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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelThaís Virga Passos
Em
2025, o setor de autopeças no Brasil continua evidenciando um aumento importante
nas importações, em especial, das peças provenientes da China. Em janeiro deste
ano, as importações de componentes automotivos chineses somaram US$ 408,9
milhões, marcando um crescimento de 39,3% em comparação com o mesmo mês de
2024.
Esse
aumento reflete a crescente presença de veículos híbridos e elétricos chineses
no país, impulsionando a demanda por peças específicas, como baterias e
sistemas eletrônicos. A expansão de marcas como BYD e GWM no Brasil também
contribui para esse cenário de forte importação de autopeças.
Além
do crescimento nas importações, a balança comercial do setor de autopeças também
apresenta um déficit preocupante. Em 2024, as importações totais alcançaram um
recorde de US$ 20,9 bilhões, enquanto as exportações cresceram apenas 1,3%,
gerando um déficit de US$ 13,1 bilhões, uma alta de 34% em relação ao ano
anterior. Tal desequilíbrio comercial coloca em evidência a dependência
crescente das importações e os desafios de competitividade para a indústria
nacional, especialmente diante da alta demanda por peças sofisticadas e
tecnológicas, cujas produções são dominadas por outros países.
Por
fim, convém atentar que o cenário econômico do Brasil em 2025, com a elevação
da taxa de juros, pode trazer desafios adicionais à indústria de autopeças
nacional. A alta na Selic tende a reduzir o poder de compra das famílias e a
desacelerar o crescimento do crédito, impactando diretamente as vendas de
veículos e, consequentemente, a demanda por peças automotivas. No curto prazo,
a pressão sobre o setor mostra-se intensa, sobretudo, para as empresas que
dependem de crédito para financiar suas operações e manter a competitividade. A
capacidade de adaptação das empresas nacionais a esse novo cenário econômico
será crucial para mitigar os efeitos adversos dessa política monetária.
Analista Responsável Thais Virga
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelHenrique Pavan
O trigo é uma das principais culturas agrícolas
do mundo, com grandes produtores como China, Índia, Rússia, Estados Unidos e
países da União Europeia. No Brasil, o trigo disputa com outras maiores
culturas, como a soja e o milho. A produção interna tem a região Sul como a
maior produtora, devido registros de clima mais frio e úmido.
Em fevereiro de 2025, o preço do trigo no Brasil
aumentou, impulsionado por fatores como a entressafra, a valorização externa e
a cautela dos vendedores, que esperam novas altas, de acordo com o Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Os compradores enfrentaram
dificuldades para encontrar trigo de qualidade no mercado interno, o que levou
ao aumento das importações, embora em volumes menores. Como resultado, as
negociações de trigo de qualidade superior foram pontuais.
Em termos de preços, a média no Rio Grande do
Sul foi de R$ 1.324,57 por tonelada, com alta de 4,3% em relação a janeiro e
3,4% na comparação anual. No Paraná, o preço médio foi de R$ 1.449,63 por
tonelada, com avanços de 2,9% frente ao mês anterior e 7,6% em relação ao mesmo
período de 2024. Já em São Paulo, o preço médio atingiu R$ 1.618,78 por
tonelada, com elevação de 1,7% em comparação a janeiro e 22,4% no comparativo
anual. Em Santa Catarina, o preço médio foi de R$ 1.428,70 por tonelada,
apresentando queda de 0,7% frente ao mês anterior e 3,4% em relação a fevereiro
de 2024.
Para a safra 2024/25, a produção de trigo no
Brasil deve alcançar 9,1 milhões de toneladas, conforme estimativa da Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab). Contudo, o mercado de trigo é altamente
sensível a condições climáticas adversas, como secas, geadas e chuvas
excessivas, que podem impactar a produtividade e os preços, tanto no Brasil
quanto no mercado internacional. Esse cenário torna o setor vulnerável a
variações imprevisíveis nas condições de cultivo. Em 2025, a presença do
fenômeno climático La Niña pode agravar ainda mais esses desafios.
Especialista do Setor Larissa Curvelo
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelMarcel Carneiro
Os preços da energia elétrica no Brasil mais que
triplicaram em março devido à piora das chuvas e à adoção de um modelo de
precificação mais avesso ao risco. Especialistas preveem preços elevados e
voláteis até o final do ano, impactando tanto o mercado regulado, com possível
acionamento de bandeiras tarifárias, quanto o livre, com alta nos contratos de
curto e médio prazo.
O preço de liquidação das diferenças (PLD) subiu
de cerca de R$ 90/MWh em fevereiro para R$ 350/MWh em março. A principal causa
foi a mudança na metodologia de precificação, que agora valoriza mais o custo
da água e adota um modelo mais cauteloso, antecipando o acionamento de usinas
térmicas para evitar oscilações bruscas.
Apesar de os reservatórios do
Sudeste/Centro-Oeste estarem em níveis confortáveis, a energia natural afluente
(ENA) caiu drasticamente desde fevereiro, antecipando o fim do período úmido.
Simulações indicam que, sem a mudança no modelo de risco, o PLD estaria próximo
do piso regulatório (R$ 58,60/MWh). A tendência é de preços elevados e voláteis
até o próximo período chuvoso, sem oscilações extremas como no passado.
Especialista do Setor Marcel Tau
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelMarcel Carneiro
A Abrintel apresentou um novo estudo à Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI 7708) para contestar o voto do ministro
Luís Roberto Barroso, que se posicionou contra a retomada do compartilhamento
obrigatório de torres próximas. O estudo, elaborado pelo economista Fabio
Augusto Luiz Pina, argumenta que a revogação do artigo 10 da Lei nº 11.934/2009
não foi apenas uma modernização do setor, mas trouxe impactos negativos à
concorrência, ao meio ambiente e ao planejamento urbano.
A entidade alerta que a eliminação da restrição
de 500 metros entre torres favorece grandes grupos econômicos, reduzindo a
concorrência e elevando custos para operadoras menores e consumidores. Além
disso, a instalação indiscriminada de torres pode gerar desperdício de capital,
superposição de infraestrutura e poluição visual. O estudo defende alternativas
mais eficientes, como o uso de pequenas células (small cells) para expansão do
5G.
A Abrintel reforça que a restrição de distância
é essencial para um ambiente competitivo equilibrado e sustentável. O estudo
busca embasar o posicionamento do ministro Flávio Dino, favorável à manutenção
da restrição. O julgamento segue em andamento e deve ser concluído em breve.
Especialista do Setor Marcel Tau
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelFelipe Souza
Segundo
dados da ANTT, nos primeiros oito meses de 2024, em comparação ao mesmo período
de 2023, o transporte ferroviário de carga apresentou alta de 5,1% em toneladas
úteis (TU), enquanto a quantidade de toneladas por quilômetro útil (TKU) se
expandiu em 4,0%.
Das
cinco mercadorias mais movimentadas, em relação à representatividade na balança
comercial (minério de ferro, petróleo bruto e derivados, soja e carga em
contêiner e derivados de petróleo), três apresentaram crescimento nos primeiros
oito meses de 2024, com destaque ao minério de ferro (4,6%), contêiner (21,1%)
e derivados de petróleo (2,1%). Como uma boa parte da produção é escoada via
ferrovias (sobretudo minério de ferro), a produção ferroviária foi diretamente
impactada pelo maior fluxo dessas e outras mercadorias.
A Lafis
acredita que o ano de 2025 deverá ser marcado pela continuidade da trajetória
de expansão, tanto do mercado ferroviário de cargas, quanto o metroferroviário
de passageiros.
O
setor do agronegócio e o extrativo mineral continuarão a ter um desempenho
importante e positivo de forma a impulsionar a demanda por transporte de carga
para o escoamento das principais safras (que deverão voltar a apresentar
expansão após apresentarem queda em 2024) e minérios pelas regiões internas do
Brasil até os portos (pontos para exportação).
Analista
Responsável Felipe
Souza
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelFelipe Souza
Após
um ano marcado pela queda do faturamento do setor de máquinas e equipamentos, a
Lafis espera que o setor de máquinas e equipamentos deve se recuperar em
2025.
Não
obstante tal previsão para o ano de 2025 se dê em razão da fraca base de
comparação advinda do ano anterior, o setor deverá se beneficiar de um bom
nível da demanda vinda de setores menos dependentes da taxa básica de juros
(Selic), como infraestrutura e indústria extrativa. Neste sentido, a
perspectiva de grandes projetos como na área de infraestrutura, setor muito
financiado por debêntures, capital próprio ou externo, alternativas ao crédito
atrelado à Selic, devam se manifestar como um impulso positivo para a
recuperação no setor.
Por
tal motivo, a Lafis projeta que o setor mantenha a recuperação iniciada
no segundo semestre do ano passado e encerre 2025 com uma expansão da
produção de 2,5%, repercutindo num crescimento de 5,8% na receita total de
vendas, após três anos consecutivos de queda, recuperando apenas parcialmente
destes anos de retração.
Analista Responsável Felipe Souza
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelThaís Virga Passos
A
indústria têxtil e de confecção brasileira demonstrou resiliência e crescimento
nos últimos anos. Entre janeiro e novembro de 2024, segundo últimos dados
consolidados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção
(Abit), o segmento têxtil registrou um aumento de 4% na produção em relação ao
mesmo período de 2023, enquanto o setor de vestuário avançou 3,8%. Além disso,
de janeiro a outubro de 2024, foram criados 30,7 mil postos de trabalho,
reforçando o papel do setor como um dos maiores empregadores do país.
Em
2025, o setor enfrenta desafios e oportunidades relacionadas à sustentabilidade
e à inovação tecnológica. A busca por práticas sustentáveis, como o uso de
materiais ecológicos e a transparência na produção, é uma tendência crescente.
Concomitantemente, a adoção de tecnologias avançadas, incluindo automação e
digitalização, oferece oportunidades para aumentar a eficiência e a
competitividade das empresas têxteis.
Eventos
como a FebraTêxtil 2025, realizados de 18 a 20 de fevereiro em São Paulo,
destacam a importância de discutir inovações, sustentabilidade e as tendências
futuras do setor. Tal feira proporcionou, por exemplo, debates sobre economia
circular, novas tecnologias e comportamento do consumidor, reforçando a
necessidade de adaptação e inovação contínua para manter a relevância no
mercado global.
Analista Responsável Thais Virga
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelMarcel Carneiro
A Lafis projeta que a produção interna de
alumínio primário possa atingir cerca de 1.095 mil toneladas em 2025. Tal
perspectiva, considera crescimento marginal da produção setorial em relação ao
estimado para 2024 (+0,5%). As perspectivas de bom desempenho dos principais
setores demandantes de alumínio, assim como a expectativa de crescimento
moderado da economia brasileira e aceleração marginal da atividade econômica
global, foram consideradas para a perspectiva de manutenção de um elevado nível
de produção de alumínio em 2025 (o maior desde 2014).
Nesse cenário, projetamos estabilidade das
exportações e queda suave das importações, em linha com a dinâmica do mercado
interno e externo. É importante observamos que o Brasil tem apresentado
superávit comercial no segmento de alumínio primário ao longo dos últimos anos,
algo impensável anos atrás, quando o déficit nesta seção era muito elevado.
Embora de maneira agregada o setor apresente perspectiva de déficit, o bom
desempenho no segmento primário é algo positivo para o setor, pois é uma etapa
relevante de agregação de valor da cadeia e um indicativo importante da
capacidade da indústria nacional em competir internacionalmente.
Considerando uma cotação do alumínio em 2025
superior à observada em 2024 e a manutenção de um elevado nível de produção, a
Lafis projeta crescimento de 3,8% do faturamento nominal do setor de alumínio
em 2025, uma desaceleração em relação a forte base de comparação de 2024, mas
em um patamar ainda elevado.
Apesar do bom dinamismo do setor, é muito
importante nos atentarmos para uma piora observada no ambiente de negócio no
Brasil ao longo dos últimos meses, que pode ser sintetizada ao observarmos dois
movimentos: aumento das expectativas para a taxa de juros e inflação pelo
mercado para o ano de 2025. Enquanto ao final do primeiro semestre de 2024, o
Relatório Focus (indicador de expectativas de mercado) projetava para o final
de 2025 juros e inflação de 9,5% e 3,87%, respectivamente, publicações mais recentes
mostram juros de 15,0% e inflação de 5,6% ao final do ano.
Especialista do Setor Marcel Tau
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelHenrique Pavan
A indústria sucroalcooleira brasileira tem se
adaptado constantemente para melhorar a produtividade e a resistência das
lavouras de cana-de-açúcar, um cultivo que é conhecido por seu ciclo longo e os
altos custos de renovação. A escolha de variedades adequadas ao solo e clima,
com resistência a pragas e alta produtividade, é fundamental para o sucesso do
cultivo. No entanto, deve-se observar que muitos produtores ainda têm
dificuldades para adotar novas cultivares, o que pode comprometer a
produtividade e aumentar a vulnerabilidade a doenças.
O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) conduziu um
levantamento para a safra 2024/25, no qual entrevistou 209 usinas de diferentes
regiões do Brasil sobre a intenção de plantio de cana-de-açúcar. O estudo
revelou que a variedade RB975242 continua a ser a mais plantada, mas sua
participação diminuiu em relação a 2023. Para o IAC, essa redução foi vista
como um sinal positivo de desconcentração de variedades. A diversificação,
especialmente na região Centro-Sul, uma área vital para a produção de cana no
país, contribui para a redução de riscos sanitários e permite um manejo
eficiente, melhorando o desempenho e a sustentabilidade das lavouras.
A pesquisa ainda revelou que as três principais
variedades de cana representam menos de 45% da área plantada, indicando uma boa
variedade. Esse equilíbrio ajuda a diminuir os riscos de doenças e facilita o
manejo de acordo com características específicas de cada cultivar. A
diversificação permite que usinas aproveitem melhor as condições climáticas e
de solo, otimizando o desempenho das lavouras.
No contexto da produção de cana-de-açúcar, a
Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio) informou que,
até janeiro de 2024, o processamento nas regiões Norte e Nordeste alcançou 50,8
milhões de toneladas, um aumento de 2% em comparação ao mesmo período da safra
anterior. Em relação ao biocombustível, houve crescimento de 27,6%. Foram
fabricados 1,23 bilhão de litros, em comparação com 967 milhões de litros da
safra anterior. Assim, a diversificação das variedades contribui para maior disponibilidade
de matéria-prima, reforçando a eficiência e a sustentabilidade da indústria
sucroalcooleira brasileira.
Especialista do Setor Larissa Curvelo
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelFelipe Souza
O
atual cenário conjuntural do setor está sendo marcado pela inundação do mercado
nacional de produtos importados, sobretudo os chineses. Isto se dá, pois, custo
de produção dos concorrentes externos é significativamente inferior. A saber,
na China, o preço internacional da matéria-prima fica praticamente 35% a 40%
abaixo do preço interno, já feitos os devidos ajustes para não considerar a
disparidade cambial.
Tal
conjuntura, além de afetar negativamente a produção nacional, que se vê
perdendo espaço para os importados, impacta também os resultados operacionais
dos players do setor.
Segundo
dados da IBGE, o IPCA – Utensílios de Plástico acumulou uma ligeira inflação de
1,21% ao final de 2024. Esse valor, que já se situava abaixo da inflação geral,
medida pelo IPCA no acumulado de 2024, voltou a se localizar no campo da
deflação em janeiro deste ano (-0,74%), demonstrando que a conjuntura atual é
marcada pela redução dos preços de vendas dos transformados plásticos, para
tentar acompanhar os baixos preços que os importados são comercializados em
solo nacional.
Analista Responsável Felipe Souza
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AutorLafis
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Ano2025
-
Categoria
-
Analista ResponsávelFelipe Souza
Em
novembro de 2024, o governo aumentou a alíquota de importação de resinas
plásticas de 12,6% para 20%.
Segundo
dados da Abiplast, a alíquota média das resinas plásticas no mundo é de 6,5%, o
que impõe ao Brasil um custo muito mais elevado para a produção das embalagens,
provocando um repasse aos preços destas para que as margens operacionais das
empresas do setor sejam mantidas inalteradas.
Assim,
tal repasse acaba afetando em uma cadeia bem mais longa de produtos, uma vez
que, as embalagens plásticas estão presentes em quase todos os setores. A
consequência é a disseminação dos preços mais altos em praticamente todas as
cadeias produtivas, impactando diretamente na alta do IPCA, principalmente nos
alimentos, as embalagens plásticas representam entre 15 e 25% de seus custos.
Analista Responsável Felipe Souza
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelThaís Virga Passos
Nos
últimos anos, o mercado de bebidas sem álcool no Brasil tem mostrado uma
expansão notável, com destaque para as cervejas e soft drinks. Em 2023, as
vendas de cervejas sem álcool atingiram a marca de 480 milhões de litros, um
aumento de 24% em comparação com o ano anterior. Essa ascensão reflete um
movimento crescente entre os consumidores brasileiros em direção a opções mais
saudáveis e conscientes. A demanda por produtos livres de álcool tem sido
impulsionada por uma maior conscientização sobre os impactos do consumo de
bebidas alcoólicas na saúde e pelo desejo de uma vida mais equilibrada,
principalmente entre as gerações mais jovens, segundo a Afrebras.
A
mudança no comportamento do consumidor também é impulsionada por tendências
culturais, como a crescente preferência da geração Z por estilos de vida mais
saudáveis. Estudos recentes indicam que essa faixa etária está cada vez mais
reduzindo o consumo de álcool, buscando alternativas que atendam tanto ao
desejo de socialização quanto à preocupação com a saúde. Também, a pandemia de
COVID-19 acelerou esse movimento, com muitas pessoas repensando seus hábitos de
consumo e adotando opções de bebidas não alcoólicas como parte de um estilo de
vida mais consciente e responsável.
O
setor de bebidas está respondendo a essas tendências com inovação e
diversificação, apresentando novas opções que vão além da cerveja sem álcool,
como vinhos e coquetéis zero álcool. Grandes marcas estão se adaptando ao novo
cenário, ampliando seus portfólios com produtos que atendem a essa demanda
crescente. Um exemplo disso é a vinícola Aurora, que registrou um aumento de
117% nas vendas de bebidas sem álcool entre 2023 e 2024, comercializando
420.000 litros de produtos nesse segmento. Com isso, o Brasil se consolida como
um mercado estratégico para a expansão global de bebidas não alcoólicas,
refletindo mudanças no estilo de vida e nas preferências dos consumidores.
Analista Responsável Thais Virga
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AutorLafis
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Ano2025
-
Categoria
-
Analista ResponsávelHenrique Pavan
O Brasil, um dos maiores consumidores mundiais
de fertilizantes, tem enfrentado desafios crescentes devido à sua dependência
de importações. Com um aumento de 498% na importação de fertilizantes entre
1998 e 2024, o país busca alternativas sustentáveis para reduzir essa
vulnerabilidade e impulsionar a produtividade agrícola de forma mais ecológica.
Nesse contexto, os bioinsumos surgem como uma solução promissora para o futuro
da fertilização no Brasil.
Os bioinsumos são produtos de origem
biológica, como microrganismos, extratos vegetais e outros compostos naturais,
que auxiliam no fornecimento de nutrientes para as plantas e na melhoria do
solo. Eles representam uma alternativa mais sustentável em comparação aos
fertilizantes químicos tradicionais, reduzindo impactos ambientais e promovendo
a saúde do ecossistema agrícola. Além disso, os bioinsumos podem ser produzidos
localmente, diminuindo a dependência de importações e os custos para os
produtores.
Grandes empresas do setor agropecuário já estão
investindo em inovação para fomentar o uso de bioinsumos. A Syngenta,
por exemplo, inaugurou polos de tecnologia para impulsionar pesquisas e avanços
em fertilizantes biológicos. A Yara implementou o transporte de
fertilizantes utilizando veículos movidos a gás natural, reduzindo emissões de
gases de efeito estufa. Além disso, novas soluções para controle de pragas,
como o inseticida Efficon da BASF, estão sendo desenvolvidas para
proteger lavouras de cigarrinha (Dalbulus maidis) e mosca-branca (bemisia
tabaci) sem comprometer a sustentabilidade. A Coopavel e Embrapa
lançaram novo inoculante para a cultura do milho.
Outra iniciativa que pode impulsionar os
bioinsumos é a transição energética, com a produção de "amônia
verde" no Brasil. Essa tecnologia, favorecida pelo Marco Legal do
Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Lei nº 14.948, em 2 de agosto de 2024),
pode reduzir a dependência de fertilizantes químicos importados ao possibilitar
a produção local de insumos essenciais para a agricultura. Além da
possibilidade de ganhar um protagonismo no Brasil.
Com incentivos governamentais e investimentos
privados, o futuro dos bioinsumos no Brasil tende a ser promissor. A
adoção crescente dessas tecnologias pode tornar o país menos dependente de
insumos externos, mais sustentável e competitivo no agronegócio global. A
inovação no setor de fertilizantes biológicos não só fortalece a segurança
alimentar, mas também contribui para a preservação ambiental e o
desenvolvimento econômico sustentável.
Especialista do Setor Larissa Curvelo
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AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelFelipe Souza
A
Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) anunciou o Fator Y para o
reajuste anual de preços de medicamentos de 2025, ficando em 0%. O fator Y
ajusta os preços com base na variação de custos não capturada pelo índice
oficial de inflação (IPCA), especificamente mudanças na taxa de câmbio e nas
tarifas de eletricidade.
O
reajuste anual de preços de medicamentos ocorre sempre a partir do mês de
abril. De acordo com a CMED, o percentual não é um aumento automático nem
obrigatório nos preços, mas sim uma definição de teto permitido de reajuste.
Assim, cada empresa pode optar pelo reajuste, sendo o máximo o permitido pela
política.
Ou
seja, pela compreensão das regras de reajuste dos medicamentos seguida pela
CMED, estima-se que a correção de preços dos remédios a ser implementada em
abril deste ano fique ligeiramente abaixo de 4,00% e portanto, abaixo da
inflação dos últimos doze meses até fevereiro de 2025 (base para o cálculo do
reajuste e que hoje está no patamar de 4,87%). Isso deverá acontecer, uma vez
que o saldo acumulado dos anos anteriores (-2,1%) compensou totalmente o
aumento de câmbio e das tarifas de energia elétrica de 2024.
Tal
cálculo abaixo da inflação oficial representa uma ameaça para as farmacêuticas,
que podem ver suas margens se comprimindo no curto prazo. Cabe relevar que,
apesar da regra ser válida para todos os medicamentos de referência, genéricos
e similares, outra gama de medicamentos (como os medicamentos isentos de
prescrição, assim como os considerados não medicamentos pela Anvisa e outros
que entram na regra de exceção deste controle) fica fora da regra, podendo ser
reajustado acima do teto estipulado pela CMED, impactando de forma e recompor
parte das margens não encampadas pelo demais medicamentos.
Analista Responsável Felipe Souza
-
AutorLafis
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Ano2025
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Categoria
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Analista ResponsávelMarcel Carneiro
Os avanços recentes em IA generativa têm sido
marcados por inovações significativas, somente neste mês houve três lançamentos
de muita relevância para a indústria, com novos modelos como Grok 3, Claude 3.7
Sonnet e GPT-4.5. Abaixo, elaboramos um resumo desses lançamentos:
Grok 3 (xAI)
Lançado pela xAI, de Elon Musk, o Grok 3 trouxe
avanços notáveis em poder computacional e capacidade de raciocínio. Com uma
infraestrutura baseada em cerca de 200.000 GPUs, ele oferece respostas mais
rápidas e precisas, além de modos inovadores como o "Think Mode"
(raciocínio em tempo real) e o "Big Brain Mode" (para tarefas
complexas). Seu foco em transparência e integração com dados em tempo real
o posiciona como um modelo competitivo no mercado.
Claude 3.7 Sonnet (Anthropic)
O Claude 3.7 Sonnet introduziu capacidades
híbridas de raciocínio, permitindo tanto respostas rápidas quanto análises
profundas. Ele suporta até 128.000 tokens, tornando-o ideal para tarefas
complexas como codificação e planejamento estratégico. Além disso, oferece
controle sobre o tempo de processamento para equilibrar custo e qualidade.
Essa abordagem prática visa atender às necessidades reais das empresas.
GPT-4.5 (OpenAI)
Lançado como uma prévia de pesquisa, o GPT-4.5 é
descrito como uma IA com maior capacidade de reconhecer padrões, gerar insights
criativos e alinhar-se melhor às intenções dos usuários. Suas melhorias incluem
menos alucinações, maior naturalidade nas interações e suporte a
multimodalidade (texto, imagens e arquivos). Ele também está mais integrado
a tarefas práticas como programação e resolução de problemas cotidiano.
Especialista do Setor Marcel Tau
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