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    Nos últimos anos, o mercado vem se movimentando com notícias e investimentos milionários de start ups dedicadas à produção de carne de laboratório. Enquanto alguns apontam ser este o futuro da alimentação, recomenda-se aqui um tanto de ceticismo e cautela. Elevados custos de produção – pressionados também pela ausência de  grandes escalas de produção e comercialização -, restrições por parte dos consumidores e as próprias dificuldades de replicação devem seguir como obstáculos a essa importante, mas ainda incipiente, inovação.

    Enquanto isso, estudos recentes apontam para uma predileção dos consumidores mundiais para as proteínas de origem animal. Melz et al (2014)[1], em estudo abrangendo o período entre 1995 e 2013, encontram evidências de que a relação entre renda a consumo de carne é positiva e mais que proporcional. Em outras palavras, um aumento em 10% da renda dos consumidores mundiais implica em variação do consumo de carne bovina ainda maior. Favro et al (2021)[2] encontram evidência semelhante para o consumo da carne de frango, em estudo que coletou evidências entre 2002 e 2015.

    Pois bem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou recentemente suas projeções para o PIB mundial para 2024 e 2025. Em ambos, espera-se um crescimento de 3,2%. Dentro deste universo, os países emergentes devem crescer acima da média: 4,2%. Vale destacar que Índia, China e Rússia registrarão crescimentos médios no biênio de, respectivamente, 6,7%, 4,4% e 2,5%. São mercados que consomem grande quantidade de carnes. Além disso, por se tratar de países em desenvolvimento, os incrementos de renda de sua população se traduzem em maior procura por alimentos que enriquecem a dieta cotidiana.

    Para além disso, há outros mercados emergentes que devem impulsionar a demanda por proteína animal. Deve-se ficar de olho sobretudo no Oriente Médio e no Sudeste Asiático. Com isso, a produção brasileira deve colher benefícios mantendo-se na liderança geral do setor. Inovações e diversificação na dieta humana devem sem dúvida surgir no horizonte, mas provavelmente a passos ainda lentos.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.