exportações causadas pela sobretaxa, além de uma redução de preços internos em decorrência do aumento da oferta. Nesse contexto, há perspectiva de diminuição da produção do setor, visando sua adequação à um nível de preços mais baixo.
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