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    Segundo divulgado no último dia 11 de junho pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a produção de motocicletas no mês de maio de 2024 mostrou crescimento de 3,4% ante o mesmo mês de 2023, resultando no melhor resultado para o mês em 13 anos. A saber, foram fabricadas 160.389 unidades, sendo esse o melhor número para o mês de maio desde 2012.

    Já considerando a produção de motocicletas no acumulado do ano, de janeiro à maio de 2024, foram fabricadas 761.734 unidades de motos; reverberando em uma alta de 13,8% em relação a igual período de 2023; constituindo, igualmente, o melhor resultado dos últimos 13 anos. A  Abraciclo inclusive destacou no anúncio, em São Paulo, que a produção de modelos bicombustíveis de motos nos cinco primeiros meses deste ano ficou 16,7% acima da registrada no mesmo período do ano passado, ao totalizar, agora, 497,9 mil unidades.

    De acordo com a entidade, dois foram os principais motivos para os recordes de produção de motocicletas de indústrias instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) – tanto no mês de maio/2024, quanto na análise do acumulado do ano até esse mês, sendo esses: a melhoria da renda; e, o preço mais acessível de motos aos brasileiros.

    Respectivamente, para ilustrar esses dois principais motivos aos recordes de produção de motocicletas no Brasil até o mês de maio de 2024, ressalta-se que: quanto ao Rendimento Médio Real - Efetivamente Recebido (R$) , segundo últimos dados da PNAD Contínua/IBGE — houve um crescimento de 4,31% na média do primeiro quadrimestre de 2024 ante o mesmo período de 2023; enquanto à desaceleração dos preços das motos, tem-se que — na média entre os cinco primeiros meses de 2024 ante o mesmo período de 2023, o IPCA – Motocicletas mostrou aumrnto de 3,34%; abaixo dos 8,93% de aumento registrado de janeiro a maio de 2023 ante o mesmo período de 2022.

     Analista Responsável Thais Virga


    De acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, o polo de duas rodas da Zona Franca de Manaus (ZFM) produziu 2 milhões de motos e bicicletas em 2023; e, adicionalmente, evidenciou um faturamento de R$ 30,81 bilhões no ano, alcançado uma participação de 17,76% no faturamento total de toda a ZFM. Dentre os dois segmentos e quanto aos principais produtos que explicaram o faturamento no ano, ressaltaram-se as motocicletas, motonetas e ciclomotos faturando R$ 24,65 bilhões em 2023.

    Das 2 milhões totais de unidades produzidas no âmbito das duas rodas, o setor de motocicletas entregou cerca de R$ 1,57 milhão de unidades em 2023 (11,3% de crescimento ante 2022, e, alcançando o melhor resultado desde 2013), enquanto o das bicicletas produziu 456,9 mil unidades no ano passado (-23,7% ante 2022; porém, destacando-se um forte crescimento das bicicletas elétricas, aumentando 289% em cinco anos). Sublinham-se tais resultados e com maior destaque ao segmento de motos,  uma vez que leva-se em conta uma histórica seca na região amazônica no ano passado, a qual reverberou em dificuldades da produção ao escoamento de mercadorias e da operação-padrão da Zona Franca, com paralizações, dos auditores da Receita Federal, na alfândega do Amazonas.

    Segundo Marcos Bento, presidente da Abraciclo: “Quando informamos que produzimos 2 milhões de unidades, destaco o empenho dos fabricantes porque um período em que a gente teve paralisações de várias fábricas. Portanto, esse problema logístico fez com que quatro ou cinco fabricantes tivessem paralisação, um ou outro teve paralisação de produtos e todos foram afetados. Mas o pessoal se esforçou muito nesse último trimestre e, com isso, não afetou o conjunto do ano nem o desabastecimento do mercado”.

    Já para 2024, a Abraciclo estima que, particularmente o segmento de motocicletas, deverá crescer mais neste ano, com a entidade projetando uma produção de 1,69 milhão de motos, 7,4% acima no comparativo ao registrado em 2023. De acordo com o executivo da Associação: “A projeção se baseia nos cenários macroeconômicos do Brasil, considerando fatores como as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), inflação, variações nas taxas de juros, confiança do consumidor etc. Nossa meta é seguir crescendo de forma sustentável e retornar ao patamar de produção de dois milhões de unidades nos próximos anos”.

    Analista Responsável Thais Virga


    Produtores de motocicletas e outros eletroeletrônicos recentemente vem enfrentando desafios ligados às logísticas de escoamento de mercadorias e comercial (incluso recebimentos de peças, máquinas e equipamentos de uso industrial) do Estado do Amazonas, ocasionada pela severa estiagem passada. Todavia, ao menos, quanto ao primeiro setor, as dificuldades logísticas decorrentes da seca agravada em boa parte de toda a Macrorregião Norte do País, parecem não ter impactado a produção da indústria nacional de veículos duas rodas.

    De acordo com últimos resultados da Abraciclo, no último mês de novembro de 2023, a produção de motos no Polo Industrial de Manaus (PIM) alcançou 131.947 unidades, evidenciando estabilidade frente ao mês mês de outubro e aumento de 2,1% comparado a novembro de 2022. Considerando o acumulado dos onze primeiros meses do ano, foram emplacadas 1.449.235 unidades de janeiro a novembro; apontando à uma alta interanual de 17,8%. A Abraciclo espera atingir 1,51 milhão de unidades no ano, projetando um aumento de 10,9% ante 2022.

    Segundo Marcos Bento, presidente da Abraciclo, é confiança na continuidade de demanda em alta por motos no mercado brasileiro, uma vez que as motos representam “um veículo com preço acessível, econômico e de baixo custo de manutenção. Além disso, é uma opção para evitar os congestionamentos nos grandes centros urbanos”, conforme avalia.

    Analista Responsável Thais Virga


    De acordo com um mais recente levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), em setembro deste ano saíram das linhas de montagem do Polo Industrial de Manaus (PIM) 140.251 motos. Se no comparativo mensal entre set./23 e set./22 houve um volume próximo de motos produzidas no PIM, o atual setembro registrou o melhor resultado para o mês desde 2013, quando foram produzidas 150.731 unidades de motocicletas.
    Segundo Marcos Bento, presidente da Abraciclo: “A produção de motocicletas vem seguindo o planejado pela indústria e mostra um crescimento contínuo e consolidado para atender a demanda do mercado, que segue positiva. O momento é bom e o segmento possui potencial para aumento em seus volumes de produção”.
    Também no acumulado do janeiro a setembro, ocorreu uma alta de 12,3% nessa produção setorial, ao totalizar  1.191.673 motocicletas em 2023, ante 1.061.543 unidades no mesmo período em 2022. O acumulado dos nove primeiros meses de 2023 foi o melhor alcançado para para o mesmo período desde 2013 (quando foram produzidas 1.263.203 motocicletas).
    Por outro lado, e, concomitantemente, essa mesma produção de motocicletas, cuja concentração é relevante em Manaus/AM e no PIM, vem sendo afetada devido à forte seca na Região Norte; já ligando o sinal de alerta e/ou incitando a tomada de atitude de duas maiores indústrias de motos que atuam no Amazonas - Yamaha e Honda. Tais empresas têm começado a adotar  a medidas para enfrentar o problema. Ressalta-se, ademais, que o escoamento das motos à outros estados tende a encarecer, uma vez que a seca na região, ao impactar diretamente a navegabilidade, avulta o frete de motocicletas.
    A Yamaha, por exemplo, informou estar “adequando a produção ao fluxo de chegada de insumos, reduzindo a produção e escolhendo os produtos que tem condições de fabricar”. Essa atualmente detém cerca de 19% do mercado brasileiro. Já a montadora Honda (líder do segmento de motocicletas, com cerca de 71% do mercado nacional) destaca recentemente que: “segue monitorando a situação da estiagem e adotando alternativas junto aos seus fornecedores e parceiros de negócio para minimizar eventuais impactos em sua operação.” 

    Analista Responsável Thais Virga

    Quanto à Reforma Tributária (PEC 45/2019) em trâmite atualmente no Senado Federal, mas com cobranças por mudanças no texto vindas da Câmara dos Deputados, o Governo Federal vem discutindo a respeito do Imposto Seletivo (voltado a bens e produtos associados a malefícios à saúde e/ou ao meio ambiente) e a respeito de “sobretaxas” para outros setores, além de cigarros e bebidas alcoólicas. Já no início do mês de outubro, matérias explicitam que tal imposto também poderá incidir sobre outros produtos, tais como: bicicletas, motos, smartphones, TVs, condicionadores de ar e notebooks, por exemplo.
    Explicações e justificativas envolvem a preservação de benefícios fiscais na Zona Franca de Manaus (ZFM) quanto à isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para empresas ali instaladas e seus respectivos produtos, enquanto os mesmos produtos fabricados em outras regiões pagam IPI. Neste sentido e no âmbito da reforma tributária em trâmite, as explicações em discussão no atual momento contemplam o fato de que o imposto seletivo, ademais de taxar tabaco e bebidas alcoólicas, seja usado, também, para manter os benefícios às empresas da região amazônica, e portanto da ZFM e do próprio Polo Industrial de Manaus (PIM) .
    Considerando os macrosetores de bicicletas e motocicletas e o de linhas branca, marrom, e portáteis, respectivos presentantes já apresentam opiniões discordantes, ambas corroboradas felo fator espacialização produtiva. Seguem opiniões de representantes em cada caso:
    Bicicletas – Em nota da Aliança Bike, o advogado que a representa, Luiz Gustavo Bichara, criticou a possível incidência do imposto seletivo, uma vez que :

    “A possível incidência do imposto seletivo sobre bicicletas seria uma completa distorção do real propósito desse novo tributo. Há um discurso muito propagado de que a Reforma Tributária teria uma preocupação com questões ambientais e de sustentabilidade, mas essa hipótese de tributação do Seletivo sobre as bicicletas mostra que esse discurso não passa do campo das intenções".

    Motocicletas – Diferentemente do caso das bicicletas, a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), por sua vez, informou que está alinhada à proposta de reforma tributária aprovada na Câmara dos Deputados:

    De acordo com a entidade, o polo industrial de Manaus concentra 98% da produção nacional de motocicletas, tornando a região o maior polo de duas rodas fora do eixo asiático.

    Linhas Branca, Marrom e Portáteis – Assim como no caso das motos e avaliando positivamente tais discussões, o presidente-executivo da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros), Jorge Nascimento, afirmou que a entidade é favorável à manutenção plena da competitividade dos produtos fabricados na ZFM, ao avaliar que, particularmente no setor eletroeletrônico, existem multinacionais e grandes empresas nacionais na região. A entidade ainda recorda que toda produção de ar-condicionado, televisores e micro-ondas fabricada no Brasil vem da ZFM e mais de 80% da produção de áudio do Brasil também está no PIM:

    "Não garantir a manutenção da competitividade da Zona Franca de Manaus também seria desmobilizar as empresas e, provavelmente, estimular uma saída delas de lá. A questão é que essa migração não deverá ocorrer para outros estados do país, mas sim para outros países. Não há perspectiva de realocação destas empresas em outros estados, uma vez que não conseguiriam manter a competitividade frente ao produto importado", destaca o presidente-executivo da Eletros.

    Ou seja, representantes dos setores e segmentos cuja produção é concentrada na Zona Franca de Manaus vêem com bons olhos a aplicação do imposto seletivo a produtores de outras regiões do país; ao passo que, no caso das bicicletas, e, cuja produção é mais pulverizada no país em outras regiões, há criticas quanto à incidência do imposto seletivo. A ver cenas dos próximos meses e ano (2024).

    Analista Responsável Thais Virga





    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) no último dia 13 de fevereiro de 2023, a produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus (AM) apresentou expansão produtiva nos comparativos tanto mensal, quanto anual (12 meses) em janeiro deste ano, alcançando, inclusive, o melhor resultado para esse mês desde 2014.

    Após contenções no funcionamento das fábricas do referido Polo nos inícios de 2021 e 2022, com desaceleração produtiva em decorrência da pandemia do coronavírus, janeiro alcançou  122.867 unidades, um resultado não alcançado desde janeiro de 2014 (146.557 motocicletas produzidas), num volume, ainda, superior em 44,4% ante dezembro de 2023 e 46,7% maior ante janeiro de 2022, num ritmo evidente de aceleração do ritmo de produção visando atender a demanda aquecida no país.

    Com previsão de elevação moderada de vendas até o final deste ano segundo últimas projeções na Lafis em Relatório Setorial lançado em novembro assado, prevê-se que ao final de 2023 a produção de motos no país alcance 1.490 mil unidades, resultando num aumento de 6,2% em comparação a 2022, alavancando o faturamento nominal de todo o setor de bicicletas e motocicletas no ano, o qual poderá  chegar a R$ 32,3 bilhões (+10,7% ante 2022).

    Analista Responsável Thais Virga


    O setor de motocicletas no Brasil tem sido bastante beneficiado pela pandemia. Por mais contraditório que isto possa parecer em um primeiro momento, as consequências da crise sanitária têm feito com que o setor apresente recordes de produção.

    As relações entre os problemas decorrentes da disseminação do Coronavírus e o setor de motocicletas podem ser observadas por três vetores importantes, sendo pouco provável a definição de qual deles é mais ou menos relevante.

    O primeiro vetor é que houve uma disrupção na cadeia produtiva de componentes eletrônicos (chips e microchips) importantes insumos na cadeia automotiva. Dada a restrição geográfica de produção (majoritariamente na China e Taiwan), as políticas radicais de COVID zero tem reduzido e até interrompido a produção deste insumo. Isto tem provocado redução na oferta de veículos o que tem aumentado seus preços. Substituto natural, a demanda por motocicletas tem aumentado significativamente.

    O segundo vetor seria o aumento do desemprego na economia brasileira. As restrições à mobilidade das pessoas tiveram como consequência imediata a paralisação de atividades econômica, o que provocou aumento no desemprego. Trabalhadores desempregados, buscaram no setor de entregas (delivery) alternativas para conseguir auferir alguma renda que complementasse os auxílios recebidos pelo governo; majoritariamente, as entregas são feitas com motocicletas.

    O terceiro vetor é a inflação, principalmente aquela ligada aos combustíveis. O aumento no preço dos combustíveis, induziu as pessoas a buscarem alternativas que consumam menos combustível – mais econômicas. As motocicletas atendem muito bem esse requisito.

    Os fatos acima corroborados podem ser explicados pelos dados mais recentes: as vendas de motocicletas até outubro de 2022 acumularam 1.108.212 motocicletas, crescimento de 18,4% na comparação com o mesmo período de 2021.

    Enquanto o mercado de quatro rodas encontra dificuldades em retornar aos patamares anteriores à pandemia, o setor de duas rodas decola.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro




    Os números de vendas de motocicletas no Brasil até maio de 2022 têm deixado o setor eufórico. Naquele mês foram vendidas 133,344 mil motocicletas o que representou um crescimento de 23,8% na comparação com abril de 2022, e expansão de 114,2% na comparação com maio de 2021. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2022, o crescimento foi de 25,6% ante mesmo período de 2021.

    O que explica esse movimento?

    A Lafis acredita em dois grandes vetores para explicar os bons números do setor: a crise no setor automobilístico e a crise econômica do país. Mesmo que num primeiro momento pareçam ser vetores não relacionados, uma análise mais cuidadosa permite observar que há relações entre eles.

    A crise no setor automobilístico, com todos os problemas nas cadeias de produtos eletroeletrônicos (chips e microchips), tem interrompido a produção de veículos nas montadoras ou tem reduzido o ritmo de produção. A falta de veículos novos e o aumento na demanda por veículos usados provocaram aumento nos preços em ambos os segmentos – novos e usados.

    E é aí que os dois vetores se encontram. O aumento no preço dos automóveis faz com que o consumidor procure por um bem substituto – no caso a motocicleta. 

    A crise econômica no país tem duas facetas muito destacadas: inflação em alta e desemprego elevado embora cadente.

    Com menor poder de compra, uma boa parcela da população tem de optar por produtos mais baratos. No caso em questão, a inflação no mercado automobilístico estimula as pessoas a migrarem seu consumo para as motocicletas – mais baratas e mais econômicas em termos de combustível e manutenção.

    Já o desemprego elevado traz impactos para o setor de motocicletas em duas frentes: o trabalhador desempregado tem menor renda e, portanto, precisa consumir produtos mais baratos e econômicos – ao se deparar com a escolha (motos ou automóveis) optam pelas motocicletas; o desemprego elevado fez e faz com que muitos acabem buscando renda no mercado de entregas que são majoritariamente feitas com motocicletas.

    Como em toda crise econômica, existirão setores que serão beneficiados por ela. Na crise atual, o setor de motocicletas conta ainda com um empurrãozinho da crise setorial no segmento de veículos leves. O ano de 2022 deverá ser ainda melhor do que havia sido 2021.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    O setor de motocicletas viveu um ano mágico em 2021 quando a produção total atingiu a marca de 1.195.149 unidades, crescimento de 24,2% com relação a 2020 – ressalta-se as questões ligadas à pandemia para esse crescimento exuberante. Mesmo assim, a produção de 2021 foi a maior desde 2015, quando haviam sido produzidas 1.262.708 unidades.

    O ano de 2022 começou com dados bastante positivos para o setor, indicando que o ano promete ser de crescimento mesmo com a base de comparação extremamente elevada. No entanto, as conjunturas, interna e externa, podem afetar negativamente o setor.

    No âmbito doméstico, a conjuntura macroeconômica é delicada. A inflação está elevada, o que tem exigido do Banco Central sucessivas altas na taxa de juros, tirando poder de compra da população (inflação) e encarecendo o crédito (juro alto). Ademais, embora na descendente, a taxa de desocupação ainda continua elevada, o que pode fazer com que o consumidor tenha um comportamento mais defensivo em relação ao consumo.

    No front externo, o recrudescimento da pandemia de COVID-19 na China vem provocando diversos lockdowns em cidades do país. Caso a situação persista, pode haver possibilidade de fechamentos de plantas industriais, inclusive daquelas destinadas à produção de componentes para a montagem de motocicletas; caso isto ocorra, a produção brasileira poderá ser impactada.

    A conjuntura para o setor de motocicletas parece menos favorável do que tinha sido em 2021. Isto, contudo, não deve ser o suficiente para que a produção e vendas internas de motocicletas apresente crescimento com relação ao ano passado; mesmo que em patamares abaixo do vislumbrado no começo de 2022.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    Passado o ápice da pandemia do novo Coronavírus em meados de 2020, o que foi decisivo para o resultado ruim de vendas de motocicletas, em 2021 podemos afirmar que houve recuperação no setor. Os dados consolidados pela Fenabrave apontam que no ano passado houve crescimento de 26,4% no emplacamento de motocicletas na comparação com 2020 – 1,15 milhão de unidades ante 915,5 mil.

    O resultado do ano poderia ser ainda melhor caso os problemas globais de supply-chain não tivessem permanecido em boa parte do período além das dificuldades conjunturais da economia brasileira – inflação ascendente provocando aumento na taxa de juros e desemprego em patamar elevado embora apresentado redução.

    Diante deste cenário, o que podemos esperar para 2022?

    A Lafis acredita que os problemas nas cadeias globais de valores deverão persistir embora em escala menor do que foi observado em 2020 e 2021. Ressalta-se ainda que a disseminação da variante Ômicron – mais transmissível, mas menos letal – pode impactar a produção no mundo bem como no Brasil.

    Ainda dentro do nosso cenário prospectivo, acreditamos que a taxa de juros deverá continuar em patamares elevado (acima de dois dígitos) o que deve dificultar a concessão de crédito. Com a inflação se desacelerando (embora ainda acima da meta) e o desemprego diminuindo, acreditamos que pode manter o setor aquecido.

    Em suma, a Lafis acredita que 2022 haverá expansão na venda de motocicletas no Brasil embora em patamares menores do que houve em 2021 até mesmo pela base de comparação ser extremamente elevada. 

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    Os resultados de produção e vendas de motocicletas até julho mostram que o setor de motocicletas vem apresentando franca recuperação em 2021 na comparação com 2020, ano da crise sanitária. Até julho, a produção em 2021 foi 35,4% maior do que no mesmo período de 2020 e as vendas foram 32,2% superiores na mesma base de comparação.

    O que explica este bom momento?

    Na microeconomia tradicional, existe o chamado efeito substituição. O que significa isto? Quando você tem bens semelhantes, o crescimento do preço de um deles faz com que o consumidor substitua o consumo deste pelo seu semelhante. A falta de veículos leves no mercado – decorrência do problema global da escassez de componentes eletrônicos – fez com que o preço aumentasse; o consumidor que necessita de um meio de transporte, encontra nas motocicletas um substituto mais barato.

    Outro fator explicativo é o desemprego. A taxa de desocupação de 14,1% da força de trabalho brasileira fez com que muitos trabalhadores encontrassem oportunidades nos diversos serviços de entregas atualmente existentes. Por conta da agilidade e dos preços baixos, muitos adquiriram bicicletas e motocicletas para servir de instrumento de trabalho e assim garantir renda para suas famílias.

    Percebemos que ambos os fatores provocaram um aumento na demanda por motocicletas, movimento este que deve perdurar ao longo do segundo semestre de 2021 e até mesmo no primeiro trimestre de 2022 uma vez que o setor de automóveis deverá continuar sofrendo com a falta de componentes eletrônicos no começo de 2022. A expectativa é que o próximo ano seja bom como tem sido 2021, embora com ritmo de crescimento menos acelerado; contudo, esta expansão deverá ser mais orgânica.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    Os dados divulgados até julho mostram que o setor de motocicletas vem apresentando consistente recuperação em 2021 frente a 2020. Ao contrário do setor de automóveis que sofre com a falta de componentes eletrônicos, o setor de motocicletas se beneficia da menor oferta de veículos, mudança de hábitos e oportunidades de emprego no setor de entregas.

    Nos primeiros sete meses de 2021, a indústria de motocicletas brasileira produziu 663.888, expansão de 35,4% com relação ao mesmo período de 2020; este é o melhor resultado para o período desde 2015 – na ocasião foram produzidas 799.990 unidades.

    Os números acumulados do ano contrastam com a queda pontual ocorrida no mês de julho quando foram produzidas 95.025 unidades, 9,9% menos motocicletas quando comparadas com o mês de junho. Também na comparação com julho de 2020, houve queda de 3%. Ressalva-se que o mês de julho é marcado pelas férias coletivas no setor o que não deve ter sido observado no ano de 2020 devido a antecipação de férias por conta das paralisações na produção em abril e maio.

    Os dados até o momento divulgados praticamente garantem um ano de 2021 superior a 2020. O quão melhor o setor estará ao final do ano dependerá, em partes, das incertezas que a nova variante do novo coronavírus (Delta) trouxe além da desaceleração da atividade econômica que parece ter atingido o país no segundo trimestre e lança dúvidas sobre o comportamento do PIB na metade final do ano.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    O recrudescimento da pandemia no Brasil no primeiro trimestre, com aumento do número de mortos e contaminados além de ocupação quase completa da capacidade hospitalar, fizeram com que muitas montadoras de motocicletas – destaque para Honda e Yamaha – paralisassem suas linhas de produção. Como desgraça pouca é bobagem, o setor sofre com a falta de insumos produtivos vindos da China, como chips e microchips.

    A despeito do cenário ruim no primeiro trimestre com queda na produção de 20,3% e de 16,7% nas vendas, na comparação com o mesmo período de 2020, o setor já ensaia recuperação. É importante ressaltar que esta recuperação se deverá, muito em função de uma base deprimida de comparação dado que os meses de abril e maio de 2021 foram os mais severos com relação às restrições sociais.

    Dentro desta perspectiva, a Lafis acredita em uma recuperação acelerada nos próximos três trimestres em função da maior vacinação da população o que pode levar ao retorno de uma certa normalidade. Podemos acrescentar que muitos desempregados estão buscando oportunidades como entregadores, setor que demanda motocicletas e bicicletas, o que poderá também beneficiar o setor.

    Para 2021, acreditamos que a produção poderá chegar a aproximadamente 1,05 milhões de motos produzidas, ainda abaixo do patamar observado em 2019, ano pré-pandemia, mas ainda 9,6% superior ao observado em 2020. O mesmo poderá ocorrer com as vendas, estimadas para crescer 6,4% no ano, também abaixo do patamar anterior à pandemia.

    Especialista do Setor: Marcelo Balloti Monteiro

    O setor de bicicletas e motocicletas foi gravemente afetado pela crise desencadeada pelo novo coronavírus. Nos meses mais agudos da crise sanitária (março e abril de 2020), a paralisação dos parques industriais fez com que a produção fosse interrompida; e o afrouxamento gradual das medidas de isolamento permitiu gradual recuperação sem que esta atingisse os níveis pré-pandemia.

    A descoberta de vacinas e a autorização do seu uso criou um clima de euforia precipitada nos mais diversos segmentos econômicos do Brasil. A falta de planejamento para a vacinação em massa bem como a própria ausência de vacinas em quantidade suficiente para toda a população acaba por turvar o cenário econômico. Enquanto isto, as infecções pela COVID-19 batem recordes no país.

    Esta “segunda onda” tem sido implacável com Manaus (AM), região no qual está localizada a grande maioria das empresas produtoras de motos e bicicletas. Este fato provocou, novamente, a paralisação de algumas fábricas, o que deve retardar a recuperação do setor. Até o momento, não se vislumbra uma aceleração na recuperação econômica para o primeiro trimestre, quiçá para o primeiro semestre.

    A produção industrial brasileira estará fortemente correlacionada com o ritmo de vacinação da população. À medida em que as pessoas são imunizadas, volta-se à uma certa normalidade e, assim, a produção e vendas de bicicleta e motocicleta devem aumentar. 

    Mesmo com um cenário nebuloso neste início de 2021, as perspectivas para o setor são positivas até por uma base muito fraca de comparação, mas também por mudanças de hábitos da população e uma demanda maior para trabalhadores dos serviços de entrega. Contudo, voltar aos patamares pré-crise somente em 2022.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    Nas últimas décadas, a palavra mobilidade, atributo utilizado para se referir à capacidade e possibilidades das pessoas se deslocarem, tem sido amplamente utilizada em um contexto de crescimento da urbanização e dos problemas decorrentes desse, sobretudo o trânsito e a degradação do meio ambiente. A maioria dos combustíveis utilizados até hoje é de origem fóssil, embora cada vez mais, a indústria venha atuando a fim de desenvolver veículos com tecnologias que reduzam as emissões de poluentes.

    A partir desta edição, a Lafis passará a tratar, em seu estudo de Veículos Leves, os serviços de mobilidade, com destaque para as Locadoras de veículos e aplicativos de mobilidade. Vale ressaltar que as questões relacionadas à mobilidade são inúmeras, mas neste estudo iremos nos restringir a essas duas categorias.

    Observa-se nos últimos anos uma discussão cada vez mais presente nas mídias, uma tendência global dos consumidores buscarem o conforto do carro, sem muitas vezes desejar pagar pela sua posse, mas sim pelo uso. Essa nova tendência de comportamento do consumidor tem sido reconhecida pelas empresas como: MaaS ou Mobility-as-a-Service, mobilidade como serviço, com foco em satisfazer a demanda do consumidor pela mobilidade, sem necessariamente desejar a propriedade do veículo.

    Acompanhando as mudanças dos hábitos dos consumidores, as montadoras já contam com diversos serviços para atender um consumidor cada vez mais exigente, e têm voltado a atenção para a criação de novos serviços que possam elevar sua receita junto a esse novo perfil de consumidores. Algumas montadoras já lançaram, até mesmo, serviços de locação.

    Dessa forma, na atualidade, cada vez mais a indústria se aproxima do seu consumidor final. O amplo processo de digitalização durante a pandemia abriu ainda mais espaço para que isso pudesse acontecer, e não apenas na indústria de veículos, mas também na indústria de modo geral. Ou seja, indústria e varejo deverão passar a atuar de forma cada vez mais estreita e coordenada na oferta deste tipo de serviço a fim de satisfazer o consumidor final.

    Especialista do Setor Laís Soares.

    Diante do cenário de crise do Covid-19 no País, de janeiro a junho de 2020, de acordo com os dados da associação do setor (Abraciclo), as vendas de motocicletas no atacado registraram uma queda de 28,7% em relação ao mesmo período de 2019. Na mesma tendência, a produção de motocicletas no País apresentou uma queda de 27% nesta mesma comparação. Tal queda deve-se ao fato de que, em abril, houve uma paralisação massiva das fabricantes do setor, diante da expansão do vírus no país e o embrutecimento das medidas governamentais para promover o isolamento social, com o fechamento do comércio não essencial.

    Em junho, com a retomada da produção gradual das fábricas, a produção de motocicletas atingiu um total de 78.130 unidades, ficando acima até mesmo do resultado de junho de 2019, um crescimento de 14,7%, o que já indica uma retomada consistente da produção do setor.

    De acordo com associações de concessionárias, atualmente já existe uma demanda elevada de motos de baixa cilindrada, que estão com estoques praticamente esgotados, diante da paralisação das fábricas. Ademais, existe uma demanda a ser suprida, referente aos consorciados que foram contemplados nos últimos meses, mas não puderam utilizar suas cartas de crédito pela falta de motos nas redes de concessionárias. De acordo com estimativas do presidente da Abraciclo, há uma demanda de aproximadamente 100 mil motos para consorciados que foram contemplados, mas ainda não conseguiram utilizar sua carta de crédito, pela falta de motos.

    Embora, não haja perspectivas de reversão da trajetória estimada para a produção do setor em 2020, de acordo com a Lafis, essa deverá atingir uma retração de 20%, vale apena ressaltar que, se comparado com as montadoras de veículos leves, essa deverá apresentar uma retração menor, e uma recuperação um pouco mais rápida. Dentre os fatores que devem favorecer essa retomada do setor, podemos apontar: expansão do uso de aplicativos, como iffood e Rappi, com aumento dos cadastros dos entregadores. Com o aumento do desemprego, e devido aos impactos da Crise do Covid-19 no fechamento de diversos negócios que não conseguiram sobreviver, redução de jornadas de trabalho, suspensão de contratos de trabalho, muitas pessoas veêm a motocicleta como um investimento, uma ferramenta de trabalho e nova fonte de renda.

    Especialista do Setor Laís Soares.

    Após 90 dias, desde o início da pandemia do coronavírus no Brasil, diante de tantas incertezas, já prevalece a certeza de que na vida pós flexibilização das medidas de isolamento social, diversos novos hábitos, alguns adquiridos durante o período de quarentena, deverão impactar o consumo.

    Apesar da queda da renda das famílias, com expansão do desemprego, dentre a população de renda média e alta, as bicicletas poderão tornar-se uma alternativa de mobilidade, para fugir das aglomerações do transporte público nas grandes metrópoles do País.

    De olho neste movimento, a Tembici, startup de micromobilidade que atua em São Paulo, anunciou no início de junho, um investimento de 270 millhões de reais para expansão de seu negócio. O montante deverá ser utilizado para expansão de sua frota, com modelos de bicicletas elétricas, além de inovações no sistema de dados e tecnologia.

    O movimento de expansão do uso de bicicletas, sobretudo em algumas regiões da cidade de São Paulo, grande mercado consumidor brasileiro, já era algo observado nos últimos três anos, todavia, o cenário imposto pela crise do coronavírus surge como uma janela de oportunidade para acelerar esse movimento de expansão do uso de bicicletas nos grandes centros urbanos. Além disso, a expansão do delivery deve ser um legado para o mercado consumidor brasileiro, o que deverá também contribuir para a demanda de bicicletas no médio e longo prazo.

    Analista Responsável Laís Soares.

    De acordo com a Pesquisa Anual do Comércio Varejista 2019 da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas Aliança Bike , realizada no final de agosto com varejistas de bicicletas de todo o Brasil e divulgado neste início de outubro, cerca de 90% dos entrevistados apontaram que reduzir os impostos das bicicletas e seus componentes é uma medida importante para ampliar o uso de bicicletas no país, mas além disso, 80% apontaram que é importante aumentar a oferta de estrutura cicloviária (ciclovias, ciclofaixas e bicicletários).

    A falta de estrutura cicloviária aumentam os riscos dos ciclistas nas cidades e desincentivam o uso da bicicleta como transporte. De acordo com os Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) a média anual de ciclistas mortos no trânsito é de 1,4 mil, e isso decorre das falhas nas políticas públicas a fim de promover o desenvolvimento e sustentação do transporte cicloviário no Brasil.

    A Lei 13.724/2018, que instituiu o Programa Bicicleta Brasil (PBB) é uma tentativa de melhorar as condições gerais da mobilidade urbana brasileira, caracterizada pelo fluxo intenso de veículos motorizados. Entretanto, neste mês de outubro de 2019, a legislação completou um ano, e não saiu do papel, apesar do governo já ter anunciado início das discussões com vistas à sua regulamentação, com apoio das esferas estaduais, municipais, empresas privadas e organizações não governamentais.

    De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), as fabricantes de bicicletas instaladas no Polo industrial de Manaus a produção de bicicletas no acumulado do ano até agosto atingiu cerca de 593 mil unidades, um crescimento de 19% em relação ao mesmo período de 2018. Há um aumento da demanda pela expansão do uso da bicicleta como meio de transporte.

    No ano, destacam-se a performance das categorias Mountain Bike (MTB), com 47,9% de participação e Urbana (37,7%), que juntas representaram cerca de 85% do total das bicicletas fabricadas. De acordo com a entidade, a categoria Mountain Bike tem sido preferida até mesmo para o uso nos centros urbanos, pois embora seu uso original seja para trilhas e terrenos acidentados, alguns ciclistas passaram a utilizar esse tipo de bicicleta nas grandes cidades, pelas funcionalidades como suspensões, marchas e freios hidráulicos que garantem maior conforto e segurança.

    Por fim, pode-se dizer que é imprescindível a atuação governamental para assegurar a melhoria da infra-estrutura cicloviária no País afim de que o crescimento do uso e produção das bicicletas se mantenham.

    Analista do Setor Laís Soares.

    Os três primeiros meses do ano de 2018 foram positivos para a indústria de motocicletas, de acordo com os dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares - Abraciclo. Neste período, houve aumento de 12,2% na produção, sendo 259.537 unidades produzidas entre janeiro e março, em relação ao mesmo período de 2017. 

    De acordo com a associação, a retomada de crescimento da produção iniciou no segundo semestre de 2017, a qual manteve-se em março deste ano que apresentou um aumento de 14,8% em relação ao mesmo mês de 2017. O resultado positivo do trimestre condiz com o aumento das vendas no atacado, as quais somaram 87,2 mil motos, aumento de 16,6% somente no mês de março comparativamente ao mês anterior e aumento de 8,5% na comparação anual. 

    No setor externo, as exportações representaram um crescimento expressivo no primeiro bimestre do ano, em que foram enviados para outros países 15.300 motocicletas, alta de 35,3% em comparação ao mesmo bimestre de 2017, sendo os principais países Argentina e Estados Unidos.

    Assim, a partir deste cenário positivo, a Lafis prevê bom desempenho do setor para o ano de 2018, com crescimento em 6% na produção, de 4% nas vendas do atacado assim como nas exportações.

    Especialista do Setor  Fernanda Mansano.


    O total de motocicletas licenciadas em 2016 no País alcançaram em setembro 776,2 mil unidades, uma queda de 18,1% em relação ao acumulado no mesmo período de 2015.

    O resultado do último mês foi o pior em número de emplacamentos da última década. Apesar do movimento de reestabilização do cenário político econômico brasileiro e a elevação da confiança dos consumidores, a queda do rendimento médio das famílias, o crédito mais caro e o desemprego têm limitado as novas aquisições. Além disso, vale destacar que existe uma baixa taxa de aprovação das propostas de financiamento (Cerca de 15% dos pedidos de financiamento são aprovados nesta conjuntura).

    Para o fechamento de 2016, já espera-se uma novo recorde negativo nas vendas de motocicletas no País. Nesta semana, a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) divulgou uma nova projeção para os resultados das vendas do setor neste ano, revisando suas projeções para baixo, uma queda de 18,5% (a estimativa anterior era de -12%).

    Assim, haja vista, que o poder de consumo das famílias não deverá se equiparar ao que existiu até alguns anos atrás, as estimativas são que a produção anual do setor alcance a média da última década somente no longo prazo. 

    Analista Responsável pelo Setor: Laís Soares


    Na contramão da desaceleração econômica, o Grupo Claudino, de Teresina (PI), está investindo R$ 80 milhões na construção de uma fábrica de bicicletas na Zona Franca de Manaus e no lançamento da marca premium Audax. Nos últimos anos, a produção interna de bicicletas caiu, apesar da euforia do discurso com a sustentabilidade e vida saudável. Por outro lado, o segmento premium segue em forte crescimento.

    Esta será a segunda fábrica de bicicletas do grupo, que já atua no setor com a marca Houston, de perfil mais popular. A nova fábrica terá uma capacidade produtiva inicial de 900 mil bicicletas por ano.  Com a marca Houston, o grupo foca no consumidor que está disposto a pagar entre R$ 500 e R$ 600 por bicicleta. Já com a Audax, deverá atender os clientes que  desembolsam de R$ 1,5 mil a R$ 45 mil na aquisição de uma bicicleta. Este mercado ainda é dominado por marcas importadas, como Cannondale, Scott, GT e Trek.

    O investimento do Grupo está em sintonia com o movimento de adaptação da produção nacional aos novos hábitos de consumo da população com rendimentos maiores, que demandam produtos mais sofisticados, como as bicicletas premium e motocicletas de altas cilindradas. Com a valorização do Dólar, e o aumento do preço das marcas importadas, as nacionais deverão aumentar sua competitividade e expandir sua participação no mercado brasileiro.

    Analista Responsável pelo Setor: Laís Soares


    Em julho, o Governo do Estado do Paraná reduziu a carga tributária incidente sob as bicicletas, suas partes e peças no Paraná. A medida ntegra a política de incentivo ao uso da bicicleta no Estado

    O benefício está previsto no Decreto 11.492/2014, que concede redução na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações internas com bicicletas e instrumentos musicais, que reduziu a alíquota desse imposto de 18% para 12%, desde que se submetam ao recolhimento do imposto pelo regime da substituição tributária. 

    De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), o Estado abriga seis indústrias de bicicletas. Esse tipo de medida é recorrente entre os Estados, diversos dele têm impulsionando o uso de bicicletas nas cidades, parte de programas de sustentabilidade tanto ambiental, como econômica para a redução do trânsito, tendo em vista, que essa torna se uma alternativa de transporte. A medida tende a beneficiar o faturamento do setor, desta região.

    Analista do Setor de Motocicletas e Bicicletas: Laís Cristina Soares


    O governo do Paraná anunciou esta semana, a redução do valor do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado nas venda de bicicletas no estado. De acordo com a medida, a carga tributária deve cair de 18% para 12%, o que impactará no preço final das "magrelas" , tornando as mais atrativas para os consumidores. A medida terá vigor até 30 de junho de 2016.

    O Estado abriga seis fábricas de bicicletas , com o incentivo tributário, toda a cadeia do setor deverá  ser beneficiada, já que a redução do imposto também será aplicado a peças e pneus. Segundo o governo, a medida busca incentivar o uso das bicicletas, em detrimento dos carros.

    Outros Estados já criaram políticas semelhantes de incentivo ao setor, tendo em vista melhorar o trânsito nas cidades, tornando a bicicleta uma opção mais atrativa de transporte, além de diminuir a emissão de gases poluentes, provocada pelos carros. Em 2010, o Rio de Janeiro reduziu o ICMS na fabricação de bicicletas e motos elétricas no Estado. Medidas como essa, tendem a impulsionar as vendas , e otimiza as perspectivas do faturamento do setor, que sofre forte concorrência de importados asiáticos, que possuem um custo de produção abaixo do brasileiro.


    A canadense Dorel Industries anunciou a compra de 70% das ações da Caloi e irá assumir o controle da tradicional empresa de bicicletas brasileira. O valor da transação não foi divulgado.

    Segundo as estimativas da Caloi, a empresa possui 40% de participação no mercado brasileiro de bicicletas. A unidade em Manaus é a maior fábrica de bicicletas do mundo, fora do continente asiático, com a produção de cerca de 700 mil unidades por ano.

    A Dorel foi fundada em 1962 e produz bicicletas, carrinhos, cadeiras de bebê (para transporte em carros) e até móveis (como sofás, estantes e racks). Sua marca de bicicletas é a Cannondale. 

    De acordo com a Dorel, a unidade de Manaus passará a produzir bicicletas de outras marcas da companhia canadense, como Cannondale, Schwinn, Mongoose e GT. As bicicletas serão destinadas ao mercado doméstico e à exportação.

    Aproveitando o bom desempenho do setor de motocicletas no Brasil, a chinesa Sazaki Motors anunciou investimento no estado de Pernambuco. A empresa, que já possui uma fábrica na Paraíba, busca agora aumentar o market share no nordeste do país, principal mercado consumidor de motocicletas do país.

    A Sazaki Motors, marca com presença no mercado nordestino, investirá R$ 40 milhões na instalação de sua nova planta em São Caetano, no Agreste do Estado de Pernambuco. Por meio deste investimento a empresa estima gerar 400 empregos diretos, proporcionando aumento de sua produção atualmente de 12 mil para 180 mil motos por ano. A Sazaki Motors escolheu Pernambuco devido aos incentivos tributários concedidos pelo Governo e por questões de logísticas, visto que a companhia faz uso do Porto de Suape para importar da China, as peças utilizadas nas motos.

    As atividades da nova unidade fábril da Sazaki Motors visam atender a demanda das classes C e D as quais, através do aumento do seu poderio aquisitivo, tem sido o foco dos investimentos das empresa que atuam neste setor. A companhia irá produzir sete modelos voltados para esta classe emergente economicamente, motocicletas com motorização que vão de 50 a 250 cilindradas e com preços que variam de R$ 3.500 mil a R$ 8 mil reais.

    A expansão da Sazaki Motors no país, pode estar relacionada ao bom desempenho do setor até o presente momento. A Abraciclo, entidade que representa o setor, elevou sua expectativa quanto ao crescimento da produção e vendas em 2011, que a  Lafis estima  em 8,7% e 7,3%, respectivamente.

    Visando ampliar sua participação no mercado nacional, a Jonny Motos anunciou a expansão de seus investimentos no Brasil. A empresa conta com  o bom desempenho do setor de motocicletas, o qual vem obtendo crescimento em vendas de 19,6% no acumulado do ano, de janeiro a setembro, frente ao mesmo período de 2010.
    A Jonny Motos, marca de forte presença no mercado nordestino, se lança no cenário nacional com intuito de ampliar a sua participação em um setor hoje dominado pela tradicional Honda, que detém mais de 75% do mercado de motocicletas. A empresa investirá R$ 15 milhões na construção de uma fábrica em Camaçari (BA). A nova planta terá capacidade de produção de 150 mil motos por ano, a partir de 2012.
    As atividades na nova unidade fabril se iniciarão em setembro de 2012. A produção se dará por meio do formato CKD, onde grande parte das peças são importadas e os produtos montados no Brasil. Atualmente as motocicletas da marca Jonny Motos são produzidas na China, país que abriga  as duas fornecedoras de peças ao Brasil, a Bashan Astronautic e a Dazhoo. Além disso, a empresa investe no aumento do número de revendedoras no país, sendo programadas 14 novas unidades, para este mês de outubro, na região sudeste além das 30 unidades atuais presente no nordeste do país.
    A expansão da Jonny Motos para o território nacional pode estar relacionada ao bom desempenho do setor até o presente momento. A Abraciclo, entidade que representa o setor, elevou sua expectativa quanto ao crescimento da produção e vendas em 2011, que a  Lafis estima  em 8,7% e 7,3%, respectivamente. Além do mais, alcançar o sudeste do Brasil representa uma excelente oportunidade de crescimento do market share, visto ser o segundo maior mercado consumidor de motocicletas do país, atrás apenas do nordeste.

    A Caloi anunciou investimentos no montante de R$ 30 milhões para a modernização da produção de bicicletas e expansão de sua capacidade produtiva. Esse montante será investido durante os próximos 3 anos. Em 2010, a empresa investiu mais de R$ 10 milhões em ações de marketing e desenvolvimento de produtos.

    Com esses investimentos, em conjunto com a publicidade da marca e aumento da capacidade de produção, a empresa pretende, até 2011, produzir cerca de 1 milhão de bicicletas. Segundo a diretoria da empresa, esse número representará um crescimento de 25% em relação ao ano corrente.

    A empresa busca maior presença no mercado de bicicletas e espera um maior número de vendas de seus produtos. O problema do trânsito urbano tende a aumentar a demanda por bicicletas, principalmente por pessoas que buscam uma maior qualidade de vida. Além disso, as questões de sustentabilidade e preocupação com o meio ambiente afetam positivamente as vendas do setor. Isso, aliado com o aumento do poder de compra da população brasileira, são elementos positivos para o setor de bicicletas e motocicletas, que apresenta boas perspectivas. Até o mês de setembro, o setor de motocicletas e bicicletas apresentou crescimento de 14,8% em termo de unidades produzidas e 12,3% em suas vendas, ante o mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pela Anfavea.


    O Governo Federal anunciou segunda-feira, dia 30/03, a prorrogação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para o setor automotivo por mais três meses - o benefício valeria até dia 31/03 -, mas com a contrapartida da manutenção dos empregos pelas montadoras. Entre outras medidas, o governo também anunciou benefícios para motocicletas e materiais de construção e, como compensação, elevou a tributação sobre os cigarros.
     As montadoras, porém, estão livres para implementar programas de demissão voluntária e demitir trabalhadores temporários ao final de seus contratos.
     Os carros populares até 1.000 cilindradas (tanto álcool quanto gasolina) continuam com taxa zero (a original é de 7%), os de 1.000 cilindradas a 2.000 cilindradas, à gasolina, redução de 13% para 6,5%, e os flex ou álcool, de 11% para 5,5%. O IPI para caminhões também permanecerá zerado. O IPI de reboques e semirreboques cai de 5% para zero e o de caminhonetes permanecerá em 1%. Após a redução do IPI, em dezembro, as vendas de veículos se recuperaram da forte queda vista no fim do ano passado e fecharam o primeiro trimestre com recorde histórico de vendas.
     No caso de motos, o governo anunciou que a alíquota de Cofins incidente sobre o setor cairá de 3% para zero. A medida também terá a contrapartida da manutenção dos empregos na Zona Franca de Manaus, que concentra a maior parte da produção de motocicletas no país. A alíquota de PIS/Pasep incidente sobre motos será mantida em 0,65%, uma vez que esse recurso é destinado ao seguro-desemprego. Espera-se assim, que o setor seja estimulado após a queda significativa de 43% na comparação do primeiro bimestre com o mesmo período de 2008.

    A Moto Honda da Amazônia, filial da montadora japonesa no Brasil, lança em março no país a primeira moto do mundo com tecnologia flex, que permite o uso de gasolina e álcool como combustível.
    O modelo lançado será a CG150 Titan Mix a um preço inicial de R$ 6.340 na versão KS, com partida a pedal, e vai a R$ 7.290 na mais completa, com partida elétrica e freio dianteiro a disco. A Honda usou o nome Mix porque com termômetros marcando menos de 15 ºC é preciso ter pelo menos 20% de gasolina no tanque, pois não há reservatório desse combustível para partida a frio, como nos carro. Uma central eletrônica opera com quatro programações, conforme o combustível ou mistura presente no tanque. E o painel traz duas lâmpadas, que indicam a necessidade de 2 ou três litros de gasolina no tanque (para 16,1 litros).
    Com o lançamento, a empresa pretende vender 200 mil unidades dessa nova moto ao ano, em um mercado que chegou a quase 2 milhões de unidades em 2008, sendo que o Honda foi responsável por cerca de 70% do total vendido.