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    Após um ano marcado por uma redução do faturamento do setor, fruto da reacomodação dos preços dos principais combustíveis no país, em 2024, a receita de vendas do setor deverá voltar a apesentar expansão.

    Na somatória dos desempenhos, as vendas de combustíveis em geral apresentaram expansão de 4,9% se são comparados os resultados dos primeiros oito meses de 2024 com relação ao mesmo período do ano anterior. No geral, os dados positivos obtidos nos primeiros oito meses deste ano devem-se, sobretudo, aos bons resultados de vendas de etanol e diesel.

    Não obstante a expansão das vendas do diesel e etanol impactarem positivamente, muito deste movimento deverá se dar em virtude de uma nova onda inflacionária no preço dos combustíveis fósseis. Esta elevação de preços, por sua vez, deverá acontecer em virtude da reoneração destes em âmbito estadual (recomposição das alíquotas do ICMS em diversos estados nacionais), bem como pela prevista elevação do preço internacional do petróleo, dado o ambiente geopolítico marcado por conflitos em importantes regiões produtoras da commodity.

    Cabe ressaltar que tais vetores positivos para o faturamento não representam melhoras nas margens operacionais das distribuidoras por se tratarem se elevações de custos (tributário e insumo) para estas.

    Analista Responsável Felipe Souza


    O setor de distribuição de combustíveis automotivos deverá sofrer com os impactos econômicos negativos advindos da Medida Provisória (MP) 1227/24, anunciada pelo Ministério da Fazenda para aumentar a arrecadação da União como compensação à desoneração da folha salarial dos 17 setores que mais empregam e dos municípios.

    Ele é mais um dentre diversos setores que poderão serem afetados caso a MP, recentemente publicada, seja mantida pelo Legislativo.

    A medida, que restringe o uso de créditos tributários de PIS/Cofins, acaba por limitar em alguns casos, a possibilidade das empresas de usar esses créditos para abater o pagamento de outros tributos, como imposto de renda e contribuição previdenciária.

    O repasse desse valor para os consumidores pode levar a um aumento no preço da gasolina de 4% a 7%. No diesel, o impacto seria de 1 a 4%, segundo cálculos do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás).

    Analista Responsável Felipe Souza

     


    Após um ano marcado por uma redução do faturamento do setor, fruto da reacomodação dos preços dos principais combustíveis no país, em 2024 a receita de vendas do setor deverá voltar a apresentar expansão.

    Não obstante a expansão das vendas do diesel e etanol impactarem positivamente, muito deste movimento deverá ocorrer em virtude de uma nova onda inflacionária no preço dos combustíveis fósseis.

    Esta elevação de preços, por sua vez, deverá acontecer em virtude da reoneração destes em âmbito estadual (recomposição das alíquotas dos ICMSs em diversos estados nacionais), bem como pela prevista elevação do preço internacional do petróleo, dado o ambiente geopolítico marcado por conflitos em importantes regiões produtoras da commodity.

    Analista Responsável Felipe Souza

     


    Após passados alguns meses em que a Petrobras colocou fim à sua condução de precificação baseada na  “política de preço de paridade internacional” (PPI), os players e analistas do mercado de combustíveis automotivos estão se acostumando a monitorar diariamente um gargalo diferente.
    Se antes, com a PPI em voga, era comum se ter notícia diária de elevação ou redução do preço dos principais combustíveis para acompanhar as variações dos preços internacionais destes que eram, por sua vez, diariamente impactados pelas variações da cotação de petróleo no mercado internacional e que prejudicava o planejamento logístico por não haver nenhuma previsibilidade acerca de um de seus maiores custos operacionais, hoje em dia o gargalo se dá de forma distinta.
    Atualmente, distribuidoras de combustíveis estão reclamando de restrições na oferta de diesel em diferentes regiões do país. A falta de diesel no mercado nacional se dá em razão à nova política de preços da Petrobras, que mantém os valores do mercado interno congelados por longos períodos, desestimulando as importações. Como o país (Petrobras) ainda não é auto suficiente na produção maioria de combustíveis, sobretudo do diesel, ainda se depende das importações, que hoje não encontram sentido econômico para entrada no país que vende combustível abaixo de um preço razoável que garanta certa rentabilidade ao negócio.
    Pois então temos esse novo dilema, elevar o preço do diesel para garantir abastecimento pleno em todas as regiões do país ou congelar o preço a fim de garantir maior previsibilidade de custo e menor inflação? Qual é a parte que se quer cobrir com o cobertor curto?

    Analista Responsável Felipe Souza


    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    Como último ato deste mutante status tributário se deu pela decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), publicada em Diário Oficial da União, de fixar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com alíquota única de R$ 1,45 sobre a gasolina a partir de 1º de julho. 
    Segundo eles, o valor do novo ICMS equivale a uma alíquota de 27,5%, superior, portanto, aos 18% usados como teto para outros produtos.
    Atualmente, em São Paulo, por exemplo, a alíquota equivale a R$ 0,89 por litro. Com a mudança, haverá uma diferença de R$ 0,56 por litro.
    Baseado no atual valor do ICMS, que varia de acordo com cada estado, calculou-se quanto será o aumento da gasolina. Na tabela abaixo, está descrito quanto será o acréscimo após a aplicação do imposto único de R$ 1,45. Se nenhuma medida de redução de preço entrar em vigor até lá, o valor do litro vai disparar em todos os estados.

    Analista Responsável Felipe Souza


    O Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) editou medida que estabelece alíquota fixa (ad rem) do ICMS da gasolina e do etanol anidro em R$ 1,4572 por litro, a ser praticada em todo o território nacional a partir de 1º de julho.

    Com isso, finaliza-se o embate travado entre estados e União, uma vez que a medida uniformiza a alíquota em valor único nacional, evitando assim desequilíbrios e distorções no mercado de combustíveis (principalmente para os consumidores) que tinham que lidar com carga tributárias diferentes a cada Estado brasileiro, em razão de diferentes estratégias de tributação que cada Estado adotava de forma desintegrada.

    Para os Estados, por sua vez, a medida ainda é mais benéfica, pois a decisão do Confaz confirma a elevação da carga tributária da gasolina em todos os entes federados. Até então o ICMS mais caro pertence ao Estado do Piauí, com alíquota de 23%, levando a cobrança de R$ 1,24. São Paulo e Rio de Janeiro, por sua vez, arrecadavam R$  0,90 e R$ 0,94 centavos, respectivamente.

    Analista Responsável Felipe Souza

    Depois de ser promessa eleitoral de praticamente todos os candidatos no período eleitoral, a proposta de manutenção das desonerações tributárias dos combustíveis segue ainda em discussão. Pode-se separar em duas vertentes: a primeira trata-se das desonerações dos impostos federais e a segunda do ICMS estadual.

    Representantes do setor de combustíveis têm dúvidas quanto à manutenção da isenção dos impostos federais sobre os produtos em 2023, e veem com incerteza ainda maior a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora o orçamento da União considere uma renúncia fiscal de mais de R$ 50 bilhões com a prorrogação da isenção da Cide e PIS/Cofins em 2023, no caso desses últimos tributos a nova isenção precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. Já a lei que estabeleceu um teto para o ICMS é considerada inconstitucional por Estados e discutida na Suprema Corte.

    Um eventual fim da isenção, seja de PIS/Cofins (federal), seja do ICMS (estadual) sobre os combustíveis tem o potencial de elevar os preços a partir de 1º de janeiro, uma vez que a legislação atual prevê o benefício só até 31 de dezembro.

    Analista Responsável Felipe Souza


    O presidente Jair Bolsonaro sancionou o teto de 17% para o ICMS sobre combustíveis, aprovado na semana passada pelo Congresso, 

    No entanto, com os vetos presidenciais aos trechos incluídos pelo Senado que beneficiariam os Estados na compensação pela perda de receita com o tributo, inicia-se uma verdadeira batalha judicial que será travada no Supremo e que os Estados não estão dispostos a perder.

    Não é por menos que os governadores de onze Estados protocolaram de imediato uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) para questionar a lei complementar 192, que fixa uma alíquota única do Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) para o diesel.

    Segundo a ação, "trata-se de verdadeira 'caridade com chapéu alheio', uma liberalidade orçamentária a ser sofrida pelos Estados, DF e municípios, todos surpreendidos pela medida unilateral, autoritária, drástica e com graves efeitos imediatos para os combalidos cofres desses entes".

    Neste sentido, já se sabe que as novas alíquotas ainda não podem ser consideradas certas para o setor, uma vez que a probabilidade de reviravoltas judiciais é muito provável nos próximos dias.

    Analista Responsável Felipe Souza


    No comentário feito anteriormente , havia-se argumentado que teriam duas saídas, caso as autoridades intentassem barrar ou pelo menos amortizar a iminente elevação dos combustíveis internamente: ou a opção de reformar a política de precificação da Petrobras, despareando o preço do nosso petróleo (e por conseguinte dos combustíveis derivados) do dólar e do preço internacional do brent; ou as diversas propostas (em forma de Projetos de Lei e Medidas Provisórias) que visavam alterar a composição dos impostos incidentes na cadeia produtiva do petróleo, ou mesmo criar uma espécie de fundo compensatório, como uma forma de subsidiar o preço final dos combustíveis, quando houver oscilações abruptas em seu preço.

    E foi o que aconteceu.

    Pressionada pelo avanço das cotações do petróleo com a guerra entre Rússia e Ucrânia e pelo risco real de desabastecimento de combustível já no início de abril, a Petrobras anunciou no dia 10 de março reajustes nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. No caso da gasolina, o reajuste para as distribuidoras é de 18,8%. O preço médio nas refinarias da estatal passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o aumento é ainda maior, de 24,9%. O valor subirá quase R$ 1 por litro, de R$ 3,61 para R$ 4,51. Segundo o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), foram os maiores reajustes ao menos desde o início da política atual de preços, em 2016.

    Não por menos, a reação das autoridades públicas veio quase que instantaneamente, quando poucas horas após o anúncio da Petrobras, a Câmara dos Deputados aprovara o projeto de lei que altera a regra de cálculo do ICMS sobre combustíveis, inclusive importados. O texto também concede isenção do PIS/Pasep e da Cofins em 2022 sobre os combustíveis. A proposta, que já havia sido aprovada pelo Senado, será enviada à sanção presidencial, que provavelmente será assinada em breve.

    Em vez de uma incidência percentual sobre o preço, as alíquotas incidirão sobre a unidade de medida (litros, por exemplo) uniformemente a todos os Estados, que antes podiam definir independentemente as alíquotas, sendo agora definidas pelo Confaz, levando-se em conta as estimativas de evolução do preço dos combustíveis de modo que não haja ampliação do peso proporcional do tributo na formação do preço final ao consumidor.

    Segundo o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o projeto tem impacto para reduzir em até dois terços o reajuste do diesel nas bombas.

    Também corre em processo de aprovação a criação de um fundo de estabilização do preço dos combustíveis. O governo vai estabelecer um valor máximo para a variação dos preços dos combustíveis derivados do petróleo, do gás de cozinha e do gás natural. Sempre que o preço dos produtos ultrapassar esse limite, o governo usará o valor do fundo para arcar com a diferença. A conta será abastecida com recursos que virão de royalties oriundos de participações do governo no setor de petróleo e gás, resultantes da concessão e da comercialização do excedente em óleo no regime de partilha de produção, ressalvadas as parcelas já vinculadas a determinadas áreas.

    Além disso, apesar de não ver com bons olhos a medida, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu ainda que o governo pode criar um programa de subsídios para os combustíveis, caso a guerra na Ucrânia se agrave, com maiores pressões sobre as cotações do petróleo no mercado internacional, numa clara intensão de direcionar parte dos recursos públicos para subvenção dos combustíveis, caso seja necessário.

    Analista Responsável Felipe Souza


    Atualmente, o debate sobre o preço dos combustíveis vem ganhando cada vez mais atenção dada a deflagração de um cenário de constantes elevações do preço internacional do barril de petróleo, desvalorização cambial e a legitimidade da atual política de precificação dos combustíveis pela Petrobras, tudo isso dentro de um ambiente pré-eleitoral.

    As propostas colocadas na mesa são muitas e vão desde a criação de um fundo de estabilização, mudanças nos tributos federais e estaduais, passando por ideias populistas, como imposto de exportação sobre o petróleo e política de preços baseada nos custos de extração do petróleo e de refino.

    De toda forma, pode-se observar que o nível atual da cotação internacional do petróleo ainda não atingiu níveis do pós crise subprime. 

    Isso faz crer que o comportamento do preço do petróleo não esteja percorrendo trajetória errática, mas sim de recomposição, o que sugere por sua vez, que o problema da elevada inflação da matéria-prima seja de caráter mais permanente, ao de um desequilíbrio momentâneo.

    Talvez seja por isso que cresce a pressão e o interesse público neste debate e dele se originem diversas “saídas” de diversas naturezas. Destas diversas propostas podemos as dividi-las em dois grupos de atuação: num primeiro grupo (grupo 1), tem-se todas as propostas que intencionam reformar a política de precificação da Petrobras, despareando o preço do nosso petróleo (e por conseguinte dos combustíveis derivados) do dólar e do preço internacional do brent; em um segundo grupo (grupo 2), surgiram diversas propostas (em forma de Projetos de Lei e Medidas Provisórias) que visam alterar a composição dos impostos incidentes na cadeia produtiva do petróleo, ou mesmo criar uma espécie de fundo compensatório, como uma forma de subsidiar o preço final dos combustíveis, quando houver oscilações abruptas em seu preço.

    Assim, vemos alguns atores já articulando em direção específica a um dos dois grupos. Em falas recentes, o candidato a presidência e ex-presidente Lula diz que não manterá dolarização de preços de combustíveis como ocorre atualmente com a política de preços praticada pela Petrobras se for eleito.

    Já no outro grupo (grupo 2) diversas propostas formais já surgiram. Ao mesmo tempo que governadores discutem a criação de um fundo que permita a estabilização do preço dos combustíveis ao consumidor que redirecionaria parte dos lucros da Petrobras e impostos de importação e exportação para este fundo, duas propostas de Lei atuam no sentido de reduzir, ou mesmo eliminar os impostos incidentes nos combustíveis sem qualquer contraprestação fiscal, ou seja, apenas criando um gasto extra e aumentando as despesas públicas.

    Caso se ponha em prática a opção do grupo 1, muito provavelmente haverá um movimento de fechamento do mercado interno da Petrobras para evitar que esta intervenção direcione toda a produção para fora, uma vez que criaria automaticamente um gap enorme entre o preço praticado no mercado interno x mercado internacional 

    Na opção do grupo 2, para baratear o preço, não há outra formar de fazê-lo que não seja via dinheiro público (bancado pelas finanças públicas ou mesmo a parte pública do lucro da Petrobras). Se for sob a lógica do teto, dever-se-á redirecionar verba de alguma outra política pública ou pasta para criação de tal subsídio ou fundo de estabilização de preço. Caso seja praticado fora do teto  de gastos, fatalmente iremos aumentar nosso déficit primário.

    Cabe agora somente observar os movimentos econômicos e principalmente os políticos que cada grupo possua, pois qualquer palpite de qual prevalecerá parece bastante difícil nesse exato momento.

    Analista responsável Felipe Souza

    No dia 30 de junho, a Petrobras deu o passo final encerrando o processo iniciado em 2019 de desestatização da BR Distribuidora.

    De fato, em 2019, a BR Distribuidora já não era controlada completamente pela Petrobras, mas sim 67,5% de suas ações (que constituía participação majoritária), quando sua direção havia decidido liquidar 30% do seu capital, ficando com 37,5% da participação.

    Assim nessa semana, a petrolífera vendeu 37,5% do capital da distribuidora (o restante total de sua participação), precificando a oferta a R$ 26 por ação. O resultado fora o surgimento de uma demanda de investidores de cerca de R$ 23 bilhões, mais que o dobro valor total arrecadado pelo lote (oferta que levantou R$ 11,4 bilhões para o caixa da estatal).

    A ação não altera, pelo menos no curto prazo, a estratégia operacional da BR Distribuidora que continuará a ser uma das líderes de mercado junto a Ipiranga e não prevê mudança estratégicas quanto ao seu público-alvo, regionalização ou novos segmentos. No entanto, o mercado de distribuição passa a não ter mais participação estatal, algo inédito na história do setor.

    Analista Responsável Felipe Souza

    Está em andamento uma complexa discussão acerca da forma de tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis (gasolina, etanol, diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha) entre os estados.

    Por meio do Projeto de Lei Complementar (PLP) 16/21, o governo federal propõe um ICMS sobre combustíveis com cobrança monofásica e por unidade de medida a ser taxada uniformemente em todos os estados. Com isso, em vez de um percentual a ser determinado pelos estados sobre os preços de venda dos combustíveis, o imposto seria pago pela aplicação de um determinado valor por metro cúbico comercializado, de forma uniforme em todo território nacional, se diferindo apenas para cada produto. Atualmente o ICMS sobre combustíveis tem alíquota diferenciada entre os estados, sobre o mesmo produto. Para a gasolina comum, tipo C, por exemplo, as alíquotas variam de 25% a 34%.

    Tal projeto de lei, se sancionado poderia tornar a tributação muito mais simples, além de provocar uma redução do preço final dos combustíveis, o que seria significamente benéfico para os postos, distribuidoras e consumidor final. No entanto, poderia representar uma perda significativa de recursos para os estados. Luiz Claudio Gomes, secretário-adjunto da Fazenda de Minas Gerais e representante do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda  (Comsefaz) para o tema, destaca que o setor de combustíveis é uma das principais fontes de ICMS, respondendo por 20% da receita com o imposto. A proposta federal, ressalta, ameaça uma arrecadação estadual agregada de cerca de R$ 80 bilhões anuais.

    Além do benefício que o setor ganharia (sobretudo aqueles que estão fixados em Estados que atualmente tem alíquotas inferiores para o ICMS), a Lafis acredita que o projeto só terá viabilidade prática se o Governo Federal ou os estados apontarem meios de compensação da arrecadação perdida para não correrem o risco de serem penalizados pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Analista Responsável Felipe Souza

    Com a queda do consumo, tanto por carros de passeio, quanto por veículos pesados, (tudo devido às medidas de restrição de circulação de pessoas, assim como a proibição das atividades consideradas não essenciais) o mercado brasileiro automobilístico registrou números negativos nesse período da crise decorrente da pandemia do novo coronavírus. 

    Em 2020, as vendas de veículos leves sofreram queda de mais de 18%, já os veículos pesados (ônibus e caminhões), a queda foi de 10,6%. Já com relação as vendas dos principais combustíveis, os números ainda são parciais, mas já dão os contornos das perdas sofridas neste ano: queda de -1,0%, -9,1%, -16,0% respectivamente para as vendas de óleo diesel, gasolina e etanol. 

    Os números referente às vendas de combustíveis que ainda sairão nos próximos meses só confirmarão que 2020 será marcado provavelmente como o mais atípico da história do setor de veículos e de combustíveis automotivos. No entanto, apesar dos resultados serem muitos ruins, uma análise conclusória deve ser comedida, sendo melhor esperar como o mercado se comportará no pós-pandemia.

    Analista Responsável Felipe Souza

    A demanda global por gasolina, diesel e etanol deverá retornar aos níveis anteriores à pandemia no final do ano que vem. Pelos menos este é o entendimento de diversos executivos do setor.

    Pelas projeções Lafis ao final deste ano, o consumo dos três principais combustíveis automotivos (pela ordem, diesel, gasolina e etanol) somarão 107,95 bilhões de litros, uma redução de 8,5% frente ao consumo total em 2019, quando foram consumidos 118,01 bilhões de litros.

    Apesar da Lafis também apostar numa normalização do consumo ao final de 2021, quando os níveis de consumo atingirão os mesmos patamares pré-crise Covid-19, o resultado agregado anual só deverá ser ultrapassado ao final de 2022, quando deverão serem consumidos 120 bilhões de litros.

    Além disso, o caminho para a recuperação deve ser difícil, e a indústria de energia deve estar pronta para atender aos choques de demanda ajustando a produção de refinarias e com armazenamento suficiente para lidar com o excesso de oferta quando este surgir, disseram os executivos.

    Especialista do Setor Felipe Souza.

    Para tornar o setor muito mais coeso e informativo, houve inclusão de mais um elo da cadeia de valor dos combustíveis automotivos: os postos revendedores - ou postos de gasolina.

    Assim, a nova abordagem do setor compreenderá os segmentos: distribuição e revenda dos combustíveis automotivos, com enfoque em suas estruturas produtivas, custos, preços, demanda, além das projeções de vendas e faturamento.  Além disto, a Lafis incluiu o GNV para compor a gama de combustíveis automotivos a ser retratada nos estudos do setor. Deste modo o Relatório irá abordar o processo de geração de valor da gasolina, etanol, óleo diesel e GNV que perpassa os elos da distribuição e revenda para o consumidor final. 

    Esta será a nova configuração de um setor que, diante de projeções Lafis de que as vendas de combustíveis só voltem ao patamar pré-crise em 2022. Por isso, tanto as distribuidoras, quanto os postos revendedores devem se preparar para um tempo de muita incerteza e volatilidade de preços. 

    Para saber mais sobre o setor de Combustíveis Automotivos e outras atualizações setoriais entre em contato conosco através do email atendimento@lafis.com.br.

    Especialista do Setor Felipe Souza.

    Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro aventou hipoteticamente a possibilidade de um cenário onde os tributos federais e estaduais incidentes sobre os combustíveis fossem zerados. A saber, nos combustíveis, há a incidência de CIDE e Pis/Cofins no âmbito federal, sendo cobrado ICMS pelos estados.

    Mesmo sendo praticamente impossível a consolidação deste cenário, o argumento foi utilizado pelo presidente como forma de retórica de expor a alta carga incidente sobre os combustíveis no País, fator que seria o grande responsável pelos altos preços praticados nas bombas aos consumidores.

    Mas de fato, o preço do combustível praticado no Brasil é maior que o praticado pelo restante do Mundo?

    Pelo rankeamento feito em 164 países pela Global Petrol Prices, o Brasil se situa na parte média no ranking dos países com preço da gasolina mais elevado. No entanto, a grande parte do valor cobrado aos consumidores se dá em virtude dos altos impostos cobrados sobre o produto nas bombas. O preço do combustível ao consumidor é atualmente composto por cerca de 39% de carga tributária (ICMS, Cide, PIS/Pasep e Cofins).

    Mesmo que seja evidente que os altos tributos são um dos grandes responsáveis pelo preço cobrado, o debate acerca do nível ideal dos tributos incidentes se refere mais ao pacto social escolhido pela sociedade do que uma discussão setorial, uma vez que, em virtude da situação fiscal (que se refere aos gastos públicos versus arrecadação), o governo não pode abrir mão da receita gerada por esses tributos. Em 2019, a CIDE arrecadou 2,8 bilhões, enquanto o Pis/Cofins sobre os combustíveis foi responsável pela entrada de 24,6 bilhões no orçamento público. Dinheiro importante para os estados e União que, ano após ano, opera em déficit em sua maioria. Assim se todos os tributos fossem retirados imediatamente, isto deixaria federação e estados em situação fiscal ainda mais delicada do que a atual.

    Especialista do Setor Felipe Souza

    Nesta semana, a Petrobras anunciou a venda de 30% das ações da subsidiária BR Distribuidora por R$ 8,6 bilhões.

    Com a venda das ações, o controle da subsidiária responsável pela distribuição de combustíveis passa a estar em mãos privadas, uma vez que a petrolífera reduziu sua participação na empresa de 71,25% para 41,25% - abaixo dos 50% necessários para o controle da empresa. A participação da estatal na subsidiária de postos de combustíveis pode ser ainda mais reduzida, para 37,5%, com a colocação no mercado de um lote adicional de papéis nos próximos dias.

    Este movimento vai de encontro com duas diretrizes já amplamente explicitadas: a primeira faz parte da estratégia de geração da caixa e redução das operações que não são o core business da petrolífera estatal. A venda também é parte da visão de um Estado reduzido, seguida pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, cuja equipe econômica é liderada pelo ministro Paulo Guedes de influência mais liberalizante.

    Especialista do Setor Felipe Sanches

    A Petrobras parece estar dando mais um passo importante ao seu processo de restruturação. A estatal, que hoje é proprietária majoritária da Petrobras Distribuidora com 70% de seu capital, deu início ao processo de venda de uma fatia de 30% de ações distribuidora. A ideia é fazer uma oferta secundária das ações, pulverizando esta fatia à pequenos acionistas na Bolsa de Valores de São Paulo.

    Com isso a Petrobras deixará de ser acionária majoritária, pois deixará de deter pelo menos 50% do controle, fazendo com que a BR Distribuidora deixe de ser considerada uma empresa estatal.

    A priori esta ação não altera o market share do mercado de combustíveis, pois se trata de uma transferência acionária. No entanto, isso deverá representar um aporte adicional que poderá ser utilizado para investimentos, repercutindo em aumento das operações e ganhos de share. 

    Especialista do Setor Felipe Souza.

    Desde que a Petrobras modificou sua política de precificação da gasolina e do diesel, o preço de venda de tais combustíveis fósseis, tanto junto às distribuidoras quanto ao consumidor final, vem subindo de forma contínua e gradativa em todo o país.

    Nesta nova orientação, a Petrobras agora se baseia, principalmente, em dois fatores na tomada de decisão: o preço do petróleo no mercado internacional (incluindo gastos com transporte e taxas portuárias) e uma margem que serve para cobrir impostos e proteção de riscos, como variações na cotação do dólar. A política também visa preservar o nível de participação no mercado e garantir que os preços nunca fiquem abaixo do praticado no exterior.

    Assim, influenciada pelo aumento do dólar e do petróleo no mercado internacional, a escalada de preços dos combustíveis se intensificou neste mês, irritou consumidores e motivou uma greve de caminhoneiros. Dessa forma, os eventos ocorridos recentemente nos deixam uma indagação bastante relevante, sendo que sua resposta é muito útil para o entendimento deste mercado: o preço da gasolina e do diesel no Brasil é realmente elevado quando comparado com o os demais países?

    Diferentemente do que está no imaginário popular, o Brasil se situa na parte média no ranking dos países com preço da gasolina mais elevado. No entanto, grande parte do valor cobrado aos consumidores se dá em virtude dos altos impostos cobrados sobre o produto nas bombas. Atualmente os seguintes tributos incidem sobre os combustíveis: ICMS; Cide-combustíveis; PIS e Cofins; e Imposto de Importação.

    O preço final da gasolina ao consumidor é composto por três parcelas: realização do produtor ou importador, tributos e margens de comercialização. No Brasil, esta margem de comercialização equivale às margens brutas de distribuição e dos postos revendedores de gasolina.

    No preço que o consumidor paga no posto pela gasolina C, além dos impostos e da parcela da Petrobras, também estão incluídos o custo do Etanol Anidro (que é fixado livremente pelos seus produtores), os custos e as margens de comercialização das distribuidoras e dos postos revendedores.

    Já para o diesel, a parcela "Tributos" mostra que, apesar da carga tributária praticada no Brasil para o diesel ser inferior à da gasolina, esta ainda é bastante elevada.

    Assim, mesmo com a pressão por parte dos consumidores, qualquer medida que reduza o preço da gasolina e do diesel será acompanhada por perda de algum envolvido: se for via redução do preço junto à Petrobras, neste caso, a margem operacional desta seria reduzida ainda mais, afetando sua sustentabilidade, sendo este o cenário mais grave. Sobretudo, quando se considera que o momento vivido pela petrolífera é de urgência de sua recuperação de seu caixa, dado os revezes financeiros sofridos em anos anteriores, além da credibilidade junto aos investidores e acionistas

    Caso seja custeada pelo governo (via isenção de impostos), teria um impacto negativo nas contas nacionais, além de desfalcar a verba tarifária que seria direcionada a outras áreas, dentre elas a previdência. Parece que o cenário pode ser descrito pela metáfora “o que temos é um cobertor muito curto para se cobrir por inteiro”... 

    Especialista Responsável Felipe Souza


    Após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) rejeitar, por unanimidade, a compra da distribuidora de combustíveis Ale pela Ipiranga, estas deverão se voltar à estratégia de consolidação via crescimento orgânico, deixando de lado, a estratégia de crescimento baseado em grandes fusões e aquisições.

    Esta análise se mostra, cada vez mais consensual entre os players do setor, uma vez que tal ação do Cade sinaliza que não serão aceitos mais projetos de expansão via aquisições, com exceção de pequenos grupos regionais que detém menor fatia de mercado.

    O motivo para a recusa se deu, pois, caso fosse aprovada a transação sem restrições, elevaria a participação da Ipiranga dos atuais 21% para 25%, acima do limite legal de 20% para operações de fusões e aquisições.

    Assim, com a perspectiva de inalteração de share das quatro grandes companhias do setor (Petrobras Distribuidora, Ipiranga, Raízen-Shell e ALE SAT) em um horizonte de tempo visível, o foco de atuação destas passa a ser o esforço em barrar o avanço das chamadas “distribuidoras regionais”. Apenas no último ano, a Ipiranga perdeu 9% do seu volume, enquanto a Alesat perdeu 1,8% de volume para as empresas regionais, as quais, ganharam 10% em volume. Além do mais, em diversos estados, sobretudo no Norte e Nordeste, são estas que lideram o mercado. 

    Especialista do Setor: Felipe Souza.


    Após meses de especulação em relação a possibilidade do Governo alterar as alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre os combustíveis, nesta semana, foi anunciado aumento da alíquota de PIS/Cofins sobre a gasolina, o etanol e o diesel.

    A alíquota para gasolina subirá de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 por litro, representando uma elevação de de R$ 0,41 por litro. Em relação ao diesel a alíquota passará de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 por litro, o que representa uma expansão de R$ 0,21 por litro. Já para o etanol, houve um aumento de R$ 0,12 para R$ 0,1309 no caso da tributação incidida na produção, sendo que para os distribuidores, ela sairá de zero para R$ 0,1964.

    Esta ação terá duas consequências. A primeira diz respeito ao aumento da competitividade do etanol em relação à gasolina, uma vez que o preço do combustível fossíl será elevado de forma mais intensa do que o combustível renovável. Já a segunda, deverá ter um efeito prejudicial para o setor como um todo, dado o aumento do custo tributário do setor, que certamente será repassado de forma integral para os consumidores, o que deverá refletir em uma retração das vendas do setor após o aumento, tendo em vista o cenário econômico desafiador que têm imposto uma restrição no orçamento das famílias e empresas.

    Especialista do Setor: Felipe Souza.


    O mau momento vivido pela economia brasileira afetou o mercado de distribuição de combustíveis como revelam os dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Segundo a agência, as vendas dos quatros principais com combustíveis no Brasil (gasolina, etanol hidratado, diesel e Gás Liquefeito de Petróleo - GLP) caíram 2,9% em 2016, onde foram consumidos cerca de 683 milhões de beps (barris equivalentes de petróleo) frente aos 703 milhões de beps consumidos em 2015.

    As vendas da gasolina se expandiram 4,6% no período, bem como o consumo do GLP que cresceu 1,1% em 2016. Por outro lado, o consumo de etanol hidratado recuou 18,3%, o do diesel caiu 5,1% em relação a 2015.Este foi o segundo ano consecutivo com resultado negativo no que se refere ao quantum consumido pelo mercado interno, o que demonstra que a situação operacional do setor já vem se deteriorando em um período prolongado.

    Por sua vez, o faturamento do setor apresentou crescimento 7,0% no ano passado, muito mais em virtude dos expressivos aumentos dos preços dos combustíveis do que, como já visto, pela expansão das vendas destes. A saber, o preço médio da gasolina nas distribuidoras se elevou em 11%, do óleo diesel inflacionou 6,5% e do etanol hidratado expandiu se em 22,8% em comparação aos preços médios de 2015.

    Além do mais, tal resultado do faturamento, que a primeira vista pode parecer ser positivo, não representa uma boa notícia quando se desconta deste a inflação de 2016 (que pelo índice oficial, o IPCA apresentou variação positiva de 6,29%). Assim sob este prisma, o setor praticamente não apresentou evolução de seus resultados financeiros o que é preocupante para as distribuidoras que estão vendo suas margens de venda, ano a ano, apresentarem retração.

    Mesmo que tal cenário de queda nas vendas e margens das distribuidoras vista nestes últimos anos provavelmente não volte a ocorrer em 2017 (sobretudo porque é projetado uma redinamização da atividade econômica e uma queda nos níveis inflacionários), o esperado baixo crescimento econômico ainda deixa estreita a “margem de manobra” dos players do setor que deverão criar estratégias para capturar e fidelizar clientes à sua marca, de forma que esta pequena janela de oportunidade que representa o ano de 2017 para a retomada do crescimento mais robusto do faturamento não seja desperdiçada. 

    Analista Responsável pelo Setor: Felipe Silva.



    Após duas quedas consecutivas, a Petrobras anunciou esta semana um significativo aumento do preço da gasolina e do diesel de respectivamente 8,1% e 9,5% junto às distribuidoras. Se repassado integralmente aos postos de combustíveis e, por conseguinte ao consumidor final, o preço do diesel poderá subir cerca de R$ 0,17 por litro, e a gasolina, R$ 0,12 por litro, como mesmo alegou a estatal.

    Este foi mais um movimento da nova política de definição dos preços dos combustíveis que, desde outubro passou a contar com um comitê (o Grupo Executivo de Mercado e Preços- GEMP) que se reune mensalmente para fixar tais preços junto às distribuidoras. Assim, os preços dos principais combustíveis comercializados pela Petrobras, que anteriormente eram regulados diretamente pelo Governo (maior acionista da estatal) passaram a obedecer sobretudo os condicionantes do mercado, como as variações (para cima ou para baixo) do câmbio e dos preços do petróleo no mercado internacional.

    Desta forma, a antiga política de estabilização, de certa forma artificial, dos preços internos dos combustíveis, que fora duramente criticada pelo agentes econômicos e até pelos consumidores finais foi substituída por uma política muito mais flexível. 

    Apesar desta nova política ainda ser recente, ela já traz em evidência algumas consequencias tanto positivas quanto negativas. Se por um lado ela reflete com maior acuracidade e agilidade as condições de oferta e damanda do mercado interno e externo de forma a preservar o real valor dos combustíveis (os quais são alguns dos mais importantes preços da economia) bem como a saúde financeira da Petrobras, por outro torna-se muito mais volátil, fato este que, além de representar mais um componente potencialmente inflacionário, torna-se um vetor de disseminação de incerteza quanto ao planejamento da maioria das empresas que arcam, em grande parte, com aumentos dos custos logísticos e das famílias que veem seu poder de compra reduzido diretamente (via elevação do preço da gasolina nas bombas) e indiretamente (já que a maioria dos bens de consumo e gêneros alimentícios acabam por incorporar grande parte dos aumentos dos custos de transporte).  

    Analista Responsável pelo Setor: Felipe Souza


    A Petrobras acaba de anunciar, pela segunda vez em menos de um mês, uma redução dos preços da gasolina e do diesel sobre o preço no atacado para os distribuidores. A referida  queda fora de 3,2% para a gasolina e de 10,4% no Diesel.

    Mas então, quais seriam as razões para esta explicita resistência à queda dos preços dos combustíveis referidos praticados pelas distribuidoras e pelos postos de combustível? 

    A primeira razão se dá pela evolução inflacionária do preço do etanol. Este combustível renovável, que atualmente compõem em 27% cada litro de gasolina, sofreu um aumento de 13,3% apenas nos últimos 4 meses (de julho à outubro) em razão do período de entressafra.

    As duas outras outras razões são originárias das próprias condições do mercado: as regras atuais estabelecem o tabelamento dos preços dos combustíveis apenas quando são comercializados da Petrobras para as distribuidoras. Assim, quando há um anúncio de redução (ou elevação) dos preços pela petrolífera, este é repassado integralmente às distribuidoras. No entanto, as distribuidoras e os postos de combustível não estão sujeitos as mesmas regras quando comercializam os combustíveis, cabendo a estes decidirem se repassam tal variação ao seus respectivos preços finais ou não. E para isso, eles não somente olham o custo de aquisição do combustível, mas também outras condições como as condições regionais de demanda e oferta, as variações dos impostos incidentes, outros custos operacionais como salário de sua mão-de-obra, o preço do frete dentre outros.

    Por fim, a última razão se respalda nas atuais (estreitas) margens operacionais que as distribuidoras operam atualmente. Pelos dois gráficos abaixo podemos observar que, nos componentes (custos) dos preços finais da gasolina e do diesel (mensurados em 2015), as margens operacionais são apenas, na melhor das hipóteses, o terceiro maior componente e não representam o lucro das distribuidoras, pois destas, devem se descontar outros custos operacionais (como mão-de-obra) e financeiros. Nestas condições, fica evidente que uma redução da “Gasolina A” muito provavelmente não será repassada ao consumidor final, dado que as distribuidoras e os postos desejam absorve-la de forma a recompor suas margens, compensando o aumento do “etanol anidro” para manter inalterada a taxa de lucro do negócio.   

    Analista Responsável pelo Setor: Felipe Souza.


    A Petrobras anunciou recentemente que irá praticar uma redução dos preços da gasolina e do diesel em suas refinarias. Com isso os preços de vendas do diesel e da gasolina para as distribuidoras foram reduzidos em 2,7% e 3,2% respectivamente. Assim, segundo a petroleira, se as referidas reduções anunciadas forem repassadas integralmente pelo postos de combustíveis  aos consumidores, o preço final do diesel poderia recuar 1,8%, ou R$ 0,05 por litro, já o preço final da gasolina poderia cair 1,4%, ou R$ 0,05 por litro.

    No entanto, mesmo com este anúncio, muito provavelmente os consumidores da gasolina não sentirão os efeitos positivos em seus bolsos, e a razão disto se dá em virtude da dinâmica oposta do preço do etanol anidro. Somente nestes útimos meses do ano, devido este período ser o início da entressafra da cana-de-açúcar, projeta-se uma elevação de mais de 10% do preço do etanol anidro. Como, atualmente, a mistura permitida por lei da gasolina é composta por 27% de etanol anidro, certamente a elevação de seu preço mais que compensará a redução da gasolina, fazendo com que o preço da gasolina suba ao invés de recuar para o consumidor final.

    Além do mais, dada a estreita margem operacional que as distribuidoras operam atualmente, “o repasse da redução do preço da gasolina e do diesel torna-se inviável” alega o Presidente do sindicato que representa os postos de combustíveis no Estado de São Paulo (Sincopetro)      

    Analista Responsável pelo Setor: Felipe Souza


    Foi anunciado que a Ipiranga, do Grupo Ultrapar adquiriu, em sua totalidade, o controle Alesat Combustíveis e dos ativos que integram a sua operação (ALE). O valor global da transação totaliza R$ 2,168 bilhões. Até o posicionamento do Cade, as companhias manterão as suas operações totalmente separadas e seguirão atuando como concorrentes efetivas.

    Este movimento tem como objetivo principal acelerar o rítmo de crescimento das vendas de combustíveis da Ipiranga para abocanhar uma fatia maior do market share do mercado de vendas de combustíveis, principalmente no Nordeste onde a Ale tem forte presença, em um momento onde seu principal concorrente e lider de mercado, a Petrobras considera abrir mão de parte do controle da BR Distribuidora (sua subsidiária responsável pela comercialização de combustíveis) como forma de reduzir o tamanho de sua dívida em detrimento de sua proposta de manutenção de sua condição de liderança neste mercado.

    Além disso, a expectativa da Ipiranga é de que, com a aquisição Ale, a rede ganhe mais força no segmento de lojas de conveniência (setor este que a Ipiranga já é lider), que tem crescido na contramão da retração do comércio. 

    De acordo com dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) a Ipiranga pode abocanhar uma fatia adicional de 4,3% do mercado de vendas de combustíveis com a incorporação da Ale. Com isso, a distribuidora do Grupo Ultra aumentaria seu market share se consolidando como a vice lider do mercado.

    Analista Responsável pelo Setor: Felipe Souza


    A Petrobras anunciou que realizou reajustes nos preços de venda da gasolina e do diesel nas refinarias. O aumento anunciado para a gasolina foi de 6% e para o diesel, de 4%.  A razão para esta elevação se deposita na recente e aguda alta do Dólar que pressionou os custos da petrolífera, já que a empresa tem grande parte de seus custos atrelados a moeda norte-americana.

    O resultante aumento para o consumidor ainda é incerto, uma vez que, o repasse não é homogêneo, uma vez que o valor do combustível nas bombas depende das condições concorrenciais e regionais de cada player.

    Mesmo que a conjuntura doméstica e internacional não sejam propícias para esta anunciada elevação (uma vez que o preço internacional do petróleo se encontra em um baixo patamar histórico e, ao mesmo tempo a economia interna e a demanda agregada nacional se encontram em um momento de franca retração), este aumento se faz como condição necessária para a saúde financeira da Petrobras já que a empresa viu seu valor de mercado e seu lucro se reduzirem drásticamente (neste último ano de exercício fiscal), após eclodirem os casos de corrupção praticados pela sua alta cúpula. 

    Analista Responsável pelo Setor: Felipe Sanches.


    A Petrobras anunciou que realizou reajustes nos preços de venda da gasolina e do diesel nas refinarias. O aumento anunciado para a gasolina foi de 6% e para o diesel, de 4%.  A razão para esta elevação se deposita na recente e aguda alta do Dólar que pressionou os custos da petrolífera, já que a empresa tem grande parte de seus custos atrelados a moeda norte-americana.

    O resultante aumento para o consumidor ainda é incerto, uma vez que, o repasse não é homogêneo, uma vez que o valor do combustível nas bombas depende das condições concorrenciais e regionais de cada player.

    Mesmo que a conjuntura doméstica e internacional não sejam propícias para esta anunciada elevação (uma vez que o preço internacional do petróleo se encontra em um baixo patamar histórico e, ao mesmo tempo a economia interna e a demanda agregada nacional se encontram em um momento de franca retração), este aumento se faz como condição necessária para a saúde financeira da Petrobras já que a empresa viu seu valor de mercado e seu lucro se reduzirem drásticamente (neste último ano de exercício fiscal), após eclodirem os casos de corrupção praticados pela sua alta cúpula. 

    Analista Responsável pelo Setor: Felipe Sanches.


    O cenário econômico marcado pela retração da produção industrial e consumo das famílias já afeta a demanda por combustíveis nos primeiros sete meses de 2015. Neste período as vendas dos principais combustíveis (etanol hidratado, gasolina, óleo diesel, GLP, querosene de aviação e óleo combustível) apresentaram um volume cerca de 1% menor do que o vendido no mesmo período do ano anterior.

    O destaque negativo se deu pela queda de  5,0% no volume comercializado da gasolina em virtude do aumento do desemprego e queda do rendimento médio do trabalho. Além disto, a perda de dinamismo do setor industrial, que repercutiu numa menor produção e circulação de produtos industrializados, também é um fator que explica a queda (de -2,5% nos primeiros sete meses do ano) do consumo de óleo diesel, principal combustível dos veículos pesados. O único destaque positivo se deu pelo expressivo aumento das vendas de etanol hidratado, que ganhou competitividade em razão do aumento de preço da gasolina.

    Mesmo que tenha havido um considerável aumento de preço em quase todos os combustíveis analisados em 2015 (excluindo apenas o etanol hidratado, que sofreu uma retração de 1,3% do preço médio praticado pelas distribuidoras), a queda das vendas acabou por prejudicar a geração de caixa e os lucros das principais companhias do setor.

    Tal cenário tende a se prolongar até, pelo menos, meados de 2016, uma vez que não se vislumbra, no médio prazo, uma retomada consistente e intermitente da produção industrial, bem como do consumo. Assim, o setor deverá se acostumar a operar com resultados operacionais mais deprimidos do que os obtidos nos últimos anos.

    Analista Responsável pelo Setor: Felipe Sanches


    Já é consenso que nos próximos meses o Governo deverá voltar a cobrar a CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) no preço da gasolina. Esta contribuição está zerada desde 2012. O que não se sabe ainda é qual será a taxação a ser cobrada. Entre as opções em estudo para a volta da CIDE, está uma taxação superior à que vigorava em 2011, quando o governo começou a reduzir as alíquotas. Naquela época, a tributação era de R$ 0,192 por litro de gasolina e R$ 0,07 por litro do diesel.

    Além disto, o Governo também estuda atualizar a aliquota do PISCofins cobrada sobre os derivados do petróleo. O PIS-Cofins é cobrado na forma de um valor fixo que incide sobre o litro de combustível vendido. Esse valor não é reajustado há vários anos e está defasado.

    O aumento de impostos faz parte da estratégia do governo para elevar a arrecadação e atingir a meta de superávit primário. A expectativa é que a arrecadação, apenas com a volta da Cide, supere R$ 10 bilhões por ano.  

    Caso os combustíveis derivados do petróleo sofram esta recomposição tributária, isto poderá tornar o etanol muito mais competitivo frente a gasolina, podendo alterar significativamente a matriz nacional de combustíveis. Vale ressaltar que este efeito poderá ser, em parte neutralizado pela queda do petróleo praticado pela Petrobrás, que é influenciado pela queda do preço da commodity no mercado internacional. 

    Analista Setorial: Felipe Sanches


    Iniciada sua operação (do 1º trecho) em agosto de 2013, mais uma fase de construção das obras do alcoolduto da Logum está em fase final, e deve começar a operar já em agosto deste ano. As obras fazem parte do megaprojeto da empresa Logum Logística de instalar uma linha de alcoolduto de Goiás ao Rio de Janeiro, em um total de 1,3 mil quilômetros (projetado para transportar 4,3 bilhões de litros por ano), com investimentos de aproximadamente R$ 6 bilhões.

    No entanto, mesmo operando no epicentro da produção de cana-de-açúcar do País (levando etanol anidro e hidratado de Ribeirão Preto, região produtora, até Paulínea - onde se concentram as principais petroleiras e distribuidoras de combustíveis do Brasil - , o primeiro trecho do duto de etanol, ainda está com elevada ociosidade, com uma taxa de ocupação de apenas 10% da capacidade total instalada.

    As razões para esta baixa taxa de ocupação perpassam tanto por questões fiscais, como operacionais,  que atrasaram o ritmo de crescimento previsto. Até agora, já foram investidos cerca de R$ 1,8 bilhão no projeto.

    A distribuidora Latina foi adquirida integralmente pela Raízen. O valor da operação não foi divulgado pelas duas companhias.

    A distribuidora Latina atua na Região Sul com 220 postos de combustível no Rio Grande do Sul, 30 unidades de serviços em Santa Catarina e 20 no Paraná, além de 6 bases de distribuição na Região Sul. Com a aquisição a Raízen (que já detém 260 postos Shell no Rio Grande do Sul) eleva a competição regional e nacional entre ela, a BR Distribuidora e a Ipiranga.

    Em virtude da alta concentração do setor, as grandes empresas apostam na encampação de postos sem distribuidor exclusivo, a chamada "rede branca", como estratégia de crescimento. Atualmente, o mercado brasileiro de bandeira branca compreende cerca de 15 mil clientes recorrentes, detendo 1.750 postos em 22 estados. Em 2013, a comercialização de etanol hidratado, gasolina tipo C e óleo diesel nos três Estados da região Sul representou 18,6% das vendas de todo o país.

    Acompanhando as boas perspectivas de faturamento do setor de combustíveis distribuição e o estímulo governamental dado ao segmento, duas empresas anunciaram grandes cifras em investimentos. 

    A Ipiranga, integrante da holding "Grupo Ultra" anunciou planos para investir cerca de R$ 858 milhões no intuito de encampar para marca novas unidades independentes (bandeira branca), novos postos, além de planejar expandir o número de lojas de conveniência. A companhia planeja se fortalecer nas regiões Norte e Nordeste com maior base de recepção de combustíveis. Na área de logística a Ultracargo, que se tornou a maior empresa de armazenagem de granéis líquidos (combustíveis e produtos químicos) do país, a expansão vai ocorrer focando o segmentos de distribuição de combustíveis nessas regiões.

    Por sua vez, a Cosan aposta na infraestrutura como principal foco dos investimentos previstos para 2013,  como forma de reduzir custos e melhorar margens da companhia. A Raízen Combustíveis, uma empresa coligada à Cosan, terá a seu dipor cerca de R$ 500 milhões.


    Foram anunciados uma medida provisória e um decreto que dão incentivo tributário à venda de álcool no País.

    Um dos incentivos da Medida Provisória nº 613 é a instituição de crédito presumido de PIS/Pasep e da Cofins na venda de álcool tanto para importadores, quanto para produtores. Esse crédito poderá ser requerido em relação a vendas efetuadas até 31 de dezembro de 2016. O Governo também editou o Decreto nº 7.997 que altera os coeficientes de redução das alíquotas de PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda de álcool. 

    Com tais ações o Governo pretende, além de subsidiar a produção do etanol, reduzir os tributos de sua comercialização. Estas medidas tentam estimular as vendas deste combustível na tentativa de minorar as perdas no setor provindas do baixo volume de vendas do etanol. 


    A Dislub Equador está investindo cerca de R$ 260 milhões no desenvolvimento do que será o maior porto fluvial do Brasil. A opção de se lançar o projeto no município de Itacoatiara (AM) foi tomada pelo fato de que, além de ser uma região apta a atender integralmente os mercados de Rondônia, Roraima, Amazonas, Acre, Pará e Amapá, se localiza antes do ponto de restrição de navegação do Rio Amazonas. Ao final da implantação, o terminal terá capacidade de armazenagem para 160 milhões de litros.

    O primeiro porto flutuante da região Norte terá tecnologia e equipamentos que hoje só existem em plataformas de petróleo, que possibilitarão sua operação durante todo o ano, inclusive no período de seca. As áreas de armazenagem de combustível da empresa também serão incrementadas com mais quatro novas bases de estocagem. 

    O empreendimento visa contemplar a região Norte que, por ser uma área ainda em desenvolvimento, apresenta algumas limitações quanto à distribuição de combustíveis. O porto também prestará serviços a terceiros, tendo a Petrobras como seu principal cliente.


    A ALE anunciou que pretende investir cerca de R$ 155 milhões em 2013. As ações incluem melhorias na logística da rede,  infraestrutura, bases de armazenagem e distribuição (R$ 35 milhões) e outros R$ 15 milhões para ampliar a frota de caminhões da empresa. O destaque, no entanto, será a ampliação dos negócios da companhia via aquisição de novos postos de combustíveis. A expectativa é que 160 pontos de venda sejam incorporados à rede, que é formada atualmente por cerca de 2 mil postos.

    A empresa busca expandir suas oportunidades incentivada pelos bons resultados obtidos em 2012, quando a companhia investiu R$ 130 milhões e ampliou sua rede de postos com a aquisição de 213 unidades no Brasil. O cenário positivo para a venda de combustíveis levou a empresa a aumentar também seu volume de venda em 13% e a atingir o recorde de 400 milhões de litros comercializados em um único mês em 2012.

    Além disso, o setor está sendo beneficiado pelas medidas do governo em relação às vendas de automóveis e combustíveis (dentre elas, a redução do IPI para automóveis) que prometem alavancar a faturamento do setor.


    A BR Distribuidora anunciou seu novo plano de investimentos no qual a empresa direcionará cerca de R$ 5,6 bilhões ao setor de logística, bem como à ampliação e modernização da fábrica de lubrificantes, à instalação da fábrica de Graxas no Rio de Janeiro e para as adequações necessárias a operação do diesel de baixo teor de enxofre. O prazo para a conclusão destes investimentos está previsto para até 2016.

    Sem dúvidas o setor mais beneficiado foi o de logística que recebeu R$ 2,5 bilhões, muito em virtude das fortes pressões advindas da demanda por combustíveis que o setor vem presenciado nos últimos anos. Além do mais, em julho, a companhia teve dificuldades para abastecer alguns postos no interior do País por conta de complicações logísticas.

    Assim, com tal ação, a companhia espera diminuir os gargalos estruturais inerentes às regiões fora do eixo habitual de consumo, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste que apresentaram índices de expansão do PIB e de consumo de combustíveis acima da média nacional e que são áreas eleitas pelos players do setor como as regiões de maior potencial de expansão da demanda.


    A Petrobras anunciou que irá reajustar o preço de venda do diesel nas refinarias em 6% na tentativa de equalizar o preço do combustível internamente com os preços internacionais. Uma vez que o diesel vendido pela estatal detinha um valor de cerca de 23% menor em relação à cotação do produto nas refinarias norte americanas. Este aumento busca reforçar o caixa da Petrobras para impulsionar seus investimentos, além do mais, este reforço de caixa se intensifica dado que a Petrobras importa diesel pelas cotações internacionais (relativamente mais caras) para revender no mercado nacional a preços mais baixos.

    Estima-se que tal aumento não chegue integralmente ao consumidor final sendo este de cerca de 4% pelos cálculos da Petrobras (o valor inclui ainda custo do biodiesel e margens de distribuição e revenda) que detalhou a razão do percentual nas bombas ser inferior ao das refinarias. Imprecisão esta que talvez demonstre, implicitamente, a adoção futura de algum incentivo do Governo na direção de reduzir o preço final do diesel.

    Este é o segundo reajuste do diesel no Brasil  em menos de um mês. Naquela ocasião conjuntamente o Governo reduziu (a zero) as alíquotas da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidente no diesel para neutralizar os impactos dos aumentos para o consumidor final.


    A distribuidora de combustíveis ALE inaugurou sua primeira base de armazenagem e distribuição de combustíveis no município de Guamaré (RN) em um investimento de R$ 35 milhões. 

    A base terá capacidade total de movimentação de 97 milhões de litros de combustível (gasolina, diesel, etanol e biodiesel) por mês, a serem distribuídos aos postos revendedores do Rio Grande do Norte, Ceará e parte de Pernambuco e Paraíba.

    A nova estrutura em Guamaré vem ao encontro da necessidade da região, que busca novas opções para suprimento de combustíveis para todos os segmentos. Além do mais, tal ação dá continuidade à estratégia da empresa de acampar maiores porções do market share nacional e regional. Somente em 2012, a ALE investiu cerca de R$ 130 milhões todo o país.


    A Petrobras anunciou seu Plano de Negócios para 2012-2016 onde evidenciou investimentos da ordem de US$ 3,6 bilhões em sua área de distribuição destacando-se as ações de construção de duas novas bases de distribuição nas regiões Norte e Centro-Oeste; ampliação e modernização da fábrica de lubrificantes de Duque de Caxias bem como a construção de 1.275 novas lojas de conveniência BR Mania. A cifra de US$ 3,5 bilhões é referente a projetos em implantação, sendo US$ 100 milhões dedicados a projetos ainda em fase de avaliação.

    No entanto, tal anúncio veio de forma conjunta à decisão da empresa em realizar um aumento de 7,8% nos preços da gasolina e 3,9% do óleo diesel nas refinarias alegando que os preços destes combustíveis no mercado interno se encontram em um patamares menores em relação ao observado no mercado internacional e que tal defasagem prejudica o caixa da empresa. Assim, mesmo com o Governo abrindo mão da Cide para que a alta não chegue ao consumidor, o setor varejista revendedor de combustíveis já sinaliza que pode haver elevação no preço final do produto.

    Tal conjunto de ações acabou sendo providencial pois a tentativa de elevação do caixa da empresa possibilita que tais investimentos realmente se concretizem. A ocorrência de grandes investimentos na produção de petróleo e derivados (em virtude dos projetos do Pré-sal) além do aumento na produção de biocombustíveis, as ações de fomento na área de distribuição são uma tentativa de reduzir a probabilidade de que no futuro, o País apresente gargalos neste setor, o que impactaria de forma negativa em quase todos os setores da economia.


    O Cade aprovou nesta segunda semana de abril por unanimidade e sem restrições, a união entre as companhias Petrobras, Copersucar, Cosan, Camargo Corrêa, Odebrecht e Uniduto Logística no desenvolvimento, construção e operação de um sistema de dutos e terminais intermodais para o transporte e logística de combustíveis. O sistema será operado pela Logum Logística garantindo o abastecimento de gasolina, diesel e etanol tanto do mercado interno quanto para o externo.

    A decisão do Cade era aguardada desde finais 2010, quando as empresas se uniram para criar um sistema de dutos e terminais para transportar combustível, criando assim, a Logum Logística.

    O duto terá grande importância na superação dos gargalos no transporte e logística no mercado de combustíveis o que, por sua vez poderá repercutir diretamente nos preços finais do produto.


    Dando sequência ao seu plano estratégico de aquisições, iniciado em 2011, que compreende a cifra de R$ 126 milhões, a distribuidora de combustíveis Ale incorporou a rede de postos Ello-Puma em Recife, Pernambuco.

    Com a aquisição de 86 postos, a Ale passará a comercializar e distribuir cerca de 8 milhões de litros de combustíveis a mais por mês. O fornecimento às revendas Ello-Puma e aos grandes consumidores, atendidos atualmente pela distribuidora pernambucana, será feito a partir das bases de armazenagem da Ale alocadas em diversos estados do país.

    O objetivo da companhia é aumentar o faturamento anual de R$ 8 bilhões para R$ 8,5 bilhões. O setor de Combustíveis Distribuição é dominado por quatro grandes empresas: BR (Petrobras), Ipiranga, Raizen e a Ale distribuidora. Dada a grande concorrência entre estas, o movimento da Ale vai de encontro à tendência observada no setor a qual as grandes distribuidoras estão incorporando as menores buscando elevar sua margem de faturamento.


    A Raízen, joint venture formada a partir do acordo entre Cosan e Shell, cuja atividade é produzir e distribuir etanol no país, vai investir cerca de R$ 600 milhões entre este ano e abril de 2013. O objetivo da companhia é destinar recursos para terminais, tancagem e exploração de melhor escoamento de líquidos por ferrovias e hidrovia nas regiões Norte e Nordeste.  

    Segundo a Raízen, o foco é melhorar distribuição nas regiões com a substituição de caminhões por trilhos e cabotagem e, no longo prazo, ter uma integração maior com hidrovia. Dessa forma, a empresa poderá eliminar a necessidade de transportar etanol por caminhão até o porto de Itaqui, no Maranhão, substituindo-o pelo modal ferroviário que é mais barato e eficiente. 

    Com o investimento, o setor de Combustíveis e Distribuição contará com mais um modal de transporte e rotas para a distribuição de etanol nas regiões supramencionadas. A indústria será beneficiada com alternativas mais baratas para o carregamento do produto para exportação até o porto no Maranhão, o que pode resultar em maior faturamento para as empresas do setor.   


    A ALE Combustíveis, quinta maior distribuidora de combustíveis do Brasil, prevê investimentos de R$ 130 milhões em 2012. O objetivo é ampliar e renovar sua rede de postos revendedores e aperfeiçoar a logística.

    A empresa distribuirá parte do recurso para a reformulação e adequação dos postos que já são revendedores ALE, além da conversão de postos de bandeira branca, uma vez que há um volume muito grande de postos com essa característica no território nacional. Assim, a  meta é conquistar 200 novas revendas, ampliar em 8,65% o volume de combustíveis comercializado e reforçar a sua logística com a aquisição de novos caminhões.

    O investimento da ALE, se concretizado, deverá deixar o setor de combustíveis e distribuição mais dinâmico, pois com as novas áreas de abastecimento, novos pontos de revendas e a ampliação da frota de veículos aumentará a competitividade na indústria junto às outras empresas distribuidoras, ao mesmo tempo em que garantirão serviços para os consumidores, com mais qualidade e rapidez.


    A BR Distribuidora, empresa líder no segmento de distribuição de combustíveis do país,  e detentora de uma fatia de 63,5% do mercado de combustível de aviação, anunciou seu plano de inestimento de cerca de R$ 1,3 bilhão para 2012. Quantia enquadrada em seu plano estratégico de longo prazo, no qual prevê R$ 5,2 bilhões em investimentos até 2015.

    Boa parcela do aporte (R$ 178 milhões) será destinado à área de logística, incluindo a preparação da rede de postos para oferecer diesel com baixo teor de enxofre em todo o Brasil a partir de 2012. Além disto, no segmento de combustúivel de aviação, para os próximos cinco anos estão programadas obras de ampliação e modernização das bases de atendimento de diversos aeroportos, de modo a ampliar em 43 milhões de litros os atuais 400 milhões de de litros mensais de querosene de aviação oferecidos pela empresa. Atualmente o Brasil consome mensalmente cerca de 600 milhões de litros de querosene de aviação.

    Este plano de investimento tem como objetivo aumentar a estrutura produtiva da empresa para comtemplar a crescente demanda por combustíveis vista nos ultimos anos e projetadas para os próximos. Com isso a empresa espera encampar ainda mais o market share do setor, principalmente nas regiões onde ainda não controla parte substancial do mercado como por exemplo, no Sul, a BR Distribuidora detem apenas 27,6% do mercado.


    Com vista nos satisfatórios incrementos de expansão da massa salarial, rendimento médio e níveis de emprego no Brasil, bem como o crescimento da demanda por combustíveis observada em 2010 e 2011, com tendência da manutenção destes resultados para os próximos anos, a Ultrapar Participações anunciou seu plano de investimentos para 2012 onde serão investidos mais de R$ 1,088 bilhão no próximo ano.

    Somente na Ultragaz, uma das empresas subsidiárias da Ultrapar, o investimento de R$ 157 milhões será dedicado principalmente à expansão do UltraSystem, sistema de abastecimento ininterrupto utilizado em condomínios. Além disso, o valor será usado na construção de duas bases, compra de botijões e reposição de vasilhames e tanques. Na rede Ipiranga, serão dependidos R$ 775 milhões na ampliação de postos e franquias, além da construção de novas bases de operação. A Ultracargo, braço de logística da empresa, será beneficiada pelos investimentos de R$ 51 milhões para a conclusão das expansões nos terminais de Santos e Aratu.

    O consumo de combustível no país registra, desde 2008, crescimento em ritmo superior ao do Produto Interno Bruto (PIB) e a previsão do grupo é que, nos próximos anos, o crescimento se mantenha em bons níveis.


    A BR Aviation, braço da Petrobrás Distribuidora no ramo de combustíveis para aviação, investirá cerca de R$ 500 milhões. O investimento está previsto para ter duração até 2015 com o objetivo de ampliar a sua presença e capacidade de fornecimento de querosene de aviação (QAV) em todos os aeroportos brasileiros.
    O aporte representa 10% de todo recurso disponível que a Petrobrás Distribuidora terá para investir nos próximos 5 anos – um orçamento de R$ 5,2 bilhões para o seu plano de negócios. Com esta operação, a empresa espera aumentar o fornecimento de combustível com a finalidade de atender uma potencial elevação de demanda deste insumo devido aos grandes eventos que ocorrerão nos próximos anos, além de outros fatores.
    No Brasil, são poucas as companhias que atuam neste segmento de combustíveis para aviação, o que permite o surgimento de oligopólio no setor com elevadas barreiras a entrada. Esse investimento, portanto, é significativo no sentido captar maior receita para a Petrobrás Distribuidora.

    A Petrobrás Distribuidora iniciará uma obra de expansão da rede de gás natural no Espírito Santo com conclusão até o ano de 2015. O gasoduto no Estado se expandirá dos atuais de 206 Km para 393 km de extensão. Os trabalhos serão realizados nos municípios de Guarapari, Colatina, São Mateus e Sooretama e contarão com um aporte de R$ 205 milhões.
    Em uma outra operação distinta, foi anunciada pelo BNDES a liberação do montante de R$ 1,7 bilhão à Logum Logística destinado para a implantação do duto para o transporte de etanol e na instalação de centros coletores do produto. A primeira fase do projeto interligará os trechos de Ribeirão Preto-Paulínia, Uberaba-Ribeirão Preto e Anhembi-Paulínia, além dos terminais de Ribeirão Preto, Uberaba, Anhembi e Araçatuba.
    Este financiamento faz parte do conjunto de ações do PAC que prevê melhorias e expansão do sistema logístico de transporte de etanol, o qual contempla 1.330 km de dutos, com capacidade de transporte de 20,8 milhões de metros cúbicos por ano e dez terminais de armazenamento de etanol. Para tal, estão previstos aportes de cerca de R$ 5,8 bilhões. O sistema vai interligar as principais regiões produtoras de etanol aos centros consumidores da Grande São Paulo e do Rio, bem como os terminais marítimos de Ilha D'Água (RJ) e Caraguatatuba (SP), para exportação e/ou cabotagem do etanol para os demais centros consumidores do País.

    O estaleiro Rio Tietê, projeto a ser realizado pelo consórcio formado pelas empresas Rio Maguari, SS Administração e Estre Petróleo, vencedores de licitação ocorrida em 2010 com apoio financeiro do Fundo de Marinha Mercante (FMM) e viabilizado pelas encomendas do Promef Hidrovia, da Transpetro logo estará em fase de construção.
    Com isso, a previsão é de que se construam 80 barcaças e 20 empurradores (num valor de R$ 432,3 milhões, dos quais R$ 371,3 milhões serão financiados pelo FMM) para o Promef Hidrovia, vertente do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro para o escoamento da produção do Centro Oeste e Sudeste do Brasil - hidrovia Tietê-Paraná. As barcaças e empurradores construídos formarão 20 comboios, com capacidade de transporte de 7,6 milhões de litros de etanol cada, utilizando para tal vinte vezes menos combustível do que o utilizado atualmente pelo transporte rodoviário para uma mesma carga e distância.
    Tal ação detém um duplo objetivo: primeiramente é interiorizar a indústria naval aproveitando além das oportunidades das regiões banhadas pelo mar, o enorme potencial do complexo hidrográfico nacional; bem como de escoar combustível mais barato para as novas fronteiras econômicas do Brasil e trazer o etanol de forma mais competitiva e menos poluente.

    Desde o ano passado, onde o Cade e a Arsesp já haviam confirmado a aprovação da aquisição da Gás Brasiliano Distribuidora pela Petrobrás, a formalização definitiva da operação somente dependia do aval do governo estadual de São Paulo, concedido na última semana.

    Findado tais entraves jurídicos, mediante o compromisso da adquirente em segregar o preço do transporte e de fornecimento do gás, além de informar de forma transparente seus custos para a Arsesp e a Petrobrás, representada pela sua subsidiária  Petrobrás Gás formalizou o contrato de aquisição da totalidade das ações da Gás Brasiliano Distribuidora pelo valor de US$ 250 milhões.

    Com a aquisição da distribuidora, a Petrobrás passa a ser um novo player no mercado paulista de gás. A estatal informou também um plano de investimentos de R$ 106 milhões até 2014. A Gás Brasiliano possui a concessão da distribuição de gás natural na região noroeste do estado de São Paulo, em uma área que cobre 375 cidades, cujo contrato de concessão, com início em 1999, tem duração de 30 anos.


    O satisfatório resultado da receita líquida, que atingiu a cifra de R$ 42,5 bilhões em 2010, conjuntamente a boa perspectiva de crescimento do setor, fortemente impulsionado pela demanda por combustíveis em expansão, proporcionaram boas razões para que a holding Ultrapar Participações confirmasse seu plano de investimentos de 2011, cujo montante atinge R$ 1 bilhão, provindo de fontes próprias de recursos.

    Dentro do projeto, estão previstos R$ 548 milhões que serão destinados a melhorias e expansão do sistema de distribuição de combustíveis, além de 170 milhões direcionados a distribuição de gás. Grande parte destas ações ocorrerão nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste e, de forma mais pulverizada, em postos de bandeira branca.

    Com isto a perspectiva é que a holding atinja um crescimento da ordem de 20% a 25% em 2001, mesmo patamar de expansão observado nos últimos anos, onde o grupo  protagonizou movimentos importantes de consolidação, tornando-se uma das maiores distribuidoras de combustíveis do país.


    Na maioria das capitais brasileiras o etanol, que por muito tempo foi a melhor opção quando ponderados os quesitos preço e performance, em relação à gasolina, apresentou elevação no seu patamar de preços tornando-o menos competitivo, sobretudo para os veículos flex. 

    São duas as causas que impactam nos preços do etanol produzido nacionalmente. Primeiramente, as chuvas pesadas que atingiram o centro-sul, além de postergar a colheita da cana-de-açúcar, reduziu também o quantum a ser colhido, o que fez elevar o preço do etanol hidratado (usado diretamente como combustível). Distribuidores pagaram até R$ 3,00 pelo litro do etanol hidratado, muito acima dos R$ 2,10 de uma semana atrás. Já o preço do etanol anidro (que é utilizado na mistura obrigatória com a gasolina) era adquirido pelos distribuidores por cerca de R$ 1,70.

    Com isso a debandada para a gasolina minorou os estoques de etanol anidro elevando seu preço além de forçar algumas usinas a recorrer a importações para atender à demanda. Assim, o temor é que  regiões sofram, atipicamente, com escassez de etanol à níveis suficientes para atender a mistura compulsória determinada pelo governo para a gasolina.

    A mineira Ale fechou no dia 19/12 a compra da rede de distribuição de combustíveis e asfalto da Repsol no Brasil por R$ 130 milhões. Pelo acordo, os 327 postos de serviços da empresa espanhola existentes em sete Estados brasileiros passarão a ter a marca da Ale até o fim de 2010. Com a negociação, o grupo brasileiro passará a contar com uma rede de 1.700 postos em 22 Estados e no Distrito Federal, com um market share de cerca de 4,6%.
    De acordo com nota distribuída pela Ale, a aquisição significará um aumento de 20% aos cerca de 300 milhões de litros de combustíveis comercializados mensalmente pela empresa. A empresa revelou que serão feitos investimentos de R$ 250 milhões nos próximos cinco anos em logística, frota, novos postos e tecnologia da informação. O objetivo da Ale é atingir faturamento de R$ 8,1 bilhões em 2012, quando espera contar com uma rede de 2.500 postos.
    Com a venda, a petrolífera espanhola Repsol praticamente vai concentrar suas atividades na exploração de petróleo e gás no Brasil.
    O ano de 2008 encerra-se assim, caracterizado por várias movimentações no segmento de distribuição de petróleo, incluindo a compra dos ativos da Esso pela Cosan e da Texaco pelo Grupo Ultra.


    O Grupo Ultra, controlador da rede de postos Ipiranga no Sul e Sudeste do país, anunciou na semana passada a compra dos postos de combustíveis da marca Texaco no Brasil por R$ 1,161 bilhão.
    Com a aquisição, a Ipiranga se tornar vice-líder na distribuição de combustíveis no país, com cerca de 23% do mercado, ultrapassando a Shell (15%). A Petrobras, por meio da BR Distribuidora, é líder desse mercado, com 39%. A Texaco distribui combustíveis em todo o território nacional (com exceção de Roraima), através de uma rede de aproximadamente 2.000 postos. Em 2007, a distribuidora vendeu 6,7 milhões de metros cúbicos de diesel, gasolina, álcool e GNV, representando participação no mercado nacional de 9%.
    Essa á a terceira grande aquisição no setor em pouco mais de um ano. No ano passado, Petrobras, Braskem e Ultra compraram a Ipiranga – o grupo Ultra ficou com o controle dos postos da bandeira apenas no Sul e Sudeste e a Petrobras, com as demais regiões. Em abril deste ano, a Cosan, produtora de açúcar e álcool, comprou os ativos da Esso no Brasil. Esse movimento de consolidação na distribuição advém tanto do aquecimento do setor no Brasil, como das dificuldades enfrentadas por empresas menores em se manterem em um mercado com margens estreitas e concorrência desleal com postos irregulares.


    Depois de negar que iria reajustar os combustíveis em 2008, a Petrobras anunciou dia 30/04 o reajuste de 10% para o preço da  gasolina e de 15% para o do diesel, o primeiro aumento dos combustíveis no Brasil desde setembro de 2005.
    Logo após o anúncio da Petrobras, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou em Brasília que o governo decidiu reduzir a taxação sobre os combustíveis para tentar eliminar para os consumidores, nas bombas, o impacto da alta do preço da gasolina e do diesel nas refinarias. A redução, no caso, será feita no percentual da incidência sobre os combustíveis da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), uma tarifa criada inicialmente para levantar recursos para a recuperação de estradas.
    No caso da gasolina, a Cide vai cair dos atuais R$ 0,28 por litro para R$ 0,18 por litro. No diesel, a redução vai ser dos atuais R$ 0,07 para R$ 0,03 por litro. O aumento era questão de tempo por conta da discrepância entre os valores internacionais do petróleo e o preço da gasolina no Brasil. A Petrobras é responsável pelos ajustes dos combustíveis no país porque é a única que possui refinarias.

    Depois de negociações com a Petrobras e o grupo Ultra, a americana Exxon Mobil acabou vendendo os ativos da Esso no Brasil para a Cosan, empresa líder no setor sucroalcooleiro no país, pelo valor total de US$ 954 milhões, já considerados os créditos e as dívidas. Com o negócio, a Cosan tornou-se a única empresa a acumular operações de produção, distribuição e comercialização do biocombustível. A Cosan passará ainda a competir no mercado de lubrificantes, com a marca Mobil 1.
    A compra da Esso, que detém 5,9% de participação no mercado de distribuição, inclui a transferência de seus 1.500 postos de serviços, uma fábrica de lubrificantes no Rio de Janeiro e centros de armazenamento e distribuição. A bandeira Esso também será mantida.
    A compra seguiu a tendência de reestruturação do mercado de distribuição de combustíveis, que teve como último movimento, a compra da Ipiranga, ocorrida no ano passado, pela Petrobras, Grupo Ultra e Braskem. A entrada da Cosan evita, assim, uma concentração maior por parte da BR Distribuidora, que detinha, em 2007, excluindo a participação de sua parte na compra da Ipiranga, 41,5% do mercado.

    Esta semana foi divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que o consumo de álcool (anidro e hidratado) no país superou o de gasolina pela primeira vez desde o final da década de 80, no auge do Pró-Álcool. De acordo com os dados, em fevereiro, o Brasil consumiu 1,432 bilhão de litros, contra 1,411 bilhão de litros de gasolina, uma diferença de 21 milhões de litros.
    O resultado do enorme aumento do consumo de álcool (+56,0% na comparação do primeiro bimestre deste ano, com o mesmo período do ano passado) deveu-se à expansão das vendas de veículos bicombustíveis, cuja frota já passou de 5 milhões de unidades, aliada ao barateamento do preço do álcool comercializado nas bombas.
    Os preços do álcool devem permanecer baixos pelo menos neste segundo trimestre, por conta do início da colheita da safra de cana-de-açúcar, o que deverá continuar favorecendo a venda do produto em detrimento à gasolina.