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    A princípio, um olhar para a estimativa mais recente do IBGE (LSPA) sobre a safra total de cana-de-açúcar para 2024 e uma análise sobre a perspectiva de seu valor bruto da produção (VBP) divulgado pela Conab, podem induzir o leitor e pensar que 2024 tem sido um ano de perdas. Os números, a rigor, não mentem. A LSPA de setembro traz uma estimativa de 701,8 milhões de toneladas para a produção de cana-de-açúcar em 2024, queda de 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o VBP aponta para um montante de R$116,7 bilhões, valor 0,5% inferior ao verificado em 2023.

    Fato é que os incêndios prejudicaram boa parte dos canaviais, ocasionando perdas monetárias e redução na produção, sobretudo no estado de São Paulo.

    Todavia, quando se trata dos derivados, a história é outra. Fatores como o dinamismo interno da economia brasileira, o bom posicionamento do Brasil no cenário competitivo internacional (especialmente no caso do açúcar) e a desvalorização do real frente ao dólar (que ajudaram a impulsionar as receitas com exportação), vêm impulsionando tanto a produção açucareira como a de etanol ao longo do ano.

    Até setembro de 2024, o Brasil produziu 28,82 milhões de toneladas de açúcar, um incremento de 0,5% em relação a 2023 quando se comparam os valores acumulados até o mês em questão. No caso do etanol, o desempenho foi ainda melhor: produção acumulada de 28,8 bilhões de litros até o mês de setembro, representando um acréscimo de 8,7% em relação ao ano anterior.

    Tanto no caso do açúcar como no caso do etanol, as capacidades produtivas brasileiras apontam para cenários positivos. Contudo, seu dinamismo, associado a uma menor produção de sua matéria-prima principal podem ocasionar aumentos nos preços da cana-de-açúcar e pressionar as margens da indústria sucroalcooleira. Ainda mais se as instabilidades climáticas permanecerem. Portanto, o ano de 2025 se inicia com esse balanço de riscos, ainda que o cenário ainda seja otimista.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.