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  • atacadistas, empresas do setor atacadistas, empresas do segmento atacadistas, setor atacadistas, segmento atacadistas, economia, macroeconomia
    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    O setor atacadista cresce 4,3% em julho, após uma queda de -4,9% em junho. O crescimento do faturamento do setor atingiu 10,3% comparado ao mesmo período de 2023. No ano, segundo o Termômetro ABAD NielsenIQ, o setor acumula alta de 6,6%, e com perspectiva de novos avanços, conforme indica outro levantamento da NielseIQ, que aponta, até a segunda semana de junho, que o modelo Cash & Carry cresceu seu volume de vendas em 13%.

    No cenário macroeconômico, o IPCA de julho teve uma alta de 0,38%, refletindo os impasses da geopolítica internacional, encarecendo commodities como o petróleo e seus derivados. Em 2024, o IPCA acumula uma alta de 2,87%, enquanto a taxa de desocupação caiu 1,0 p.p., comparado ao primeiro trimestre, e atingiu 6,9%. A inadimplência caiu 0,02 p.p. comparada a junho, atingindo 3,17%.

    Apesar de uma piora nos índices de inflação, as significativas melhoras nos indicadores de desemprego e o comportamento de crédito e inadimplência estimulam o consumo e a renda. O setor atacadista deve mostrar resultados robustos para os próximos meses, por ser um segmento que costumeiramente é protegido de oscilações inflacionárias muito acentuadas e de curto prazo.

     Especialista do Setor:Alexandre Favaro Lucchesi


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    O setor atacadista distribuidor nacional segue caracterizado pela atuação de muitas empresas devido às baixas barreiras à entrada neste mercado. Porém, verifica-se hoje uma centralização das atividades em grupos de empresas, principalmente no movimento de fusão e aquisição realizado por players. Esta configuração reduz o poder de barganha dos fornecedores, uma vez que a negociação passa a ser feita em um mercado mais concentrado. No que diz respeito ao consumidor, porém, o poder de barganha tem se mostrado maior no comércio, já que têm à sua disposição uma variedade cada vez maior de modelos de lojas capazes de atender às suas necessidades.

    O principal ponto de atenção está na grande concentração no setor que vem ocorrendo nas regiões Sudeste, principalmente no Rio janeiro e em São Paulo do passaram vem fazendo aquisições e fusões expandindo ainda mais sua dominância na região. Entretanto, players que detinham menor expressão nacional, passaram a ocupar e dominar regiões onde setor de atacado e atacarejos, superando hiper e supermercados das redes que dominam o setor. Os grandes players do setor são o Carrefour, controlador do Atacadão, Sam’s Club e os hipermercados que levam o nome da marca, o Assaí e o Grupos Mateus. Os dois primeiros concentraram suas operações na região sudeste, onde a abertura de novas lojas ficou limitada a Rio e São Paulo, representando respectivamente 50% e 40%. Já o Grupo Matheus expandiu suas operações nas regiões Norte e Nordeste, regiões que possuem grandes margens para crescimento operacional. Enquanto isso, players de menor expressão nacional vão abrindo lojas em estados onde o setor não possui relevância.

     Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    O presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD), Leonardo Miguel Severini, solicitou apoio aos parlamentares da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS) e aos presidentes da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) para propor mudanças no texto do Projeto de Lei 5129/23, apresentado pelo governo federal no Congresso Nacional, na semana passada. O conteúdo já estava na Medida Provisória 1.185/23 e versa sobre modificações na forma como as empresas devem utilizar os benefícios fiscais de ICMS na base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucros Líquidos (CSLL), até então caracterizando os benefícios fiscais como subvenção para investimento. Dentre as mudanças, está alterar o início da vigência de janeiro para abril de 2024. Mas ABAD e entidades pressionam para rever o disposto no PL e mesmo estender o prazo, pois muitas empresas contam os incentivos para projetos de expansão ou para sustentar estratégias de competitividade no mercado, ao passo que a maioria não provisionou recursos para absorver os impactos da medida.

    O governo tem seguido a estratégia do ministério da Fazenda em perseguir o ajuste nas contas públicas refinando a estrutura de arrecadação. Nesse sentido, a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou que os créditos fiscais devem ser incluídos na base de cálculo do IRPJ e da CSLL, foi prontamente utilizada na elaboração da então MP que resultou no presente PL. Assim, estabelece um novo paradigma ao impor regras para a apuração e utilização dos créditos, a fim de garantir a isenção fiscal. Mas é preciso comprovar a utilização apropriada da subvenção e do crédito para se beneficiar da isenção tributária, de modo que o crédito fiscal somente será calculado após a conclusão da implementação ou expansão do empreendimento econômico. E o governo justifica a proposta argumentando que as regras atuais resultam em “distorções tributárias”. É estimada uma arrecadação potencial para o governo de aproximadamente R$ 35 bilhões em 2024 e R$ 32,4 bilhões em 2025 com a aprovação do PL.

     Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    A confiança do consumidor trouxe crescimento de 17,3% do setor atacadista no primeiro semestre, conforme os dados da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD). Fatores favoráveis do ponto de vista macroeconômico se conjugaram nesses seis meses do ano, como o IPCA em queda, bem como entrada significativa de divisas, tanto pela balança comercial quanto pelos investimentos de longo prazo, e ainda tendências positivas por conta da boa recepção da reforma tributária e do cenário com taxa básica de juros menor no médio prazo. A comparação dos dados entre o primeiro semestre de 2022 e 2023 mostra que na análise do canal de atacarejo e do autosserviço tiveram um crescimento muito significativo, com o comércio de alimentos subindo 10,3% e a limpeza 15,5%. Os maiores gastos fora de casa levaram a um grande salto nas cestas de bebidas no canal Bar (alta de 10%), enquanto a higiene melhorou o desempenho da Farma (alta de 9%). A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) também reforçou as perspectivas favoráveis ​​para o primeiro semestre a partir do consumo das famílias brasileiras, que cresceu 2,47%, graças ao recuo do desemprego, aos reajustes salariais e à consolidação dos programas de transferência de renda do governo federal. Se a pressão inflacionária sobre a cesta de alimentos arrefecer nos próximos meses, o consumo tende a ser crescente.

    A digitalização do pequeno varejo abrange as dimensões de fornecedores e seus canais, consumidores mais digitais, concorrência acirrada de diversos formatos e gestão interna (CRM, operações). O Pequeno varejo está em transformação e tem novos caminhos a serem tomados frente a jornada figital do cliente. Nesse contexto, o atacado deve servir esses canais/formatos de loja complementando o alcance logístico da indústria. O canal indireto foi responsável por 52% das vendas do varejo alimentar brasileiro considerando as seguintes categorias de alimentos, bebidas, higiene e beleza, limpeza, cigarro e bazar, segundo levantamento da ABAD. Foram considerados mais de 1,1 milhão de pontos de vendas, dentre eles supermercado grande e pequeno, hipermercado, lojas tradicionais, bares e restaurantes, farmácia e perfumaria. É importante considerar o papel do atacadista e do distribuidor no Brasil como complemento da venda e distribuição da indústria de bens de consumo, uma vez que o varejo tem alta fragmentação em pequenos negócios e dispersão geográfica.

     Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi

     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Os hipermercados estão se recuperando de uma fase de fechamento de lojas e depuração do mercado, conforme os resultados de vendas dos primeiros meses de 2023 contrariam previsões de que esse modelo de loja estaria com os dias contados, diante do avanço dos atacarejos. Entre janeiro e março, as vendas dos hipermercados cresceram 8,6%, considerando as mesmas lojas com mais de um ano de funcionamento, em relação a igual período de 2022, aponta estudo da consultoria NielsenIQ. Esse desempenho supera o do varejo de autosserviço como um todo, incluindo farmácias, que cresceu 8% no mesmo período, e também dos atacarejos, que avançaram 6,9%. Os hipermercados perderam apenas para os grandes supermercados, cujas vendas subiram 9,6% no período, quando são comparadas as mesmas lojas. Desde que o atacarejo começou a crescer com força a partir de 2014, essa é a primeira vez que os hipermercados superam os atacarejos nas vendas pelo critério mesmas lojas, observa. O estudo considera como hipermercados as lojas com mais de 2,5 mil metros quadrados.
    Dentre os destaques em desempenho no setor, estão o Grupo Koch, que já ocupa a 13ª posição entres as maiores redes supermercadistas do Brasil e se mantem na ponta na 1ª de Santa Catarina, de acordo com pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), além  Novo Atacarejo, que vem se expandindo rapidamente no Estado de Pernambuco e hoje já conta com 12 lojas, a partir de um novo conceito de rede, com nova campanha publicitária que inclui vídeos institucionais para TV e Internet, mídia exterior, agenda de ofertas, enxoval para PDV e mix de peças para mídia digital, incluindo Google, Waze e Redes Sociais. Por fim, o Carrefour está migrando os hipermercados Big para o Atacadão, o que tem levado a alta nas vendas desde 2022, segundo o presidente do grupo, Stéphane Maquaire, porém outras conversões estão com desempenho abaixo do previsto, como o Maxxi. O Carrefour, de uma maneira geral, tem tido desempenho menor que o esperado com a migração de hipermercado Big para hipermercado Carrefour. A empresa mantém em discussão um plano de novas reformas de Carrefour em Atacadão, se entender que a mudança fará sentido.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A Agência Câmara de Notícias divulgou que o Projeto de Lei 2.314/22, em análise na Câmara dos Deputados, propõe exigir de hipermercados, supermercados e atacadistas a disponibilização, no interior das lojas, de um informativo listando os dez produtos que mais tiveram aumento no preço nos últimos 15 dias. Com isso, haveria como acompanhar a evolução dos preços, conforme informativo de nome dos produtos, das marcas, dos valores cobrados nos 15 dias anteriores, das porcentagens de aumento e dos preços já atualizados. O cenário de inflação acentuado sobre itens da cesta básica e comércio em geral entre 2021 e 2022 corroborou para essa medida. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    No setor, uma boa notícia foi a queda dos preços dos derivados lácteos no mercado atacadista de São Paulo, da ordem de 20% em setembro em relação a agosto, para R$ 4,39. O valor, no entanto, ainda supera em 23,5% o registrado no mesmo mês de 2021. Contribuíram o aumento da oferta de leite no Sul do Brasil e o elevado volume de importações.

    Especialista do Setor Alexandre Favaro Lucchesi


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    No dia 06 de julho, o Senado aprovou o Projeto de Lei nº 5/2015, que altera o enquadramento das atividades de prestação de serviço de representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros no Simples Nacional. O PL segue agora para avaliação da Câmara dos Deputados.

    Mas o que isso significa?  

    A alteração implica na redução da carga tributária exercida sobre este segmento, passando da faixa atual de 16,93% a 22,45%, para entre 6% a 17,42%, se aproximando das regras de tributação válidas para outras atividades menos oneradas, como contadores, agentes de viagem, fisioterapeutas e corretores de seguros, por exemplo.

    Desta forma, a expectativa é que, se aprovado, o projeto incentivará uma maior formalização da categoria, uma vez que, diante da atual elevada carga tributária, a busca pela informalidade tem sido uma opção fortemente recorrida.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    De acordo com a Associação Brasileira de Atacadistas de Autosserviços (ABAAS), o faturamento anual do formato atacarejo girou em torno de R$ 230 bilhões em 2021, o que representa quase 2% do PIB nacional. Em 2021, o setor representou cerca de 20% das vendas totais do mercado brasileiro, e esteve presente em 66% dos lares do país, um avanço de 28% em relação a 2015. Esta primeira edição do Ranking ABAAS apontou ainda que o canal atacarejo possui hoje mais de 2 mil lojas em funcionamento, empregando mais de 250 mil funcionários em todo o Brasil.

    Com preços, em média, 15% menores do que os supermercados, as redes de atacarejo têm ganhado a preferência dos consumidores brasileiros nos últimos anos. Este comportamento é explicado pela maior procura por compras de abastecimento, principalmente em momentos de crise econômica, onde se observa uma queda no poder aquisitivo das famílias. Mais recentemente, o formato foi procurado também pela necessidade de isolamento social, imposto pela pandemia da Covid-19 e que obrigou as famílias a se precaverem e passarem mais tempo dentro de casa. Desta forma, o quesito “compra do mês” é predominante nos atacarejos, passando de uma participação igual a 68,6% em 2020 para 71,6% em 2021.

    Estes dados apontam o crescimento importante do setor, tanto pela performance de vendas, como também pela abertura de lojas, principal foco dos investimentos das redes. Com isso, a expectativa para o desempenho do setor no curto prazo segue positiva, ainda que diante de uma conjuntura macroeconômica mais deteriorada, com instabilidade no mercado de trabalho, inflação persistente e altas sucessivas na taxa de juros. Isto porque, conforme comentado anteriormente, tal conjuntura tende a aumentar a procura por estes canais, uma vez que as famílias se tornam mais seletivas e buscam priorizar o consumo de bens essenciais e embalagens de maior custo-benefício, algo ofertado pelas redes de atacarejo.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Em 27 de outubro deste ano foi sancionado, pela Presidência da República, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 05/21 que permite a prorrogação, por até 15 anos, das isenções, dos incentivos e dos benefícios fiscais ou financeiro-fiscais vinculados ao ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) “destinados à manutenção ou ao incremento das atividades comerciais, desde que o beneficiário seja o real remetente da mercadoria”, segundo trecho retirado da ementa elaborada pela Câmara dos Deputados.

    A notícia foi bem recebida pelo setor atacadista distribuidor, que já vinha articulando reuniões entre seus representantes e agentes do Governo Federal para entregar um parecer técnico sobre o PLP. Isto porque a medida impactará diretamente o setor, uma vez que criará um ambiente de negócios favorável ao investimento, aliviando parte dos custos de um dos setores que mais empregam no país.

    Devido a esta forte articulação política desempenhada pelas associações do setor junto aos representantes do governo, tal aprovação mostra a importância desta ação conjunta em prol de temas de interesse do mercado atacadista nacional, liderada principalmente pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD). Segundo a associação, a expectativa é continuar com o apoio e mobilização de filiadas e associados na defesa por outros interesses do setor, como o PL do Distribuidor e a permissão para a venda medicamentos isentos de prescrição no varejo alimentar.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    No início de agosto deste ano, a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad) assinou a criação de um canal digital de vendas para o setor atacadista e distribuidor, denominado Abastecebem.com.br. O marketplace deve entrar em funcionamento até o fim deste ano e já conta com cerca de 100 empresas interessadas na adesão.

    “Quanto mais atacadistas participarem, melhor será o desenvolvimento da ferramenta e mais vendas vão acontecer. Isso dará mais retorno ao parceiro tecnológico, fazendo com que ele invista ainda mais no espaço. É um círculo virtuoso. Quanto mais gente, melhor”, afirma o presidente da associação, Leonardo Miguel Severini.

    A conjuntura gerada pela pandemia e seu consequente distanciamento deixaram ainda mais evidente a importância da modernização na forma de comercializar os produtos. Por isso, o setor atacadista distribuidor vem se inserindo, de forma cada vez mais definitiva, no ambiente online de vendas, oferecendo uma nova forma de abastecer os mais variados lojistas. Ou seja, de acordo com a ABAD, o dono da loja de conveniência, por exemplo, poderá de conectar a uma única plataforma para abastecer toda a sua loja.
     
    Especialista do Setor: Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Neste mês de maio, a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD), em parceria com a consultoria Nielsen, lançou o novo Ranking ABAD/Nielsen 2021, com os dados do setor referente ao ano de 2020. Neste período, o setor atacadista distribuidor faturou R$ 287,8 bilhões, um avanço nominal de 5,2% em relação ao ano anterior. Em termos reais, contudo, houve um pequeno avanço de 0,7% ao descontar a inflação do período.

    Quanto à participação, tal desempenho representou 51,2% de tudo que foi comercializado pelo mercado mercearil brasileiro. Esta participação ficou pouco abaixo em relação ao que foi observado em 2019 (-1,8 p.p.) e reflete parte da perda resultante do fechamento de bares, restaurantes e lojas de cosméticos ao longo de 2020 em razão da pandemia. O peso do setor no abastecimento de supermercados, farmácias, padarias, mercearias e açougues, que permaneceram abertos, compensou a perda de faturamento com os pontos de vendas que ficaram fechados.

    “A queda demonstra a heterogeneidade do atendimento do canal indireto, que abastece supermercados, farmácias, padarias, mercearias e açougues, os quais permaneceram abertos, e também pontos de venda que ficaram fechados, de maneira significativa, durante bons períodos do ano passado. Essa venda perdida não se recupera. Não fosse o efeito substituição (de trocar, por exemplo, o alimento pronto pela produção caseira), a perda seria muito maior”, explica Nelson Barrizzelli, coordenador de Projetos da FIA – Fundação Instituto de Administração.

    Por fim, ainda de acordo com a Nielsen, responsável pela elaboração do estudo, os varejos tradicionais (com cobertura de 95% do setor) retraíram 0,4% e bares/restaurantes (85% atendido pelo atacado) apresentaram queda de 18,6% em 2020. Por outro lado, o segmento de farmacosméticos apresentou alta de 4,5%, e o de autosserviço pequeno teve crescimento de 10% no mesmo período. A nova edição do Ranking mostra também que os atacadistas de autosserviço são os que mais crescem, influenciados pela dinâmica de abertura de novas lojas e por estarem abertos num momento de pandemia, enquanto outros tipos de comércio permaneceram fechados. O crescimento da modalidade entre 2019 e 2020 foi de 24,9%, atingindo faturamento de R$ 64,7 bilhões.
     
    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    De acordo com estimativas preliminares da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD), o faturamento nominal do setor atacadista distribuidor apresentou um crescimento de 2,16% em dezembro de 2020 em relação ao mês anterior, devolvendo grande parte da queda observada em novembro (-2,69%). Com isso, o desempenho do setor encerrou o ano de 2020 com um crescimento de 4,29% em 2020, ficando acima do esperado pelas projeções da Lafis.

    Tal desempenho apresentou significativas variações ao longo do ano, com destaque para o mês de março, quando as vendas cresceram 14,85% em relação ao mês anterior. Isto pode ser explicado pelo início, a partir da segunda quinzena de março, do isolamento social como forma de impedir um maior contágio pelo Covid-19, fazendo com que as famílias recorressem aos supermercados e atacarejos para realizar compras de abastecimento, uma vez que a orientação das organizações de saúde era evitar ao máximo a saída da população às ruas. Neste sentido, cabe salientar que, em meio ao fechamento dos estabelecimentos comerciais presenciais, o comércio alimentício foi autorizado a funcionar devido ao seu caráter de essencialidade para o consumo das famílias.

    O reflexo de isolamento social mais rigoroso, com duração ao longo de todo o mês de abril, pôde ser observado no recuo mensal de 14,24% no volume de vendas do setor que, além da forte base de comparação, também sofreu com a queda na demanda dos demais setores abastecidos pelos atacadistas distribuidores, como bares e restaurantes.

    A partir do segundo semestre, porém, este desempenho foi normalizado frente à flexibilização das medidas de combate ao novo coronavírus, dentre elas a reabertura gradual do comércio físico e a volta do funcionamento, ainda que com restrições, dos restaurantes. Somado a isso, uma maior procura pelos pequenos e médios supermercados de bairro, chamados de comércio de vizinhança, devido à maior proximidade e comodidade em meio à insegurança sanitária, incrementou significativamente as receitas do setor atacadista distribuidor, uma vez que este é responsável pelo abastecimento destes estabelecimentos também.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Em agosto deste ano, o faturamento nominal do setor atacadista distribuidor recuou 0,36% em relação ao mês anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD), interrompendo uma sequência de três altas consecutivas nesta base de comparação (7,57% em maio, 2,24% em junho e 6,70% em julho). Apesar disso, o crescimento das vendas acumulado no ano de 2020 até o referente mês foi de 3,31%, mantendo a trajetória ascendente iniciada em maio (0,80%).

    Tal desempenho foi beneficiado pela característica de essencialidade desta atividade para a economia nacional, de modo que o setor foi autorizado a funcionar, tanto sob seu formato de atacarejo quanto sob a função de distribuidor, mesmo durante o período de isolamento social mais rigoroso e que determinou a suspensão de serviços e comércio presenciais e não essenciais em diversas regiões do País.

    Em meio a este cenário, bem como após a reabertura e retomada gradual destas atividades, o setor atacadista distribuidor se esforçou para manter tais estabelecimentos abastecidos, principalmente aqueles relacionados ao varejo alimentar, uma vez que tem sido um dos segmentos mais procurados pela população para compras de abastecimento diante das restrições na circulação de pessoas. Neste caso, destaque para o varejo de vizinhança, que cresceu como canal de compra preferencial das famílias, tendo em vista seu caráter de proximidade, conveniência e segurança, fatores considerados importantes em um cenário de pandemia. Com isso, o setor atacadista distribuidor segue exercendo sua função de manter tais canais abastecidos, contribuindo para o bom desempenho do varejo e, consequentemente, do setor em si.

    Por fim, contribuiu para este desempenho também o pagamento do auxilio emergencial, que ajudou a complementar a renda das famílias em meio a uma alta instabilidade no mercado de trabalho e, com isso, manteve o nível de consumo de cestas essenciais. Apesar disso, cabe destacar que o corte no auxílio emergencial no último quadrimestre deste ano exigirá do setor uma adaptação ao novo mix de compras das famílias, que buscarão alternativas diante de uma nova restrição orçamentária, com preferência por produtos com maior custo-benefício e ofertas, por exemplo.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Em 2019, 667 empresas do setor atacadista distribuidor participaram do Ranking ABAD/Nielsen 2020, elaborado pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD). A partir destes dados amostrais, a associação estima um faturamento total do setor de R$ 273,5 bilhões no ano passado, o que significa um crescimento nominal de 4,5% em relação a 2018. Em termos reais, contudo, houve um pequeno avanço de 0,19% ao descontar a inflação do período.

    Assim, o setor como um todo apresenta uma área de armazém de 5,2 milhões de m² e frota própria de veículos de 18,2 mil unidades, empregando um total de 180,2 mil pessoas, além de 19,1 mil vendedores diretos e 27,3 mil vendedores indiretos. Com este desempenho, o setor atacadista distribuidor foi responsável pela distribuição de 53,0% do que foi comercializado pelo varejo em 2019, um ano que somou R$ 516,2 bilhões. Desde 2005, o segmento vem conseguindo manter sua participação no total comercializado no mercado mercearil, sendo responsável pela distribuição de pouco mais da metade do valor comercializado pelo varejo anualmente. A sustentação de tal presença é explicada em grande parte pelo crescimento dos pequenos e médios varejistas, causado principalmente pela descentralização e interiorização da economia brasileira.

    Para 2020, porém, tal desempenho se dará em uma intensidade muito menor tendo em vista o cenário de pandemia instaurado no País desde o final do primeiro trimestre deste ano. Ainda que o setor atacadista distribuidor seja um dos poucos segmentos da economia a não sofrer tão drasticamente com as medidas de isolamento social, sendo beneficiado pela manutenção de suas atividades em razão do caráter de essencialidade, é importante ressaltar que o setor não está a salvo da crise econômica gerada pela pandemia.

    Além da tendência de redução nas compras de abastecimento e aumento na procura de itens apenas para reposição em meio à flexibilização das medidas de isolamento, a alta instabilidade no mercado de trabalho e o aumento expressivo no número de desocupados afetarão diretamente a renda das famílias, que se tornarão cada vez mais racionais e cautelosas quanto à expansão de seus gastos até o final do ano. Outro ponto de muita atenção para o setor atacadista distribuidor é a retomada das atividades abastecidas pelo setor, como bares e restaurantes. A reabertura gradual destes estabelecimentos ficará comprometida também pela disposição das famílias em consumir estes serviços nos próximos meses, uma vez que a renda encontra-se fragilizada neste contexto de pandemia.

    Desta forma, a Lafis espera que, em 2020, o faturamento nominal do setor apresente um crescimento igual a 0,8%, alcançando R$ 275,8 bilhões.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    De acordo com um levantamento realizado pela consultoria Kantar, 35% dos lares brasileiros pesquisados realizaram compras no atacarejo no primeiro trimestre de 2020, o que representou um crescimento de 4 p.p. em comparação com o mesmo intervalo do ano passado, ou seja, 2,2 milhões de novos lares passaram a comprar itens de cesta básica nos atacarejos neste período. Além disso, a pesquisa identificou que 75% das vendas de categorias como pão industrializado, salgadinhos, biscoito, refrigerante, leite UHT, filtro de papel, leite em pó, linguiça, creme de leite e açúcar foram realizadas neste canal.

    Este comportamento pode ser justificado pela atual crise sanitária provocada pela chegada do novo coronavírus (Covid-19) ao Brasil e que levou à tomada de uma série de medidas para impedir o avanço do vírus a um ritmo superior à capacidade de atendimento dos sistemas de saúde público e privado. Desta forma, diversos governos estaduais e municipais determinaram a suspensão de serviços e comércios presenciais e não essenciais, além da recomendação para isolamento social da população, evitando sair de suas casas, se possível.

    Tais medidas levaram a uma corrida das famílias aos supermercados e atacarejos a fim de abastecer suas dispensas com itens de primeira necessidade, como alimentos não perecíveis e produtos de higiene pessoal e de limpeza. Tendo em vista seu caráter de essencialidade, o atacarejo foi um dos formatos de estabelecimentos autorizados a manter suas portas abertas ao longo da quarentena, desde que seguindo orientações relacionadas à higienização do ambiente e lotação das lojas, o que contribuiu para elevar as vendas do setor, tanto em seus canais físicos como digitais.

    Por outro lado, porém, o setor atacadista distribuidor também é responsável pelo abastecimento de diversos estabelecimentos, como bares e restaurante, e que serão duramente afetados pelas medidas de isolamento, podendo implicar no seu fechamento e, consequentemente, na demissão em massa de diversos funcionários. As perdas, tanto do comércio em geral quanto do setor de serviços, já foram observadas nestas primeiras semanas de quarentena, conforme observado pela empresa Cielo. Segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), calculado com base nas transações realizadas pelos clientes da adquirente, o faturamento do varejo apresentou uma queda de 22,6% no mês em março deste ano, em relação ao mesmo período de 2019, enquanto bares e restaurantes viram sua receita cair à metade na comparação com um ano antes (-53,2% no mesmo período).

    Diante deste cenário, a Lafis revisou para baixo sua perspectiva de crescimento do setor atacadista nacional. Isto porque, mesmo com o crescimento significativo das compras de abastecimento em um curto espaço de tempo com o início do isolamento social, este ritmo de consumo tende a não se sustentar ao longo do ano: i) com o fim da quarentena, as famílias não precisarão repor, em grande quantidade, seus estoques; e ii) a crise econômica gerada por esta conjuntura levará a um crescimento do nível de desemprego, reduzindo o poder de compra das famílias.

    Especialista do Setor  Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    No início de dezembro deste ano, a Secretaria de Secretária Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, anunciou alteração na Norma Regulamentadora nº 16 e excluiu o adicional de periculosidade para caminhões fabricados com tanque suplementar e certificados por órgão competente.

    A medida foi bem recebida pelas empresas do setor atacadista distribuidor por entenderem que o tanque suplementar não representava um risco real aos motoristas e, portanto, o adicional de periculosidade era um custo desnecessário aos empresários. A revisão da norma foi possível graças à atuação da assessoria jurídica da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD) por meio do Comitê Agenda Política.

    Observa-se, portanto, a importância da atuação de tais associações junto ao governo para viabilizar medidas regulatórias que promovam um ambiente de negócios mais favorável à geração de novos investimentos ao longo da cadeia de distribuição no país. Neste sentido, outras medidas estão sendo discutidas com prioridade pelas autoridades do setor, como: i) regulamentação dos contratos de distribuição; ii) comercialização de Medicamentos Isentos de Prescrição no Varejo (MIPs); iii) marco regulatório de transporte e cargas perigosas; iv) reforma tributária; v) representante comercial; e, por fim, vi) adicional de periculosidade para motocicletas (ABAD, 2019).

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    De acordo com o levantamento realizado pela consultoria Kantar, a participação de mercado dos atacarejos cresceu 2,5 p.p. entre março e maio deste ano, enquanto formatos mais tradicionais, como os hipermercados e supermercados de vizinhança, apresentaram uma redução na participação no mesmo período (-1,2 p.p. e -0,5 p.p., respectivamente). Desta forma, os resultados confirmam a tendência de crescimento dos atacarejos como importante canal de compra no Brasil.

    Ainda que uma futura melhora no mercado de trabalho, bem como na renda, seja favorável à volta do consumidor aos supermercados de conveniência – o levantamento apontou para uma expansão de 2,1 p.p. na penetração deste formato no período – a procura das famílias por uma combinação entre preços baixos e embalagens com maior custo-benefício seguirá no curto e médio prazo. Isto porque o brasileiro, desde a crise de 2008, voltou a fazer compras de abastecimento, o que favorece a escolha pelas lojas de atacarejo.

    Diante desta preferência, a Lafis acredita que o setor atacadista seguirá com o processo de atualização e ampliação de seus serviços. Estas iniciativas incluem tanto a continuidade do processo de conversão de super e hipermercados em atacarejos, bem como a expansão das lojas em regiões ainda carentes deste tipo de comércio. Além disso, parte dos investimentos serão direcionados para a digitalização dos processos, visando a implantação de tecnologias que otimizem o desempenho de inventários e do controle de estoque.

    Especialista do Setor: Fernanda Rodrigues

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    De acordo com a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD), o faturamento nominal do setor atacadista cresceu 2,84% em fevereiro de 2019, acumulando uma alta de 3,82% no primeiro bimestre deste ano, ambos em comparação com o mesmo período do ano anterior. Na variação mensal houve recuo de 6,93% entre janeiro e fevereiro de 2019. Estes resultados apontam para uma recuperação gradual do setor diante de um consumidor mais racional, que ainda segue cauteloso, apesar dos sinais de recuperação econômica.

    A busca por preços mais baixos e maior custo-benefício levou as famílias brasileiras a realizar compras no modelo conhecido como atacarejo, uma mistura entre o varejo tradicional (hipermercados e supermercados) e o atacadista. Este comportamento sustentou o crescimento do setor supermercadista, já que, em 2018, o avanço de 12,8% nas vendas do atacarejo mais que compensou a queda em outros formatos, garantindo uma alta de 2,07% do setor como um todo (Nielsen, 2019).

    Líderes do setor e donos das redes atacadistas Atacadão e Assaí, respectivamente, os grupos Carrefour e Pão de Açúcar já divulgaram seu plano de expansão e, em ambos os casos, o foco é a expansão das lojas no modelo atacadista, seja pela modernização daquelas já existentes, quanto pela inauguração de novos empreendimentos. Tal otimismo leva em consideração a aprovação da reforma da previdência, acreditando-se que um ajuste fiscal viabilizará novos investimentos, gerando empregos para que as famílias retomem o nível de consumo observado no período pré-crise.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    De acordo com a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD), o setor apresentou crescimento real igual a 5,91% em outubro deste ano em relação ao mês anterior, após queda de 6,0% em setembro na mesma análise. Além disso, acumulou queda de 2,95% até outubro em comparação com o mesmo período de 2017, com perda de ritmo desde maio de 2018. Estes resultados mostram que o ano de 2018 tem sido desafiador para o setor atacadista nacional e que seu ritmo de recuperação tem se dado de forma mais lenta do que o esperado.

    A expectativa de crescimento nominal nas vendas de final de ano vem aumentando a confiança dos atacadistas para encerrar 2018 com resultado positivo. No setor supermercadista, por exemplo, um dos principais canais abastecidos pelo setor distribuidor, espera-se um crescimento igual a 10,0% nas vendas de final de ano em comparação com o mesmo período do ano passado (Abras). Além disso, as confraternizações de final de ano, como festas empresariais, amigo secreto e outras festividades, devem movimentar bares e restaurantes abastecidos pelo setor de distribuição.

    Desta forma, a Lafis espera que o setor atacadista mantenha sua rota de crescimento devido à procura de preços competitivos em relação ao comércio varejista, principalmente diante de um cenário: (i) de manutenção da taxa de juros em patamar reduzido, o que facilita a tomada de crédito pelas famílias estimulando seu consumo; (ii) de perspectiva de uma melhora, gradual, no mercado de trabalho; e (iii) de controle da inflação.

    Especialista do Setor Fernanda Rodrigues.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    No último dia 08 de agosto, entrou em vigor a nova norma de rastreabilidade de vegetais frescos. A medida tem como objetivo assegurar ao consumidor produtos vegetais sem irregularidades, tanto no uso de agrotóxicos, quanto contaminantes. Neste caso, produtores e/ou revendedores devem fornecer informações detalhadas sobre o produto e sua procedência, como nome, variedade, endereço completo, quantidade, lote, data de produção, fornecedor e identificação.

    Para isso, o setor nacional de distribuição realizou movimentações para se adaptar à nova norma. Uma delas foi o investimento em novas tecnologias de rastreabilidade, como etiquetas inteligentes e códigos bidimensionais capazes de armazenar informações descritivas dos produtos, muito mais detalhadas quando comparadas às simples etiquetas impressas.

    Desta forma, a padronização das informações de produtos vegetais facilitará a retirada de produtos irregulares do mercado e, com o auxílio destas novas tecnologias, tal processo poderá ser feito de forma muito mais ágil e com o mínimo efeito sobre o consumidor.

    Especialista do Setor  Fernanda Rodrigues.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Segundo a Euromonitor Internacional, o atacarejo no Brasil cresceu 11% em 2017, movimentando R$ 48,4 bilhões em vendas para o consumidor final, enquanto que o varejo alimentar (hipermercados, supermercados e lojas de conveniência) cresceu 3,7%. A previsão da consultoria aponta para um crescimento médio anual das vendas de 6% até 2022.

    A principal motivação para este crescimento pode ser explicada pelo movimento das grandes redes de supermercados tradicionais, para transformar parte de suas lojas no formato de atacarejo. Essa decisão foi baseada em um ambiente macroeconômico mais favorável ao consumo das famílias, com baixa inflação e queda nos juros ao consumidor, permitindo um aumento da confiança tanto do consumidor quanto dos empresários do setor, o que gera melhores perspectivas para 2018.

    Diante deste cenário, a maior rede supermercadista do Brasil, o grupo Carrefour, anunciou que manterá seus investimentos na implantação do modelo de multiformato. O plano estratégico, estruturado até 2022, contempla a abertura de 20 novas lojas da bandeira Atacadão e a conversão de 5 hipermercados para o modelo de atacarejo, ambas com início já em 2018. O objetivo do plano é promover uma simplificação da estrutura, além de obter ganhos de produtividade e competitividade. No último trimestre de 2017, o crescimento da empresa foi impulsionado principalmente pelas vendas nas lojas Atacadão, quando a divisão alcançou R$ 8,46 bilhões em vendas líquidas (crescimento de 6,8% em relação ao mesmo período de 2016), enquanto a área de supermercados gerou R$ 4,59 bilhões.

    Especialista do Setor  Fernanda Rodrigues.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Ao longo dos últimos 10 anos, o modelo de negócio denominado “atacarejo” ganhou espaço no mercado brasileiro principalmente pela mudança no perfil de consumo das famílias. Buscando uma maior economia, o consumidor passou a realizar compras de abastecimento, de maior volume, no atacarejo e aquelas de reposição (semanais ou diárias) continuam sendo feitas no varejo de vizinhança. De acordo com a Revista Super Hiper (2017), o atacarejo já conta com uma participação de 32,3% nos lares brasileiros e teve um crescimento, em 2016, de 14,8% no volume de vendas e 11,3% na receita, se consolidando como importante canal de abastecimento das famílias.

    Neste sentido, a fim de promover a diversificação deste modelo, bem como sua expansão e modernização para atender às mudanças no perfil do consumidor, o setor pretende manter ou até mesmo ampliar seus investimentos para os próximos anos. De acordo com o Ranking ABAD/Nielsen 2017, as áreas que devem receber maior volume de investimentos são as de tecnologias de gestão e de sistemas de informação, assim como investir na compra de empilhadeiras motorizadas, armazenagem e telemarketing. O foco das empresas é a eficiência operacional e gestão, capazes de garantir maior competitividade em tempos de crise.

    Especialista do Setor: Fernanda Rodrigues.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Em meio à crise, os varejistas buscando meios para atrair os consumidores às lojas. Uma das estratégias em alta desde o ano passado são as marcas próprias, que possibilitam ampliar a gama de produtos disponíveis a preços mais baixos. A estratégia de marketing é outro ponto de destaque na definição do plano estratégico.

    De acordo com a consultoria Nilsen, no ano passado 44% das famílias trocaram as marcas famosas pelos rótulos próprios disponibilizados pelas redes varejistas e do Atacado. Além disso, 77% delas admite que se houvesse maior variedade de itens aumentariam o volume de compras desses produtos. Pensando nisso, as grandes redes como GPA e Carrefour estão investindo em parcerias com fornecedores e melhoria na logística, visando obter o máximo de eficiência no sistema e convertê-lo em preços baixos ao consumidor final.

    Outro ponto relevante no comércio são as estratégias de marketing e a percepção de “quem” é seu público-alvo. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, nos Estados Unidos os chamados millennials – população entre 15 e 35 anos, também conhecida como Geração Y – já representam 26% da população consumidora. O comportamento desse público, segundo Terra, é multicomportamental e com fortes tendências culturais, rejeitando características típicas do mercado brasileiro, como filas, preenchimento de cadastros, entre outras. O uso de multicanais, como smartphones, lojas virtuais e redes sociais é predominante.

    Contudo, não se deve perder o foco no mercado de interesse como um todo. De acordo com uma pesquisa divulgada pela Mintel, 25% dos consumidores da Classe C afirmam prestar mais atenção na mídia tradicional, vinculadas em redes de TV, do que em anúncios online. Além disso, 20% dos entrevistados dizem pedir conselhos a amigos e familiares antes de efetuarem as compras, não dando atenção a propagandas, independente do meio de vinculação.

    Todas essas questões se apresentam como um desafio às empresas do Varejo e Atacado. Para alavancar as vendas em 2016 e evitar novas quedas no faturamento será necessário um mix de estratégias capazes de alcançar os diferentes segmentos consumidores, com foco nos perfis de consumo (gênero, idade, poder aquisitivo, entre outros).

    Analista Responsável: Robson Poleto


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    A tradicional ceia de Natal com amigos e familiares esta mais pesada no bolso dos brasileiros em 2015. Diante da crise econômica, redução da renda e aumento do desemprego, as famílias estão mais cautelosas com os gastos neste fim de ano. A falta de perspectiva clara sobre o futuro influenciam os cortes nos gastos supérfluos, o que incluí alguns itens tradicionais do cardápio natalino.

    Pensando nisso, varejistas em geral estão buscando novas maneiras de atrair os consumidores e incentivá-los a manter seus hábitos de consumo. Entre as estratégias, estão as promoções relâmpago e o pagamento parcelado para itens da cesta de natal. Isso possibilita ao consumidor manter os costumes sem comprometer sobremaneira a renda. Outra estratégia é a oferta de produtos próprios, que podem substituir as marcas famosas por um preço mais acessível.

    Varias redes , tanto do varejo quanto do atacado, estão adotando essas ações para atrair os clientes e tentar “salvar” as vendas de Natal. Mesmo com a alta tributação sobre os produtos natalinos – que em alguns casos supera os 50% do valor final – o importante é tentar convencer as famílias de que a crise econômica não deve subjugar as tradições. Existem boas alternativas para manter a comilança em família enquanto esperamos pelo “bom velhinho”.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    De acordo com a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), o faturamento bruto do setor atacadista reduziu 8,27% em setembro, comparado com o mesmo mês de 2014. No acumulado até o referido mês, a queda chega a 9,6% em relação a igual período do ano anterior. A crise econômica abalou a confiança do consumidor, bom como seus hábitos de consumo, e diante disso, resta aos atacadistas se “reinventar” para reduzir as perdas.

    Os dados do setor mostram que há meses o faturamento do setor atacadista distribuidor vem apresentando retração em comparação a 2014. Com aumento do desemprego e da inflação, somados à redução na renda média das famílias, os consumidores estão revendo suas cestas de consumo e cortando os gastos supérfluos, como lazer, e reduzindo os essenciais, como alimentação. Isso impactou diretamente os tradicionais clientes do atacado, os chamados “transformadores”, como restaurantes, mercearias e outras categorias de consumo de bens e serviços voltados às famílias.

    Com esse cenário ruim e a baixa expectativa de recuperação no curto prazo, os atacadistas devem buscar alternativas de manter o consumidor nas lojas, buscando negociações com fornecedores, disponibilizando opções mais econômicas de compra, e apostando nos “Atacarejos”, que tem apresentado crescimento nas vendas por conta dos preços mais baixos para o consumidor final em relação ao setor supermercadista convencional.

    Analista Responsável: Robson Poleto


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    Mesmo com a queda no setor de comércio – que concentra boa parte da demanda do Atacado – os Atacarejos mantêm taxas de crescimento significativas no primeiro semestre de 2015. O motivo por trás desse crescimento é o movimento de recomposição no perfil do consumidor deste segmento.

    Segundo dados da Nielsen, o Atacarejo – também conhecido como atacado Cash&Carry – apresentou entre janeiro a abril um aumento de 7,5% em volume de vendas e 5,8% em faturamento, já descontada a inflação do período. Este crescimento se deve a maior participação das famílias, que estão trocando os super e hipermercados pelos Atacarejos como forma de redução nos gastos domésticos, visto que a redução nos preços chega em média a 15%, segundo estimativas de mercado.

    Estes dados sinalizam a tendência de crescimento da participação do atacado de autosserviço no faturamento total do setor, podendo inclusive colaborar para contrabalancear as perdas em 2015 advindas da queda na demanda de comerciantes e transformadores em geral.

    Analista Responsável pelo Setor: Robson Poleto


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Acaba de ser formalizada a criação de uma nova associação representante do atacado de autosserviço, também conhecido como atacarejo. A Abaas (Associação Brasileira do Atacado de Autosserviço) surgiu com o objetivo de atender a demandas distintas entre os diferentes canais de comercialização, pautado na discussão que coloca em posição conflitante atacadistas e representantes do atacarejo. 

    A divergência ocorre na sugestão da Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) de tornar obrigatória a identificação do comprador do atacarejo, com a inclusão do CPF na nota fiscal. No momento, é permitido ao atacarejo vender sem a identificação, enquanto o atacado é autorizado vender apenas mediante a inscrição do CNPJ do comprador. O atacado tradicional é favorável à obrigatoriedade da identificação para a compra no atacarejo, pois acreditam que a falta desta acarreta em redução do faturamento dos atacadistas.  

    Dessa forma, a nova associação foi criada com o objetivo do segmento de autosserviço ganhar maior representatividade, e será composta por nove redes, sendo essas: Assaí, Atacadão, Makro, MartMinas, Maxxi, Roldão, Spani, Tenda e Villeforte. O movimento de criação da Abaas, reforça a importância que o atacarejo vem ganhando ao longo dos anos, o qual deve faturar R$ 47 bilhões em 2014, além de empregar 70 mil funcionários e composto por 400 lojas.     

    Analista do Setor Atacadista: Amanda de Brito Andriotta


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    Mesmo com as expectativas de crescimento reduzidas para o próximo ano no ramo de atacado, as grandes redes atacadistas e distribuidores brasileiros planejam manter os gastos com investimentos. A decisão tem como objetivo impedir que concorrentes ganhem espaço no mercado. Entre os projetos estão a abertura de novas lojas e centros de distribuição, renovação de frotas e melhorias em sistemas de tecnologia.

    Grandes redes já fizeram seus anúncios de investimento. O Grupo Martins, de Minas Gerais, anunciou investimentos de R$ 60 milhões em 2014, o dobro da quantia gasta em 2013 e projeta um crescimento nominal de 13% de sua receita, frente ao ano anterior. Já a Tenda Atacado, especializada no segmento de autosserviço, mais conhecido como "atacarejo", abrirá quatro lojas neste ano, prevendo alta de 10% a 15% no faturamento sobre o resultado de 2013.

    A manutenção dos investimentos ocorrem em um momento de mudanças na conjuntura setorial, com um desempenho do primeiro semestre abaixo das expectativas e com uma deflação no atacado que é uma das mais longas em 15 anos, quando analisadas as séries dos Índices Gerais de Preços (IGPs), com queda de preços tanto no atacado agrícola como industrial.           

    Analista do Setor de Atacado: Amanda de Brito Andriotta

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi

    Nos últimos dias, foram anunciados investimentos de importantes varejistas, direcionados, especialmente, à Região Nordeste.  O Magazine Luiza anunciou investimentos em 60 novas lojas na região, após um ano da aquisição das Lojas Maia, transação que marcou a entrada da varejista no mercado nordestino; as Lojas Americanas anunciaram abertura de novas lojas em Pernambuco (além do Mato Grosso do Sul), no âmbito do programa Mais Brasil; o Grupo Pão de Açúcar anunciou investimentos na sua primeira unidade da rede Assaí, braço atacadista do grupo, em Maceió (AL) e, por fim, o Walmart  inaugurou sua terceira unidade em Arapiraca (AL), após investimentos de mais de R$ 4 milhões. Nesse ínterim, é pertinente fazer algumas pontuações acerca do desempenho do comércio varejista na região, uma vez que a expansão dos investimentos no Nordeste reflete os bons resultados que tais redes vem obtendo nas suas atividades locais, além das perspectivas favoráveis quanto a este mercado nos próximos anos.

    Além da região,  os perfis dos investimentos anunciados também possuem contornos similares. Parte dos investimentos supramencionados busca maior proximidade com o "consumidor emergente", voltados, portanto, às classes C e D, por meio de uma maior capilaridade das suas redes de distribuição e atendimento. 

    Não é sem justificativa esse direcionamento das redes varejistas e distribuidores para a região. De acordo com dados do IBGE, em 2010, o volume comercializado no varejo apresentou crescimento de 10,0% na média nacional, enquanto, considerando somente as vendas no nordeste, a alta atingiu 16,9%. A mesma dinâmica pode ser observada quanto às receitas: enquanto os índices, na média nacional, apontam crescimento de 15,5% das receitas do varejo, somente no nordeste o crescimento foi de 22,9%, não obstante as taxas de inflação bastante próximas. Nos primeiros meses de 2011, tal dinâmica permanece: no nordeste, o volume de vendas e as receitas do comércio varejista apresentaram crescimento de 5,0% e 6,9%, respectivamente (média nacional: 2,2% e 3,5%, nessa ordem).

    O desempenho do comércio no Nordeste advém de diversos fatores que estimulam a demanda por bens de consumo na região. Podem ser considerados fatores determinantes para essa dinâmica a maior distribuição de renda verificada nos últimos anos, refletindo o aumento consistente do rendimento médio da população, menores índices de desemprego e a adoção de programas de distribuição de renda. Além disso, a alta propensão a consumir da população, grande parte devido à existência de uma forte demanda reprimida advinda de longos períodos de recessão no passado recente, estimula ainda mais o consumo na região, que deverá manter taxas de crescimento bastante favoráveis nos próximos anos.
     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Alexandre Favaro Lucchesi
    A Walmart, maior rede varejista do mundo e terceira maior no Brasil, quando analisado somente o mercado nacional, anunciou seu plano de investimento de R$ 1,2 bilhão para 2011, por meio de capital próprio. Esse montante será direcionado, principalmente, à abertura de 80 novas lojas nos 18 estados onde já atua. Concretizando-se os investimentos previstos, a rede contará com 560 lojas no país.

    A empresa espera crescimento nos cinco formatos em que atua: Hipermercados, Supermercados, Todo Dia (instalado em periferias e cidades pequenas), Maxxi (lojas de atacado) e Sams Club (rede clube de compras). Além da abertura das novas lojas, o investimento deverá abranger também a reforma de unidades antigas, melhorias no sistema logístico e de tecnologia. Ao todo, espera-se que tais investimentos gerem mais de 7 mil empregos diretos e mais de 20 indiretos.

    A ação possui, explicitamente, foco estratégico na classe média emergente, em plena expansão no país. No curto prazo, observam-se condições favoráveis de crescimento da demanda, embora menos intenso que o potencial, em virtude, essencialmente, do comportamento da inflação, bem como da trajetória da taxa de juros e das medidas de contenção do crédito que vêm sendo adotadas pelo Banco Central; estes últimos podendo afetar mais acentuadamente a venda de bens de consumo duráveis, como os eletroeletrônicos, cujas vendas são mais dependentes de crédito.

    As perspectivas macroeconômicas de longo prazo, tais como queda no nível geral de desemprego, inflação controlada, além da redução da desigualdade social, que amplia e diversifica a base de consumidores, contribuem para que sejam formuladas tendências bastante favoráveis para o setor de bens de consumo em geral, no médio e longo prazos, o que favorece consideravelmente a realização de investimentos desta natureza.