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    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    O ano de 2024 deve registrar uma produção de 58,8 milhões de sacas de café beneficiado, representando um aumento de 5,5% em relação à colheita de 2023. Mesmo com as incertezas climáticas – que são riscos reais, de fato - espera-se para este ano um ganho significativo na produtividade, com estimativas apontando para 26,7 sacas por hectare no café arábica, um crescimento de 2% em comparação à safra de 2023, e 44,3 sacas por hectare no café conilon, um aumento de 6,2% em relação à safra anterior.

    No mercado global de café, as exportações continuam sendo um componente vital para a economia brasileira. Até agosto de 2024, o valor em dólares acumulado das exportações de café brasileiras atingiu 6,6 bilhões, um incremento surpreendente de 48,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Com a demanda global firme e problemas de oferta ocorridos na Ásia – sobretudo devido a questões climáticas -, os preços vêm apresentando escalada ascendente. Além disso, as desvalorizações cambiais verificadas ao longo do ano propiciam tais resultados vistosos.

    Com relação ao nosso mercado interno, pode-se dizer que o consumo de café no Brasil apresenta características únicas. Com o crescimento econômico projetado em torno de 3% e a taxa de desemprego abaixo de 7%, a população brasileira dispõe de maior poder aquisitivo, o que favorece a demanda interna. O café é uma bebida profundamente enraizada na cultura brasileira, e a alta predileção por este produto impulsiona um mercado de consumo vigoroso. O aumento da renda média contribui para uma maior diversificação no consumo, com crescimento nas categorias premium e gourmet, à medida que os consumidores buscam por produtos de maior qualidade e experiências diferenciadas.

    Tal cenário reforça as ótimas perspectivas de produção e faturamento para o café brasileiro em 2024. O país deverá se manter tranquilamente na liderança mundial, sendo impulsionado, também, por um dinâmico mercado interno e uma produtividade crescente. Entretanto, riscos logísticos e ambientais seguem como as maiores preocupações no horizonte de curto e médio prazo, devendo ser tratados com precaução.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    Em relatório divulgado no atual mês de julho de 2024, a Secretaria de Política Agrícola do MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), estima que a tanto a produção mundial quanto a brasileira devem aumentar para a safra 2024/25. A seguir algumas informações sobre o mercado global.

    Com relação ao café arábica, projeta-se um volume de aproximadamente 99,9 milhões de sacas de 60kg, o que indica um aumento esperado de 4,4% na produção global dessa espécie em relação à safra anterior, que foi de 95,7 milhões de sacas. Quanto ao café robusta/conilon, a produção mundial foi estimada em 76,4 milhões de sacas, o que significaria igualmente um acréscimo: neste caso de 4% na comparação com a safra passada, a qual registrou um volume produzido de 73,5 milhões de sacas.

    Com isso, a safra total mundial de café estimada para o próximo ciclo produtivo deverá totalizar um montante de 176,2 milhões de sacas, com o café arábica representando 57% do total, e o robusta/conilon ocupando os restantes 43%.

    Beneficiado por quebras de safra e por problemas climáticos em concorrentes como o Vietnã e Indonésia,  o Brasil deve registrar uma safra total de 58,81 milhões de sacas, sendo 42,10 milhões de sacas de arábica e 16,70 milhões de robusta/conilon. Com isso, o país mantém a dianteira na produção mundial, ocupando 33,3% do mercado. Em segundo lugar aparece o Vietnã, que deve produzir um total de 29,1 milhões de sacas, sendo 27,9 milhões de robusta/conilon e apenas 1,2 milhão de arábica. Tais indicadores colocam o país com participação de 16,5% no mercado global. Por fim, a Colômbia – terceira maior produtora - deverá registrar 12,4 milhões de sacas de café arábica, sua única variedade, garantindo-lhe uma proporção de 7% na produção mundial.

    Tais números indicam a permanência de bons resultados do complexo cafeeiro brasileiro. Há, efetivamente, boa capacidade de distribuição, diversificação de mercados e incrementos de produtividade. Como riscos de cenário, deve-se observar o andamento dos eventos climáticos, os quais podem gerar imprevistos na produção.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A consultoria Brainy Insights realizou um estudo prospectivo sobre o mercado de cafés especiais até 2030. Segundo ela, tal mercado pode atingir a marca de US$ 152,62 bilhões, o que representa um aumento de 12,32% em relação aos números desde 2021. Este crescimento é impulsionado pelo aumento do consumo da bebida em casa, à medida que os consumidores finais se tornam mais curiosos e seletivos em seus gostos.

    Segundo a pesquisa, a Europa é destacada como um importante mercado para os cafés especiais, contribuindo com 46,21% da receita registrada em 2021. Vale ressaltar que este continente é o principal destino das exportações de café do Brasil, representando mais de 50% dos embarques.

    Por sua vez, a América do Norte é identificada como uma região com potencial de crescimento significativo nos próximos anos. Isso se deve à popularidade de cafeterias e lojas na região, bem como ao impulso que as novas tecnologias podem trazer para o mercado.

    Vale enfatizar que, à medida em que a renda da população cresce, a demanda por produtos diferenciados tende a acompanhar tal crescimento, o que pode favorecer a predileção por cafés gourmet e especiais. Assim sendo, mercados emergentes também podem ser atraentes neste sentido. Estima-se que ao redor de 10% de todo o consumo de café no Brasil seja de produtos especiais, segundo a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, sigla em inglês).

    Há, portanto, um grande mercado a ser explorado. Aos produtores e aos gestores públicos cabem apostar em medidas que incentivem a inovação com vistas na diversificação da produção, bem como nas cadeias de comercialização. O brasileiro, em linhas gerais, é resistente e ainda prefere o tradicional café forte açucarado, algo que até faz parte da memória afetiva doméstica nacional. Além disso, é preciso que a economia entre em uma trilha virtuosa de desenvolvimento para o robustecimento do mercado interno. De qualquer modo, há perspectivas de que este caminho possa acontecer, ainda que a passos moderados.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A estimativa inicial para a produção da safra de café do Brasil no ano-cafeeiro de 2024 é de um volume físico de aproximadamente 58,08 milhões de sacas de 60kg, representando um aumento de cerca de 5,5% em comparação com a colheita total do ano anterior. Esse volume compreende 40,74 milhões de sacas do tipo arábica, equivalente a 70% da safra nacional prevista, e mais 17,34 milhões de sacas de café robusta e conilon, correspondendo a 30% da produção total, caso esses números sejam confirmados em nível nacional.

     

    Apesar dessas perspectivas, vale mencionar que desafios pairam no horizonte. Os efeitos do El Niño devem permanecer até meados de 2024, significando períodos de temperaturas mais elevadas com chuvas irregulares. A colheita da variedade robusta da safra 2023/24 não tem sido satisfatória, já que as instabilidades climáticas afetaram consideravelmente o Espírito Santo, principal estado produtor desta variedade.

     

    Ao mesmo tempo, os mesmos constrangimentos ambientais têm afetado os concorrentes do café brasileiro, algo que deverá contribuir para uma rigidez para cima dos preços. Rigidez essa também reforçada pelas dificuldades logísticas na região do Mar Vermelho, o que força os navios do Vietnã – segundo maior produtor mundial – a contornarem o Cabo da Boa Esperança, elevando assim seus custos e preços finais.

     

    Diante de tais fatores, os produtores brasileiros ainda devem ganhar espaço em volume, área produzida e no mercado internacional. Entretanto, não se espera um incremento estável e contínuo, até por conta das já mencionadas incertezas climáticas que, ao fim e ao cabo, devem gerar cautela aos produtores.

     

    Especialista do Setor  Henrique Pavan.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A segunda estimativa para a safra cafeeira no país em 2023 elaborada pela Conab, indica produção total, incluindo as espécies arábica e conilon, de 54,742 milhões sacas beneficiadas. Essa produção é 7,5% ou 3,822 milhões de sacas superior à colhida em 2022, ano de bienalidade positiva, que foi acometida por adversidades climáticas nas diversas regiões produtoras do país, com baixas precipitações pluviométricas, longas estiagens e temperaturas acima do normal, durante grande parte do seu desenvolvimento. Deve-se destacar que se trata de comportamento incomum, pois a tendência natural das plantas é de que se revezem anos positivos com anos negativos.
    Comparativamente à safra 2021, também ano de bienalidade negativa, quando foram produzidas 47,716 milhões de sacas, o resultado da presente safra é 14,7% superior. Tal estimativa ainda é preliminar, pois o ciclo da cultura está em andamento e ainda depende do comportamento climático. A colheita ainda é incipiente, com 4,5% colhida em final de abril.
    O maior estado produtor, Minas Gerais, deve ter safra de 27,83 milhões de sacas, um aumento de 26,7% em comparação à safra passada; tal desempenho é reflexo do aumento da área, pelo ganho na produtividade e, principalmente, pelas melhores condições das lavouras após as últimas safras, caracterizadas por climas adversos. Na outra ponta, outro importante estado, Espírito Santo, estima queda de 18,4% na produção, em função de condições climáticas adversas.

    Analista Responsável Marcos Henrique


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Em 2022, a safra do café arábica foi de bienalidade positiva, o que deveria resultar em um aumento expressivo da produção. Contudo, o clima seco e excessivamente frio do inverno de 2021, inclusive com a ocorrência de geadas em algumas regiões produtoras, reduziu o potencial de produção esperado. Para o café canephora, mais conhecido como conillon, a estimativa da produção foi de 1,1 milhão de toneladas, ou 18,1 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 2,4% em relação ao mês anterior e de 6,8% em relação a 2021.

    Os preços do grão têm oscilado em relação a uma expectativa de safras menos robustas, tendo em vista os impactos climáticos acima destacados e as perturbações no cenário internacional derivadas da guerra entre Rússia e Ucrânia. Segundo informações da Cepea/Esalq, as cotações domésticas do café arábica terminaram julho em queda; o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.300,89/sc de 60 kg no dia 29, recuo de 60,31 Reais/sc (ou de 4,4%) em relação a 30 de junho. A queda dos preços externos e a expectativa de safra positiva do Brasil vêm ajudando a derrubar as cotações.

    Neste sentido, a despeito do ano de bienalidade positiva, os produtores estão preocupados com o desempenho geral. Do lado das exportações, todavia, os resultados seguem sendo puxados por preços mais vantajosos diante de quantidades menores em comparação à safra anterior.

    Especialista do Setor Marcos Henrique


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O Brasil exportou 3,622 milhões de sacas de 60 kg em março, volume 6% abaixo do observado no mesmo mês de 2021. No que diz respeito às receitas, porém, houve um crescimento de 69,3% no mesmo comparativo, com o valor alcançando U$ 865,1 milhões. Os preços da espécie arábica em alta e a taxa de câmbio contribuíram para tal desempenho. No acumulado do primeiro trimestre de 2022, as exportações chegam a 10,594 milhões de sacas, apresentando queda de 7,8% ante o desempenho nos três primeiros meses do ano passado. 

    A receita cambial, no mesmo período, somou US$ 2,424 bilhões, com significativo crescimento de 60,8% frente aos três primeiros meses do ano passado, o maior valor dos últimos cinco anos. Em linhas gerais, os custos logísticos elevados, resultado dos distúrbios produzidos pela guerra entre Rússia e Ucrânia, tem elevado os custos e limitado os embarques. Preços e câmbio, todavia, continuam beneficiando o exportador. 

    Em complemento, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, no último dia 28 de abril, o valor de R$ 6 bilhões para o café. Ainda, o Ministério da Economia informou que atendeu ao pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que os recursos do Funcafé fossem definidos de forma global, sem discriminação por linha de crédito. O CMN também elevou de R$ 30 milhões para R$ 50 milhões o limite de crédito de custeio que cada cooperativa de produção de café pode pegar emprestado. 

    Com isso, espera-se que o desempenho do café siga positivo ao longo de 2022, com a contribuição adicional da bienalidade positiva das plantações, o que certamente contribuirá para a performance interna e externa.

    Especialista do Setor Marcos Henrique


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    As exportações de café somaram 3,111 milhões de sacas de 60Kg no mês de setembro, o que significa uma queda de 26,5% em volume, influenciado por problemas logísticos. Segundo a Cecafé, entidade representativa do setor, “seguimos com intensa disputa por contêineres e espaço nos navios e ainda nos deparando com sucessivos cancelamentos de bookings, rolagens de cargas e frete extremamente custoso”. A despeito de tal desempenho, deve-se destacar que no mesmo mês houve incremento de 0,5% em termos de receita cambial, como reflexo do atual patamar do dólar frente ao real.

    No acumulado entre janeiro e setembro de 2021, as exportações totais somaram 29,759 milhões de sacas, uma queda de 4,1% em comparação ao mesmo período do ano passado, mas com receita de US$ 4,172 bilhões, um incremento de 6% na mesma comparação. Os entraves logísticos decorrente da desestrutura nas cadeias globais de valor promovida pela pandemia de Covid-19, têm afetado os embarques de produtos, mas também a reposição de insumos e peças em diversos setores e, na agricultura, o comportamento também se repete.

    Os principais destinos do café brasileiro seguem sendo os EUA que, sozinho, comprou 19,1% das sacas exportadas nos nove primeiros meses do ano – volume equivalente ao observado no mesmo período de 2020. Em seguida, a Alemanha foi responsável por 16,8%, seguida por Bélgica e Japão. O relatório da Cecafé destaca ainda que, o complexo marítimo de Santos (SP) permaneceu como principal exportador dos cafés brasileiros, com envio de 22,832 milhões de sacas, o equivalente a 76,7% do total.

    Analista Responsável Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O consumo de café tem crescido na China e o Brasil é o principal fornecedor do grão. Com apoio do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), consultorias chinesas identificaram que o país asiático tem, atualmente, cerca de 330 milhões de consumidores da bebida, um grupo maior que a população brasileira. Em volume, o consumo dos chineses ainda é menor que o dos brasileiros, mas o ritmo de expansão vem crescendo - o número é 70% superior aos 193 milhões de chineses que bebiam café há apenas oito anos. 

    Segundo a pesquisa, os novos consumidores chineses de café são jovens que veem a bebida como um hábito refinado. O grupo é formado por pessoas de 20 a 34 anos, das quais 60% são mulheres. O café solúvel (feito principalmente a partir da variedade robusta) ainda é a primeira opção para a maioria, com 52,4% da preferência, mas o torrado e moído já aparece em segundo lugar, com 36,5%. A pesquisa confirma, por meio dos dados, a tendência de crescimento para esse mercado, especialmente no que diz respeito aos produtos mais bem elaborados.

    Neste sentido, o governo brasileiro vem reforçando o apoio aos produtores. Na safra atual, iniciada em julho de 2021 e que vai até junho de 2022, o Funcafé disponibilizará R$ 5,9 bilhões para o setor, o equivalente a um acréscimo de 8,9% em relação ao ciclo passado (2020/21). Os procedimentos de contratação com os 33 agentes financeiros que irão operar com o Fundo estão em fase final, com destaque para a entrada da Caixa Econômica, Banco de Brasília e a Cresol, em fase de assinatura junto ao Funcafé. 

    Analista responsável Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O ano para o café é de retração na safra comparada à anterior (2019/20). Isso acontece, pois o os efeitos biológicos da bienalidade, que alterna anos positivos com anos negativos, é uma característica física das plantas, fazendo com que a comparação ideal de uma safra deva ser feita com relação não a anterior, mas à retrasada. De todo modo, de acordo com estimativa da Conab ainda no mês de janeiro, a expectativa é de obter um volume total entre 43.854 mil sacas e 49.588 mil sacas de café beneficiado, sinalizando redução de 21,4% a 30,5% em comparação ao resultado apresentado obtido na safra passada. Isto, no entanto, não deve impactar os resultados positivos das exportações, que vem crescendo de maneira sistemática nos últimos anos.

    A exportação total café pelo Brasil (não torrado, torrado, extratos, essências e concentrados de café) no mês de março alcançou 250,2 mil toneladas (perto de 4,168 milhões de sacas de 60 kg), o que corresponde a um aumento de 30,5% em comparação com igual mês de 2020, quando foram embarcadas 191,4 mil toneladas (aproximadamente 3,190 milhões de sacas). No que diz respeito às receitas, houve alta de 26,3%, de acordo com os dados da SECEX.

    No acumulado do primeiro trimestre, o volume embarcado chegou a 11,3 milhões de sacas, alta de 25,1% em relação aos primeiros três meses de 2020. Já a receita cambial no primeiro trimestre deste ano foi de US$ 1,543 bilhão, representando crescimento de 20,4% ante o ano anterior (US$ 1,282 bilhão). Portanto, a despeito da bienalidade negativa, a demanda pelo grão segue em alta e, no Brasil, além de ser preferência na mesa do consumidor, produtos mais elaborados como, por exemplo, cafés em cápsulas, vêm fazendo parte dos hábitos de consumo.
     
    Analista responsável: Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    No ano-safra 2019/20, o Brasil exportou um total de 40 milhões de sacas de café, considerando a soma das exportações de café verde, solúvel e torrado & moído, segundo balanço do Cecafé - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. O volume representa o segundo recorde histórico de exportações brasileiras de café para o mundo e teve como destaque o crescimento de 22,7% nas exportações de café robusta, na comparação com o ano-safra 2018/19. A receita cambial na safra 2019/20 foi de US$ 5,1 bilhões, equivalente a R$ 22,8 bilhões, o que representa um aumento de 8,8% em reais em relação ao período anterior. Já o preço médio foi de US$ 128,04.

    Em novembro, as exportações brasileiras de café verde alcançaram um recorde de 275,84 mil toneladas (ou 4,6 milhões de sacas de 60 kg), alta de 39,5% em relação ao mesmo período do ano anterior e acima da máxima histórica de 4,1 milhões de sacas registrada em dezembro de 2018. No ano civil de 2020, as exportações totais acumulam 39,8 milhões de toneladas, alta de 5,7% em comparação ao mesmo período de 2019 e o melhor resultado para a série histórica.

    Com câmbio mais favorável e num ano de bienalidade positiva, ou seja, quando as plantas têm o melhor desempenho, a receita cambial cresceu 6,7% para US$ 5 bilhões; em reais, o crescimento foi ainda mais expressivo, cerca de 40%, atingindo R$ 25,9 bilhões. Entre os principais compradores, EUA segue em primeiro lugar com 18,2% do total, seguido por Alemanha (16,9%), Bélgica (8,4%) e Itália (7,2%). Além disso, o Brasil se destaca pelos cafés diferenciados - aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis – que representam cerca de 17,7% do volume exportado e, no acumulado de janeiro a novembro, tiveram alta de 1,4% sobre o mesmo período do ano anterior.

    Com isso, destaca-se que o produto brasileiro segue na linha de frente da preferência mundial, a despeito da concorrência, particularmente asiática. A demanda externa por commodities aquecida, associada à vantagem cambial foram os principais fatores a contribuir para tal desempenho. Destaca-se, porém, que o ano de 2021 deverá ter um desempenho pouco expressivo em comparação a 2020, dado período de bienalidade negativa, um fator estrutural para o setor cafeeiro.

    Especialista do Setor Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A bienalidade positiva do café vem produzindo resultados positivos expressivos em 2020. De janeiro a maio, o Brasil exportou 16,6 milhões de sacas de café, com destaque para o crescimento de 19,2% nas exportações de café na comparação com o mesmo período de 2019. A receita cambial gerada foi de US$ 2,2 bilhões e o preço médio de US$ 133,06, registrando um aumento de 4,8%. De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), 81,7% deste volume saiu do Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Em 2019, no mesmo período, o cais santista era responsável por 79% do embarque de café do país. 

    O IBGE destaca que “os preços do produto se recuperaram a partir do final de 2019, o que deve incentivar os produtores a aumentarem os investimentos em tratos culturais e adubação. Até o presente momento, não se tem notícias de maiores problemas com o clima nas principais regiões de produção cafeeira do País, o que deve também refletir na produção”. Além disso, o consumo de café deve crescer cerca de 2,5% no Brasil, de acordo com projeção da Euromonitor. A estimativa da consultoria é de que cada brasileiro consuma, em média, 890 xícaras no ano, e que em 2024, o volume ultrapasse as 1.000 xícaras anuais, expandindo os investimentos, não apenas na lavoura, mas em toda uma indústria que envolve da tecnologia do preparo aos serviços dos chamados cafés “gourmetizados”.

    A bebida possui importância histórica no país e no mundo e, a despeito da pandemia de Covid-19, seu consumo não deve sofrer grandes alterações. A mudança de hábitos dos consumidores, diante do isolamento social, faz com que estes optem pela bebida menos elaborada, preparada em casa. Portanto, o setor de serviços ligado ao café deverá absorver em maior medida os impactos negativos; as exportações, por sua vez, seguem em alta. O principal destino do café brasileiro continua sendo os Estados Unidos com 19,8% do total das exportações, seguido pela Alemanha (17,6%) e da Itália (8,8%).

    Especialista do Setor Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A primeira estimativa do IBGE para a safra de café foi de 3,4 milhões de toneladas, ou 56,4 milhões de sacas de 60 kg, equivalente a alta de 12,9% em relação a 2019. Para o arábica (maior parte da colheita), a estimativa é de alta de 22,1%, cerca de 42,2 milhões de sacas de 60kg; o rendimento médio deverá apresentar um crescimento de 16,2%, enquanto a área plantada e a área a ser colhida aumentam em 4,2% e 5,0%, respectivamente. Destaca-se, contudo, que o ano de 2020 é de bienalidade positiva, quando as plantas estão fisiologicamente recuperadas.

    O IBGE destaca que “os preços do produto se recuperaram a partir do final de 2019, o que deve incentivar os produtores a aumentarem os investimentos em tratos culturais e adubação. Até o presente momento, não se tem notícias de maiores problemas com o clima nas principais regiões de produção cafeeira do País, o que deve também refletir na produção”. Além disso, O consumo de café deve crescer cerca de 2,5% no Brasil, de acordo com projeção da Euromonitor. A estimativa da consultoria é de que cada brasileiro consuma, em média, 890 xícaras no ano, e que em 2024, o volume ultrapasse as 1.000 xícaras anuais, expandindo os investimentos, não apenas na lavoura, mas em toda uma indústria que envolve da tecnologia do preparo aos serviços dos chamados cafés “gourmetizados”.

    Ao longo de 2019, o Brasil embarcou 36,2 milhões de sacas de café, acima do recorde registrado em 2015, de 33,4 milhões. Com isso, encerra-se o rali internacional iniciado em outubro quando a cooperativa Cooxupé  afirmou que os estoques estavam baixos frente à forte demanda. Embora o Brasil tenha concorrentes importantes no plano internacional - especialmente no sudeste asiático e, na América Latina, a Colômbia - é preciso ressaltar a qualidade do produto do País, o que o coloca à frente dos concorrentes. Assim, de modo geral, não há fatores que façam crer que o Brasil tenha sua liderança ameaçada no curto e médio prazo. 

    Especialista do Setor Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Para a safra de 2018/19, levando em consideração a bienalidade negativa, a Conab projeta queda na produção. O total deve ficar entre 50,4 e 54,48 milhões de sacas beneficiadas; a área também deve apresentar recuo no período, cerca de 1,2% a menos que na temporada passada. De um lado, o arábica, responsável pela maior parte da produção, deve recuar entre 23,9% e 19,6%; já o conilon tem redução estimada entre 13% e 15,2%.

    Além disso, estima-se que a produtividade alcance entre 27,4 e 29,58 sacas por hectare, o que significa uma redução de 17,1% a 10,6% em relação à safra passada. Estima-se que a queda deve ocorrer em boa parte das regiões produtoras. Nos locais onde predomina o cultivo de conilon, a expectativa é de produtividades próximas à da safra passada em virtude das boas condições climáticas, enquanto nas áreas da espécie arábica, a produtividade deverá ser menor que no último ano devido à bienalidade negativa.

    O clima quente entre dezembro e janeiro é outro fator preocupante para o setor. A própria Cooxupé, maior cooperativa do setor, estima queda na produção do arábica em torno de 15% para o próximo ciclo (2019/20).  

    Já no mundo, de acordo com o relatório de maio da International Coffee Organization (OIC), a produção para safra atual está estimada em 168,05 milhões de sacas, cerca de 1,5% acima da safra anterior. O consumo deverá continuar crescendo, de acordo com esta estimativa, cerca de 2% neste ano; o Brasil, principal player neste mercado, certamente será beneficiado. As vendas externas do país, nos primeiros 7 meses do ano cafeeiro (2018-19), tiveram alta de 26,3%, atingindo 24,2 milhões de sacas.

    Especialista do Setor Marcos Henrique.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) confirmou a redução dos impostos para importação de café Conillon, de 10% para 2%, com a medida valendo até maio de 2017.

    A principal razão desta medida é aumentar os estoques públicos de café Conillon, que se encontram bem abaixo do esperado para a época. Esta medida é emergencial visando não comprometer a possibilidade de reação do governo à crises de abastecimento. A medida não deverá comprometer o faturamento do setor, ainda mais que o tipo Conillon é o menos representativo na produção geral de café no Brasil, mas deverá ser um fôlego de emergência caso ocorram problemas de abastecimento deste tipo de café.

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Mantendo a lógica da bianualidade da produção das culturas de café, o tipo conilon deverá apresentar queda na sua produção em 2016, após aumento/crescimento no ano de 2015. 

    A queda já era esperada, mas deverá apresentar intensidade maior que o esperado no começo do ano, especialmente no maior estado produtor do Brasil, o estado de Espiríto Santo, que corresponde por volta de 60% da produção deste tipo.

    Assim, o faturamento deverá ser impactado, de forma parcial, já que o tipo Arábica, que é mais de 70% da produção total, deverá crescer em 2016. Todavia, o faturamento deverá ficar menor que o estimado no começo de 2016. 

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A indústria cafeeira é um dos setores mais tradicionais e bem sucedido na história da agricultura brasileira, sendo, inclusive, um dos principais motores do crescimento da agroindústria por diversos anos. No entanto, recentemente a cultura passou a enfrentar sérios problemas de rentabilidade, o que vem prejudicando o setor.

    O setor vem enfrentando diversos problemas, como o aumento dos custos da produção, dado o encarecimento da mão de obra – observado na agricultura como um todo - , os preços de fertilizantes e da renovação dos  cafezais; outro fator crucial é a proliferação de pragas mais resistentes, como a broca em diversas regiões produtoras do País, como em Minas Gerais.  O setor vem enfrentando diversos problemas climáticos nos últimos dois anos, o que, inclusive, acarretou na quebra do ciclo bianual do café no ano passado. Por fim, um fator mais relacionado com a demanda brasileira por café, que vem se mostrando mais estável mas com uma leve tendência de queda, muito em vista a competição de outros tipos de bebidas, como refrigerantes e outros, e mudanças nos costumes de consumo.

    Assim, apesar de ser um setor muito importante e dinâmico da agricultura brasileira, o setor vem enfrentando problemas que estão reduzindo consideravelmente a rentabilidade do café. As perspectivas não são muito boas, especialmente em termos do aumento de custos envolvendo fertilizantes – com a tendência de desvalorização do real, que encarecerá ainda mais a importação dos mesmos - , das flutuações do clima e da demanda interna mais contida.

    Portanto, o faturamento do setor deverá continuar enfrentando limitações, e até mesmo cair em alguns anos posteriores à 2015. 

    Analista do Setor: Ricardo Quirino


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Foi aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) novas medidas de apoio ao setor cafeeiro. Dentre as medidas, está a prorrogação e a renegociação de dívidas vencidas e a vencer entre 1º de julho deste ano a 30 de junho de 2014, prorrogando automaticamente o passivo de custeio e comercialização com início de pagamento previsto para julho de 2015 e parcelamento por mais 5 anos. Em relação às dívidas de investimento, as parcelas que vencem este ano serão transferidas para o fim do contrato.

    Com a renegociação das dívidas, que representará um custo de R$ 500 milhões para os cofres públicos, o governo espera aliviar o nível de endividamento do setor, favorecendo o fluxo de caixa dos cafeicultores que tem lidado com problemas relacionados à persistente queda dos preços do grão no mercado internacional.

    O Ministério da Agricultura sinalizou que caso a medida não surta o efeito esperado, novas ações poderão ser adotadas em prol da recuperação do setor. O governo tem apoiado a cafeicultura por meio de leilões de contratos de opção de venda. Através desse mecanismo, é permitido aos cafeicultores venderem ao governo um total de 3 milhões de sacas de café, caso o valor de mercado se mantenham abaixo dos preços de referência (R$ 343/saca).


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Os cafeicultores tem enfrentado tempos difíceis desde, pelo menos, meados de 2011. As margens mais favoráveis observadas entre 2002 e 2010 estimularam o aumento da produção de café, depreciando as cotações do arábica em âmbito global nos anos subsequentes. Em função do cenário econômico débil nos principais mercados do setor, houve queda expressiva das exportações; as receitas externas do setor chegaram a cair 26,0% em 2012 e 12,6% no primeiro semestre deste ano. Agravando essa questão, a taxa de câmbio se manteve sobrevalorizada ao longo 2012 e nos primeiros meses de 2013.

    Nessa conjuntura, o setor vinha cobrando apoio do governo, principalmente, via políticas de estocagem e de renda, via contratos de opção. Segundo representantes do setor, a adoção de tais políticas dariam ao produtor a possibilidade de favorecer as condições de comercialização do produto a preços superiores aos custos de produção.

    Depois do aumento dos preços mínimos abaixo do esperado pelo setor em maio, aumentaram as pressões sobre o governo para deliberar uma política de apoio ao setor. Enfim, na última quarta-feira, a presidente Dilma autorizou o lançamento de contratos de opção de venda para 3 milhões de sacas de café com preços de R$ 346/saca e vencimento em março de 2014, como forma de incentivar a cultura.  Além disso, a presidente anunciou que o governo financiará a estocagem com compras garantidas pelo preço mínimo, de R$ 307/saca. A CNA avaliou que as medidas anunciadas pelo governo atendem as reivindicações do setor, ao menos em caráter emergencial.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O Governo Federal aprovou nessa semana o aumento do preço mínimo do café arábica. Pela decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), os valores passarão de R$ 261,69 (em vigor desde 2009) para R$ 307 a saca de 60 kg, o que representa  incremento de 17,3%. O novo valor já vale para a safra que está sendo colhida.

    A decisão do governo contrariou expectativas do setor. Diversas entidades, como a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e a Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo), consideraram o novo preço mínimo "irreal" diante das necessidades da cafeicultura brasileira. Diante disso, há uma pressão crescente por medidas de apoio à produção, como a antecipação dos financiamentos da safra 2013, a realização de opções de venda ou de PEPRO (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor).

    Segundo a CNA, os novos preços situam-se ainda abaixo dos custos de produção, os quais chegam a R$ 336,13. Para cobrir os custos de produção do cafeicultor, a CNA defendeu novo preço mínimo, em torno de R$ 340,00, além de maior intervenção direta do governo. De fato, o setor tem passado por um momento difícil: 2013 é um ano de produtividade baixa no ciclo de bienalidade do café, em um cenário de demanda externa deprimida e preços fracos.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A norte-americana Sara Lee, líder no mercado de cafés no Brasil, adquiriu a brasileira Expresso.Coffee por valor não divulgado. A empresa nacional possui forte atuação nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro e é especializada no comércio de café expresso.

    A multinacional comercializa diversas marcas tradicionais de café como a Pilão, Caboclo, café do Ponto, Damasco dentre outras. A aquisição da empresa visa uma consolidação da sua posição de liderança tanto da indústria cafeeira nacional como nos dois estados, que apresentam bons potenciais de crescimento além de boa rentabilidade.

    O Brasil se mantém como País bastante atrativo para investimentos no setor cafeeiro. Maior produtor mundial e segundo maior consumidor, com potencial para se tornar o primeiro em breve, o país tende a se manter em posição de destaque quanto ao destino de aportes para o setor.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A Nestlé do Brasil está investindo cerca de R$ 25 milhões (metade do montante  já dispendido em investimentos em 2012) em campanhas publicitárias para a divulgação do seu novo produto. O Nescafé Duogrão é um café em pó solúvel com sabor de café torrado e moído e que possui rendimento igual ao tradicional.

    O entrada do novo produto tem como objetivo principal duplicar o consumo do segmento Nescafé (solúvel) que vem apresentando taxas médias de expansão de aproximadamente 6% ao ano. Contudo, inicialmente a distribuição do novo produto ficará restrita apenas ao mercado paulista.

    O Brasil é o maior produtor do mundo de café e o segundo maior mercado consumidor do produto. Inovações como esta promovida pela Nestlé buscam ampliar o consumo no País, oferecendo mesma qualidade do produto a preços competitivos e maior praticidade no preparo.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Na busca por ampliação do volume de produção e consolidação como um dos maiores atores do segmento de café especial, a Ipanema Coffees vendeu a participação de 36,5% do seu negócio a duas holdings internacionais. Desta parcela, 20% foi comprado pela Misubishi Corporation do Japão e o restante (16,5%) pela Tchibo da Alemanha. O valor do negócio não foi revelado.

    A empresa brasileira possui três fazendas no estado de Minas Gerais com produção anual média entre 120 a 150 mil sacas distribuídas em aproximadamente 5,5 mil hectares. Do montante de R$ 25 milhões em investimentos, anunciados para os próximos quatro anos, 80% devem ser destinados à ampliação da irrigação e o restante em equipamentos, o que pode levar a produção para 160 a 200 mil sacas.

    O mercado de café especial encontra expansão na demanda no mercado internacional principalmente nos Estados Unidos, Japão e Europa. O Brasil ainda não se apresenta como mercado relevante para este tipo de produto. Investimentos neste segmento tendem a consolidar o Brasil como grande fornecedor mundial deste produto beneficiando o setor no país dado o maior valor agregado do mesmo.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
     O grupo 3Corações, joint-venture formada pela São Miguel Holding e a israelense Strauss, anunciou a aquisição por R$ 50 milhões do grupo mineiro Café Fino Grão. Este valor contempla além da aquisição, investimentos em ampliação industrial, marketing e na parte de logística. O crescimento do grupo vem sendo pautado em dois fronts principais: crescimento orgânico através das próprias marcas e produtos e através de oportunidades de compras de outras empresas.

     A compra do grupo mineiro faz parte de uma estratégia importante: a Café Fino Grão é a segunda marca mais consumida no estado e é a décima maior indústria do setor no Brasil; com a aquisição a 3Corações se torna a principal indústria cafeeira do estado. Além disso, Minas Gerais consome aproximadamente 12% do total de café demandado no país e produz cerca de 50% do volume produzido no Brasil.  

     A aquisição do Grupo 3Corações fortalece a empresa como segunda maior indústria do Brasil no setor. Este movimento já vinha sendo percebido quando da compra da Café Damasco pela Sara Lee no final de 2010 e pode se tornar uma tendência entre as gigantes do setor. Ademais, grupos considerados pequenos ou até mesmo médios  podem se tornar alvos de disputas por estas companhias em virtude de estarem pouco capitalizados fruto das margens reduzidas que o setor vem apresentando nos últimos anos

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
     O grupo norte-americano Sara Lee, proprietário das marcas Pilão, café do Ponto e Seleto, concretizou a compra do grupo paranaense café Damasco por cerca de R$ 100 milhões. A aquisição envolve as marcas América (BA), Palheta (RS) além das fábricas locadas em Curitiba e em Salvador.

     A finalização do negócio faz parte da estratégia da Sara Lee para aumentar sua penetração nos mercados da região Sul e do Nordeste brasileiro. A empresa paranaense possui as marcas Maracanã e Negresco que tem mercado no Paraná e a Pacheco que tem visibilidade no Rio Grande do Sul. Soma-se a isso a aquisição da fábrica no Nordeste que deverá aumentar a competitividade visto que será possível produzir e distribuir na região.

     A aquisição da Sara Lee só veio confirmar a grande presença de empresas estrangeiras no segmento cafeeiro. Atualmente consolidada como a maior fatia do mercado (21%), a empresa vê de perto a segunda colocada no mercado, a 3Corações, joint-venture entre a brasileira Santa Clara e a israelense Strauss; no terceiro posto segue a alemã Melitta para só depois surgirem empresas nacionais como a café Maratá e a café Cacique. Existe a  possibilidade de que compras ou de fusões das gigantes com empresas menores direcionem a trajetória do setor no médio prazo, principalmente.