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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelThaís Virga Passos
No
cenário econômico atual, o setor cervejeiro brasileiro demonstra resiliência e
adaptação. A produção nacional superou os 15 bilhões de litros em 2023, com a
região Sudeste respondendo por mais da metade desse volume, conforme
estimativas do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (SINDICERV). O
consumo interno segue aquecido: a cerveja representa 91,61% do total de bebidas
alcoólicas consumidas no país, segundo relatório de inteligência de mercado da
Euromonitor International e do Sebrae, publicado em 2024.
A
inovação e a sustentabilidade são hoje dois pilares estratégicos da cadeia
produtiva. O cultivo nacional de lúpulo — tradicionalmente importado — tem
avançado em regiões como a Serra da Mantiqueira, com apoio técnico da Embrapa e
do MAPA. Segundo o Ministério da Agricultura, a produção nacional de lúpulo em
2024 aumentou 35% em relação ao ano anterior, refletindo um esforço em
diversificação da base produtiva e redução da dependência externa.
Paralelamente, a demanda por cervejas artesanais e de baixo teor alcoólico tem
crescido, tendência registrada em pesquisa da Associação Brasileira de Cerveja
Artesanal (ABRACERVA), que mostra um aumento de 12% nas vendas dessas
categorias no primeiro trimestre de 2025 comparado ao mesmo período de 2024
(ABRACERVA, 2025).
Em
conclusão, a indústria cervejeira brasileira em 2025 mostra-se sólida, em expansão
e conectada às mudanças de mercado. Com base em dados oficiais e
institucionais, é possível afirmar que a combinação de crescimento no número de
cervejarias, inovação agrícola, adaptação ao perfil do consumidor e foco em
sustentabilidade coloca o setor em posição estratégica para continuar
crescendo, mesmo diante de instabilidades econômicas globais.
Especialista
do Setor Thais Virga
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelMarcel Carneiro
O setor de geração de energia no Brasil em 2025
passa por uma fase de transição e expansão, marcada pelo crescimento das fontes
renováveis e pela diversificação da matriz energética. O país mantém uma das
matrizes mais limpas do mundo, com mais de 80% da eletricidade proveniente de
fontes renováveis, como hidrelétricas, solar e eólica. No entanto, a
participação das hidrelétricas está em queda gradual, devendo ficar abaixo de
50% da geração total nos próximos anos, enquanto fontes alternativas, como
solar e eólica, ganham espaço rapidamente.
A energia solar, em especial, se destaca como um dos
segmentos de maior crescimento, com previsão de expansão de 25% na capacidade
instalada em 2025. Esse avanço é impulsionado por incentivos fiscais,
regulações favoráveis e inovações tecnológicas que tornam a energia solar cada
vez mais competitiva. O crescimento da geração distribuída, com painéis solares
em residências e pequenas empresas, também contribui para a descentralização da
produção e para a democratização do acesso à energia limpa.
Apesar do cenário otimista, o setor enfrenta
desafios relevantes. A variabilidade das fontes renováveis intermitentes, como
solar e eólica, exige investimentos em armazenamento de energia e em sistemas
inteligentes de gestão para garantir a estabilidade do fornecimento. Além
disso, questões regulatórias e tributárias, como o aumento do imposto de
importação para equipamentos fotovoltaicos, e a Medida Provisória 13.000 (que
trata da reforma do setor elétrico) podem impactar negativamente o ritmo de
expansão dos projetos.
Neste cenário, apesar das oportunidades mencionadas
anteriormente, consideramos que esse é
um momento relevante do ponto de vista da governança e dos incentivos para o
setor de geração de energia elétrica.
Especialista do Setor Marcel Tau
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AutorLafis
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Ano2025
-
Categoria
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Analista ResponsávelMarcel Carneiro
O setor de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil
vive um momento de forte expansão em 2025, consolidando-se como um dos motores
da transformação digital do país. O mercado brasileiro segue em ritmo de
crescimento acelerado, impulsionado pela busca de produtividade, digitalização
corporativa, automação e pela adoção de inteligência artificial (IA) e
ambientes híbridos de nuvem. O segmento de software, serviços e hardware também
apresenta expansão significativa, resultado direto da maturidade digital das
empresas e do aumento da confiança no ambiente digital.
Entre as principais tendências para 2025,
destacam-se a consolidação dos ambientes híbridos — que combinam infraestrutura
local e nuvem pública —, o avanço da IA generativa, a automação de processos e
o crescimento dos investimentos em segurança cibernética. O uso de IA, em
especial, está transformando setores como saúde, varejo, educação e
entretenimento, enquanto os investimentos em data centers e infraestrutura de
servidores seguem em alta para sustentar a demanda crescente por processamento
e armazenamento de dados. A sustentabilidade e a eficiência energética também
ganham espaço, com empresas buscando soluções tecnológicas mais verdes e
práticas operacionais otimizadas.
Apesar do cenário otimista, o setor enfrenta
desafios estruturais importantes. O déficit de profissionais qualificados ainda
é expressivo, com uma lacuna significativa de talentos. Embora cursos técnicos
e de curta duração tenham ajudado a reduzir essa falta de mão de obra, a evasão
em cursos superiores e a informalidade (“pejotização”) persistem como
obstáculos, além de desigualdades de gênero e raça no acesso às oportunidades.
A alta carga tributária, insegurança jurídica e o custo elevado do crédito também
são entraves para a competitividade, especialmente para pequenas e médias
empresas de software.
As perspectivas para o restante de 2025 são de continuidade
no ritmo acelerado de crescimento, com o Brasil se consolidando como polo
tecnológico regional e atraindo investimentos internos e externos. O
amadurecimento da infraestrutura tecnológica, a ampliação do 5G e o
fortalecimento do ecossistema de inovação devem manter o setor aquecido, desde
que haja avanços em políticas de formação de talentos e melhorias no ambiente
regulatório e fiscal. O equilíbrio entre inovação, responsabilidade e inclusão
será fundamental para sustentar o protagonismo brasileiro no cenário global de
TI.
Especialista do Setor Marcel Tau
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
O biometano é uma forma de gás natural renovável que surge como uma solução para a transição energética
com efeitos significativos em comparação com o gás natural fóssil. A produção
de biometano ocorre com a decomposição de resíduos orgânicos, como lixo e
resíduos agrícolas (ex.: sobras da produção de cana). Além de ganhar espaço
graças ao potencial de reduzir emissões de gases de efeito estufa e aplicações
na indústria, na geração elétrica e como combustível veicular.
o que permite a redução de emissões de gases de
efeito estufa. Além disso, o biometano pode ser utilizado como combustível,
geração de energia e indústria.
Aprovada em 2024, a “Lei do Combustível do Futuro” determina que, a partir de 2026,
todos os distribuidores terão de incluir pelo menos 1% de biometano misturado
ao gás fóssil que vendem, subindo para 10% até 2035. Para apoiar esse avanço, a
Petrobras lançou uma chamada pública para aquisição de biometano com contratos
de até 11 anos. Embora a estatal tenha alertado sobre a necessidade de um
regime transitório devido à oferta limitada para cumprir a meta inicial.
Empresas como Comgás e Orizon estão expandindo
significativamente sua capacidade de produção. A Comgás firmou chamada pública
para injetar biometano na rede de Campinas, enquanto a Orizon, já com
55 mil m³/d na planta de Paulínia, projeta aumentar para 335 mil m³/d com a
inauguração das instalações de Jaboatão dos Guararapes (PE) em 2025. A ANP também concedeu a Gás Verde autorização para
abastecer a frota de caminhões da L’Oréal Brasil, a primeira operação do tipo
no país.
De acordo com o Panorama do Biogás 2024, publicado
pelo CIBiogás, o setor vive um momento de otimismo. A previsão é que a oferta de biometano
triplique até o final de 2026, com crescimento de 107% em 2025 e de 193% no
acumulado até 2026. Esse avanço será impulsionado pela entrada de cerca de 30
novas unidades de produção e pela conclusão de projetos em análise na Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Analista Responsável Larissa Curvelo
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelJaime William
Em meio
às discussões em torno do Projeto de Lei nº 2.158/2023, que prevê a venda
medicamentos isentos de prescrição em supermercados com a presença de
farmacêuticos, representantes das principais entidades do setor supermercadista
(ABRAS, ABAAS e ABAD) formalizaram
uma proposta alternativa que amplia as mudanças no escopo da proposta original.
A
principal alteração sugerida é a autorização para que supermercados e
atacarejos possam instalar drogarias completas em seus estabelecimentos, aptas
a comercializar todo tipo de medicamentos com e sem prescrição médica, desde
que cumpram os mesmos requisitos técnicos exigidos às farmácias tradicionais.
Isso inclui a presença obrigatória de farmacêutico responsável, ambientes
climatizados e infraestrutura regulada pela Anvisa.
Do ponto
de vista econômico, a proposta visa gerar ganhos operacionais e ampliar o
faturamento do setor supermercadista, bem como estimular a geração de empregos
qualificados, com a absorção de profissionais da área farmacêutica. Para os
consumidores, os principais benefícios seriam a ampliação do acesso a
medicamentos, especialmente em regiões com baixa densidade de farmácias, e o
aumento da conveniência de compra.
A
proposta ainda traz experiências anteriores, como a breve liberação da venda de
MIPs em supermercados como ocorreu em 1990, período no qual se observou uma
redução de preços de até 35% em determinados medicamentos. A nova formulação
busca equalizar o acesso, segurança sanitária e sustentabilidade econômica,
ampliando a capilaridade da assistência farmacêutica no país e reforçando o
papel do comércio atacadista e varejista na cadeia de distribuição de saúde.
Apesar
das oportunidades econômicas e logísticas, o projeto enfrenta forte resistência
das entidades médicas e de saúde pública, as quais alertam para o risco de
automedicação, além da banalização do consumo de medicamentos. Portanto, para
que a medida tenha o sucesso será necessário uma definição rigorosa de
critérios técnicos, assim como uma fiscalização ativa por parte da Anvisa e dos
conselhos de classe.
Especialista do Setor Jaime William de Andrade Charles
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AutorLafis
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Ano2025
-
Categoria
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Analista ResponsávelThaís Virga Passos
Segundo
estimativas da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas,
Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), em 2025, o mercado
de motocicletas no Brasil apresenta um cenário de expansão robusta. A produção
nacional, concentrada no Polo Industrial de Manaus, deve ultrapassar 1,8 milhão
de unidades, registrando um crescimento de 7,5% em relação a 2024. Esse aumento
é impulsionado pela demanda crescente por veículos de mobilidade urbana,
caracterizados por baixo custo de manutenção e agilidade no trânsito. O
primeiro trimestre de 2025 já apresentou números expressivos, com a produção de
501.142 motocicletas, o maior volume para o período desde 2012.
No
mercado interno, as vendas também acompanham a tendência positiva. A previsão é
que sejam emplacadas 2.020.000 motocicletas em 2025, representando um aumento
de 7,7% em comparação ao ano anterior. Esse crescimento é evidenciado pelo
desempenho do primeiro bimestre, que registrou 308 mil unidades vendidas, 10% a
mais que no mesmo período de 2024. O Nordeste e o Sul destacaram-se como
regiões com maior expansão nas vendas, enquanto o Sudeste apresentou uma leve
retração.
As
exportações também demonstram sinais de recuperação. Após uma queda de 5,9% em
2024, a expectativa é que em 2025 as exportações atinjam 35.000 unidades,
representando um crescimento de 13%. Esse desempenho reflete a competitividade
da indústria brasileira no mercado internacional, especialmente no segmento de
motocicletas de baixa e média cilindrada. Com categorias como street, trail e
motoneta liderando a produção, o setor se posiciona favoravelmente para atender
tanto ao mercado interno quanto às demandas externas.
Especialista
do Setor Thais Virga
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelMarcel Carneiro
Em 2025, a Lafis projeta um crescimento de 2,2% na produção de
cimento, alcançando 66,35 milhões de toneladas, e uma expansão de 4,5% no
faturamento nominal do setor, que deverá atingir R$ 33,7 bilhões. No que diz
respeito ao preço do cimento para o consumidor final, a expectativa é de um
aumento de 1,9%, abaixo do projetado para o IPCA – Geral.
É importante destacar que essa expectativa de
crescimento da produção de cimento no curto prazo está ancorada na manutenção
do bom desempenho do mercado imobiliário e baixa taxa de desemprego. O elevado
desempenho do mercado imobiliário em 2024 também exerce uma influência
significativa nas projeções para 2025 por gerar demanda adicional por cimento
no ano seguinte, devido ao longo ciclo produtivo do setor imobiliário.
No entanto, o elevado patamar de juros, em paralelo
a continuidade da inflação acima da meta representam desafios importantes para
o setor. Esses fatores tendem a restringir um crescimento mais acelerado da
produção de cimento, uma vez que elevam o custo do crédito e reduzem o consumo.
Por outro lado, a Lafis chama atenção para o baixo nível de investimentos
do setor público em infraestrutura, uma tendência que tem frustrado a demanda
por cimento e outros materiais de construção ao longo da última década. Para
2025, essa limitação deverá se manter, restringindo o potencial de expansão do
setor cimenteiro, que depende em grande parte de grandes obras e investimentos
públicos.
Além desses fatores, outro ponto relevante para o
desempenho do setor cimenteiro em 2025 é a dinâmica dos investimentos privados,
especialmente em projetos de infraestrutura e construção civil. Embora os
investimentos públicos tenham sido tímidos, espera-se que o aumento da
participação do capital privado em concessões e parcerias público-privadas
(PPPs) possa gerar um impulso adicional à demanda por cimento. Projetos de
rodovias, saneamento e energia, frequentemente financiados pelo setor privado,
podem compensar parcialmente a lacuna deixada pelo Estado, criando
oportunidades de crescimento.
Especialista do Setor Marcel Tau
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
O mercado do trigo segue recuando em junho e
pressionado. O resultado é devido ao avanço da semeadura no Brasil, da expectativa de
safra recorde mundial e da projeção de produção argentina crescente. Os preços médios do trigo
caíram em maio e seguem em queda em junho conforme o Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Conforme o indicador do centro de estudo, o trigo
pão ou melhorador fechou o mês de maio cotado a R$ 1.532,15 a tonelada no
paraná, isso representa uma queda de 2,53% no acumulado do mês. Já no Rio
Grande do Sul, o trigo branco encerrou o mês de maio com o preço médio de R$
1.363,32 a tonelada, um recuo mensal acumulado de 7,33%. De modo geral, ao
longo do mês, as negociações pelo trigo estiveram lentas com compras de lotes
pontuais.
Em junho, os preços do trigo seguem em queda, com a
cotação de R$ 1.529,99 para o trigo pão no Paraná, recuo diário de 0,14%. Já no
Rio Grande do Sul, o trigo brando foi cotado a R$ 1.359, 83 a tonelada, com
recuo diário de 0,23%. A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo)
recomenda cautela aos agentes do setor diante do cenário de preços pressionados e
volatilidade internacional.
Analista Responsável Larissa Curvelo
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelMarcel Carneiro
Em
2025, a Lafis projeta um crescimento de 1,97% na produção de móveis.
Esse resultado indica um nível de produção levemente superior ao observado em
2024, e superior a 2023 e 2022, porém ainda inferior ao registrado em 2021 e
significativamente menor em comparação aos níveis pré-pandemia (2019) e à
década anterior.
O
mercado de móveis vem sendo afetado negativamente por diversas questões, ao
longo dos últimos anos, como, por exemplo, a manutenção e um elevado patamar de
juros, o que, entre outras consequências, reduz o crédito do consumidor e
diminui o consumo de bens duráveis, como móveis. No entanto, mais recentemente,
o crescimento das vendas no mercado imobiliário e um crescimento da atividade
econômica como um todo acima do esperado inicialmente, trouxe um alento para
desempenho da produção e vendas de móveis.
Quanto
ao mercado externo, a forte base de comparação dos anos anteriores e o fraco
ritmo de crescimento em algumas economias diante da elevada taxa de juros para
combater a inflação restringem a expansão setorial.
Tendo
os atuais dados como base, a Lafis projeta para 2025 um crescimento das
exportações (R$ 890 milhões) e um avanço estável das importações (R$ 785
milhões).
Considerando
o cenário descrito acima, a Lafis estima crescimento de 3,7% do
faturamento setorial em 2025, o que resulta em um faturamento da indústria de
R$ 84,9 bilhões.
Especialista do Setor Otávio Faria
-
AutorLafis
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Ano2025
-
Categoria
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Analista ResponsávelMarcel Carneiro
Os Estados Unidos confirmaram a implementação de
tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio do Brasil e de outros
países, a partir de março de 2025. Essa medida, prometida por Donald Trump,
impacta diretamente as exportações brasileiras desses setores.
Especialistas consultados pela Agência Brasil
indicam que a taxação do aço pelos EUA, que são o maior comprador do aço
brasileiro (49% do total em 2022), pode levar a uma diminuição da produção no
Brasil, com reflexos na balança comercial e no PIB. No caso do alumínio, a
dependência dos EUA é menor, sendo o destino de 15% das exportações brasileiras
em 2023.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o
Brasil pode usar a lei da reciprocidade, aumentando as taxas de produtos
estadunidenses consumidos pelo país. Tanto a Associação Brasileira do Alumínio
(ABAL) quanto o Instituto Aço Brasil estão em diálogo com o governo brasileiro
para compreender as implicações e buscar soluções que amenizem os impactos,
garantindo um ambiente mais competitivo para a indústria nacional.
A medida unilateral é vista por alguns como
contraproducente para a economia global, em um contexto de retração e
desglobalização. O governo brasileiro, incluindo a equipe econômica e o
Itamaraty, está analisando os impactos e as possíveis reações de outros países
antes de definir uma estratégia de resposta.
Especialista do Setor Marcel Tau
-
AutorLafis
-
Ano2025
-
Categoria
-
Analista ResponsávelThaís Virga Passos
O
setor industrial de chocolates no Brasil vive uma fase de expansão e
sofisticação. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates,
Amendoim e Balas (Abicab), o consumo per capita de chocolate alcançou 3,9 kg
em 2024, o maior nível dos últimos cinco anos. A penetração nas
residências brasileiras também aumentou de forma expressiva, ao chegar a 92,9%
dos lares, de acordo com dados da Kantar Worldpanel. Essa tendência tem sido
impulsionada pela retomada do poder de compra das famílias e pela
diversificação de produtos, com destaque para chocolates premium, funcionais e
voltados a dietas específicas, como opções sem açúcar ou com alto teor de
cacau.
Além
do mercado interno aquecido, o Brasil tem ampliado sua presença internacional, refletindo o reconhecimento da qualidade do
produto nacional em mercados exigentes. Empresas como a Nestlé, Mondelēz e
Harald seguem investindo em inovação e expansão, contribuindo para a
valorização do produto brasileiro no exterior.
No
entanto, o setor enfrenta desafios importantes. O principal deles é a disparada
no preço do cacau, que atingiu em 2025 a marca histórica de US$ 10,5 mil
por tonelada, segundo a Organização Internacional do Cacau (ICCO), motivada por
quebras de safra em países produtores africanos.
Por
outro lado, e, para mitigar esse
impacto, o Governo Federal lançou o Plano Inova Cacau, com o
objetivo de dobrar a produção nacional até 2030, fortalecendo a
autossuficiência e a competitividade da cadeia produtiva brasileira.
Adicionalmente,
estudos científicos têm reforçado os benefícios do consumo moderado de
chocolates com alto teor de cacau. Em uma
nova pesquisa publicada no European Journal of Preventive Cardiology destaca-se uma nova descoberta que associa o
consumo de chocolate amargo à melhoria da saúde cerebral, o que contribui para
a valorização de produtos com maior percentual de cacau. Também, é ressaltado o
potencial efeito dos chocolates no combate à hipertensão.
Combinando
inovação, valorização de atributos saudáveis e estratégias para enfrentar
desafios estruturais, a indústria de chocolates no Brasil segue como um dos
segmentos mais promissores do setor alimentício.
Especialista
do Setor Thais Virga
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AutorLafis
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Ano2025
-
Categoria
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Analista ResponsávelLarissa Curvelo
O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de abril de 2025 registrou alta de 5%, impulsionado pela queda de 1%
nos preços das commodities (como soja, milho e cana) e pelo aumento de 4% nos
fertilizantes, especialmente fosfatos e potássio. A estabilidade cambial
minimizou impactos, mas o cenário segue desafiador, com oferta global restrita
e instabilidade geopolítica, exigindo dos produtores uma análise cuidadosa
sobre o momento ideal de compra.
Do lado da demanda, o consumo global de fertilizantes permanece em estabilidade na
América do Sul, Europa, Estados Unidos, África e Austrália. Enquanto a safra
norte-americana e a safrinha brasileira trazem expectativas positivas para
grãos, a volatilidade tarifária e a instabilidade geopolítica continuam a
afetar o mercado. A Índia, grande demandante, reduziu compras sazonais, refletindo
o esgotamento dos estoques e a consequente retração.
Diante desse cenário, as melhores estratégicas incluem antecipação de compras
para evitar picos de preços, diversificação de fontes (como fertilizantes
biológicos, que ganham espaço) e monitoramento climático e político. Tecnologias
como agricultura de precisão e fertilizantes inteligentes, uso de sensores e
drones e inteligência artificial podem otimizar custos e os produtores podem
gerenciar a nutrição das lavouras.
Analista Responsável Larissa Curvelo
-
AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelFelipe Souza
O
mercado de celulose começa a dar sinais de estabilização após um período de
incertezas, impulsionado pelas tarifas de importação aplicadas pelos Estados
Unidos. A Suzano, uma das principais produtoras mundiais de celulose de
eucalipto, observou que os consumidores globais estão retomando as negociações.
Segundo o vice-presidente financeiro Marcos Assumpção, embora o momento ainda
seja de preços internacionais da celulose abaixo dos observados no segundo
semestre do ano passado, há um aumento na procura por parte dos clientes, que
sugere um início de recuperação.
A
recente trégua comercial entre Estados Unidos e China também contribuiu para um
ambiente macroeconômico mais favorável. O acordo de 90 dias reduziu
significativamente as tarifas entre os dois países, o que surpreendeu
positivamente o mercado, melhorando as perspectivas para os exportadores.
Em
relação ao mercado chinês, os players mantêm uma visão otimista. O país
continua sendo o maior mercado consumidor de celulose, e os produtores não
enxergam sinais de desaceleração econômica por lá. A expectativa de crescimento
entre 4% e 5% para 2025.
Analista Responsável Felipe Souza
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