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  • cerveja, empresas do setor cerveja, empresas do segmento cerveja, setor cerveja, segmento cerveja, economia, macroeconomia
    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2025
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A indústria cervejeira do Brasil caracteriza-se como um dos principais mercados do setor no mundo, destacando-se pela sua dimensão e dinamismo; além do consumo per capita figurar  dentre os mais altos globalmente. Em 2024, o Brasil alcançou a produção de cerca de 14 bilhões de litros de cerveja, sendo que o setor movimenta mais de R$ 100 bilhões anuais. O crescimento é impulsionado, em especial, pela crescente demanda por produtos artesanais, além de: opções mais saudáveis, como cervejas sem glúten ou com baixo teor alcoólico; e, pela expansão do consumo em diferentes regiões do país. Também, os grandes fabricantes, como Ambev, Heineken e Grupo Petropolis, continuam dominando o mercado, com investimentos em inovação e tecnologias sustentáveis.

    As perspectivas para 2025 indicam um mercado ainda mais competitivo e diversificado. Segundo dados da AB InBev, a maior cervejaria do Brasil, a busca por novas experiências de consumo e a diversificação do portfólio de produtos devem continuar em alta. As tendências apontam para um aumento da demanda por cervejas premium e especiais, além do fortalecimento das plataformas digitais para vendas diretas e interação com consumidores. A empresa também destaca que o setor está se adaptando às exigências por sustentabilidade, com ações voltadas para a redução do impacto ambiental, como embalagens recicláveis e uso de energias renováveis.

    De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Euromonitor International, o mercado cervejeiro brasileiro terá um crescimento moderado nos próximos anos, com uma taxa de expansão anual estimada em 3,5% até 2025. A expectativa é que os principais fabricantes invistam cada vez mais em tecnologias para otimizar a produção e reduzir custos, ao mesmo tempo em que ampliam a presença nas pequenas cidades e em regiões não atendidas. Ademais, a demanda por cervejas mais saudáveis e com características diferenciadas deverá manter seu crescimento, impulsionando a inovação e a competitividade no setor.

    Analista Responsável Thais Virga


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    As pressões nos custos de produção continuam a mostrar aumento na média dos oito primeiros meses de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. Essa tendência é reflexo de diversos fatores, sendo um dos principais a continuidade do conflito entre Ucrânia e Rússia, que gera efeitos negativos sobre importantes suprimentos e insumos básicos à indústria cervejeira nacional, como malte e lúpulo. Esses insumos, que são essenciais para a produção de cerveja, enfrentam dificuldades de abastecimento e aumento de preços devido a interrupções nas cadeias logísticas e sanções econômicas impostas aos países envolvidos.

    De acordo com últimos dados consolidados, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) para fabricação de bebidas apresentou um aumento de 4,0% na média entre janeiro e agosto de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa alta é preocupante, pois indica que as indústrias cervejeiras estão lidando com margens de lucro cada vez mais apertadas, o que pode levar a ajustes nos preços finais ao consumidor e, potencialmente, a uma diminuição na demanda.

    Já no que diz respeito ao consumo, os dados consolidados pelo IBGE até setembro de 2024 revelam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para cerveja apresentou uma expansão média de 4,7% nos primeiros nove meses do ano, em comparação ao mesmo período de 2023. Já o IPCA para "Cerveja fora do domicílio" teve uma inflação ainda maior, de 4,9%. Esses números indicam que os consumidores estão sentindo diretamente os efeitos do aumento nos custos de produção, refletindo uma pressão significativa sobre o mercado.

    Esse cenário econômico, aliado à crescente demanda por cervejas artesanais e premium, força os produtores a repensarem suas estratégias. A necessidade de otimizar processos, buscar novos fornecedores e, possivelmente, investir em alternativas para a produção de malte e lúpulo localmente se torna cada vez mais relevante. Além disso, a pressão para manter a qualidade do produto, mesmo diante de aumentos de preços, é um desafio que a indústria cervejeira brasileira terá que enfrentar. Assim, e, diante esse contexto, é crucial que as cervejarias se adaptem rapidamente para manter sua competitividade no mercado. A inovação em produtos, a eficiência na produção e uma comunicação clara com os consumidores sobre os desafios enfrentados serão determinantes para a sustentabilidade e o crescimento do setor nos próximos anos.

    Analista Responsável Thais Virga


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    Segundo dados mais recentes apresentados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em São Paulo, durante o Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia Cervejeira (CBTEC) realizado de 11 a 13 de junho, o número de cervejarias continua crescendo no Brasil. A saber, o citado Congresso fez parte do “Brasil Brau” [1], considerado o maior evento da indústria cervejeira do País. De acordo com as últimas informações, evidencia-se que empresários decidiram apostar no ramo das cervejarias no Brasil no ano passado, uma vez que o mercado mostrou um crescimento de 6,8% em 2023 comparado a 2022. Particularmente, os novos dados revelam: tanto a presença de 1.847 estabelecimentos; quanto a abertura de 118 novas empresas fabricantes da bebida no Brasil; o que representa 58.863 empregos diretos ligados ao setor de cervejas no País.

    No referido evento – CBTEC, e, corroborando os dados atualizados do Mapa, foi ressaltado o fato de que, embora o mercado mostre-se expandido internamente no Brasil, o setor ainda vem enfrentando desafios ligados ao crescimento e distribuição da bebida. Sobre isso, aponta-se que do total dos 1.847 estabelecimentos de produtores de cerveja registrados, a grande maioria ainda se concentra no Centro-Sul, já que: 856 estão no Sudeste; 731 no Sul; 122 no Nordeste; 96 no Centro-Oeste e 42 no Norte. A região Sudeste também se destaca em termos de participação na produção nacional de cervejas, ao atingir em 2023 cerca de 53,7% do volume total de 15,36 bilhões de litros produzidos nacionalmente em 2023.

    Dentre os estados fabricantes  com maior número de cervejarias, sublinham-se: São Paulo (410), Rio Grande do Sul (335), Minas Gerais (235), Santa Catarina (225) e Paraná (171). E é desse primeiro estado produtor de cervejas, de um dos países que mais consome cervejas no mundo, que, igualmente no período mais atual, saiu um “ouro” em concurso internacional considerado o “oscar das cervejas”. Se destacando na produção, a cervejaria paulista Ashby recém ganhou o título de melhor do mundo na categoria Bitter na última edição do World Beer Awards, considerado um dos maiores concursos de cervejas do mundo, a qual ocorre anualmente em Londres, capital do Reino Unido. Na categoria Bitter concorrem cervejas de teor alcoólico acima de 5,5%, e nessa, o primeiro lugar ficou para o selo Ashby, com a linha British Strong Ale — composta por malte e quatro tipos de lúpulos; e, se destacando pela combinação do sabor de amêndoas e de frutas amarelas — fabricada no município de Amparo, no interior de São Paulo.

     

    Analista Responsável Thais Virga




    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    Segundo o recém divulgado  Anuário da Cerveja 2024, publicado anualmente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em parceria com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), o número de cervejarias no Brasil bateu recorde em 2023, ao atingir o maior patamar da história. A saber, o número desses estabelecimentos no País mostrou crescimento de 6,8%, em 2023, ao passar de 1.729 cervejarias em 2022, para 1.847 no ano seguinte.

    De acordo com Márcio Maciel, presidente-executivo do Sindicerv, o Anuário constitui uma importante ferramenta para que o poder público saiba como estimular o setor, responsável por 2% do PIB do país — e de 2,5 milhões de empregos: "Ele é fundamental para que as melhores políticas públicas sejam tomadas com as melhores informações possíveis. É bom para o Poder Executivo, para o Poder Legislativo, é bom para o mercado cervejeiro saber onde alocar seus investimentos", destaca. 

    O novo estudo evidencia, ademais do aumento do número de cervejarias que, também, houve expansão da variedade de cervejas em 2023; uma vez que em 2022 o Brasil tinha 42.831 produtos registrados, saltando para 45.648 produtos em 2023. 

    Com crescimento de novas cervejarias em todas as cinco macro-regiões brasileiras, Maciel também atenta  que esse aumento de quase 7% reflete diretamente uma expansão de investimentos da indústria nos últimos anos, “com novos empreendimentos, mais empregos, e mais pagamento de impostos nos 771 municípios brasileiros onde há alguma cervejaria registrada”.

    Destacando-se o Estado de Minas Gerais, o executivo ainda apontou ao Itatiaia, que:

    Em Minas Gerais, a gente tem visto nos últimos anos, grandes investimentos de grandes cervejarias e um forte crescimento também das pequenas cervejarias. A inovação é característica do mineiro. Sua paixão por cervejas se reflete em números super interessantes, como, por exemplo, a segunda maior média brasileira no número de marcas de cerveja registradas”.

    Segundo o presidente do Sindicerv, em média, cada cervejaria mineira tem 36,9 nove marcas de cervejas registradas, ficando somente atrás de São Paulo: “E não só isso, das 15 cidades com maior registro de produtos cervejeiros no Brasil, Minas tem quatro cidades. Estou falando de Belo Horizonte, Uberlândia, Juiz de Fora e Nova Lima”.

    Analista Responsável Thais Virga


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM / IBE) referentes ao mês de janeiro deste ano, a produção de bebidas alcoólicas apontou  um início de ano promissor e positivo no País. A atividade cresceu 9,4%, marcando o sétimo mês consecutivo de expansão do setor. Esse aumento contínuo na produção de bebidas alcoólicas resultou em incremento de 0,9% no acumulado dos 12 meses iniciados em fevereiro de 2023.

    A saber, a produção de bebidas alcoólicas em janeiro, considerando séries com ajuste sazonal, ficou ligeiramente abaixo ao das bebidas em geral, que apresentou aumento de 10,2% ante janeiro/2023, 4,8% ante dezembro; e de 1,4% no acumulado de 12 meses. Já quanto às bebidas não alcoólicas, a produção cresceu 10,9% ante jan/23 e expandiu 1,9% em 12 meses. E aqui já se ressalta o setor de cervejas, tendo em vista que produção e consumo de cervejas zero álcool vem apresentando uma forte expansão no Brasil nos últimos anos. Segundo matéria do Uol baseada em dados do Euromonitor, destaca-se, a partir da pandemia que: “Em quatro anos (2020 a 2023), o consumo praticamente triplicou e a expectativa é que o volume anual chegará a 1 bilhão de litros em 2027, puxado por jovens com menos de 30 anos que procuram ter um estilo de vida mais saudável”.

    Enfim e basedo nos resultados divulgados pelo IBGE, a XP Investimentos divulgou um relatório destacando que o ritmo de crescimento superou as estimativas iniciais de sua equipe de analistas. O bom desempenho do setor de bebidas alcoólicas no início de 2024 também vem sendo confirmado por executivos da Ambev, com a gigante cervejeira revelando um bom início de ano a esse segmento, após resultados não favoráveis da empresa no 4° trimestre de 2023.

    A saber e conforme o Guia da Cerveja, no balanço da Ambev do referido trimestre, houve redução de 10,9% no lucro líquido ante o mesmo período de 2022 (totalizando cerca de R$ 4,52 bilhões); enquanto o Ebitda ajustado mostrou aumento de 0,6%, ao atingir cerca de R$ 7,15 bilhões. Dentre fatores explicativos para queda de receita e lucro líquido no final do ano passado, constam: desempenho desfavorável na região LAS (América Latina, excluindo o Brasil) — sendo esse puxado pela retração da economia argentina, em um contexto de hiperinflação no país vizinho; além de recuo no volume de cerveja comercializado pela Ambev no Canadá.

    Voltando ao relatório da XP Investimentos  e conforme novas estimativas, os volumes de produção da Ambev poderão superar as previsões iniciais para 2024, ao apontar que:

     “O momentum do setor permaneceu sólido em janeiro, reforçando a visão da administração da AmBev na teleconferência de resultados do 4T23. A produção de bebidas alcoólicas ficou 4,6% acima de nossas estimativas e, ao atualizar nosso modelo de regressão, vemos um significativo risco de alta para 2024 – os volumes anuais estão 4,4% acima da estimativa que estamos modelando para a Ambev”, diz.

    Antecipando e reforçando ainda um ano favorável à líder do mercado cervejeiro no Brasil, a XP, ao observar que as vendas devem manter os volumes em níveis históricos elevados, destaca outros fatores positivos ao setor de cerveja em 2024: primeiro, preços mais baixos das commodities podendo ser favorável à recuperação das margens das principais empresas do setor; iniciativas assertivas de gerenciamento de receitas; e, ademais,  tendência positiva de aumento de preços acima da inflação. Sendo que esses dois últimos fatores são diretamente influenciados pela forte tendência atual de premiumização na indústria cervejeira.

    Analista Responsável Thais Virga



    [1] O Ebitda ajustado refere-se ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, com alguns ajustes visando refletir melhor a realidade econômica d e uma empresa.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    Ao observarmos os preços no setor de cervejas, ressaltam-se as duas pontas do setor: o consumidor e o produtor; sendo que, pelo lado da oferta, nota-se a evolução recente do Índice de Preços ao Podutor (IPP) especificamente quanto ao setor de bebidas; e, pelo lado da demanda, dois indicadores setoriais relativos ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para cervejas.

    É possível inferir que as pressões inflacionárias observadas em 2021 e mantidas em 2022, acarretaram em aceleração de custos e de preços ao consumidor final. Mais recente, e, particularmente, quanto ao setor de cervejas, essa aceleração vem sendo justificada, também, por problemas de oferta e distribuição de importantes insumos a essa indústria, em decorrência tanto de alterações climáticas severas (devido ao fenômeno El Niño); quanto da permanência do conflito no Leste Europeu – o qual gera efeitos negativos, especialmente, quanto a malte e lúpulo. Exemplificando, Rússia e Ucrânia respondem por 28% das exportações globais de cevada, e, os russos são os terceiros maiores fornecedores de malte ao Brasil.

    Diante tal contexto, destaca-se que pelo lado da oferta, o IPP fabricação de bebidas apresentou um aumento de 12,8% na média dos nove primeiros meses de 2023 ante o mesmo período de 2022 (janeiro à setembro), a despeito de evidenciar uma desaceleração dessa subida de preços ao produtor no mês de setembro.Já no comparativo entre janeiro e setembro de 2023 e o mesmo período de 2021, o aumento nesse IPP atingiu 31%. Já pelo lado do consumo, o  IPCA Cerveja apresentou expansão no mesmo período (janeiro a setembro de 2023) de 9,4% em 2023 (ante o mesmo período de 2022) e o IPCA “Cerveja fora do domicílio” apresenta teve inflação de 6,7% na mesma base comparativa.

    Analista Responsável Thais Virga

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    As exportações de malte da Argentina para o Brasil atingiram um recorde de US$ 150 milhões no primeiro semestre desse ano, sendo que tais remessas poderão totalizar US$ 300 milhões em 2023, segundo estimativa de Daniel Scioli, embaixador argentino no Brasil, em anúncios na plataforma X (ex Twitter) e de acordo com matéria do Comex do Brasil.
    Segundo a  autoridade nacional ao referir-se aos embarques de malte para cerveja a partir da província de Santa Fé (centro) ao Brasil, "a nova era da diplomacia é promover, cada vez mais, as vendas externas de produtos de nossas economias regionais”. Daniel Scioli ainda ressaltou o trabalho da embaixada argentina no intuito de restabelecer o comércio entre os dois países, ainda apontando que:
     "Esse era um dos principais objetivos no início da administração, quando o comércio bilateral havia caído pela metade e tivemos que iniciar um trabalho de reconstrução com acordos com supermercados, com 14 câmaras de indústria e comércio binacional e missões comerciais. Aqui estamos vendo os resultados".
    Por fim, convém destacar que  ainda no ano passado (2022), a moagem de cevada para malte atingiu 1.116.140 toneladas, estabelecendo, portanto, um novo recorde histórico no Brasil, segundo dados do Ministério da Agricultura. Já as exportações de malte para todos os destinos atingiram 670.000 toneladas gerando uma receita de US$ 387,8 milhões.

    Analista Responsável Thais Virga



    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Conforme dados da Agência Brasileira De Promoção de Exportações (ApexBrasil), o Brasil está na 25ª posição do ranking de maiores exportadores globais, com os produtos nacionais, em média, ocupando 1,4% do mercado mundial de importações. 
    De um lado, esses números positivos derivam, sobretudo, de commodities agrícolas e minerais — destacando-se aqui os casos de soja, milho, açúcar e café, e, minério de ferro — além de produtos processados como suco de laranja e proteínas animais; os quais, em grande parte, apresentam expressivos volumes exportados na balçança comercial do Brasil que chamam atenção. De outro lado, apresentando menores volumes exportados, mas evidenciando diferenciais de competitividade de maior agregação de valores à pauta exportadora, sublinham-se segmentos do agro ligados a bebidas alcóolicas como cachaças e vinhos, e, com particularidades, também as cervejas.
    De acordo com entrevistas de especialistas concedidas ao jornal CNN no último 31 de agosto, as cervejas, cachaças e vinhos brasileiros vêm conquistando o mercado externo na análise dos últimos anos, segundo últimos dados consolidados e divulgados. Levando em conta informações do ComexStat, o mercado de bebidas alcoólicas brasileiras exportou US$ 193 milhões em 2022, destacando-se desse total, as exportações: de cervejas (US$ 120 milhões), de cachaças (US$ 20 milhões), e, de vinhos (US$ 13,7 milhões).
    No caso cervejeiro, as exportações brasileiras reforçam o país como "hub de produção e distribuição industrial em larga escala para países, principalmente, da América Latina",  como apontado por Rodrigo Mattos - analista sênior de bebidas da Euromonitor. O mesmo destaca que, diferentemente, as exportações de cachaças e vinhos brasileiros evidenciam características próprias de qualidade e de produção, crescentemente melhores avaliadas na esfera internacional.
    Já de acordo com o sommelier e professor do Instituto da Cerveja Edu Passarelli também entrevistado pela CNN, o Brasil hoje é bastante bem visto pelo mercado cervejeiro internacional, ao ganhar, cada vez mais, concursos e premiações pela qualidade de sua produção mundo afora. Por outro lado, convém ressaltar que fatores como logística e custos como fatores acabam desfavorecendo cervejarias artesanais, as quais possuem estruturas menores. Como explica Passareli: “Diferente do que acontece com o vinho, que é feito em um terroir brasileiro, com características únicas do país, uma mesma cerveja consegue ser produzida em qualquer lugar do mundo. O produto não precisa viajar. Quanto mais jovem e mais fresca, melhor a cerveja é”.

    Analista Responsável Thais Virga


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A Heineken - de origem holandesa e com sua subsidiária, Heineken Brasil, ocupando a segunda posição como maior fabricante de cervejas do mercado brasileiro - vem anunciando robustos investimentos em novas plantas produtoras de cervejas no País. A empresa, que já havia adquirido a Femsa (fabricante da marca Kaiser) em 2010 e a Brasil Kirin (então fabricante das marcas Devassa, Schin, Glacial, Eisenbahn e Baden Baden) em 2017, agora, em 2023, parece querer ampliar a concorrência com a maior produtora de cervejas no Brasil - a Ambev.

    Em abril do ano passado, a Heineken já havia anunciado a construção de uma nova unidade industrial da Cervejaria Heineken, na cidade de Passos / Minas Gerais (MG), significando um dos maiores investimentos realizados no Sul de Minas por uma multinacional, até então. Com aporte de R$ 1,8 bilhão, a Heineken atentou objetivar produzir mais de 500 milhões de litros de cerveja por ano na fábrica de Passos, com foco na abundância e boa qualidade das águas do município - principal matéria-prima da cerveja, e particularmente, do Rio Grande, com a nova fábrica localizada em suas margens. Tal investimento tende a alterar, principalmente, o perfil econômico da cidade e de seu entorno microrregional.

    E eis que no último dia quatro de maio deste ano (04/05/2023), a Heineken anunciou novas expansões e investimentos no Brasil,  agora com aportes focalizados na macrorregião Nordeste do País e somando R$ 1,5 bilhão. A saber quanto a este total, a empresa anunciou que irá investir R$ 1,2 bilhão na cervejaria de Igarassu / Pernambuco (PE) e R$ 300,00 milhões na cervejaria de Alagoinhas / Bahia (BA), o que também deverá estimular transformações socioeconômicas locais e regionais no Nordeste brasileiro. Ressalta-se que além da Heineken buscar "desenvolver ações sustentáveis" nessas unidades produtivas e anunciar a geração de diversos postos de trabalho (apenas em Igarassu, estima-se a criação de 1 mil postos), a empresa busca impulsionar seu portfólio premium e mainstream puro malte.

    A ver os impactos dessa forte expansão da Heineken no  Brasil no que tange à concorrência no setor cervejeiro, e isso, tanto com a gigante Ambev, quanto a outras cervejarias do país nos próximos meses e anos. O que foi visto no dia de ontem (04/05/2023), segundo destacado pelo Infomoney, foi que as ações da Ambev (ABEV3) apresentaram forte volatilidade na sessão desse dia, na qual se evidenciavam os  resultados da Ambev quanto ao primeiro trimestre de 2023 (1T23).  Na mesma matéria, foi apontado que: "Conforme destaca o Bradesco BBI, a maior fraqueza das ações, que se deu no fim da manhã da véspera, coincidiu com a notícia de que a Heineken, rival holandesa do grupo, vai investir R$ 1,5 bilhão em duas fábricas na região Nordeste".

    Analista Responsável Thais Virga


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O ano de 2023 inicia-se com boas perspectivas para o setor cervejeiro nacional e alguns desafios herdados do passado recente.

    O otimismo setorial decorre de dois vetores principais: por um lado, 2023 deverá ser o primeiro ano completo sem que qualquer influência negativa da COVID-19 afete o setor o que deve garantir a realização de eventos que costumeiramente ocorrem no decorrer do ano e são demandantes de cerveja; por outro lado, os investimentos de novos players no setor (como a Estrella Galícia) deve aumentar a produção nacional no médio prazo além de aumentar a concorrência, o que deve fazer com que players estabelecidos busquem aumentar a competitividade.

    Por outro lado, o setor deverá ainda conviver com desafios, heranças de 2022 como a guerra no Leste Europeu. A continuidade do conflito pode ainda gerar impactos altistas nos preços dos fretes internacionais além de aumentar a volatilidade dos preços dos grãos no mercado financeiro e dos combustíveis. Essas pressões inflacionárias podem ser repassadas aos custos de produção o que exigiria a manutenção ou aumento nas taxas de juros e tornaria menos atrativa a realização de novos investimentos.

    Diante deste cenário, a Lafis vislumbra um ano de 2023 positivo para o setor cervejeiro nacional em que pese os desafios que o setor terá que enfrentar no curto prazo.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O último trimestre do ano, sazonalmente , é bastante favorável para o setor de cervejas. As temperaturas mais elevadas, as festividades de final de ano e o início das férias escolares contribuem para o aumento do consumo da bebida. Neste ano de 2022, a realização da Copa do Mundo de Futebol entre os meses de Novembro e Dezembro promete ser uma saideira e tanto para o setor.

    A Copa do Mundo de futebol é um evento que mobiliza o torcedor brasileiro a consumir cerveja tanto na sua própria residência como em bares e restaurantes. A depender do horário dos jogos e do dia da semana, muitos torcedores poderão “esticar” a saideira o que deve estimular ainda mais o consumo do produto.

    As empresas do setor estarão na torcida pelo time do Tite por dois motivos distintos: 

    a) O desejo puro e simples da vitória brasileira;

    b) À medida em que o país avança no torneio, mais jogos do Brasil acontecerão e, portanto, maior demanda por cerveja.

    Portanto, em 2022, a saideira promete!

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Não há mal que dure para sempre! Parece que este dito popular não se encaixa neste momento no setor de cervejas. O recrudescimento da pandemia em algumas partes do mundo e o conflito no leste da Europa ampliaram os desafios do setor para o segundo semestre.

    O setor de cervejas, como a grande maioria dos setores industriais, vem sofrendo pressões altistas de custo desde meados de 2021 que permanecem e, até ampliaram-se no primeiro semestre de 2022. Portanto, os preços ao consumidor devem subir na segunda metade do ano.

    O desafio para a indústria é conciliar os aumentos no custo de produção com o repasse de preços. Sabe-se que a demanda por cerveja possui um efeito substituição relevante: quando os preços sobem, as pessoas, principalmente de classes mais baixas, deixam de consumir as cervejas mais caras e passam a consumir marcas mais baratas – o que pode reduzir margens da indústria.

    Por outro lado, teremos a Copa do Mundo de futebol entre os meses de novembro e dezembro, o que deve ampliar a demanda por cervejas no final do ano – época tradicionalmente de elevado consumo de bebidas por conta das festas de final de ano.

    Muito provavelmente, o brasileiro terá um final de ano com cervejas mais caras. Quem sabe a seleção de Tite nos brinde com a taça da Copa do Mundo trazendo ao menos esta alegria ao povo brasileiro!

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro




    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A expressão “jogar água no chopp” é uma expressão da língua portuguesa que significa desestimular ou desanimar. A guerra da Rússia contra a Ucrânia no Leste europeu poderá aumentar o preço da cerveja aqui no Brasil; Putin está “jogando água no chopp” dos brasileiros?
    Vamos aos fatos.
    Os dois principais componentes para a produção de cerveja são a cevada e o malte e, em ambos os casos, o Brasil é dependente de importações – 78% da cevada consumida no Brasil vem do exterior, enquanto 65% do malte tem a mesma origem. 
    Rússia e Ucrânia são responsáveis por aproximadamente 30% de todas as vendas mundiais de cevada; a guerra faz com que a produção do produto diminua – menor oferta, maiores os preços. No caso do malte, a situação é similar. A Rússia é a terceira maior fornecedora para as cervejarias brasileiras e a redução na oferta do produto provocará pressões de alta nos preços para os importadores.
    Embora o consumo de cerveja tenha baixa elasticidade-preço da demanda por conta do efeito substituição – o aumento no preço do produto faz com que o consumidor mude para marcas mais baratas, mas continua consumindo cerveja – devemos ter impactos no consumo, principalmente das marcas com preços mais elevados. De fato, Putin está “jogando água no chopp” dos brasileiros.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Passadas as comemorações de final de ano é hora de voltar ao trabalho. Dizem que no Brasil, a labuta só retorna, de fato, após o carnaval. Este ano, como em 2021, no entanto, teremos que voltar antes, já que o carnaval de rua vem sendo cancelado nas principais cidades do país. O motivo: o crescente aumento nos casos de contaminação pela variante Ômicron da Covid-19. 

    Menos letal e mais transmissível, a variante Ômicron já é dominante em várias partes do mundo inclusive no Brasil. Mesmo com boa parte da população com o ciclo vacinal completo e até mesmo uma parcela com a dose de reforço, além da menor letalidade desta variante, os governantes têm tido prudência no que tange a realização da maior festa popular do país. 

    Os cancelamentos já confirmados em cidades como Salvador, Olinda, Rio de Janeiro e São Paulo são como água no chopp, ou melhor na cerveja. As fabricantes de cerveja aguardavam ansiosas pela realização do carnaval, época em que suas vendas têm aumento considerável; a não realização dos festejos significa demanda menor por cervejas e, por conseguinte, menores vendas e queda no faturamento. 

    Um ano que prometia ser de grande aquecimento para o mercado cervejeiro, com a possibilidade do carnaval e da Copa do Mundo de Futebol no final do ano, começa com este desfalque no início do ano. Resta saber como irá evoluir a crise sanitária para que esta não afete também as vendas no final do ano quando o maior evento de futebol do mundo praticamente vai se juntar às comemorações de final de ano. Fato é: as previsões setoriais para 2022 podem ser frustradas a persistir este cenário. 

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A inflação chegou também ao mercado de cervejas. Depois de um 2020 no qual as grandes empresas do setor seguraram o repasse de preços aos consumidores finais, a conta chegou em 2021; os sucessivos aumentos nos custos de produção finalmente foram repassados ao consumidor. A pergunta que fica é: qual será o impacto na demanda?

    Antes de mais nada, a cerveja possui uma demanda pouco sensível com relação ao preço – no “economês tem demanda inelástica” – ou seja, aumentos nos preços provocam pequena alteração na quantidade demandada. O que normalmente acontece nestes casos, é um efeito substituição de marcas: quando os preços sobem, alguns consumidores optam por tipos ou marcas de cervejas mais barata, mas mantêm-se consumindo o produto.

    Isto posto, a Lafis acredita que mesmo com os preços mais elevados, o consumo de cerveja se manterá aquecido no restante de 2021. Para tanto, listamos alguns dos principais motivos para isto: aceleração da vacinação e normalização de funcionamento de bares e restaurantes, retomada de eventos esportivos, festas de final de ano com menores temores de pandemia o que deve aumentar o sentimento de comemoração.

    Passada essa euforia de demanda reprimida e comemorações pela volta ao “normal” acreditamos que os fatores macroeconômicos poderão interferir na demanda pelo produto, principalmente a elevada taxa de desocupação da população e a inflação. Se para 2021, a Lafis acredita em uma expansão da produção de 3,5%, para 2022 acreditamos em uma desaceleração, com aumento de 2,7%.

    Analista Responsável Marcelo Balloti Monteiro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O setor cervejeiro brasileiro pode ser caracterizado como sendo um oligopólio: do grego “oligo” significa “poucos” e “polens” significa “vendedor”, ou seja, um mercado com poucos vendedores e muitos compradores. Em linhas gerais, há três grandes grupos que dominam este mercado: Ambev, Cervejaria Petrópolis e Heineken.

    Analisando o market share, temos que a Ambev lidera o ranking com 60% do mercado cervejeiro brasileiro enquanto as outras duas empresas dominantes detêm aproximadamente 30% do mercado; o restante do fica pulverizado em grupos cervejeiros menores e mais regionais.

    Interessante notar que ao longo dos anos a Ambev vem perdendo fatias de mercado – mesmo que a taxas extremamente módicas – sendo estas preenchidas pela forte ascensão da Heineken e em menor medida da Cervejaria Petrópolis. A título de curiosidade: em 2005 a Ambev detinha 69% do mercado. O crescimento destas cervejarias menores é reflexo dos atuais investimentos que as empresas fizeram para aumentar a capacidade de produção.

    O que chama atenção neste mercado é a especulação de que este oligopólio se transforme em um duopólio: “duo” dois e “polens”, que significa “vendedor”. Aventou-se na última semana um possível interesse da cervejaria Heineken na aquisição da Cervejaria Petrópolis. A princípio, a empresa brasileira negou que esteja à venda; a cervejaria holandesa nada pronunciou a respeito.

    Embora a Lafis acredite ser improvável esta aquisição, ressalta a importância de acompanhar as possíveis movimentações dos players do setor. Acresce-se que, caso a intenção de aquisição se concretize, isto deverá ser aprovado pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) uma vez que este movimento poderá aumentar a concentração do setor.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    As restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus que culminaram no isolamento social fez com que eventos relevantes para o setor cervejeiro – festas de fim de ano e carnaval – fossem restringidos ou cancelados, respectivamente. Embora a produção tenha sido afetada negativamente, o grande problema que o setor enfrenta é a falta de embalagens.

    Desde o final de 2020, as grandes cervejarias do país têm sofrido com a falta de recipientes de vidro para o envase da cerveja. O problema afeta de maneira distinta as empresas: enquanto a AMBEV – líder do mercado – produz boa parte das suas garrafas e por isto foi menos afetada pela falta de embalagens, Heineken e Cervejaria Petrópolis tiveram maiores dificuldades, sendo necessário aumentar as importações. A escassez de garrafas de vidro chegou a tal ponto que a Cervejaria Petrópolis acabou desviando boa parte da sua produção para outro tipo de embalagem: as latinhas de alumínio. 

    A menor disponibilidade de garrafas de vidro no mercado doméstico e o consequente aumento nas importações, deverá refletir em preços mais elevados para o consumidor final. Este não é o único fator que merece atenção; a renda menor da população brasileira comparada a 2020 e a possibilidade novamente de grandes eventos serem suspensos ou restringidos pela continuação da pandemia podem impactar negativamente o setor.

    O ano para o setor de cervejas pode ser desafiador. Choques negativos de oferta e demanda podem fazer com que a recuperação do setor seja menos acelerada do que o outrora vislumbrado, o que pode fazer com que o setor demore pouco mais para retomar os patamares pré-pandemia.   

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A maior empresa do setor de cervejas do país, a AMBEV, anunciou um aporte de R$ 370 milhões na sua cervejaria de Ponta Grossa (PR). O montante destina-se a ampliação da produção de cerveja puro malte além da criação de uma nova linha de envase para abastecimento das regiões Sul e Sudeste do Brasil.

    O crescimento na demanda por cervejas puro malte, tendência que vem sendo observada nos últimos anos no país, tem movimentado o setor cervejeiro, fazendo com que os três principais players do setor invistam no aumento da produção deste tipo de bebida. 

    Este movimento ilustra certa mudança nas preferências dos consumidores brasileiros embora contraste com a situação econômica do país. Por ser um produto de maior valor agregado e, portanto, maior preço, seria conclusivo que o aumento do desemprego faria com que a demanda por este produto apresentasse retração; pelo contrário: o consumidor tem preferido beber uma cerveja mais saborosa (puro malte) mesmo que para isto seja necessário maior desembolso.

    A pandemia da COVID-19 também pode ter contribuído para acelerar este processo de mudanças nas preferências do consumidor. A impossibilidade de frequentar bares e restaurantes, fez com que muitos passassem a consumir cervejas nas suas casas; isto fez com que as pessoas optassem por consumir uma bebida de melhor qualidade e com preços ligeiramente superior aos das cervejas tradicionais, uma vez que é possível a compra em grandes redes atacadistas ou varejistas no qual os preços são menores do que em bares e restaurantes.

    A tendência de melhoria da situação econômica do país no médio prazo deve ser fator importante para que haja aumento ainda maior na demanda por cervejas puro malte e premium. Com este movimento, a AMBEV mostra que estará preparada para atender esta demanda.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Diante do atual cenário da crise do Covid-19, no primeiro semestre de 2020 a produção industrial de bebidas alcoólicas no País registrou uma queda de 10,9% ante o mesmo período de 2019. A demanda do setor apresentou uma retração significativa diante do fechamento de bares e restaurantes, que representam um canal popular tanto para as aquisições de cerveja, como ambiente para consumo e interação entre os consumidores. Vale aqui ressaltar que, na ausência atual de dados apenas da produção de cerveja no Brasil, a Lafis utiliza o indicador mensal da produção de bebidas alcoólicas do IBGE, uma vez que ela representa cerca de 90% desse total.

    Após a retração histórica observada em abril (-59,1% em relação ao mesmo período de 2019), tendo em vista a paralisação da fabricação de cerveja na maioria das unidades produtivas, em maio a fabricação iniciou um processo de retomada gradual. No entanto, o resultado de maio apresentou uma retração de 8,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já em junho, a produção industrial de bebidas alcoólicas apresentou um crescimento de 16,2% em relação à igual período de 2019, sinalizando um processo de retomada da indústria cervejeira brasileira.

    A partir das perspectivas da Lafis para a economia ao longo de 2020, e os resultados já observados até o início de agosto, estima-se uma queda de 9,5% na produção de cerveja no País, atingindo cerca de 12,0 bilhões de litros. 

    Apesar do crescimento e expansão das vendas da cerveja no comércio eletrônico, e as estratégias de inovação das principais players do setor, a fim de manter uma proximidade com seus consumidores e criar novas experiências de consumo, ainda assim estima-se uma retração da demanda interna em meio à crescente insegurança dos consumidores, com redução do consumo diante da queda da renda das famílias e um mercado de trabalho mais fragilizado. Além disso, notou-se no 2° trimestre uma maior resiliência das cervejas de baixo custo, em detrimento das cervejas premium, que possuem maior valor agregado.

    Assim, a Lafis estima que o faturamento do setor apresente queda de 11% em 2020, cerca de 78,3 bilhões de reais. 

    Especialista do Seto Laís Soares.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Desde o dia 16 de março, devido a chegada do Covid-19 ao Brasil, e as estimativas de rápida e forte propagação do vírus no País, inicialmente os Governos dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, em seguida outros estados, passaram a recomendar que a população evitasse sair de suas casas, e algumas medidas começaram a ser tomadas, com destaque para o fechamento dos estabelecimentos comerciais, considerados não essenciais.

    Os impactos do COVID-19 à cadeia de Foodservice, isto é, os serviços relacionados à alimentação e bebidas fora do lar, ainda são de difícil mensuração, no entanto, é praticamente consenso no mercado a opinião de que a migração do consumo presencial em bares, restaurantes, padarias para o canal delivery será insuficiente para reduzir o impacto dessa queda de demanda na indústria de alimentos, e principalmente de bebidas no mercado brasileiro.

    De acordo com as associações relacionados a essa cadeia, desde o início da crise e decretação da política de isolamento, os comerciantes têm buscado intensificar o atendimento em sistema delivery, além da categoria “viagem”. Recentemente, o uso de aplicativos de pedidos de comida tem se expandido, mas ainda assim, em 2019 o delivery total representou uma parcela de apenas 9% do total do faturamento no foodservice. Assim, as entidades do setor já afirmam que o crescimento do delivery não terá capacidade suficiente para conter a queda do faturamento do setor.

    De acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), na comparação com ajustes do mês de março de 2020 em relação a março de 2019, a categoria Bares e Restaurantes do setor de Serviços no Brasil apresentou uma queda de faturamento de 37,3%. A pesquisa analisou o período de 9 a 26 de março de 2020. 

    De acordo com as pesquisas anuais da Kantar World Panel em relação aos hábitos de consumo da população brasileira, cerca de 64% do consumo de cerveja no País acontece fora do domicílio. No primeiro bimestre de 2020, a produção industrial de bebidas alcóolicas no País apresentou um crescimento de 3,6% ante o mesmo período de 2019, tal resultado ficou muito acima do crescimento observado na produção industrial da indústria de transformação geral (0,5%). Até o início de março, as perspectivas do setor cervejeiro eram bastante positivas, contudo, com o atual cenário houve uma reversão de perspectivas para a indústria no País, e para o setor cervejeiro não deverá ser diferente, tendo em vista a elevada representatividade do consumo de cerveja fora do lar. 

    A Lafis realizou um significativo ajuste nas perspectivas para a produção do setor em 2020, que deverá apresentar uma retração em relação a 2019, uma vez que, mesmo após a retomada completa das atividades, estima-se uma retração da demanda interna em meio à crescente insegurança dos consumidores, com queda da confiança e redução do consumo diante da queda da renda das famílias e um mercado de trabalho mais fragilizado.

    Analista Responsável Laís Soares.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Os indicadores econômicos já divulgados sobre o primeiro semestre de 2019 não deixam dúvidas que a economia brasileira ainda patina diante da crise econômica que se instalou no país desde meados de 2014, o consumo das famílias segue pressionado pela elevado desemprego, aumento da subutilização da mão de obra, e a crescente cautela enquanto a tão esperada retomada da economia demora a chegar.

    O Indicador Movimento do Comércio, da Boa Vista, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, no acumulado em 12 meses, indicou que a variação acumulada em 12 meses até julho na atividade de "Supermercados, Alimentos e Bebidas" na série sem ajuste, foi de 1,2%.

    Contudo, mesmo neste cenário, a fabricação de bebidas alcoólicas, que inclui a produção de cervejas no País, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, no primeiro semestre de 2019 apresentou um crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, a produção de bebidas não alcoólicas, que inclui os refrigerantes e água, apresentou uma variação de 3%.

    De acordo com os resultados do 2° trimestre de 2019 da Ambev, a empresa registrou no Brasil um aumento de 2,9% no volume de vendas de cerveja e uma alta de 5,6% entre os refrigerantes, acima da média do mercado. O relatório destacou que as vendas de cerveja da empresa tiveram um crescimento expressivo nas regiões Norte e Nordeste do Brasil no período, levando a companhia a ganhar participação de mercado nessas regiões.

    Assim, a respeito do setor bebidas no Brasil em 2019, a Lafis estima que as grandes multinacionais do setor vêm ganhando participação no mercado de bebidas em relação as pequenas e médias fabricantes regionais, uma vez que, têm investido fortemente em inovações, atualizando constantemente seu portfólio de produtos para satisfazer o cliente.

    Especialista do Setor  Laís Soares

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, no acumulado de janeiro a outubro de 2017, a produção de bebidas em geral apresentou um crescimento de 0,5% em relação ao mesmo período de 2016. Entretanto, ao considerar a produção de bebidas por categorias, nota-se um desempenho bastante distinto entre elas.

    Nesse período, enquanto a produção de bebidas não alcoólicas (composta principalmente pela fabricação de refrigerantes) foi negativa (-3,9%), a produção de bebidas alcóolicas (composta principalmente pela fabricação de cervejas) inverteu a trajetória de queda que vinha sendo observada pelo setor de bebidas de modo geral desde 2015, e apresentou um crescimento de 4,5%. 

    Em relação aos preços, embora a elevação dos preços, tanto de cerveja como refrigerante e água mineral estejam abaixo do movimento de aceleração observado em 2016, acompanhando o movimento deflacionário da economia, ainda assim, houve uma elevação dos preços das duas categorias. De acordo com os índices do IPCA (IBGE), no acumulado de janeiro a novembro 2017 em relação a igual período de 2016, o preço do refrigerante e água mineral teve uma aceleração de 6,1%, e o preço da cerveja teve um crescimento de 3,8%.

    No caso dos preços de refrigerantes, o crescimento dos preços esteve sobretudo relacionado a alta do açúcar, um dos principais insumos dos refrigerantes. Tal elevação, prejudicou o consumo, tal como observado nos resultados da produção. Já o preço da cerveja, embora com um crescimento menor, vêm sendo influenciando pelo crescimento da participação das cervejas premium.

    Observa-se que essa tendência de consumo de bebidas premium, principalmente cervejas de maior valor agregado, já é uma constante no mercado cervejeiro brasileiro, e as fabricantes nacionais vêm investindo e absorvendo parte da demanda no País de cervejas mais sofisticadas. 

    Por fim, diante dos resultados apresentados e as perspectivas de um quarto trimestre mais dinâmico para o consumo no País, a Lafis estima para 2017, um crescimento de 5,7% no faturamento do setor de Refrigerante e Água Mineral e um crescimento de 9,8% para o setor de Cerveja. 

    Vale destacar, o último resultado da produção de bebidas não alcoólicas do mês de outubro, em que o segmento registrou um crescimento de 10,8% em relação a produção do mesmo período de 2016, o que nos leva a pressupor que o consumo e produção de refrigerantes deverá apresentar uma melhora nos últimos meses do ano, reduzindo as perdas do setor. Além disso, os atuais indicadores do mercado de trabalho indicam uma leve melhora do rendimento e da ocupação no País.

    Especialista do Setor: Laís Soares.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A receita líquida da Ambev no Brasil avançou 1,7% no segundo trimestre, e atingiu cerca de R$ 5,5 bilhões, enquanto a receita total da companhia foi de R$ 10,37 bilhões. 

    Na operação Cerveja Brasil da companhia, a receita líquida apresentou um crescimento de  2,0% no trimestre em relação ao período anterior. No período, a companhia registrou uma queda em volume de 4,5%, tendo em vista o impacto da queda da demanda das marcas tradicionais. Em contrapartida, houve uma elevação da receita líquida e volume do segmento premium com crescimento que alcançaram dois dígitos, liderado pela marca Budweiser, a atual líder do segmento no País.

    De acordo com o relatório divulgado pela companhia, no Brasil o desempenho da operação melhorou na comparação com o primeiro trimestre de 2016, todavia a recuperação ficou aquém do esperado pela companhia, pois embora a confiança do consumidor tenha mostrado uma melhora nos últimos meses, a queda no rendimento médio e o aumento do desemprego têm reduzido a demanda de cervejas no País.

    Analista Responsável pelo Setor: Laís Soares


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A companhia de bebidas Ambev anunciou esta semana investimentos de R$ 26,6 milhões no Estado de Goiás, para a ampliação da capacidade produtiva da unidade fabril de Anápolis - a unidade vêm expandindo sua capacidade de produção desde 2010. Em 2014, o investimento na unidade foi de R$ 63,4 milhões.

    O investimentos deveu-se a transferência integral da produção da fábrica de Goiânia para Anápolis, que fica a 60 km da capital. Segundo a companhia, a medida visa aumentar a produtividade e eficiência. Essa unidade já abastece o mercado de Goiás, além de forncecer bebidas para os Estados de Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Distrito Federal.

    Assim como a Ambev, a Coca-Cola Femsa Brasil anunciou nesta semana a transferência das suas operações de Belo Horizonte para Itabirito, município na região central do Estado de Minas Gerais. A Coca Cola anunciou um plano ambicioso de investimentos para o ano de 2015, cerca de R$ 2,7 bilhões em tecnologia, produtividade e inovação.

    Apesar do atual cenário econômico, de ajuste fiscal, queda de confiança dos consumidores, e aceleração inflacionária, as grandes empresas do setor de bebidas mantiveram os investimentos no País, tendo em vista ainda o potencial de crescimento a ser explorado no Brasil, e aumento da concorrência na disputa pela fidelização dos consumidores de suas marcas.

    Analista Responsável pelo Setor - Laís Cristina Soares


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Uma nova regulamentação para a tributação do setor de bebidas aguarda votação no Congresso, a emenda à Medida Provisória 656. Com a nova proposta, o imposto sobre as bebidas frias altera se para um modelo "ad valorem", isto é, as alíquotas serão fixas e incidentes sobre os valores de vendas de cada produto.

    As alíquotas das contribuições incidentes na fabricação e importação de bebidas frias será de 2,32% para o PIS/Pasep e 10,68% da Cofins. Nas vendas realizadas pela distribuidora atacadista, a alíquota é reduzida: 1,86% para o PIS/Pasep e 8,54% da Cofins. Já o recolhimento do IPI deverá ser feito apenas na fabricação. Será cobrada alíquota de 6% sobre cervejas e 4% nas demais bebidas.

    Atualmente, a tributação no setor de bebidas é feita por um regime "ad rem", em que é realizada uma pesquisa de preços médios, onde são definidos como base de cálculo para a incidência dos tributos. No modelo atual, a alíquota de IPI varia de 10% a 15%, a de PIS/Pasep é de 2,5% e a da Cofins 11,9%, mas há diferentes redutores da base de cálculo de acordo com o tipo de bebida. Isso termina por beneficiar os grandes produtores, que têm preço mais alto em seus produtos "premium" e, proporcionalmente, acabam pagando menos impostos. O novo modelo deverá aumentar a competitividade no setor, que é altamente concentrado.

    Por fim, pode se afirmar que a medida beneficiará o setor de bebidas com a redução da carga tributária,aumento da concorrência, além do incentivo ao crescimento das microcervejarias - um segmento que têm crescido exponencialmente nos últimos anos, e tem um alto valor agregado no faturamento do setor de cervejas. Está previsto nesta nova medida, um desconto para as cervejas produzidas por microcervejarias - aquelas que produzem "cervejas especiais". As fabricantes de até 5 milhões de litros por ano, contará com uma redução no imposto de 20%; para os produtores que produzem até 10 milhões, o desconto deverá cair para 10%.

    Analista Responsável: Laís Cr. Soares


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A Ambev anunciou um investimento de R$ 180 milhões na construção de um centro de pesquisa no Rio de Janeiro. Os investimentos da companhia no ano já se aproximam dos        R$ 3 bilhões em duas novas fábricas no país.

    O centro será responsável pelas inovações e criação de tecnologias. Com foco no desenvolvimento de embalagens e bebidas da empresa, tanto as cervejas, como os refrigerantes, chás, isotônicos e energéticos. Além disso, o centro também vai desenvolver pesquisas comportamentais.

    O setor de bebidas, em especial o cervejeiro tem como característica a homogêneidade do produto final, o que evidencia a forte necessidade de diferenciação no setor recorrentemente. Observa-se nos últimos anos, um aumento de investimentos das empresas do setor em diferentes regiões, aumentando a competitividade entre elas, em busca de ganhos de mercado para elevar suas vendas.

    Analista dos Setores de Cervejas/ Refrigerantes e Água Mineral: Laís Cristina Soares

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O Governo Federal decidiu adiar o aumento da carga tributária sobre cerveja e refrigerante, previsto para o mês de outubro. O reajuste está previsto para meados de 2014. Em abril ocorreu um aumento dos impostos, e este seria o segundo deste ano. A carga tributária seria aumentada em 2%, incluindo IPI, PIS e Cofins.

    A queda do volume no consumo de cervejas no ano, que alcançou cerca de 1,8% no acumulado até agosto influenciou a decisão do governo, para que não houvesse um novo desistímulo ao consumo.

    Segundo as cervejarias, os preços das cervejas aumentaram em 2013, tanto pelo reajuste tributário de abril quanto pela alta dos custos atrelados ao dólar, em geral os insumos utilizados na produção que são importados que encareceram, dada a valorização do dólar.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A japonesa Kirin Holdings anunciou um plano de investimentos para a expansão dos negócios da Brasil Kirin (ex-Schincariol) no país.

    O plano atenderá diferentes demandas da empresa, onde serão dispendidos, aproximadamente, R$ 500 milhões, ainda em 2013, para expansão da capacidade e melhoria na automação. O valor inclui R$ 50 milhões para construir um parque eólico no Ceará, em parceria com a portuguesa Tecneira. Para 2014, estão previstos mais R$ 500 milhões.

    O governo irá incentivar os investimentos, houve a aprovação de um crédito de R$ 500 milhões com o BNDES, dos quais já foram sacados R$ 224 milhões.

    Apesar da queda do volume de cervejas produzido este ano no país, a Brasil Kirin tem conseguido ganhar uma pequena participação de mercado apostando em públicos específicos: o de cervejas especiais (Baden Baden e Eisenbahn) e de preço baixo (Glacial e No Grau).

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    As grandes empresas do setor cervejeiro buscam aumentar seu faturamento na expansão do mercado regional e premium, como estratégia para aumentar suas vendas, tendo em vista o arrefecimento das vendas nos mercados mais maduros. Nesta semana, houveram dois anúncios de investimentos da Ambev no Sul do país.

    Em Ponta Grossa, no interior do Paraná, foi confirmado a construção de uma nova unidade da empresa. O investimento será de R$ 1 bilhão e as obras terão inicío em setembro com previsão de inauguração para janeiro de 2015.

    Para a unidade de Lages, em Santa Catarina, o grupo anunciou uma ampliação, que demandará até 2014 R$ 140 milhões, o montante será utilização para a criação de uma linha de produção de garrafas retornáveis  de 300 ml. A filial abastece o varejo dos três Estados da Região Sul.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Uma porcentagem relevante (16%) da produção da Kirin já está sendo transportada via rotas marítmas em detrimento do tradicional esquema rodoviário. Esta ação, que se iniciou em 2011, representa um grande avanço na matéria da eficiência logística, uma vez que seus custos de transporte, quando utilizada a navegação por cabotagem, já se reduziram cerca de 5% a 10%, além de minimizar as avarias de embalagens a níveis mínimos.

    Com tal modelo, chamado "porta a porta", a produção que sai da fábrica, percorre a maior parte do trajeto via transporte marítmo (sendo que transporte rodoviário é utilizado em menores trechos: fábrica-porto, porto-fábrica). Com isto, a mercadoria circula entre as 13 fábricas da empresa, suprindo necessidade pontuais destas e dos seus respectivos mercados.

    Este é um ótimo exemplo que explicita que a multimodalidade (transporte feito por meio de dois ou mais modais) se mostra uma opção racional e que atua positivamente na elevação da competitividade das empresas que a empregam. No entanto, para sua implementação devem ser relevados alguns desafios a serem enfrentados: i) falta de um arcaboço tributário coerente que não penalize (via dupla tributação) os players que escolham mais de uma modalidade de transporte; ii) a ainda precária e onerosa infraestrutura logística disponível no País; iii) além que questões operacionais como a capacitação de fornecedores a um preço competitivo e a adequação dos tempos de escala dos navios às necessidades da fábrica de forma que as encomendas não fiquem à espera de navios, ou que os navios partam que grande capacidade ociosa - que acaba encarecendo o frete.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A Ambev confirmou a construção de uma fábrica de cervejas em Uberlândia (MG). O investimento no projeto será de R$ 550 milhões.

    A nova fábrica terá capacidade de produção de oito milhões de hectolitros. Essa será a quarta unidade da Ambev em Minas Gerais. A empresa já possui fábricas em Contagem, Sete Lagoas e Juatuba.

    Apesar das dificuldades advindas da queda das vendas do setor neste início de ano, a Ambev mantém perspectivas otimista, o que justifica seus planos de investimento no setor de cervejas, tendo em vista, principalmente o fortalecimento das suas marcas para o futuro, com os eventos como a Copa do Mundo da Fifa em 2014.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O grupo agroindustrial francês Soufflet já investiu € 1 bilhão na expansão das maltarias e tem mais € 1 bilhão em crédito bancário para modernização. A projeção é dobrar a capacidade de produção da maltaria brasileira até 2014, com investimento próximo dos € 40 milhões.

    A iniciativa decorre da expectativa do aumento do consumo de cerveja no mercado brasileiro, que está entre os 3 maiores do mundo e tende a manter elevadas taxas de crescimento, bem como os demais países emergentes, como consequência da elevação da renda da população.

    Um dos entraves para a expansão da produção nacional de cerveja é a importação da cevada, seu principal insumo. Por isso, o grupo vai incentivar a produção da matéria prima nas proximidades da usina de Taubaté para reduzir a importação e melhorar a qualidade do insumo.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A maior produtora de cerveja do mundo anunciou novos investimentos no Brasil, desta vez na Região Sul do país, no Estado do Paraná. A contrução da fábrica, que deve ficar em Ponta Grossa, criará cerca de mil postos de trabalho ao longo da obra e mais 500 empregos (entre diretos e indiretos) quando estiver em funcionamento. A conclusão da obra está prevista para 2014, com capacidade instalada de 7 milhões de hectolitros para a produção de cerveja e refrigerantes.

    O investimento faz parte dos já anunciados R$ 2,5 bilhões no início do ano, que também compõe investimentos no Nordeste em torno de R$ 800 milhões. A fábrica contará com incentivos fiscais do programa Paraná Competitivo.

    A Ambev recentemente se tornou uma das empresas mais valiosas do Brasil, ultrapassando inclusive a Petrobrás. Essa colocação deve-se aos excelentes resultados apresentados pela companhia recentemente, que mostram elevado faturamento com o segmento de bebidas.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A Ambev anunciou hoje (01/11) que irá investir cerca de R$ 550 milhões na construção de uma nova fábrica em Uberlândia (MG). A nova unidade terá capacidade de produção de até 800 milhões de litros de cerveja. A previsão inicial é de que a fábrica inicie suas operações em 2014, para a Copa do Mundo.

    A partir do investimento, devem ser gerados cerca de 1,4 mil empregos diretos e indiretos na região. A empresa conta atualmente com 30 fábricas de bebidas no País e vem realizando investimentos na ordem de R$ 2,5 bilhões somente neste ano.

    A Ambev é líder de mercado no segmento de cerveja e obteve receita líquida de R$ 8 bilhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 26% em comparação com igual período do ano passado, conforme resultados divulgados nesta semana. A empresa elevou o preço da cerveja no terceiro trimestre, antecipando-se à proposta do governo de aumentar os impostos no setor de bebidas, medida que foi postergada para abril do ano que vem.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
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    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Um mês e meio depois de anunciar sua primeira fábrica no Nordeste, na cidade de Alagoinhas, o Grupo Petrópolis anunciou hoje sua sexta fábrica no país. A nova unidade será construída na cidade de Itapissuma (PE), a 45 quilômetros de Recife e terá capacidade de produção de 600 milhões de litros por ano. A previsão inicial é de que sejam investidos R$ 500 milhões e de que a fábrica inicie suas operações dentro de um ano e meio.

    Com as duas novas fábricas, o grupo vai aumentar em 48% sua capacidade total de produção, passando de 2,5 bilhões para 3,7 bilhões de litros. Além disso, há a perspectiva de que sejam criados 500 empregos diretos, em um primeiro momento, na região. O grupo atualmente conta com quatro fábricas no país, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e ocupa a segunda posição do setor de cerveja no ranking nacional

    A Ambev é a líder do mercado no segmento de cerveja, com uma participação de aproximadamente 68,5% no faturamento total registrado no país. Na leitura Nielsen de consumo de cerveja no país, referente ao mês de julho, a Schincariol voltou a empatar em participação de mercado com a Petrópolis, depois de passar três meses consecutivos em terceiro lugar no ranking. Cada uma das fabricantes possuem 10,7% de participação de mercado e estão cada vez mais disputando a região Nordeste.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
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    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O Grupo Petrópolis, detentor das marcas Crystal e Itaipava, anunciou, no início de julho, investimento inicial de R$ 500 milhões em uma nova unidade fabril na cidade de Alagoinhas, na Bahia. O aporte para o desenvolvimento da quinta fábrica da empresa no país poderá chegar a 1,1 bilhão, ao se levarem em conta a infraestrutura, contratação e treinamento pessoal nos próximos 5 anos. A nova unidade fabril terá capacidade de produção de 6 milhões de hectolitros de cerveja por ano, o que representa um incremento de 20% na atual capacidade instalada da Petrópolis.

    O grupo atualmente conta com quatro fábricas no país, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e ocupa a segunda posição do setor de cerveja no ranking nacional. Com a chegada da Petrópolis no Nordeste, as vendas do grupo devem ser impulsionadas, assim como sua participação no mercado. Além disso, os impactos que a nova fábrica trará à região são bastante positivos, com a geração de 500 empregos só na primeira fase. 

    No Brasil, a Ambev é líder no segmento de cerveja com uma participação de 70% no faturamento total registrado. Já a Petrópolis e a Schincariol ficam com aproximadamente 10% deste total cada uma, disputando agora a participação de mercado também na região Nordeste. O setor de cerveja vem apresentando bom faturamento nos últimos anos, sustentado primordialmente pelo aumento de preços.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A belga-brasileira Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, anunciou a compra dos 50% que ainda não possuía do Grupo Modelo, por US$ 20,1 bilhões. O acordo dará acesso ao crescimento de 2% a 3% ao ano do mercado mexicano e deverá gerar sinergias de US$ 600 milhões. Além disso, poderá ampliar o foco da AB InBev nas Américas do Norte e Latina, que são responsáveis por 90% dos lucros do grupo.

    A AB InBev herdou a participação de 50,2% na Modelo quando comprou a Anheuser-Busch em 2008. O Grupo Modelo, fabricante da marca Corona, é líder do mercado mexicano com um valor de mercado de US$ 23 bilhões e era ainda uma das poucas grandes cervejarias do mundo controlada por famílias. A integração será realizada por etapas, com o nome da marca e a sede sendo mantidas.

    A junção das duas empresas garante a liderança mundial da AB Inbev na indústria cervejeira, com estimativa de receitas de US$ 47 bilhões neste ano e operações em 24 países. O setor de cerveja vem apresentando bom faturamento nos últimos anos, sustentado primordialmente pelo aumento de preços. No Brasil, o aumento de impostos sobre as bebidas vem fazendo com que as cervejarias (cuja maior empresa é a Ambev, que concentra 70% do volume de cerveja) aumentem seus preços acima da inflação e cortem custo.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A união entre Camil Alimentos, Cosan e a Gávea Investimentos poderá dar origem a uma gigante do mercado de alimentos. A nova empresa deverá ser composta por 30% de participação da Gávea Investimentos, 12% da Cosan e o restante ficará com a Camil. Pela associação, a Cosan deverá receber algo entre R$ 300 e R$ 400 milhões. O valor de mercado da nova companhia está previsto para ser algo próximo a R$ 3 bilhões.

    A associação entre as duas empresas (mais um fundo de investimento) reunirá, sob a tutela de uma única empresa, marcas de peso nos mercados de arroz, pescados e açúcar onde, Camil e Cosan, respectivamente, possuem grande fatia do mercado. Ademais, os ganhos previstos inicialmente com a sinergia das operações (principalmente com fretes, marketing e créditos fiscais) aproximam-se de R$ 50 milhões por ano.

    A inclusão de grande contingente populacional no ambiente urbano, principalmente em regiões da Ásia, África e América Latina, tende a aumentar consideravelmente a demanda mundial por alimentos. O Brasil é um importante player na produção agrícola e pode aproveitar desse aquecimento na procura por alimentos. A criação de gigantes neste nicho, pode reforçar a posição brasileira no mercado internacional.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
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    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A norte americana General Mills, proprietária da marca de sorvetes Häagen-Dazs no Brasil, anunciou a aquisição da produtora brasileira de alimentos Yoki por aproximadamente R$ 1,75 bilhões mais R$ 200 milhões em dívidas da empresa. A conclusão do negócio deverá ser realizada ainda em 2012.

    A General Mills acredita que a adição da empresa brasileira ao seu portfólio poderá dobrar suas vendas na América Latina atingindo valores próximos à US$ 1 bilhão. Para tanto, a empresa buscará fortalecer marcas fortes do grupo como Yoki e Kitano além da expansão das marcas norte americanas do grupo, bem como a introdução de novos produtos no mercado brasileiro.

    A investida da General Mills corrobora com a perspectiva de crescimento do setor nacional de alimentos nos médio e longo prazos. Os ganhos salariais que as classes C/D/E vem auferindo nos últimos anos somada à busca por diversificação da cesta de consumo deste extrato social, tende a garantir bons retornos a este setor.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A maior produtora de cervejas do Brasil e do mundo anunciou investimentos na ordem de R$ 160 milhões na área de Tecnologia da Informação. O período de modernização ocorrerá entre 2012 e 2013, tendo a intenção de modernizar os equipamentos e softwares de TI. A meta é colocar a empresa com as últimas tendências de mercado, utilizando-se, por exemplo, um sistema SAP único em toda a América Latina, facilitando a integração entre os países.

    Além do sistema operacional, o projeto prevê modernização dos computadores de uso interno. Ao todo, a Ambev possui 30 mil funcionários no Brasil, com mais de 10 mil terminais em 220 unidades e praticamente todas fazem parte do plano de investimento. 

    O setor de cervejas passa por um bom momento no que se refere a faturamento. A Ambev conseguiu um aumento considerável em sua receita em 2011, que foi sustentada pela forte elevação no preço da cerveja ao consumidor. Em 2012, o aumento do preço promete ser menos rigoroso, compensando seus ganhos por meio de um maior volume vendido. 


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A Ambev inaugura em Petrópolis (RJ) uma nova cervejaria, destinada a produção da marca Bohemia. O investimento total foi de R$ 65 milhões, sendo que o aporte faz parte dos R$ 2 bilhões anunciados pela companhia em 2011.

    A fábrica ocupará uma área de 7 mil metros quadrados, contando com uma microcervejaria e um "centro de experiência cervejeira". Sua capacidade instalada é de 30 mil hectolitros por ano, atendendo mais a produção da embalagem long neck e as especialidades como a cerveja Escura, Confraria, Pilsen e edições especiais. Além da parte produtiva, a fábrica será aberta a visitações turísticas, tendo espaço de degustação e história da cerveja.

    A fabricante acredita na evolução do mercado premium, que hoje ocupa cerca de 5% do faturamento do setor e ainda possui margem forte de crescimento, uma vez que alguns países europeus e mesmo a Argentina, esse mercado ocupa cerca de 15%. Esse cenário se torna ainda mais propício dado o aumento da renda da população brasileira nos últimos anos.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A Ambev, a maior fabricante de cervejas do país, inaugurou mais um centro de distribuição direta, desta vez na cidade de Santa Cruz do Sul, interior do Rio Grande do Sul. A construção faz parte do ciclo de investimento anunciado no país, de R$ 2,5 bilhões neste ano. Esta obra específica foi inaugurada no dia 3 de abril e contou com aportes de de R$ 8,9 milhões. 

    Este centro de distribuição atenderá bares, restaurantes e supermercados da cidade de Santa Cruz do Sul e mais 31 municípios próximos. A princípio serão gerados 60 postos de trabalho diretos e 115 indiretos, além de acordos de benfeitorias com a prefeitura para garantir o melhor acesso à região. Esta obra do centro de distribuição poderá dar suporte às outras fábricas existentes no Estado, como a Maltaria Navegantes e a de Sapucaia do Sul que também estão recebendo investimentos para melhorias na produção.

    A maior fabricante de cerveja apresentou recentemente seus resultados anuais, onde obteve uma forte alta em seu faturamento, sustentado principalmente pelo aumento do preço de seus produtos. No entanto, no caso do volume de cerveja produzido, o dado se manteve praticamente estável, o que sustenta ainda mais o ganho de faturamento exclusivamente por meio de aumento de preços.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Mesmo com os prejuízos anunciados pela Schincariol em 2011 (de R$ 78,1 milhões), a fabricante de bebidas mostra seu novo plano de investimentos. A vice-líder do segmento de cervejas fará aportes em torno de R$ 480 milhões ainda em 2012 para modernizar suas unidades de fabricação além de ampliar sua capacidade de produção e distribuição.

    A fabricante, que foi adquirida em sua totalidade em novembro de 2011 pela japonesa Kirin, possui 13 fábricas em 11 estados do país, tendo como maior ponto de venda a região Nordeste. A retomada da vice liderança sobre a concorrente Itaipava ocorreu justamente na época do verão e carnaval, auxiliado pelas vendas nas regiões onde possui os maiores pontos de venda.

    O segmento de cerveja, embora tenha crescido muito pouco em volume produzido, obteve um alto faturamento dado o aumento dos preços vendidos. Em 2011 o IPCA Fora do Domicílio para cervejas cresceu 14,7% e no domicílio o aumento foi de 13,8%, refletindo os altos ganhos dos principais fabricantes do país, principalmente a Ambev. 


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    O Grupo Petrópolis quer aumentar sua participação no mercado de cerveja e, para isso, anunciou que pretende investir cerca de R$ 225 milhões ainda em 2012. Parte do recurso, R$ 93 milhões, será destinado às linhas de produção, sendo previsto a implantação de sua quinta fábrica fora de suas tradicionais fronteiras de atuação, que são as regiões Sudeste e Centro Oeste.  O projeto da nova fábrica terá duração próxima de 3 anos, tendo como grandes regiões potenciais para a instalação do parque o Sul e Nordeste, onde ainda a fabricante não possui nenhuma planta.

    A intenção da companhia é atingir 8 fábricas até 2020, dado que se baseia no forte potencial de expansão do mercado brasileiro de cerveja. O consumo per capita brasileiro ainda é relativamente baixo (58 litros por ano) quando comparado às economias mais maduras, que chegam a 84 litros por ano (Estados Unidos).

    O Grupo Petrópolis chegou a assumir a segunda posição no market share de cervejas no ano anterior, porém perdeu a colocação para a Schincariol em fevereiro, algo que já era esperado pela empresa, já que não possui uma boa distribuição na região Nordeste.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    Depois de meses de negociações e impasses em relação a compra parcial da Schincariol, os irmãos José Augusto, Daniela e Gilberto Schincariol Júnior decidiram vender suas participações ao grupo Kirin por R$ 2,3 bilhões.

    O grupo já havia adquirido os 50,45% da Schincariol em agosto deste ano por R$ 3,95 bilhões, porém estava disposta a comprar toda a companhia caso todos os proprietários tivessem interesse. Foram meses de negociações e de intervenções judiciais acionadas por parte dos sócios minoritários.

    Em meio a essas negociações, a Schincariol teve suas atividades de marketing congeladas, o que fez que a marca perdesse a segunda colocação do market share das vendas de cervejas para a Cervejaria Petrópolis. Além disso, com a perda da liminar judicial por parte dos sócios minoritários, a Kirin conseguiu ainda abaixar o preço que estava disposta a pagar em momento anterior, R$ 2,6 bilhões.

    O grande objetivo da Kirin no mercado brasileiro é expandir sua atuação ainda em mercados com potencial de crescimento, podendo realizar exportações para toda a América Latina - região ainda não atendida pelo grupo.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A Ambev anunciou investimentos de R$ 1,1 bilhão para a ampliação e modernização de fábricas na Região Sudeste e Centro-Oeste. Essa quantia faz parte de um montante de R$ 2,5 bilhões que já eram previstos em seu plano de investimento para 2011.

    O objetivo do investimento é adaptar algumas plantas para que seja possível modificar o produto fabricado, de acordo com as oscilações de sua demanda. Desta forma, a Ambev conseguirá também diminuir os custos e o tempo logísticos despendidos, variável que é de grande impacto no setor.

    Outra parte do investimento, cerca de R$ 245 milhões, serão direcionados a ampliação/duplicação de sua fábrica Cebrasa, em Anápois (GO). Com o valor, será possível produzir e envasar cerca de 120.000 latas por hora, produzindo mais de 4 milhões de hectolitros de cerveja por ano.

    Desta forma, os estados do Centro-Oeste, Brasília, Minas Gerais, Bahia e Pará poderão contar com uma maior distribuição de produtos da Ambev na região, o que já era o objetivo da companhia há algum tempo.

    A Ambev possui as suas menores participações de mercado no Norte e Nordeste e, com a ampliação da produção, o aumento de seu market share no segmento de cervejas poderá se tornar mais viável. A empresa, embora apresente pouco crescimento em sua produção de cerveja, tem aumentado o seu faturamento via ajuste de preços. O plano de ampliação do mercado pode ser uma nova estratégia de aumento de ganhos para o grupo.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O grupo britânico Associated British Foods (ABF), que possui a marca do achocolatado Ovomaltine, anunciou investimentos no Brasil.

    Ao todo serão R$ 40 milhões de reais, o maior valor do grupo desde que a empresa passou a se estruturar em São Paulo, em 2007. O objetivo do investimento é tornar o Brasil o terceiro maior mercado da marca, seguido de Suíça e Tailândia. Por conta disso, a Ovomaltine fará propagandas e investimentos em novas categorias, como o achocolatado pronto para beber.

    Tradicionalmente, o grupo ABF não costuma investir em publicidade no Brasil, mas depois de 17 anos da Ovomaltine no país, foi tomada esta decisão. Além disso, a empresa ampliará suas vendas por meio de aumento dos canais de distribuição e parcerias, feitas com possíveis marcas consagradas, como a Bauducco, a Danone e a Hershey´s.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Mesmo com as vendas menores no segmento de cervejas, a Ambev anunciou que trará ao Brasil a fabricação da cerveja norte americana Budweiser. Ela é a maior concorrente da cerveja holandesa/americana Heineken, trazendo ao Brasil uma guerra de duas grandes marcas globais de cerveja.

    A cerveja chegará ao país de forma diferente do que é comercializada em outros países, atendendo o segmento premium, em grande expansão, com preços cerca de 15% a 30% maior do que o convencional. Esse segmento, apesar de apresentar uma venda menor, posiciona a cerveja em um segmento de alto valor agregado, obtendo um faturamento maior via aumento de preços.

    A cerveja será fabricada no Brasil já em setembro, integrando parte dos investimentos de         R$ 2 bilhões anunciados em 2010, voltado para o aumento da capacidade instalada de suas fábricas. A comercialização da cerveja será prioritariamente realizada em latas e long neck´s, atingindo um público de bares e casas noturnas.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A cervejaria japonesa Kirin anunciou a compra de 50,45% do capital da fabricante de bebidas Schincariol. A aquisição, após meses de negociação e especulação sobre o tema, foi realizada no dia 01 de agosto de 2011. As principais interessadas eram, além da Kirin, as cervejarias SabMiller e  Femsa, que pretendiam expandir sua atuação no Brasil.

    O objetivo da Kirin com a aquisição é de aumentar suas vendas em 10% ao ano para todos os seus segmentos, sendo eles principalmente de cervejas e refrigerantes. A empresa também pretende trazer para o país a produção de sakê, shoyu, missô entre outros produtos que hoje tem boa aceitação, analise baseada no volume de importações.

    A princípio a estratégia apresentada pela Kirin é reforçar as marcas já existentes, como a Devassa e a Nova Schin e trazer o lançamento de novos produtos, com maior valor agregado. A Schin já vinha com um programa de investimentos em cervejas premium, com a compra das cervejarias artesanais Baden Baden e Eisenbahn e, com a Kirin, novos produtos poderão agregar a esse mercado que cresce em ritmo acelerado.

    O valor da compra totalizou R$ 3,95 bilhões, sendo que a Schincariol representa a segunda maior cervejaria do país, com Market Share próximo aos 15%.


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      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A maior empresa de cervejas do país, a Ambev, anunciou no dia 23 de maio investimentos de                  R$ 160 milhões em sua fabrica no Rio de Janeiro. O principal objetivo da companhia é ampliar em 35% a capacidade de produção de sua unidade em Piraí, além de destinar recursos à estação de tratamento de água e xaroparia.

    No início do ano, a Ambev já havia anunciado a ampliação da mesma unidade, focada para a fabricação de uma nova linha de garrafas de 600 ml e 300 ml com capacidade de envasar 60 mil garrafas por hora. O aporte para essa primeira fase faz parte do plano de investimento anunciado em março, de r$ 2,5 bilhões.

    A fábrica de Piraí atende atualmente os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo e, com a ampliação da unidade, 600 novos postos de trabalho serão gerados diretamente.

    A empresa possui nove unidades de negócio no Rio de Janeiro, sendo três fábricas, cinco centros de distribuição e uma planta para produção de vidros. Atualmente, a Ambev detém 70,1% do market share do setor de cervejas, sendo detentora das 3 marcas mais vendidas no Brasil, produzindo cerca de 84,5 milhões de hectolitros por ano.

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      Lafis
    • Ano
      2011
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    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Pouco antes das mudanças anunciadas na tributação incidente sobre as bebidas (cervejas, refrigerantes e água engarrafada), que poderá representar um aumento em torno de 10% nos preços ao consumidor, a AB Inbev anunciou aumento dos seus investimentos no país e deverá destinar à ampliação das unidades produtivas nacionais cerca de R$ 2,5 bilhões em 2011, com foco na região Nordeste. No âmbito desse plano de investimentos, a fábrica de Pernambuco, orçada em R$ 260 milhões, é considerada a principal obra. A unidade deverá entrar em operação até setembro e já é vista como a maior da América Latina e a mais moderna do mundo.

    O foco na região se justifica pelo crescimento expressivo do consumo de refrigerante e cerveja da população nordestina, influenciado pela inserção de maior contingente no mercado de consumo de massa e pelo clima predominantemente semi-árido da região que favorece o consumo de bebidas. Considerando-se, ainda, que o transporte possui peso considerável na estrutura de custos das empresas pertencentes ao setor, por tais bebidas possuírem baixo valor agregado, com o aumento do consumo no Nordeste, os custos de transporte se tornariam ainda mais expressivos, mesmo em uma rede eficiente de distribuição, o que viabiliza a construção de fábricas mais próximas ao centro consumidor.

    Os investimentos da AB Inbev no Brasil mantém, portanto, trajetória crescente. Em 2009, foi investido R$ 1 bilhão e, em 2010, R$ 2 bilhões. Assim, sob as condições favoráveis do cenário interno, a organização pretende aumentar a sua participação no mercado brasileiro e, para tanto, direciona seus investimentos à ampliação da sua capacidade de produção, inovações de produto e publicidade. Atualmente, o Brasil é o quarto país que mais consome as cervejas e os refrigerantes da AB Inbev. Nesse ranking, a primeira posição é ocupada pela China, seguida pelos Estados Unidos e pela Rússia.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A Ambev anunciou investimentos de R$ 1,1 bilhão para a ampliação e modernização de fábricas na Região Sudeste e Centro-Oeste. Essa quantia faz parte de um montante de R$ 2,5 bilhões que já eram previstos em seu plano de investimento para 2011.

    O objetivo do investimento é adaptar algumas plantas para que seja possível modificar o produto fabricado, de acordo com as oscilações de sua demanda. Desta forma, a Ambev conseguirá também diminuir os custos e o tempo logísticos despendidos, variável que é de grande impacto no setor.

    Outra parte do investimento, cerca de R$ 245 milhões, serão direcionados a ampliação/duplicação de sua fábrica Cebrasa, em Anápois (GO). Com o valor, será possível produzir e envasar cerca de 120.000 latas por hora, produzindo mais de 4 milhões de hectolitros de cerveja por ano.

    Desta forma, os estados do Centro-Oeste, Brasília, Minas Gerais,  Bahia e Pará poderão contar com uma maior distribuição de produtos da Ambev na região, o que já era o objetivo da companhia há algum tempo.

    A Ambev possui as suas menores participações de mercado no Norte e Nordeste e, com a ampliação da produção, o aumento de seu market share no segmento de cervejas poderá se tornar mais viável. A empresa, embora apresente pouco crescimento em sua produção de cerveja, tem aumentado o seu faturamento via ajuste de preços. O plano de ampliação do mercado pode ser uma nova estratégia de aumento de ganhos para o grupo.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    Em sua primeira reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, no último dia 20. Assim, Alexandre Tombini, presidente do Banco Central no novo governo, iniciou o ano elevando a taxa de juros de 10,75% a.a. para 11,25% a.a. com o objetivo de trazer a inflação ao centro da meta (4,5%), caracterizando uma importante tomada de decisão rumo a estabilidade de preços.

    A deliberação do comitê foi unânime e de acordo com as expectativas do mercado, que estavam, em sua maioria, alinhadas a 0,5 ponto percentual de aumento. A decisão representa, assim, o início de um ciclo de aperto monetário que deve ser estender por todo este ano. Segundo os representantes do governo, a medida visa trazer a inflação ao centro da meta, visto que em 2010 o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, encerrou em 5,91%.
    O aumento da taxa de juros a levou para o seu maior patamar desde o início de 2009, o que pode ser verificado pelo gráfico abaixo. Entretanto, o Banco Central já deixou claro que a política monetária visando a contenção da inflação não se restringirá ao instrumento dos juros. As medidas macroprudenciais adotadas ao final de 2010 atuam, também, para conter a expanão do crédito, tendo efeito sobre a demanda e assim sob a inflação. Desta forma, agentes do mercado esperam uma maior coordenação das políticas monetária e fiscal no Brasil objetivando o crescimento econômico em trajetória não inflacionária.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    No âmbito do seu plano de investimento no montante de R$ 2 bilhões a serem direcionados ao Brasil em 2010 para ampliação de 10% a 15% da capacidade produtiva no país, a AmBev, líder nacional no setor cervejeiro, aumenta seus esforços nas regiões Norte e Nordeste. O investimento em questão compreende dois aspectos cruciais: a expansão em 70% da capacidade produtiva da fábrica localizada em João Pessoa (PB) e adaptações da linha de produção para a fabricação de cervejas na embalagem de 1 litro e embalagens econômicas de 18 e 24 latas.

    Nesse sentido, tais aspectos podem refletir duas tendências no mercado cervejeiro. Em primeiro lugar, o aumento do poder de consumo da população nordestina, influenciado pela inserção de maior contingente no mercado de consumo de massa, que reflete no crescimento das vendas desses bens. O setor de cervejas é impulsionado, ainda, pelo clima predominantemente semi-árido da região.

    A segunda tendência que pode ser observada é a crescente exploração da forma das embalagens como instrumento de diferenciação no setor de bebidas, inclusive cervejas. Considerando-se a baixa margem para diferenciação inerente ao produto, a adoção de novas formas de embalagens, como capacidade inferior ou superior a da garrafa tradicional (600 ml), abordando a propriedade de ser mais econômica, se caracteriza para o setor como fonte relevante de inovação no processo de diferenciação frente ao consumidor final.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O grupo Schincariol, cuja participação de mercado no Brasil atinge 4,0% no setor de refrigerantes e 12,3% em cerveja, tem na Argentina seu mais novo mercado de exportação. A companhia pretende embarcar para o país a cerveja premium Nobel e o refrigerante de guaraná Schin.

     A fabricante de bebidas já exportava para o Uruguai, Bolívia, Paraguai e Colômbia, mas estes mercados são menores que o Argentino. A intenção da companhia é ganhar conhecimento necessário para a expansão do portfólio de produtos no país. Nesse sentido, a organização irá se inserir na Argentina com apenas duas marcas e, dependendo do resultado, partirá para a expansão da oferta. Ademais, o desempenho no país também servirá para a consolidação da expansão da indústria em mercados ainda não explorados.

     A maior presença na América Latina caracteriza a intensificação do processo de internacionalização da companhia, que ocorre em paralelo com o de outras indústrias nacionais, como a Ambev, integrante da AB-InBev, maior grupo cervejeiro do mundo.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A AmBev, que ocupa o posto de maior cervejaria da América Latina e o de 4ª maior do mundo, e a Cerveceria Regional, subsidiária da SABMiller na Venezuela, anunciaram, no dia 20, início das negociações para unir seus negócios no país, que abriga o maior consumo per capita de cervejas da América do Sul e se constitui como segundo maior mercado consumidor do produto na região.

    De acordo com a imprensa, a AmBev negocia a aquisição de 15% da venezuelana Cerveceria Regional, que manterá a sua marca e estrutura logística. Não foram divulgados valores relativos à transação. No entanto, espera-se que a operação seja concluída ainda em 2010.

    Através dessa integração, a AmBev poderá ampliar a sua participação nesse mercado, em que atua desde 1994, ainda como Brahma, obtendo ganhos em sinergia através da ampla rede de distribuição, em todo o território venezuelano, oferecida pela Cerveceria Regional. Por outro lado, a integração permitirá à cervejaria venezuelana maior exploração do mercado local, se tornando um competidor mais dinâmico no mercado interno.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    O consumo aquecido de cerveja no Norde e Nordeste e as isenções fiscais concedidas fizeram com que as principais cervejarias do país, Ambev e Schincariol, destinassem grande parte de seus investimentos para essas regiões.

    A Ambev, líder nacional do setor, anunciou um plano de investimento que totalizará R$ 2 bilhões em 2010, sendo alocado R$ 670 milhões somente para o norte e nordeste. O montante se destina para ampliação da capacidade de produção e para a instalação de novas máquinas, o que permitirá a implantação da estratégia de inovação, com foco nos novos formatos de embalagens. A Schincariol, por sua vez, destinará mais da metade de seus recursos ao mercado nortista: R$ 114 milhões para Recife (PE), R$ 400 milhões para Alagoinhas (BA) e R$ 120 milhões para Caxias (MA).

    O crescimento acima da média do consumo de cerveja na região também estimulou a criação de uma cervejaria focada na produção de cervejas Premium, a Companhia Brasileira de Bebidas Premium (CBBP), que inaugurará sua primeira instalação no fim deste ano em Pindoterama (CE) e distribuirá a bebida somente na região nordeste.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A maior fabricante nacional de cerveja, Ambev, anunciou a expansão de seu plano de investimentos para 2010 que saiu de R$ 1,5 bilhão (anunciado anteriormente) para R$ 2 bilhões. O novo montante, condicionado à manutenção da carga tributária incidente no setor, dobra a aplicação realizada em 2009 e pode significar o maior investimento da história da companhia. Com a perspectiva de continuidade de calor acima da média e da ocorrência da Copa do Mundo, a companhia buscará elevar sua capacidade produtiva entre 10% e 15% por meio da construção de pelo menos três novas unidades de produção, além da ampliação das já existentes, gerando cerca de 44 mil novos empregos diretos e indiretos.

    Com as mudanças no sistema de tributação efetuadas no ano passado, a empresa enfrentou um aumento de 15% nos impostos federais, os quais não foram totalmente repassados ao consumidor visando manutenção do crescimento das vendas. De fato, a empresa conseguiu obter ganhos de participação de mercado por meio de inovações e preço que, aliados à expansão da renda da população, sustentaram uma elevação de 9,9% nas vendas da bebida.

    Ao mesmo tempo em que o crescimento da massa salarial sustenta a expectativa de evolução positiva das vendas, as projeções para o rendimento médio do trabalhador acirraram os ânimos na indústria cervejeira nacional. Este último, em especial, sinaliza uma grande oportunidade de crescimento de um segmento ainda pouco explorado por aqui, o das cervejas premium. A entrada da cervejaria holandesa Heineken, com ampla experiência em tal mercado, após a compra da divisão de cervejas da Femsa, em conjunto com a estratégia de fusões e aquisições da Schincariol, que privilegia a compra de microcervejarias, sinalizam o interesse da indústria nas cervejas de maior valor agregado.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    Após adquirir três empresas gaúchas do setor alimentício, quais sejam, Mu-Mu, Wallerius e Neugebauer, a Vonpar, franqueada da Coca-Cola e distribuidora do portfólio Femsa no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, criou sua Divisão de Alimentos, marcando o início da diversificação dos segmentos de atuação da organização.

    O novo braço da organização já nasce internacionalizado, pois tanto a Wallerius e a Neugebauer têm presença em mais de 30 países. As três unidades produtivas empregarão mais de 1.000 funcionários e totalizarão um faturamento de aproximadamente R$ 300 milhões.

    Tal estratégia de diversificação mostrou-se bem sucedida no caso da PepsiCo., que ingressou no segmento de salgadinhos (Elma Chips e Lucky), achocolatados (Toddy e Toddynho), bebidas esportivas (Gatorade e Propel), pescados (Coqueiro) e água de coco (Trop Coco e Kero Coco). Por usufruírem redes de distribuição similares e por poderem compartilhar alguns insumos, é possível a ocorrência de ganhos de sinergia, com significativa redução de custos.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A fabricante de bebidas AmBev anunciou dis 27/02 que irá encerrar as atividades da sua unidade em Mogi Mirim (162 km de São Paulo), o que acarretará na demissão de 146 funcionários.
    Segundo a empresa, a capacidade de produção de cervejas será direcionada para outras três unidades no interior de São Paulo, localizadas nas cidades de Jacareí, Guarulhos e Jaguariúna.
    A fábrica em Mogi Mirim possuía 166 funcionários. Os 20 que não foram demitidos serão transferidos para as outras unidades no Estado de São Paulo. A empresa informou que os funcionários que perderam o emprego manterão o plano de saúde por cinco meses e poderão ser recontratados no segundo semestre, quando começa a produção para o próximo verão.
    Segundo comunicado, a AmBev justificou a atitude com uma adaptação à "curva sazonal do mercado de cervejas" - as vendas tradicionalmente recuam com o término do verão - e com as "expectativas de crescimento do mercado para o ano", que devem desacelerar como resultado da crise.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A compra da cervejaria estadunidense Anheuser-Busch pela belgo-brasileira Inbev foi finalizada na terça-feira, dia 18 de novembro. O advento da crise que vem submetendo a economia mundial e incidindo sobre a estrutura de crédito global acabou por atrasar o processo de compra.
    Para mobilizar recursos suficientes para cobrir os US$ 70 por ação, no total de US$ 52 bilhões, a cervejaria conta com o financiamento de um consórcio formado pelos bancos Santander, ING, JP Morgan, entre outros, que disponibilizará US$ 45 bilhões enquanto o valor de US$ 9,8 bilhões será adiantado em forma de empréstimo-ponte. Outra forma de mobilizar recursos será a venda de ativos não estratégicos, como por exemplo, o parque temático Busch-Gardens.
    O Ministério de Comércio da China impôs algumas condições para autorizar a compra no que diz respeito ao mercado chinês. Não será permitido à A-B Inbev aumentar a participação de 27% na Zhujiang Brewery, bem como a aquisição de qualquer parcela da Beijing Yanjing Brewery e da China Resourses Brewery, as maiores cervejarias do país mandarim. Entretanto, tais restrições não impedem a empresa de se consolidar como a maior cervejaria do mundo e quinta maior produtora de bens de consumo. Sua produção totalizará 4,5 bilhões de litros com uma receita de US$ 36,1 bilhões anuais.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    No dia 12 de junho de 2008, a Inbev declarou sua oferta pelas ações da companhia de cervejas norte-americana Anheuser-Busch, detentora da marca Budweiser, a cerveja mais vendida nos EUA. O valor ofertado seria de US$ 65 por ação, totalizando US$ 46,3 bilhões previstos para a eventual compra, o que significa uma apreciação de 35% no valor médio da ação antes dos movimentos especulativos decorrentes do rumores da transação. Os recursos seriam oriundos de linhas de financiamento com uma série de bancos internacionais, entre eles, o BNP Paribas, Santander e o Deustsche Bank.
    Caso seja efetuada a compra, a união de ambas cervejarias daria origem ao maior conglomerado do setor, cujo faturamento iria superar a casa dos US$ 40 bilhões anuais e a produção, por sua vez, seria superior à 420 milhões de hectolitros. Entretanto, o processo de compra encontra uma série de restrições, em sua maior parte, sociais, devido à representatividade da cerveja Budweiser no imaginário do cidadão norte americano e isso, em ano eleitoral, pode representar um intenso foco de debates sobre as estratégias governamentais no que diz respeito à aquisição de empresas nativas por conglomerados internacionais.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    Os projetos de expansão da Schincariol continuam. Duas semanas após adquirir a cervejaria catarinense Einsenbahn no valor estimado de R$ 100 milhões, adquiriu os ativos de distribuição e marca da Cintra . O valor da transação foi de R$ 39 milhões, R$ 22,4 milhões pela distribuição e R$ 16,6 pela marca, ambas anteriormente pertencentes à Companhia de Bebidas da Américas (Ambev) e pagas com recursos do próprio grupo Schincariol. Durante a compra da Cintra pela Ambev em 2007, a aprovação do Cade foi sujeita à recomendação do SDE (Secretaria de Direito Econômico) da venda da marca e estrutura de distribuição.
    A Cintra possui vendas da ordem de 130 milhões de litros, onde 60% destas se localizam no Rio de Janeiro, ampliando a participação da Schincariol para 6,55% das vendas no Estado. Considerando todo o território nacional, o acréscimo ao market share será de 0,8 p.p., totalizando 12,9%.
    Após as últimas aquisições feitas pelo grupo, no segmento premium, a Schincariol amplia sua margem nas chamadas cervejas populares, onde possui a marca Cristal, expandindo o escopo de vendas, inclusive, internacional, pois a Cintra exporta para Bolívia, Chile, E.U.A., Paraguai e Uruguai. A Schincariol pretende investir R$ 1 bilhão na Cintra, no ano de 2008, sendo R$ 400 milhões em marketing.
     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A Schincariol anunciou, dia 8 de maio, a compra da cervejaria catarinense Eisenbahn, que fechou o ano de 2007 com faturamento de R$ 11 milhões, 25% superior ao do ano precedente. O valor estimado para 2008 deve estar próximo de R$ 20 milhões, segundo a estimativa de Fernando Terni, presidente do grupo Schincariol. A estratégia da empresa é de aumentar o portfólio com  produtos voltados para o consumidor com maior poder aquisitivo, isto é, bebidas com maior valor agregado.
      A característica da Eisenbahn é ser uma cervejaria artesanal de grande porte, o que significa a capacidade de produzir em  escala relativamente grande mantendo, ainda, certa diferenciação no preço. Esse segmento representa cerca de 2% do total do  mercado, entretanto, apresenta uma forte tendência de expansão. São previstos investimentos na nova fábrica, apesar de  carecerem de uma definição mais concreta a respeito das cifras.    Existe a perspectiva, segundo José Augusto Schincariol, membro do conselho administrativo, de que a produção de 1,8 milhão de litros por ano possa ser triplicada, aumentando a abrangência da marca (concentrada no Sul, Sudeste, Ceará, Goiás e D.F.), para todo o território nacional. Os esforços de venda buscam, também, o setor externo com a inclusão da Alemanha, Inglaterra e Japão, aos países compradores da cerveja, que contam com os Estados Unidos, Austrália e Uruguai.