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    A fabricante chinesa de eletrônicos Hisense anunciou no último dia 28 de junho/2024 que começará a produzir televisores e aparelhos de ar condicionado no Brasil em cooperação com as fábricas da Multi (MLAS3, antiga Multilaser) e da Friovix em Manaus (na respectiva Zona Franca do país). A gigante anuncia que, ademais da fabricação local já em andamento e voltada à distribuição futura, que também entrará no mercado brasileiro por meio de produtos da linha branca importados.

    No evento de lançamento da marca para o mercado local, a Hisense — fundada em Qingdao / China, há 55 anos — afirmou ser a segunda maior exportadora de TV da Europa e dos Estados Unidos; além de ter admitir que “demorou um pouco para entrar no mercado brasileiro”. De toda forma, convém destacar que o maior interesse de grandes marcas extrangeiras no período recente em direção ao Brasil e outros países da América do Sul; e, dentre essas, sobretudo asiáticas, insere-se em um contexto cada vez mais recursos instalados em dispositivos domésticos inteligentes, desde produtos da linha branca até TVs. E nesse contexto, particularmente, a China possui vantagens competitivas de relevo devido à sua cadeia de produção mais completa.

    Exemplificando o caso apenas de televisores, a Hisense e seu principal rival chinês, TCL destacam-se com fortes linhas de TVs inteligentes. E segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o número de domicílios que utilizam televisão para acessar a Internet no Brasil passou de 13 mil domicílios em 2016 para 151 mil domicílios em 2022. Durante o ano amostral, 43,4% dos domicílios com televisão tinham acesso a um serviço de streaming.

    Conforme Matjaz Cokan, vice-presidente da Hisense Brasil, atenta: “(...) Esse é o momento para nós, agora lançando produtos nacionais, televisão e ar-condicionado”. Com enfoque prioritário no consumo local, o executivo afirma que, atualmente, o foco da produção no Brasil é alimentar o próprio mercado, embora a empresa venda produtos em outros países da América Latina.

    Por outro lado, e, considerando que o mercado de eletrodomésticos e eletroeletrônicos caracteriza-se como um mercado de altos e baixos, observa-se que a Hisense chega no Brasil em um momento de agravamento da crise no varejo, agravada pelas fraudes na Americanas (AMER3) e pelos recentes desdobramentos do pedido de recuperação extrajudicial da Casa Bahia (BHIA3). E, talvez, por essa razão, a fabricante chinesa não tenha divulgado, ainda, previsões de produção para o Brasil ou a escala de investimentos em linhas de produção locais

    Analista Responsável Thais Virga


    De acordo com últimos dados divulgados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, destaca-se um crescimento de 1,7% no volume de vendas no varejo geral do País em 2023, sinalizando um desempenho superior a 2022. Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos: “No ano anterior, o resultado havia sido de 1,0% de crescimento, portanto, em 2023, observamos um resultado maior que em 2022, mantendo a tendência de 6 anos consecutivos de crescimento. Também setorialmente, falando em varejo ampliado, observamos uma disseminação de resultados positivos, com apenas 4 das 11 categorias no campo negativo”.

    E dentre os principais destaques setoriais avaliados na pesquisa PMC, estão os eletrodomésticos no ano. A saber, levando em conta que o varejo de móveis e eletrodomésticos apresentou alta de 1% no acumulado do ano de 2023 ante 2022 (após ter recuado 6,7% em 2022 comparativamente a 2021), observa-se que a alta foi puxada exclusivamente pelo setor de eletrodomésticos, ao mostrar expansão de 5,1%; já que, por outro lado, quanto às vendas no varejo de móveis, 2023 evidenciou queda de 5,2% no acumulado do ano.

    Comparando o volume de vendas de eletrodomésticos no varejo em 2023, a pesquisa também mostrou que os últimos três meses do ano mostraram distintos movimentos em relação aos mesmos meses de 2022, e isso: crescendo 2,6% em outubro e 6,9% em novembro; mas, encerrando o ano com recuo de 2,1% em dezembro de 2023.

    A Lafis recentemente atualizou o relatório setorial das linhas branca, marrom e portáteis, estimando resultados positivos tanto no que respeita à produção industrial do setor; quanto o respectivo faturamento nominal a partir do curto prazo.

     Analista Responsável Thais Virga

     


    Conhecida no contexto comercial como um dia de grandes promoções e descontos oferecidos por lojas e varejistas, a Black Fiday no Brasil ocorre no dia 24 de novembro e prevê melhoras vendas para segmentos importantes de eletrodomésticos e eletrônicos. Mais que uma data de promoções, essa é também reconhecida por marcar o início da temporada de compras natalinas.

    Em recente pesquisa da Linx em parceria com o Reclame Aqui, e divulgada na Exame, no último dia 20 de novembro, ressaltou-se  que 62% dos varejistas entrevistados tem a expectativa de vender mais na Black Friday em 2023 do que na do ano passado. Já cerca de 26% dos comerciantes consultados acreditam que a média de vendas permanecerá a mesma.

    De acordo com a pesquisa Linx/ Reclame Aqui, ademais de lojas físicas e do e-commerce, o WhatsApp e as redes sociais foram destacadas como canais de vendas que tiveram mais investimento por parte dos varejistas. E quanto às intenções de compra, as quais poderão beneficiar o setor de linha bramnca, marrom e portáteis até o final deste ano, essas são lideradas, segundo eà mesma pesquisa, por: smartphones, eletrodomésticos de linha branca, eletrônicos, roupas e calçados.

     

    Analista Responsável Thais Virga

     


    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    A última sondagem conjuntural referente ao mês de outubro para o setor de eletrônicos traz preocupações não só para o restante do ano, mas também para 2023. Os temores das indústrias do setor concentram-se nas dificuldades na aquisição de insumos produtivos.

    Nesta última sondagem, 48% das empresas relataram dificuldades para a compra de componentes ou de matérias-primas, número pouco inferior ao observado na sondagem anterior, quando metade das empresas relataram essa dificuldade. A queda marginal mensal ainda deve ser observada com pouco entusiasmo pelo elevado patamar de firmas com dificuldades.

    Quando a análise é feita para semicondutores, o número de empresas que relataram dificuldades na sua aquisição aumenta para 61%. O número retrata aumento de 2% na comparação com o mês anterior, o que enseja uma demora maior para que o fornecimento desse insumo se normalize.

    A propósito, a normalização de fornecimento de semicondutores está prevista para 2023, segundo essa mesma sondagem conjuntural. 61% dos entrevistados acreditam em normalização em 2023 (33% no primeiro trimestre e 28% no segundo trimestre); 5% acreditam que a normalização ainda virá em 2022; por fim 15% acreditam na normalização apenas a partir de 2024.

    Dentro deste cenário, a Lafis acredita que o setor de eletrodomésticos terá um 2023 com desafios importantes até pela crença de que, caso haja normalização no fornecimento de insumos, esta ocorrerá no melhor cenário a partir do segundo semestre de 2023.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    Um primeiro semestre bastante aquém do desejável. É assim que podemos interpretar os dados disponíveis para o setor de eletrodomésticos no Brasil. Analisando os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), o setor acumula queda de 10,8% no ano e 17,0% em 12 meses. O que podemos esperar para o segundo semestre?

    Há esperanças e aflições no cenário prospectivo.

    Começando pelas aflições setoriais, a Lafis acredita que a crise de componentes eletrônicos – chips e microchips – continuará no restante do ano. Além da falta do insumo impactar na produção, a escassez aumenta o preço, gerando inflação setorial. 

    Por outro lado, as esperanças estão concentradas em dois fatores: o início do 5G e a Copa do Mundo de Futebol nos meses de novembro e dezembro.

    O início do 5G mesmo que restrito ainda a algumas cidades e regiões metropolitanas podem estimular a compra de aparelhos celulares compatíveis com a nova tecnologia. Já a Copa do Mundo de Futebol normalmente estimula os brasileiros a comprarem televisões para poderem assistir ao evento nos seus lares.

    Em suma, a Lafis acredita que a produção e as vendas não devem se recuperar totalmente do tombo do primeiro semestre; por outro lado, os preços mais elevados devem contribuir positivamente para o faturamento nominal do setor.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    A pandemia do novo coronavírus não foi capaz de frear a indústria eletroeletrônica brasileira; pelo contrário, ela pode ter sido uma das responsáveis pelo bom momento do setor. Prova disto é que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do setor está acima de 50 pontos (o que indica otimismo) há 21 meses.

    A sondagem de conjuntura realizada no mês de março de 2022 complementa o bom momento vivido pelo setor no país. 

    Neste levantamento, 65% das empresas indicaram crescimento nas vendas/encomendas na comparação com igual período de 2021; esse mesmo percentual foi observado na comparação com o mês imediatamente anterior. Ambos os números mostram que o setor apresenta melhoras conjunturais.

    Outro indicador importante é o uso da capacidade instalada. Se em fevereiro de 2022 o uso da capacidade instalada estava em 76%, em março houve aumento de 2 pontos percentuais no uso, atingindo 78%.

    No entanto, há dificuldades principalmente na aquisição de matérias-primas, com destaque para semicondutores. Na sondagem de março de 2022, 58% das empresas reportaram dificuldades na aquisição de componentes e matérias-primas – 6 pontos percentuais acima do que havia sido reportado em fevereiro de 2022. Quando se analisa o caso específico de semicondutores, 73% das empresas que utilizam esse produto na produção reportaram dificuldades na aquisição do item.

    Por fim, o conflito no Leste da Europa traz preocupações adicionais. Grandes produtores de paládio e gás neônio – essenciais para a produção de chips – Rússia e Ucrânia devem reduzir a oferta destes produtos; 31% dos entrevistados acreditam que o fornecimento indireto deverá ser afetado, aumento de 6 pontos percentuais na comparação com o mês anterior.

    Ao que parece, as preocupações conjunturais com relação aos lockdowns na China e com relação ao conflito europeu são menos intensas do que o otimismo setorial, de modo que o setor mantém boas expectativas para o restante do ano. Este fato pode ser corroborado pelo fato de que 62% das empresas projetarem crescimento em relação a 2021.
       
    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    O ano de 2022 inicia-se com um problema árido para o Governo Federal solucionar: a operação padrão ou operação tartaruga dos servidores da Receita Federal. Insatisfeitos com a aprovação do Orçamento de 2022, que prevê aumentos apenas para as carreiras miliares, os auditores da Receita Federal implementaram esta operação – enquanto ela vigorar, os auditores são mais rigorosos na inspeção de documentos e mercadorias, aumentando o tempo de operações tanto de importações como de exportações.

    Qual é o tamanho do impacto que esta situação traz para o setor de eletrodomésticos?

    35% das empresas relataram que estão tendo dificuldades por conta da operação padrão, enquanto 58% dizem não sofrer – 7% não fazem importações. Daqueles que relataram dificuldades, 31% apontam o atraso na liberação/fiscalização das cargas como o maior entrave; 16% apontam atraso no recebimento de insumos, o mesmo percentual daqueles que apontam atraso no recebimento do produto.

    As principais consequências para a indústria do setor são atrasos na produção e atrasos nos prazos de entrega (reportado por 29% cada), e aumento no custo de importação (20%). Obviamente que a situação, se perdurar, trará dificuldades para a indústria de eletrodomésticos uma vez que haverá falta de insumos, além do aumento no custo das importações que poderá ser repassado aos consumidores finais.

    Embora a última pesquisa CNI mostre que os empresários do setor estão otimistas – este indicador vem desde agosto de 2021, sinalizando aumento no otimismo – a operação padrão pode fazer com que este sentimento se converta em pessimismo nos próximos meses. 

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    A indústria eletroeletrônica é uma daquelas que não pode reclamar da pandemia. Com a adoção de medidas de isolamento social, o estudo e o próprio trabalho passaram a ser realizados em casa (home-office) o que fez aumentar a demanda por produtos do setor. Mesmo após os piores momentos do isolamento, o setor continua a crescer. 

    Analisando os dados acumulados entre os meses de janeiro e julho, a produção industrial do setor aumentou 15,7% na comparação com o mesmo período de 2020. Este período, no entanto, é marcado pelos piores momentos da pandemia (abril a junho de 2020) que marcaram o fechamento ou a redução da atividade industrial, prejudicando a análise. Para uma avaliação mais precisa, devemos comparar o período em questão com o mesmo período de 2019: neste caso, o crescimento é de 2,4% - evidenciando o bom momento do setor mesmo após os piores meses da pandemia. 

    As perspectivas para o setor continuam favoráveis para o restante do ano, embora haja problemas no fornecimento de matérias primas e componentes (principalmente os semicondutores); isto tem provocado inflação setorial, além de provocar atrasos na produção e entrega ao consumidor final. Destaca-se também a crise hídrica que também pode afetar a produção no restante do ano. 

    Diante deste cenário, é possível vislumbrar um 2021 melhor do que foi 2019, último ano antes da pandemia. Contudo, devemos manter a atenção sobre a cadeia de insumos do setor além dos desdobramentos crise hídrica, seja no preço da energia (inflação de custo), seja em eventuais racionamentos e, consequentemente, paralisação da produção. 

    Analista Responsável: Marcelo Balloti Monteiro

    O setor de eletrodomésticos brasileiro é mais um setor industrial que está sofrendo um choque negativo de oferta. Sondagem com os principais players do setor apontam que a escassez de matérias primas no mercado, elevação do preço dos fretes internacionais e a desvalorização cambial são responsáveis pelo aumento do custo de produção.

    Com 69% das empresas associadas a ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) reportando dificuldades na aquisição de componentes e matéria prima no mês de abril, inverte-se a trajetória de queda observada no mês anterior. Dentro deste contexto, 58% das empresas reportaram dificuldades em obter componentes eletrônicos vindos da Ásia como a maior dificuldade. Este fato não surpreende dado o direcionamento dos produtores, principalmente chineses, para atender à demanda doméstica o que tem diminuído a oferta para o mercado internacional.

    Apesar das dificuldades e da quarta queda seguida no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador permanece acima dos 50 pontos (53,4) indicando confiança do empresariado no setor industrial. Ademais, 78% dos empresários esperam crescimento do faturamento no mês de maio comparativamente ao mesmo período de 2020; ressalva-se que maio de 2020 foi um mês atípico por conta das medidas de contenção da pandemia do novo coronavírus.

    As expectativas positivas crescem quando se analisam os dados para o primeiro semestre do ano e para o ano como um todo, sempre ressalvando a base frágil de comparação. No primeiro semestre de 2021, 85% dos empresários aguardam expansão de vendas e apenas 3% esperam queda; já as perspectivas para 2021 como um todo, o otimismo ainda é maior. 86% dos empresários acreditam que haverá crescimento e 13% que haverá estabilidade dentro do setor.

    A Lafis corrobora com este otimismo no setor de eletrodomésticos vislumbrado pela associação do setor. A nova realidade do país com a pandemia valorizou a residência e o trabalho em casa o que aumentou a demanda por produtos do setor. Embora haja grandes chances de retorno à normalidade após a vacinação, muitos continuarão a ter seu dia a dia mais conectados a seus lares o que deve manter o aquecimento do consumo pelos produtos do setor. 

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    A pandemia do novo coronavírus definitivamente mudará o modo como a humanidade vive. Novas formas de trabalho, de estudo, de convivência serão criadas ou aperfeiçoadas; outras serão eliminadas. A destruição criativa, de Joseph Schumpeter, será mais uma vez a força motriz do progresso. Esta metamorfose que as sociedades passarão, deverá afetar decisivamente o setor de eletrodomésticos.

    Em um primeiro momento, a crise sanitária aumentou a preocupação da população com relação às questões ligadas a higiene e as empresas do setor investiram pesadamente em lançamentos que priorizem tais questões com vistas a proteger a sociedade. Mesmo com o fim da pandemia, esta é uma tendência que deve permanecer.

    Também decorrência da pandemia, muitas pessoas passaram a estudar e/ou trabalhar nas suas residências – o famoso home office – o que fez aumentar a demanda por eletrodomésticos. A permanência nos seus domicílios fez com que as pessoas preferissem aqueles produtos mais econômicos com relação ao consumo de energia, algo que as produtoras de eletrodomésticos estão procurando atender. 

    Com relação à permanência ou não do trabalho remoto, em um primeiro momento as pessoas tendem a trocar alguns eletrodomésticos que possuía por outros mais eficiente, mais novos; contudo estas compras, uma vez feitas, não se repetirão no curto prazo. Portanto, podemos observar uma demanda mais aquecida no curto prazo com relativa normalização no médio e longo prazo – nos períodos mais longos de tempo, as compras são mais impulsionadas pelos lançamentos de novos produtos do que pela necessidade de uso.

    O cenário prospectivo para o setor de eletrodomésticos é positivo. A demanda deve manter-se aquecida seja pelas pessoas que estão trabalhando em suas casas, seja para aqueles setores que voltaram para seus ambientes de trabalho e que também demandam grande quantidade de produtos do setor. Caso a economia consiga acelerar-se mais rapidamente e absorver uma quantidade maior de desempregados, o setor de eletrodomésticos pode apresentar resultados ainda mais satisfatórios.

    Analista Responsável Marcelo Balloti Monteiro

    De acordo com a divulgação da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) elaborada pelo IBGE, a produção industrial apresentou um crescimento de 7% em maio em relação a abril. Já a produção da indústria elétrica, que abrange a produção de eletrodomésticos, apresentou uma alta de 13,2%. 

    De acordo com uma pesquisa realizada pelo Movimento Compre&Confie em parceria com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce brasileiro faturou 56,8% a mais de janeiro a maio de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, Dentre as três categorias que registraram maior crescimento, destaca-se o crescimento da categoria: Eletroportáteis, com 85,7% e faturamento de R$ 1,0 bilhão. Já com um crescimento um pouco menor, mas ainda bastante expressivo, a pesquisa revelou um crescimento de 51% na categoria de Eletrodomésticos, com um faturamento de R$ 4,2 bilhões.

    Os resultados preliminares de junho para o comércio varejista do setor de linha branca, marrom e portáteis também são positivos, segundo o Boletim Cielo, que apresenta o impacto da crise do Covid-19 no faturamento nominal do varejo, na semana, de 21 a 27 de junho, enquanto o grupo de móveis, eletro apresentou um crescimento de 3,5% em relação ao mesmo período de 2019, o varejo total apresentou uma queda de 24,1%. 

    À medida que a pandemia se estende, e o isolamento social continua sendo recomendado pelas autoridades, as pessoas acabam revendo suas necessidades, as mudanças de hábitos dos consumidores durante esse período, tendem a favorecer a elevação da demanda de eletroportáteis, eletrodomésticos, itens de que facilitam o dia a dia no lar e torne-o mais aconchegante. O crescimento para satisfazer as novas necessidades do consumidor brasileiro durante o período de quarentena, sobretudo das classes AB, deve minimizar a queda da receita e produção do setor de linha branca, marrom e portáteis em 2020.

    Especialista do Setor Laís Soares.

    A produção de eletrodomésticos no País, de janeiro a dezembro de 2019, apresentou um crescimento de 10,6% em relação ao que havia sido observado em igual período de 2018. Vale ressaltar que a produção industrial do setor ficou muito acima da média da produção industrial geral, que apresentou uma queda de 1,1%.

    Nessa mesma base de comparação, a produção industrial de linha branca apresentou um crescimento de 10,5%, e o segmento de portáteis apresentou um crescimento de 10,1%. Por outro lado, a produção industrial do segmento de linha marrom apresentou uma leve variação de 0,5%.

    Em dezembro de 2019, a produção industrial do segmento de linha branca apresentou uma queda de 2,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto os segmentos de portáteis e linha marrom apresentaram um crescimento de 25,4% e 21,7%, respectivamente. Dessa forma, a produção industrial de eletrodomésticos em dezembro terminou com um crescimento de 5,2% ante dezembro de 2018.

    A produção de linha branca, que sofreu uma forte retração durante o período da crise, vem apresentando uma maior expansão, uma vez que, com a retomada gradual da confiança do consumidor, houve uma expansão da demanda. Entretanto, a produção do segmento está muito abaixo da média histórica. 

    A produção industrial de Fabricação de Fogões, Refrigeradores e Máquinas de Lavar (linha branca) em dezembro de 2019 apresentou uma queda de 13,3% em relação ao nível de produção do segmento em dezembro de 2013, ou seja, a produção da linha branca não atingiu o patamar anterior à crise.

    Por outro lado, nessa mesma comparação, a produção de portáteis apresentou um crescimento de 11,7%. Esse desempenho, contrário à média da indústria (-14,5%) está relacionado ao fato de que o segmento abriga a produção de bens de menor valor agregado. A indústria do segmento de portáteis apresentou diversos lançamentos para atender as novas necessidades do consumidor moderno, além disso, estima-se que tenha havido uma expansão da demanda devido ao uso de aparelhos domésticos utilizados para a produção doméstica de produtos para vendas informais, tais como os: bolos de pote, docinhos, pães, etc.

    Analista do Setor Laís Soares.

    De acordo com os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (IBGE), o volume de vendas no varejo do segmento Eletrodomésticos apresentou uma queda de 1,5% nos primeiros sete meses de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado foi contra a tendência do varejo geral, que apresentou um crescimento de 1,2%.

    As dificuldades para a retomada das vendas estão relacionadas a diversos fatores, vale destacar: perda do poder de compra das famílias pelo elevado nível de desemprego, aumento da informalidade, que tradicionalmente apresenta uma remuneração abaixo da média nacional, e maior endividamento das famílias.

    De acordo com a última divulgação da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias com dívidas alcançou 64,8% em agosto de 2019, o que representa uma alta em relação aos 64,1% de julho de 2019, os aumentos mensais foram consecutivos este ano, e em agosto o índice atingiu o maior nível de endividamento desde julho de 2013. Em agosto do ano passado, o nível de famílias endividadas era de 60,7%.

    O Governo Federal anunciou recentemente a liberação de recursos das contas do PIS/Pasep e do FGTS para estimular o consumo nos últimos quatro meses do ano, estima-se que ocorra R$ 30 bilhões em saques. As estimativas da CNC é que R$ 13,1 bilhões serão gastos no comércio (R$ 9,6 bilhões) e nos serviços (R$ 3,5 bilhões), além de R$ 12,2 bilhões (40% do total) que serão utilizados pelos consumidores para reduzir o endividamento e R$ 4,7 bilhões (16% do total) que deverão ser poupados ou consumidos apenas em 2020.

    As lojas especializadas nas vendas de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,7 bi) devem estar entre os segmentos mais beneficiados, de acordo com as estimativas da entidade.

    Assim, a Lafis espera que o setor apresente um crescimento no terceiro e quarto trimestre de 2019, o que deverá contribuir para um fechamento positivo ao final de 2019.

    Analista do Setor: Laís Soares.

    De acordo com a Pesquisa Indicador Movimento do Comércio, elaborado a partir da quantidade de consultas à base de dados da Boa Vista, o desempenho do varejo do setor de “Móveis e Eletrodomésticos” apresentou queda de 2,1% em março, na comparação com ajuste sazonal. Nos dados sem ajuste, o acumulado em 12 meses avançou 0,3%. Enquanto isso, as vendas no varejo geral em todo o Brasil, na comparação mensal dessazonalizada, registraram queda de 0,5% em março. Na avaliação acumulada em 12 meses, o indicador subiu 1,4%.

    Enquanto isso, a atividade do setor de “Supermercados, Alimentos e Bebidas” registrou no acumulado em 12 meses, um crescimento de 2,1%. Já a categoria “Combustíveis e Lubrificantes” e “Outros artigos do varejo” apresentaram um crescimento de 1,2% e 2,4%, respectivamente.

    Na comparação com os demais setores, a categoria “Móveis e Eletrodomésticos”, juntamente com a categoria de “Tecidos, Vestuários e Calçados” (-0,8%) apresentaram os piores desempenho em 12 meses, de acordo com a Pesquisa da Boa Vista.

    Por fim, os resultados do indicador revelam a continuidade de um movimento lento de recuperação do consumo de eletrodomésticos no País, assim como dos produtos relacionados ao varejo da moda, dada suas características de bens considerados não essenciais. Tendo em vista o movimento fraco da demanda dessas categorias a retomada mais consistente da produção industrial destes setores deverá ser postergada para o próximo ano. Apesar da expansão do crédito no País, o consumidor ainda está cauteloso diante do cenário de elevado desemprego e maior restrição orçamentária.

    Especialista do Setor Laís Soares

    De acordo com os dados da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, o resultado do volume de vendas de eletrodomésticos no varejo em agosto indicou uma trajetória de crescimento mais acelerada para o setor. O segmento apresentou um crescimento de 18% em relação a agosto do ano passado, enquanto o volume de vendas do comércio varejista nacional atingiu um crescimento de 3,6% na mesma comparação.

    No acumulado do ano, o segmento apresenta um crescimento de 8,6% em relação ao mesmo período de 2016, enquanto o varejo nacional acumula um módico crescimento de 0,7%. Todavia, vale ressaltar, a frágil base comparativa do varejo de eletrodomésticos em 2016.

    Desde maio, os resultados do varejo de eletrodomésticos apresentaram um crescimento consecutivo, ancorados pelos recursos decorrentes dos saques nas contas inativas do FGTS geraram um efeito multiplicador positivo nas vendas do comércio varejista brasileiro entre os meses de março e julho, além do plano do Governo Federal de interromper o sinal de TV analógica em todo o País ao longo de 2017, que tem influenciado os consumidores a comprar televisores com tecnologia digital para poder acompanhar a programação da TV.

    A Lafis estimava no primeiro semestre um crescimento de 1,6% e 2,8% para o faturamento do setor de linha branca, marrom e portáteis para o biênio 2017 e 2018. Todavia, vale ressaltar que o movimento observado nos últimos meses ficou acima das expectativas no mercado, o que deverá corroborar para um melhor resultado do setor em 2017.

    Vale considerar, algo pouco destacado, o novo perfil do consumidor sênior, um público com maior potencial de consumo a ser explorado no varejo de eletrodomésticos, segundo Pesquisa da Kantar Worldpanel, os chamados millennials de 65 anos. Esse público está de olho na transformação digital, em busca de uma tecnologia que simplifique seu dia-a-dia, e trata-se de uma população independente, com baixo nível de endividamento, e com renda per capita mais alta e disponível para consumo.

    Especialista do Setor: Laís Soares.


    Redes de varejo informaram ontem que as fabricantes Samsung e LG propuseram reajustes de 2% a 7% em produtos de áudio e vídeo (linha marrom) a ser negociados nos contratos já a partir do mês de janeiro. A escalada do dólar nos últimos meses de 2014, com elevação no preço de componentes, teria pesado nos custos e as empresas dizem que precisam repassar parte do impacto às lojas. Nesse caso, trata-se de recomposição de margem. "A área comercial já foi sondada por dois fornecedores de móveis e dois de televisores, mas não colocaram na mesa um pedido de aumento. Não há muito espaço para reajustar tabela hoje. Vai ser uma briga boa", diz o diretor de uma varejista. As redes observam que o cenário de consumo ainda enfraquecido inviabiliza reajustes de preços da indústria, e poderia levar a perda de participação de mercado das marcas.

    Foi apurado que a Whirlpool (Brastemp e Consul) teria entrado numa queda de braço com a Via Varejo (Casas Bahia, Ponto Frio), meses atrás, por conta de reajustes em linha branca (como refrigerador, lavadora de roupa) que não foram aceitos, inicialmente, pela rede. Esta teria reduzido a compra de linhas da Brastemp e Consul no segundo semestre, gerando mal-estar entre as partes. 

    Esses fatos mostram algumas tendências desenhadas para 2015, cujas vendas devem reduzir e serem acompanhadas de aumentos de preços para manter a lucratividades dos fabricantes (em especial a Whirlpool), os quais possuem um poder de barganha que choca-se também com a capacidade de negociação da Via Varejo, que não é desprezível. Acredita-se que os reajustes nos preços dos eletrodomésicos por conta da variações cambiais não sejam tão severos devido às negociações dos oligopólios envolvendos os fabricantes e varejistas, as quais devam encaminhar-se para um consenso equilibrado (o aumento dos preços não serão baixos, mas também não serão altos). Cabe destacar que muitos estabelecimentos comerciais já realizaram muitas compras em 2014 para ter em estoque produtos que não sofreram com o aumento do dólar, o que coloca ele na posição de não aumentar os preços, porém, isso não deve durar muito. 

    Analista do Setor: Francisco Lira


    Samsung e LG desistem de novas fábricas de eletrodomésticos no Brasil

    Marcas alegam questões de mercado após 2014 abaixo das expectativas para a Linha Branca. As gigantes coreanas Samsung e LG, que continuam a importar produtos para o país, chegaram a anunciar novas fábricas dedicadas à linha branca no interior de São Paulo em 2011, mas desistiram dos projetos no ano seguinte. A unidade da LG ficaria em Paulínia, enquanto a da Samsung estava prevista para Limeira. A fábrica de Paulínia, por exemplo, exigiria um investimento de até R$ 1 bilhão, segundo fontes de mercado. A LG afirma que o projeto foi cancelado, enquanto a Samsung diz que a fábrica de linha branca no Brasil ainda não é totalmente carta fora do baralho. "O projeto de Limeira foi engavetado por questões estratégicas e mercadológicas, mas continua em análise", disse o diretor de produtos para o lar da Samsung, Adelson Coelho. 

    Essas grandes empresas de eletroeletrônicos expuseram uma das principais razões para postergar os investimentos, as perspectivas baixas de crescimento para o setor de linha branca por conta da conjuntura macroeconômica cheia de dificuldades, mas é preciso atentar-se para outro fator do mercado brasileiro: a grande concentração de mercado no setor de linha branca. A produção de geladeiras, máquinas de lavar e fogões tem participação expressiva de duas empresas, a Whirlpool e a Eletrolux, o que torna extremamente complicado inserir-se nesse nicho de mercado brasileiro. No entanto, destaca-se que a LG já mencionava a possibilidade de entrar nessa área ao explorar um público de maior renda e hábitos mais sofisticados, porém, uma conjuntura econômica pouco favorável traz dificuldades adicionais para um investimento ter sucesso, o que explica parte da tal desistência da LG e Samsung. 

    Analista do Setor: Francisco Lira


    A 4ª Vara Cível de São Carlos (SP) aprovou o pedido de recuperação judicial da fabricante de eletrodomésticos Latina. O passivo sujeito a recuperação é de R$ 50 milhões. A expectativa é que a companhia apresente uma proposta para o pagamento aos credores em um prazo de 50 dias. Fundada em São Carlos, em 1994, a Latina fabrica lavadoras, secadoras de roupa, bebedouros, purificadores de ar e ventiladores de teto. De acordo com a companhia, seus produtos estão presentes em 6 milhões de domicílios no Brasil. Ao todo, ela emprega 170 funcionários diretos e gera aproximadamente 500 empregos indiretos. Segundo Julio Mandel, advogado da companhia, as operações continuam normalmente enquanto o processo de recuperação é executado.

    A recuperação judicial é uma caracterísitica do direito civil inerente à lei de falências que permite a empresa, diante da incapacidade temporária de honrar suas dívidas e manter suas operações, de reestruturar suas relações com os credores. 

    A recuperação judicial da Latina revela as dificuldades das fabricantes de eletrodomésticos do Brasil, com destaque para a acirrada competição estrangeira oriundas das importações e dos aumentos de custos, (os quais não podem ser repassados ao preço do produto). E reforça a ideia de que o setor pelo menos na parte de linha branca, tende a ficar com maior concentração de mercado. 


    Desde fevereiro deste ano, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) passou regular a qualidade dos eletrodomésticos brasileiros com base na emissão de ruído. Essa regulação vai afetar os produtores e importadores desses produtos através de um selo que vai mensurar o nível de ruído do produto na escala de 1 (mais silencioso) a 5 (menos silencioso). 

    Esta medida implica em mais incômodos para os produtores nacionais de eletrodomésticos, os quais terão mais custos para adaptar suas linhas de produção às novas regras. Entretanto, as entidades de classe do setor (até o momento) não se manifestaram violentamente contra a medida o que leva deduzir que o impacto seja pequeno. 

    O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, em reunião extraordinária, a ampliação da lista de produtos que podem ser adquiridos por meio do programa Minha Casa Melhor.

    os beneficiários do Programa Minha Casa, Minha Vida poderão comprar, além dos produtos que já estavam inclusos, tablet, forno de micro-ondas, móveis para cozinha e estante ou rack. O preço máximo definido para o tablet é de R$ 800; do micro-ondas, R$ 350; dos móveis para cozinha, R$ 600; e de estante ou rack, R$ 350. 

    Ademais, o CMN atualizou os valores dos limites para aquisição dos produtos que já estavam na lista do Minha Casa Melhor, com o intuito de elevar a qualidade dos produtos ofertados.

    Tais políticas tendem a estimular as vendas do comércio varejista, para os produtos inclusos no benefício, em um cenário em que o alto endividamento das famílias desestimula o consumo. No entanto, é importante destacar que o limite de crédito oferecido para as familias inclusas no programa permaneceu em R$ 5 mil, o que deve levar a uma maior concorrência das empresas dos segmentos favorecidos junto aos consumidores. 

    O governo do estado do Paraná se comprometeu a dar incentivos fiscais, como redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a Eletrolux. Isso porque a empresa planeja construir uma nova fábrica em Rio Negro, no sul do Paraná.

    O investimento gira em torno de R$ 250 milhões para a construção da unidade, que produzirá refrigeradores, freezers e máquinas de lavar. Entretanto esse valor não foi confirmado pela empresa e para a realização do projeto é necessário o aval da matriz, na Suécia.

    A Electrolux é a vice-líder do setor no Brasil, com 22% de participação de mercado, atrás da Whirpool, dona das marcas Brastemp e Consul, que detém 32%. Com essa nova fábrica, a tendência é de crescimento no território nacional. Vale destacar que no aspecto econômico, os incentivos fiscais do Governo fomenta o crescimento da atividade e além disso gera empregos, renda e um maior consumo. Nessa nova unidade, serão criados cerca de 600 empregos diretos e outras duas mil vagas indiretas.

    Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial nacional, tanto na passagem de dezembro de 2011 para janeiro 2012 como em igual período do ano passado, só não caiu mais em função do crescimento da produção de eletrodomésticos da linha branca e marrom. Segundo dados do instituto, a fabricação de eletrodomésticos da linha branca subiu 7,6% em janeiro em relação ao mesmo período do ano anterior (o aumento na produção dos produtos da linha marrom foi de 34,6% na mesma base de comparação). Este comportamento sugere o efeito positivo da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em 2012 para o segmento (o imposto da lavadora foi de 20% para 10%; refrigerador de 15% para 5%; e fogão de 4% para zero). 

    Já os dados do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) mostram que as vendas de eletrodomésticos da linha branca aumentaram 22,63%, em média, entre dezembro e fevereiro na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados se referem a geladeira, fogão, lavadora e tanquinho.

    Com o bom resultado apresentado pelo segmento nos primeiros meses do ano, o Governo Federal anunciou em 26 de março a prorrogação da redução do IPI por mais três meses, até o final de junho. O Ministério da Fazenda prevê que o governo deixará de arrecadar R$ 489 milhões com as desonerações. Em contrapartida, os setores beneficiados não poderão demitir trabalhadores. As medidas estão sendo adotadas pelo Governo dentro da sua política de estímulo ao consumo, a fim de incentivar o aquecimento do nível de atividade.


    Foi anunciada, no dia 16 de fevereiro, a instalação de uma fábrica da multinacional japonesa Panasonic, para a produção de refrigeradores e máquinas de lavar. Atualmente, o único produto desse segmento produzido no país pela empresa é o forno microondas. A unidade fabril será implantada em Extrema (MG), a cerca de 490 quilômetros da capital mineira. O investimento para essa obra será de R$ 200 milhões, e deverá ser finalizado até o final de 2012. Estima-se que serão gerados, nessa fábrica, cerca de 400 empregos diretos. Em uma segunda etapa da obra, a empresa pretende inaugurar um centro de pesquisa e desenvolvimento na cidade, além de ampliar a produção para outros eletrodomésticos da linha branca.

    A Panasonic, que já possui no Brasil duas fábricas atuantes na chamada linha marrom, pretende, com esse investimento, produzir 700 mil refrigeradores e 200 mil máquinas de lavar, almejando alcançar 10% do mercado nacional de linha branca. O Brasil é o país que apresentou maior crescimento das vendas dos produtos do grupo em 2010, tornando-se o mais atrativo para os desembolsos da empresa, que visa atender, principalmente, o mercado consumidor da cidade de São Paulo. A escolha da cidade de Extrema é estratégica, pois ela se localiza próxima ao estado de São Paulo, porém, com incentivos fiscais do governo mineiro.

    A demanda por bens duráveis em 2010, refletida no aumento de 18,3% no volume de vendas do segmento de Móveis e Eletrodomésticos, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo IBGE, foi impulsionada pelo aumento do rendimento médio auferido pela população brasileira, que se configura como uma das principais variáveis que determinam o consumo desse tipo de bem. Espera-se, para os próximos anos, a continuidade da expansão dos indicadores do mercado de trabalho, o que condiz com boas perspectivas de crescimento do setor de Linha Branca no período em questão. Os bons números esperados para o setor, somados a uma conjuntura favorável para o biênio seguinte, explicam a escolha do país para a realização do investimento da Panasonic nesse segmento.

    Tendo em vista o mercado brasileiro de Linha branca, que atualmente é liderado por empresas multinacionais como Whirlpool (marcas Brastemp, Consul e Kitchen Aid) e Eletroclux, a companhia coreana LG decidiu investir para aumentar sua participação, até então tímida, nesse segmento. Com um montante de cerca de R$ 527 milhões, a LG planeja construir uma fábrica de refrigeradores, microondas, lavadoras e secadoras de roupa, que se localizará em Paulínia (SP). O empreendimento deverá ser concluído até o final do ano.

    Com essa unidade fabril, a LG pretende quadruplicar sua capacidade instalada no país e ampliar sua produção. No entanto, o volume a ser produzido não foi divulgado pela empresa. Além disso, a produção local diminuirá custos e proporcionará ganhos de escala na produção, que deverá estar voltada, principalmente para a classe C. Segundo a própria diretoria, a redução de preço da linha branca produzida internamente, em relação ao produto importado, seria de, aproximadamente, 30%.

    O setor de Linha Branca, Marrom e Portáteis, por estar diretamente relacionado com os indicadores do mercado de trabalho, possui ótimas perspectivas de demanda e crescimento para os próximos anos. A decisão da companhia, de investir em uma fábrica no país, condiz com essas perspectivas de demanda futura, pois a conjuntura econômica está favorável para o consumo de bens duráveis, como é o caso dos refrigeradores, dado o aumento do poder de compra da população, que tende a adquirir produtos que possuem maior valor agregado.

     


    Pertencente ao grupo espanhol Taurus, a Mallory pretende triplicar de tamanho com investimentos de US$ 30 milhões até 2012. No Brasil, será implantada a terceira fábrica da empresa, que custará US$ 10 milhões e irá gerar 250 empregos diretos. Os outros US$ 20 milhões serão destinados a construção de um centro de distribuição que, assim como a nova fábrica, irá se localizar em Maranguape (CE), além do desenvolvimento de novas linhas de produtos.

    O grupo Taurus tem presença em 27 países e possui nove fábricas espalhadas pelo mundo. Segundo divulgado pela imprensa, a Mallory representa cerca de 25% do total de vendas. Com esses investimentos, o grupo pretende triplicar o tamanho da empresa até 2015. Na nova unidade brasileira serão produzidos eletroportáteis, como liquidificadores, batedeiras, ferros de passar, mixers e multiprocessadores. A produção da nova unidade irá atender a demanda, principalmente, das regiões Norte e Sul.

    Segundo dados divulgados pelo IBGE, a produção de eletroportáteis registrou crescimento de 30,2% no acumulado até agosto de 2010, ante o mesmo período no ano anterior. Esse investimento acompanha o crescimento do poder de compra da população brasileira, que vem se elevando nos últimos anos. Com a atividade industrial em bom momento, o que acarreta em aumento da massa salarial e queda do desemprego, espera-se impactos positivos no setor, que pode ampliar suas vendas, principalmente no que se refere às compras de final de ano. O baixo valor dos itens é um atrativo principalmente para estratos sociais médios e baixos, o que possibilita, através do crediário, boas perspectivas de demanda fortemente calcadas na inclusão social.


    A fabricante de eletroeletrônicos Semp Toshiba irá nacionalizar a produção de telas LCD utilizadas em televisores e monitores fabricados pela empresa. As telas utilizadas, assim como outros componentes dos televisores e monitores, eram importados da Ásia. As telas serão produzidas pela fábrica da empresa localizada na Zona Franca de Manaus (AM). O investimento para adaptação de sua fábrica e criação da nova linha de produtos é de R$ 54 milhões e irá gerar 161 empregos diretos.

    A empresa é a quinta fabricante que anuncia a produção nacional das telas de LCD em 2010. A redução de impostos sobre a vendas de televisores é um grande atrativo para as empresas produzirem localmente os componentes de seus televisores. A venda de televisores, a partir da Zona Franca de Manaus, que possui redução de 55% sobre os impostos de vendas, passa a ter redução de 75% para aquelas que trocarem a tela utilizada por uma fabricada internamente.

    Segundo dados divulgados pela imprensa, a produção de televisores LCD encerrou o mês de julho de 2010 em 4,3 milhões de unidades, a de maior participação no total produzido. Segundo dados do IBGE, a produção da linha marrom apresentou, no acumulado até agosto de 2010, crescimento de 48,8% ante o mesmo período do ano anterior. Com aumento do poder de compra da população, devido a uma atividade industrial em bom momento em conjunto com a queda do desemprego, espera-se que o número de televisores vendidos se eleve muito até o final do ano, o que irá impactar diretamente no faturamento do setor.


    A coreana Samsung irá montar uma fábrica de telas de cristal líquido (LCD) no Brasil. O investimento deverá ultrapassar os R$ 290 milhões, segundo apurado pelo jornal Valor Econômico. Nos primeiros 12 meses, serão investidos cerca de R$ 90 milhões nesse projeto. É o maior investimento desse tipo feito no país por empresas multinacionais de eletrônicos. A fábrica será instalada na Zona Franca de Manaus e produzirá televisores com tecnologia LED.

    A Samsung, com essa nova unidade, irá melhorar os seus prazos de entrega, além de produzir televisores com um menor custo, já que os componentes não serão mais importados, com os aparelhos sendo montados localmente em um processo de produção mais complexo e com uma menor incidência de impostos sobre a produção desse tipo de bem. Pelos planos da empresa, serão montados, no primeiro ano, cerca de 1,6 milhões de unidades, no segundo, 1,8 milhões de unidades e no terceiro, 2,2 milhões de unidades deverão ser produzidas.

    O investimento vai de encontro com o Processo Produtivo Básico para as telas de LCD, uma série de regras aprovadas pelo governo, que reduzem os impostos para quem produzir no país. Além disso, com o aumento do rendimento médio da população e com a ascensão das classes de renda mais baixa como potenciais consumidores de bens duráveis, a Samsung planeja adentrar sua marca de maneira mais forte no mercado brasileiro.


    A empresa sueca Eletrolux anunciou investimentos no Brasil para os próximos 5 anos, que serão destinados para a construção de novas plantas da empresa no país e para a ampliação da capacidade produtiva das fábricas aqui já instaladas. O orçamento para novos investimentos da Eletrolux está próximo de € 300 milhões e, segundo declarações dos próprios executivos da empresa, o país receberá uma parcela maior dos recursos nos próximos anos. Contudo, ainda não foi revelado nenhum detalhe sobre os valores que serão invertidos no país. Em 2009, a receita da empresa no Brasil se elevou em 32%, atingindo R$ 3,24 bilhões.

    Operando no país com cerca de 90% da capacidade instalada, os recursos destinados para as cinco fábricas brasileiras pretendem ampliar a capacidade produtiva em cerca de 20%. A empresa, tendo em vista a concorrência atual, pretende entrar em novos segmentos, como foi o caso dos condicionadores de ar split. Somente este ano, a empresa contratou 1,5 mil pessoas no Brasil.

    Esses investimentos acompanham a tendência positiva de aquecimento da produção da linha branca no país neste ano. Segundo dados do IBGE, houve crescimento da produção brasileira de "Eletrodomésticos da Linha Branca", que registrou o melhor resultado dos primeiros trimestres de toda a série histórica. Os dados referentes ao volume de vendas de "Móveis e Eletrodomésticos" também apresentaram ótimo resultado no primeiro trimestre de 2010, indicando que o crescimento da massa salarial e do rendimento médio da população impactaram positivamente no setor. Espera-se, portanto, com a manutenção do crescimento do rendimento médio, uma tendência de aumento na produção e nas vendas do setor, mesmo após o fim da isenção do IPI da linha branca. No longo prazo, porém, com a possibilidade de crédito mais caro, pode haver desaceleração nesse crescimento.


    Segundo informações divulgadas pela imprensa, a Philco, marca pertencente a Brittania, que comercializa eletroportáteis, prepara-se para produção de televisores com tela de cristal líquido (LCD), bem como modelos de tubo, em território nacional. O projeto prevê que a produção será feita em Manaus (AM), com estimativa de 120 mil televisores de LCD e 240 mil de tubo no primeiro ano, saltando para 264 mil e 265 mil, respectivamente, nos dois anos seguintes. Ainda segundo a imprensa, o investimento será de R$ 62 milhões no capital de giro utilizado para viabilizar as operações no primeiro ano.

    Embora a data inicial da produção ainda não esteja acertada, o projeto visa ampliar o número de bens comercializados pela Philco, que busca aproveitar o bom momento tendo em vista o aumento do crédito e os bons resultados do varejo nacional, isso sem contar que existe a perspectiva de que 2010 seja um ano bastante positivo para a demanda por televisores, em virtude da transmissão da Copa do Mundo de Futebol.

    Apesar do mercado de linha marrom ter sido duramente prejudicado, em 2009, pelos efeitos da crise internacional, a demanda por televisores de LCD não parou de crescer, devido a seu enorme mercado potencial, decorrente da substituição dos modelos mais antigos (tubo de imagem), o segmento vem apresentando, desde 2004, uma evolução anual acima de 100%. Nesse ponto,a produção em território brasileiro poderia se beneficiar de auxílio governamental viabilizando sua expansão e assegurando uma fatia de mercado considerável, principalmente quando se trata do consumo da classe C.


    Na trilha das medidas de caráter contra-cíclicas, o governo optou, dia 17/04, pela desoneração do IPI para os produtos de linha branca por um prazo de três meses. A redução será de 15% para 5% em se tratando das geladeiras e isenção total para o caso dos fogões e tanquinhos, cujas alíquotas eram de 5% e 10% anteriormente à implementação da medida. As máquinas de lavar, por sua vez, obterão isenção de 10%, o que reduzirá o imposto pago pelo fabricante à metade.
    A perda de receita decorrente desse "alívio" fiscal aos fabricantes será compensada com o aumento do IPI para bebidas alcoólicas e cigarros, o que se mostra bastante razoável uma vez que o consumo desse tipo de produto é pouco atingido em épocas de crise. Ao contrário, existem estudos que afirmam que a depauperação das expectativas faz com que o consumidor procure bens que propiciam uma "fuga" da realidade e bem estar imediato. Um ponto de risco é a possibilidade de que o consumo das bebidas e cigarros seja redirecionado para os produtos piratas, o que prejudicaria as contas públicas ainda mais, mesmo com a recente queda da meta de superávit primário.
    Com a isenção de impostos espera-se que seja criado um choque positivo na demanda fazendo com que o consumidor possa aproveitar o período para troca de eletrodomésticos, sobretudo aqueles que apresentam vantagens tecnólogicas recentemente tornadas acessíveis ao consumidor de renda média, como é o caso dos refrigeradores "frost free". Caso a medida obtenha resultados positivos, contendo as demissões da indústria, é perfeitamente possível que o governo amplie o prazo de isenção como fez com o imposto para os automóveis.

    A fabricante de linha branca e portáteis, Britânia, demitiu na última semana de fevereiro, 370 funcionários de sua fábrica em Camaçari, Bahia. As demissões vêm na esteira do fechamento desta unidade e deslocamento da produção para a recém concluída fábrica em Joinville, Santa Catarina.
    A queda da demanda ocasionada pela crise e os ganhos com a integração logística, uma vez que a unidade catarinense pode absorver a produção da extinta fábrica de Camaçari, foram os principais motivos anunciados pela administração da Britânia para justificar a demissão.
     A fábrica havia sido instalada em 2003 e contou com investimento de R$ 35 milhões, com objetivo de responder por 30% da produção total da empresa. A produção da planta era de 1,2 milhão de unidades por ano, especialmente ventiladores.
    Como boa parte do setor de eletroeletrônicos, a Britânia acabou sentindo a contração nas vendas vinda do aperto no crédito, principalmente para o consumidor de baixa renda. Nota-se que a inadimplência cresceu 8% em 2008, um dos motivos citados pelos bancos como justificativa para aumentar o custo do empréstimo. Entretanto, existem alegações por parte dos sindicatos de metalúrgicos de que a empresa se aproveitou do cenário composto pela crise internacional para reestruturar sua produção isentando-se das obrigações sociais.

    A empresa mexicana Mabe responsável pela linha GE e Dako no Brasil desde 2003, lança sua marca homônima visando o aumento da participação de 17% que detém no mercado de linha branca. Foram realizados investimentos superiores à R$ 60 milhões para o desenvolvimento dos produtos nas unidades fabris localizadas em Campinas e Itu, interior de São Paulo, e existe a perspectiva de investimentos, no montante de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos, para a inserção e consolidação da marca no mercado.
    A Mabe faturou no país em 2007 aproximadamente R$ 1,2 bilhão e pretende ampliar esse valor para o ano de 2008, atingindo R$ 1,4 bilhão. Para isso, objetiva atingir a maior gama possível de consumidores completando seu portfólio com o lançamento da nova marca, cujo foco principal será o consumidor da classe B.