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  • autopeças, empresas do setor autopeças, empresas do segmento autopeças, setor autopeças, segmento autopeças, economia, macroeconomia
    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    No primeiro semestre de 2024, as exportações brasileiras de autopeças enfrentaram importantes desafios devido à redução das vendas de veículos nos mercados latino-americanos, concomitantemente a  um movimento de expansão nas importações de componentes.

    Segundo o mais recente relatório da assessoria econômica do Sindipeças, o saldo da balança comercial do setor de autopeças encerrou o período entre janeiro e junho de 2024 com um déficit de US$ 6,2 bilhões, o que evidencia um incremento de 22% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando alcançou pouco mais de US$ 5 bilhões.

    Quanto às exportações de componentes em Dólar, destaca-se que essas totalizaram US$ 3,7 bilhões de janeiro a junho, retraíndo 17,5% em relação aos US$ 4,5 bilhões registrados no ano anterior. As exportações para a Argentina mantiveram-se predominantes, representando 32,7% do total, porém diminuíram 25,7% no mesmo período; especificamente para US$ 1,2 bilhão, comparado aos US$ 1,6 bilhão do primeiro semestre de 2023.

    Em contrapartida, as importações de autopeças pelo Brasil mostram crescimento de 3,5% no primeiro semestre de 2024, totalizando US$ 9,9 bilhões. Dentre essas compras, ressalta-se que a maior parte das compras foi feita da China, correspondendo a 17,3% do total (ou seja, US$ 1,7 bilhão), um aumento de 15,8% em relação ao mesmo período do ano anterior

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    De acordo com recente Relatório de Pesquisa Conjuntural divulgado pelo Sindipeças (Edição 149l2024) no que respeita à balança comercial do setor de autopeças, em janeiro de 2024 essa obteve saldo deficitário em US$ 1,1 bilhão, variando 14,7% acima de igual mês de 2023.

    Segundo a entidade, desde de outubro de 2022, essa é a primeira vez que o déficit comercial das autopeças voltou a crescer, influenciado pela aceleração da atividade e as perspectivas favoráveis desenhadas ao setor automotivo para o ano de 2024. Nesse intervalo entre out./22 e jan./24, as variações interanuais das exportações superaram às das importações, justificando o recuo do déficit no período.

    A saber, no primeiro mês de 2024, as exportações de autopeças atingiram US$ 561,7 milhões – valor 3,5% abaixo do registrado em janeiro de 2023 (US$ 581,8 milhões) e 6,6% no confronto com dez./23 (US$ 601,3 milhões). O Sindipeças destaca em nota que: “Mesmo com a crise na Argentina pressionando o câmbio, com desvalorização média frente ao dólar de 131% entre novembro/23 e janeiro/24, o país vizinhos manteve como principal parceiro nas relações comerciais automotivas, com participação de 29,2%.”

    Já as importações somaram US$ 1,7 bilhão em janeiro de 2024, variando positivamente em 7,9% em relação a janeiro/2023 (US$ 1,5 bilhão) e 27,3% ante o mês imediatamente anterior (US$ 1,3 bilhão). De acordo com o Sindipeças: “A atividade no setor demonstrou ter sido mais forte em relação a dezembro/2023 e praticamente estável no confronto com o mesmo mês do ano passado, o que explica, em certa medida, o crescimento das aquisições no exterior. A dependência da China permanece elevada, já que representou 17,6% do total das importações no mês em tela.” (grifos nossos)..

    Analista Responsável Thais Virga


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    De acordo com os últimos dados consolidados e divulgados pelo Sindipeças com base em relatório do MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a indústria de autopeças continua tendo déficit comercial por estar importando mais do que exportando. Ainda assim, esse  déficit comercial do setor vem recuando em 2023.

    Com relação aos dados de outubro e referentes aos dez primeiros meses do ano, conforme o Sindipeças, tem-se que: no acumulado de janeiro a outubro, o déficit do setor chegou a US$ 8,3 bilhões, apresentando uma retração de 15% ante o saldo negativo observado no mesmo período de 2022, quando esse atingiu US$ 9,57 bilhão de déficit.

    Com vendas externas direcionadas a 206 mercados, essas somaram US$ 7,7 bilhões de janeiro a outubro, valor 11,8% acima comparado ao idêntico período de 2022. Já as importações originaram-se de 192 diferentes países, e, no mesmo período, totalizaram US$ 16 bilhões, evidenciando um recuo de 3,9% sobre os US$ 16,64 bilhões de janeiro a outubro de 2022.

    Já na análise mensal, houve: crecimento de 6,1% nas exportações em outubro (US$ 761, 7 milhões) ante setembro, embora ainda ocorra queda de 2,4% ante outubro de 2022. Quanto às importações, essas chegaram a US$ 1,59 bilhão também em outubro, valor 4,7% inferior ao registrado em outubro do ano passado, porém acima do observado em setembro de 2023 (US$ 1,48 bilhão).

    Analista Responsável Thais Virga


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A partir do estudo do mercado brasileiro há mais de 10 anos e objetivando “fincar raízes no Brasil", como definido pelo CEO da GWM do Brasil e da América Latina - James Yang, em entrevista exclusiva ao Estadão em 2022, a montadora chinesa GWM já havia adquirido as instalações da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP), no ano anterior (2021). De forma distinta à outras muitas montadoras que visando testar o mercado entrando nele inicialmente como importadoras, a GWM primeiro focou em já garantir uma fábrica no Brasil, e, agora, inicia a busca por fornecedores locais de autopeças, podendo, em muito, trazer melhores perspectivas ao setor nos próximos anos.

    No último dia 08 de março e conforme veiculado no mesmo jornal, a GWM apontou ter iniciado as negociações com produtores nacionais visando o fornecimento de itens eletrônicos para sistemas de motor elétrico, conexão, freios regenerativos e outros componentes mais complexos. No início de fevereiro, a diretoria da GWM Brasil já havia visitado o Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores). Com o objetivo de produzir carros elétricos e híbridos plug-in e convencionais, e, buscando intensificar a nacionalização de boa parte dos componentes necessários à tais veículos (inclusive os mais tecnológicos) no país para não depender apenas de importações, a chinesa anunciou plano de investimentos de R$ 10 bilhões no Brasil, sendo R$ 4 bilhões até 2025 e o restante até 2032. 

    A priori apontando à iniciar a produção de carros híbridos flex em Iracemápolis (SP) na primeira metade de 2024, para depois avançar à produção também de modelos elétricos e exportações de veículos fabricados no Brasil para a América Latina, destaca-se que a GWM já havia desenvolvido a tecnologia flex na China – base aos modelos híbridos e híbridos plug-in de produção no Brasil, com assistência de profissionais brasileiros. Os aportes na fábrica de Iracemápolis/SP têm como planejamento transformá-la em um complexo que “será uma inovadora fábrica inteligente dotada de um processo de manufatura completo” , tendo a mais avançada tecnologia da indústria. A capacidade produtiva é estimada em 100.000 unidades por ano ao final do processo de modernização da fábrica, gerando cerca de 2.000 empregos após a planta estar com capacidade plena instalada. E tudo isso configura oportunidade de expansão do setor de autopeças nos próximos anos no Brasil.

    No último Relatório Setorial lançado pela Lafis em novembro de 2022, as projeções indicavam uma ampliação do faturamento nominal do setor de autopeças nesse ano em 11,2%, seguido de pequena retração em 2023 (em -0,5%) e retomada a partir de 2024 (+2,3%) ante os respectivos anos anteriores, cf. metodologia própria. Tais perspectivas serão em breve revisadas, podendo indicar um resultado positivo já em 2023, com retomadas mais robustas de produção e melhores perspectivas de faturamento nos anos seguintes.

    Analista Responsável Thais Virga


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Os dados disponíveis para o comércio internacional no setor de autopeças mostram que a corrente de comércio aumentou sensivelmente em 2022 comparativamente a 2021. Isto deveu-se pelo crescimento tanto das importações como as exportações o que contribuiu para o aumento no déficit comercial.

    A corrente de comércio – que é a somatória das exportações e importações – totalizou até setembro US$ 21,07 bilhões contra US$ 17,82 bilhões no mesmo período de 2021 representando expansão de 18,2%. A decomposição dos dados do fluxo de comércio nos mostra que:

    As exportações no período totalizaram US$ 6,11 bilhões, crescimento de 21,7% na comparação com 2021;

    As importações no período totalizaram US$ 14,97 bilhões, crescimento de 17,0% na comparação com 2021;

    O déficit comercial no período totalizou US$ 8,86 bilhões, crescimento de 13,9% na comparação com 2021.

    O aumento na corrente de comércio pode ser explicado pelo aumento de 46,9% nas exportações para a Argentina – o país é o maior comprador de autopeças do país representando 36,2% do total. Pelo lado das importações, houve crescimento de 18,3% nas compras vindas da China (representa 16,1% do total) e 26,9% nas compras vindas dos Estados Unidos (representa 12%) do total.

    O setor de autopeças vem acompanhando com cautela os resultados do comércio exterior setorial. O crescimento das exportações é positivo embora concentrado, principalmente nos países da América Latina; a diversificação de parceiros seria um dos desafios setoriais. Já a expansão das importações representa uma fraqueza do setor, mostrando a baixa competitividade do produto nacional frente aos concorrentes internacionais, principalmente China, Estados Unidos e Alemanha.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro



    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O faturamento líquido do setor de autopeças cresceu 21% no primeiro trimestre de 2022 na comparação com o mesmo período de 2021. O resultado aparentemente positivo esconde um dado: a expansão foi em termos nominais.

    O que significa?

    Significa que não se desconta do valor do faturamento, o valor da inflação do período. 

    Vamos analisar os dados inflacionários do setor. O IPCA acumulado para o primeiro trimestre de 2021 foi de 2,1% e para 2022 foi de 3,2%; no acumulado de 12 meses (partindo de março) em 2021, a inflação foi de 6,1% e no acumulado de 12 meses (partindo de março) de 2022, a inflação foi de 11,3%.

    A pressão inflacionária no setor de autopeças deve se manter, principalmente, pelas dificuldades no abastecimento de commodities e outros insumos, o que acaba pressionando os preços para cima. Esse problema de abastecimento não se vislumbra resolução definitiva no curto prazo.

    Respondendo à pergunta formulada no título: o otimismo deverá ser mantido sim, pois o crescimento nominal é muito superior ao crescimento da inflação no período, o que permite vislumbrar crescimento real no faturamento do setor.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O título do nosso texto faz alusão a um ditado popular que destaca a parcimônia e os seus benefícios na vida de qualquer ser humano. Na economia também. Quando se faz análises de mercado, os números divulgados podem não refletir exatamente o que está acontecendo com um determinado setor; por isso a cautela se faz necessária.

    O setor de autopeças vive um início de 2022 com números bastante positivos; contudo, ao observá-los com cuidado, percebe-se que eles não necessariamente refletem um desempenho excelente do setor.

    Observando os dados de faturamento líquido do setor para janeiro de 2022 divulgado pelo Sindipeças, houve crescimento de 9% na comparação com dezembro de 2021. Quando se analisa o dado com maior escrutínio, o resultado era esperado, uma vez que o último mês do ano é sazonalmente mais fraco.

    Quando se avalia os dados de janeiro de 2022, na comparação com janeiro de 2021, o crescimento é ainda maior: 12,75%. Avaliando o número puro e sabendo que o primeiro bimestre de 2022 foi extremamente fraco para as montadoras de veículos, o que explicaria tamanho aumento? A resposta é a inflação setorial e a variação cambial.

    Nos dois casos acima percebe-se que, à primeira vista, os dados do setor em janeiro foram extremamente positivos, o que enseja pensar em um ano bastante promissor. Quando analisado a fundo, percebe-se que os resultados são menos orgânicos do que imaginado em um primeiro momento. Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Os dados divulgados até outubro de 2021 mostram que uma recuperação orgânica do setor de autopeças tem relação com a melhoria no setor automotivo; no entanto, o setor também sofre com a escassez de insumos e matérias primas.

    Quando apontamos uma recuperação orgânica, sinalizamos que o crescimento do faturamento em 2021 – nos nove primeiros meses foi 73,5% superior ao mesmo período de 2020 – isto se deve, em grande parte, à base frágil de comparação tendo em vista a trajetória depressiva que o setor enfrentou em boa parte de 2020.

    Uma vez que algo em torno de 65% do faturamento setorial está diretamente relacionado às vendas para as montadoras, o cenário para 2022 ainda está cercado de incertezas. A crise de eletroeletrônicos está longe de terminar – nós da Lafis acreditamos que ela deve perdurar até, no mínimo o fim do primeiro semestre de 2022.

    Logo, embora quantitativamente, o faturamento nominal do setor deva apresentar números superlativos em 2021, qualitativamente precisamos analisar com cautela os números, uma vez que a comparação com 2020 é prejudicada por conta dos efeitos da pandemia. Olhando para o futuro, 2022 pode ser um ano com expansão mais orgânica do que estatística, a depender do comportamento do setor automotivo. 

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Importante elo da cadeia produtiva do setor automotivo, o setor de autopeças foi duramente impactado em 2020 pelas paralisações na produção de veículos no Brasil, decorrência da pandemia do novo coronavírus. 

    O temor de que a história poderia ser repetida em 2021, diante de novas paralisações em virtude da escassez de componentes eletrônicos – chips e microchips – está praticamente afastado. O que explica a recuperação do setor mesmo com adversidades semelhantes às enfrentadas no ano passado?

    Em primeiro lugar, embora as montadoras tenham paralisado a produção por conta da falta de insumos eletrônicos, a demanda por autopeças continuou aquecida; mais aquecida ainda está a demanda no segmento de reposição de peças. Portanto, mesmo com os problemas na indústria automotiva, a demanda doméstica garante, em partes, a recuperação setorial.

    Outro fator de relevo para o bom momento do setor de autopeças é o crescimento das exportações. No primeiro semestre do ano, houve expansão de aproximadamente 6,0% das receitas em dólares – a Lafis projeta que o ano de 2021 encerrará com crescimento de 7,0% nas vendas externas.

    Estes fatores compõem o cenário Lafis para acreditarmos que haverá crescimento no faturamento do setor (7,7% ante 2020). Ressalva-se que a base é frágil de comparação devido à queda intensa de 2020 (-17,5% ante 2019) e, portanto, ainda longe de recuperar os níveis anteriores a pandemia.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Os números do primeiro trimestre no setor de autopeças são excelentes quando comparados com o mesmo período de 2020: as vendas cresceram 44,1% no mercado de reposição e 35,1% para montadoras, as exportações expandiram 14,1%; isto resultou em aumento de 37,9% no faturamento líquido.

    Embora a comparação com o mesmo período do ano passado seja prejudicada – a partir da segunda quinzena de março a atividade industrial praticamente parou por conta da pandemia – o mês de março de 2021 também teve seus percalços: com o recrudescimento da pandemia, pelo menos nove montadoras paralisaram suas atividades com destaque para a fábrica de Gravataí (RS) da General Motors. Estes eventos provocaram aumento significativo da capacidade ociosa do setor de autopeças: 33% (10 pontos percentuais acima de fevereiro de 2021).

    Para o segundo trimestre, os bons números devem se manter. Contudo, este aumento deve ser fruto muito mais da base fraca de comparação do que um movimento orgânico do setor; vale lembrar que os meses de abril e maio de 2020 foram o ápice da pandemia com paralisações na atividade industrial.

    O crescimento no setor deverá ocorrer em 2021 principalmente pela frágil base de comparação de 2020. A recuperação que começou no segundo semestre de 2020 pode ter sido interrompida em março deste ano – vide que este mês foi o primeiro no qual não houve aumento na contratação de trabalhadores. O momento é favorável, mas exige-se parcimônia ao analisá-lo.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O ano de 2020 pode ser considerado um dos piores da história do setor de autopeças brasileiro. A forte paralisação na atividade industrial entre março e maio – o setor chegou a trabalhar com 40% apenas da capacidade instalada – foi o suficiente para derrubar os números do setor. Embora ao longo do ano, houve recuperação consistente – chegando a números próximos de 70% na utilização da capacidade – não foram suficientes para reduzir as perdas dos meses mais agudos da pandemia.

    Para 2021, o setor tem esperança de resultados positivos, principalmente no segmento de reparação. Esta crença reside no fato da frota automotiva brasileira indicar uma trajetória de estabilização com relação ao crescimento e ao processo de envelhecimento da mesma; isto requer manutenção preventiva para que os veículos possam continuar a trafegar.

    A confiança na retomada não impede o setor de observar possíveis fragilidades para 2021. Dentre estas podemos destacar no nível microeconômico o atraso e/ou falta de matérias primas importantes provenientes dos setores siderúrgico e de resinas; já no lado macroeconômico, a taxa de câmbio elevada, a delicada situação no mercado de trabalho com consequente queda na renda das famílias e elevação na inadimplência.

    A recuperação esperada para 2021 deverá ser muito mais influenciada pela base frágil de comparação do que por melhorias estruturais no setor. A recuperação mais consistente do setor dependerá principalmente do segmento de reposição uma vez que as recentes saídas de montadoras devem diminuir a demanda por produtos do setor.

    Especialista do Setor Marcelo Balloti Monteiro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O setor de autopeças possui uma forte dependência da produção das montadoras. De acordo com os dados da Anfavea, diante do impacto da crise do Covid-19, no acumulado do primeiro semestre de 2020, a produção de autoveículos apresentou uma forte retração de 50,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Nesse período, o mercado interno, apresentou uma queda de 38,9% das vendas de veículos leves, -19,1% dentre caminhões, e -40,6% nas vendas de ônibus. 

    De acordo com o Índice do IBGE, no acumulado do ano de 2020 até maio (últimos dados disponíveis), em relação ao mesmo período de 2019, a fabricação de autopeças no país apresentou uma queda de 38,9%.

    Até fevereiro, a Lafis estimava para o setor um crescimento de 6,6% do seu faturamento em 2020. Contudo, diante do cenário observado desde o início da segunda quinzena de março, a Lafis revisou suas estimativas para uma queda de 6,0% do faturamento nominal do setor, em Reais, em linha com o mercado, já prevendo uma retração do setor diante do avanço da pandemia no País.

    Já no final de julho, com o prolongamento das medidas para promover o isolamento social, a retração da produção das montadoras no primeiro semestre, a queda do fluxo de veículos, e as incertezas e insegurança em relação à contenção da pandemia no Brasil, a Lafis realizou uma revisão de suas estimativas, e prevê uma queda de 30% do faturamento nominal do setor, em Reais, atingindo cerca de 73,1 bilhões, uma perda superior à 20 bilhões de reais no ano.

    De acordo com o Sindipeças, as medidas lançadas pelo Governo para conter a elevação do desemprego, com a flexibilização das leis trabalhistas, contribui para manter o emprego do setor. Ainda assim, de janeiro a maio, o setor apresentou uma queda de 7,9% do emprego. A resiliência do setor no que tange à preservação dos empregos é benéfica ao setor, à medida que preserva um ativo importante das empresas.

    Especialista do Setor Laís Soares.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O setor de autopeças possui uma forte dependência da produção das montadoras, cerca de 65% do faturamento do setor deve-se às receitas das vendas para as montadoras. 

    Na noite da última quinta-feira (19/03/20), a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes da Indústria de Automotores) anunciou que todas as montadoras associadas do País estavam se preparando para a paralisação da produção, de modo geral, a princípio o que mais notou-se foi a deliberação de férias coletiva inicialmente é até o final de abril. Todavia, com as perspectivas de retração da demanda das vendas de autoveículos já esperada, mesmo após o retorno da produção, essa não deverá retomar à todo vapor, uma vez que, em tempos de crise, tanto os consumidores, como os investidores deverão postergar a compra de veículos.

    Embora, a crise do COVID-19 tenha aparentado no início do ano como uma oportunidade ao setor, devido a retração da oferta de peças importadas da China, e a forte desvalorização do real, oferecendo uma elevação da concorrência das peças nacionais, haja vista, a interrupção da produção das montadoras no País, a produção do setor de autopeças, que apresentou um crescimento de 4,2% em 2019, ainda muito distante do patamar de produção anterior a crise de 2014, deverá mergulhar no terreno negativo em 2020. 

    Em janeiro, as perspectivas da Lafis para o setor em 2020 eram de um crescimento de 5,4% da produção industrial, com uma elevação de 6,6% do faturamento nominal. Contudo, diante do cenário observado nesta segunda quinzena de março, a tendência é que o faturamento do setor apresente uma retração substantiva. 

    Analista do Setor Laís Soares.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    As vendas de autoveículos no Brasil em 2019 deverá atingir cerca de 2,8 milhões unidades, entre automóveis, caminhões e ônibus, crescimento de quase 9% ante 2018, as perspectivas das vendas de veículos no país para os próximos anos ainda é crescente. 

    Diante deste cenário, a Fras-le, pertencente ao grupo Randon, comprou a Nakata Automotiva, empresa fabricante de pastilhas, lonas e discos de freios, que atua no mercado de peças de reposição com componentes destinados tanto para veículos leves, como pesados e motocicletas.

    A aquisição da empresa foi de R$ 457 milhões para a compra integral das ações e de todos os negócios da Nakata. A operação faz parte do plano estratégico de crescimento da Fras-le, que nos últimos anos efetivou diversas aquisições e parceiras nacionais e internacionais. A aquisição deverá ser concluída no segundo trimestre de 2020.

    De acordo com as perspectivas da Lafis, em linha com a projeção para o crescimento das vendas de veículos e produção das montadoras no País, principal canal de distribuição das fabricantes de autopeças, a produção de autopeças deverá apresentar um crescimento de 7,8% em 2019. Somado a esse movimento estima-se um crescimento do faturamento do segmento de autopeças para montadoras, esta que representa 60% do faturamento do setor. Para 2020, estima-se uma continuidade do crescimento do setor de autopeças, que deverá acompanhar o movimento das montadoras. 

    Especialista do Setor Laís Soares.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A indústria de autopeças tem apresentado bom desempenho desde o início deste ano, comparativamente ao período de 2017, que compreende os meses entre janeiro e abril, o que reforça o cenário de recuperação do setor de autopeças no Brasil. Este cenário reflete o bom desempenho que tem sido observado na indústria automobilística.

    De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes Automotivos (Sindipeças), o faturamento nominal do setor, sem ajuste sazonal, apresentou, nos quatro primeiros meses do ano, crescimento de 26,2% em comparação ao mesmo período de 2017. Dois fatores foram importantes para esse cenário positivo: o primeiro relaciona-se à alta de 20,7% da produção e vendas de veículos das montadoras no período, o qual paralelamente houve aumento do faturamento da indústria de autopeças em 26,9% para este seguimento.

    O segundo fator pode ser verificado pelo impulso às exportações do setor estimulado pela desvalorização da moeda brasileira, o que fez as exportações avançarem 35,2%; contudo, vale ressaltar que a Argentina vem sendo a principal parceira do setor automotivo brasileiro, de acordo com os dados da SINDIPEÇAS, e poderá provocar retração das exportações para o país dado o advento da crise financeira e cambial no país. Por outro lado, a desvalorização esperada do real frente ao dólar oferece estímulos para que as vendas para outros países da América Latina, assim como da Europa e para os Estados Unidos, avancem.

    Assim, diante de um cenário positivo deste ano, a Lafis continua estimando crescimento da produção e das vendas do setor de autopeças, assim como na continuidade do aumento do faturamento do setor advindo das exportações.


    Especialista do Setor Fernanda Mansano.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A indústria de autopeças abrange grande diversidade de produtos, a qual é direcionada para as montadoras, para a reposição do mercado interno assim como para o mercado externo. De acordo com o Sindipeças, em 2017 o faturamento do setor alcançou R$ 77.865 bilhões, aumento de 23% em comparação ao ano de 2016, além das exportações, que cresceram quase 13%, totalizando US$ 7,4 bilhões. Neste mesmo ano, empregava cerca de 160 mil pessoas. 

    Para o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes Automotivos (Sindipeças), Dan Ioschpe, a industria de autopeças ainda trabalha com ociosidade acima de 30%, o que significa que ainda há espaço para o aumento de investimentos no setor. 

    De acordo com o Sindipeças, o faturamento liquido das empresas de autopeças apresentou queda de 5,3% em fevereiro, resultado esse da sozonalidade que o setor apresenta. Entretanto, os demais seguimentos da cadeia automotiva, apresentaram crescimento, assim, confirma-se o aumento das vendas para as montadoras em 22,6%, assim como aumento no mercado de reposição em 5,8%, assim como um expressivo aumento das exportações, em 37,9%. 

    Diante deste cenário, a Lafis estima aumento do faturamento do setor para os meses, com estimativa de crescimento em 7,5% para o ano de 2018, além do aumento das exportações em 11% e dos investimentos no setor em 33%. 

    Especialista do Setor  Fernanda Mansano


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    No dia 30 de março (2017), o Governo anunciou o fim da desoneração da folha de pagamento que vinha beneficiando o setor de autopeças (dentre outros setores). A medida deve elevar o custo de produção do setor, reduzindo a margem de lucro sob o faturamento. Além de reduzir a competitividade da indústria nacional de autopeças no mercado externo, devido ao elevado “Custo Brasil”.

    Pela primeira versão da medida (sancionada em 2011), o setor era beneficiado pela substituição da cobrança do INSS empresarial de 20% sobre o total dos salários pagos por uma alíquota de 1% sobre o faturamento da empresa. No fim de 2015, a lei da desoneração foi revisada aumentando a alíquota para 2,5%. sobre o faturamento. 

    A produção industrial de autopeças de acordo com o Índice do IBGE, em fevereiro apresentou um crescimento de 12,5% na comparação com o mesmo mês de 2016. O resultado levou a um crescimento de 6,4% na fabricação de autopeças neste primeiro bimestre na comparação interanual. No acumulado dos últimos 12 meses, o segmento ainda carrega uma queda de 4,2%.

    No primeiro trimestre deste ano, a produção e as vendas de veículos novos e usados no País apresentaram um crescimento, portanto, a indústria de autopeças vem acompanhando o movimento das montadoras de modo geral, e do segmento de reposição. Todavia, pesa sobre o setor a concorrência com as importações. O fim da desoneração da folha de pagamento impacta o setor de autopeças acentuando a concorrência das autopeças nacionais em relação às importadas.

    A nova regulamentação da cobrança de contribuição previdenciária das empresas foi publicada por meio de MP (medida provisória), e entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do quarto mês subsequente ao de sua publicação. 

    Especialista do Setor de Autopeças: Laís Soares


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Nesta segunda semana de junho, técnicos do Brasil e da Argentina estão reunidos em Buenos Aires, afim de discutir a renovação do acordo automotivo de comércio entre os dois países. O acordo atual vence no final deste mês. O ambiente para negociação não é nada favorável ao Brasil, tendo em vista os dilemas da situação atual, a reunião não deverá resultar em um acordo de longo prazo.

    A Argentina reinvindica inclusão das autopeças argentinas no programa brasileiro Inovar Auto . Dessa forma, as montadoras brasileiras, que recebem uma dedução de 30% do imposto sobre Produtos Industrualizados (IPI) com crédito gerado a partir da aquisição de autopeças nacionais, teria garantido o mesmo incentivo na importação de autopeças fabricadas no país vizinho. Atualmente, o comércio entre os dois países funciona a partir de um sistema para equilibrar o comércio entre eles, de acordo com esse, a cada dólar importado da Argentina em veículos e autopeças permite ao Brasil exportar US$ 1,5 livre de tarifas. Acontece, que neste ano o Brasil já ultrapassou essa cota, e está em  US$1,7. 

    Com a queda da demanda no mercado interno brasileiro, e o incentivo à exportação da desvalorização do real, as montadoras acumularam uma elevação de 25% nas exportações de janeiro a maio de 2016, na comparação com o mesmo período do ano passado, uma acréscimo de 34,6 mil unidades. A Argentina foi o principal destino dessas exportações. Por outro lado, a produção de veículos leves na Argentina no acumulado do ano até maio, apresentou uma retração de 12,5%. As exportações tiveram um resultado ainda pior, uma queda de 26,5%, tendo em vista a forte retração das vendas para o mercado brasileiro.

    Desta forma, a Argentina têm se mostrado resistente a negociação de um acordo de livre comércio entre os dois países, pois teme funcionar como desova dos estoques das montadoras brasileiras. Caso não haja uma negociação, as montadoras serão oneradas pelo pagamento de uma multa pelo excedente exportado ao País. O Governo está diante de um dilema, já que a aceitação da revindicação da Argentina poderá gerar uma elevação do coeficiente importado no setor de autopeças, que vêm apresentando muitas dificuldades financeiras e de resultados diante da crise. Por outro lado, as exportações das montadoras têm sido um dos poucos resultados positivos das fabricantes em 2016, e uma negociação inconclusiva com a Argentina, poderá levar a uma desaceleração das exportações, e consequentemente retração no faturamento do setor.

    Analista Responsável pelo Setor: Laís Soares

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Nesta segunda semana de dezembro, o cenário das incertezas econômicas que já pressionavam a retomada da atividade econômica do País agravou se pela instabilidade política que mostrou se mais evidente.

    Ao longo de 2015, de modo geral, as empresas atuantes na cadeia automotiva (montadoras, autopeças dentre outras) sofreram os impactos da crise que o País vem enfrentando com a forte retração das vendas internas, produção e elevação de seus estoques. Por outro lado, este quadro acentuou a disputa pela ampliação das exportações do setor através de acordos automotivos com países da América Latina com mercados potenciais para absorção de veículos brasileiros. Assim, neste ano, o Brasil fechou acordos automotivos importantes com o México, Argentina, Colômbia e por último Uruguai. 

    Às vésperas do final do ano, o Governo acaba de assinar um acordo de livre comércio automotivo com o Uruguai, que entrará em vigor a partir de janeiro de 2016. O acordo confere isenção tarifária para automóveis, ônibus, caminhões, máquinas agrícolas, autopeças, chassis e pneus no comércio bilateral. Atualmente existe um regime de cotas sem tarifação para o setor, que previa o teto de 10.056 veículos e US$ 99,6 milhões em autopeças importados do Brasil isento do imposto de importação pelos uruguaios. Em 2015 o Brasil já embarcou 12,5 mil veículos aquele País.

    A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e o Governo mostraram se empenhados em 2015 na busca de acordos automotivos e, com sucesso das negociações somado às vantagens competitivas provocadas pelo câmbio, no acumulado do ano até novembro o País apresentou um crescimento de 19% nas exportações de autoveículos e guarda perspectivas de um crescimento ainda mais expressivo para 2016.  

    Analista Responsável pelo Setor: Laís Cristina Soares


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A Nexteer Automotive, fabricante de sistemas de direção, confirmou investimento em uma nova linha de produção em sua fábrica de Porto Alegre (RS). Com um investimento total de   R$ 57 milhões em equipamentos e tecnologia, a unidade passará a montar colunas de direção elétrica para veículos. A empresa estima a geração de 100 novos empregos diretos e um alavancada no crescimento do faturamento da empresa.
     
    A nova linha de produção irá aumentar o portfólio da fábrica de Porto Alegre, que hoje já fornece bombas de direção hidráulica, semieixos e direção elétrica para fabricantes como AGCO, Fiat, Ford, GM, John Deere e PSA.

    O investimento da Nexteer está inserido nas perspectivas de redução das importações do setor, e substituição pela produção interna, incentivada pelas normas do Inovar Auto e a alta do dólar em relação ao real, que aumenta a competitividade da indústria brasileira.

    Em outubro de 2014, teve início o sistema informatizado do governo de rastreamento de autopeças consumidas pelas montadoras, integrando a política automotiva brasileira, que busca agregar conteúdo local aos veículos produzidos no país. O sistema será alimentado pelos próprios fornecedores das montadoras, que vão discriminar mensalmente o valor de insumos importados - a chamada parcela dedutível - dos componentes usados pelos fabricantes de carros. A partir dessa informação, o governo poderá descontar o conteúdo importado do cálculo de benefícios fiscais previstos no novo regime automotivo, conhecido como Inovar-Auto. Como efeito prático, o objetivo é forçar as montadoras a usar mais autopeças locais na produção de veículos. Como as exigências de nacionalização são crescentes, espera-se que os veículos tenham cada vez mais peças locais até 2017, no fim do Inovar-Auto.

    Analista do Setor: Laís Cristina Soares


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A multinacional japonesa TPR confirmou um investimento de  R$ 66 milhões na construção de uma fábrica em Porto Feliz, interior de São Paulo,a fábrica será a primeira na América Latina. A cidade também irá abrigar uma fábrica de motores da Toyota.

    No início de 2014, com o anúncio de seu investimento, a Toyota fez um pronunciamento a imprensa, prevendo que seu investimento atrairia cerca de 19 empresas de autopeças na região, o investimento da TPR segue esse movimento.

    A empresa irá produzir camisas aplicadas sobre cilindros dos motores de veículos, no entanto, não pretende restringir sua oferta a montadora japonesa, mas também atender a diversas montadoras no país a partir de junho de 2015, quando a linha deve ser inaugurada. O investimento prevê a criação de 70 empregos diretos.

    Apesar do atual quadro de desaceração econômico, e queda das vendas das montadoras, e de forma desencadeada na produção de toda a cadeia do setor automobilístico, a Toyota ainda mantém a sua produção estável, de forma distinta aos resultados observados com as montadoras tradicionais do País. 

    Analista do Setor de Autopeças: Laís Cristina Soares


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A japonesa Toyoda Gosei confirmou a instalação de sua primeira unidade no Brasil , na cidade de Itapetiniga (SP). A fábrica será a primeira da América Latina, e a Toyoda investirá aproximadamente R$ 90 milhões na construção. A Toyoda Gosei no Brasil usará o nome de GDBR.

    A empresa é uma das principais fornecedoras da montadora de veículos Toyota, instalada em Sorocaba, e vem para Itapetininga para produzir não só para a compatriota, mas também para outras montadoras instaladas no Brasil. A futura fábrica de Itapetininga deve produzir materiais utilizados na parte interna de veículos, como airbags, painel de instrumentos, entre outras peças e acessórios. 

    O setor segue com investimentos em alta, pelos incentivos do governo através do Inovar-Auto, lançado como parte do Plano Brasil Maior, que irá vigorar de 2013 a 2017, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento tecnológico, eficiência e a inovação das montadoras e autopeças.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O grupo italiano Fontana anunciou a construção de sua primeira fábrica da América Latina, na cidade de Mogi Guaçu, localizada a 170 quilômetros da capital paulista. Com um investimento inicial da ordem de R$ 30 milhões, valor que deve chegar a R$ 90 milhões em cinco anos, a planta vai produzir parafusos de alta resistência para a indústria automobilística, incluindo clientes como GM, Volkswagen, Caterpillar e John Deere, que possuem unidades fabris no estado.

    O anúncio de investimento da empresa, leva em conta o otimismo do setor automobilístico, após a prorrogação até o final do ano das alíquotas reduzidas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o crescimento de 12% da produção no primeiro trimestre deste ano em comparação com 2012.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O Grupo Sada anunciou um grande investimento em Pernambuco. O grupo já possui quatro fábricas de autopeças e a unidade pernambucana será a quinta a produzir tambor de freio e suporte para motor.

    Além da unidade logística (Sada logística), responsável por transportar toda a produção da montadora Fiat em implantação em Goiana, a empresa trará uma fábrica de componentes de motores (OMR Componentes automotivos) e, ainda, uma usina de produção de energia limpa. Segundo o presidente do grupo, Vittorio Medioli, serão aplicados R$ 1 bilhão nos próximos quatro anos.  

    O investimento do Grupo segue em sintonia com a alta do crescimento econômico da região nordestina, que está entre as regiões que mais cresce no país, e o apoio governamental.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A Randon Implementos e Participações anunciou investimento de R$ 2,5 bilhões em 2012 com a intenção de aumentar sua receita em 60% até 2016. Para isso, aplicará o recurso em seu Plano de Expansão e Desenvolvimento, com o objetivo de ampliar a liderança da empresa no mercado brasileiro, expandindo suas atividades além de sua ampliação orgânica. Para isso, a empresa prevê gerar até 4 mil empregos diretos, sendo a maior parte deles no Estado do Rio Grande do Sul, apoiado pelos incentivos governamentais que lhes foram concedidos. Além desta expansão nacional, espera-se que a empresa realize aquisições na área de reboques em países da América Latina e África.

    O total do investimento será realizado por capital próprio, uma vez que a empresa não realizará oferta pública de ações. 

    A Randon é uma das maiores empresas no setor de autopeças, que vem passando um momento um pouco complicado por conta da instabilidade de produção dos veículos no país. Mesmo com esta situação, acredita-se que no segundo semestre ocorra uma melhora no setor, incentivada pela ampliação do Plano Brasil Maior e também pela desvalorização do Real frente ao Dólar, que poderá deixar as peças brasileiras competitivas no cenário internacional. 


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O grupo Hübner, importante fornecedor da indústria automotiva, anunciou, nesta semana, sua intenção de investir R$ 90 milhões em uma nova fábrica na região dos Campos Gerais (PR). Com o novo investimento, a empresa pretende, através de sua controlada Rodolínea Implementos para Transportes, fabricar componentes metálicos que irão equipar carrocerias, basculantes, carretas e porta contêineres que a empresa produz em Curitiba.

    O Grupo, atualmente, é composto por sete unidades industriais no Brasil, atuando nas áreas de reflorestamento, briquetagem, carvoejamento, siderurgia, fundição, usinagem e implementos rodoviários. O investimento na região do Campos Gerais é motivado pelo Programa Paraná Competitivo, que reúne uma série de medidas de incentivo fiscal ao setor produtivo. Os impactos que essa nova fábrica trará à região são bastante positivos, com a geração de 900 empregos até 2015.

    O setor de autopeças foi um dos beneficiados pelo Plano Brasil Maior. Este, ao exigir uma maior quantidade de peças nacionais no produto final para a obtenção de uma redução do aumento de 30% do IPI, poderá impulsionar uma maior produção nacional de autopeças. Isso será benéfico ao setor, dado que este vem passando por momentos de dificuldade nos últimos anos, com a importação de peças chinesas que entram no País a preços mais acessíveis, aumentando a concorrência.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A SKF firmou recentemente um contrato de R$ 38 milhões para atender a demanda da Scania no fornecimento de linha de rolamento para todas as transmissões de caminhões e ônibus no país.

    Para isso, a empresa investirá cerca de R$ 9,2 milhões na ampliação de uma oitava linha de produção do complexo de Cajamar (SP), aumentando em 1,8 milhões de peças, a sua capacidade de produção. O contrato irá até 2015, mas a previsão para a inauguração da nova linha é agosto.

    O grupo também tem contrato de rolamentos com a Mercedes Benz e parte de sua produção é alimentada pelas importações de suas fábricas na Alemanha, Suécia, França e Índia, o que resulta em uma comercialização de 300 mil peças por ano. Esse número dobrará com o novo contrato firmado. A SKF do Brasil tem fauramento anual de R$ 800 milhões, respondendo cerca de 4,3% do faturamento global do grupo, que também atua nos setores de mineração, metalurgia, ferroviário, sucroalcooleiro, papel e celulose.

    O setor de autopeças, no entanto, passa por um momento de dificuldade, dado o baixo crescimento do setor automotivo e a concorrência com as importações. O setor foi um dos beneficiados pelo plano Brasil Maior e também pela desoneração fiscal na folha de pagamentos anunciado recentemente pelo Ministro Guido Mantega.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A Honda, por meio da sua subsidiária de transporte e logística que atua no país, anunciou investimento da ordem dos R$ 190 milhões na construção de um novo centro de distribuição e logística de peças para automóveis e motos em Paulínia, no interior de São Paulo. O aporte da companhia no país surge após a queda de sua parcela no mercado brasileiro visto em 2011para seus concorrentes devido ao o terremoto seguido de tsunami que atingiu o Japão no começo do ano passado, o qual afetou a oferta dos componentes importados daquele lado do globo.

    O objetivo da companhia é de produzir em solo brasileiro as peças que outrora eram importadas da sua fábrica no Japão, diminuindo assim, a dependência das autopeças importadas que poderão suprir a demanda brasileira de suas fábricas por tais produtos. A escolha por Paulínia foi incentivada pela exoneração fiscal concedida pela Prefeitura local, além da mesma ter concedido o terreno para a montadora. Em contrapartida, a companhia terá que construir duas creches e licenciar os veículos da frota no município. A estimativa da empresa é de que até ao final deste ano se conclua a nova unidade fabril gerando 391 empregos, aproximadamente.

    Os investimentos da Honda no Brasil estão atrelados ao bom desempenho econômico do país, no qual se observa que o ganho de renda da população que acaba por estimular a demanda por bens de maior valor agregado como veículos, por exemplo. Desta forma, a Lafis estima que o faturamento do setor de autopeças cresça 10,30% e 12,20% em 2012 e 2013, respectivamente.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A Meritor, fornecedora de eixos para veículos pesados, anunciou investimento da ordem de US$ 30 milhões em suas unidades fabris no Brasil para os anos de 2012 e 2013. Isto se deu devido à boa expectativa de crescimento da demanda interna para os próximos anos. Além disso a companhia estima que a obrigatoriedade do uso de equipamentos Euro 5 fará com que a demanda interna se arrefeça em 2012, mas que seja compensada pelo crescimento da economia doméstica em 2013.

    A companhia, que possui sede nos Estados Unidos, aplicará os recursos na expansão de sua fábrica em Resende (RJ) onde está erguendo uma nova fábrica de eixos, no consórcio modular da MAN, que deve entrar em operação no segundo trimestre do ano que vem. Já em Osasco, a fornecedora instalou uma nova unidade fabril à antiga, voltada a cardans, que pode produzir inicialmente até 100 mil peças por ano. Por sua vez, focada no mercado secundário, a empresa também pretende reforçar sua presença no chamado "aftermarket", com investimentos de US$ 2 milhões nos próximos três anos.

    Os investimentos da Meritor no país precede um período em que os custos dos veículos irão aumentar, dada a exigência da utilização dos equipamentos de tecnologia Euro 5, que começa a vigorar em 2012. No entanto, segundo a previsão da companhia, a queda no faturamento em 2012 devido a elevação dos preços dos caminhões, será mais que compensada pelo crescimento que eles visam obter em 2013. Para a Lafis, o faturamento do setor de autopeças deve alcançar US$ 58.015 milhões em 2012, e US$ 64.265 milhões em 2013.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    A Fiat, que estava com planos de investimentos alocados próximo ao Cabo de Santo Agostinho (no pólo de Suape em Pernambuco) transferiu o destino de seus recursos para Goiana, também no estado de Pernambuco. O motivo alegado pela montadora foi a ampliação da sua capacidade produtiva planejada e a proximidade de centros fornecedores.

    O investimento passou de R$ 3 bilhões para R$ 4 bilhões, com estimativa de início da construção da nova planta em setembro de 2011. A notícia veio de encontro com a expansão do setor de autopeças, que já demonstrava interesses em novas instalações, vindas pelos segmentos de blocos de motores, dispositivos eletrônicos, pistões e bronzinas. O estado já conta com 40 fornecedores de autopeças, mas com o investimento outros 50 mil empregos poderão ser gerados.

    A fábrica deverá ficar pronta em março de 2014, apresentando um volume de produção anual entre 100 mil e 200 mil veículos, podendo futuramente atingir 250 mil carros. Mesmo com um cenário externo ainda instável, o fabricante tem projeções otimistas que confirmam a necessidade de instalação da fábrica.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    Após as fortes retrações das exportações à Argentina por conta do aumento das tarifas aos produtos brasileiros no início do ano, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior resolveu responder a atitude, colocando determinados produtos das importações brasileiras vindas da Argentina em licença não automática de liberação.

    A medida atinge principalmente setores relacionados a importação de veículos acabados, autopeças e pneus, que já foram notificados antes mesmo da formalização da decisão. O Governo já havia enviado a Casa Rosada três avisos sobre a retenção dos produtos brasileiros nas alfândegas do país, porém ninguém se manifestou.

    Segundo a OMC, o Brasil tem até 60 dias para liberar a entrada de produtos no País. O prazo poderá ser cumprido até o final ou até ser ultrapassado, dependendo da postura do Governo argentino.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    Foi anunciado, no dia 05/05/10, pelos ministérios da fazenda e desenvolvimento, o pacote de medidas que visam ampliar a competitividade das exportações brasileiras. As medidas, segundo o próprio ministério incluem: "devolução mais rápida de créditos tributários; exclusão da receita de exportações para enquadramento no SIMPLES; implementação do drawback, isenção no mercado interno; eliminação do redutor do imposto de importação sobre autopeças; criação do Fundo Garantidor de Comércio Exterior (FGCE); criação do EXIM Brasil, agência especializada em comércio exterior; redução do custo do financiamento à exportação de bens de consumo (linha de R$ 7 bilhões); e compras governamentais com preferência para bens e serviços nacionais."

    No setor de autopeças as importações vêm, gradativamente, tomando espaço dos fornecedores locais. Tal fato pode ser observado pelo fato de que entre 2003 e 2008 as compras de peças realizadas no exterior apresentaram crescimento médio de 22% ao ano. Portanto, este novo pacote de medidas, que eliminará em seis meses o redutor de 40% aplicado ao Imposto de importação de autopeças, tornará as importações mais caras criando uma reserva de mercado para os fabricantes nacionais. Porém, tal vantagem não foi celebrada por todos os segmentos, que viram nas medidas governamentais a ausência de uma política de longo prazo para ampliar de fato a competitividade das exportações.

    Apesar de sinalizarem a preocupação que o governo vem mostrando com o resultado da balança comercial - onde o saldo, referente à março, foi inferior em R$ 2 bilhões quando comparado ao mesmo mês do ano anterior - as medidas tem um impacto restrito, sobretudo no curto prazo. Entretanto, vale destacar que a criação do Exim Bank é um importante passo para que possam ser criadas políticas de exportação mais robustas no futuro.  


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A Magneti Marelli, empresa do grupo Fiat para o segmento de autopeças, deverá ampliar sua capacidade produtiva em alguns de seus segmentos até 2014. Sem revelar o valor do investimento programado para o Brasil nos próximos cinco anos, o presidente da Magneti Marelli no Mercosul, Virgilio Cerutti, adiantou que uma nova linha de produção de bicos injetores para automóveis deverá ser instalada em 2011 na fábrica de Hortolândia (SP), inaugurada em janeiro do ano passado. A empresa também deve aumentar a capacidade na linha de câmbio automatizado, pois as próprias montadoras estão popularizando seu uso e as vendas devem apresentar crescimento que justifique o investimento.

    Apesar da determinação em ampliar capacidade produtiva, o grupo, que no Brasil tem 13 fábricas instaladas nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, não pretende investir em novas unidades fabris, afirmou o presidente, descartando ainda a possibilidade da empresa ter operações fabris em outros Estados brasileiros. No ano passado, a Magneti Marelli Mercosul registrou faturamento de R$ 2,245 bilhões (US$ 1,14 bilhões), com alta de R$ 45 milhões (US$ 24,6 milhões) frente ao verificado em 2008 - no mesmo período, o faturamento mundial do grupo foi de €4,4 bilhões, com queda de €1 bilhão na mesma base de comparação.

    A estratégia da Magneti Marellii está em linha com a das grandes automobilísticas instaladas no país, que vêm apresentando grandes planos de investimento nos últimos meses. . Este movimento vem ocorrendo, pois, desde 2003, as vendas das montadoras vêm apresentando um forte incremento, com crescimento anual em torno de 8,8% a.a. até 2009. Com o aumento da capacidade produtiva das montadoras a demanda por autopeças tende a crescer conjuntamente isso permitirá uma maior demanda por autopeças.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A forte desaceleração da produção automotiva presenciada no último trimestre acabou fazendo com que o ano de 2008 terminasse com números negativos para o segmento de autopeças. De acordo com os números do IBGE, a produção brasileira de peças e acessórios para veículos encerrou o ano com queda de 1,3%, especialmente por conta do mês de dezembro, cuja produção apresentou uma redução de 56,0% frente à dezembro de 2007.
    Com relação aos números de comércio exterior, o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) divulgou que o setor de autopeças encerrou 2008 com o maior déficit de sua história: US$ 2,5 bilhões. Apesar do crescimento dos embarques (+11%), foram as importações (com expansão de 37%) as responsáveis pelo saldo negativo. O câmbio médio apreciado favoreceu as compras de países como Alemanha (+44,8%), Japão (+40,7%) e Estados Unidos (+22,4%). Os três países somados representaram 45,9% da compra de autopeças brasileiras no exterior.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos

    A Toyota divulgou semana passada que investirá US$ 1 bilhão no Brasil para instalar no Estado de São Paulo uma nova fábrica de carros compactos e outra de motores, que deverá iniciar a produção em 2010.
    De acordo com a empresa, a nova fábrica terá capacidade para produzir 200 mil automóveis por ano, volume equivalente à produção de outros modelos populares de outras marcas (Gol, Palio e Celta). A Toyota não participa do segmento de populares por não possuir nenhum modelo de entrada no mercado brasileiro, focando-se até agora em modelos de maior valor.
    O anúncio acontece num momento em que a indústria automobilística no Brasil se encontra em plena expansão. O setor espera investimentos de US$ 4,9 bilhões neste ano, somente das montadoras, e US$ 20 bilhões até 2010 em toda a cadeia produtiva, de acordo com a Associação Nacional dos fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Thaís Virga Passos
    O livre comércio de automóveis e autopeças entre Brasil e Argentina, que entraria em vigor em 1º de julho deste ano, foi definitivamente adiado esta semana, contrariando a posição defendida pelo Brasil nas negociações mantidas com o governo argentino. Em compensação, a Argentina concordou em estabelecer um prazo de cinco anos para o novo acordo automotivo bilateral que está em discussão e deve ser concluído até junho, quando vence o que está atualmente em vigor.
    Só em 2013, no fim desse prazo, é que haveria livre trânsito de veículos e peças entre os dois países. A Argentina nunca concordou com a liberação do comércio, que vem sendo adiado desde dezembro de 2005 quando venceu o primeiro acordo assinado em 2002. Até agora a renovação estava sendo anual. O país alega que o Brasil estaria em vantagem no momento, por conta do parque produtivo mais atualizado, e que precisaria de um tempo para melhor adequação.