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    O debate sobre a regularização das apostas esportivas ("bets") e o posicionamento do Banco Central do Brasil em setembro de 2024 é um tema delicado, especialmente quando se leva em conta a trajetória recente desse mercado no país. A liberalização das apostas online realmente ganhou força durante a pandemia, com o aumento do interesse e da adesão a essas plataformas, sem regulamentação ou fiscalização clara. Por exemplo, o marco regulatório das apostas esportivas no Brasil foi sancionado em dezembro de 2018, com a Lei nº 13.756/2018. Essa lei permitiu a exploração de apostas de quota fixa (ou seja, apostas em eventos esportivos, como o futebol) de forma legal no país, mas dependia da regulamentação por parte do governo para que pudesse ser implementada de forma completa. A regulamentação em si avançou de forma lenta, e foi apenas em julho de 2023 que o governo federal, sob a gestão do presidente Lula, publicou a Medida Provisória nº 1.182/2023, que trouxe regras mais claras para o setor, incluindo a criação de impostos sobre as apostas, exigências de licenciamento para as empresas e medidas de proteção para os jogadores.

    O Banco Central tem estado preocupado com os efeitos macroeconômicos dessa atividade não regulada, especialmente na estabilidade do sistema financeiro. Proteger a população contra os efeitos negativos das apostas excessivas também pode ser um fator importante. Além disso, o mercado de crédito no Brasil tem sofrido, e um aumento nos níveis de inadimplência, causado pelo endividamento irresponsável, pode criar mais pressão sobre os bancos.

    Se por um lado podem ocorrer consequências sobre o próprio comercio varejista devido à disponibilização de menos recursos pela população endividada, por outro, decisões regulatórias como essa não são amplamente compreendidas pelo público, e as motivações reais podem passar despercebidas, especialmente quando os argumentos são apresentados como uma medida de proteção ao consumidor ou estabilização econômica. É provável que o foco da comunicação oficial seja nos riscos das apostas para a população, como o endividamento, o vício e a vulnerabilidade de grupos mais expostos. Porém, se a iniciativa do Banco Central é uma resposta a pedidos dos grandes bancos que estão enfrentando problemas com inadimplência, o foco pode estar menos na saúde financeira dos indivíduos e mais na preservação dos lucros e da estabilidade dessas instituições. Além disso, as apostas esportivas, quando mal reguladas, podem criar um efeito de concentração de recursos em conglomerados que já controlam uma parcela significativa da economia.

     Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi