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    Em 10 de março a Transpetro, braço logístico da Petrobrás, anunciou a abertura de concorrência entre 25 empresas nacionais e estrangeiras, para a compra de 20 comboios, 20 empurradores e 80 barcaças que farão o transporte de etanol por meio da hidrovia Tiête-Paraná. A empresa não divulgou valores, mas o mercado estima algo em torno de R$ 400 milhões.

    Com o etanol ganhando, a cada dia, mais importância na matriz energética mundial, o transporte fluvial irá melhorar a logística de distribuição dessa commoditie tanto para mercado interno como externo. Além de diminuir o gargalo de transporte no setor, o Promef Hidrovia (Programa de Expansão e Renovação da Frota), como tem sido chamado, deve manter a competitividade do produto no exterior.

    Investimentos desse porte somados aos realizados pela Petrobrás para o desenvolvimento do pré-sal, são os principais "motores" que vem impulsionando a indústria naval brasileira nos últimos anos. Assim, mantendo as projeções futuras para o setor em alta, o risco para o setor naval é que sua capacidade instalada não acompanhe o crescimento da demanda.


    Dia 23 de fevereiro foi anunciado um segundo estaleiro no complexo portuário de Suape, este com um investimento previsto de R$ 300 milhões em uma área de 40 hectares. O  investimento será realizado pelo consórcio Tomé-Schahin e visa atender a demanda da Petrobrás por barcos e plataformas na região.

    A extração de petróleo da camada pré-sal promete ser uma grande fonte energética para que a economia brasileira realize um crescimento sustentado ao longo dos próximos anos. A Petrobrás estima que o Campo Guará, na Bacia de Santos tem na faixa de 1,1 a 2 bilhões de barris de óleo leve que pode ser extraído.

    Como os poços de pré-sal são encontrados em águas profundas da costa brasileira, a demanda off-shore partindo da Petrobrás deve continuar estimulando investimentos em estaleiros para a construção de plataformas e embarcações.


    Foi anunciado na primeira semana de outubro o comprometimento do Governo Federal quanto à capacidade de financiamento da indústria naval brasileira. A Ministra da Casa Civil indicou que, por meio de media provisória, destinaria ao Fundo da Marinha Mercante (FMM) R$ 10 bilhões em recursos disponíveis aos projetos principalmente destinados ao ramo petrolífero.
    Um ramo industrial como o naval, por se tratar da categoria máquinas e equipamentos pesados, apresenta comportamentos sobre as expectativas e condições de atuação no mercado. A primeira delas seria o crescimento exponencial da concorrência internacional sobre a produção doméstica. O Brasil ainda é destaque na produção de máquinas e equipamentos e no caso específico da indústria naval, já foi líder de oferta na década de 1980, no entanto, outros países, em especial os asiáticos, investiram fortemente no ramo pesado da indústria de bens de capital, ao mesmo tempo em que o Brasil passava por dificuldades decorrente de seu elevado nível de endividamento externo. Em suma, o papel de destaque do país foi minado com o desenvolvimento da concorrência externa, ao mesmo tempo em que o parque industrial doméstico se sucateava.
    O outro elemento seria a dependência que a indústria pesada possui sobre a estrutura de sua demanda futura, sendo necessárias garantias sólidas de projetos modernizatórios ou de expansão para que a indústria de bens de capital inicie seus próprios planos evolutivos.
    No caso da indústria naval, as encomendas vindas do plano de renovação da frota da Transpetro e encomendas de plataformas e sondas, conseguem induzir os estaleiros à ampliarem sua capacidade. Desta forma, as grandes empresas estatais são fundamentais para que, por meio de processos licitatórios, estabilize a previsão de demanda para o setor. Além disso, existe o comprometimento dos demandantes em manterem um nível elevado de conteúdo nacional nas encomendas totais.
    Em meio à crise de crédito que se deflagra, em função das dificuldades do sistema financeiro internacional, o governo pretende, por meio da liberação dos R$ 10 bilhões e encomendas da Transpetro, atacar as fragilidades que os diversos ramos da indústria pesada convivem, procurando, no caso específico da indústria naval, não abortar os avanços que o setor lida desde 2006.


    Com o desenrolar das licitações inclusas no plano de ampliação e renovação da frota pela Tanspetro, a forte movimentação nos estaleiros nacionais retomaram o debate sobre o preço do aço nacional. Esta semana foi anunciado que o estado do Rio de Janeiro iria isentar as importações de aço do ICMS, em linha com a medida adotada por Pernambuco.
    O governo estadual fluminense reforçou o coro composto pelos estaleiros (através do Sineval) que procura anular a diferença próxima à 30% que existe entre os preços internos e externos das chapas de aço, encarecendo o produto da indústria naval. A reinvidicação é de que sejam adotados, no mercado interno, os mesmos preços das exportações brasileiras de chapas.