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    Até o primeiro semestre de 2024, observou-se uma retração no volume de fertilizantes entregues em relação ao mesmo período de 2023. Dados recentes da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA) indicam que entre janeiro e junho foram entregues 18,3 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 1,8% em comparação ao ano anterior. Embora o segundo semestre costume ser o mais relevante em termos de entregas, as expectativas para um aumento significativo no ritmo de operações são limitadas. Isso ocorre devido, em grande parte, à redução das margens dos grãos, o que tende a desacelerar a dinâmica do mercado.

    Apesar desse desafio, o cenário de plantio para 2024/25 mantém perspectivas otimistas. Segundo estimativa da Conab, a área plantada no Brasil deve registrar um crescimento estimado de 1,9%, alcançando aproximadamente 81,3 milhões de hectares. Com isso, a safra de grãos deverá crescer 8,3%, atingindo um valor de 322,5 milhões de toneladas. Este avanço, com efeito significará maior demanda por insumos agrícolas, com efeitos sentidos ainda em 2024.

    Diante deste quadro, no que concerne aos fertilizantes, o mercado projeta um aumento de aproximadamente 1% nas entregas para o ano, totalizando 46,7 milhões de toneladas. Considerando que grande parte da precificação de mercado é influenciada pelo câmbio, a desvalorização do real frente ao dólar durante 2024 deverá elevar o faturamento do setor. No tocante aos defensivos agrícolas, a expansão prevista da safra e da área cultivada também deve impulsionar a demanda por esses insumos. Apesar dos preços pouco favoráveis no momento, a expectativa de incremento nas áreas de soja e milho para o ciclo 2024/25 já gerou uma considerável antecipação na compra desses produtos.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.

     


    A recente alta nos preços de fertilizantes vem impactando diretamente o setor agrícola brasileiro, impulsionada por fatores como a valorização do dólar, problemas logísticos globais e restrições na oferta de insumos essenciais, como nitrogênio e fósforo. Tanto o Canal do Panamá, afetado pela seca causada pelo fenômeno El Niño, como o Canal de Suez – este afetado por questões geopolíticas -, têm reduzido a capacidade de transporte, elevando os custos de frete em quase 80% desde maio de 2023. Ademais, Egito e China vê exercendo menor oferta de monoamônio fosfato (MAP) e ureia, o que afeta ainda mais os preços globais.

    Nesse contexto, a relação de troca entre insumos e grãos, como milho, está se aproximando dos níveis mais altos dos últimos cinco anos, reduzindo o poder de compra dos agricultores. Internamente, a importação de MAP caiu 30% até maio de 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior, enquanto a demanda aquecida para a safra de verão e a perspectiva de aumento da demanda indiana continuam pressionando os preços.

    Paralelamente, a indústria de insumos em nível mundial enfrenta uma crise de estoques, agravada pelo aumento na área plantada e pela alta nos preços das commodities agrícolas. O Brasil, como um dos maiores produtores globais de commodities, observou um crescimento expressivo na importação de ingredientes ativos. Entretanto, a queda nos preços das commodities a partir do segundo semestre de 2022 gerou um excedente de estoque, impactando a liquidez das empresas do setor. Com estoques elevados e uma liquidez mais apertada, o setor deve adotar uma gestão cautelosa para mitigar os riscos associados às flutuações do mercado e às perturbações externas, especialmente a dependência das importações da China e de outros mercados globais.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.

     


    No Brasil, em 2023, as entregas de fertilizantes alcançaram a marca de 45,82 milhões de toneladas, representando um crescimento de 11,6% em comparação com o ano anterior, de acordo com dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Em relação à produção de fertilizantes, ao longo de todo o ano de 2023, foram fabricadas 6,79 milhões de toneladas, em contraste com as 7,45 milhões de toneladas produzidas em 2022. No período de janeiro a dezembro de 2023, as importações de fertilizantes intermediários totalizaram 39,43 milhões de toneladas.

    O saldo comercial negativo combinado com a perspectiva de constantes incrementos na produtividade do setor agropecuário brasileiro indicam a necessidade de reduzir tal dependência externa; ainda mais em tempos de turbulências globais resultantes de guerras e suas consequências nos estrangulamentos logísticos. Com isso, abre-se a perspectiva, e, a necessidade, de se apostar na tecnologia para avançar no setor.

    Algumas áreas de pesquisa vêm se mostrando promissoras neste cenário. Há estudos sobre encapsulamento que procuram proteger o fertilizante e sincronizar sua liberação com a absorção da cultura, bem como pesquisas em produtos nanométricos, solubilidades variadas e quelatização (que se trata do processo de formação de complexos estáveis entre íons metálicos e moléculas orgânicas conhecidas como quelantes, melhorando a disponibilidade e absorção desses íons pelas plantas). Há também investigações em compostagem e aplicação de microrganismos que visam aumentar a liberação de nutrientes em fertilizantes orgânicos, juntamente com testes em diferentes formulações combinando produtos orgânicos e minerais.

    O Brasil possui tradição e capacidades importantes para trilhar tais caminhos tecnológicos. Instituições de pesquisa como a Embrapa, institutos estaduais e universidades podem ser acionados juntamente com políticas públicas de incentivo – como crédito direcionado e subsídios bem avaliados, propiciando possíveis vantagens competitivas ao setor.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.


    O mercado de fertilizantes está menos aquecido no Brasil. Isto se deve a múltiplos fatores. Pelo lado da demanda, os eventos climáticos ocasionados pelo El Niño geram incertezas aos produtores, os quais travaram suas compras de insumos para a segunda safra. Além disso, tem havido um recuo no preço internacional de commodities, reduzindo seu ímpeto de produção e, consequentemente, a demanda por fertilizantes.

     

    Pelo lado da oferta, as tensões geopolíticas ainda exercem influência no cenário. Caso o conflito entre Israel e Hamas se intensifique ainda mais, há o risco de bloqueios em corredores marítimos estratégicos. Além disso, o governo chinês anunciou medidas de restrição de suas exportações com o intuito de atender o mercado interno. Ao mesmo tempo, o Egito anunciou que deverá cobrar preços mais caros para sua ureia exportada. Há ainda o risco de a Índia anunciar redução de subsídios em sua produção de cloreto de potássio, o que pode aumentar seus preços no mercado mundial.

     

    Diante disso, uma das opções que se vislumbra no horizonte é uma retomada da produção brasileira de fertilizantes. A atual gestão da Petrobras tem anunciado planos bilionários de investimentos visando a recuperação da produção nacional. Novas fábricas também aguardam licença para operar, principalmente na região do Triângulo Mineiro. Assim sendo, o incremento da produção interna pode diminuir as fragilidades da cadeia produtiva do agronegócio, a qual é, até o momento, notadamente dependente da importação de insumos estratégicos.

     

    Especialista do Setor Henrique Pavan.


    O ano de 2023 foi marcado pela redução dos preços após a disparada motivada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. No entanto, a normalização do setor vem ocorrendo a passos lentos, tendo em vista a importância daquela região para produtção de diversos itens essenciais à produção de fertilizantes.

    Do lado positivo, a Lafis destaca os novos investimentos em fase inicial, especialmente ligados à tencologia e biosegurança, tendo em vista as necessidades de adequação da produção agrícola à sustentabilidade climática. Entre os grandes destaques estão a linha YaraBasa, composta por macro e micronutrientes com alta diferenciação e qualidade física no mesmo grânulo, e a linha YaraVita, com fertilizantes foliares de alta tecnologia, que aumentam a eficiência agronômica e a segurança na aplicação.

    A multinacional anunciou nos primeiros dias de janeiro um investimento de R$ 90 milhões em sua unidade de fertilizantes foliares instalada em Sumaré, no interior de São Paulo. Os recursos serão aplicados até 2025 e direcionados a pesquisas e desenvolvimento para a produção de um novo portfólio de produtos, com foco na agricultura regenerativa. Com capacidade para produzir 40 milhões de litros de fertilizantes por ano, a unidade de Sumaré é a aposta da Yara na chamada agricultura regenerativa.

    Analista Responsável Marcos Henrique


    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) fechou abril em 0,96, ante 0,97 de março, patamar mais favorável ao produtor rural brasileiro dos últimos 22 meses, de acordo com o indicador desenvolvido pela Mosaic Fertilizantes. Quanto menor o indicador, melhor é a relação de troca, indicando ainda potencial rentabilidade para o produtor rural. No ano passado, o indicador ficou acima de 1 (quando a situação está menos favorável ao agricultor) durante todo o ano, tendo registrado pico de 1,87 em abril de 2022, com a alta de preços dos fertilizantes por conta de desdobramentos na guerra da Ucrânia.
    A atenção do agronegócio está voltada para a safra brasileira de grãos, com colheita recorde se aproximando de 80% mostrando boas produtividades. Além disso, o mercado segue atento aos anúncios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a próxima safra americana, que pode vir a ser menor que a anterior. Nesse sentido, os investimentos no setor de fertilizantes tendem a se elevar, assim como as autorizações de novos defensivos agrícolas, a despeito das críticas acerca dos seus efeitos ambientais e na saúde.
    A guerra entre Rússia e Ucrânia virou de cabeça para baixo o setor das commodities, agrícolas e minerais. No ano passado, o governo Bolsonaro lançou o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), que vai definir um caminho para o Brasil diminuir a dependência do exterior até 2050. Seu sucessor e atual presidente Lula, reafirmou a necessidade de ampliar a produção interna em seu discurso de posse no dia 1° de Janeiro de 2023. O atual ministro da agricultura, Carlos Fávaro, emendou recentemente afirmando que irá colocar em funcionamento três plantas de produção de nitrogenados da Petrobras, que estavam paralisadas. 

    Especialista do Setor Marcos Henrique


    Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de março atingiu o menor nível dos últimos 21 meses, fechando em 0,97, o que torna o momento favorável para o produtor rural, já que quanto menor o IPCF, melhor é a relação de troca. Seguindo a tendência dos meses anteriores, o fertilizante foi o fator que mais impactou na composição do índice, com queda média de 6% em comparação com fevereiro. O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas.

    A atenção do agronegócio está voltada para a safra brasileira de grãos, com colheita recorde se aproximando de 80% mostrando boas produtividades. Além disso, o mercado segue atento aos anúncios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a próxima safra americana, que pode vir a ser menor que a anterior. Nesse sentido, os investimentos no setor de fertilizantes tendem a se elevar, assim como as autorizações de novos defensivos agrícolas, a despeito das críticas acerca dos seus efeitos ambientais e na saúde.

    A guerra entre Rússia e Ucrânia virou de cabeça para baixo o setor das commodities, agrícolas e minerais. No ano passado, o governo Bolsonaro lançou o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), que vai definir um caminho para o Brasil diminuir a dependência do exterior até 2050. Seu sucessor e atual presidente Lula, reafirmou a necessidade de ampliar a produção interna em seu discurso de posse no dia 1° de Janeiro de 2023. O atual ministro da agricultura, Carlos Fávaro, emendou recentemente afirmando que irá colocar em funcionamento três plantas de produção de nitrogenados da Petrobras, que estavam paralisadas.

     

    Analista Responsável Marcos Henrique


    O contexto internacional tem influenciado decisivamente as questões de oferta e demanda por fertilizantes. De acordo com informações coletadas pela CNA, entre janeiro e maio, o valor das importações brasileiras de fertilizantes cresceu 178% em comparação ao mesmo período do ano passado. O volume importado, porém, cresceu apenas 16% na mesma base de comparação. Assim, de acordo com o órgão, o setor vê sua margem pressionada para a safra 2022/23, o que poderá ocasionar mais pressão inflacionárias sobre alimentos.

    A situação dos fertilizantes no contexto de tensão global tem provocado uma corrida em direção à extração de potássio, criticada por ambientalistas como degradante ao meio ambiente. Os pedidos para pesquisa e exploração do mineral bateram recorde no primeiro semestre de 2022, superando o que se viu nesse setor na última década. De janeiro a junho, o órgão responsável pela concessão de pesquisas e lavras minerais recebeu 50 pedidos relacionados à extração de potássio, a maior parte deles concentrada no Amazonas, ao longo da calha do Rio Madeira. Há pedidos também em outros Estados, como Goiás, Bahia, Sergipe, Piauí e Minas Gerais, de acordo com dados da Agência Nacional de Mineração (ANM). 

    O governo federal vem tomando medidas para redução da dependência, mas com efeito apenas a longo prazo. Enquanto isso o cenário externo conturbado continuará dando as cartas na agricultura brasileira.
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    Especialista do Setor Marcos Henrique

    As preocupações do Brasil se elevam neste contexto de guerra, pois a Rússia é a principal fornecedora dos insumos agrícolas adquiridos pelo país, chegando a 23,5% do volume importado até novembro, de acordo com dados da ANDA. Os preços já vinham sendo elevados desde o final de 2021, influenciados pelas sanções impostas à Belarus (no contexto de ataque os direitos humanos no país), aliada da Rússia na política internacional e fornecedora de cerca de 20% dos fertilizantes utilizados pelo Brasil.

    Em uma entrevista para o jornal Correio Braziliense, o embaixador de Belarus no Brasil, Sergey Lukashevich, disse que o país, aliado de Moscou, já vem sendo impactada pelas sanções impostas a Rússia. Na entrevista, Sergey Lukashevich disse que Belarus foi obrigado a suspender as vendas de fertilizantes para o agronegócio brasileiro porque o escoamento foi proibido pela Lituânia, que fechou as fronteiras. Ainda na entrevista afirmou o embaixador: “O potássio bielorrusso, que representa 20% do mercado brasileiro, é agora impossível de ser entregue aos consumidores brasileiros, porque a Lituânia “democrática”, nosso vizinho do Norte com seus 2,7 milhões de habitantes, proibiu o trânsito de nosso potássio para o Brasil, com seus 214 milhões de habitantes, sob slogans “democracia”. Esta não é uma maneira elegante de privar o Brasil de fertilizantes para soja, milho e café. Aumenta a fome neste país e diminui a vantagem competitiva dos produtos agrícolas do Brasil nos mercados mundiais”.

    Para tentar estancar a crise que afeta o campo e pode colocar mais lenha na fogueira da inflação, o governo federal anunciou recentemente que, em dezembro, pretendia lançar um plano nacional de fertilizantes. O anúncio, porém, foi adiado para o final deste mês de março, pois, segundo a ministra da agricultura, Teresa Cristina, não ocorreu antes por causa da crise. Destacou ainda que o plano trará um diagnóstico sobre a oferta de fertilizantes no Brasil e poderá ter como resultado, por exemplo, propostas legislativas para facilitar a produção de fertilizantes no país, como regras de licenciamento ambiental para exploração de jazidas e até permissão para extração dos minerais em terras indígenas.

    Especialista do Setor Marcos Henrique


    No primeiro trimestre de 2021,  os fertilizantes entregues ao mercado (produção + importação) acumulam alta de 20,3% em comparação ao mesmo período do ano passado; enquanto a produção recuou 11,0%, as importações cresceram 23,4% no acumulado até junho, período em que há dados disponíveis. A manutenção da taxa de câmbio em patamar desvalorizado nos últimos anos, com perspectivas de manutenção do atual patamar, tem se mostrado um desafio crucial para o setor, que vê sua estrutura de custos pressionada. Por outro lado, os bons resultados no campo e as perspectivas de safra recorde para 2020/21, reforçam os investimentos em fertilização do solo.

    Adicionalmente, com objetivo de melhorar o marco regulatório e garantir a qualidade dos produtos utilizados no campo brasileiro, o Projeto de Lei 2619/21, do deputado Felipe Rigoni (PSB-ES), tipifica o crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de defensivos e insumos agrícolas. O texto em análise na Câmara dos Deputados insere dispositivos no Código Penal e na Lei dos Crimes Hediondos. Conforme o projeto de lei, o crime de falsificar, corromper, adulterar ou alterar defensivos e insumos agrícolas terá pena de reclusão, de 10 a 15 anos e multa. Na modalidade culposa, a pena será de detenção de 1 a 3 anos e multa.

    Nas mesmas penas incorrerá quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo os itens falsificados, corrompidos, adulterados ou alterados.

    Analista responsável Marcos Henrique

    A epidemia global de Covid-19 tem produzido efeitos negativos sobre toda economia, como já é de conhecimento público. O setor agropecuário, entretanto, obteve uma safra recorde em 2019/20 e projeta-se números ainda melhores para 2020/21. De maneira geral, não deverá sofrer efeitos negativos intensos, dado que produz, em grande medida, alimentos tidos como essenciais pelas autoridades que vêm determinando a paralisação de diversos setores. Adicionalmente, deve-se levar em consideração que parte relevante da produção serve à exportação, que segue com demanda aquecida e preços convidativos frente a um câmbio continuamente desvalorizado

    No acumulado entre janeiro e setembro de 2020, os fertilizantes entregues ao mercado (produção + importação) acumularam alta de 11,5%; enquanto a produção recuou 1,4%, as importações cresceram 4,1% no mesmo período, o que revela o papel cada vez mais importante das importações. O câmbio desvalorizado há tanto tempo, com perspectivas de manutenção do atual patamar, tem se mostrado um desafio crucial para o setor, que vê sua estrutura de custos pressionada. Por outro lado, os bons resultados no campo e as perspectivas de safra recorde para 2020/21, reforçam os investimentos em fertilização do solo.

    A despeito da pandemia, o governo federal segue o processo de autorização de novos defensivos no mercado brasileiro. De acordo com o Ministério da Agricultura, foram liberados 13 pesticidas inéditos (2,6% do total), sendo 4 princípios ativos novos e 9 produtos finais (que foram para as lojas) baseados nesses ingredientes; e 480 genéricos (97,4%), que são "cópias" de princípios ativos inéditos — que podem ser feitas quando caem as patentes — ou produtos finais baseados em ingredientes já existentes no mercado. Em 2020, deve-se destacar, o Brasil atingiu maior nível da série histórica no que diz respeito à aprovação de agrotóxicos, totalizando 493 novos registros, de acordo com o Ministério da Agricultura, o que torna o país um dos principais consumidores mundiais de tais produtos.

    Analista responsável Marcos Henrique

    No primeiro trimestre deste ano, o total de fertilizantes entregues ao mercado chegou a 7,5 milhões de toneladas, o que representa alta de 13,2% sobre igual período de 2019. Deste total, houve queda de 8,2% da produção nacional ao passo que as importações cresceram 10,8%, nesse caso já somadas até junho, período em que a fonte disponibiliza os dados. Diante da forte demanda no campo, reflexo de um ano com nova safra recorde, é possível concluir que os produtores estão enfrentando pressões adicionais de custos, tendo em vista a dependência produto importado. Do total disponibilizado até março, 74% foi importado.

    Além disso, a despeito da pandemia, o governo federal segue o processo de autorização de novos defensivos no mercado brasileiro. Desde o início da pandemia, no mês de março, foram publicados o registro de 118 novos produtos, sendo 84 destinados para agricultores e 34 para a indústria. Adicionalmente, as empresas produtoras de pesticidas solicitaram ao Ministério da Agricultura a liberação de mais 216 produtos, que estão sendo avaliados agora pelo governo. 

    De acordo com a Medida Provisória 926 e o Decreto 10.282, ambas de 20 de março, a prevenção, controle e erradicação de pragas e doenças, bem como as atividades de suporte e disponibilização dos insumos necessários à cadeia produtiva, que incluem os defensivos agrícolas, são consideradas atividades essenciais durante a pandemia e não devem ser interrompidas.

    Especialista do Setor Marcos Henrique.

    Os primeiros meses de 2020 estão sendo marcados pelos impactos negativos e de extensão ainda incertos quanto ao Coronavírus. No último relatório de projeções de safra (abril), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estimou uma safra total de grãos para 2019/20 em 251,8 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 4% em comparação à safra passada (2018/19) e um recorde em volume. A área plantada também deverá se expandir significativamente, cerca de 2,9%, um incremento de 1,85 milhão de hectares. 

    No que diz respeito à produção de fertilizantes, o setor vislumbra maiores preocupações em relação a contítua desvalorização do real frente o dólar, o que deverá encarecer os custos da agricultura, tendo em vista o fato de que 80% dos seus custos são cotados em dólar. De todo fertilizante entregue ao mercado entre janeiro e novembro de 2019 (último dado disponível), 88% é produto importanto, o que reforça a preocupação dos agricultores.

    Segundo levantamento da Scot Consultoria, especializada no setor, os preços dos fertilizantes nitrogenados subiram, em média, 3,2% em março, em relação a fevereiro. No entanto, desde o início deste ano, o preço da ureia agrícola, por exemplo, subiu 6,5%. Para os adubos fosfatados, o reajuste médio foi de 0,5% no mesmo período e o cloreto de potássio teve ligeiro aumento, de 0,1% na cotação em março. 

    De um lado, a rentabilidade do setor deverá apresentar resultados positivos, mas, por outro, o setor agrícola, demandante de fertilizantes, verá uma pressão de custos, que tende a ser mitigada a partir na “normalização” das condições macroeconômicas a partir de 2021. Por ora, esse custo deverá ser internalizado, dado que a expectativa é de safra recorde para o ano.

    Especialista do Setor Marcos Henrique 

    Em meio à ampliação do debate ambiental, que envolve inclusive a forma de produção dos alimentos, o Ministério da Agricultura autorizou registro de 6 novos agrotóxicos no último dia 3; desde o início de 2019, já são 382 registros concedidos. De acordo com o órgão do governo, mais da metade (56%) desses produtos são destinados a uso industrial, ou seja, são de uso restrito. Os demais, são produtos que, em sua maioria já estavam autorizados aguardando apenas regulamentação e boa parte é reconhecida como “produtos biológicos ou orgânicos”.

    Com tom liberalizante e como diz o próprio Ministério, “desburocratizante”, o objetivo é melhorar a qualidade dos produtos disponíveis no mercado, além de reduzir o grau de toxicidade dos atuais á disposição. De acordo com a legislação brasileira, nenhum novo produto pode ser liberado com registro de intensidade toxicológica acima dos que já estão disponíveis para consumo.

    A demanda mundial de alimentos é crescente, mas a produtividade é ainda maior e o grau de tecnologia também. Nesse sentido, embora não sejam esperadas taxas de crescimento como as observadas na primeira década do século XXI, sobretudo em função do modelo de crescimento chinês estar mais voltado para dentro, as commodities como um todo devem manter um nível relativamente estável. Nesse sentido, o Brasil ocupa espaço relevante no cenário internacional, tido como um dos principais players na oferta de bens agrícolas, necessitando, portanto, de estratégias sustentáveis para ganhos de produtividade. 

    Especialista do Setor Marcos Henrique

    A demanda mundial de alimentos é crescente, e a produtividade é ainda maior, assim como o grau de tecnologia também. Nesse sentido, embora não sejam esperadas taxas de crescimento como as observadas na primeira década do século XXI, sobretudo em função do modelo de crescimento chinês estar mais voltado para dentro, as commodities como um todo devem manter um nível relativamente estável.


    Nesse sentido, as importações de fertilizantes tiveram alta de 6,2% no primeiro semestre de 2019, em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com os últimos dados disponibilizados pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA). A taxa de câmbio oscilante e que vem se desvalorizando diante do turbulento cenário global, é uma preocupação constante para os produtores agrícolas, dada a dependência de importados no setor. Em 2018, do total de fertilizantes entregues ao mercado (35,5 milhões de toneladas), 77,4% vieram de importações.


    Portanto, diante de um cenário internacional de competição cada vez mais arriscada, especialmente no que se refere ao conflito entre EUA e China, os efeitos deletérios sobre a taxa de câmbio trazem preocupação ao setor como um todo. A saída para o problema, todavia, depende de mudanças com impactos a médio e longo prazo; nesse caso, a expansão dos investimentos no setor é decisiva para promover mudanças estruturais.


    Especialista do Setor: Marcos Henrique


    Nesta semana surgiram notícias dando como certa as negociações da venda de ativos da Vale Fertilizantes para a empresa Mosaic, em uma transação que pode chegar a mais de R$ 3 bilhões. É especulada também a venda de mais ativos da Vale fertilizantes para a empresa norueguesa Yara. Isto  marca uma nova tendência do setor, a redução da participação direta/indireta do governo brasileiro na produção do setor de fertilizantes, ainda mais com a saída da Petrobras do setor de fertilizantes.
     
    A Vale vem tentando reduzir o seu endividamento em R$ 10 bilhões até o final de 2017, visando uma reestruturação na empresa devido à queda nos preços de commodities. A Petrobras busca algo semelhante, mas buscando voltar somente para a extração de Petroleo e Gás. 

    Os impactos destas ações podem ser mais interessantes do que  muitos players de mercado imaginam, já que o setor poderá crescer sem estar tão dependente das decisões do governo brasileiro, que não somente é o controlador majoritário da Petrobras, mas também por que conta com grande influência dentro da Vale, em um período de crise. O mercado de fertilizantes se tornará ainda mais atraente para o setor privado, tendo em vista o vácuo que poderá se formar com essas medidas e devido a expectativa de que a demanda por fertilizantes dobre nos próximos anos, não somente no Brasil, mas em toda a América do Sul. 

    Assim, apesar dos receios gerados com essas medidas o mercado de fertilizantes tende a ganhar em termos de eficiência e competitividade no médio prazo, o que deverá impulsionar ainda mais os ganhos de faturamento no setor.

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino


    No último dia 20 a Petrobras anunciou o seu plano de investimentos para o período de 2017-20, onde diversas medidas foram anunciadas, como a saída da empresa do mercado de fertilizantes. A saída deverá preocupar diversos players do setor de agropecuária, mas na verdade isso pode trazer uma nova perspectiva de melhora no médio/longo prazo.

    A Petrobras é a principal produtora de fertilizantes derivados de nitrogênio, que envolve a utilização de insumos como o petróleo na produção. Porém, desde o início da sua crise financeira, a empresa passou a ter dificuldades de manter o planejamento para a construção de novas fábricas, chegando a cancelar alguns projetos, o que dificulta ainda mais a situação do setor. Com a venda da participação é esperado que a iniciativa privada consiga retomar alguns investimentos e até mesmo aumentar a quantidade de projetos, tendo em vista o gigantesco potencial existente na área de fertilizantes. Essa saída pode incentivar até mesmo empresas de outros tipos de fertilizantes, como no caso de potássio e fósforo, a aumentar a produção interna.

    Assim, apesar do temor que é gerado com este anúncio de saída da Petrobras do mercado de fertilizantes, dado a grande participação da mesma na produção interna do setor, a mudança poderá trazer um novo fôlego para o setor privado, com inovações e ampliação da produção de fertilizantes no País.

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino


    Com a valorização recente das principais commidities negociadas no Brasil, a relação de troca entre  grãos e fertilizantes atingiu o melhor patamar da história, mesmo com o dólar acima de R$ 3,00 desde o ano de 2015.

    Os preços de commodites como a soja e, especialmente, o milho, subiram a níveis que não eram observados a mais de dois anos no mercado interno, tendo em vista os problemas climáticos enfrentados nas principais regiões produtoras no Brasil. Já os fertilizantes enfrentam uma onda de super produção no mundo e de preços mais estáveis do petróleo, o que barateou bastante os preços dos fertilizantes no mercado internacional, o que tornou a relação de troca extremamente vantajosa em 2016.

    Assim, com essa relação tão favorável ao longo de 2016, é esperado que o faturamento dos setores ligados à agricultura apresentem um resultado mais favorável, ainda mais com a queda considerável da produção devido ao clima.

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino


    A crise econômica não trouxe grandes consequências para o setor de fertilizantes, no ano passado. O mesmo, segundo dados da ANDA, até novembro, apresentou aumento na produção nacional, de 4%, com a perspectiva que a produção continue em alta até dezembro de 2015. Para 2016 é esperado que o setor continue crescendo.

    A razão da continuidade do crescimento, mesmo com a crise econômica enfrentada no mercado interno e a baixa cotação das commodities brasileiras, o dólar desvalorizado e a demanda externa por commodities aquecida deverão manter as compras de fertilizantes em alta. O dólar desvalorizado também reduziu a importação de fertilizantes, o que incentivou o aumento da produção interna.

    Assim, com estes fatores citados, é esperado que o faturamento do setor de fertilizantes se mantenha em crescimento, mesmo que inferior aos anos anteriores. No entanto, se caso o cenário macroeconômico se manter muito negativo é possível que o faturamento sofra maior desaceleração em 2017.

    Analista responsável: Ricardo Quirino


    Os nutrientes derivados do potássio, que compõem fertilizantes agrícolas, tendem a ficar mais caros no mercado internacional e também no Brasil, pois os grandes produtores já sinalizaram sua intenção de diminuir a produção e promover reajustes de preços.

    No ano passado, dado a queda na demanda de países como a Índia e sul da Ásia, com o aumento na produção, os preços dos fertilizantes em geral despencaram, atingindo valores próximos do período da crise de 2009 em alguns locais do mundo.

    Para o setor esse encarecimento do potássio deverá ser um grande problema, já que aproximadamente 90% da demanda por insumos para fabricação de fertilizantes potássicos é coberta por importações. Esse encarecimento deverá reduzir o faturamento do setor já em 2014 e deverá impactar 2015 também, já que nem todos os aumentos de custos deverão ser repassados integralmente ao consumidor no primeiro momento.

    Analista do Setor de Fertilizantes: Ricardo Quirino Theodoro

    A Agroplanta, empresa produtora de fertilizantes com sede em Batatais (SP) anunciou a continuação de um plano de investimentos, iniciado em 2009, com o objetivo de fortalecer suas pesquisas na busca de produtos diferenciados. A empresa possui três unidades de produção e nos últimos anos vem apostando no desenvolvimento de novos produtos adaptados às especificidades da  agricultura brasileira.

    De 2009 a 2013, a empresa anunciou investimentos superiores a R$ 25 milhões, via recursos próprios voltados às pesquisas. Dentre os projetos em desenvolvimento, em 2013 sete foram aprovados em uma fase preliminar do programa Inova Agro, do BNDES e da Finep. Segundo informações da direção da empresa, a Agroplanta espera investir entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões em 2014 para adequações e aquisição de novos equipamentos para a fabricação dos produtos. 

    Dos fertilizantes diferenciados envolvidos nesses projetos se destacam: fertilizantes revestidos com cálcio, enxofre e ácido húmico (que potencializa a "vida microbiológica" do solo), fertilizantes para aplicação via solo ou foliares (que permite uma concentração maior de nutrientes em um menor volume), defensivos agrícolas orgânicos produzidos a partir de biomassa vegetal e extrato de ervas, dentre outros projetos relacionados aos chamados "defensivos verdes". 

    A empresa, com faturamento anual de cerca de R$ 80 milhões, está no mercado há 36 anos, com foco na produção de micronutrientes em pó e granulados para indústrias e misturadoras de adubos, além de fertilizantes foliares e ingredientes para ração. Com capacidade para granular 250 mil toneladas de fertilizantes por ano, a Agroplanta que vem crescendo cerca de 10% ao ano, espera acelerar esse crescimento com os novos investimentos.


    A Los Grobo Ceagro do Brasil, joint venture da Los Grobo e Península Fertilizantes, continua acelerando seu ritmo de crescimento no país. Uma expressão deste movimento é a aquisição de uma empresa de insumos no oeste da Bahia, cujo investimento é de cerca de R$ 50 milhões nas áreas de armazenagem e logística. A planta foi erguida em 18 meses, absorveu aporte de R$ 17 milhões e tem capacidade de mistura de 260 mil toneladas de fertilizantes por ano. 

    A ampliação dos negócios na área de insumos já contará com o reforço da Synagro, sediada em Luís Eduardo Magalhães e uma das principais comercializadoras de sementes, fertilizantes e defensivos do oeste baiano, região de Cerrado - cujo potencial se dá em grãos e algodão. 

    Com o investimento anunciado, a empresa Los Grobo Ceagro do Brasil sinaliza a preocupação do setor de fertilizantes com a expansão territorial e com a promoção da independência brasileira destes insumos do mercado internacional. 


    A Vale usará uma nova técnica de mineração da carnalita que será realizada a partir da injeção de água quente em poços onde serão dissolvidos os sais. A salmoura (mistura da carnalita com outros sais) será retirada do subsolo e processada na superfície. Não somente inovação tecnológica, a Vale acordou com a Petrobras, a renovação do contrato para a exploração, em Sergipe, de jazidas de carnalita. As minas se localizam em Rosário do Catete (Sergipe) e o novo contrato dá o arrendamento dos direitos minerários à Vale por mais 30 anos.

    A Vale pretendia ampliar a exploração para uma área adjacente com o intuito de elevar a produtividade, por conta do previsto esgotamento das reservas da jazida em 2014. A proximidade das reservas de petróleo às de potássio era uma das razões que dificultavam as negociações e assim as empresas decidiram isolar esta área para viabilizar o negócio. A mineradora implantará na extensão da mina de Taquari-Vassouras o Projeto Carnalita, cujo investimento será em torno de US$ 4 bilhões e produzirá 1,2 milhão de toneladas/ano.

    O novo projeto vai gerar cerca de 4.000 empregos diretos na indústria e 700 na fase de operação. Em 2015, a unidade deve se tornar a maior em extração de potássio do Brasil. Apesar de o país ser o quarto maior consumidor de fertilizantes no mundo, é importador de 90% de potássio. Contudo, com a nova extensão das jazidas economizará cerca de US$ 17 bilhões nos próximos 29 anos e reduzirá o volume de potássio importado. 


    A Fertilizantes Heringer adquiriu a empresa Maxifértil sem informar o valor da negociação. Com a aquisição, a companhia finalizará as suas atividades na unidade fabril alugada localizada em Porto Alegre e a produção será transferida para o novo parque, que possui capacidade produtiva estimada em 30 mil toneladas por mês. O parque inclui laboratório, oficinas e dois depósitos, além de dois misturadores e sistema de ensaque que produzem 120 toneladas de fertilizantes por hora.

    A forte demanda por fertilizantes impulsionou o faturamento e os resultados operacionais da Heringer, permitindo a compra da Maxifértil que consequentemente, permitirá a redução de custos fixos da empresa e o atendimento do mercado sulista.


    A Unigel inaugurou dia 16 de outubro, a nova planta de fertilizantes localizada em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador (Bahia). O investimento foi de R$ 45 milhões, gerando 50 empregos diretos e tem capacidade para compactação de 100 mil toneladas/ano de sulfato de amônio.

    A compactação do sulfato de amônio permite a utilização do produto com maior facilidade além de permitir a introdução de micronutrientes, que auxiliam a fertilização - o sulfato de amônio fixa o nitrogênio ao potássio e fósforo. A nova planta atenderá a demanda da agricultura local, principalmente do oeste baiano, que conta com uma alta produtividade de soja, milho e algodão no ranking mundial.


    A Louis Dreyfus Commodities (LD) anunciou a aquisição da Macrofértil  - produtora e distribuidora de fertilizantes (atualmente, com 65% do mercado brasileiro), sem revelar o montante investido. Com a compra se deu a entrada da LD no segmento de adubos no Brasil.

    O mercado de insumos é atrativo, pois possibilita alavancar o modelo de financiamento aos seus produtores/fornecedores denominado "barter". Este modelo se baseia no adiantamento de insumos em detrimento de uma produção agrícola futura - ferramenta de hedge para o produtor.

    O propósito da LD é ampliar a capacidade da Macrofértil (cuja marca será preservada) para 2,5 milhões de toneladas anuais e incorporar outros estados como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia.


    Com investimento de US$ 24 milhões, a Bunge Brasil inaugurou dia 13 de março sua nova fábrica de fertilizantes no Brasil localizada em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. A unidade conta com capacidade produtiva de cerca 300 mil toneladas por ano e serão produzidas misturas granuladas (NPK) das marcas Serrana, Manah e IAP além das diferenciadas: Turbo Serrana, Fertiap e Fosmag Manah.

    O investimento contribuirá com o aumento da arrecadação do município sulista e auxiliará no processo de distribuição (acesso aos modais de transporte rodoviário e ferroviário), tornando a produção de fertilizantes mais próximas das plantações nacionais, argentinas e uruguaias. Ademais, a instalação da nova unidade é estratégica por estar localizada em uma região de grande produção de soja, milho e trigo e de extrema relevância no que se refere ao consumo de fertilizantes.

    A Verde Fertilizantes, empresa de investidores com sede em Londres e controlada pelo grupo inglês Amazon Mining, decidiu investir R$ 280 milhões em um projeto de beneficiamento da glauconita (ou rocha verdete) que resultará como subproduto  o termopotássio cujo teor de potássio é de 8% bem abaixo do verificado no cloreto de potássio que possui 60%. A previsão é que se ofereça o produto no segundo semestre de 2013.

     A perspectiva da empresa é de produzir anualmente 1,1 milhão de toneladas do produto beneficiado o que deverá resultar em aproximadamente 90 mil toneladas de potássio. O potássio é um dos três insumos mais importantes para o setor de fertilizantes, contudo é o que o Brasil mais depende do exterior, produzindo apenas 8% da demanda doméstica.

     A extrema dependência da importação dos três insumos básicos e de produtos intermediários fazem do setor de fertilizantes extremamente vulnerável ao setor externo. O governo brasileiro está procurando estimular o aumento da produção interna destes produtos através da Vale e da Petrobrás que possuem projetos que devem entrar em funcionamento também em 2013 como vistas a diminuir esta dependência externa do país.

    Decidida a ingressar no mercado de fertilizantes, a Petrobrás fará investimento entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões em Três Lagoas (MS), localizada na divisa com o estado de São Paulo. O objetivo da nova planta é aproveitar o traçado do gasoduto Brasil - Bolívia para transformar o insumo, gás natural, em amônia e uréia. A perspectiva é de produção de 1,21 milhão de toneladas de uréia e de 81 mil toneladas de amônia.

    A estatal brasileira quer aproveitar as diversas vantagens que a região proporciona, como a proximidade da planta com o gasoduto (dois quilômetros) e a capacidade de absorção de novas indústrias, como as empresas de misturadores. Além disso, a Petrobrás vê possibilidades de utilizar a capacidade ociosa do gasoduto no período de chuvas, época na qual  o gás importado ou mesmo o produzido internamente é subutilizado. Ademais, essa solução poderia reduzir a grande dependência que o Brasil  possui  da importação de matéria prima para a fabricação de fertilizantes.

    O crescimento da agricultura brasileira tem melhorado a perspectiva do setor insumos agrícolas, como o de fertilizantes, o que, por sua vez, está atraindo a atenção de empresas nacionais e estrangeiras para a produção nacional. No entanto, algumas matérias primas, como o gás natural, apresentam preços elevados, o que suscita dúvidas em investidores externos. Como exemplo, tem-se o caso da empresa russa que pretende aportar R$ 1 bilhão no Mato Grosso do Sul, no entanto, o custo elevado com o gás natural importado pode dificultar a negociação. Neste sentido um entendimento quanto à garantia de um preço aceitável para o insumo seria uma medida para tentar diminuir a dependência externa nacional.


    A empresa brasileira Produquímica, fornecedora de matéria-prima para a fabricação de fertilizantes, pretende aportar R$ 120 milhões na construção, nos próximos três anos, de uma nova fábrica em Suzano (SP), na manutenção da estrutura de suas nove unidades, além de aumentar a capacidade de produção de enxofre solúvel. Essas inversões fazem parte do plano de expansão da empresa.

    A nova unidade, ao custo de R$ 25 milhões, deverá concentrar-se na produção de uréia diferenciada. O novo produto, que deverá chegar ao mercado no segundo semestre de 2011, é revestido com um polímero que prolonga a vida útil do fertilizante por um período de três a nove meses, de acordo com a cultura em que for aplicado. Com a produção interna, a expectativa é que o valor do produto diminua cerca de 33%, o que tornará o produto duas vezes superior ao convencional.

    A uréia simples, utilizada como fertilizante simples, é na sua maioria importada (cerca de 73% do total consumido) o que torna a iniciativa da Produquímica um alento para os agricultores brasileiros. Mesmo com a moeda nacional valorizada, o que permite importações mais baratas, isto ainda significa um grande custo para produtores de fertilizantes, encarecendo o produto e isto, necessariamente, deve ser repassado para os agricultores. A expectativa de produzir 50 mil toneladas de uréia diferenciada por ano para um mercado que consome 3 milhões de toneladas ao ano é relativamente baixa, mas é um vislumbre de uma possível queda nos preços dentro do setor.


    Não demorou para que as empresas participantes do setor de fertilizantes anunciassem suas estratégias em reação ao movimento da Vale frente a aquisição da participação da Bunge na Fosfértil. A Anglo American informou que irá reestruturar sua divisão de nutrientes utilizadas na fabricação de fertilizantes através da sua controlada Copebrás, segunda maior empresa do setor.

    Posta à venda desde outubro de 2009 pela sua controlada, a Copebrás é considerada uma empresa competitiva e muito bem administrada, cujo valor de mercado é avaliado em torno de US$1,5 bilhão. Curiosamente, as empresas que apresentaram interesse pela   Copebrás foram as Vale e a Bunge Fertilizantes. De acordo com a leitura do mercado a aquisição da Vale deverá enfraquecer a posição da Copebrás no setor, favorecendo para a desvalorização dos seus ativos.