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    A depreciação acelerada é um método contábil e fiscal que permite a dedução mais rápida do valor de um ativo fixo nos primeiros anos de uso.

    "A depreciação acelerada é de fundamental importância aos investimentos e para a melhoraria da produtividade do setor produtivo. No setor de máquinas e equipamentos tem como fator adicional o aquecimento do seu mercado de atuação”. afirma Cristina Zanella, Diretora de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq.

    No entanto, a regulamentação ainda precisa ser publicada para que as empresas possam se beneficiar de forma efetiva.

    “É uma demora que pode, inclusive, estar segurando os investimentos. Estamos com queda de 16,9% das receitas no ano até julho e desconfiamos que parte importante deste resultado pode ser atribuído à decisão dos empresários de esperar a regulamentação da medida”, diz o presidente-executivo da Associação Brasileira da Abimaq, José Velloso.

     Analista Responsável Felipe Souza


    A tragédia climática recente no Rio Grande do Sul deverá trazer um impacto significativo e negativo no setor de máquinas e equipamentos. O Estado gaúcho responde por cerca de 20% de toda a produção do setor, atrás apenas de São Paulo.

    Com as perdas, paralisações e dificuldades logísticas, muitas empresas produtoras de máquinas e equipamentos sofrerão com a queda da produção, demanda e faturamento.

    É por tal razão que a Lafis revisou negativamente suas projeções para os índices operacionais do setor (produção e consumo aparente), bem como o faturamento do setor (esse com mais intensidade) para o consolidado do ano de 2024.

    Analista Responsável Felipe Souza


    Em um dos primeiros atos deste ano, o Governo Federal lançou o programa Nova Indústria Brasil (NIB), um conjunto de medidas voltadas para um projeto de reindustrialização do País a ser perseguido nos próximos 10 anos.

    O plano contempla eixos que buscam aumentar produtividade com aquisição de máquinas e equipamentos, impulsionar inovação com projetos de pesquisa e digitalização; incentivar as exportações de produtos manufaturados e ser mais sustentável.

    Os players do setor de máquinas e equipamentos elogiaram muito a iniciativa que, além da injeção de recursos para renovação do parque fabril em geral, estuda em criar mecanismo que apoiem e favoreceram a produção nacional de máquinas e equipamentos em detrimento da concorrência externa.

    Cabe destacar também a intensão do Governo em fazer valer o plano de depreciação acelerada, o qual prevê que as empresas que investirem na compra de novos equipamentos possam abater mais rapidamente o valor do investimento no cálculo do Imposto de Renda após a aquisição do bem. Hoje essa depreciação é descontada ao longo dos anos.

    Não é por menos que as empresas apontadas como as maiores beneficiadas pelo NIB são exatamente as pertencentes ao setor de máquinas e equipamentos, pois elas poderão suprir a prevista demanda em quase todas as cadeias contempladas pelo Programa.

     Analista Responsável Felipe Souza


    De acordo com o IBGE, a produção industrial de bens de capital acumulada dos primeiros dez meses deste ano apresentou uma significativa queda de 10,3%, ao comparar com a média do mesmo período de 2022.

    As razões para esta queda se concentram na demanda, por sua vez afetada pelo alto custo de financiamento de máquinas e equipamentos, em razão da elevada taxa de juros básica (Selic) e de sua influência nas demais linhas de crédito ligadas ao segmento. Além do mais, os custos de produção em alta ainda se manifestam como um vetor de encarecimento da produção e por consequência do preço final dos bens deste setor, limitando as encomendas e produção.

    Não é atoa que a indústria de transformação como um todo vem sofrendo deveras com este contexto de baixa demanda, altos custos operacionais e escassez de linhas de financiamento a valores razoáveis. No acumulado dos três primeiros trimestres deste ano o PIB da Indústria de Transformação vem apresentando queda de 1,6% com relação ao mesmo período de 2022.

    Não obstante as exportações do setor ainda se mostraram resilientes, registrando expansão neste ano, o panorama do setor industrial ainda é desafiador quando se observa a trajetória percorrida neste ano e perspectivas para 2024, evidenciando a urgência de medidas que impulsionem a demanda interna e fortaleçam a competitividade da indústria nacional.

     

    Analista Responsável Felipe Souza

     


    A reforma tributária pretendida pelo Ministério da Fazenda tende a corrigir uma distorção há muito tempo reclamada pelo setor: a carga tributária da indústria é significativamente maior que a do setor de serviços. Assim, o setor espera que a carga tributária seja reduzida caso aprovada uma alteração tributária.

    Mesmo que os efeitos de uma reforma aprovada sejam apenas graduais ao longo dos anos, a aprovação da reforma automaticamente muda para melhor as expectativas dos empresários e agentes econômicos.

    Mudança de humor que seria muito necessária dado o atual ambiente pessimista do setor: a produção industrial de bens de capital acumulada do primeiro quadrimestre deste ano apresentou uma significativa queda de 8,3%, ao comparar com a média do mesmo período de 2022.

    De fato, o ambiente conjuntural marcado pelo encarecimento do crédito (Selic em alto patamar) e queda nas encomendas de máquinas e equipamentos ainda limitará deveras o desempenho da produção do setor para o acumulado de 2023.

    Economista Responsável Felipe Souza


    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    Em 2022, o setor produtor de máquinas e equipamentos auferiu queda da ordem de 5,9% da receita líquida total gerada em relação ao ano anterior, atingindo uma cifra de R$ 99,2 bilhões. O desempenho negativo interrompe o ciclo de 4 anos consecutivos de crescimento, o que gerou a recuperação de 38,1% nas vendas em relação a 2017.

    Desde meados do ano passado, o setor de máquinas e equipamentos tem sido fortemente afetado pelo custo do capital que, diante dos juros elevados, inibe a demanda e, consequentemente, reduz o valor a ser investido pela indústria na produção.

    Ainda mais, a indústria sofreu durante todo o ano devido a dois fatores:
    i) A inflação que corroeu o poder de compra das famílias, que passaram a repensar a aquisição de bens de maior valor como são os bens industriais duráveis. Neste sentido, a piora observada nas atividades da indústria nos últimos meses levou a uma contração nos investimentos em máquinas e equipamentos;

    ii) Além de uma observada mudança do padrão de consumo, em que houvera uma migração de demanda da indústria para os serviços. No começo da pandemia, os consumidores ficaram em casa e deixaram de consumir com lazer, passando a gastar com equipamento de TV e computadores. Com a reabertura das atividades, ocorreu um movimento inverso, serviços presenciais marcaram a opção de escolha da população em detrimento da compra de bens duráveis industriais.

    No entanto, para 2023 espera-se que o cenário volte a ganhar características mais positivas para o setor, o qual deverá apresentar crescimento da ordem de 8,4% em sua receita líquida.

    Mesmo que durante todo o primeiro semestre deste ano o setor ainda sofra com a questão do crédito escasso caro e de difícil acesso (tanto para empresas, quanto para pessoas físicas), prejudicando o setor, a expectativa é de que a situação melhore no segundo semestre com o início do processo de redução da taxa Selic pelo Banco Central, despressionando parte do crédito para consumo e investimento.

    Outro ponto importante que vale salientar é a previsão de um cenário onde os custos operacionais não se inflacionem na magnitude observada em 2022. 

    Analista Responsável Felipe Souza


    Após a análise dos meses mais recentes da conjuntura deste ano, a Lafis julgou adequado fazer uma revisão mais pessimista de seu cenário prospectivo. 

    De acordo com o IBGE, a produção industrial de bens de capital de janeiro até agosto deste ano apresentou uma queda de 1,2%, ao comparar com o mesmo período de 2021. 

    Os números observados nos primeiros oito meses do ano indicam a desaceleração da atividade industrial, iniciada no último trimestre de 2021, frente aos novos choques negativos de consumo provocados pelas novas ondas de contágio pela variante Ômicron no começo do ano, mas sobretudo pelos aumentos dos custos e, por conseguinte, dos preços de vendas das máquinas e equipamentos que impactam negativamente na demanda e por conseguinte na produção do setor.

    Quanto à receita líquida total do setor de máquinas equipamentos, esta deverá apresentar crescimento da ordem de 6,5% em relação ao ano anterior, atingindo uma cifra de R$ 112,3 bilhões. Ressalta-se que esta variação positiva é oriunda muito mais da expansão das receitas de comercialização das máquinas e equipamentos que sofreram um ajuste de seus preços do que dos resultados do volume de vendas. Assim, tal choque de custos acaba por inflar o faturamento, sem que represente uma melhora das margens do setor ou da rentabilidade do negócio.

    Analista Responsável Felipe Souza


    Os números observados nos primeiros cinco meses do ano indicam a desaceleração da atividade industrial, iniciada no último trimestre de 2021. 

    Isto se deu em razão dos novos choques negativos de consumo provocados pelas novas ondas de contágio pela variante Ômicron, mas principalmente pelos aumentos dos custos e, por conseguinte dos preços de vendas das máquinas e equipamentos que impactam negativamente na demanda e, por conseguinte, na produção do setor.

    No entanto, apesar do início de ano de atividades mais fracas no mercado doméstico, principalmente naquelas com fins industriais, a produção e a receita líquida com máquinas e equipamentos voltaram a registrar crescimento no mês de maio.

    Tal comportamento de recuperação, mesmo que em fase incipiente já era esperado pela Lafis que reitera seu cenário prospectivo traçado desde a edição passada. Quanto à receita líquida total do setor de máquinas equipamentos, esta deverá apresentar crescimento da ordem de 11,1% em relação ao ano anterior, atingindo uma cifra de R$ 117,1 bilhões.

    Especialista do Setor Felipe Souza


    De acordo com o IBGE, a produção industrial de bens de capital de janeiro até março deste ano apresentou uma queda de 2,6%, ao comparar com o mesmo período de 2021.

    Os números observados no primeiro trimestre do ano indicam a desaceleração da atividade industrial, iniciada no último trimestre de 2021, frente aos novos choques negativos de consumo provocados pelas novas ondas de contágio pela variante Ômicron na China (grande fornecedora de insumos e componentes industriais necessários à produção do setor) que acarreta em aumentos dos custos e, por conseguinte dos preços de vendas das máquinas e equipamentos, impactando negativamente na demanda e por conseguinte na produção do setor.

    Tudo isso deverá limitar o crescimento do setor que deverá buscar possibilidades de desenvolvimento num ambiente mais diverso, cabendo também direcionar sua produção para o mercado externo, buscando aproveitar-se de um cenário concorrencial mais competitivo em virtude do real desvalorizado.

    Analista Responsável Felipe Souza


    De acordo com o IBGE, a produção industrial de bens de capital dos seis primeiros meses de 2021 apresentou um satisfatório incremento de 44,2%, ao comparar com a média do mesmo período de 2020. Desde 2012 não se via tamanho crescimento nos pedidos formalizados à indústria de máquinas e equipamentos.

    De certo, a fraca base de comparação advinda de um ano (2020) marcado pelos efeitos depressivos da pandemia em quase todos os setores produtivos nacionais e internacionais repercute em que, qualquer melhoria da dinâmica do setor no ano seguinte seja marcada por expressivas taxas de incremento percentual. 

    No entanto, além da fraca base de comparação que ajudou a impulsionar os resultados da produção de bens de capital, o bom desempenho de vários setores industriais, com destaque para os segmentos agropecuário, papel e celulose e da construção civil, tem contribuído para o aumento da demanda e por consequência, da produção de máquinas e equipamentos.

    Analista Responsável Felipe Souza

    Segundo a Abimaq, o setor de máquinas e equipamentos vem apresentando taxas positivas de faturamento nos últimos meses, aproveitando a recuperação do consumo aparente de bens de capital neste período.

    Esta visão é confirmada pelo desempenho do índice de a produção industrial de bens de capital, formulado pelo IBGE, o qual demonstrou que, mesmo que no acumulado dos doze meses de 2020 a produção ainda tenha sofrido uma queda de 2,7%, ao comparar com a média do mesmo período do ano anterior, porém a partir de setembro observou-se uma retomada da trajetória de crescimento da produção, inclusive superando os níveis observados nos meses de setembro à dezembro de 2019.

    Tais motivos levaram a Lafis a rever sua estimativa de faturamento do setor, passando a assinalar uma ligeira expansão do faturamento em 2020 (+4,0%), porém ainda abaixo do IPCA no acumulado do ano (+4,52%).

    Especialista do Setor Felipe Souza

    A Abimaq estima que o setor pode registrar crescimento já no segundo semestre deste ano. Segundo seu presidente "O impacto da crise até o mês de abril é menor do que as perspectivas mais pessimistas que tínhamos antes” 

    Vale destacar que, mesmo que as previsões da Lafis continuem apontando para uma retração do setor em 2020, ao analisar cada mês, pode-se observar uma recuperação já em abril em relação à março, o que pode sinalizar que a queda seja menos intensa que a esperada e a retomada do setor venha mais rapidamente do que as previsões iniciais.

    Especialista do Setor Felipe Souza.

    Desde a segunda quinzena de março deste ano, devido a chegada do Covid-19 ao Brasil, e as estimativas de rápida e forte propagação do vírus no País, inicialmente os Governos dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, em seguida outros estados, passaram a recomendar um período de confinamento da população, e algumas medidas começaram a ser tomadas, dentre elas o fechamento dos estabelecimentos comerciais não essenciais. 

    Assim, instituiu-se no País um novo e mais intenso cenário de incertezas, sendo reconhecido a gravidade da situação: a queda na atividade econômica interna em razão da retração da demanda interna, com redução do consumo diante de um mercado de trabalho ainda mais fragilizado. 

    Em relação aos impactos dessa crise nos diversos setores que compõem a demanda do setor, o desempenho da indústria da automobilística, de eletroeletrônicos, bem como o próprio poder de consumo das famílias serão duramente impactados com a paralisação das atividades econômicas durante e pós período da pandemia. 

    Tudo isto impacta significativamente a produção do setor em questão, pois com baixa demanda e paralização das máquinas já operantes, não há nenhum vetor estimulante para encomendas de novas máquinas e equipamentos, seja para expandir a capacidade instalada ou mesmo reposição de instalações obsoletas.


    Especialista do Setor Felipe Souza

    Além de todas as ineficiências da estrutura tributária, logística, institucional, dentre outros (o chamado Custo Brasil) que o setor produtor de bens de capital convive, atualmente existe um outro desajuste que o impacta negativamente: a volatilidade cambial.

    No acumulado até agosto de 2019, a cotação média do Real ficou em R$ 3,86/US$, e ao comparar com o mesmo período de 2018, a cotação média do Real obteve desvalorização de 9,0% frente ao Dólar.

    Tal volatilidade, além de representar um aumento dos custos da cadeia (aumento dos preços de insumos que são importados), tem um efeito ainda mais nocivo que o valor do dólar em si. Uma vez que o setor detém uma alta sensibilidade às variações do câmbio, a falta de previsibilidade do valor do real em comparação ao dólar impossibilita qualquer exercício de projeção dos custos produtivos no médio prazo, prejudicando o planejamento das empresas do setor.

    Especialista do Setor: Felipe Sanches

    Depois de amargar um longo ciclo de queda, passando por cinco anos consecutivos de queda na receita que levou o setor a encolher 47% no período, em 2018 o segmento de Máquinas e Equipamentos voltou a apresentar crescimento em seu faturamento encerrando o ano com expansão de 7% em relação a 2017. 

    Mesmo com um mercado interno ainda desaquecido, o crescimento do faturamento do setor pode ser explicado pela expansão das exportações que apresentaram um expressivo aumento de 31,7% no seu valor em FOB (US$ mi.) e se constituíram como uma grande via de escape da produção reprimida pelo baixo dinamismo dos segmentos nacionais consumidores de bens de capital. Neste sentido, a volta da expansão da produção refletiu diretamente no nível de contratações, fazendo que o setor voltasse a reempregar cerca de 10 mil pessoas.

    Assim, com base neste cenário a Lafis espera que o setor continue apresentando crescimento, (4,6% em relação a 2018), porém agora puxado principalmente pela expansão mercado interno, dado a perspectiva de reaquecimento de forma mais pujante dos setores industriais como um todo.

    Especialista do Setor  Felipe Souza

    Após dois anos de redução no faturamento da indústria de bens de capital mecânicos, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas Agrícolas (ABIMAQ), com maior redução em 2014, o ano de 2015 começa com uma pequena melhora das receitas no mês de janeiro. Ainda que sobre uma comparação em base fraca (ante janeiro de 2014), as receitas apresentaram aumento de 3,1% segundo a associação, somando R$ 5,5 bilhões.

    Além disso, o consumo aparente apresentou ampliação no começo do ano (+1,3%/jan/14), com R$ 10,7 bilhões. Por outro lado, as exportações apresentaram redução superior a 30% em janeiro de 2015 frente o mesmo mês de 2014, somando R$ 785 milhões. Neste contexto, analisando as perspectivas pelo lado da balança comercial do setor, o esperado é que as exportações não aumentem muito no ano, mas com a possibilidade de mais de um ano de redução nas importações, é possível que o setor termine o ano com um pequeno déficit. Mas não será nesta área que as perspectivas no tocante às receitas para 2015 ainda não sejam otimistas.

    O principal motivo quanto à possibilidade de diminuição do faturamento também em 2015 se dá pela perspectiva de baixos investimentos do setor no ano, tendo em vista a baixa atividade econômica esperada, em um ambiente de aumento da taxa de juros somado a um mercado interno desaquecido. Assim, após uma redução de 13,7% no faturamento do segmento em 2014, somando R$ 71,2 bilhões, para 2015, o esperado é que esta queda, ainda que menor, em um dígito, seja de 3,1% em 2015, finalizando em R$ 69,0 bilhões, segundo perspectivas da Lafis.

    Analista do Setor: Thaís Virga Passos

    O mercado global de minério de ferro vem atravessando queda do preço dessa commodity  desde o final de 2013, com maior aceleração a partir de abril de 2014, quando atingira US$ 114,58/tonelada métrica (ton). A partir de então o preço internacional só despenca chegando ao final do mês de setembro a US$ 82,21/ton. Assim, o que podemos destacar, é que existe uma falta de equilíbrio entre a oferta e a demanda desse minério no cenário internacional.

    Um overview do movimento recente, relaciona-se à alta estocagem do insumo na China, à desaceleração econômica de grandes demandantes (tanto nos países desenvolvidos - União Europeia, EUA; quanto em desenvolvimento  - América Latina e alguns países da Ásia). Outro fator importante anunciado recentemente, é que também BHP e Rio Tinto estão desenvolvendo grandes projetos de minério, com preços altamente competitivos. A Vale também anunciou em outubro um recorde de produção de minério de ferro no terceiro trimestre do ano, com a extração de 85,7 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a setembro de 2014.

    Assim, a possibilidade de aumento de preço do minério de ferro no curto prazo torna-se ainda mais dificultada, devido ao anúncio recente de três grandes mineradoras globais (Vale, BHP Billiton e Rio Tinto), as quais propõem adicionar ao mercado uma capacidade significativa de minério de ferro, entre 2014 e 2016. Isso já vem impactando a queda no preço internacional, próximo a US$ 80,00/ton. Tais fatos poderão imprimir duas tendências: que companhias menores e defasadas acabem saindo do mercado e, no curto prazo, a cotação ainda não tenha perspectivas de alta.

    Analista Setorial: Thaís Virga Passos


    No último dia 27 de novembro, foi anunciado investimento da Forjaria Marcora do Brasil com o objetivo de fortalecer a cadeia da indústria de petróleo e gás do Estado do Rio de Janeiro. O investimento da Forjaria, focalizado na produção de aços especiais, foi de R$ 120 milhões na cidade de Seropédica (RJ) e deverá criar cerca de cem postos de trabalho.

    A perspectiva da Forjaria é fornecer até 40 mil toneladas de aços especiais, por ano, voltados à produção de equipamentos de exploração em condições submarinas. O anúncio proporcionará uma grande oportunidade à cadeia da indústria de petróleo e gás no Rio de Janeiro, tendo em vista a alta demanda por aços especiais e a possibilidade de um elo estratégico entre as cadeias.

    A previsão para início das operações da Forjaria é de julho de 2015. O projeto da obra é resultado de uma parceria entre as empresas italianas Forgiatura Marcora e Fomec, juntamente à brasileira Gaia Partners. A escolha da localização visando atender as demandas do setor de óleo e gás na região ressalta parceria da prefeitura de Seropédica com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, visando a atração de investimentos.


    Com investimentos que somaram R$ 75 milhões, a empresa americana Manitowoc inaugurou a primeira fábrica de guindastes na América Latina. A unidade é localizada em Passo Fundo - Rio Grande do Sul, cidade situada à 300 quilômetros de Porto Alegre. Inicialmente, a fábrica operará com 30% de peças e componentes brasileiros sendo o restante composto por peças importadas dos Estados Unidos. Entretanto, a Manitowoc espera que poderá alcançar um índice de nacionalização da produção de 70% em três anos.

    A nova unidade iniciará suas atividades em meados de abril deste ano, com a produção prevista de 44 unidades do modelo de guindastes RT (rough terrain), para uso em terrenos acidentados e em grandes obras como hidrelétricas, estaleiros e refinarias.

    Desde de 2011 percebe-se um aumento de investimentos estrangeiros em fábricas de máquinas no Brasil. Estes são estimulados pela expectativa positiva de demanda desses bens, visando principalmente as obras de infraestrutura que a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, gerarão.


    A Case New Holland (CNH), empresa do grupo Fiat que atua nos segmentos de máquinas agrícolas e de construção, investirá R$ 600 milhões em uma unidade que visa produzir maquinário para a indústria da construção civil.

    O investimento, no entanto, deverá ser concretizado após a assinatura de um protocolo entre o governo mineiro e os diretores da empresa. A fábrica que será instalada em Montes Claros (MG) deverá entrar em operação em 2014, gerando 2,7 mil empregos.

    Desde o último ano, além da CNH, várias empresas do setor de máquinas e equipamentos anunciaram investimentos no Brasil que somam cerca de R$ 2,3 bilhões. Estes investimentos se devem à expectativa de aumento da demanda por bens de capital, tendo em vista as obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014, Olimpíada em 2016 e Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


    O governo baiano anunciou a instalação da primeira fábrica de equipamentos de petróleo e gás na Bahia (Salvador) e do país a fornecer produtos e serviços especializados na linha onshore e offshore denominada Bomcobras. A empresa é uma joint venture entre a chinesa Bomco (Baoji Oilfield Machinery Company), subsidiária da CNPC (China National Petroleum Corporation) e as brasileiras Asperbras e BRCP (Brasil China Petróleo).

    O investimento conta com um aporte inicial de R$ 30 milhões e, em uma segunda etapa, R$ 100 milhões. A unidade irá produzir equipamentos como bombas de lama, tubos de perfuração, torres, guindastes e sondas. Tal investimento sinaliza o ingresso constante e intenso de empresas chinesas no Brasil com o intuito de se aproveitar da alta demanda por equipamentos para a prospecção de petróleo.


    A americana John Deere, anunciou no dia 3 de outurbo a construção de duas novas fábricas para a produção de máquinas e equipamentos destinadas à construção civil. As unidades ficarão em Indaiatuba (São Paulo). Uma das fábricas (escavadeiras), será construída em parceria com o grupo japonês Hitachi Construction Machinery e a outra, (retroescavadeiras e pás carregadeiras) será integralmente da John Deere. No total, as unidades devem ter aportes de US$ 180 milhões (US$ 124 milhões do grupo americano e, o restante, da Hitachi), sendo que a capacidade de produção das unidades não foi revelada.
    As fábricas devem começar a produzir a partir do final de 2013, porém a atuação no mercado brasileiro de construção civil terá início em 2012, com a importação de máquinas e equipamentos. As máquinas produzidas pela companhia terão índice de nacionalização de 60%, visando atender às regras de financiamento do Finame (BNDES).
    Recentemente, inúmeros grupos estrangeiros, como a coreana Doosan, a também coreana Hyundai Heavy Industries e as chinesa Sany e XCMG e a americana Caterpillar (ampliação da unidade de Piracicaba em São Paulo e a nova unidade no Paraná) anunciaram projetos para a construção de fábricas de máquinas no  Brasil. 
    Os investimentos estrangeiros são impulsionados pela expectativa de forte demanda por máquinas e equipamentos, gerada pelos eventos esportivos, construção de hidrelétricas, portos, dentre outros.

    A Inepar Indústria e Construção, fabricante de máquinas e equipamentos para o setor de infraestrutura, vai adquirir sua subsidiária de geração e distribuição de energia elétrica, a Inepar energia. A decisão será submetida à assembléia no dia 3 de outubro. A relação de troca será de 27 ações da Inepar energia para 1 ação da Inepar (ordinárias e preferenciais), sendo definida de acordo com o valor patrimonial contábil das companhias.

    A incorporação é um processo de reestruturação que visa simplificar a estrutura acionária do grupo e reduzir as dívidas da controladora, dando atenção ao 'core business' (fabricação de máquinas e equipamentos). Por conta de uma crise financeira, a controladora tem vendido os ativos de suas subsidiárias.
    A incorporação da Inepar energia tem como objetivo a venda da participação de 16% das Centrais Hidrelétricas Matogrossenses (Cemat) - R$ 203 milhões nas demonstrações financeiras da empresa. O grupo Rede (controlador da Cemat), é um comprador potencial que já adquiriu a participação da Inepar na Celpa, em 2002. Ademais, esta movimentação auxilia a empresa de máquinas e equipamentos na redução de seus custos, ao obter uma empresa geradora e distribuidora de energia.


    A montadora Hyundai anuncia construção de uma nova fábrica realizando aportes de US$150 milhões no país. O investimento será destinado à produção de máquinas de construção pesada, como escavadeiras, retroescavadeiras e carregadeiras. O destino escolhido para a construção da planta foi Itatiaia, no Rio de Janeiro, com perspectivas de conclusão até o final de 2012.

    A construção está sendo liderada pelo braço Hyundai Heavy Industries e auxiliará a crescente demanda da construção civil em toda América Latina, com produção anual próxima a cinco mil máquinas.

    A Hyundai quer trazer ao país, junto com sua fábrica, partes de seus fornecedores. Mas mesmo que essa decisão não se concretize, o Brasil tem capacidade de suprir cerca de 60% de sua produção, o que deixa de ser um impedimento para a construção da fábrica em qualquer instância. Desta forma, a unidade também deverá esquentar o mercado de auto-peças, que podem diversificar sua produção e ter mais independência das montadoras de veículos leves.

    O setor industrial foi beneficiado pelo pacote de medidas que objetiva estimular a produção nacional de máquinas e equipamentos na tentativa de incentivar o investimento e assegurar maior capacidade de atendimento à demanda.

    Dentre tais medidas, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) reduziu as alíquotas para 2% dos impostos de importação de 253 produtos de bens de capital, de informática e telecomunicações importados e não produzidos similarmente no país. Calcula-se que tais estímulos possam gerar investimentos de até US$ 2 bilhões, cifra 250% superior ao valor das importações de equipamentos atual (US$ 571 milhões). Também está sendo analisada a proposta do setor produtivo de acelerar a devolução de créditos tributários relativos a PIS e Cofins, que hoje é de 12 meses; bem como uma possível ampliação da oferta de crédito direcionado para fins de investimento.

    Com isso, o Governo espera coordenar as políticas industriais e de comércio exterior inclusas na segunda versão da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP). Orientação tomada em momento oportuno, uma vez que o setor produtivo nacional sofre com as condições desfavoráveis de câmbio tanto em virtude menores ganhos, em Reais, nas exportações, quanto pela perda de competitividade diante dos produtos importados relativamente mais baratos que os nacionais, assim como o encarecimento do crédito e restrição da demanda, resultantes das políticas contencionistas e macroprudenciais adotas pelo Governo Federal neste início de ano.

    Além da perda de competitividade vivida pelo setor nacional de Máquinas e Equipamentos em relação ao setor externo (tanto pela entrada facilitada bens no mercado interno, quanto pelas dificuldades em exportar sua produção em âmbito global), devido às consequenciais do Real sobrevalorizado, o setor terá que readequar suas perspectivas de vendas, sobretudo para o mercado externo, dado as novas diretrizes da política de comércio internacional propostas pela Governo.

    No dia 16 de fevereiro, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da Câmara de Comércio Exterior (Camex) emitiu uma resolução no Diário Oficial da União (válida até 30 de junho de 2012), que reduz para 2 % a alíquota dos impostos de importação de 408 tipos de máquinas e equipamentos.

    Mas, os efeitos não são apenas negativos para o setor; com tal resolução, as encomendas de bens de capital advindas do exterior, também, extremamente necessárias para expansão e modernização do setor, serão facilitadas, elevando as oportunidades de novos projetos de investimentos dentro deste. Segundo o MDIC, os investimentos previstos nos projetos beneficiados com a queda do imposto de importação somam US$ 2,1 bilhões. Os maiores investimentos ocorreram nos setores automotivo, gráfico e de bens de capital.

    A nova planta brasileira do maior conglomerado sul-coreano de máquinas e equipamentos se localizará em Americana (SP) cujo o valor do investimento é de cerca de R$ 100 milhões e terá capacidade de produzir até 2 mil máquinas por ano. Atualmente a escavadeira DX 225LCA, a campeão de vendas da Doosan, só pode ser adquirida por meio de importação num valor de R$ 385 mil.

    Com a expansão prevista do setor de construção civil, impulsionada pelas obras da Copa do Mundo do PAC 2 e pelo bom desempenho econômico alcançado no ano passado e vislumbrado para os próximos anos, o Grupo Coreano espera, uma vez integrada no mercado nacional, aumentar sua carteira de clientes e assim seu faturamento no Brasil.

    O novo endereço da multinacional só foi definido após a consolidação de um acordo firmado entre o Governo do Estado de São Paulo, Prefeitura de America e a empresa coreana. Neste acordo ficou estabelecido o diferimento de recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para compra dos equipamentos, além da doação do terreno de 162 mil metros quadrados. Não tão somente o acordo favorável, mas também o satisfatório aporte infraestrutural, de logística e a proximidade de centros técnicos de formação para a mão-de-obra, foram fatores que pesaram na decisão do local de construção.

    Os governos estaduais e federal estão se esforçando de sobremaneira para atrair industriais do segmento de base para suas localidades, uma vez que tal segmento é de vital importância para a economia, pois dele depende o processo produtivo de todos os demais as industriais, sendo de vital importância para a consolidação da economia nacional, além de estimular o mercado de trabalho dessas regiões. São cotados 70 projetos potenciais de novas empresas que desejam se instalar no Brasil, cuja a somatória de aportes atinge R$ 17,8 bilhões e a criação de cerca de 64 mil novos postos de trabalho.


    A Schneider Eletric, fabricante de equipamentos para o setor de energia e presente em mais de cem países, planeja aumentar sua participação nos países emergentes, com aquisição, em pontos estratégicos, de empresas de vários segmentos. Esses países já  representam 34% da receita anual da empresa de €15,8 bi registrados em 2009.

    Aqui no Brasil a Schneider aposta em novos produtos que permitam a ela absorver a demanda de setores que serão influenciados pela Copa do mundo e Olimpíadas, como petróleo, gás natural, mineração, siderurgia, cimento e saneamento. Com a aquisição da filial brasileira da Areva (uma das três maiores no segmento de distribuição e transmissão de energia), o quadro de funcionários aumentará 2,2 mil para 3 mil contribuindo para o aumento de mão-de-obra qualificada dentro da empresa. Ela projeta, ainda, investimentos na ordem de 5% de seu faturamento para a aérea de pesquisa e desenvolvimento ligados à eficiência energética e automação industrial, privilegiando a formação de eletricistas e treinamento de professores.

    Essas ações da Schneider visão sanar problemas estruturais no setor de maquinas e equipamentos, como escassez de mão de obra e a dependência do desempenho dos segmentos de infraestrutura - que, por sua vez, dependem de taxa de juro baixa e cambio desvalorizado. Porém, um problema que ainda persiste no setor é a elevada tributação e dependência de incentivos fiscais.

    A Medida provisória 501 ampliou a linha de financiamento do Programa de Sustentação de Investimentos (PSI) de R$ 124 bilhões para R$ 134 bilhões - com juros subsidiados pelo Tesouro Nacional (5,5% ao ano) e com prorrogação do prazo para contratação dos financiamentos de 31 de dezembro de 2010 para 31 de março de 2011.

    Na época da crise, o PSI tinha como objetivo estimular os aportes no setor de bens de capital e inovação tecnológica. No momento atual, setores como energia elétrica podem ser beneficiados com a ampliação do crédito. Os desdobramentos desse aumento de recursos para o BNDES, segundo o Tesouro Nacional, resultam numa maior margem de operação do programa por parte do Banco.

    Se no primeiro momento, o discurso oficial do governo corresponde a um discurso de maior tranqüilidade de atuação do BNDES, não se pode desconsiderar a idéia que o PSI tornou-se ferramenta importante na produção de bens pesados e, dessa forma, o setor não estaria ainda preparado para seguir sem atuação pública. As conseqüências da crise financeira no mercado de crédito internacional, em conjunto com a tendência de valorização do real (hoje o mercado fechou em R$ 1,72/US$, no ano passado fechou em R$ 1,79/US$), colaboram para uma possível conjuntura nebulosa para o setor sem esse incentivo do BNDES.


    A empresa de Máquinas e Equipamentos Caterpillar, que produz bens de capitais para fins industriais seriados, investirá US$ 180 milhões para expandir sua fábrica em Piracicaba (SP) e para a inaugurar uma outra fábrica em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba (PR). Os aportes previstos são de US$ 90 milhões para cada unidade.

    Os investimentos destinados à empresa do Paraná permitirão à empresa, no segundo semestre de 2011, a produção de retroescavadeiras e de carregadeiras de rodas de pequeno porte.,. Este fato transferirá a produção destas máquinas do interior paulista para Campo Largo, o que possibilitará um aumento de produção na unidade de Piracicaba (SP). A nova fábrica da empresa será capaz de gerar 1000 empregos quando estiver operando em sua plena capacidade. A proximidade com o Porto de Paranaguá e a presença de importantes fornecedores na região foram fatores decisivos para a instalação nas proximidades da capital paranaense.

    Dado que o setor de bens de capital é extremamente dependente de financiamentos, os desembolsos do BNDES são um forte indicativo do aumento na demanda. A expectativa de crescimento da economia nacional e as perspectivas de grandes eventos no Brasil, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, abrem boas possibilidades para o setor.

    Investimentos em construção de fábricas de máquinas são sempre sinais de prosperidade da economia e da disponibilidade interna de crédito uma vez que as vendas do setor são intensivas em financiamentos. Soma-se a isso às boas perspectivas que grandes eventos como a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 apresentam aos setores intensivos em máquinas e por conseguinte no próprio setor de bens de capital.


    Na última reunião do Comitê Executivo da Gecex, realizada em 5 de agosto, foram aprovadas cinco resoluções que beneficiam o setor Aéreo, bens de capital, papel e celulose.

    A Resolução n° 55 modifica a tributação da tarifa externa comum relacionada a produtos importados do setor aéreo. Não há mais imposto de importação (alíquota do II) para aquisição de aeronaves, de peças destinadas a fabricação, manutenção, modificação ou industrialização das mesmas. Outra Resolução aprovada é a de n° 53, que reduz o imposto para importação de bens de capital - a alíquota que era de 14% cai para 2%. Houve também diminuição do imposto de importação para ex-tarifários - mecanismo de redução temporário de custo na aquisição de bens de capital - até 30 de junho de 2012. Dentre os setores que obtiveram maiores participações foram o gráfico, papel, celulose e petroquímico.

    As resoluções aprovadas beneficiam as importações de produtos essenciais para maiores desdobramentos econômicos. Se numa análise superficial entende-se que há um ônus para a indústria nacional, num raciocínio mais sistêmico fica evidente que a decisão da Camex beneficia a produção nacional, pois o crescimento da economia real demanda recursos que, muitas vezes, dependem da importação devido à oferta insuficiente.


    A Medida Provisória 418 autorizou a opção do drawback na produção de máquinas e equipamentos pesados, destinados ao mercado doméstico. Este regime de aquisação de insumos produtivos no exterior é fundamentalmente direcionado ao setor exportador nacional, no entanto, as necessidades de investimentos significativos em infra-estrutura e a maior concorrência internacional no mercado brasileiro (advindo da moeda valorizada) fizeram com que o Governo recuasse nas restrições impostas desde 2005. Naquele momento, a Receita Federal entendeu que o regime de drawback poderia ser apenas utilizado por empresas públicas, com base na Lei de Licitações. Assim, foi imposta multas para aquelas empresas que se utilizaram deste artifício no período de 1994-2005.
    Foram suspensas as multas da Receita Federal através da MP, além de garantir tanto às empresas públicas como as privadas do setor de máquinas e equipamentos pesados a possibilidade de compra de insumo no exterior sem incidência de impostos de importação, mantendo obrigatório apenas o pagamento daqueles sobre o produto final. A medida viabilizaria investimentos contidos desde 2005, principalmente no setor de energia, que, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), gira em torno de R$ 10 bilhões.
    O setor de máquinas e equipamentos pesados vivencia um momento delicado em seu mercado, a medida em que a concorrência asiática já adquiriu know-how suficiente para ingressar no mercado nacional, com o agravante de possuírem maior capacidade de atendimento das encomedas, em função de sua grande escala produtiva. Medidas como a legalização do drawback voltado ao mercado interno contribuem para que o setor consiga absorver as oportunidades vindas de insumos importados mais baratos e contornar gargalos em sua cadeia produtiva, quando atendida por fornecedores nacionais. Desta forma, o volume de investimentos em infra-estrutura poderá ser atendido por uma oferta nacional mais competitiva, menos responsável por elevações dos preços industriais, uma vez que a escassez de insumos seria minimizada.
     


    Foi anunciado pelo Governo Federal, no último dia 12, a nova política industrial, intitulada Plano de Desenvolvimento Produtivo. O plano tem três bases estratégicas de atuação, como o de consolidar e expandir lideranças internacionais, fortalecer a competitividade, além de esforços em áreas estratégicas. As medidas carregam consigo metas de ampliação da participação brasileira no comércio internacional, maiores investimentos em pesquisa e desenvolvimento e barateamento do crédito para a ampliação dos aportes industriais.
    Para o setor de máquinas e equipamentos, o programa incide na necessidade de se ampliar o nível médio da capacidade produtiva de seu heterogêneo parque industrial. As medidas vieram em um momento delicado para o setor, tanto do ponto de vista empresarial como de sua interação no contexto macroeconômico.
    Sob a ótica dos negócios, as medidas de estímulo ao avanço tecnológico têm em vista a defesa e ampliação dos mercados doméstico e internacional. O cenário concorrencial do setor de máquinas e equipamentos é de difícil atuação, onde a produção asiática é virtualmente imbatível em ferramentarias de menor valor agregado, ganhando também em sua escala produtiva. Para aqueles mais sofisticados, a produção européia e norte-americana são os destaques. O foco para a indústria brasileira, apoiada pelas medidas anunciadas no Plano, é de tornar-se mais representativa na segunda categoria de bens, diferenciando-se pela qualidade, rápida entrega e bom suporte pós-venda para seus clientes. Desta forma, as metas de ampliação dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, de 1,32% do faturamento líquido para 2%, vem ao encontro com estratégias veladas pelo setor.
    No contexto macro, a capacidade produtiva do setor é importante para que o aquecimento do mercado interno seja atendido, fundamentalmente, pela produção nacional. Desta maneira, combate-se as pressões inflacionárias vindas da indústria como um todo, além de minimizar a dependência sobre as importações para o controle interno dos preços – com as encomendas de bens de capital pressionando menos o saldo comercial.
    As medidas anunciadas procuram alinhar setores fundamentais, como o de máquinas e equipamentos, à proposta de desenvolvimento sustentado na ordem de 5% a.a., com o objetivo de os estímulos vindos dos gastos do Governo – em especial através do PAC – e das famílias – com o aumento da renda e crédito – não gerarem um colapso de oferta, provocando surto inflacionário e desequilíbrios comerciais agudos. Quanto à participação no mercado internacional, no caso do setor de maquinaria, o objetivo será manter a posição de destaque que o parque industrial brasileiro ainda mantém, apesar de sua degradação relativa nos últimos anos.