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  • agricultura, agrícola, economia, macroeconomia, agronomia, rural,  empresas do segmento agrícola, empresas do segmento agricultura
    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A Companhia Nacional de abastecimento (Conab) estima uma produção total de 295,45 milhões de toneladas de grãos para a safra de 2024/2025. Todavia, ainda não é possível avaliar precisamente o impacto quantitativo da catástrofe climática do Rio Grande do Sul no resultado geral da temporada.

    O que se sabe, por ora, é que a produção de arroz está projetada em 10,495 milhões de toneladas. No entanto, as intensas chuvas verificadas no Rio Grande do Sul, o principal produtor de grãos do país, resultarão certamente em perdas nas plantações. A extensão dos danos ainda está sendo calculada, mas estima-se que pelo menos 8% da área plantada no estado será afetada. Em outros estados, a colheita está progredindo bem devido à estabilidade do clima. Até o dia 5 deste mês, aproximadamente 80,7% da área cultivada no país já havia sido colhida. A qualidade dos grãos é considerada satisfatória, com rendimentos positivos em grãos integrais. A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) assegura que o abastecimento interno deve seguir sem grandes percalços.

    O relatório da Conab também estima uma safra de milho de 111,64 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 15,4% em relação ao ano anterior. A primeira colheita do cereal teve rendimentos mais baixos na maioria dos estados produtores devido às condições climáticas desfavoráveis. Quanto à segunda safra, as condições são diversas. Em Mato Grosso, as plantações estão se desenvolvendo bem, com boa disponibilidade de água. No entanto, em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e parte do Paraná, a diminuição das chuvas em abril resultou em estresse hídrico em várias regiões.

    Ainda segundo a Conab, caso as intensas chuvas no Rio Grande do Sul não tivessem ocorrido, a safra de soja atingiria o total de 148,4 milhões de toneladas. Contudo, a estimativa atualizada é de 147,68 milhões de toneladas, uma redução de 4,5% em relação à safra anterior.

    Por fim, vale mencionar que a produção de algodão apresenta boas perspectivas, com um crescimento esperado de 16,7% na área cultivada. Por outro lado, a cultura de trigo deve sofrer atrasos no Rio Grande do Sul exatamente por conta dos altos índices de precipitação. Embora seja ainda incerto apontar uma estimativa segura, é provável que haja uma redução da oferta interna já que o estado responde por cerca de 45% de sua produção.

     Especialista do Setor Henrique Pavan.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2024
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    O Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 apresentou crescimento de 2,9% e foi impulsionado principalmente pela agropecuária e pelo setor extrativo, de acordo com o IBGE. O destaque foi o recorde da agropecuária, com uma expansão de 15,1% dentro do PIB, atribuída ao crescimento da produção e ganho de produtividade na agricultura, especialmente nas lavouras de soja e milho. Esse setor representou um terço do crescimento da economia brasileira em 2023, impulsionado por condições climáticas favoráveis, preços de commodities altos e programas de transferência de renda.

    Apesar do desempenho positivo anual, o PIB do setor agropecuário teve uma queda significativa de 5,3% no quarto trimestre de 2023 em comparação com o trimestre anterior, divergindo das expectativas dos analistas. No entanto, em comparação com o quarto trimestre de 2022, o PIB agro permaneceu estável, contrastando com a expectativa de crescimento. As estimativas iniciais apontavam para um aumento anual de 16%, refletindo a importância e a volatilidade desse setor na economia brasileira.

    Além da agropecuária, as Indústrias Extrativas também contribuíram positivamente para o resultado do PIB de 2023, com um crescimento de 8,7%, impulsionado pela extração de petróleo, gás natural e minério de ferro. Esses dados destacam a influência significativa desses setores-chave na dinâmica econômica do Brasil no ano passado, fornecendo insights importantes para entender o desempenho global da economia.

    Especialista do Setor Henrique Pavan.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    As tensões geopolíticas que rondam o mundo vêm provocando aumento do preço das commodities, especialmente petróleo e grãos, além de fertilizantes. Se até o momento a disputa girava entre Rússia x Ucrânia, agora os olhos se voltam para o Oriente Médio (novamente!) e o ataque do Hamas contra Israel que desencadeou uma onda de violência história na região, não tem data para acabar.
    Se, de um lado, o agro comemorou o aumento das receitas até 2022, por outro, os ganhos atuais têm decorrido do aumento das quantidades exportadas e redução das importações, o que elevou historicamente o saldo comercial em 2023. A expectativa de novas altas de petróleo, fertilizantes e outras commodities ronda as mesas de negociações, pois a geopolítica continuará afetando os negócios, sem levar em consideração o prejuízo humanitário, acarretando perdas irreparáveis.
    No que se refere à produção, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado em setembro pelo IBGE, mostra que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve registrar novo recorde em 2023, totalizando 318,1 milhões de toneladas. O volume é 20,9% maior do que a safra anterior 2021/22, o equivalente a 54,9 milhões de toneladas a mais. A despeito dos conflitos em curso, o Brasil tende a se beneficiar de mais exportações de commodities que hoje já ocupam 64,5% da pauta nacional; no ano 2000, no período que compreende janeiro a setembro também, esses produtos pesavam apenas 26,3% nas receitas de exportações.

    Especialista do Setor Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2023
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A pandemia da COVID-19 causou uma reviravolta econômica sem precedentes em todo o mundo. Empresas de todos os setores enfrentaram desafios significativos, desde restrições de operação até mudanças nos hábitos de consumo dos clientes.

    Nesse cenário de recuperação, é crucial que as empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. E uma ferramenta valiosa para essa preparação estratégica é a análise setorial.

    Compreender as tendências do mercado, as mudanças de comportamento do consumidor e as demandas emergentes torna-se essencial para se posicionar de forma inteligente e competitiva.

    Este texto explora a importância da análise setorial como uma poderosa aliada das empresas na retomada econômica, e como a análise setorial pode ajudar as organizações a identificar oportunidades, mitigar riscos e tomar decisões informadas que impulsionem seu crescimento.

    Prepare-se para desvendar os segredos por trás da análise setorial e descubra como essa ferramenta estratégica pode levar sua empresa a um novo patamar de sucesso.

     

    Entendendo a retomada da economia e o papel da Análise Setorial

     

    Após um período desafiador de incertezas e instabilidades, a retomada econômica pós-pandemia já se tornou uma realidade.

    No entanto, é importante compreender que o cenário econômico atual é marcado por mudanças significativas nos comportamentos de consumo, nas dinâmicas de mercado e nas demandas dos clientes.

    As empresas que desejam se destacar nesse novo contexto precisam adotar uma abordagem estratégica, antecipando-se às transformações do mercado e se adaptando rapidamente. É aqui que a análise setorial desempenha um papel fundamental.

    A análise setorial permite que as empresas compreendam em profundidade o panorama do seu setor de atuação. Ela vai além da análise macroeconômica geral e mergulha nas especificidades de cada segmento, identificando as principais tendências, desafios e oportunidades que surgem durante a retomada econômica.

    Ao entender os fatores-chave que impulsionam o crescimento do setor, as empresas podem ajustar suas estratégias, reposicionar seus produtos e serviços e se adaptar às novas demandas dos consumidores.

    Além disso, a análise setorial ajuda as empresas a avaliarem a competitividade do mercado, identificando os principais concorrentes e suas estratégias. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias diferenciadas, encontrar nichos de mercado pouco explorados e conquistar uma vantagem competitiva.

    Em suma, a análise setorial permite que as empresas estejam à frente da curva, antecipando-se às mudanças do mercado e tomando decisões fundamentadas. Na próxima seção, exploraremos em detalhes como essa ferramenta valiosa pode ser aplicada de forma eficaz, fornecendo vantagens estratégicas e impulsionando o crescimento empresarial na retomada econômica pós-pandemia.

    A análise setorial desempenha um papel crucial na tomada de decisões estratégicas das empresas durante a retomada econômica pós-pandemia. Ela oferece uma visão aprofundada das tendências e mudanças que estão moldando o mercado, permitindo que as empresas compreendam o cenário em que estão inseridas e se posicionem de maneira estratégica.

     

    Benefícios da Análise Setorial para as empresas

     

    Ao adotar uma abordagem estratégica baseada na compreensão das tendências e mudanças do mercado, as empresas podem obter vantagens significativas. Vejamos alguns dos benefícios-chave da análise setorial:

     

    Identificação de oportunidades de crescimento: permite que as empresas identifiquem oportunidades emergentes e nichos de mercado pouco explorados – o que permite a possibilidade de direcionar seus recursos e esforços para o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, atendendo às necessidades específicas dos clientes.

     

    Tomada de decisões informadas: Com acesso a dados e informações precisas sobre o setor, as empresas podem tomar decisões estratégicas fundamentadas, permitindo que empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado.

     

     

    Vantagem competitiva: A análise setorial ajuda a identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, bem como as lacunas no mercado que podem ser aproveitadas. Isso permite que as empresas se posicionem de forma única, atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz do que seus concorrentes.

     

    Mitigação de riscos: auxilia na identificação de riscos e ameaças que podem afetar o desempenho das empresas. Ao antecipar esses desafios, as empresas podem desenvolver estratégias de mitigação adequadas e estar preparadas para enfrentar obstáculos.

     

    Aproveitamento das tendências de mercado: as empresas podem se adaptar de maneira proativa e capitalizar as oportunidades que surgem, ajustando-se rapidamente às mudanças nos comportamentos do consumidor, nas demandas de mercado e nas inovações tecnológicas.

     

    A análise setorial é uma ferramenta poderosa para as empresas que deseja estar sempre prontas aos desafios do seu mercado.

    Ao identificar oportunidades de crescimento, mitigar riscos, adaptar a estratégia de negócios e conquistar uma vantagem competitiva, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar no mercado e alcançar o sucesso.

    Lembre-se de que a implementação da análise setorial requer uma coleta cuidadosa de dados, análises aprofundadas e monitoramento contínuo. Além disso, contar com especialistas nessa área, como a LAFIS, pode fornecer um apoio valioso na interpretação dos dados e na orientação estratégica.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Os alimentos, assim como os combustíveis, têm sido os grandes vilões da inflação, como mostram os dados do IPCA divulgados pelo IBGE nos últimos meses. Embora os produtores tenham vantagens nas vendas, ampliando suas receitas, o repasse tem fôlego curto, especialmente num contexto de alto desemprego e renda reduzida. Por outro lado, é inviável para as transportadoras manter o custo do frete inalterado com tamanho aumento no preço dos combustíveis, já que, para as empresas, ele corresponde a cerca de 35% das despesas, podendo chegar a 50% para os autônomos.

    Segundo informações do Canal Agro, o agronegócio também precisa do diesel para o uso de diversos tipos de maquinário, como tratores, colheitadeiras e geradores de eletricidade. Sendo assim, o preço do combustível tem impacto direto nos custos de produção, que podem aumentar 90% no cultivo de grãos, de acordo com estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

    O movimento de alta nos preços, todavia, não é particularidade do Brasil, embora o país adote políticas como a do PPI que acabam pressionando ainda mais os custos. Mas há na economia global um forte desajuste entre oferta e demanda provocado pela pandemia de Covid-19 e pela guerra entre Rússia e Ucrânia, o que tem potencializado a inflação, especialmente de alimentos, pois trata-se de bens essenciais e de baixa elasticidade.

    Especialista do Setor Marcos Henrique


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2022
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    As tensões geopolíticas que rondam o mundo vêm provocando aumento do preço das commodities, especialmente petróleo e grãos, além de fertilizantes. Se, de um lado, o agro tem a comemorar pelo aumento das receitas, por outro, o aumento de custos deverá comprimir as margens reduzindo, em partes, a performance das empresas. O Brasil ocupa a quarta posição mundial com cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, sendo o potássio o principal nutriente utilizado pelos produtores nacionais (38%). Na sequência, aparecem o fósforo, com 33% do consumo total de fertilizantes, e o nitrogênio, com 29%. Juntos, formam a sigla NPK. Dentre as culturas que mais demandam o uso de fertilizantes estão a soja, o milho e a cana-de-açúcar, somando mais de 73% do consumo nacional.

    As expectativas para os próximos anos são positivas e reforçadas a partir do lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes, no dia 11 de março de 2022. O plano serve de referência para o planejamento do setor de fertilizantes para os próximos 28 anos (até 2050), com foco nos principais elos da cadeia: indústria tradicional, produtores rurais, cadeias emergentes, novas tecnologias, uso de insumos minerais, inovação e sustentabilidade ambiental.

    Desta forma, o setor agrícola deverá continuar seu desempenho positivo observado nos últimos anos, mas com sinal de alerta no que diz respeito à dependência de importações. As medidas recentes adotadas pelo governo federal são positivas, mas com efeitos que deverão se materializar apenas a longo prazo. Adicionalmente, inclui-se a questão ambiental neste jogo, pois a polêmica em torno de mineração em terras indígenas vem sendo intensificada, o que fez o próprio STF interferir no debate recentemente. Ou seja, há potencial para expansão sustentável do agro, mas nenhum caminho será fácil.

    Especialista do Setor Marcos Henrique


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado pelo IBGE estima que a safra de 2021 deverá alcançar 251,7 milhões de toneladas, sendo 2,4 milhões de toneladas inferior ao recorde do ano passado, de 254,1 milhões de toneladas. Entre as causas do declínio estão a falta de chuvas e também as geadas que ocorreram em algumas das principais unidades produtoras no final de julho. O milho foi a commodity mais prejudicada.

    Destaca-se também a expectativa de queda para safra de café para um total de 2,9 milhões de toneladas em 2021, o equivalente a 48,9 milhões de sacas de 60Kg considerando as duas principais espécies (arábica e conilon). Ao se confirmar tal projeção, a safra será 21,2% abaixo do registrado no ano passado reflexo, principalmente, da bienalidade negativa, um fator estrutural da produção. Adicionalmente, a geada na região do Sul de Minas Gerais, também contribuiu para a queda acentuada.

    Do lado positivo, mais uma vez, destaca o IBGE que “a produção de soja continua a elevar seus recordes. Com sua colheita já concluída, a leguminosa atingiu 133,8 milhões de toneladas, com aumento de 0,3% em relação ao que foi estimado no mês anterior e de 10,1% em relação à safra de 2020 – o equivalente a 12,2 milhões de toneladas.” Entre as unidades da federação, o Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,2%, seguido pelo Rio Grande do Sul (14,9%), Paraná (13,5%), Goiás (9,3%), Mato Grosso do Sul (7,7%) e Minas Gerais (6,1%), que, somados, representaram 79,7% do total nacional.

    Analista responsável Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Os produtores rurais tomaram R$ 249,5 bilhões em crédito rural na safra encerrada em junho, o que representa alta de 31% em comparação à safra anterior (2019/20), quando atingiu R$ 189,8 bilhões. O momento positivo para as commodities, associado à retomada da demanda mundial que se recupera da pandemia e a um Real que segue desvalorizado, contribuiu para as contratações, em especial às direcionadas a novos investimentos. Entre julho de 2020 e junho de 2021, foram contratados R$ 76,2 bilhões para ampliação da produção, 56% acima do observado no ciclo anterior.

    O resultado é explicado também pelas taxas de juros historicamente baixas e pelo aumento de recursos disponíveis. De acordo com matéria do Valor Econômico, “para custeio, foram emprestados R$ 135,5 bilhões, valor 26% superior aos R$ 106,9 bilhões liberados no ciclo 2019/20. Comercialização (10%) e industrialização (14%) também cresceram e encerraram a safra 2020/21 com contratações de R$ 25,4 bilhões e R$ 12,5 bilhões, respectivamente.” Deve-se destacar que o câmbio, embora favorável às exportações, impactou o custo de produtores agrícolas e pecuaristas, que precisaram de mais recursos para manter a atividade.

    Nesta semana também, o governo federal já permitiu o início das contratações de empréstimos para a próxima ciclo (2021/22). Cinco novas instituições fornecerão o crédito, totalizando 12 autorizadas, um número recorde para um mercado antes restrito às instituições públicas e cooperativas de crédito; agora bancos privados e estaduais também poderão conceder. De acordo com o governo, a entrada de novos operadores já produziu redução do spread médio da safra anterior para a atual.

    Com isso, a Lafis observa que os resultados positivos da safra passada deverão se estender para os próximos meses, adentrando em 2022 com números consideravelmente positivos. Fator de atenção, todavia, segue sendo os custos em dólar.

    Analista Responsável Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O Brasil vem obtendo safras recordes que se superam nos últimos anos e para a atual, 2020/21, não será diferente. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado pelo IBGE no final de março, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2021 alcançou mais um recorde, devendo totalizar 264,9 milhões de toneladas, 4,2% (10,7 milhões de toneladas) acima da obtida em 2020 (254,1 milhões de toneladas). A produção total deverá se estender por uma área de 67,7 milhões de hectares, o que representa um acréscimo de 3,5% em comparação à safra anterior (2019/20).

    Conforme destacado pela pesquisa, arroz, milho e soja, são os três principais produtos deste grupo, representam, somados, 92,9% da estimativa da produção e ocupam 87,9% da área a ser colhida. Para a soja, a estimativa de produção bateu um novo recorde: 131,8 milhões de toneladas, com alta de 8,5% frente a 2020. No ano passado, como resultado da pandemia, a pressão de demanda externa por alimentos produziu súbito aumento dos preços destas commodities aqui destacadas, afetando diretamente a cesta básica dos consumidores. Com a retomada parcial da atividade econômica, ao menos no exterior, associada à maior oferta de grãos, os preços deverão apresentar alguma acomodação internamente, a despeito do câmbio que seguirá desvalorizado.

    No que diz respeito às regiões do país que continuam dando maior contribuição, o Mato Grosso lidera, com uma participação de 27,2%, seguido pelo Paraná (15,8%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (9,7%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (6,4%), que, somados, representaram 80,7% do total nacional. Enquanto a região Centro-Oeste é responsável, em boa medida, pela produção de soja e pecuária, o Sul concentra a maior parte da produção de arroz e o Sudeste se destaca pela cana-de-açúcar e café. A distribuição regional das diferentes culturas reforça a capacidade do Brasil como produtor de alimentos com capacidade de atender a demanda interna e externa.

    Desta forma, torna-se evidente que, a despeito dos efeitos deletérios da pandemia sobre a indústria, comércio e serviços, a agropecuária continua sendo a tábua de salvação da economia brasileira, impedindo que os resultados negativos se aprofundem ainda mais.
     
    Analista responsável Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2021
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A safra nacional de grãos para 2021 deve ficar 9,0 milhões de toneladas acima da safra de 2020, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LPSA), o que representa uma alta de 3,5% sobre a safra passada. Pela estimativa de fevereiro, o total de cereais, leguminosas e oleaginosas gerado no país este ano deve atingir 263,1 milhões de toneladas. Em relação à estimativa de janeiro, a soja teve mais um ligeiro acréscimo (0,1%) e continua batendo recordes, devendo alcançar 130,4 milhões de toneladas.

    De acordo com o gerente de pesquisa do IBGE, Carlos Barradas, “embora o plantio da soja tenha atrasado este ano, em função da estiagem, a partir de dezembro, com a volta das chuvas, as lavouras se recuperaram na maior parte do país e a produtividade da leguminosa deve ser elevada. Os preços estão bastante favoráveis no mercado internacional e a demanda continua alta, por isso os produtores continuam ampliando as áreas de plantio dessa commodity pelo país.”

    Adicionalmente, destaca-se que o Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) encerrou 2020 com média 21,5% superior ao observado em 2019, com destaque para o índice que inclui apenas produtos agropecuários, que avançou 27,8% na mesma base de comparação. Em Agropecuária estão incluídos itens como: carne de boi, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco. Os preços das commodities, associado a uma taxa de câmbio desvalorizada, trazem vantagens importantes ao Brasil que se tornou nos últimos, um dos maiores exportadores de alimentos do mundo.

    Em última análise, cabe destacar que o resultado do PIB agropecuário divulgado recentemente pelas Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, confirmou a previsão da Lafis de crescimento de 2,0% para o setor no ano passado. Nesse sentido, a expectativa para 2021 segue em alta, tendo em vista o bom desempenho esperado para as lavouras e pelas exportações.

    Analista responsável Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    De acordo com boletim de safra da Conab em outubro, o Brasil poderá ter na próxima safra 2020/21 mais um recorde de produção de grãos. As cotações recorde de soja, milho e arroz de fato são a principal explicação para a expansão da produção, em grande medida influenciadas pela demanda chinesa; no caso do milho, de acordo com o órgão, os preços chegam a estar 100% acima da cotação observada um ano atrás, o que tem estimulado produtores ao plantio e também a novos investimentos. 

    No que se refere à área, a expectativa é que sejam cultivados 66,8 milhões de hectares, o que representa crescimento de 1,3% sobre a área da safra anterior. Desse total, 20,3 milhões de hectares são cultivados em áreas já cultivadas anteriormente na mesma safra, por exemplo, as culturas de segunda safra e de inverno, cujos plantios têm início a partir de janeiro, geralmente em áreas anteriormente cultivadas com soja. Mais uma vez, destaca-se o potencial do Brasil como maior produtor global de soja; a Conab estima para a próxima safra um novo recorde, agora de 133,7 milhões de toneladas, o que significa uma alta de 2,5% em relação à safra anterior.

    Outro indicador relevante que reforça as boas expectativas de produção, é a demanda por crédito agrícola. Entre julho (início do ano safra) e setembro, os desembolsos somam R$ 73,8 bilhões, uma alta de 28% em comparação aos três primeiros meses da safra anterior. No que diz respeito aos recursos para investimentos, o crescimento foi de 73% na comparação, para quase R$ 20 bilhões. Nas operações de custeio o incremento foi de 20%, para R$ 42,5 bilhões, e nas linhas de comercialização e industrialização também houve avanços. Assim, as perspectivas da Conab corroboram as estimativas da Lafis para o bom desempenho no campo, o que continua mantendo o setor em destaque.

    Especialista do Setor Marcos Henrique.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Os dados das Contas Nacionais Trimestrais divulgados pelo IBGE apontam o que era consenso entre mercado e governo, um forte recuo da produção no país no primeiro trimestre de 2020. Com as últimas duas semanas de março influenciadas pela paralização de comércio, serviços e algumas indústrias, o PIB recuou 1,5% em relação ao último trimestre de 2019, na série com ajuste sazonal; do lado da oferta, serviços que tem o maior peso e indústria recuaram 1,6% e 1,4%, respectivamente. A agricultura, porém, teve aumento de 0,6% na série ajustada e 1,9% na comparação com mesmo trimestre de 2019.

    Este resultado para o campo pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre, como a soja, e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida vis-à-vis a área plantada. No último relatório de projeções de safra (abril), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estimou uma safra total de grãos para 2019/20 em 251,8 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 4% em comparação à safra passada (2018/19) e um recorde em volume. 

    A área plantada também deverá se expandir significativamente, cerca de 2,9%, um incremento de 1,85 milhão de hectares. No que se refere à soja, principal produto exportado, o órgão estimou safra de 122,1 milhões de toneladas, 2 milhões a menos que na estimativa anterior, mas ainda assim um recorde para o grão. Ressalta-se ainda que o resultado positivo é esperado a despeito dos problemas climáticos na região Sul do país, importante produtora de soja. Do ponto de vista dos compradores do grão, processadoras chinesas de soja temem que o avanço do coronavírus por grandes países exportadores possam levar a uma nova escassez de oferta, com algumas plantas na maior compradora global da oleaginosa tendo de desacelerar operações. 

    Neste sentido, as exportações de soja apenas para a China deram um salto 28,5% nos primeiros quatro meses do ano, o que frustrou expectativas do produtor norte-americano. O país asiático antecipou suas compras, dado o perigo de travamento logístico nos países do continente americano que seguem com medidas de restrição à circulação; além disso, o câmbio favorável ao Brasil torna o produto deste país ainda mais competitivo. Nessas condições, a agropecuária brasileira deverá seguir na contramão da atividade econômica como um todo. Deve-se destacar, entretanto, que a atividade agropecuária pesa apenas cerca de 5,2% no cômputo do PIB global.

    Especialista do Setor Marcos Henrique 

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2020
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Na semana passada, EUA e China assinaram a primeira fase do tão esperado acordo comercial, em que o país asiático se comprometeu a comprar mais de US$ 200 bilhões de produtos norte-americanos (manufaturados, agrícolas, energia e serviços). O objetivo de Donald Trump é reduzir o expressivo déficit comercial com aquele país que, em 2018, atingiu US$ 420 bilhões. A demora na resolução do conflito tem aumentado a percepção de risco global, o que também tem produzido uma alta do dólar e uma menor expectativa de crescimento.

    O acordo ainda prevê mecanismos de proteção intelectual para resolução de patentes, redução de barreiras da China a serviços financeiros e o país asiático deverá permitir que empresas dos EUA participem da oferta de produtos destinados a seguro de vida, saúde e aposentadoria. Em contrapartida, Trump  cancelou, ainda em dezembro, tarifas programadas sobre celulares, laptops e brinquedos chineses, além de reduzir para 7,5% a tarifa de outros US$ 120 bilhões em produtos daquele país. 

    No que diz respeito ao Brasil, o sinal de alerta está aceso. Como parte do acordo entre os dois gigantes globais, barreiras comerciais para produtos agrícolas devem ser aliviadas na China, fazendo os EUA aumentarem sua participação neste segmento, exatamente onde o Brasil tem vantagens competitivas, além de ter transformado sua pauta comercial nas últimas décadas em uma pauta fortemente agrícola. Em 2019, pela primeira vez numa série histórica que tem quatro décadas, os produtos básicos tiveram maior participação nas exportações, com destaque para a soja, principal produto da agricultura brasileira cujo maior cliente, a China, é responsável por cerca de 75% da receita de vendas.

    Em contrapartida, com os EUA vendendo mais à China, é possível que se abram mais mercados para o Brasil, o que, por sua vez, também pode contribuir para redução da dependência em relação aquele país. Soma-se a isso, o cenário positivo que deve se seguir para a pecuária, com resultado positivo em 2019 puxado pela demanda chinesa e com boas perspectivas para este ano.  Portanto, ainda é cedo para pessimismo, mas deve-se acender o alerta com aumento da concorrência que virá, obrigando saídas diversificadas.

    Especialista do Setor Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    Principal parceiro comercial brasileiro, o país asiático transacionou com o Brasil em 2018 cerca de US$100 milhões, cifra recorde no comércio entre ambos os países. Entre promessas de acordos, os chineses pretendem seguir ampliando investimentos por aqui, especialmente no setor agrícola e, também, energético; nesse aspecto, o presidente ressaltou a importância da China na participação do leilão da cessão onerosa do Pré-Sal. Como todo país de indústria grande, os asiáticos estão atrás de fontes energéticas e o Brasil é um player relevante nesse aspecto.

    Além disso, seguindo o que já foi feito com Japão, EUA, Austrália e Canadá, o chefe do executivo prometeu isentar chineses e indianos de visto para turismo ou negócio no país, mas sem necessariamente haver reciprocidade na medida. Por um lado, o sinal é positivo na atratividade de estrangeiros, mas, por outro, a ausência de formalização de contrapartidas ao Brasil deixa nas conjecturas os benefícios decorrentes de tal medida.

    De modo geral, o comércio entre ambos os países segue aquecido. Os prêmios de soja voltaram a subir com a demanda do gigante asiático; em outubro 6 milhões de toneladas foram embarcadas e novembro já conta com 1,5 milhão de ton. para embarcar. Caso o ritmo de mantenha até dezembro, parte dos analistas estima exportações totais da oleaginosa acima dos 72 milhões de tons. Projetadas para 2019. Outra questão relevante destacada no encontro entre os presidentes é a assinatura de protocolos sanitários para liberação de farelo de algodão  e de carne termoprocessada, aumentando as vendas do Brasil.

    Analista do Setor Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2019
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A trégua na disputa comercial entre China e EUA, que deveria ser encerrada nesta sexta-feira (01/03), irá se estender. De acordo com agências de notícias internacionais, os chineses ofereceram comprar US$ 30 bilhões a mais em produtos agrícolas dos EUA. Nesse bloco estão incluídos gêneros que vão da soja - principal produto de exportação brasileira – à carne, o que tem deixado preocupado todo setor agropecuário nacional, inclusive a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que já alertou o presidente Jair Bolsonaro.

    Após alta de 33% na receita derivada de exportações de soja em 2017, o ano passado foi marcado por mais uma alta expressiva, de 29%. Em 2018, o Brasil exportou um total de US$33,3 bilhões de soja em grão, sendo a China, sozinha, responsável por aquisição de 82,4% desse volume. A UE, que ocupa o segundo lugar, foi responsável por 6%. Todo o complexo de soja (grão, farelo e óleo) foi responsável por uma receita de US$ 41,0 bilhões, equivalente a 17% do volume total exportado pelo País em 2018.

    Nesse sentido, é possível compreender a preocupação tanto do governo quanto das associações como, por exemplo, a Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), que estimam perdas para o setor ao redor de US$ 5,5 bilhões. A diplomacia brasileira, que até o momento não tem se mostrado muito hábil, terá de redobrar esforços para garantir mercados, sobretudo no que tange a um setor tão importante para o País, seja na produção ou até mesmo como sustentação política dentro do Congresso Nacional.

    Especialista do Setor  Marcos Henrique

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A CONAB divulgou, no último dia 11, o terceiro levantamento para safra de grãos. No documento, a companhia informa que a safra esperada para 2018/19 deverá ser recorde, atingindo cerca de 238,4 milhões de toneladas. A safra anterior (2016/17) que também era estimada a safra recorde em 238,7 milhões de toneladas, acabou fechando o período em 237,6 milhões de toneladas. Entre as principais causas, destacam-se as condições climáticas que têm sido favoráveis a diversas culturas.

    Principal grão, a soja, com forte concentração na região Centro-Oeste, deve atingir 120,1 milhões de toneladas, 1,8% acima da safra passada. A melhora constante na produtividade, associada à expansão da área destina ao produto e a disputa comercial entre China e EUA, a despeito da trégua recente, têm sido fatores estimulantes ao produtor brasileiro. Já o milho, segundo maior grão em termos de importância, deve atingir 91,1 milhões de toneladas, tendo expansão de 0,8% na área plantada.

    Outra cultura relevante que vem demonstrando destaque neste ano é o algodão. Com alta de 17,8% sobre o período anterior, o produto deve atingir 2,4 milhões de toneladas de pluma, estimulado pelas cotações interna e externa. O café, por sua vez, importante e tradicional cultura nacional, vem apresentando resultados positivos em termos de produtividade e exportações, embora esteja em ciclo de bienalidade negativa.

    Especialista do Setor Marcos Henrique.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Em comunicado recente, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), estimam quedas para Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio Brasileiro em 0,62% em abril de 2018 e em 1,73% no acumulado entre janeiro e abril deste ano. Os cálculos consideraram quedas de 5,9% no segmento primário e 1,37% em agrosserviços no mesmo período acumulado. Já nos segmentos industrial e de insumos, estimam alta de 0,79% e 0,77%, respectivamente.

    Dois movimentos contribuíram para o resultado negativo. Por um lado, os baixos preços agrícolas atuam sobre o resultado do setor primário (dentro da porteira), em grande medida, derivados da alta produção de 2017 que estendeu seus efeitos pelos primeiros meses deste ano. Por outro lado, no setor pecuário, que de acordo com a Cepea/Esalq tem experimentado quedas mais intensas (2,4% em abril e 4,7% no quadrimestre), sofre impactos internos e externos. 

    Internamente, a demanda ainda é baixa, tendo em vista a alta taxa de desemprego; externamente, as restrições impostas pela Rússia à carne brasileira e pela UE às aves são componentes que contribuem ainda mais para dificultar a retomada do setor. Neste sentido, o documento se encerra com projeção de crescimento do PIB agro agregado de 3,42% em termos nominais, consideravelmente abaixo dos 13% de 2017.

    Especialista do Setor Marcos Henrique.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O banco de desenvolvimento anunciou recentemente disponibilidade de R$ 20,4 bilhões para investimentos na safra agrícola de 2018/19. O recurso é equivalente a 50% do valor direcionado ao setor e, além disso, anunciou cerca de R$ 100 milhões para despesas de custeio.

    O Plano Safra divulgado pelo governo em junho, compreende soma de R$ 194,37 bilhões e pode ser acessado entre 1º de julho de 2018 e 30 de junho de 2019. De acordo com o governo, cerca de R$ 151,1 bilhões vão para o crédito de custeio, sendo R$ 118,8 bilhões com juros controlados e R$ 32,3 bilhões com juros livres. O crédito para investimentos ficou em R$ 40 bilhões. Neste sentido, o crédito adicional do BNDES vem complementar as necessidades crescentes de investimento do setor, fortemente mecanizado e dependente de tecnologia.

    O Banco também participará do Plano Safra da Agricultura Familiar 2018/19 com R$ 3,34 bilhões. Os recursos são voltados para investimento e custeio. Fonte importante de produção de alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, a agricultura familiar aguarda recursos para dar continuidade à produção crescente. Assim, o apoio dado pelo BNDES tende a fomentar ainda mais a produção do setor e garantir recursos para financiamento das pequenas propriedades. 

    Especialista do Setor  Marcos Henrique.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O USDA divulgado hoje (29/03) traz as perspectivas de produção dos agricultores norte-americanos, com destaque especial para as colheitas mais importantes – soja, milho e trigo. De acordo com o relatório, as áreas plantadas como milho e soja para a safra 2018/19 devem ser menores em relação ao ciclo anterior. A estimativa para a soja é de que a área atinja 36 milhões de hectares, sendo que na temporada 2017/18 foi de 36,5 milhões; quanto ao milho, espera-se uma queda para 35,6 milhões de hectares, vindo de uma safra de 36,2 milhões. Entre as possíveis razões para a queda, de acordo com especialistas, está o fato de o setor atingir o menor nível de renda este ano em mais de uma década.

    A menor produção nos EUA afetará na queda da oferta global, o que produzirá alta nos preços que, por sua vez, tende a beneficiar o produtor brasileiro, um dos mais importantes do mundo. O aumento na produção de soja estimado pela Conab em 3,4% para 113 milhões de toneladas em 2018/19 reflete, em partes, as condições climáticas favoráveis, mas a contribuição via preço também pode ser positiva. Já o milho brasileiro deverá sofrer retração de 17,5% na primeira safra e 7,8% na segunda, resultado da queda na área plantada.

    Nesses termos, em que pese uma previsão de queda para produção total de grãos no Brasil da ordem de 4,9% em 2017/18, é preciso lembrar que o país acabou de vir de uma safra recorde na história, o que mantem a produção em patamar elevado.

    Especialista do Setor Marcos Henrique.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2018
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O USDA divulgado hoje (29/03) traz as perspectivas de produção dos agricultores norte-americanos, com destaque especial para as colheitas mais importantes – soja, milho e trigo. De acordo com o relatório, as áreas plantadas como milho e soja para a safra 2018/19 devem ser menores em relação ao ciclo anterior. A estimativa para a soja é de que a área atinja 36 milhões de hectares, sendo que na temporada 2017/18 foi de 36,5 milhões; quanto ao milho, espera-se uma queda para 35,6 milhões de hectares, vindo de uma safra de 36,2 milhões. Entre as possíveis razões para a queda, de acordo com especialistas, está o fato de o setor atingir o menor nível de renda este ano em mais de uma década.

    A menor produção nos EUA afetará na queda da oferta global, o que produzirá alta nos preços que, por sua vez, tende a beneficiar o produtor brasileiro, um dos mais importantes do mundo. O aumento na produção de soja estimado pela Conab em 3,4% para 113 milhões de toneladas em 2018/19 reflete, em partes, as condições climáticas favoráveis, mas a contribuição via preço também pode ser positiva. Já o milho brasileiro deverá sofrer retração de 17,5% na primeira safra e 7,8% na segunda, resultado da queda na área plantada.

    Nesses termos, em que pese uma previsão de queda para produção total de grãos no Brasil da ordem de 4,9% em 2017/18, é preciso lembrar que o país acabou de vir de uma safra recorde na história, o que mantem a produção em patamar elevado.

    Especialista do Setor  Marcos Henrique.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ontem, 10 de outubro, o primeiro levantamento da safra 2017/18. A estimativa de intenção de plantio para a próxima safra de grãos é resultado de pesquisa feita pela Conab nos principais centros produtores de grãos do país, entre 24 e 29 de setembro e aponta uma redução na produção.

    De acordo com a Conab, a produção de grãos da safra 2017/18 será entre 224,1 a 228,2 milhões de toneladas e sofrerá, portanto, uma queda entre 6 e 4,3% com relação à safra 2016/17, que teve resultado recorde ao produzir 238,5 milhões de toneladas. Esta supersafra foi resultado de condições climáticas altamente favoráveis à produção de grãos e que dificilmente se repetirão. Portanto, a queda da produção é, além de esperada pelos players do setor agrícola, compreensível.

    A área plantada deve ser mantida, ou sofrer elevação de até 1,8% frente à safra 2016/17, o que significa que a queda na produção será consequência da redução da produtividade média para quase todas as culturas.

    Entre as culturas, o relatório destaca o aumento da área plantada para soja, tanto pela maior liquidez que esta vem oferecendo aos produtores, como pela sua possibilidade de maior rentabilidade, dada a recuperação dos preços internacionais observada em 2017. A Lafis projeta leve acréscimo para a produção de soja em 2018, cerca de 1,3%, e o desempenho do setor continuará em alta, com crescimento das exportações brasileiras e faturamento nominal de 7,9% em relação a 2017. De acordo com a Conab, a produção de soja e milho deverão corresponder à 89% do total da produção agrícola na próxima safra.

    Por fim, entre os impactos de uma redução significativa da produção na safra agrícola de 2017/18 está o aumento do preço dos grãos, que consequentemente elevará o faturamento do setor, que pode beneficiar-se ainda mais caso o câmbio se mantenha desvalorizado. A Lafis apresenta uma perspectiva mais neutra para a produção total de grãos em 2018, com perspectivas de estabilidade na produção, e um aumento do faturamento do setor de aproximadamente 2,0%. 

    Especialista do Setor: Beatriz Araujo.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2017
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O IBGE realizou o seu Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) referente ao ano de 2017, o que veio a confirmar a expectativa de crescimento da produção de grãos projetada pela Lafis e pelo mercado.

    O crescimento deverá girar em torno 16,1%, atingindo 213 milhões de toneladas. Esse crescimento só será possível devido ao avanço nos preços de commodities como a Soja e Milho e a melhora das questões climáticas, que acabaram prejudicando a produção em 2016. Confirmando esse número, será o recorde de produção na agricultura brasileira, o que deverá impulsionar o faturamento e os ganhos de produtividade do setor.

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O PIB registrou queda de 2% no segundo trimestre de 2016 na comparação com o trimestre anterior, sendo que o esperado pela Lafis era um crescimento de 0,2%. Essa queda só mostra a extensão que os problemas climáticos trouxeram para a agricultura brasileira. 

    No começo de janeiro a expectativa era de que a safra de grãos apresentasse um resultado recorde em comparação com 2015, muito devido aos aumentos na produção de soja e uma queda menos intensa na 1ª safra de milho – mas que seria compensada pelo aumento na produção da 2ª safra. 

    No entanto, com o excesso de chuvas em janeiro/fevereiro na região Centro-Oeste a colheita de soja ficou prejudicada, com milhares de hectares perdendo a qualidade, o que ocasionou a queda na produção. No caso da 2ª safra do milho, com o tempo seco de abril adiante o desenvolvimento da cultura ficou prejudicado, o que também derrubou a produção. Como ambas as culturas, juntamente com o arroz, correspondem a mais de 80% da área plantada no Brasil, o PIB agrícola acabou sendo afetado. 

    O esperado é que o impacto desta quebra continue impactando o PIB até  o final de 2016, tendo em vista que a única cultura que deverá apresentar impactos positivos é o trigo, mas que apresenta pouca expressão na produção geral de grãos. Assim, com esta queda no PIB, estima-se que o faturamento do setor de grãos seja ainda mais impactado que o esperado em junho, principalmente por que a 2ª safra de milho já está sendo confirmada como inferior ao esperado anteriormente.

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A produção de trigo e milho tiveram a sua projeção reduzida para 2016 nesta semana, de acordo com a secretária de agricultura paranaense, o que deve  afetar substancialmente a produção geral de grãos no estado.

    A queda é reflexo de um problema que vem afetando as principais regiões produtoras de grãos do país, o clima seco. A produção de milho em questão é referente a 2ª safra do ano, que já havia sido afetada em julho/junho. Para trigo é a primeira grande revisão negativa do ano, já que era esperada uma produção maior. Mas ainda assim a produção de trigo deverá ser 1% acima do observado em 2015.

    Assim, um dos maiores produtores agrícolas do País, o Paraná, deverá sofrer com queda da produção de milho e trigo, o que deverá impactar consideravelmente o faturamento dos setores de agricultura geral e trigo em 2016.

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    No ano de 2015 o Brasil vivenciou um período de fortes chuvas na região Centro-Sul, dado o fenômeno do El Niño, o que acabou trazendo alívio para as culturas da região e para o abastecimento de água. Já na região Norte/Nordeste o fenômeno trouxe forte seca, piorando a situação hidrica das regiões. No entanto, com a La Niña é esperado que a situação se inverta em 2016, já que o fenômeno já se mostra como inevitável para este ano.

    É esperado que ocorram secas na região Centro-Sul e fortes chuvas no Norte-Nordeste, o que deve prejudicar o desenvolvimento de algumas culturas, como soja, trigo e milho no Centro-Sul. Já na região Nordeste/Norte a forte chuva deve ajudar na colheita de Cana-de-Açúcar, mas deve prejudicar as culturas mais regionais.

    Assim, o fenômeno deverá impactar negativamente a Agricultura em todo país, tendo em vista que este é o período em que diversas culturas estarão em desenvolvimento (Crescimento dos grãos), como a soja e milho. 

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2016
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Após a redução na produção da primeira safra de milho em 2015, os preços do grão cresceram internamente, incentivando a ampliação da produção na segunda safra. No entanto, com a falta de chuvas observada em abril deste ano, é esperado que a produção de milho na segunda safra seja bem menor que o esperado.

    Regiões do Centro-Sul estão sofrendo com a escassez de chuvas observadas ao longo do mês de abril, sendo que a projeção é que a escassez continue acontecendo no mês de maio, sendo agravada pela queda na temperatura.

    Assim, apesar da melhora dos preços, que incentivou o aumento do plantio, o clima deverá prejudicar consideravelmente a produção da segunda maior cultura de grãos do Brasil, o que deverá reduzir o faturamento do setor de Agricultura Geral, podendo, inclusive, levar a oferta de grãos geral a cair, após quase uma década de crescimento seguido.

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino Theodoro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O Brasil conta com uma das maiores produções de grãos do planeta, sendo que em algumas culturas o país figura como um dos maiores produtores. No entanto, segundo o IBGE, é esperado uma queda na safra de grãos para 2016, mesmo com o grande aumento de produtividade alcançado nesta década.

    O setor com maior produção de grãos de país, a soja, deverá apresentar novo crescimento. Porém, a produção brasileira de grãos é, majoritariamente, composta de soja, arroz e milho, sendo que os dois últimos podem, de acordo com o IBGE, apresentar queda na produção de 2016. O caso mais relevante é o milho, que deverá apresentar queda na área plantada devido a dois anos seguidos de queda nos preços do milho. A queda na produção de milho já ocorre  a mais de três anos, dado a queda nos preços do milho e a forte demanda externa por soja.

    Assim, apesar do crescimento da safra da soja, as quedas expressivas na produção do milho e de arroz, ainda que em intensidade menor, deverão impactar negativamente a safra agrícola em 2016. Os impactos serão sentidos no faturamento do setor em geral e no PIB agrícola em 2016.

    Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2015
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O governo federal anunciou nesta segunda-feira (22) a liberação de R$ 28,9 bilhões para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2015-2016. O anúncio ocorreu em uma cerimônia no Palácio do Planalto.

    A quantidade disponibilizada é considerada como fundamental para uma prática que gera boa parte dos ganhos no setor de agricultura. O valor é superior ao estabelecido no ano passado, o crescimento dos recursos disponíveis foi de 2%.

    O pacote do Plano Safra da agricultura familiar foi bem recebido pelos produtores, bem como o Plano Safra normal, já que com o momento de dificuldades fiscais do governo o setor esperava que os recursos fossem ser reduzidos, o que poderia afetar o faturamento do setor. 


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2014
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A  Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep) realizou um levantamento alarmante onde evidencia-se que somente 13,8% da área para cultivo no Brasil possui seguro rural, algo em torno de 9,6 milhões de hectares de área com seguro, do total de 69,2 milhões de hectares de área para plantio.

    O seguro rural no Brasil é auxiliado pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), do Ministério da Agricultura. O programa prevê uma ajuda financeira para reduzir os custos da contratação do seguro com as seguradoras credenciadas pelo ministério.

    A falta de contratação de seguro rural no Brasil só reflete a vulnerabilidade do setor, que devido a problemas crônicos como esse, passa sempre por fortes ciclos de crises que poderiam ser evitadas. Em países como os Estados Unidos a taxa de acesso ao seguro rural ultrapassa 80%, o que acaba minimizando as perdas no faturamento para diversos setores da agropecuária norte-americana.

    Analista do Setor de Soja: Ricardo Quirino Theodoro

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou investimentos de R$ 500 milhões até 2015 na construção e reforma de silos, visando ampliar a estrutura e a capacidade de armazenamento público. Espera-se que o investimento leve a uma expansão em cerca de 43% da capacidade de estocagem, saindo dos atuais 1,96 milhão para cerca de 2,81 milhões de toneladas.

    O montante será direcionado à construção de 10 novas unidades e reforma de outras 80. A determinação, feita pela própria presidente, Dilma Roussef, é aumentar a capacidade estatal em regiões-chave do ponto de vista logístico, visando acelerar o escoamento da produção agrícola no território nacional. As reformas devem ampliar em 34 mil toneladas a capacidade de armazenamento dos Estados do Nordeste. Tal investimento visa complementar o Plano Safra 2013/14, que disponibilizou R$ 5 bilhões para o financiamento da construção de silos privados.

    Essa decisão ocorre diante dos problemas gritantes de armazenamento e logística apresentados na última safra. De fato, a baixa capacidade de armazenagem acentuou as deficiências logísticas e reduziu consideravelmente a rentabilidade da supersafra de 2013. Além disso, foi constrangedor o abastecimento insatisfatório dos estados do Nordeste durante a seca no início do ano, por falta de estrutura para acomodar os produtos. 

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Será construída uma ferrovia que irá ligar o município de Maracaju (MS) ao município da Lapa (PR), percorrendo uma extensão de mais de mil quilômetros. Pertencente ao Programa de Investimentos em Logística (PIL), o empreendimento demandará cerca de R$ 9 bilhões em investimentoss

    Tal ferrovia trará grande ganho logística para a Região Centro-Sul, maior produtora de soja do país, ligando-a  ao Porto de Paranaguá (PR), fazendo conexão com a Ferrovia Norte-Sul (FNS) e com a Hidrovia Tietê-Paraná, além de trazer grande impulso ao desenvolvimento tanto para o Paraguai, para o Paraná, quanto para o Mato Grosso do Sul.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2013
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A Valor da Logística Integrada (VLI),  empresa pertencente ao Grupo Vale responsável pela execução do conceito de logística integrada formado por mina, ferrovia e porto, anunciou que irá investir, entre 2013 e 2017, cerca de  R$ 9 bilhões em portos e ferrovias, além da construção de três armazéns.

    O plano é adaptar e expandir o conceito de logística integrada para o transporte de carga geral e não mais exclusivamente para a exploração de minério de ferro. Com isso, a Vale espera ampliar seus negócios em transporte de grãos, especialmente a soja.  

    Tal estratégia da Vale deverá se refletir favoravelmente nos custos do setor agrícola nos próximos anos ao facilitar o escoamento dos produtos. Atualmente, os preços dos fretes tem sido pressionados pela demanda gerada pela safra recorde de grãos e pelo reajuste dos preços do diesel, chegando a atingir alta de 60%, em algumas regiões. De fato, as deficiências na logística e transporte e armazenamento tem provocado perdas que chegaram a R$ 1 bilhão de janeiro a maio de 2013, segundo estimativas do Imea-MT. 

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O Plano Agrícola e Pecuário, anunciado em fins de junho pelo Governo Federal apresentou importantes novidades para o agronegócio brasileiro. Com expansão nominal de recursos da ordem de 7,5% com relação ao anterior (totalizando R$ 115,2 bilhões) e com redução média de 18,5% na taxa de juros, o programa é exaltado pelo Governo como o maior da história até o momento.

    Do montante total disponível, a maior parte dos recursos serão destinados ao financiamento de custeio e de programas de comercialização (R$ 86,9 bilhões), significando uma expansão de recursos da ordem de 8,3% ante a safra anterior. Deste total, cerca de 81,2% serão financiados com juros controlados, elevação desta modalidade de aproximadamente 10% na mesma base de comparação.

    Já os valores disponíveis para investimento apresentaram expansão mais módica perante os aumentos com custeio e comercialização e totalizaram R$ 28,3 bilhões (expansão de 4,8% ante a safra anterior). Nesta modalidade, a participação dos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aumentou para cerca de 70,6%, totalizando R$ 20 bilhões.

    O anúncio do "maior e melhor" Plano Agrícola da história, nas palavras do Ministro da Agricultura é, de fato, relevante para que o setor mantenha o fornecimento de alimentos no mercado doméstico além de conservar a competitividade do setor no mercado internacional. A despeito disto, os recursos disponíveis para investimento (máquinas agrícolas, irrigação e armazenagem) poderiam ser maiores dado o gargalo, principalmente de armazéns que o país possui.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Um grupo ainda não identificado, composto por empresas brasileiras e internacionais, anunciou investimentos de R$ 250 milhões para a construção de uma indústria de processamento de milho em Nova Mutum (MT). As obras devem ter início em 2013 e as atividades industriais em 2014, as quais deverão processar 400 toneladas de milho por dia além de produzir aproximadamente 300 toneladas de amido.

    A cidade mato-grossense tem recebido grandes aportes, principalmente no setor agropecuário, em virtude dos grandes benefícios que a cidade oferece, que vão desde incentivos fiscais e qualidade de vida (3º IDH do estado), até a disponibilidade de boa infra estrutura logística tanto para comércio doméstico como para vendas internacionais - acesso ao porto de Santarém via BR-163 e à Ferrovia de Integração Centro Oeste que passará por Lucas do Rio Verde (aproximadamente 90 km de Nova Mutum).

    O milho tem sido o destaque na produção de grãos do Brasil em 2012 podendo apresentar expansão na produção de aproximadamente 20% com relação a 2011. Como importante elo entre a agricultura e a pecuária - uma vez que o milho é importante componente da ração animal - investimentos na indústria de processamento do cereal tendem a fomentar aportes dos segmentos dependentes do produto o que pode gerar impulsos na economia regional e nacional.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Em busca de agregar maior valor à produção agrícola através de aportes na agroindústria e também melhorar e ampliar a capacidade de armazenagem, a Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná) irá investir R$ 1,15 bilhões entre junho de 2012 e junho de 2013. A previsão é que este aporte crie mais de 5 mil vagas de empregos diretos.

    Os mais diversos segmentos de atuação da cooperativa serão contemplados neste plano de investimentos. A industrialização do milho receberá R$ 64 milhões para construção e ampliação de processadoras; as indústrias esmagadoras de soja deverão receber R$ 33 milhões; em moinhos de trigo, o montante deverá chegar a R$ 118 milhões e a armazenagem, logística e pesquisas deverão receber algo em torno de R$ 670 milhões.

    A maior parte do montante investido pela Ocepar reflete uma preocupação nacional do agronegócio: as deficiências tanto de armazenagem como de logística enfrentadas pelos produtores brasileiros. Investimentos feitos pela iniciativa privada apenas amenizam este gargalo que deveria ser tratado com maior urgência pela esfera pública.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A multinacional Cargill irá investir US$ 200 milhões em sua nova fábrica na cidade de Castro (PR), que será voltada para a produção de derivados do milho. A nova planta brasileira produzirá xarope e amido de milho para uso em bebidas e alimentos, além de produtos utilizados na formulação de alimentos para pets e outras rações animais. 

    O montante constitui um dos maiores aportes em investimentos previstos para 2012 da empresa no mundo e está em linha com o objetivo da companhia, que é consolidar seus negócios na América Latina, se beneficiando do crescente consumo dos países emergentes. 

    O preço do milho encontra-se em patamar bastante elevado no mercado internacional, ainda mais, espera-se uma safra (de inverno) recorde este ano no Brasil, além da expansão da área plantada esperada nos Estados Unidos. Portanto, o investimento da Cargill mostra que a empresa têm tentado aproveitar o bom momento vivido pelo cereal, além de expandir seus negócios no Brasil.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2012
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Em busca de agregar maior valor à produção agrícola através de aportes na agroindústria e também melhorar e ampliar a capacidade de armazenagem, a Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná) irá investir R$ 1,15 bilhões entre junho de 2012 e junho de 2013. A previsão é que este aporte crie mais de 5 mil vagas de empregos diretos.

    Os mais diversos segmentos de atuação da cooperativa serão contemplados neste plano de investimentos. A industrialização do milho receberá R$ 64 milhões para construção e ampliação de processadoras; as indústrias esmagadoras de soja deverão receber R$ 33 milhões; em moinhos de trigo, o montante deverá chegar a R$ 118 milhões e a armazenagem, logística e pesquisas deverão receber algo em torno de R$ 670 milhões.

    A maior parte do montante investido pela Ocepar reflete uma preocupação nacional do agronegócio: as deficiências tanto de armazenagem como de logística enfrentadas pelos produtores brasileiros. Investimentos feitos pela iniciativa privada apenas amenizam este gargalo que deveria ser tratado com maior urgência pela esfera pública.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A fusão entre a Brasil Ecodiesel S.A e a Vanguarda Participações S.A foi aprovada, mas, ainda depende da ratificação da Assembléia Geral Extraordinária (AGE) do primeiro grupo. É pouco provável a não aprovação que criará a maior empresa agrícola do Brasil, em hectares plantados, superando a SLC Agrícola.

    Haverá ganhos de sinergia com esta operação que vai desde a diminuição da dependência da Brasil Ecodiesel da sua produção quase exclusiva de biodiesel até o aumento na capacidade de processamento de produtos vegetais e maior flexibilidade na venda de grãos e de produtos finais. As terras da nova empresa estarão distribuídas por quatro estados: Mato Grosso, Goiás, Bahia e Piauí - isto reduz também as chances de problemas climáticos.

    O setor agroindustrial brasileiro vem a cada ano ganhando maior relevância na economia brasileira. O Brasil vem ano após ano apresentando aumentos na produção de grãos que abastecem tanto o mercado interno como o mercado externo. A criação de gigantes neste setor tende a aumentar a eficiência produtiva e logística do setor o que pode aumentar tanto a produtividade nacional como a competitividade no mercado internacional.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Um gigantesco projeto, avaliado em R$ 4 bilhões, da chinesa Chong Qing Grain Group, deverá ser colocado em prática no oeste da Bahia. Alocados em tal projeto estão a construção de um complexo industrial de processamento de soja, uma processadora de fertilizantes e um sistema de armazenagem e logística de grãos. A primeira obra do projeto, a processadora de soja, deverá ser iniciado a partir de maio.

    A processadora será instalada na cidade de Barreiras em um terreno de aproximadamente 100 hectares doados pela prefeitura do município. A capacidade de esmagamento desta nova planta será de 1,5 milhão de toneladas de soja, praticamente 50% do total produzido pelo estado (3,1 milhões de toneladas). A capacidade de refino está estimada em 300 mil toneladas de óleo e contará ainda com condições de armazenamento de 400 mil toneladas de soja.

    Um dos maiores mercados consumidores de grãos do mundo, a China mostra-se cada vez mais preocupada em garantir o fornecimento destes produtos ao seu mercado interno. Novos investimentos em diversas regiões do planeta na construção de complexos industriais e armazéns de grãos não só garantem este fornecimento como afastam questionamentos de que os chineses só teriam interesse na compra de terras para a produção sem nenhum investimento industrial nestes países.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2011
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A trading japonesa Mitsui que possui investimentos nos mais diversos setores da economia brasileira e é uma das maiores importadoras de oleaginosas do Japão, fechou acordo para adquirir por US$ 225 milhões, a participação de 44,2% que a CHS, cooperativa norte-americana, possui na brasileira Multigrain. Somado ao que a empresa japonesa já havia investido anteriormente, diretamente na companhia brasileira, totaliza a soma US$ 459 milhões; desta forma, a Mitsui assumiu controle de 88,4% da empresa.

     A aquisição da multinacional japonesa vai de encontro com a estratégia definida meses atrás de expandir seus investimentos no setor de alimentos e um dos locais requisitados seria o Brasil, "celeiro agrícola mundial". Os planos da Mitsui se apóiam na crescente demanda por alimentos no mundo, principalmente na Ásia, que é vista como um grande mercado já no curto prazo.

     As perspectivas de aumento na demanda por alimentos principalmente na Ásia, América Latina e África e a fartura de terras agricultáveis não utilizadas no Brasil tende a atrair a atenção de importantes empresas do setor de commodities agrícolas, tanto nacionais como multinacionais, na busca por investimentos que visem elevar a ofertar de produtos para atender esta crescente procura.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Uma das maiores processadoras e comercializadoras de soja do Rio Grande do Sul, a Camera Agroalimentos resolveu investir para que seus produtos industrializados tornem-se a maior fonte de faturamento do grupo. Além disso, planeja também, a incorporações de plantas como a que ocorreu em São Borja para beneficiamento de 54 mil toneladas de arroz por ano.

     No âmbito dos produtos industrializados, a empresa já prevê ampliação da recém inaugurada usina de biodiesel. Esta usina opera com soja, canola, girassol e gordura animal. A empresa decidiu ampliar seus investimentos neste setor por dominar totalmente a cadeia produtiva, desde a aquisição do grão até a produção do óleo bruto. Este processo consumirá R$ 55 milhões. Outros R$ 10 milhões foram usados para ampliar a capacidade de produção de óleo de soja e canola além de R$ 5 milhões utilizados em tecnologia da informação. Ressalta-se que o grupo também tem forte atuação na industrialização e comércio de trigo e milho. 

     A empresa ainda possui planos de expansão como ocorrido na aquisição da planta em São Borja. Soma-se a esta o arrendamento por quinze anos das unidades de armazenamento e operações de comércio de grãos e insumos da cooperativa Cotrisa; a compra em Agosto da cerealista Irmãos Marquetto que trabalha com soja e arroz.

     O bom momento vivido pela agricultura nacional com recordes de produção de grãos, as boas condições de crédito, apesar dos juros serem ainda bastante elevados, possibilitam que grupos nacionais façam aportes tanto para comprar empresas como ampliar suas unidades para incremento da produção. As perspectivas de contínuo crescimento tanto da economia como do setor agrícola tende a motivar novos investimentos no setor.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2010
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    A francesa Bauche Energy e a inglesa Greenergy anunciaram a formação de uma joint venture para importar o álcool anidro brasileiro. O objetivo da nova empresa será de garantir a distribuição do combustível para o mercado europeu. A Bauche terá 30% de participação na nova empresa, enquanto a Greenergy ficará com 70%. Sem divulgar os valores da operação, a expectativa para o primeiro ano de operação é embarcar cerca de 350 milhões de litros. A criação da organização está alinhada com a perspectiva de expansão da demanda futura do mercado europeu, pois a mistura obrigatória de 3,75% de álcool anidro na gasolina atualmente, poderá chegar a 10% nos próximos anos. 

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
     Frente aos efeitos negativos enfrentados pela agroindústria brasileira em consequência do cenário de crise internacional, o Governo Federal informou dia 16/04 a liberação de R$ 12,6 bilhões para o setor.
     A distribuição dos recursos beneficiaram principalmente a indústria de máquinas e equipamentos agrícolas, cooperativas agropecuárias, frigoríficos e estocagem de álcool. A liberação está marcada para ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no próximo dia 30.
     As condições iniciais do financiamento, diante do cenário de escassez do crédito, parecem atrativas. De acordo com o informado a estrutura das operações terão juros de 11,25% a.a., com mais 4,0% de spread bancário. Os prazos para as empresas contratarem vai até o final de 2009 e o fluxo de pagamento atenderá um prazo de 24 meses, mais a carência de um ano.
     A necessidade do crédito para o setor se acentuou desde o último trimestre de 2008, quando os efeitos da crise internacional iniciou um processo de retração das linhas de financiamentos dos principais agentes atuantes do setor. Com isso, empresas e agricultores dependentes de capital de giro neste período sofreram graves consequências. O resultado foi evidenciado com a abertura de falências de várias agroindústrias e aumento do desemprego no setor.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
     Não foi preciso esperar mais um trimestre para observarmos a inversão nos dados positivos da Agricultura Brasileira. De forma surpreendente a terceira estimativa do IBGE reduziu a projeção da Safra 2008/09 em 6,5%, dado que representa uma trajetória de aumento de 0,8 p.p. em relação a segunda estimativa. Com isso a estimativa da safra de grãos para 2009 aproximou-se de 136,5 milhões de toneladas, com um área estimada de 47,1 milhões de hectares.
     Além do clima favorável, a distribuição das chuvas favoreceram as regiões produtoras nos últimos 2 meses. Pelo informe dos técnicos do IBGE estes fatores são os maiores responsáveis pelo crescimento da safra atual.
     Com isso o Brasil poderá apresentar a segunda melhor safra em termos de produção da história, perdendo apenas para a safra 2008 que atingiu o volume de 144,13 milhões de toneladas.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    Diante das ações tomadas para o combate da crise internacional pelo Federal Reserve (Banco Central Americano) nos últimos dias, as cotações das commodities iniciaram um rally de alta. Tal movimento possue forte correlação com a expectativa da retomada da atividade econômica e a proteção do consumo das famílias que estas ações podem causar.
    A maior alta verificada foi a do cacau que subiu 5,7% negociado na Bolsa de Mercadorias de Nova York. Porém outras commodities também acompanharam o movimento como o trigo que emplacou uma alta de 4,7% para os contratos de segunda posição com vencimento em julho, geralmente os mais líquidos.
    Outro grão que entrou forte nas mesas de negociçãos foi o milho que obteve a maior alta em sete semanas e a soja caminhou para o maior retorno semanal. A base para tal processo de alta refere-se a compra de US$ 1,5 trilhão em títulos podres e também em títulos do tesouro.
    Com isso o Fed busca injetar liquidez na economia e limpar do mercado os títulos podres do mercado financeiro.Desta forma o mercado espera que estas ações ajudem a alavancar a demanda por alimentos, rações e biocombustíveis.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Empresas do setor e agricultores sentiram na pele as taxas cobradas pelo principal agente financeiro do setor. O Banco do Brasil justificou o aumento das taxas cobradas devido ao aumento do risco do calote motivado pela crise financeira internacional.
    Mesmo descapitalizados, as empresas observaram um aumento do spread médio do BB de 7,3% em relação ao 3º trimestre de 2008; no quesito rentabilidade o banco obteve ganhos de 14,2% para um aumento no volume de crédito de 11,2%.
    O interessante a ser frisado refere-se a pressão que o Governo Federal vem travando com os principais bancos para a redução do spread e aumento/manutenção do volume do crédito da economia para suportar os efeitos da crise. Porém, no momento em que as empresas e agricultores mais precisam de ajuda ou condições mais favoráveis para continuarem operando, agentes do setor financeiro operam na ponta negativa.
    De acordo com o Balanço Anual do BB divulgado na semana passada, o banco explicou que a alta é reflexo da "necessidade de maiores despesas com provisões para fazer frente a uma possível deterioração do cenário econômico no decorrer de 2009". Para a mesma explicação o banco utilizou para o aumento dos spreds dos financiamentos agrícolas em 7,6%.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Se já não bastasse os efeitos da crise financeira internacional se alastrar para os diversos setores econômicos, a combinação do desajuste entre custos e preços e fatores climáticos negativos impactaram negativamente na renda do setor agropecuário nos EUA, Brasil e Argentina. Somadas, as perdas poderão ser superiores a R$ 80 bilhões em 2009, conforme notas divulgadas pelas principais associações dos três países.
    Conforme o USDA, Departamento de Agricultura Americano, o faturamento dos agricultores norte-americanos deverá atingir o patamar do ano-safra de 2003, com queda de 20% no lucro líquido do setor.
    Já os agricultores argentinos terão uma queda na safra em 2009 por volta de R$ 28 bilhões, segundo a Confederações Rurais Argentinas (CRA). A situação dos agricultores argentinos é a mais delicada em relação aos outros países destacados. Além de estar sofrendo com a pior seca dos últimos cinquenta anos, os agricultures estão sofrendo um impasse político com o governo de Cristina Kirchner referente às medidas tomadas nos últimos meses.
    Para os agricultores brasileiros a renda do setor deverá sofrer uma queda de R$ 10 bilhões para alguns analistas mais otimistas, porém existem estimativas que apontam para uma queda de até R$ 20 bilhões para o setor. Segundo a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) o principal impasse para os produtores está sendo o estancamento de financiamento das tradings, que foram responsáveis por cerca de R$ 60 bilhões na safra passada. Este recurso não existe mais para os produtores, conforme apontou a CNA.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    O resultado geral da balança comercial agrícola em 2009 deverá sofrer desaceleração e com isso menos Dólares entrarão no país. Essa desaceleração é reflexo da queda da demanda e dos preços no mercado internacional.
    Mesmo com os desajustes da oferta devido à estiagem na China e nos principais países produtores em jan/09, que pressionaram para cima os preços em relação a dez/08, as cotações dos principais grãos selecionados (milho, soja e trigo) na média ficaram 24,5% menores que jan/08. A soja, sozinha, apresentou uma queda de  20,3%.
    De acordo com o IEA (Instituto de Economia Agrícola) em jan/09 as exportações agropecuárias do Estado de São Paulo caíram 8,8%, no comparativo com jan/08, o que representou cerca de US$ 100 milhões a menos para o saldo do Estado. Cenário adverso também presenciado por outro Estado de peso do setor agropecuário brasileiro, o Rio Grande do Sul: suas exportações agregadas (indústria e agropecuária) caiu 39% no período analisado.
    Projetando uma queda em 2009 de 18% das cotações e consumo inalterado em relação a jan/09 para os principais produtos agropecuários, a balança comercial do setor poderá perder US$ 20,0 bilhões, refletindo um saldo comercial total entre 0 a US$ 5,0 bilhões.
    Com isso, alguns analistas apontam prováveis pressões no câmbio no decorrer do ano. De fato, o cenário para o setor não é dos melhores, mesmo que existam aumentos pontuais nos preços correlacionados com problemas na oferta. Um leve aumento na demanda mundial seria essencial para equilibrar as contas do setor.

    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    Contrariando estimativas de vários analistas, dentre elas a divulgada por grandes bancos afirmando que o setor passaria por uma crise amena, a agricultura sofrerá forte queda da produção em 2009.
    Em linha com a estimativa da Lafis, o IBGE divulgou no dia 05/02 através do seu Levantamento Sistemático de Produção Agrícola dados referentes da safra 2009. Nela o instituto estimou uma produção de 134,7 milhões de toneladas; comparada com a safra do ano de 2008 esta estimativa é 7,6% menor. Com isso, se a estimativa se confirmar será uma das piores crises do setor.
    Dos produtos selecionados e de maior expressão para o setor, apresentaram as maiores quedas: café em grão (-15,9%), milho em grão 1º safra (-14,8%) e 2º safra (-10,6%), soja em grão (-3,6%), trigo em grão (-15,5%) e algodão em caroço (-16,8%).
    Os motivos da queda da produção agrícola correspondem ao cenário originado pela crise financeira internacional em 2008 e à estiagem que algumas importantes regiões agrícolas estão passando. Entretanto, o efeito mais devastador é a queda da renda do setor.
    Produtores fortemente descapitalizados e endividados, canal de financiamento e crédito restringido, estiagem e queda dos preços - Este é o cenário que pertuba o sono dos agricultores, diz um dos produtores de milho do Estado do Paraná à Lafis.
    Porém, um dos determinantes mais importantes para o setor aparentemente segue firme se sustentando, que no caso são os preços das principais commodities agrícolas. O desajuste da oferta que já ronda as expectativas dos analistas sugere sustentação das cotações dos principais grãos no mercado internacional em 2009.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    Janeiro pode ser marcado por uma inversão nas tendências dos preços dos grãos. Os contratos mais líquidos dos derivativos de grãos negociados na CBOT (Chicago Board of Trade) exerceram certa pressão nas cotações desde meados de dezembro de 2008.
    De acordo com os gráficos de milho e soja (venc. mar/09) a tendência formada está correlacionada aos desajustes na oferta, uma vez que os principais produtores estão passando por problemas internos. No cenário de nov/08 os analistam apontavam fortes quedas nos preços em 2009.
    A Argentina está sofrendo com a falta de chuva nas principais regiões produtoras e com o pouco apoio governamental devido à crise política entre o governo de Cristina Kirchner e os agricultores.
    No Brasil a situação também é crítica. Ajustes no crédito agrícola e a estiagem em regiões importantes como o Rio Grande do Sul contribuem para a pouca oferta de grãos em 2009. A queda das commodities agrícolas iniciada no meio do segundo semestre de 2008 atingiu em cheio as expectativas de plantio dos agricultores brasileiros, pois coincidiu com o início e preparação do plantio que ocorre na maioria das regiões a partir de setembro.
    Sem pressões alarmantes pelo lado da demanda, devido à fase ruim da economia internacional, o ajuste do preço das commodities agrícolas está sendo orquestrado pela lado da oferta. Caso o cenário da oferta não melhore nos próximos meses deverá ocorrer mais pressões de alta nas cotações. Neste momento, a alta dos preços agrícolas é tudo que o mundo não precisa.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2009
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    A última estimativa da Conab para a safra brasileira de grãos, dia 09/01, apontou uma queda de 4,9%. A estimativa alinhou-se com a projeção do ministro da agricultura, Reinhold Stephanes, que na primeira semana de janeiro apontou uma safra 5% menor. Com uma visão mais pessimista, a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) divulgou uma queda de até 10%.
    Mesmo que alguma destas previsões venham a se concretizar, uma afirmação é certa: 2009 será um ano difícil para o setor agropecuário. Nesta conjuntura, a renda do setor sofrerá forte contração. Empresas e produtores ligados ao setor apresentaram forte descapitalização e maior dependência das linhas de créditos. Como resultado do efeito negativo, a economia dos municípios dependentes do setor tendem a apresentar forte retração.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    Diante do cenário atual da crise financeira internacional e da dificuldade de captação de recursos no mercado financeiro, no dia 14/10, o governo reviu as estimativas de recursos disponíveis para a agricultura por meio da exigibildade para o crédito rural.
    Segundo o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, no lançamento Safra 2008/2009, o governo calculava que os depósitos à vista, de onde são retirados recursos para o financiamento agrícola, teriam um crescimento que não tem ocorrido.
    Desta forma, o Conselho Monetário Nacional (CMN), em reunião extraordinária, decidiu aumentar a exigibilidade de aplicação no setor agropecuário, elevando de 25% para 30% o direcionamento obrigatório de recursos de depósitos à vista para financiar a safra 2008/2009, o que injetará a quantia de R$ 5,5 bilhões para o crédito rural.
    Essa medida, que vale do dia 1º de novembro de 2008 até 30 de junho de 2009, foi tomada ao mesmo tempo em que o Banco Central anunciou a redução da alíquota do compulsório sobre os depósitos à vista, que passou de 45% para 42%.
    Com isso, o governo, o BACEN e o CMN tentam minimizar os impactos negativos da crise na produção da nova safra, evitando também de certa forma, riscos inflacionários.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    No último dia 8, foi confirmada pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a colheita de uma safra recorde de grãos, resultado de maiores investimentos e boas condições climáticas.
    Segundo o último levantamento realizado pela CONAB (que utiliza o ano agrícola para a análise), a produção do ano safra 2007/2008 deverá apresentar um volume 9,2% superior ao do ciclo anterior. Para o IBGE (que leva em conta a produção do ano civil), a estimativa da safra de 2008 deverá ser de um volume 9% acima do ano anterior.
    Dentre as culturas em destaque, para a CONAB, estão o milho, que registrou um volume 14% superior ao da safra passada, a soja, com crescimento de 2,8% e o trigo, com expansão de 71,2%. Apesar da alta significativa da colheita do trigo, a quantidade ainda não é suficiente para abastecer o mercado interno. Os maiores Estados produtores foram o Paraná, com 21,1% da produção, Mato Grosso, com 19,7%, Rio Grande do Sul, com 15,6% e Goiás, com 9,1%.
    Este cenário consolida o agronegócio como um dos principais protagonistas da economia brasileira em um momento em que as cotações internacionais atingiram altas significativas, apesar de nas últimas semanas o mercado estar registrando um arrefecimento, atingindo as commodities como um todo.


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan

    Foi anunciado no início de julho pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, o Plano Agrícola e Pecuário 2008/2009. Com um volume de crédito previsto para R$ 78 bilhões (R$ 8 bilhões a mais que na safra anterior), sendo R$ 65 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 13 bilhões para a agricultura familiar, este aumento da oferta de crédito, do seguro rural, com taxas de juros mantidas a 6,75% ao ano, prevê um aumento de produção brasileira de grãos na ordem de 5% na safra de 2008/2009, com relação à safra de 2007/2008, para 150 milhões de toneladas.
    Entre as medidas do plano, destacam-se também, o aumento dos estoques públicos, em 300%, de 1,5 milhão para 6 milhões de toneladas e o reajuste do preço mínimo de produtos essenciais, como o trigo, milho, arroz e feijão.
    Considerando que a inflação brasileira é decorrente da forte demanda mundial de alimentos, espera-se, desta forma, que o aumento da produção agrícola evite um desabastecimento e uma disparada ainda maior nos preços, sendo uma das soluções para combater esta crise da inflação.
     


    • Autor
      Lafis
    • Ano
      2008
    • Categoria
    • Analista Responsável
      Henrique Pavan
    Na semana passada, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, suspendeu as exportações de aproximadamente 500 mil toneladas de arroz dos estoques públicos, que totalizam atualmente cerca de 1,4 milhão de toneladas. Paralelamente, anunciou a realização de leilões semanais a partir de 5 maio, com o intuito de conter a elevação dos preços no mercado interno na época de entressafra e, ainda, considerou adotar, em situações extremas de desabastecimento, medidas de restrição às vendas externas totais.
    O Brasil não é um exportador de peso no mercado internacional do grão, tendo vendido externamente, em 2007, apenas 350 mil toneladas das 13 milhões de toneladas produzidas. Mas, recentemente, com a queda nos estoques mundiais de arroz aos menores níveis desde 1984 – equivalentes a 17% do consumo, quando o seguro é de 20% – e com a expansão da safra concentrada no Rio Grande do Sul, as vendas externas ganharam impulso e mais que dobraram no primeiro trimestre.
    Os preços internos vêm sofrendo a influência das cotações internacionais. Em doze meses, o grão valorizou-se 150% na Tailândia, principal produtor mundial. Apenas no último mês, o preço da saca de arroz no Rio Grande do Sul aumentou 46,2%. Vêm contribuindo para a elevação dos preços internos a drástica redução das importações da Argentina e do Uruguai.