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  • gás natural, empresas do setor gás natural, empresas do segmento gás natural, setor gás natural, segmento gás natural, economia, macroeconomia
    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    Durante a cúpula do G-20, ocorrida no Rio de Janeiro, os governos brasileiro e argentino assinaram um acordo de comercialização para transportar o gás da reserva de Vaca Muerta (Argentina) para o território brasileiro. Para além dos evidentes impactos geopolíticos de integração regional, tal fato assinala aspectos econômicos relevantes, que deverão impactar o setor de gás brasileiro em algumas dimensões.

    O que se sabe é que, a princípio, haverá um incremento da oferta de gás em 3 milhões de metros cúbicos diários até o fim do ano para o Brasil, com a utilização da infraestrutura existente, possivelmente adaptando as condições de transporte do já existente Gasbol. Todavia, em um prazo mais dilatado, espera-se ampliar tal influxo em 30 milhões de metros cúbicos por dia, algo que demandará uma gama de investimentos em gasodutos, um desafio que afeta até mesmo o escoamento da produção interna brasileira já existente.

    Há, com efeito, um ponto de atenção para as empresas brasileiras exploradoras de gás: os preços competitivos do gás argentino. Influenciados pela grande oferta de shale gas em Vaca Muerta, os preços do gás no país vizinho chegam ao Brasil por cerca de metade do valor do nosso custo interno,  que é de cerca de US$ 14 por milhão de BTUs (sigla para British Thermal Unit). Atualmente, a Argentina produz em torno de 140 milhões de metros cúbicos por dia, com a Bacia Neuquina liderando a produção, responsável por 55% das reservas provadas e atendendo principalmente à demanda residencial e industrial. No Brasil, o custo do gás tende a ser mais elevado devido às limitações na infraestrutura interna e a um modelo de exploração predominantemente offshore, onde os custos de extração e transporte são mais elevados. Assim, uma entrada maciça de gás argentino no mercado brasileiro poderia deslocar parte da produção doméstica.

    Do ponto de vista das distribuidoras, poderia ocorrer um impacto positivo, pois a oferta ampliada de gás mais barato poderia reduzir custos e melhorar a competitividade frente a outras fontes de energia, como a eletricidade e os combustíveis líquidos. Se, efetivamente, a infraestrutura estiver consolidada, tal fato poderá ser alvissareiro para as distribuidoras, ainda mais se o nível de atividade econômica – especialmente a industrial – se mantiver dinâmico da maneira que temos vistos ao longo dos últimos anos.

    Portanto, enquanto a importação de gás argentino oferece benefícios logísticos e econômicos para as distribuidoras, ela também representa desafios competitivos significativos para as produtoras nacionais. O balanço entre esses fatores dependerá de políticas que favoreçam a competitividade doméstica e a infraestrutura necessária para integrar os mercados de gás de ambos os países.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    No último 26 de agosto, o governo publicou um decreto que visa baratear o gás natural por meio de um "choque" de oferta, delegando mais poderes à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com isso, a ANP poderá determinar o aumento da produção de gás e limitar sua reinjeção. Entretanto as empresas do setor receberam a novidade com hesitação, pois veem a medida como uma intervenção governamental, com potencial de elevar a insegurança jurídica do segmento.

    Ainda segundo boa parte das empresas de óleo e gás,  o decreto afetaria diretamente o planejamento de seus projetos, podendo até significar uma espécie de desapropriação ao interferir no valor econômico de suas concessões. Outrossim, especialistas apontam para a possibilidade de judicialização da questão, dada a percepção de ilegalidade na intervenção do governo nos planos de negócios das empresas. Riscos de negócio, incerteza de cenário e demais obstáculos entram agora no cálculo de tais empresas, as quais procurarão reverter a medida nos planos político e jurídico.

    Por outro lado, a indústria de transformação, que depende do gás como insumo energético essencial, apoiou a medida, esperando que ela promova redução de custos e, consequentemente, maior oferta. Adicionalmente, o governo, por meio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu o decreto, afirmando que ele é compatível com a Lei do Gás de 2021 e que visa reavaliar tecnicamente a reinjeção de gás, sem destruir o valor dos projetos. Ou seja, avalia como meritório o aspecto regulatório, o qual permitiria maior oferta de gás sem, necessariamente, a redução do valor dos projetos.

    Em suma, a medida governamental representa uma tentativa do governo de intervir no mercado de gás natural para ampliar a oferta e reduzir seus custos. Entretanto, ela  suscita um debate acirrado entre as petroleiras, preocupadas com a segurança jurídica e os impactos econômicos, e a indústria de transformação, que espera benefícios significativos em termos de preços e disponibilidade do insumo.

    Um equilíbrio entre ambos os setores seria bem-vindo. De fato, o aproveitamento de gás para fornecimento à indústria constitui elemento salutar para o barateamento de custos, algo que deve impulsionar a produção industrial, ainda mais em um contexto de estímulos econômicos governamentais no âmbito da transição energética. Todavia, as empresas de óleo e gás precisam de um ambiente de negócios seguro e previsível que lhes possibilitem o fornecimento estável. Isso, com efeito, também depende da melhoria da infraestrutura de escoamento, algo que deveria ser mais discutido pelas autoridades.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    O Brasil deverá ter, nos próximos anos, um cenário marcado por investimentos na transição energética e pela estabilidade macroeconômica (moderado crescimento na atividade industrial, inflação controlada e relativa tranquilidade no mercado de trabalho). Neste contexto, a produção de gás natural deverá crescer até o final da década. Todavia, com a infraestrutura de escoamento existente, haverá um gargalo de cerca de 35 milhões de m³/dia, de acordo com análise do BNDES. Este problema começará a se tornar significativo a partir de 2027, quando o aumento da produção encontrará limitações na capacidade de escoamento.

    As consequências desse gargalo serão evidentes. A falta de capacidade de escoamento aumentará o percentual de gás reinjetado, já que não haverá infraestrutura suficiente para transportar todo o volume produzido. Com isso, oportunidades de geração de renda e emprego, de recebimento de royalties e de incremento da arrecadação pública deverão ser perdidas. Trata-se de uma janela de oportunidade única, já que o setor de gás natural é considerado estratégico no contexto de transição energética, sendo um recurso menos poluente que as demais fontes fósseis de energia.

    Para evitar esses problemas, é essencial a expansão da infraestrutura de escoamento. Tal expansão, ainda segundo o BNDES, deve ser iniciada antes de 2027 para garantir que a capacidade de transporte acompanhe o crescimento projetado na produção. Dessa forma, será possível evitar o gargalo e suas consequências negativas, assegurando a plena monetização do gás natural e os benefícios econômicos e sociais associados.

    Cumpre observar que a Nova Lei do Gás Natural (Lei nº 14.134, de 2021) pode trazer resultados benéficos ao estimular mais concorrência e maior oferta de investimentos no setor. Adicione-se neste quadro as perspectivas de investimento da Petrobras e do novo PAC: ambos direcionam expressivos investimentos para a área de gás natural em suas projeções. No caso da Petrobras, seu plano de expansão prevê alocação US$ 9 bilhões, sobretudo em processamento  e em gasodutos até 2028. Com relação ao PAC, o setor de petróleo e gás deve receber R$ 335 bilhões nos próximos 4 anos. Se tais expectativas forem confirmadas, os gargalos poderão ser diminuídos, favorecendo a dinâmica econômica do setor. Entretanto, é preciso agilidade precisão dos agentes envolvidos.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    O equilíbrio entre oferta e demanda de gás natural liquefeito (GNL) continuará ajustado em 2024, porém com preços menos pressionados em comparação aos anos recentes, de acordo com análises de mercado. A volatilidade, entretanto, permanecerá presente em meio a um panorama geopolítico ainda instável.

    No que tange à oferta, espera-se um crescimento, embora limitado. Conforme um relatório recente da Agência Internacional de Energia (IEA), a produção de GNL deverá aumentar em 3,5% este ano, uma taxa inferior à expansão média de 8% observada entre 2016 e 2020. Possíveis atrasos em novas instalações de liquefação e restrições relacionadas ao abastecimento de gás para instalações já existentes podem retardar o crescimento da oferta global até 2025.

    A empresa de inteligência em mercados de commodities, ICIS, também prevê limitações no crescimento da oferta global de GNL. Estima-se que o suprimento mundial subirá apenas 2% este ano, alcançando 413 milhões de toneladas, o que deixará o mercado com déficit de oferta, dado que a demanda global esperada é de 5%, totalizando 424 milhões de toneladas.

    Essas análises foram feitas antes da decisão do governo dos Estados Unidos de pausar as licenças para novos projetos de exportação de GNL. Contudo, prevê-se que a moratória de Biden não terá impactos significativos a curto e médio prazos.

    Quanto à demanda, a ICIS destaca que a Europa e a China devem continuar impulsionando a procura por GNL. A China, em especial, manterá seu status como a principal compradora mundial de GNL, com um aumento esperado de 9% na demanda. Esse crescimento, juntamente com o aumento previsto de 7% na Índia, deverá compensar o declínio nas compras do Japão e da Coreia do Sul, na Ásia.

    Com relação ao Brasil, a expectativa é que o preço do gás caia na ordem de 13,8% em relação ao ano passado. Influenciarão nesse cenário os novos acordos de fornecimento estabelecidos pela Petrobras, os custos associados à importação da Bolívia e a demanda doméstica. Com base nesses elementos, o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) estima que o preço médio do gás natural continuará em declínio e deixará de ser de dois dígitos a partir de 2027 e 2028.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A guerra na Europa se estende há quase 2 anos e, em breve, o continente entrará novamente no inverno, o que tem gerado preocupações no mercado de gás natural internacional. O diretor geral da agência reguladora do setor de gás da Alemanha disse em entrevista recente, que a crise de abastecimento na Europa está longe do fim; a redução do consumo no continente segue sendo uma grande opção, especialmente diante de crescentes incertezas em relação à retomada da atividade econômica na China e um mercado de gás com pouca expectativa de expansão até pelo menos 2024.

    A Rússia reagiu ao apoio da União Europeia (UE) à Ucrânia usando como arma o seu fornecimento de gás ao bloco, que, antes da invasão, obtinha da Rússia mais de um terço da demanda do produto. A estatal russa Gazprom foi reduzindo arbitrariamente o fornecimento através do Nord Stream 1, o maior gasoduto da Rússia para a Europa, até fechá-lo por tempo indeterminado, a partir de agosto de 2022. Na Europa, a resultante escassez de gás causou temores de falta do produto e racionamento de energia no inverno. Os preços do gás no continente dispararam para um máximo histórico, acima dos 343 euros por megawatt-hora no final de agosto de 2022, puxando a inflação do bloco.

    Embora o cenário mais catastrófico não tenha se materializado, isso obrigou demandantes, em particular a Alemanha, a buscar alternativas de fornecimento, além de novas fontes de energia. Os elevados preços da energia prejudicaram a competitividade internacional da Alemanha. De acordo com um relatório recente da Câmara de Comércio e Indústria Alemã (AHK), quase um terço dos fabricantes alemães estão considerando ou já implementando planos para transferir sua produção para o exterior diante dos elevados custos de energia no país.

    Por aqui, o Brasil segue recordes de produção e os planos da Petrobras, maior empresa brasileira, levam em consideração a ampliação da oferta. Isso, contudo, poderá contribuir para que, no médio prazo, o país venha ser um importante ofertante global, a despeito da necessidade de importação ainda hoje.

    Analista Responsável Marcos Henrique


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A produção de gás natural brasileira atingiu o recorde de 138 milhões de metros cúbicos por dia (m³ / dia) em 2022, superando em 2,98% a marca dos 134 milhões registrados em 2021; apenas o Pré-Sal foi responsável por 101,56 milhões de m³/d de gás natural por meio de 135 poços. De acordo com relatório da ANP, em dezembro, o aproveitamento do gás natural foi de 97,4%.  Em 2022, houve uma queima média de gás natural de 3,48 milhões de metros cúbicos/dia, representando um leve aumento de 2,95% em relação ao ano de 2021 e uma redução de 6,47% em relação ao ano de 2018.

    Parte da demanda interna brasileira por gás natural é suprida por importações, tendo os EUA como o principal fornecedor. Os custos de importação de gás natural liquefeito (GNL) pelo Brasil tiveram forte aumento no ano passado, impulsionados pela disparada de preços no mercado internacional com a crise energética na Europa, ainda que o volume de gás demandado para geração termelétrica tenha diminuído sensivelmente. A demanda brasileira por energia das termelétricas se reduziu bastante em 2022, já que o período úmido trouxe chuvas favoráveis, que ajudaram a elevar o nível dos reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de eletricidade no país, em sentido contrário ao observado em 2021.

    Todavia, o cenário é de apreensão, especialmente diante das necessidades do velho continente, parceiro histórico dos EUA, que deve canalizar sua produção para a UE, ao menos em quanto a guerra permanecer gerando instabilidade na região. A despeito das condições positivas da produção brasileira, potencializada pelo novo marco legal do gás e os anúncios recentes de investimentos, a cautela ainda é necessária, tendo em vista a nebulosidade do cenário internacional.

    Analista Responsável Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Diante do conflito europeu, a crise energética tem se intensificado, com aumento dos preços para além das médias históricas. Dadas as incertezas no mercado de gás após a guerra na Ucrânia, o CEO da Shell Ben van Beurden, alertou que a próxima escalada do preço do gás pode ser iminente no próximo inverno. Se necessário, o consumo de energia deve ser racionado se a Rússia parar de fornecer gás, em uma conferência recentemente. Na mesma linha, a Agência Internacional de Energia (AIE) vem alertando aos europeus que reduzam o consumo de gás natural, antecipando-se às necessidades do inverno, bastante rigoroso em algumas regiões do continente. 

    O gás natural no mercado futuro está cotado em 7,444 libras por 100 mil unidades térmicas (BTU) para o mês de agosto, 90% acima do cotado no mesmo mês do ano passado. Com a continuidade do conflito europeu a tendência é que os preços continuem se elevando, podendo gerar uma crise energética a longo prazo.

    Como consequência, no primeiro trimestre do ano, o Brasil bateu recorde de gastos com importação de gás natural dos EUA, como resultado do ambiente externo conturbado. O valor desembolsado pelo Brasil para comprar gás natural dos Estados Unidos de janeiro a março deste ano foi US$ 2,1 bilhões. No mesmo período de 2021 o valor foi de US$ 572,4 milhões.

    O futuro dos preços é imprevisível, tendo em vista fatores que não correspondem apenas à oferta e demanda. Mas pode-se vislumbrar um inverno mais rigoroso e duradouro para todos, não apenas para os europeus.

    Especialista do Setor Marcos Henrique


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A semana que passou deixou boas expectativas para a indústria de gás natural. Em primeiro lugar, o novo Marco do Gás Natural foi aprovado pela Câmara dos Deputados, que aguardava melhora no ambiente de concorrência para ampliar investimentos importantes. A proposta necessita apenas de sanção presidencial, que não deve tardar, mas o setor tem expectativas positivas sobre as mudanças. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), por exemplo, estima que o Brasil deve receber mais de R$ 80 bilhões em investimentos depois de concluída a aprovação do novo marco legal.

    Entre outras medidas, destacam-se:

    Garante acesso à infraestrutura essencial por agentes do mercado;

    Estabelece o regime único de autorização para construção de gasodutos de transporte e estabelece regras tarifárias para contratação dos serviços, que serão alvo de consulta pública;

    Estabelece o chamado modelo de entrada e saída: empresas contratam capacidade de injeção (entrada) e retirada de gás (saída) dos gasodutos de transporte;

    Estabelece competências para a ANP. A agência federal do setor poderá promover medidas para obrigar agentes a ofertar gás natural para estimular a concorrências (o gas release);

    Determina regras de independência entre empresas que atuam em diferentes elos da cadeia de gás.

    Adicionalmente, o governo brasileiro autorizou uma unidade local da petroleira anglo-holandesa Shell a realizar importação de gás natural liquefeito (GNL) de diversos países ansiando o mercado brasileiro. A Shell apontou que o GNL será transportado por meio marítimo e terá como mercado potencial o segmento de usinas térmicas, distribuidoras de gás e consumidores livres.

    As autorizações valem até 2024 e estão restritas ao gás liquefeito, o que de todo modo, tende a beneficiar o setor em termos de concorrência no médio e longo prazo.

    Analista responsável Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Para o ano de 2020, em que a recuperação econômica era esperada, a pandemia de Covid-19 adiou os planos, especialmente no que se refere à produção industrial, cujo gás natural é decisivo para abastecimento energético. Diante das paralisações e do estabelecimento da crise sanitária no país, já é esperada uma crise de confiança com significativa retração da demanda e da produção industrial. 

    Assim, tanto os consumidores, como os investidores deverão postergar suas encomendas por muitos meses após o pico da crise. Setores como a construção, bem como a maioria dos segmentos da indústria de transformação (como o automobilístico, vestuário e eletrônicos) certamente amargarão maus resultados em 2020. Desta forma, a perspectiva da Lafis para o desempenho do PIB Indústria para este ano foi drasticamente reduzida, levando o setor à uma retração de 6,0%.

    Os planos de decolagem para o setor, no entanto, devem ser adiados, ao menos no curto prazo, reforçado pela queda de consumo identificada pela Abegás. No que se refere aos impactos da pandemia, a demanda no segmento automotivo foi a que mais sofreu com a adoção de medidas preventivas que mantiveram a maior parte da população em casa – especialmente nos municípios com maior quantidade de carros movidos a GNV (Rio de Janeiro e São Paulo). 

    Adicionalmente, os preços do gás natural praticados juntos às distribuidoras devem cair novamente; em 2020, o preço de referência acumula queda de 36% em dólar e 15% em real, o que deve impactar decisivamente o faturamento do setor. O marco regulatório, por sua vez, que tem como objetivo melhorar o ambiente de concorrência, ainda não saiu do papel e deve adiar os investimentos por enquanto.

    Especialista do Setor Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Em 2019, a produção de gás natural atingiu recorde de 44,7 bilhões de metros cúbicos, alta de 9,3% em comparação com o observado em 2018. De acordo com dados publicados pela ANP, cerca de 66,8% da produção nacional de petróleo e gás é oriunda dos campos do pré-sal, o que equivale a 85,4 milhões de metros cúbicos de gás por dia. No ano passado, a Petrobras deu início a suas operações em quatro plataformas, sendo que a última, a P-68, localizada nos campos de Sururue Berbigão, na Bacia de Santos, passou a funcionar em novembro. No que se refere à concentração da produção, a Petrobrás foi responsável por 74,9% da produção de petróleo e gás, enquanto a Shell, empresa anglo-holandesa, ficou com fatia de 12,2%.

    A participação do gás natural na matriz energética vem crescendo em outras regiões do Brasil como, por exemplo, na região Norte. O Gás Natural já abastece 43 empresas do Polo Industrial de Manaus, abrindo novas possibilidades de investimentos. Mais limpo do que outras fontes de energia, o gás reduz paradas para limpeza dos equipamentos, pois não emite partículas e alcança curvas de temperatura que garantem elevados padrões de qualidade. Além disso, o fornecimento canalizado descarta necessidade de estoque e abastecimento por caminhões.

    No entanto, em função dos efeitos produzidos pela pandemia global de Covid-19, a Petrobras, maior player do setor no Brasil, desativou ao menos 45 plataformas de petróleo e gás nos estados do Sudeste e Nordeste, com remanejamento de pessoal, inclusive demissões. Adicionalmente, a crise do petróleo desencadeada no plano internacional pelo conflito entre Rússia e Opep, aumentam as pressões sobre a empresa brasileira que, por sua vez, impôs um corte de 200 mil barris de petróleo (bpd) por dia, como forma de enfrentamento da crise.

    A perspectiva positiva observada até o final de 2019 manifestava-se não apenas pelos resultados obtidos no ano passado, mas também pela possibilidade de abertura do setor para maior concorrência, como manisfestada em nota de uma entidade representativa em fevereiro último, a IBP: “O realinhamento dos investimentos ora em curso insere-se neste contexto de abertura de mercado e deve ser estimulado como forma de gerar emprego, renda e desenvolvimento a partir da atuação de novas empresas nos diferentes setores da indústria de óleo e gás, um dos segmentos mais importantes para o crescimento do Brasil.” Neste sentido, pode-se dizer que os planos estão adiados, ao menos para 2021, por enquanto.

    Especialista do Setor Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Desde que as manifestações contrárias à renúncia de Evo Morales por parte de seus apoiadores começaram, uma preocupação ronda o governo brasileiro. O país vizinho fornece 30% do gás natural que o Brasil importa e o acirramento político poderia levar a completa paralisia no fornecimento. A empresa boliviana, que é estatal, a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), enviou uma carta ao governo argentino afirmando que o fornecimento de gás pode ser afetado em razão das “limitações” atuais da usina de Carrasco. As Forças Armadas do país retomaram o controle das instalações, mas a usina ainda opera com a metade da capacidade.

    No que se refere ao fornecimento para o Brasil, o impacto, ao menos por enquanto, ainda é nulo. Os campos operados pela Petrobrás, no sul da Bolívia, ficam em uma região onde há menor tensionamento político até o momento. Por outro lado, existe o temor de que uma instabilidade política prolongada leve a ações de extremistas em outros campos, o que poderia afetar o fornecimento para o Brasil.

    Destaca-se, no entanto, que a Petrobras tem um plano de contingência para esses casos. A principal estratégia é a redução do consumo próprio de gás natural em suas plataformas, além da importação de Gás Natural Liquefeito (GNL). Os três terminais, situados na Baía de Guanabara, no Rio, na Bahia e no Ceará, têm capacidade total de importação de pelo menos 35 milhões de metros cúbicos de gás natural. O setor de gás, bem como o de petróleo e energia em geral, vem passando por um processo de abertura à concorrência e os efeitos desta natureza tem potencial para afastar investidores.

    Especialista do Setor: Marcos Henrique.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O governo do Rio Grande do Sul encaminhará, ainda no primeiro semestre, um projeto de marco legal para o gás natural no estado. O objetivo é criar regras mais transparentes para esse mercado, além de outras medidas, como a instituição da figura do consumidor livre (um grande cliente, como uma indústria, que pode escolher de quem vai comprar o gás). Hoje, a Petrobrás é monopolista no estado, distribuindo o gás através da Sulgás. 

    O secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior, destaca que as novas regras permitirão condições para que mais fornecedores de gás natural atuem na região, aumentando a oferta do insumo. Com um marco legal estabelecido para o setor, argumenta o dirigente, o RS demonstra ao mercado que está se abrindo à concorrência, o que aumenta a oferta e contribui para redução dos preços. Outro ponto relevante é que trará mais segurança jurídica para iniciativas como a produção de gás através do carvão.

    Essa consideração baseia-se no fato que a proposta terá reflexos no ambiente de operação da Sulgás. "O que a gente entende é que a companhia de gás estadual tem que administrar os gasodutos e os acessos a esses gasodutos e cobrar por isso, agora, a molécula (o gás em si) não precisa ser necessariamente (cobrado) pela Sulgás", sustenta. A alteração das regras deixaria menos "estatal" esse modelo e envolveria mais players privados. 

    Especialista do Setor Marcos Henrique.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A Petrobras anunciou nesta semana que venderá o Campo de Juruá de extração de Gás Natural da Bacia do Solimões (AM). A empresa detinha 100% de participação. Segundo a companhia, a concessão para exploração foi outorgada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 1998, e o contrato expira em 2025 e integra o marco zero das concessões.

    Os reservatórios do Campo do Juruá foram descobertos em 1978 e desde então foram perfurados 15 poços, oito deles classificados como produtores e quatro completos para produção, mas deverão ser vendidos para a iniciativa privada, uma vez que,  tendo em vista que foram descobertos campos mais rentáveis pela estatal na região.

    As vendas refletem a nova política da Petrobras, na busca da eficiência e redução dos custos considerados “desnecessários” para o novo momento da empresa.

    Especialista do Setor: Ricardo Quirino.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O gás natural é fortemente voltado para o setor de transportes na Europa, em especial automóveis e veículos pesados, tendo em vista o seu custo em comparação aos combustíveis fósseis e a poluição gerada pelos mesmos. No entanto, estudos já começam a ser elaborados visando a aplicação do gás natural no setor maritimo, o que  já é feito no Reino Unido e na Noruega.

    O combustível mais utilizado pelo setor marítimo hoje no Brasil é o óleo combustível, que é derivado de um dos tipos mais pesados e poluentes de petróleo que existe. Com as mudanças nas exigências de emissão de poluentes, cresce a necessidade de combustiveis menos tóxicos, por isso o gás natural começará a ser estudado como uma nova alternativa. Outro fator importante é a exigência da Organização internacional marítima desde 2015 de redução do uso de combustíveis poluentes em locais da Europa, mas que podem ser extendidas para outros locais do planeta.  

    Assim, apesar de ser uma alternativa recente, os estudos já estão ocorrendo sendo baseados na experiência internacional, o que, tornando-se uma realidade, deverá auxiliar e ampliar o faturamento do setor de gás natural no médio e longo prazo, tendo em vista a grande frota marítima brasileira. 

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A Comgás, empresa distribuidora de gás natural sob o controle da Cosan desde novembro de 2012, irá investir R$ 870 milhões em 2013. A maior parte dos recursos serão destinados para expandir a rede de distribuição de gás. A Comgás possui uma rede de 9 mil quilômetros e planeja criar mais 1.300 quilômetros neste ano para que possa estender seus domínios para importantes regiões do interior de São Paulo, como Hortolândia, Piracicaba, São João da Boa Vista e Taubaté. Além disso, cerca de R$ 170 milhões serão destinados para reforçar o sistema de distribuição em 26 quilômetros de gasodutos submersos na represa Billings, entre São Bernardo (região do Grande ABC) e a capital paulista.

    Destaca-se o foco da empresa em direcionar  investimentos principalmente na distribuição residencial e de GNV (Gás Natural Veicular), pois ambas apresentar grande potencial de crescimento e maior rentabilidade ante as outras demandas de gás natural. 

    O setor de gás natural nos últimos anos vem caminhando para elevar a participação do consumo residencial no seu faturamento, não só por apresentar-se como uma opção mais rentável de investimento, más também por apresentar menor risco, haja vista que o consumo industrial e para termogeração são mais sucetíveis a variações, seja pelo nível da atividade econômica, seja pelo volume de chuvas e nível dos reservatórios das hidrelétricas.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A Gasmig investirá R$ 5,65 milhões para a construção de parte do anel sul da rede de gás natural que servirá as residências da Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O empreendimento deve ser concluído em fevereiro de 2013. No entanto, para atender toda a Região Centro-Sul de BH a empresa investirá R$ 150 milhões até 2014, num trajeto de 150 quilômetros.

    É importante destacar que a ampliação dos gasodutos com o obejtivo de atender a demanda residencial configura-se tendência do setor, pois esse segmento oferece uma maior rentabilidade. Em contrapartida, apesar de rentável, o consumo desse segmento ainda é pouco representativo; em abril de 2012, por exemplo, foi responsável por 1,37% de toda a demanda de gás natural, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (ABEGAS).


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A partir do dia 1° de junho  a Comgás terá reajuste em sua tarifa de gás natural, da ordem de 22%. Trata-se de uma regra de contrato da distribuidora com a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo).

    O motivo para tal reajuste é que, por contrato, as empresas podem repassar toda a variação do preço do gás boliviano, que segue a cotação do dólar. Como, nos últimos meses o Real tem apresentado desvalorização ante o Dólar, o preço do gás importado aumentou. É importante destacar o impacto negativo que tal mudança gera, principalmente nos custos indústrias, dado que o gás natural é uma importante fonte de energia além de ser um insumoque. Desta forma, o setor industrial que há tempos pleiteava por uma desvalorização cambial constatou que, se por um lado tal movimento aumenta as receitas com as exportações, por outro pressiona os custos atrelados a variação cambial (como o gás natural).

    No entanto, para o setor de gás natural o reajuste é fundamental. Caso o mesmo não ocorresse, existiria uma pressão sobre a Petrobras (como ocorre, por exemplo, com a gasolina que a empresas vende à preços subsidiados no mercado interno), que é responsável de repassar o gás para às distribuidoras. Ademais, sem o reajuste, até mesmo as próprias distribuidoras poderiam ser prejudicadas, caso tivessem que arcar com custos maiores sem que os mesmo fossem repassados aos consumidores finais.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A Comgás, maior empresa distribuidora de gás natural do Brasil, anunciou que tem planos de investir R$ 1,5 bilhão nos próximos três anos. Esses recursos serão utilizados para ampliar a rede de dutos da companhia na Região Metropolitana de São Paulo e no interior do Estado.

    É importante destacar que a prioridade dos investimentos da empresa concentra-se nos consumidores residenciais e comerciais. A explicação para o direcionamento dos recursos para estes dois nichos específicos de mercado pode ser melhor compreendida por meio de dois fatores: em primeiro lugar, devido a maior margem que ambos os segmentos de consumo representam frente aos demais; em segundo lugar, devido ao fato dos clientes industriais já estarem quase que totalmente atendidos, dependendo assim apenas do crescimento absoluto na produção destes, e portanto, de seus respectivos setores de atuação para que haja um crescimento do consumo de gás natural.

    Esta tendência apresentada pela Comgás não é um fato isolado. Dados da Abegas apontam para uma forte expansão do número de clientes residências atendidos pelas distribuidoras, que, assim como a Comgás, buscam expandir suas redes e atender a um nicho de mercado que tem se mostrado rentável e com um grande potencial de crescimento.  


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    Foi anunciado ontem (12 de agosto), que a OGX, empresa do grupo EBX de Eike Batista, encontrou "meia Bolívia" em gás natural no Maranhão. O gás foi encontrado no poço OGX-16, a uma profundidade de 1.654 metros, à aproximadamente 260 km de São Luis, capital do Maranhão. Segundo o empresário, o potencial das reservas pode chegar a 15 trilhões de pés cúbicos, o que levaria a uma produção de 15 m³ por dia, ao longo de 40 anos, volume equivalente a 25% da produção diária brasileira que atualmente é de 57 m³.   

    OGX planeja investir US$ 400 milhões na operacionalização de poços na Bacia do Parnaíba. A perfuração do OGX-16 continuará sendo feita até atingir sua profundidade total, estimada em 3.450 metros. A expectativa é de que sejam encontrados mais dois reservatórios. As reservas serão exploradas pela OGX, que deverá entregar o gás para a MPX (empresa de geração de energia do grupo EBX), para produzir energia elétrica em usinas movidas a gás natural.  Segundo Eike, a primeira termelétrica na região, pode começar a funcionar em dois anos.

    Com este novo achado de gás natural no Maranhão, entre tantos outros indícios de hidrocarbonetos que vem sendo observado, o Brasil cada vez mais se insere como um importante player no segmento energético global. Pois, além das já tão alardeadas descobertas do pré-sal (que são amplamente promissoras), outras novas fronteiras de exploração vem se apresentando cada vez mais viáveis, como é o caso das descobertas em solo na Amazônia e agora este novo campo no Maranhão. No entanto, apesar destas boas noticias, é necessário que a legislação brasileira, principalmente no caso do gás natural, avance de forma mais substanciosa, pois, até o momento a tão propalada lei do gás ainda não saiu do papel, o que faz com que o uso do gás natural no país não avance de forma ainda mais satisfatória.  


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A Petrobrás anunciou a compra de 100% da distribuidora de gás canalizado Gás Brasiliano Distribuidora (GSD) nesta última sexta-feira, dia 28, através de um aporte de US$ 250 milhões. A empresa estava sob o controle da italiana Eni, da Comgás e da Gás Natural São Paulo Sul (SPS).

    A concretização da negociação permitira à estatal nacional explorar a distribuição de gás natural no estado de São Paulo, maior mercado consumidor de energia do país, a empresa disputou a aquisição da concessionária com mais cinco concorrentes, sendo: Mitsui, Cosan, Termogás, Promigás e Fundo InfraBrasil do banco Santander. A Petrobrás já havia feito ofertas a GDB em ocasiões passadas.

    A estatal objetiva, através da aquisição, ultrapassar as metas de vendas da distribuidora, que se comprometeu junto à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) a atingir a venda de 1,2 milhão de metros cúbicos por dia em 2014. A Gás Brasiliano vende hoje uma média de 560 mil metros cúbicos por dia. Além disso, o objetivo da estatal é verificado devido

    à sua grande utilização do produto, visto que apenas no primeiro trimestre deste ano, de uma média de 48,8 milhões de metros cúbicos por dia de gás que chegou ao mercado nacional neste período, 39,8 milhões foram consumidos pela estatal.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
     A Petrobras confirmou, dia 07/04, que irá baixar o preço do gás natural para as distribuidoras. O objetivo é reduzir o custo do combustível para o consumidor final em um momento em que sobra gás natural no mercado, devido à crise internacional, que derrubou o consumo do produto. Hoje, no Brasil, estão deixando de ser usados cerca de 18 milhões de metros cúbicos de gás natural.
     O alto custo do combustível foi uma das razões que fizeram com que muitas empresas trocassem o gás por outra fonte de energia. O preço do gás vendido pela Petrobras se baseia em contratos firmados em 2008, antes da crise econômica, quando havia a ameaça de falta do produto. Desde o início de abril de 2009, no entanto, o Brasil já paga 44% a menos pelo gás vindo da Bolívia.
     Sendo assim, a Petrobras fará o primeiro leilão da história de venda de gás, no dia 24 de abril. Na ocasião será oferecido o volume que está sem comprador por causa do preço. Irão participar 27 empresas distribuidoras de gás espalhadas pelo país. São essas companhias que vendem ao consumidor final o gás natural, usado em indústrias, carros e residências.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O projeto de construção de um gasoduto de 8.000 km cortando a América do Sul foi arquivado pelo governo brasileiro. O anúncio foi feito dia 20/02. A crise financeira mundial foi um dos fatores que motivaram a suspensão, de acordo com o assessor presidencial para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, no portal Terra.
    Segundo o Ministério das Minas e Energia, em outubro de 2008, estudos da Petrobras concluíram que o gasoduto - com preço aproximado de R$ 23 bilhões - não seria viável economicamente. Mesmo que temporário, o cancelamento combale os planos para a integração econômica e de infra-estrutura da América do Sul. O projeto vinha sendo avaliado por uma comissão técnica bilateral.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    O Brasil anunciou no início de janeiro que iria reduzir a quantidade de gás natural importado da Bolívia. O corte no volume de gás de 30 milhões de m³/dia para cerca de 19 milhões de m³/dia será mantido até abril/09. Nesse período, as hidrelétricas serão acionadas, desligando, assim, as termelétricas movidas a gás.
    Apenas as usinas nucleares de Angra 1 e 2 (que geram 1.200 MW) e as termelétricas Norte Fluminense 1 e 2 (400 MW) permanecem ligadas, por produzirem energia barata. Ao todo, as usinas que serão desligadas geram 8 mil MW.
    A redução na quantidade de gás natural importado da Bolívia representará uma economia de US$ 600 milhões ao Brasil.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    O trecho catarinense do Gasoduto Brasil-Bolívia, atingido pelas enchentes em Santa Catarina, deve voltar a operar até o final de dezembro. As estimativas foram feitas pelo Governo Federal.
    O Estado não está recebendo entre 2 e 4 milhões de metros cúbicos de gás e por isso, caminhões levam gás para o local diariamente. A tubulação da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) foi rompida dia 23 de novembro, prejudicando o envio de gás para Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
    Em Santa Catarina, o fornecimento foi interrompido para cerca de 140 indústrias e 80 postos de gás natural veicular (GNV). No Rio Grande do Sul, o gás deixou de chegar a 87 indústrias, incluindo uma refinaria da Petrobras e 59 postos de GNV.
    Como alternativa, parte da indústria dos Estados está usando GLP (gás de cozinha), que precisa ser transportado por caminhão e tem maior custo. O setor residencial e comercial de Santa Catarina pode ser abastecido até o fim do ano com o gás que ainda resta nas tubulações, segundo a SCGás (companhia de gás catarinense). Após esse prazo, o Vale do Itajaí e todo o Sul do Estado devem ficar sem abastecimento de gás natural caso não haja reestabelecimento.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    Semana passada, protestos na Bolívia contra o governo de Evo Morales fizeram com que a remessa de gás natural ao Brasil chegasse a cair 90%, em mais uma demonstração da fragilidade institucional que o país andino atravessa. A Bolívia abastece mais da metade do mercado de gás natural do Brasil, através de um gasoduto de três mil quilômetros de comprimento, dirigido por uma empresa binacional, com capacidade para transportar 30 milhões de metros³ por dia do combustível. Esse gás importado atende a demanda de 60% do Estado de São Paulo.
    O ministro de Minas e Energia afirmou posteriormente que o Brasil iria estocar gás para evitar problemas no futuro. O ministro confirmou que o envio de gás da Bolívia para o Brasil estava “quase totalmente estabelecido" na quinta-feira (11/09).
    Com a crise, os bolivianos estão deixando de exportar 3 milhões de m³ do total de cerca de 30 milhões de m³ enviados diariamente ao Brasil, ou seja, 10%.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A descoberta do poço de Júpiter, anunciada ontem pela Petrobras, pode ser decisiva para o Brasil conseguir a auto-suficiência na produção de gás natural. O diretor de Exploração e Produção da companhia evitou dar estimativas de possíveis reservas na região, mas frisou que o campo da Bacia de Santos foi o primeiro situado na camada do pré-sal em que o poço descobridor localizou apenas gás natural e condensado, sem ocorrência de óleo associado.
    O diretor lembrou ainda que o novo achado da Petrobras – que detém 80% da região, enquanto a portuguesa Galp possui os 20% restantes – deve contribuir também para facilitar a posição brasileira nas negociações futuras com países fornecedores de gás natural. Mas a produção de gás a partir de Júpiter não deve acontecer no curto prazo: estima-se entre cinco ou seis anos, concomitantemente a vultosos investimentos na área.