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AutorLafis
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Ano2024
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Categoria
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Analista ResponsávelThaís Virga Passos
A recente previsão de investimentos de R$ 5 bilhões
pela Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos
(Eletros) até 2027 pode trazer tanto oportunidades, quanto desafios para a
indústria de linhas branca, marrom e portáteis no Brasil. Com o aumento de 29%
na produção de eletroeletrônicos em 2023 e a projeção de crescimento de 25% em
2024, esse cenário de expansão pode impulsionar a demanda por produtos como
eletrodomésticos e dispositivos portáteis, beneficiando fabricantes que já
dominam o mercado local, especialmente na linha branca, onde as empresas
atendem a 97% do consumo nacional.
Entretanto, os investimentos previstos também podem
intensificar a concorrência, especialmente com a ampliação de fábricas e a
inovação de processos produtivos. O avanço tecnológico e as mudanças no
mercado, como o aumento da demanda por ventiladores e ar-condicionado devido a
fatores climáticos, exigem que as indústrias se adaptem rapidamente a novas
necessidades dos consumidores. Adicionalmente, a alta competitividade pode
pressionar as empresas a investirem em inovação e redução de custos para se
manterem competitivas no mercado interno e no exterior.
Dessa forma, embora o setor apresente perspectivas
positivas de crescimento, as indústrias de linha branca, marrom e portáteis
precisarão se preparar para aproveitar as oportunidades, ao mesmo tempo em que
enfrentam os desafios de um mercado mais dinâmico e competitivo, especialmente
com os investimentos direcionados à inovação e modernização do parque fabril do
setor no Brasil.
Analista
Responsável Thais Virga
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AutorLafis
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Ano2024
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Categoria
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Analista ResponsávelFelipe Souza
quantidade de toneladas por quilômetro útil (TKU).
A esperada redinamização dos segmentos da indústria de transformação e
construção (que no ano de 2023 apresentaram queda de seus PIBs de -1,3% e -0,5%
respectivamente) deverão constituir um impulso positivo para movimentação
ferroviária de produtos e insumos industriais. Ademais a previsão de mais um
ano de expansão do PIB da indústria extrativa também representa uma
oportunidade ao modal, que continuará se beneficiando do crescimento da
exportação de commodities minerais.
Por outro lado, como efeito atenuante, espera-se que o setor agrícola
não repita os mesmos resultados de produção e movimentação ferroviárias em
diversas culturas em 2024, como foi observado em 2023.
Isso certamente limitará o crescimento do modal de cargas que deverá apresentar expansão da ordem de 4,4% da carga transportada (em TKU). Tal taxa de variação, apesar de ser positiva, deverá ser menos expressiva que a expansão de 4,8% observada em 2023 (que fora muito beneficiada pelas safras recordes em diversas culturas de commodities agrícolas).
Analista Responsável Felipe Souza
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AutorLafis
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Ano2024
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Categoria
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Analista ResponsávelFelipe Souza
De acordo com o IBGE, a produção
industrial de bens de capital acumulada nos primeiros dez meses de 2024
apresentou uma expansão de 8,3%, ao se comparar com a média do mesmo período de
2023.
Não obstante que a
retomada parcial ainda esteja aquém do nível perdido em 2023, a expansão vem
sendo comemorada pelos players do setor que encontram num ambiente
macroeconômico mais favorável à demanda de máquinas, com certa retomada da
produção da indústria de transformação.
No entanto, esse aumento
produtivo somente começou a repercutir positivamente nas receitas do setor
neste último mês da amostra, quando o faturamento líquido da indústria de
máquinas e equipamentos subiu 6,4% em outubro versus o mesmo período do ano
passado, para R$ 26,3 bilhões de reais, puxado pela melhora nas exportações e
das vendas no mercado doméstico. O resultado é o primeiro positivo após 28
meses consecutivos de quedas interanuais
Este aparente resultado
contraditório (expansão da produção com queda simultânea do faturamento)
levanta as seguintes hipóteses: observa-se um rigidez dos preços finais de
máquinas e equipamentos ao ponto de não acompanharem à inflação e prejudicarem
o faturamento; juntamente a isso, pode concluir que o setor vive uma fase de
reaquecimento produtivo que precede a expectativa de retorno das encomendas
internas e externas.
Não é por menos que a
Abimaq estima que o setor terá um declínio de 7%de seu faturamento em 2024,
porém retornará ao campo positivo (expansão de 3,5%) em 2025, após três anos
seguidos de queda.
Analista Responsável Felipe Souza
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AutorLafis
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Ano2024
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Analista ResponsávelMarcel Carneiro
Resumo do Consumo de Energia em Outubro de
2024
O mercado livre tornou-se acessível para
consumidores de média e alta tensão, impactando o mercado regulado, que
registrou quedas no consumo em setembro (-1,1%) e outubro (-0,9%) frente a
2023. O consumo no ambiente cativo foi de 27.247 GWh (57% da demanda nacional),
com destaque para o Norte, onde o consumo cresceu 3,7%. Apesar da migração para
o mercado livre, o número de unidades consumidoras no mercado regulado aumentou
1,2%, sendo o maior crescimento também no Norte (+3,9%).
No mercado livre, o consumo atingiu 20.549
GWh (+10,7%), com um expressivo aumento no número de consumidores (+48,3%). A
maior expansão de consumo ocorreu no Sul (+15%), enquanto o Nordeste liderou no
crescimento de consumidores livres (+73,8%).
Demanda Geral e por Segmento
O consumo total do país cresceu 3,7% em
outubro, totalizando 47.796 GWh, e acumulou 559.646 GWh em 12 meses (+6,8%).
Industrial: O consumo industrial alcançou
16.881 GWh em outubro (+4%), parte de uma sequência recorde iniciada em março.
Agosto (17.253 GWh) foi o maior mês da série histórica, seguido por setembro
(16.898 GWh). A metalurgia liderou o crescimento em outubro (+150 GWh, +3,6%),
com destaque também para alimentos, plásticos e minerais metálicos.
Residencial: Crescimento de 4,6%, atingindo
15.081 GWh, impulsionado pelo clima quente, novas ligações e melhora na renda.
O Norte teve o maior aumento (+8,1%), com destaque para o Amapá (+23,7%).
Comercial: Aumento de 2,8%, alcançando 8.663
GWh. Amazonas e Alagoas registraram +10,5%, enquanto Mato Grosso do Sul teve a
maior queda (-7,5%).
Esses dados evidenciam o dinamismo no consumo
energético, com crescimento nos mercados livre, industrial e residencial.
Especialista do Setor Marcel Tau.
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AutorLafis
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Ano2024
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Analista ResponsávelAlexandre Favaro Lucchesi
Conforme
pesquisa realizada pela IPC Maps, o setor de higiene pessoal, perfumaria e
cosméticos (HPPC) deverá finalizar 2024, com faturamento de R$ 218 bilhões no
mercado nacional, o que representa uma alta de 9,2% em relação a 2023.
Além
disso, São Paulo será o estado que impulsionará o volume de gastos com
cosméticos, com um montante estimado em 51,9 bilhões de reais.
O
número de estabelecimento do comércio varejista que comercializam produtos
médicos, de ótica e cosméticos, tem expectativa de alta de 4,9% em todo o país.
O
desempenho do setor pode ser observado pelo aumento exponencial no volume de
contratos firmados pela Indústria de Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria
e Cosméticos no mercado externo. Visto que tal aumento deve-se à parceira entre
a ABHIPEC e ApexBrasiel, através da criação do projeto Beautycare Brazil, a
qual visa internacionalizar a indústria brasileira
no exterior por meio do Beautyworld.
No
último evento 28º Beautyworld - Middle East, estima-se que o setor tenha
fechado US$ 7,6 milhões em negócios e firmado mais de US$ 45,6 milhões para os
próximos meses, demostrando o elevado potencial do mercado de cosméticos
brasileiro, tanto em âmbito nacional quanto internacional.
Especialista do Setor Jaime William de Andrade Charles
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AutorLafis
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Ano2024
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Analista ResponsávelHenrique Pavan
O setor de biodiesel passa por um momento
chave no Brasil: anúncios de investimentos, avanços tecnológicos e
regulamentações favoráveis devem transformar seu mercado nos próximos anos.
No aspecto regulatório, a Lei 14.993, de 2024
(Combustível do Futuro), sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva
em outubro de 2024, regulamenta e incentiva combustíveis sustentáveis, como o
biodiesel, diesel verde e biometano. Um de seus principais destaques é a nova
política de mistura de biodiesel ao diesel fóssil, que aumentará gradualmente
em um ponto percentual ao ano a partir de março de 2025, atingindo 20% até
2030, com variações possíveis entre 13% e 25%, definidas pelo CNPE. Desde março,
o percentual está fixado em 14%, mas misturas voluntárias superiores serão
permitidas para setores como transporte público e agricultura, desde que
comunicadas à ANP. A medida se situa no âmbito das políticas de transição
energética, que procuram enfrentar a descarbonização e fomentar a inovação em
cadeias produtivas ambientalmente mais sustentáveis.
Neste contexto, empresas vêm anunciando
investimentos relevantes no setor. A Coamo Agroindustrial Cooperativa, por
exemplo, planeja investir R$ 300 milhões em uma nova planta de biodiesel no
Paraná, com capacidade para processar 750 mil litros por dia, utilizando
matérias-primas como soja e gordura animal. Outro destaque é o Grupo Potencial,
que está investindo R$ 10 milhões em frota de caminhões movidos a biodiesel.
Esse movimento não apenas reduz emissões de carbono, mas também incentiva o
consumo interno do biocombustível, fortalecendo a cadeia da soja.
Outra atuação recente que vale menção é o
anúncio da empresa Fazendão Agronegócio que tem investido R$ 500 milhões em uma
nova planta de processamento de grãos em Tocantins, atendendo, em boa medida, a
demanda futura de biodiesel. Ao todo, segundo reportagem do Globo Rural de
agosto de 2024, o setor de biocombustíveis deverá executar um montante de R$ 42
bilhões de investimentos no ano corrente. Ainda que, neste quesito, se incluam
combustíveis derivados de outros produtos (como cana, milho, trigo, gordura animal
etc.), parte relevante se encontra na cadeia de soja.
Em suma, neste quadro de incentivos
regulatórios os investimentos privados vêm se avolumando, contribuindo também
para a diversificação da matriz produtiva. Com isso o setor de biodiesel – e,
com efeito, a cadeia de soja como um todo - está se posicionando para crescer sustentadamente,
tornando-se um pilar importante da transição energética e da economia
sustentável brasileiras.
Especialista do Setor Henrique Pavan.
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AutorLafis
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Ano2024
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Analista ResponsávelMarcel Carneiro
Produção de Fundidos
De janeiro a julho de 2024, a produção total
de fundidos no Brasil apresentou variação de apenas 0,1% em relação ao mesmo
período do ano anterior, somando 1.491 mil toneladas, ante 1.489 mil toneladas.
O segmento de fundidos de ferro, que responde pela maior parcela da produção
setorial, avançou 1,0%.
O aumento da produção de veículos, como
mostrado mais detalhadamente abaixo, pode favorecer a produção de fundidos nos
próximos meses, considerando a expansão em todos os segmentos, com destaque
para os segmentos de caminhões e de ônibus.
Demandantes - Veículos
De maneira agregada, a indústria de
automóveis e motocicletas mostrou crescimento na produção entre janeiro e outubro
de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior (9,7%).
Todos os segmentos apresentaram expansão da
produção, com destaque para os segmentos de ônibus e caminhões. A produção de
caminhões foi fortemente impactada pela mudança tecnológica envolvendo questões
ambientais e avançou 42,8% no período. Por sua vez, a fabricação de ônibus
apresentou crescimento de 35,3%, veículos leves 7,1% e motocicletas 11,0%.
Dado a relevância da indústria de veículos
automotores para a indústria de fundição, o crescimento robusto dessa indústria
como um todo é positivo para setor de fundição.
Demandantes - Bens de Capital
A produção de bens de capital, outro
importante demandante do setor de fundidos, apresentou crescimento de 7,5%
entre janeiro e setembro de 2024 x 2023. Enquanto o segmento de equipamentos de
transporte industrial avançou 22,6%, o segmento de bens de capital, excluindo
transporte avançou 2,7%.
Com os recentes resultados, o setor de bens
de capital apresentou reversão da tendência de retração observada nos últimos
anos, permanecendo acima do patamar anterior a pandemia.
Considerando algumas subdivisões de bens de
capital, o desempenho observado desse início de ano foi puxado pela produção de
veículos, reboques e carrocerias, além de equipamentos de informática e
produtos eletrônicos.
Exportações (Peso e Valor)
Quanto às exportações de fundidos, estas
apresentaram retração na comparação entre janeiro e julho de 2024 e o mesmo
período de 2023 (-12,5%). A soma das exportações totais de fundidos, em
toneladas, ficou em 179,4 mil toneladas, ante 205,0 mil toneladas nos mesmos
meses do ano anterior e representou 12,0% da produção de fundidos.
Já em valor, as exportações apresentaram
queda de 10,7%, somando US$ 526,1 milhões entre janeiro e julho de 2024, ante
US$ 588,9 no mesmo período de 2023. A queda do volume aliado a menores preços
justifica a redução do valor exportado pelo setor.
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AutorLafis
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Ano2024
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Categoria
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Analista ResponsávelFelipe Souza
Os
resultados observados nos primeiros meses deste ano foram mais positivos do que
o esperado, o que fez a Lafis revisar para cima suas projeções acerca da
produção de embalagens.
Nesse
sentido, a Lafis projeta que o setor apresente um crescimento de 6,7% da
produção, demonstrando que a trajetória de incremento produtivo deverá ser
mantida em 2024. A saber, na projeção anterior, a taxa de variação vislumbrada
era mais módica, de 4,3% com relação à produção observada em 2023.
Não
obstante todos os tipos de materiais terem sua demanda aquecida, observou-se
que as vendas de latas de alumínio foram destaque por auferirem expansão de
12,0% no primeiro semestre ao serem comercializadas 16,4 bilhões de unidades. O
crescimento econômico e as temperaturas mais elevadas no verão, que incentivam
o consumo de bebidas, explicam o forte desempenho do segmento.
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AutorLafis
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Ano2024
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Analista ResponsávelAlexandre Favaro Lucchesi
O
turismo internacional injetou na economia brasileira mais de US$ 6,0 bilhões,
entre janeiro e outubro 2024. O montante representa alta de 5,9% frente ao
mesmo período de 2023, segundo dados da Embratur. Utilizando a cotação do dólar
da última quinta-feira (28), quando a moeda americana renovou sua máxima
histórica, fechando o dia negociada a R$ 6,04, o turismo estrangeiro deixou na
economia do país algo entorno de R$ 36 bilhões ao longo de 10 meses.
A
valorização do Brasil como destino turístico no mercado global é reforçada pelo
volume de entradas no país, que cresceu 13,0% de janeiro a outubro em face ao
mesmo período do ano passado, totalizando aproximadamente 5,406 milhões de
chegadas internacionais. A Argentina continua sendo o país que mais emitiu
turistas ao país, com cerca de 1,585 milhões, seguida por Estado Unidos, com
572 mil, e pelo Chile, que registou o maior avanço, com alta de 41,1% em
relação a 2023, enviando 518 mil turistas ao país.
A América Latina e o Caribe permanecem sendo os
principais emissores de turistas para o Brasil, com crescimento de 9,7% no
volume de emissões e participação de 59,6% no total de chegadas. Crescimento
esse impulsionado pela América do Sul, a qual registrou aumento 9,5% e
corresponde a 98,4% das emissões latino-americanas e caribenhas.
Especialista do Setor Jaime William de Andrade Charles
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AutorLafis
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Ano2024
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Analista ResponsávelThaís Virga Passos
O setor de autopeças brasileiro continua
evidenciando desafios em 2024, particularmente, quanto ao setor externo.
Segundo últimos dados do Sindipeças - entidade que representa o setor no País, aponta-se
um déficit comercial crescente, que até outubro alcançou US$ 11,1 bilhões, um
aumento de 34,1% em comparação ao mesmo período de 2023. Tal resultado é
reflexo de uma queda de 15,1% nas exportações, que passaram de US$ 7,7 bilhões
para US$ 6,5 bilhões entre janeiro e outubro de 2024 comparado ao mesmo período
de 2023. Em contraste, as importações de autopeças aumentaram 10,4%,
totalizando US$ 17,7 bilhões.
Esse desequilíbrio comercial é
preocupante ao setor, em especial, quando se observa a crescente dependência de
componentes vindos de países como a China, que sozinha representa 18,2% do
total das importações brasileiras de autopeças, com um crescimento expressivo
de 28,2% no acumulado de janeiro a outubro de 2024, em relação ao mesmo período de 2023,
atingindo US$ 3,2 bilhões.
O aumento das importações de autopeças
da China relaciona-se, principalmente, à expansão da presença das montadoras
chinesas no Brasil, como a BYD e a GWM; as quais anunciaram vultosos
investimentos no país e que começam a produzir localmente em 2025. Esse
movimento pode intensificar ainda mais as compras de componentes chineses,
gerando um impacto substancial no comércio de autopeças.
Adicionalmente, enquanto as
exportações para a Argentina, principal destino das autopeças brasileiras,
caíram 22,2% até outubro, as importações de outros mercados também apresentaram
variações importantes. As compras de autopeças dos Estados Unidos, por exemplo,
diminuíram 10,7%, enquanto as da Alemanha e do Japão cresceram 9,2% e 7,7%,
respectivamente, destacando a diversificação das fontes de fornecimento do
Brasil.
Enfim, apesar da alta nas importações
e da queda nas exportações, destaca-se também que a indústria brasileira de
autopeças manteve um desempenho relativamente bom no mercado interno, o que vem
ajudando a suavizar o impacto das adversidades externas. Segundo o Sindipeças o crescimento da produção e das
vendas no Brasil ajudou a compensar, em parte, os resultados negativos nas
exportações.
No entanto, a tendência é de que o
déficit comercial continue a crescer, especialmente com o aumento das
importações de componentes automotivos da China. Para reverter essa situação no
futuro, o presidente do Sindipeças, Cláudio Sahad, mencionou a possibilidade de
fornecedores chineses investirem na produção local, o que poderia,
eventualmente, amenizar a atual dependência das importações e melhorar o quadro
do setor
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AutorLafis
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Ano2024
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Categoria
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Analista ResponsávelMarcel Carneiro
O recente aumento do imposto de importação de
módulos fotovoltaicos, de 9,6% para 25%, trouxe à tona um intenso debate entre
diferentes setores sobre seus impactos para o Brasil. Enquanto a Associação
Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) critica a medida, destacando
os riscos ao mercado de energia solar e ao cumprimento de compromissos
climáticos, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee)
defende o ajuste, apontando benefícios para a indústria nacional e a competitividade
local.
Para a Absolar, a decisão representa um
retrocesso na transição energética e pode elevar o custo da energia solar para
os consumidores. A entidade alerta para os efeitos negativos, como a queda de
investimentos, a fuga de capital e o fechamento de empresas do setor, além da
perda de empregos em uma cadeia produtiva que vinha em rápida expansão. Segundo
a associação, a produção nacional de módulos fotovoltaicos não é capaz de
atender sequer 5% da demanda brasileira, o que torna os produtos importados indispensáveis,
especialmente em projetos de grande porte que exigem padrões elevados de
certificação.
A Absolar também aponta que a medida
contraria compromissos climáticos internacionais, como o Acordo de Paris, e
pode inviabilizar projetos que somam mais de 25 GW de potência instalada e R$
97 bilhões em investimentos até 2026. Esse cenário, segundo a associação,
comprometeria a geração de milhares de empregos e a redução de emissões de CO2,
prejudicando tanto a economia quanto o meio ambiente.
Por outro lado, a Abinee defende o aumento da
tarifa como uma ação necessária para equilibrar a competitividade entre os
fabricantes nacionais e os produtos importados, que se beneficiam de subsídios
asiáticos e quedas significativas de preço nos últimos anos. A associação
argumenta que a medida pode incentivar o fortalecimento da cadeia produtiva
local, garantindo maior segurança no abastecimento e estabilidade de preços no
futuro.
Além disso, a Abinee destaca que projetos já
contratados não serão prejudicados, já que muitos equipamentos foram importados
anteriormente ou contam com isenções específicas. Para a associação, a medida
representa um passo importante para desenvolver a indústria nacional,
promovendo a nacionalização de insumos e reduzindo a dependência do país de
fornecedores internacionais.
Recentemente, o setor siderúrgico brasileiro
defendeu o aumento das tarifas de importação de produtos de aço para conter a
concorrência de produtos asiáticos mais baratos e proteger empregos locais. No
entanto, consumidores de aço, como montadoras, argumentaram que a medida
aumentaria os custos de produção, prejudicando sua competitividade. Situação
semelhante ocorreu na indústria química, onde produtores nacionais solicitaram
a elevação de tarifas sobre químicos importados para fortalecer o setor local,
enquanto empresas consumidoras alertaram para o impacto negativo nos custos e
na competitividade industrial.
Dessa forma, a disputa acerca do aumento do
imposto de importação de painéis solares também pode ser observada em outros
segmentos e são comemoradas por setores beneficiados e criticadas pelos
prejudicados.
Esse debate reflete a complexidade de
equilibrar a importação de produtos a preços baixos e o desenvolvimento da
indústria nacional.
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AutorLafis
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Ano2024
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Categoria
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Analista ResponsávelMarcel Carneiro
Para 2024, a Lafis projeta crescimento de
22,5% na fabricação de equipamentos de comunicação, sob uma base muito fraca de
comparação. O segmento de equipamentos de infraestrutura de telecomunicações é
favorecido pelo avanço da tecnologia de quinta geração da telefonia móvel (5G)
considerando a necessidade de ampliar a cobertura para diversas regiões,
conforme exigido no momento da licitação ocorrida em 2021 e impulsionada também
pelo forte ambiente concorrencial.
Além disso, diante de um baixo nível de
vendas de celulares observado nos últimos anos, consideramos que há espaço para
uma melhoria nas vendas de celulares em 2024, em um cenário de crescimento
econômico moderado e taxa de juros média mais baixa que o observado em 2023,
fatores que contribuem positivamente para elevar o poder de compra da
população.
Até então o 5G não tem sido um impulsionador
das vendas de celulares, embora contribua para o avanço dos investimentos em
infraestrutura de telecomunicações. Caso essa tendência mude e os consumidores
passem a valorizar essa nova tecnologia (em um cenário em que novas aplicações
justifiquem a adoção dela) pode haver uma aceleração da migração de celulares
antigos por modelos novos, algo que não está em nosso cenário central, mas pode
impactar de maneira relevante o setor caso ocorra.
Um fator de risco ao desempenho setorial é o
avanço do volume de celulares vendidos ilegalmente no Brasil, pois gera uma
competição desleal e afeta negativamente as vendas dos produtos legalizados.
Considerando o cenário econômico e setorial
descrito acima, a perspectiva da Lafis para o faturamento nominal do setor em
2024 é de crescimento de 20,3%, atingindo R$ 43,8 bilhões de reais.
Especialista do Setor Marcel Tau.
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AutorLafis
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Ano2024
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Analista ResponsávelHenrique Pavan
Durante a cúpula do G-20, ocorrida no Rio de
Janeiro, os governos brasileiro e argentino assinaram um acordo de
comercialização para transportar o gás da reserva de Vaca Muerta (Argentina)
para o território brasileiro. Para além dos evidentes impactos geopolíticos de
integração regional, tal fato assinala aspectos econômicos relevantes, que
deverão impactar o setor de gás brasileiro em algumas dimensões.
O que se sabe é que, a princípio, haverá um
incremento da oferta de gás em 3 milhões de metros cúbicos diários até o fim do
ano para o Brasil, com a utilização da infraestrutura existente, possivelmente
adaptando as condições de transporte do já existente Gasbol. Todavia, em um
prazo mais dilatado, espera-se ampliar tal influxo em 30 milhões de metros
cúbicos por dia, algo que demandará uma gama de investimentos em gasodutos, um
desafio que afeta até mesmo o escoamento da produção interna brasileira já existente.
Há, com efeito, um ponto de atenção para as
empresas brasileiras exploradoras de gás: os preços competitivos do gás
argentino. Influenciados pela grande oferta de shale gas em Vaca Muerta, os
preços do gás no país vizinho chegam ao Brasil por cerca de metade do valor do
nosso custo interno, que é de cerca de US$
14 por milhão de BTUs (sigla para British Thermal Unit). Atualmente, a
Argentina produz em torno de 140 milhões de metros cúbicos por dia, com a Bacia
Neuquina liderando a produção, responsável por 55% das reservas provadas e
atendendo principalmente à demanda residencial e industrial. No Brasil, o custo
do gás tende a ser mais elevado devido às limitações na infraestrutura interna
e a um modelo de exploração predominantemente offshore, onde os custos de
extração e transporte são mais elevados. Assim, uma entrada maciça de gás
argentino no mercado brasileiro poderia deslocar parte da produção doméstica.
Do ponto de vista das distribuidoras, poderia
ocorrer um impacto positivo, pois a oferta ampliada de gás mais barato poderia
reduzir custos e melhorar a competitividade frente a outras fontes de energia,
como a eletricidade e os combustíveis líquidos. Se, efetivamente, a
infraestrutura estiver consolidada, tal fato poderá ser alvissareiro para as
distribuidoras, ainda mais se o nível de atividade econômica – especialmente a
industrial – se mantiver dinâmico da maneira que temos vistos ao longo dos últimos
anos.
Portanto, enquanto a importação de gás
argentino oferece benefícios logísticos e econômicos para as distribuidoras,
ela também representa desafios competitivos significativos para as produtoras
nacionais. O balanço entre esses fatores dependerá de políticas que favoreçam a
competitividade doméstica e a infraestrutura necessária para integrar os
mercados de gás de ambos os países.
Especialista do Setor Henrique Pavan.
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AutorLafis
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Ano2024
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Analista ResponsávelFelipe Souza
Segundo dados do IBGE, no acumulado dos primeiros oito meses deste
ano, a fabricação de Produtos de Material Plástico apresentou incremento de
6,8% quando comparado com o mesmo período de 2023. Tal expansão observada neste
período pode ser explicada pela retomada da dinâmica, mesmo que ainda
parcimoniosa, da indústria de transformação, que demanda mais produtos de
plástico (peças, embalagens e outros componentes). No mais, a retomada do
crescimento do setor de construção também aquece a demanda do setor.
Além deste movimento, o setor também observa a queda do preço das
resinas termoplásticas, constituindo um vetor positivo para os custos
operacionais da cadeia do plástico. A justificativa de tal queda foi a grande
oferta global das resinas virgens mais consumidas (PE e PP). Com isso, o preço
internacional das resinas termoplásticas sofreu grande redução, fato que acabou
por aumentar a importação das resinas numa condição mais barata.
Não é por menos que a Lafis julgou adequado alterar positivamente seu
cenário prospectivo para produção e consumo aparente, no entanto houve uma
retração na projeção de faturamento em virtude da redução dos custos
operacionais do setor, que impactou na redução dos preços finais de forma a
manter as margens operacionais dos players.
Analista Responsável Felipe Souza
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Ano2024
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Analista ResponsávelAlexandre Favaro Lucchesi
Ao
processar a Hapvida por descumprimento da Lei 9.656/98, que garante o
atendimento em casos de urgência após 24h da contratação do plano, o Ministério
Público de Minas Gerais reforça a aplicação de direitos fundamentais dos
consumidores e estabelece um marco no mercado de saúde suplementar. Essa ação cria uma nova prerrogativa ao
evidenciar que práticas que transferem responsabilidades ao SUS e sobrecarregam
o sistema público de saúde não serão toleradas, especialmente quando resultam
em riscos aos pacientes.
O
caso não apenas destaca a importância do cumprimento das normas contratuais,
mas também expõe a necessidade de maior fiscalização por parte da Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para coibir irregularidades e proteger o
equilíbrio entre os setores público e privado. Tal movimentação jurídica também
lança um alerta para o setor de saúde suplementar sobre os impactos de práticas
inadequadas na relação com os consumidores e no sistema como um todo.
Ao multar
a empresa em R$ 8,6 milhões e solicitar mudanças práticas no atendimento, o
Ministério Público mineiro procura mitigar os danos gerado com excesso de
pacientes na rede pública. Com isso, as operadoras terão olhar diferenciado ao setor
jurídico, reforçando a necessidade de investir em conformidade legal,
transparência e respeito aos contratantes. Gerando a possibilidade do setor,
como um todo, perder a credibilidade e enfrentar consequências financeiras e
regulatórias.
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