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  • linha marrom, empresas do setor linha marrom, setor linha marrom, economia, macroeconomia, linhas branca,  setor linhas branca, eletrodomésticos, portatéis, empresas do setor portatéis, setor portatéis

    A recente previsão de investimentos de R$ 5 bilhões pela Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) até 2027 pode trazer tanto oportunidades, quanto desafios para a indústria de linhas branca, marrom e portáteis no Brasil. Com o aumento de 29% na produção de eletroeletrônicos em 2023 e a projeção de crescimento de 25% em 2024, esse cenário de expansão pode impulsionar a demanda por produtos como eletrodomésticos e dispositivos portáteis, beneficiando fabricantes que já dominam o mercado local, especialmente na linha branca, onde as empresas atendem a 97% do consumo nacional.

    Entretanto, os investimentos previstos também podem intensificar a concorrência, especialmente com a ampliação de fábricas e a inovação de processos produtivos. O avanço tecnológico e as mudanças no mercado, como o aumento da demanda por ventiladores e ar-condicionado devido a fatores climáticos, exigem que as indústrias se adaptem rapidamente a novas necessidades dos consumidores. Adicionalmente, a alta competitividade pode pressionar as empresas a investirem em inovação e redução de custos para se manterem competitivas no mercado interno e no exterior.

    Dessa forma, embora o setor apresente perspectivas positivas de crescimento, as indústrias de linha branca, marrom e portáteis precisarão se preparar para aproveitar as oportunidades, ao mesmo tempo em que enfrentam os desafios de um mercado mais dinâmico e competitivo, especialmente com os investimentos direcionados à inovação e modernização do parque fabril do setor no Brasil.

    Analista Responsável Thais Virga


    • transporte ferroviário, empresas do setor transporte ferroviário, empresas do segmento transporte ferroviário, setor transporte ferroviário, segmento transporte ferroviário, economia, macroeconomia

      quantidade de toneladas por quilômetro útil (TKU).

      A esperada redinamização dos segmentos da indústria de transformação e construção (que no ano de 2023 apresentaram queda de seus PIBs de -1,3% e -0,5% respectivamente) deverão constituir um impulso positivo para movimentação ferroviária de produtos e insumos industriais. Ademais a previsão de mais um ano de expansão do PIB da indústria extrativa também representa uma oportunidade ao modal, que continuará se beneficiando do crescimento da exportação de commodities minerais.

      Por outro lado, como efeito atenuante, espera-se que o setor agrícola não repita os mesmos resultados de produção e movimentação ferroviárias em diversas culturas em 2024, como foi observado em 2023.

      Isso certamente limitará o crescimento do modal de cargas que deverá apresentar expansão da ordem de 4,4% da carga transportada (em TKU). Tal taxa de variação, apesar de ser positiva, deverá ser menos expressiva que a expansão de 4,8% observada em 2023 (que fora muito beneficiada pelas safras recordes em diversas culturas de commodities agrícolas). 

      Analista Responsável Felipe Souza


      • abimaq, máquinas, equipamentos, máquinas e equipamentos, bens de capital, maquinas industriais, maquinarios industriais, maquina de alinhamento, bem de capital, maquinario industrial, empresas de maquinas e equipamentos, empresas de equipamentos industriais, maquinas equipamentos, industrias de maquinas e equipamentos, Weg Equipamentos, ThyssenKrupp, Atlas Schindler, Stara, Aeris Energy

        De acordo com o IBGE, a produção industrial de bens de capital acumulada nos primeiros dez meses de 2024 apresentou uma expansão de 8,3%, ao se comparar com a média do mesmo período de 2023.

        Não obstante que a retomada parcial ainda esteja aquém do nível perdido em 2023, a expansão vem sendo comemorada pelos players do setor que encontram num ambiente macroeconômico mais favorável à demanda de máquinas, com certa retomada da produção da indústria de transformação.

        No entanto, esse aumento produtivo somente começou a repercutir positivamente nas receitas do setor neste último mês da amostra, quando o faturamento líquido da indústria de máquinas e equipamentos subiu 6,4% em outubro versus o mesmo período do ano passado, para R$ 26,3 bilhões de reais, puxado pela melhora nas exportações e das vendas no mercado doméstico. O resultado é o primeiro positivo após 28 meses consecutivos de quedas interanuais

        Este aparente resultado contraditório (expansão da produção com queda simultânea do faturamento) levanta as seguintes hipóteses: observa-se um rigidez dos preços finais de máquinas e equipamentos ao ponto de não acompanharem à inflação e prejudicarem o faturamento; juntamente a isso, pode concluir que o setor vive uma fase de reaquecimento produtivo que precede a expectativa de retorno das encomendas internas e externas.

        Não é por menos que a Abimaq estima que o setor terá um declínio de 7%de seu faturamento em 2024, porém retornará ao campo positivo (expansão de 3,5%) em 2025, após três anos seguidos de queda.

         

        Analista Responsável Felipe Souza

         


        • energia elétrica,  economia, macroeconomia, setor distribuição energia, segmento distribuição energia, transmissão energia, setor transmissão energia, segmento transmissão energia

          Resumo do Consumo de Energia em Outubro de 2024

          O mercado livre tornou-se acessível para consumidores de média e alta tensão, impactando o mercado regulado, que registrou quedas no consumo em setembro (-1,1%) e outubro (-0,9%) frente a 2023. O consumo no ambiente cativo foi de 27.247 GWh (57% da demanda nacional), com destaque para o Norte, onde o consumo cresceu 3,7%. Apesar da migração para o mercado livre, o número de unidades consumidoras no mercado regulado aumentou 1,2%, sendo o maior crescimento também no Norte (+3,9%).

          No mercado livre, o consumo atingiu 20.549 GWh (+10,7%), com um expressivo aumento no número de consumidores (+48,3%). A maior expansão de consumo ocorreu no Sul (+15%), enquanto o Nordeste liderou no crescimento de consumidores livres (+73,8%).

          Demanda Geral e por Segmento

          O consumo total do país cresceu 3,7% em outubro, totalizando 47.796 GWh, e acumulou 559.646 GWh em 12 meses (+6,8%).

          Industrial: O consumo industrial alcançou 16.881 GWh em outubro (+4%), parte de uma sequência recorde iniciada em março. Agosto (17.253 GWh) foi o maior mês da série histórica, seguido por setembro (16.898 GWh). A metalurgia liderou o crescimento em outubro (+150 GWh, +3,6%), com destaque também para alimentos, plásticos e minerais metálicos.

          Residencial: Crescimento de 4,6%, atingindo 15.081 GWh, impulsionado pelo clima quente, novas ligações e melhora na renda. O Norte teve o maior aumento (+8,1%), com destaque para o Amapá (+23,7%).

          Comercial: Aumento de 2,8%, alcançando 8.663 GWh. Amazonas e Alagoas registraram +10,5%, enquanto Mato Grosso do Sul teve a maior queda (-7,5%).

          Esses dados evidenciam o dinamismo no consumo energético, com crescimento nos mercados livre, industrial e residencial.

          Especialista do Setor Marcel Tau.

           


          • cosméticos, empresas do segmento cosméticos, setor cosméticos, segmento cosméticos, economia, macroeconomia, higiene pessoal, empresas do setor higiene pessoal, setor higiene pessoal

            Conforme pesquisa realizada pela IPC Maps, o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC) deverá finalizar 2024, com faturamento de R$ 218 bilhões no mercado nacional, o que representa uma alta de 9,2% em relação a 2023.

            Além disso, São Paulo será o estado que impulsionará o volume de gastos com cosméticos, com um montante estimado em 51,9 bilhões de reais.

            O número de estabelecimento do comércio varejista que comercializam produtos médicos, de ótica e cosméticos, tem expectativa de alta de 4,9% em todo o país.

            O desempenho do setor pode ser observado pelo aumento exponencial no volume de contratos firmados pela Indústria de Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos no mercado externo. Visto que tal aumento deve-se à parceira entre a ABHIPEC e ApexBrasiel, através da criação do projeto Beautycare Brazil, a qual visa  internacionalizar a indústria brasileira no exterior por meio do Beautyworld.

            No último evento 28º Beautyworld - Middle East, estima-se que o setor tenha fechado US$ 7,6 milhões em negócios e firmado mais de US$ 45,6 milhões para os próximos meses, demostrando o elevado potencial do mercado de cosméticos brasileiro, tanto em âmbito nacional quanto internacional.

            Especialista do Setor Jaime William de Andrade Charles

             


            • soja, preço da soja, biodiesel, preço da soja hoje, preço soja, preço do soja, pe de soja, cepea soja, cadeia produtiva da soja, usda soja, soja mato grosso, soja brasileira, preço do soja coamo, preço soja coagru, preço soja cotripal, soja intacta, energia biodiesel, anp biodiesel, biodiesel de soja, o biodiesel, biodiesel soja, plantação de soja, soja industria, indústria de soja, industria de oleo de soja, fábrica de biodiesel, fabrica de biodiesel, usina de biodiesel, economia brasileira, setorial brasileiro
              • Autor
                Lafis
              • Ano
                2024
              • Categoria
              • Analista Responsável
                Henrique Pavan

              O setor de biodiesel passa por um momento chave no Brasil: anúncios de investimentos, avanços tecnológicos e regulamentações favoráveis devem transformar seu mercado nos próximos anos.

              No aspecto regulatório, a Lei 14.993, de 2024 (Combustível do Futuro), sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro de 2024, regulamenta e incentiva combustíveis sustentáveis, como o biodiesel, diesel verde e biometano. Um de seus principais destaques é a nova política de mistura de biodiesel ao diesel fóssil, que aumentará gradualmente em um ponto percentual ao ano a partir de março de 2025, atingindo 20% até 2030, com variações possíveis entre 13% e 25%, definidas pelo CNPE. Desde março, o percentual está fixado em 14%, mas misturas voluntárias superiores serão permitidas para setores como transporte público e agricultura, desde que comunicadas à ANP. A medida se situa no âmbito das políticas de transição energética, que procuram enfrentar a descarbonização e fomentar a inovação em cadeias produtivas ambientalmente mais sustentáveis.

              Neste contexto, empresas vêm anunciando investimentos relevantes no setor. A Coamo Agroindustrial Cooperativa, por exemplo, planeja investir R$ 300 milhões em uma nova planta de biodiesel no Paraná, com capacidade para processar 750 mil litros por dia, utilizando matérias-primas como soja e gordura animal. Outro destaque é o Grupo Potencial, que está investindo R$ 10 milhões em frota de caminhões movidos a biodiesel. Esse movimento não apenas reduz emissões de carbono, mas também incentiva o consumo interno do biocombustível, fortalecendo a cadeia da soja.

              Outra atuação recente que vale menção é o anúncio da empresa Fazendão Agronegócio que tem investido R$ 500 milhões em uma nova planta de processamento de grãos em Tocantins, atendendo, em boa medida, a demanda futura de biodiesel. Ao todo, segundo reportagem do Globo Rural de agosto de 2024, o setor de biocombustíveis deverá executar um montante de R$ 42 bilhões de investimentos no ano corrente. Ainda que, neste quesito, se incluam combustíveis derivados de outros produtos (como cana, milho, trigo, gordura animal etc.), parte relevante se encontra na cadeia de soja.

              Em suma, neste quadro de incentivos regulatórios os investimentos privados vêm se avolumando, contribuindo também para a diversificação da matriz produtiva. Com isso o setor de biodiesel – e, com efeito, a cadeia de soja como um todo - está se posicionando para crescer sustentadamente, tornando-se um pilar importante da transição energética e da economia sustentável brasileiras.

              Especialista do Setor Henrique Pavan.


              • fundição, empresas do setor fundição, empresas do segmento fundição, setor fundição, segmento fundição, economia, macroeconomia
                • Autor
                  Lafis
                • Ano
                  2024
                • Categoria
                • Analista Responsável
                  Marcel Carneiro

                Produção de Fundidos

                De janeiro a julho de 2024, a produção total de fundidos no Brasil apresentou variação de apenas 0,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, somando 1.491 mil toneladas, ante 1.489 mil toneladas. O segmento de fundidos de ferro, que responde pela maior parcela da produção setorial, avançou 1,0%.

                O aumento da produção de veículos, como mostrado mais detalhadamente abaixo, pode favorecer a produção de fundidos nos próximos meses, considerando a expansão em todos os segmentos, com destaque para os segmentos de caminhões e de ônibus.

                Demandantes - Veículos

                De maneira agregada, a indústria de automóveis e motocicletas mostrou crescimento na produção entre janeiro e outubro de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior (9,7%).

                Todos os segmentos apresentaram expansão da produção, com destaque para os segmentos de ônibus e caminhões. A produção de caminhões foi fortemente impactada pela mudança tecnológica envolvendo questões ambientais e avançou 42,8% no período. Por sua vez, a fabricação de ônibus apresentou crescimento de 35,3%, veículos leves 7,1% e motocicletas 11,0%.

                Dado a relevância da indústria de veículos automotores para a indústria de fundição, o crescimento robusto dessa indústria como um todo é positivo para setor de fundição.

                Demandantes - Bens de Capital

                A produção de bens de capital, outro importante demandante do setor de fundidos, apresentou crescimento de 7,5% entre janeiro e setembro de 2024 x 2023. Enquanto o segmento de equipamentos de transporte industrial avançou 22,6%, o segmento de bens de capital, excluindo transporte avançou 2,7%.

                Com os recentes resultados, o setor de bens de capital apresentou reversão da tendência de retração observada nos últimos anos, permanecendo acima do patamar anterior a pandemia.

                Considerando algumas subdivisões de bens de capital, o desempenho observado desse início de ano foi puxado pela produção de veículos, reboques e carrocerias, além de equipamentos de informática e produtos eletrônicos.

                Exportações (Peso e Valor)

                Quanto às exportações de fundidos, estas apresentaram retração na comparação entre janeiro e julho de 2024 e o mesmo período de 2023 (-12,5%). A soma das exportações totais de fundidos, em toneladas, ficou em 179,4 mil toneladas, ante 205,0 mil toneladas nos mesmos meses do ano anterior e representou 12,0% da produção de fundidos.

                Já em valor, as exportações apresentaram queda de 10,7%, somando US$ 526,1 milhões entre janeiro e julho de 2024, ante US$ 588,9 no mesmo período de 2023. A queda do volume aliado a menores preços justifica a redução do valor exportado pelo setor.

                 Especialista do Setor Marcel Tau.

                 


                • embalagens, empresas do setor embalagens, empresas do segmento embalagens, setor embalagens, segmento embalagens, economia, macroeconomia
                  • Autor
                    Lafis
                  • Ano
                    2024
                  • Categoria
                  • Analista Responsável
                    Felipe Souza

                  Os resultados observados nos primeiros meses deste ano foram mais positivos do que o esperado, o que fez a Lafis revisar para cima suas projeções acerca da produção de embalagens.

                  Nesse sentido, a Lafis projeta que o setor apresente um crescimento de 6,7% da produção, demonstrando que a trajetória de incremento produtivo deverá ser mantida em 2024. A saber, na projeção anterior, a taxa de variação vislumbrada era mais módica, de 4,3% com relação à produção observada em 2023.

                  Não obstante todos os tipos de materiais terem sua demanda aquecida, observou-se que as vendas de latas de alumínio foram destaque por auferirem expansão de 12,0% no primeiro semestre ao serem comercializadas 16,4 bilhões de unidades. O crescimento econômico e as temperaturas mais elevadas no verão, que incentivam o consumo de bebidas, explicam o forte desempenho do segmento.

                   Analista Responsável Felipe Souza


                  • hotéis, empresas do segmento hotéis, setor hotéis, segmento hotéis, economia, macroeconomia, viagem, turismo, setor turismo, segmento turismo
                    • Autor
                      Lafis
                    • Ano
                      2024
                    • Categoria
                    • Analista Responsável
                      Alexandre Favaro Lucchesi

                    O turismo internacional injetou na economia brasileira mais de US$ 6,0 bilhões, entre janeiro e outubro 2024. O montante representa alta de 5,9% frente ao mesmo período de 2023, segundo dados da Embratur. Utilizando a cotação do dólar da última quinta-feira (28), quando a moeda americana renovou sua máxima histórica, fechando o dia negociada a R$ 6,04, o turismo estrangeiro deixou na economia do país algo entorno de R$ 36 bilhões ao longo de 10 meses.

                    A valorização do Brasil como destino turístico no mercado global é reforçada pelo volume de entradas no país, que cresceu 13,0% de janeiro a outubro em face ao mesmo período do ano passado, totalizando aproximadamente 5,406 milhões de chegadas internacionais. A Argentina continua sendo o país que mais emitiu turistas ao país, com cerca de 1,585 milhões, seguida por Estado Unidos, com 572 mil, e pelo Chile, que registou o maior avanço, com alta de 41,1% em relação a 2023, enviando 518 mil turistas ao país.

                    A  América Latina e o Caribe permanecem sendo os principais emissores de turistas para o Brasil, com crescimento de 9,7% no volume de emissões e participação de 59,6% no total de chegadas. Crescimento esse impulsionado pela América do Sul, a qual registrou aumento 9,5% e corresponde a 98,4% das emissões latino-americanas e caribenhas.

                    Especialista do Setor Jaime William de Andrade Charles


                    • autopeças, empresas do setor autopeças, empresas do segmento autopeças, setor autopeças, segmento autopeças, economia, macroeconomia
                      • Autor
                        Lafis
                      • Ano
                        2024
                      • Categoria
                      • Analista Responsável
                        Thaís Virga Passos

                      O setor de autopeças brasileiro continua evidenciando desafios em 2024, particularmente, quanto ao setor externo. Segundo últimos dados do Sindipeças - entidade que representa o setor no País, aponta-se um déficit comercial crescente, que até outubro alcançou US$ 11,1 bilhões, um aumento de 34,1% em comparação ao mesmo período de 2023. Tal resultado é reflexo de uma queda de 15,1% nas exportações, que passaram de US$ 7,7 bilhões para US$ 6,5 bilhões entre janeiro e outubro de 2024 comparado ao mesmo período de 2023. Em contraste, as importações de autopeças aumentaram 10,4%, totalizando US$ 17,7 bilhões.

                      Esse desequilíbrio comercial é preocupante ao setor, em especial, quando se observa a crescente dependência de componentes vindos de países como a China, que sozinha representa 18,2% do total das importações brasileiras de autopeças, com um crescimento expressivo de 28,2% no acumulado de janeiro a outubro  de 2024, em relação ao mesmo período de 2023, atingindo US$ 3,2 bilhões.

                      O aumento das importações de autopeças da China relaciona-se, principalmente, à expansão da presença das montadoras chinesas no Brasil, como a BYD e a GWM; as quais anunciaram vultosos investimentos no país e que começam a produzir localmente em 2025. Esse movimento pode intensificar ainda mais as compras de componentes chineses, gerando um impacto substancial no comércio de autopeças.

                      Adicionalmente, enquanto as exportações para a Argentina, principal destino das autopeças brasileiras, caíram 22,2% até outubro, as importações de outros mercados também apresentaram variações importantes. As compras de autopeças dos Estados Unidos, por exemplo, diminuíram 10,7%, enquanto as da Alemanha e do Japão cresceram 9,2% e 7,7%, respectivamente, destacando a diversificação das fontes de fornecimento do Brasil.

                      Enfim, apesar da alta nas importações e da queda nas exportações, destaca-se também que a indústria brasileira de autopeças manteve um desempenho relativamente bom no mercado interno, o que vem ajudando a suavizar o impacto das adversidades externas. Segundo o  Sindipeças o crescimento da produção e das vendas no Brasil ajudou a compensar, em parte, os resultados negativos nas exportações.

                      No entanto, a tendência é de que o déficit comercial continue a crescer, especialmente com o aumento das importações de componentes automotivos da China. Para reverter essa situação no futuro, o presidente do Sindipeças, Cláudio Sahad, mencionou a possibilidade de fornecedores chineses investirem na produção local, o que poderia, eventualmente, amenizar a atual dependência das importações e melhorar o quadro do setor

                       Analista Responsável Thais Virga


                      • energia elétrica,  setor energia elétrica, segmento energia elétrica, economia, macroeconomia, geração energia, setor geração energia, segmento geração energia

                        O recente aumento do imposto de importação de módulos fotovoltaicos, de 9,6% para 25%, trouxe à tona um intenso debate entre diferentes setores sobre seus impactos para o Brasil. Enquanto a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) critica a medida, destacando os riscos ao mercado de energia solar e ao cumprimento de compromissos climáticos, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) defende o ajuste, apontando benefícios para a indústria nacional e a competitividade local.

                        Para a Absolar, a decisão representa um retrocesso na transição energética e pode elevar o custo da energia solar para os consumidores. A entidade alerta para os efeitos negativos, como a queda de investimentos, a fuga de capital e o fechamento de empresas do setor, além da perda de empregos em uma cadeia produtiva que vinha em rápida expansão. Segundo a associação, a produção nacional de módulos fotovoltaicos não é capaz de atender sequer 5% da demanda brasileira, o que torna os produtos importados indispensáveis, especialmente em projetos de grande porte que exigem padrões elevados de certificação.

                        A Absolar também aponta que a medida contraria compromissos climáticos internacionais, como o Acordo de Paris, e pode inviabilizar projetos que somam mais de 25 GW de potência instalada e R$ 97 bilhões em investimentos até 2026. Esse cenário, segundo a associação, comprometeria a geração de milhares de empregos e a redução de emissões de CO2, prejudicando tanto a economia quanto o meio ambiente.

                        Por outro lado, a Abinee defende o aumento da tarifa como uma ação necessária para equilibrar a competitividade entre os fabricantes nacionais e os produtos importados, que se beneficiam de subsídios asiáticos e quedas significativas de preço nos últimos anos. A associação argumenta que a medida pode incentivar o fortalecimento da cadeia produtiva local, garantindo maior segurança no abastecimento e estabilidade de preços no futuro.

                        Além disso, a Abinee destaca que projetos já contratados não serão prejudicados, já que muitos equipamentos foram importados anteriormente ou contam com isenções específicas. Para a associação, a medida representa um passo importante para desenvolver a indústria nacional, promovendo a nacionalização de insumos e reduzindo a dependência do país de fornecedores internacionais.

                        Recentemente, o setor siderúrgico brasileiro defendeu o aumento das tarifas de importação de produtos de aço para conter a concorrência de produtos asiáticos mais baratos e proteger empregos locais. No entanto, consumidores de aço, como montadoras, argumentaram que a medida aumentaria os custos de produção, prejudicando sua competitividade. Situação semelhante ocorreu na indústria química, onde produtores nacionais solicitaram a elevação de tarifas sobre químicos importados para fortalecer o setor local, enquanto empresas consumidoras alertaram para o impacto negativo nos custos e na competitividade industrial.

                        Dessa forma, a disputa acerca do aumento do imposto de importação de painéis solares também pode ser observada em outros segmentos e são comemoradas por setores beneficiados e criticadas pelos prejudicados.

                        Esse debate reflete a complexidade de equilibrar a importação de produtos a preços baixos e o desenvolvimento da indústria nacional.

                        Especialista do Setor Marcel Tau.

                        • celular, celular samsung, celular motorola, iphones, smartphone, empresas do setor celular, empresas do segmento celular, setor celular, segmento celular, empresas de smartphone, empresas do segmento smartphone, setor smartphone, economia, macroeconomia, empresas de celular, setor de celular

                          Para 2024, a Lafis projeta crescimento de 22,5% na fabricação de equipamentos de comunicação, sob uma base muito fraca de comparação. O segmento de equipamentos de infraestrutura de telecomunicações é favorecido pelo avanço da tecnologia de quinta geração da telefonia móvel (5G) considerando a necessidade de ampliar a cobertura para diversas regiões, conforme exigido no momento da licitação ocorrida em 2021 e impulsionada também pelo forte ambiente concorrencial.

                          Além disso, diante de um baixo nível de vendas de celulares observado nos últimos anos, consideramos que há espaço para uma melhoria nas vendas de celulares em 2024, em um cenário de crescimento econômico moderado e taxa de juros média mais baixa que o observado em 2023, fatores que contribuem positivamente para elevar o poder de compra da população.

                          Até então o 5G não tem sido um impulsionador das vendas de celulares, embora contribua para o avanço dos investimentos em infraestrutura de telecomunicações. Caso essa tendência mude e os consumidores passem a valorizar essa nova tecnologia (em um cenário em que novas aplicações justifiquem a adoção dela) pode haver uma aceleração da migração de celulares antigos por modelos novos, algo que não está em nosso cenário central, mas pode impactar de maneira relevante o setor caso ocorra.

                          Um fator de risco ao desempenho setorial é o avanço do volume de celulares vendidos ilegalmente no Brasil, pois gera uma competição desleal e afeta negativamente as vendas dos produtos legalizados.

                          Considerando o cenário econômico e setorial descrito acima, a perspectiva da Lafis para o faturamento nominal do setor em 2024 é de crescimento de 20,3%, atingindo R$ 43,8 bilhões de reais.

                          Especialista do Setor Marcel Tau.


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                            • Autor
                              Lafis
                            • Ano
                              2024
                            • Categoria
                            • Analista Responsável
                              Henrique Pavan

                            Durante a cúpula do G-20, ocorrida no Rio de Janeiro, os governos brasileiro e argentino assinaram um acordo de comercialização para transportar o gás da reserva de Vaca Muerta (Argentina) para o território brasileiro. Para além dos evidentes impactos geopolíticos de integração regional, tal fato assinala aspectos econômicos relevantes, que deverão impactar o setor de gás brasileiro em algumas dimensões.

                            O que se sabe é que, a princípio, haverá um incremento da oferta de gás em 3 milhões de metros cúbicos diários até o fim do ano para o Brasil, com a utilização da infraestrutura existente, possivelmente adaptando as condições de transporte do já existente Gasbol. Todavia, em um prazo mais dilatado, espera-se ampliar tal influxo em 30 milhões de metros cúbicos por dia, algo que demandará uma gama de investimentos em gasodutos, um desafio que afeta até mesmo o escoamento da produção interna brasileira já existente.

                            Há, com efeito, um ponto de atenção para as empresas brasileiras exploradoras de gás: os preços competitivos do gás argentino. Influenciados pela grande oferta de shale gas em Vaca Muerta, os preços do gás no país vizinho chegam ao Brasil por cerca de metade do valor do nosso custo interno,  que é de cerca de US$ 14 por milhão de BTUs (sigla para British Thermal Unit). Atualmente, a Argentina produz em torno de 140 milhões de metros cúbicos por dia, com a Bacia Neuquina liderando a produção, responsável por 55% das reservas provadas e atendendo principalmente à demanda residencial e industrial. No Brasil, o custo do gás tende a ser mais elevado devido às limitações na infraestrutura interna e a um modelo de exploração predominantemente offshore, onde os custos de extração e transporte são mais elevados. Assim, uma entrada maciça de gás argentino no mercado brasileiro poderia deslocar parte da produção doméstica.

                            Do ponto de vista das distribuidoras, poderia ocorrer um impacto positivo, pois a oferta ampliada de gás mais barato poderia reduzir custos e melhorar a competitividade frente a outras fontes de energia, como a eletricidade e os combustíveis líquidos. Se, efetivamente, a infraestrutura estiver consolidada, tal fato poderá ser alvissareiro para as distribuidoras, ainda mais se o nível de atividade econômica – especialmente a industrial – se mantiver dinâmico da maneira que temos vistos ao longo dos últimos anos.

                            Portanto, enquanto a importação de gás argentino oferece benefícios logísticos e econômicos para as distribuidoras, ela também representa desafios competitivos significativos para as produtoras nacionais. O balanço entre esses fatores dependerá de políticas que favoreçam a competitividade doméstica e a infraestrutura necessária para integrar os mercados de gás de ambos os países.

                            Especialista do Setor Henrique Pavan.


                              • Autor
                                Lafis
                              • Ano
                                2024
                              • Categoria
                              • Analista Responsável
                                Felipe Souza

                              Segundo dados do IBGE, no acumulado dos primeiros oito meses deste ano, a fabricação de Produtos de Material Plástico apresentou incremento de 6,8% quando comparado com o mesmo período de 2023. Tal expansão observada neste período pode ser explicada pela retomada da dinâmica, mesmo que ainda parcimoniosa, da indústria de transformação, que demanda mais produtos de plástico (peças, embalagens e outros componentes). No mais, a retomada do crescimento do setor de construção também aquece a demanda do setor.

                              Além deste movimento, o setor também observa a queda do preço das resinas termoplásticas, constituindo um vetor positivo para os custos operacionais da cadeia do plástico. A justificativa de tal queda foi a grande oferta global das resinas virgens mais consumidas (PE e PP). Com isso, o preço internacional das resinas termoplásticas sofreu grande redução, fato que acabou por aumentar a importação das resinas numa condição mais barata.

                              Não é por menos que a Lafis julgou adequado alterar positivamente seu cenário prospectivo para produção e consumo aparente, no entanto houve uma retração na projeção de faturamento em virtude da redução dos custos operacionais do setor, que impactou na redução dos preços finais de forma a manter as margens operacionais dos players.

                              Analista Responsável Felipe Souza


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                                Ao processar a Hapvida por descumprimento da Lei 9.656/98, que garante o atendimento em casos de urgência após 24h da contratação do plano, o Ministério Público de Minas Gerais reforça a aplicação de direitos fundamentais dos consumidores e estabelece um marco no mercado de saúde suplementar.  Essa ação cria uma nova prerrogativa ao evidenciar que práticas que transferem responsabilidades ao SUS e sobrecarregam o sistema público de saúde não serão toleradas, especialmente quando resultam em riscos aos pacientes.

                                O caso não apenas destaca a importância do cumprimento das normas contratuais, mas também expõe a necessidade de maior fiscalização por parte da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para coibir irregularidades e proteger o equilíbrio entre os setores público e privado. Tal movimentação jurídica também lança um alerta para o setor de saúde suplementar sobre os impactos de práticas inadequadas na relação com os consumidores e no sistema como um todo.

                                Ao multar a empresa em R$ 8,6 milhões e solicitar mudanças práticas no atendimento, o Ministério Público mineiro procura mitigar os danos gerado com excesso de pacientes na rede pública. Com isso, as operadoras terão olhar diferenciado ao setor jurídico, reforçando a necessidade de investir em conformidade legal, transparência e respeito aos contratantes. Gerando a possibilidade do setor, como um todo, perder a credibilidade e enfrentar consequências financeiras e regulatórias.

                                 Especialista do Setor Jaime William de Andrade Charles